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2ª Questão: Dados os valores observados de uma quantidade � = ���, �� em torno dos valores médios �̅ = 10, � = 70: a) (1,0 ponto) Estime as taxas de variação de � com � e de � com � em torno dos valores médios; b) (1,0 ponto) Determine a aproximação linear de � em torno do ponto médio ��, �� = �10, 70�. Resposta: a) Dada uma quantidade � = ���, ��, se tomarmos o valor médio de � = 70, então quantidade passa a ser função apenas de �, � = ���, 70� = ����. A derivada �� = ��/�� é a taxa de variação de � com �. Quando � = 10, ���10� = lim �→� ��10 + �� − ��10� � = lim �→� ��10 + �, 70� − ��10,70� � ≡ ���10,70�, que é, por definição, a derivada parcial de � em relação a � no ponto �10, 70�. Podemos aproximar os valores a partir de uma tabela � × �, tomando variações � = ±1, por exemplo. A partir da tabela acima, temos que a taxa de variação de � com � é, aproximadamente: ���10� ≅ #$�%%,&��'$�%�,&��( % = #)%')�( % = 1 e ���10� ≅ #$�*,&��'$�%�,&��( '% = #+*')�( '% = 1, Tomando a média destes valores, podemos dizer que ���10� = � � �10,70� ≈ 1. [0,5 ponto] Similarmente, tomando �̅ = 10, e definindo -��� = ��10, ��, em � = 70: -��70� = lim �→� -�70 + .� − ��70� . = lim �→� ��10,70 + .� − ��10,70� . ≡ �/�10,70�, Similarmente, podemos estimar pela mesma tabela a taxa de variação de � com �, tomando variações de . = ±1: -′�70� ≅ #$�%�,&)�'$�%�,&��( ) = #))')�( ) = 1 e -��70� ≅ #$�%�,1)�'$�%�,&��( ') = #+)')�( ') = 1. Em média, -��70� = � � �10,70� ≈ 1. [0,5 ponto] b) A linearização, ou aproximação linear de uma função ���, �� é dada pela função linear cujo gráfico é o plano tangente ao gráfico de � no ponto de tangencia �2, 3�: 4��, �� = ��2, 3� + ���2, 3��� − 2� + �/�2, 3��� − 3� Portanto, para � = ���, �� no ponto �10, 70�, usando as estimativas obtidas em (a) 4��, �� = ��10,70� + ���10,70��� − 10� + �/�10,70��� − 70� = 50 + 1 × �� − 10� + 1 × �� − 70� = 30 + � + �. [1,0 ponto] 3ª Questão: Dada ���, �� = 7� cos � + 7/ sin �, a) (1,5 pontos) Determine o plano tangente ao gráfico de � pela origem. b) (1,5 pontos) Determine se a aproximação do plano tangente é uma boa aproximação na proximidade de �0,0�. Resposta: a) Como visto na questão anterior, a equação do plano tangente ao gráfico de ���, �� em �2, 3� é dada por: � = ��2, 3� + ���2, 3��� − 2� + �/�2, 3��� − 3� Neste caso, �� = 7� cos � + 7/ cos �, e �/ = −7� sin � + 7/ sin �, e portanto: ���0,0� = 7 � cos 0 + 7� cos 0 = 2, �/�0,0� = −7 � sin 0 + 7� sin 0 = 0. E como ��0, 0� = 7� cos 0 + 7� sin 0 = 1, temos que: � = 1 + 2 × �� − 0� + 0 × �� − 0� = 1 + 2� [1,5 ponto] é o plano tangente pedido. c) A fim de garantir que a aproximação linear seja uma boa aproximação, elaboramos a noção de funções diferenciáveis de 2 variáveis. Por definição, se � = ���, ��, então � é diferenciável em �2, 3� se o incremento ∆� = ��2 + ∆�, 3 + ∆�� − ��2, 3� puder ser expresso como ∆� = ���2, 3�∆� + �/�2, 3�∆� + >%∆� + >?∆�, onde >% e >? → 0 quando �∆�, ∆�� → �0,0�. A fim de tornar a verificação da diferenciabilidade mais direta (ou seja, se a aproximação linear será uma boa aproximação), temos o teorema que diz que se as derivadas parciais �� , �/ existem na proximidade de �2, 3� e são contínuas em �2, 3�, então � é diferenciável em �2, 3�. Neste caso, temos que �� = 7� cos � + 7/ cos �, e �/ = −7� sin � + 7/ sin � estão definidas e são contínuas em todo @?, pois são combinações (somas e multiplicações) das funções 7�, 7/ , sin �, sin �, cos �, cos �, que são contínuas em @. Portanto, � é diferenciável em todo @?, e particularmente em �0, 0�, e assim a aproximação é boa na proximidade deste ponto. [1,5 ponto] Note. Em �2, 3� = �0, 0�, ∆� = �� − 0� = �, ∆� = �� − 0� = �, ��0,0� = 1, ���0,0� = 2, �/�0,0� = 0, portanto, temos que ∆� = 2� + >%� + >?� = �7� cos � + 7/ sin �� − 1, ou seja, >%� + >?� = �7 � cos � + 7/ sin �� − �2� + 1� = ���, �� − 4��, �� → 0 quando ��, �� → �0, 0�, logo a diferença entre a função ���, �� e sua linearização 4��, �� é cada vez menor, quão mais próximos estejamos da origem. Note. Em alguns livros textos, definem alternativamente uma função ���, �� como diferenciável se lim�A,��→��,�� B�ℎ, �� ‖�ℎ, ��‖⁄ = 0, onde B�ℎ, �� = ���, �� − 4��, �� é o erro associado à aproximação linear na proximidade do ponto. O argumento é que lim �A,��→��,�� B�ℎ, �� = lim �A,��→��,�� ‖�ℎ, ��‖ × lim �A,��→��,�� B�ℎ, �� ‖�ℎ, ��‖⁄ e portanto quando esta condição é satisfeita, o erro tende a zero na proximidade do ponto. No nosso caso, basta observar que o erro B�ℎ, �� = ���, �� − 4��, �� → 0 quando ��, �� → �0, 0�.
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