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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO 
 
Conteudista 
Prof. Dr. Edmundo Alves de Oliveira 
 
Revisora 
Profª.Dra.JULIENE DE CÁSSIA LEIVA 
 
 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO 
 
Este material foi preparado para auxiliar na organização e formatação dos 
trabalhos acadêmicos previstos em sua trajetória, como estudante de pós 
graduação, especialmente em se tratando da construção do estudo que dará 
origem ao trabalho de conclusão de curso. 
É muito importante que os apontamentos e informações acerca da 
realização e redação formal da pesquisa científica sejam observados 
atentamente, na medida em que irão viabilizar o seu acesso a um conjunto cada 
vez mais amplo e aprofundado de conhecimentos, que vão ao encontro do seu 
interesse enquanto profissional. 
Nesse sentido, a compreensão acerca da coerência interna do projeto de 
pesquisa, observando-se a correspondência entre os objetivos propostos e os 
procedimentos metodológicos adotados, bem como a consideração dos 
cuidados éticos inerentes aos procedimentos adotados, serão diferenciais 
bastante relevantes em sua formação. 
Para tanto, procure realizar as atividades propostas seguindo com rigor 
as indicações presentes neste material. A aprendizagem então alcançada irá 
permitir investigações cada vez mais precisas e apuradas em seu 
aprimoramento como pesquisador. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FORMAS DE SE ESTRUTURAR A PESQUISA E O CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO 
 
 Este módulo de metodologia objetiva apresentar teorias metodológicas, técnicas 
de pesquisa e normas estruturais para a realização do seu Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC). Para dar início a esse trabalho, é indispensável que 
haja uma sistematização de nossas intenções em termos de produção de 
conhecimento, o que irá constituir no chamado projeto de pesquisa. 
O projeto é um plano de trabalho, é uma proposta detalhada, seguindo 
determinadas regras, explicitando o que se pretende fazer, a importância e os 
fundamentos dessa iniciativa e como será desenvolvido o trabalho. 
O projeto permite visualizar a proposta de pesquisa e acompanhar o 
desenvolvimento do TCC. Auxilia na manutenção do caminho a ser seguido, isto 
é, evita que se gaste energia, tempo e dinheiro desnecessariamente com a 
pesquisa e a produção do TCC. Ainda que, muitas vezes, durante o desenrolar 
da elaboração do TCC, surjam dúvidas e imprevistos que exigirão alterações no 
projeto inicial, as mudanças deverão ser feitas com ajuda do orientador, 
garantindo um bom resultado do trabalho final. 
A elaboração do projeto corresponde à organização de ideias lógicas que 
serão cruzadas entre si, para se chegar ao tema central do TCC. Cabe ao 
pesquisador dedicar-se à elaboração primoroza do projeto, já que dessa forma 
sua concretização ocorrerá com maior tranqüilidade. No entanto, ao iniciar esse 
processo é possível que o pesquisador encontre algumas dificuldades, como as 
listadas no Quadro a seguir. A superação de cada uma delas irá constituir um 
passo significativo na construção do trabalho, já que irá garantir a segurança 
sobre os procedimentos de coleta e análise de dados previstos. 
Entre os principais problemas a serem enfrentados no início da 
elaboração do projeto de pesquisa, a definição do tema a ser estudado encontra-
se em destaque. Isto se dá pois tal definição está ligada à delimitação mais 
precisa dos interesses, curiosidades e inquietações do pesquisador, muitas 
vezes intrinsecamente atrelados à sua experiência profissional e de vida. 
 
 
 
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Nesse contexto, algumas dicas podem ser úteis, frente à tarefa de 
delimitar um determinado problema de pesquisa, assim como de formular 
claramente a pergunta a ser respondida nesse processo. 
 
Quadro 1 - Principais dificuldades encontradas no início da elaboração de 
um projeto de pesquisa 
Dificuldade Realidade Diagnóstico Prognóstico 
Não sei o que 
pesquisar 
 
Faltam ideias! 
Não me sinto 
capaz! 
Estou 
desanimado! 
 
A falta de 
conhecimento 
sobre a área 
da pesquisa 
não permite 
ter ideias 
sobre o que 
vale ou não a 
pena 
pesquisar. 
Ler, estudar e, 
assim,compreender 
mais sobre a área 
tornam-se 
atividades 
imprescindíveis. 
Quanto mais 
conhecemos, mais 
sentimos interesse 
e vontade de 
aprofundar o 
conhecimento 
(realizando a 
pesquisa). 
 
 
Tenho muitas ideias e 
não sei qual escolher 
Confusão por ter 
muitas ideias! 
Desejo de 
pesquisar muitas 
coisas! 
Falta de um 
objetivo! 
“Maria vai com as 
outras!” 
Desorientado por 
causa da falta de 
foco! 
 
Não inicie 
uma pesquisa 
sem um 
orientador, 
isso faz com 
que você se 
perca nas 
ideias que lhe 
passam pela 
cabeça. 
A todo 
instante 
mudar de 
tema fará 
você perder 
tempo. 
Analisar os “prós e 
contras” das ideias 
que temos. 
A pesquisa 
acadêmica exigida 
não tem que ser 
extremamente 
abrangente e nem 
considerada como 
a sua última 
produção 
acadêmica. 
Escolha um tema 
seguindo duas 
regras básicas: 
aquilo que você 
gosta e tem prazer 
em estudar 
(pesquisar) e, ao 
 
 
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mesmo tempo, 
aquilo é mais 
prático de ser feito 
dentro do tempo 
que você tem para 
realizá-lo. 
 
Fico com preguiça em 
seguir as 
recomendações do 
orientador 
Falta de 
preocupação e de 
comprometimento! 
Só quer acabar e 
ter certificado! 
 
Falta de um 
tema 
coerente e 
bem 
delimitado! 
O projeto e a 
monografia 
serão uma 
verdadeira 
"colcha de 
retalhos"! 
Muitas 
pessoas 
preferem 
fazer as 
coisas da 
maneira mais 
difícil e 
menos 
produtiva 
possível. 
Reveja suas 
prioridades e 
considere os 
benefícios a serem 
obtidos com a 
realização do 
trabalho e a 
conclusão do 
curso. 
Não há 
necessidade de se 
“reinventar a roda!” 
Busque identificar 
as “lacunas” no 
campo de 
conhecimento e 
otimizar seus 
esforços para ir ao 
encontro delas, 
com o máximo de 
objetividade. 
 
 
Insegurança sobre o tema: é nesse momento que se deve manter o 
primeiro contato com o professor e possível orientador, procurando discutir 
sobre suas ideias e possíveis temas. Significa, portanto, uma sondagem 
preliminar para se tentar chegar a algum tema específico para o TCC. 
Levantamento do Contexto: com a escolha do tema, deve-se verificar o 
nível de conhecimento ou domínio existente sobre o tema escolhido. Se não 
houver aptidão para desenvolvê-lo, recomenda-se retornar à “tempestade de 
ideias”, em busca de alternativas que se mostrem interessantes. 
 
 
 
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Delimitação: após a escolha do tema, deve-se delimitá-lo, priorizando-
se os caminhos a seguir. Nesse aspecto, é preciso discutir: densidade do tema 
e o conteúdo básico a ser abordado, bem como procurar sondar a riqueza do 
tema, para que o TCC tenha, parcial ou totalmente, características inéditas em 
suas abordagens. 
Para escolher um tema 
 
A escolha do tema da pesquisa deverá se iniciar pela definição da área de 
conhecimento na qual o aluno pretende trabalhar. Quanto mais específica for a 
área escolhida, mais fácil será para o pesquisador encontrar seu objeto de 
pesquisa. 
 Qual é a área que você pretende pesquisar? A partir dessa resposta é que se 
torna possível escolher qual será o tema (dentro da área) a ser pesquisado. 
 
 Veja que você escolheu um curso e dentro dele muitos assuntos foram 
abordados. Procure focar naqueles que mais despertam o seu interesse, de 
modo que realizar sua pesquisa seja uma atividade para a qual exista 
motivação. 
 
É possível, ainda, que exista o interesse de trabalhar a partir de dois ou 
mais ramos do conhecimento. Assim, serão organizadas pesquisas 
caracterizadas como: 
 Multidisciplinares: quando a pesquisa está sob a perspectiva de duas 
ou mais áreas do conhecimento; 
 Interdisciplinares: quando se analisa o tema sob a perspectiva de duas 
ou mais áreas doconhecimento relacionando-as entre si; 
 Transdisciplinares: quando a análise é feita sob a perspectiva de duas 
ou mais áreas do conhecimento, dando origem a um novo conhecimento, 
distinto dos anteriores. 
 
 
 
 
 
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Selecionada(s) a(s) área(s) do conhecimento em que se pretende 
trabalhar, é necessário identificar um problema a ser pesquisado e uma 
pergunta de pesquisa (questionamento que irá guiar o pesquisador) naquela 
área e tema, a partir da qual vale a pena empreender esforços, no sentido de 
produzir respostas e gerar discussões esclarecimentos pertinentes e relevantes. 
Para escolher o problema de pesquisa 
 
A pesquisa acadêmica não é mera compilação do conhecimento adquirido 
ao longo de uma trajetória como estudante. Deve dar visibilidade a uma questão 
que se mostre importante no campo de conhcimento em questão, ou seja, que 
se justifique cientifica, profissional e socialmente. Para tanto, deve-se partir 
daquilo que outras pessoas já construíram como conhecimento sobre o seu tema 
de interesse, ou seja, fundamentar-se em materiais presentes na comunidade 
científica, e não em opiniões particulares ou senso comum. 
Sendo assim, quatro perguntas básicas deverão ser respondidas 
positivamente para que o tema possa ser eleito com acerto: 
 
Quadro 2 – Perguntas básicas e recomendações para a escolha de um 
problema de pesquisa 
Tenho interesse no 
problema? 
 
Curiosidade 
pessoal e ou 
profissional em 
relação ao 
problema. 
Você deve se sentir atraído 
pelo problema proposto. Sua 
curiosidade quanto ao tema 
de estudo pode provir de 
interesses pessoais ou 
profissionais. 
 
Sou capaz de resolver o 
problema? 
 
Conhecimento e 
experiência em 
relação ao 
problema. 
Você deve propor um 
problema que tenha maior 
facilidade em resolver por 
seus conhecimentos e 
experiências anteriores à 
pesquisa. 
 
Há interesse social na 
resolução do problema? 
Originalidade e 
relevância social 
do problema. 
Você tem que se perguntar 
sobre a relevância do tema a 
ser pesquisado. 
 
 
 
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Tenho tempo para tratar 
desse problema? 
Bibliografia, 
financiamento, 
possibilidade de 
coletar dados, 
prazo para 
apresentar os 
resultados. 
Todos nós temos uma vida 
atribulada e com muitas 
coisas a ser feitas ao mesmo 
tempo. Você deve saber se 
tem o tempo necessário para 
realizar o que esta propondo 
pesquisar. 
 
Tendo em vista a importância de compreender como estão interligadas as 
diferentes partes de um projeto de pesquisa, e, posteriormente, de um TCC, 
vamos considerar quais as características inerentes a esse tipo de trabalho. 
 
Os fundamentos para a pesquisa 
 
Na academia a expressão "marco teórico" é utilizada muitas vezes para 
designar o autor, cujas ideias mais influenciaram o pesquisador em sua 
formação. Marco teórico, porém, é uma concepção teórica da realidade 
concebida ou consagrada na obra de determinado pensador. 
As pesquisas jurídicas, por exemplo, sempre retomam uma série de 
conceitos que necessitam de um fundamento teórico de apoio: crime, 
democracia, soberania, cidadania, direito, justiça, etc. Se cada pesquisador 
precisasse desenvolver seus próprios conceitos, a pesquisa certamente não 
evoluiria. Assim, o pesquisador parte do pressuposto de que a concepção teórica 
de determinado autor sobre aquele conceito é suficientemente adequada. 
 
 O pesquisador deverá, no âmbito de sua área de estudos e do seu tema de 
interesse, buscar autores de referência que já produziram conhecimentos sobre 
ele. 
 
 
Tipos de Conhecimentos desenvolvidos pelo Homem 
 
 O conhecimento diz respeito às capacidades, habilidades e 
competências para entender a vida, resolver problemas e se relacionar com o 
mundo, os animais e as pessoas. Sem conhecimento o ser humano não tem o 
 
 
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que lhe é mais essencial: a sua própria humanidade. Queremos dizer que é 
inerente ao ser humano buscar conhecimento, seja para suprir suas 
necessidades ou para suprir suas curiosidades. 
 O conhecimento não surge espontaneamente, ele é fruto das experiências 
vividas ou produzidas pelo homem. O conhecimento pode ser acumulado para 
ser aplicado novamente e transmitido ao demais para que, assim seja estudado, 
aprendido e aplicado quando necessário. 
 O ser humano criou diversas formas de conhecimento ao longo de sua 
existência. São conhecimentos que se distinguem na forma e em suas 
aplicações, mas não podemos afirmar que existe uma diferença de importância 
entre eles. Todas as formas de conhecimento são válidas e importantes. 
O conhecimento empírico, também definido como conhecimento do 
senso-comum, ou vulgar, é o conhecimento desenvolvido pelas experiências 
do dia a dia. O conhecimento formulado por meio de ações que não foram 
planejadas. 
Um exemplo dessa forma de conhecimento está em nossa habilidade de 
saber que, em determinados momentos, o “dia está para chuva”. Ou seja, ao 
longo de nossas vidas e das experiências que tivemos, constituímos uma forma 
de conhecimento que nos permite predizer acontecimentos. É um conhecimento 
não sistematizado, mas importante e válido. 
O conhecimento filosófico, por sua vez, se formou por meio da 
reflexão humana. É um conhecimento especulativo sobre a realidade, os fatos 
e os fenômenos da vida (particular) e do cosmos (universal). 
Kant refletiu filosoficamente para entender se é possível à razão humana decidir, 
com toda segurança, se um problema teórico é solúvel ou não, podendo chegar, 
caso seja solúvel, ao conhecimento do que é procurado. 
O conhecimento teológico se fundamenta na fé. É a crença em que 
determinadas afirmações são verdades divinas (dogmas). Para o conhecimento 
teológico, o acreditar, a fé, é fundamental. É a fé que nos traz a explicação de 
determinados atos como sendo a intervenção divina na realidade mundana por 
meio de milagres. Os dogmas religiosos oferecem os fundamentos para se 
entender a vida e o todo (o universo). 
 
 
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Já o conhecimento científico busca, por meio de experimentações, 
construir uma explicação racional e comprovada de fatos e ou 
acontecimentos. 
A ciência trabalha com a análise e a resolução de problemas vivenciados ou 
teóricos (abstratos), muitas vezes fazendo uso de hipótese(s) a ser(em) testadas 
e comprovada(s), ou não. Ou seja, o conhecimento científico se fundamenta na 
racionalidade e na lógica e se estabelece a partir dos processos de pesquisa 
norteados por métodos para, assim, atingir resultados sistemáticos, objetivos e 
verificáveis. 
O conhecimento científico busca a comprovação e é, permanentemente, 
contestado por novas pesquisas e descobertas. Cada vez mais se percebe que 
a ciência não tem a capacidade de atingir verdades definitivas. Dessa forma, 
podemos considerar que o conhecimento científico está em constante 
aperfeiçoamento. 
O pesquisador trabalha analisando determinados fenômenos, por meio de um 
método científico considerado adequado para produzir respostas racionais, que 
possam ser comprovadas e eventualmente reproduzidas. Podemos utilizar o 
exemplo do cientista que busca analisar e explicar como o HIV produz a AIDS 
no ser humano, com o objetivo de produzir conhecimento para a cura da doença. 
 
 
MÉTODO DE PESQUISA CIENTÍFICA 
 
O conhecimento científico é gerado por pesquisas que, por sua vez, 
partem de um problema, do qual deriva urna pergunta que precisa ser 
respondida. O Método Científico surgiu da necessidade de se organizar a 
pesquisa para se chegar ao meio mais adequado e racional de conhecer, explicar 
e controlar os acontecimentos. 
Em muitos casos, quando encontramos um problema para pesquisar, 
temos uma possível linha de solução, ou seja, uma resposta ainda não avaliada. 
Essa resposta provisória que é dada à pergunta de pesquisa denomina-se 
hipótese e sobre ela serão definidos os rumos da pesquisa. É pormeio da 
pesquisa que será testada a veracidade ou não da hipótese previamente 
apresentada. 
 
 
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As hipóteses, na maioria das vezes, aplicam-se a propostas de pesquisa em que 
ocorrem investigações de campo, ou seja, quando o pesquisador conduz um 
estudo que não se restringe à leitura e análise das obras existentes na literatura 
científica, mas busca respostas abordando documentos não publicados ou 
abordando diretamentete as pessoas envolvidas. 
 
A definição dos objetivos 
Uma pesquisa científica poderá apresentar um objetivos geral e objetivos 
específicos: 
 O objetivo geral da pesquisa científica é oferecer uma resposta 
ao problema que é o núcleo da investigação, em muitos casos 
testando a veracidade da hipótese de trabalho. 
 Os objetivos específicos da pesquisa, por outro lado, estão 
voltados para as perguntas secundárias que o pesquisador 
deverá responder, que em conjunto levarão à consecução do 
objetivo geral. 
 
A justificativa da pesquisa 
A justificativa consiste na exposição das razões que levaram à proposta 
da pesquisa. Evidentemente, o principal elemento a ser explicitado aqui é o 
interesse científico na produção de respostas para a pergunta formulada, o qual 
terá implicações profissionais e sociais, pois será a partir dele que o orientador, 
a universidade e as agências de financiamento irão decidir se há ou não 
interesse institucional em se concretizar o projeto de pesquisa. 
 
O método da pesquisa 
Nesta parte do projeto, o pesquisador deverá expor quais serão os 
procedimentos adotados na coleta e na análise dos dados, bem como os 
cuidados éticos a serem tomados durante a execução da pesquisa. Uma das 
formas de caracterizá-la, nesses termos, é a indicação de como serão analisados 
os dados obtidos: considerando predominantemente sua dimensão qualitativa, 
quantitativa ou ambas. 
 
 
 
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Pesquisa qualitativa 
Uma pesquisa qualitativa explora em primeiro plano aspectos conceituais 
do fenômeno estudado, o conteúdo das respostas encontradas, mais do que 
sua freqüência. 
 
Pesquisa quantitativa 
Esse tipo de pesquisa é apropriado para medir, quantificar elementos 
inerentes à realidade estudada. Pode fazer uso de técnicas estatísticas sobre 
os dados coletados. 
 
 
TIPOS DE PESQUISA 
 
 A pesquisa científica é uma forma de se fazer descobertas, responder 
inquietações e aumentar o conhecimento racional sobre inúmeros fenômenos. 
Para tanto, existem diversas formas de se realizar uma pesquisa, de acordo com 
as peculiaridades de cada contexto. Abaixo mencionamos as mais conhecidas: 
 
Pesquisa bibliográfica 
A pesquisa bibliográfica realiza-se por meio da análise de livros, artigos 
científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Nela o pesquisador 
avalia, compara e reelabora o conhecimento produzido ou os fatos expostos 
nessas obras, conforme os critérios estabelecidos previamente, em consonância 
com os objetivos propostos. 
 
Pesquisa documental 
Quando os dados necessários para responder a pergunta de pesquisa 
encontram-se em documentos como prontuários, fotografias e outros registros 
que não constituem publicações científicas, mas vem a ser fontes confiáveis para 
a produção de conhecimento sobre o fenômeno em questão. 
 
 
 
 
 
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Pesquisa experimental 
A pesquisa experimental é mais utilizada na área das ciências naturais e 
biológicas. Este tipo de pesquisa necessita de aparatos especialmente 
elaborados para garantir o controle de variáveis, do qual depende a obtenção de 
resultados bastante preciso. 
 
Estudo de caso 
O estudo de caso refere-se ao estudo minucioso e profundo de um 
determinado fenômeno, em uma situação bem delimitada (um indivíduo, uma 
família, uma empresa). Permite aprofundar descobertas de aspectos relevantes 
sobre as peculiaridades do caso em questão, ainda que estas não possam ser 
amplamente generalizadas. 
 
Pesquisa-ação 
Essa forma de pesquisa pressupõe que o pesquisador interaja com os 
participantes, alterando propositalmente a realidade pesquisada, sendo que 
essa alteração se constitui em mais um elemento da análise. 
Como podemos perceber, ao realizar uma pesquisa que utiliza 
informações a serem coletadas junto a seres humanos mais diretamente, ou 
seja, aquelas que não estão publicadas na literatura científica, em forma de 
artigos ou livros, o pesquisador precisa assumir os riscos inerentes aos 
procedimentos de coleta de dados que irá utilizar. Tais riscos podem envolver 
uma variedade de prejuízos ao participante da pesquisa, dependendo da 
situação em que se encontra, que vão desde lesões físicas até desconforto 
emocional e danos morais. 
Sabemos que o objetivo do pesquisador é a produção de conhecimento, 
e o quanto esta pode gerar benefícios. Nesse sentido, sempre que uma pesquisa 
prevê a abordagem mais direta a seres humanos, o projeto deve ser submetido 
à análise de um Comitê de Ética em Pesquisa, para que seja avaliado se os 
benefícios proporcionados pela pesquisa em questão superam os riscos que 
apresenta. Em caso positivo, ainda assim os pesquisadores deverão adotar 
medidas para minimizar a possibilidade da concretização dos riscos, bem como 
informar como irão proceder caso esses riscos venham a se concretizar, de 
 
 
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modo a arcar com as suas consequências. Tais cuidados mostram-se 
necessários para a proteção dos participantes da pesquisa e do próprio 
pesquisador, que irá organizar o seu trabalho segundo os critérios éticos 
previstos, amparado por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP)*. 
Enquanto um exercício importante para a formação de profissionais de nível 
superior, a realização de uma pesquisa e sua apresentação no formato de um 
Trabalho de Conclusão de Curso caracteriza-se como oportunidade de 
discussão e reflexão sobre a realidade estudada. 
O projeto de pesquisa e o Trabalho de Conclusão de Curso são exemplos 
de redação científica. O primeiro apresenta a proposta de trabalho que irá 
resultar no segundo, de modo que a clareza e organização alcançada no projeto 
são decisivas para o seu sucesso. Nesse percurso, procure atentar para os 
seguintes itens, indispensáveis em trabalhos acadêmicos: 
 
* Para maiores informações sobre essas exigências, consulte a Resolução 466/12 (BRASIL, 
2012), disponível em 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>. 
 
 
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 LINGUAGEM CULTA 
 
 VOCABULÁRIO ESPECÍFICO DA ÁREA DO ESTUDO 
 
 CORREÇÃO GRAMATICAL ABSOLUTA 
 FORMALIDADE 
 LÓGICA NA ORGANIZAÇÃO TEXTUAL 
 
 APROFUNDAMENTO TEÓRICO E EXPLICATIVO 
 UNIFORMIDADE ESTÉTICA 
 EXPANSÃO DE SIGLAS: NOTA DE RODAPÉ OU PARÊNTESES 
 TRADUÇÃO DE ESTRANGEIRISMOS: NOTA DE RODAPÉ OU GLOSSÁRIO 
 CONCEITUAÇÃO DE TERMOS TÉCNICOS: NOTA DE RODAPÉ OU 
 
GLOSSÁRIO 
 
 ITÁLICO EM ESTRANGEIRISMOS 
 
 
FORMATO – REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO 
Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21 cm x 
29,7 cm), digitados na cor preta, com exceção das ilustrações. Recomenda-se 
utilizar a fonte Time New Roman (ou Arial), tamanho 12, para o texto e tamanho 
menor para citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e 
legendas das ilustrações e tabelas. 
Deve-se usar tamanho menor (fonte 11) e recuo de 4 cm da margem 
esquerda para citações de mais de três linhas; tamanho menor para notas de 
rodapé (fonte 10); dados da catalogação na publicação (fonte 11); legendas e 
fontes das ilustrações e das tabelas (fonte 11), sempre de forma uniforme, ou 
seja, o tamanho de fonte usado para notas de rodapé deverá ser igual em todas. 
 
 
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As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm, direita 
e inferior de 2 cm; no verso, direita e superior de 3 cm, esquerda e inferior de 2 
cm. Todo o texto deve ser digitado com espaçoum e meio (1,5) e utilizam-se 
parágrafos com 1 Tab (exceto citações diretas com mais de 3 linhas). As citações 
com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações 
e tabelas devem ser digitadas em espaço simples. 
 O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado a 
esquerda e separado por um espaço de caractere. Os títulos das subseções 
devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por um espaço 
entre linhas de 1,5. 
 As referências (bibliografia), ao final do trabalho, devem ser separadas 
entre si por espaço duplo, para melhor visualização. 
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas 
para fins de paginação, mas não numeradas. A paginação é colocada, a partir 
da primeira folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no canto 
superior direito da folha. 
 Em relação ao uso de siglas, observa-se que quando elas aparecem pela 
primeira vez no texto, a forma completa deve precedê-las, colocada entre 
parênteses. Ex. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
 Quadros (cujo conteúdo é predominantemente textual) e Tabelas (cujo 
conteúdo é predominantemente constituído por numerais) devem ser 
identificados no corpo do texto na parte superior, precedida da palavra 
designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto em 
algarismos arábicos (Ex.: “Quadro 1”). Após a ilustração, na parte inferior, 
indicar a fonte consultada, legenda, notas e outras informações necessárias à 
sua compreensão. Deve estar o mais próximo possível do trecho a que se 
refere. No caso de ilustrações como gráficos, mapas, organogramas etc, o título 
deve aparecer juntamente com a informação sobre a fonte, na parte inferior da 
Figura. 
 
 
 
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Figura 1: Perguntas para cada parte do projeto de pesquisa. 
Fonte: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=44215>. Acesso: 15 
out. 2017. 
 
 
 
 LEMBRE-SE: 
- o texto deve ser digitado em letra TIME NEW ROMAN (ou Arial), 
tamanho 12, exceto em citações com mais de três linhas, notas de rodapé, 
paginação e legendas de ilustrações e tabelas. Nestes casos a fonte deve 
ter tamanho menor que o restante do texto. 
 
- margens: esquerda e superior de 3 cm, direita e inferior de 2 cm; no 
verso, direita e superior de 3 cm, esquerda e inferior de 2 cm. 
 
- espaçamento entre linhas: 1,5, e parágrafo com 1 de tabulação. 
Exceção nas citações literais com mais de três linhas (espaçamento 
simples e recuo à esquerda de 4 cm) 
 
- todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser 
contadas sequencialmente, mas não numeradas. 
 
-a numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual 
(introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direto da folha. 
 
 
 
 
 
18 
 
NORMAS PARA CITAÇÃO (NBR 10520) 
 Citações 
 Citação é quando se transcreve o que um autor escreveu, para 
esclarecimento do assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o 
que se afirma. As citações podem ser: 
 diretas 
 citação de citação 
 indiretas 
 
CITAÇÃO DIRETA: quando há transcrição textual (literal) de parte da obra do 
autor consultado; 
a) - Citação Direta Curta (NBR 12256) (com menos de três linhas) 
- 
Deve ser feita na continuação do texto, entre aspas. 
 (...) “Consideramos que qualquer cientista está em situação de risco se 
não encontra relevância em seu trabalho” (KOLLER, 2004, p.21). 
 
Obs.: MOTT - autor que faz a citação. 
1988 - o ano de publicação da obra deste autor na bibliografia. 
p.13 - refere-se ao número da página na qual o autor fez a citação (NBR 
10520). 
 
 
 
 
 
 
19 
 
b) - Citação Direta Longa (com mais de três linhas) - As margens 
são recuadas à direita em 4 cm, com espaçamento SMPLES, e a 
letra menor que a utilizada no texto e sem aspas (NBR 10520, item 
4.4). 
Ex: 
Além disso, a qualidade do ensino fornecido era duvidosa, uma vez que 
as mulheres que o ministravam não estavam preparadas para exercer tal 
função. 
A maior dificuldade de aplicação da lei de 1827 residiu no 
provimento das cadeiras das escolas femininas. Não obstante 
sobressaírem as mulheres no ensino das prendas domésticas, 
as poucas que se apresentavam para reger uma classe 
dominavam tão mal aquilo que deveriam ensinar que não 
logravam êxito em transmitir seus exíguos conhecimentos. Se 
os próprios homens, aos quais o acesso à instrução era muito 
mais fácil, se revelavam incapazes de ministrar o ensino de 
primeiras letras, lastimável era o nível do ensino nas escolas 
femininas, cujas mestras estiveram sempre mais ou menos 
marginalizadas do saber (SAFFIOTI, 1997, p. 193). 
 
Coincidência de sobrenomes - diferenciar pelas letras iniciais dos 
prenomes. 
 (ROQUETE, C., 1998) (VARGAS, J., 2001) 
 (ROQUETE, D., 1998) (VARGAS, L., 2001) 
 
Citação de diversos documentos de um mesmo autor e da mesma data: 
diferenciar pelo acréscimo de letras minúsculas após a data e sem 
espacejamento 
 (OLIVEIRA, 2000a) (SOARES, 2001a) 
 (OLIVEIRA, 2000b) (SOARES, 2001b) 
 
 
 
 
 
20 
 
Citação direta de um documento de diversos autores, entre parênteses: 
separá-los por ponto e vírgula. 
 (CAMPELLO; MAGALHÃES; POWELL; PEBERDY, 1999, v.1, p.68-90) 
 
 CITAÇÃO DE CITAÇÃO: (citado por, conforme, segundo) texto citado por outro 
autor dentro. Ou seja, é a citação feita por outro pesquisador. 
Ex.: 
O Imperador Napoleão Bonaparte dizia que "[…] as mulheres nada mais 
são do que máquinas de fazer filhos" (BONAPARTE, apud LOI, 1988, p. 35). 
Obs.: apud = citado por. 
 
CITAÇÃO INDIRETA: É a citação de uma ideia originalmente apresentada por 
outro autor, porém sem reproduzir as palavras utilizadas por ele em sua 
publicação. Nesse caso, deve haver o cuidado para não distorcer a ideia 
original, mas o texto não é o mesmo da fonte consultada, devendo fazer uso de 
termos e organização diferentes dos adotados nela. Pode ser chamada também 
de não literal, ou paráfrase. 
 
Citação de um autor: 
Ex: 
A teoria de Kelsen (1999) pretende estabelecer as bases para a ciência 
jurídica. 
Segundo Kotler e Armstrong (2003), o consumidor sofre as influências 
culturais e sociais, impossíveis de serem controladas. 
Martins, citado por Gomes (1986, p.37), afirma que as contas de origem e 
aplicação de recursos têm um poder de análise extraordinário, porque o dinheiro 
produzido pela empresa durante o ano era computado em valores nominais. 
Somente em 15 de outubro de 1827, depois de longa luta, foi concedido 
às mulheres o direito a educação primária, mas, mesmo assim, o ensino da 
 
 
21 
 
aritmética nas escolas de meninas ficou restrito as quatro operações. Note-se 
que o ensino da geometria era limitado às escolas de meninos, caracterizando 
uma diferenciação curricular (COSENZA, 1993). 
 
Citação de vários autores 
Ex: 
Diversos autores salientam a importância da utilização do metal nobre 
nos pinos de implantes dentários (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 
1997). 
Citação de várias obras do mesmo autor 
Ex: 
Há nele uma diversidade de formas de trabalho; mas em geral 
subsumidas no capital, e não externas a ele e que resistem à sua expansão, 
consoante desejam certos partidários do campesinato, cujo exemplo maior é 
Martins (1979, 1980, 1984, 1986). 
Citação de um documento de diversos autores, dentro de uma frase: 
separá-los por vírgula, colocando um “e” entre o penúltimo e o último. 
Ex: 
Baccan, Smith e Orwell (2001, p.165), discutiram esta questão. 
Citação de documentos diferentes - de datas diferentes – e dos mesmos 
autores: citar autores separados por ponto e vírgula – colocar datas na ordem 
cronológica - separadas por vírgulas – seguidas das respectivas páginas. 
Ex: 
(BACCAN;ALEIXO; STEIN, 1999, p.17, 2000, p.89, 2001, p.56) Citação 
da Bíblia Ex: 
[...] Depois disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-
lhe-ei uma auxiliar igual a ele. [...] Depois, da costela do homem, o Senhor Deus 
formou uma mulher, e apresentou-a ao homem [...] (BÍBLIA, Gênesis, 2, 15-22). 
 
 
22 
 
Citação de Obras clássicas Ex: 
“Turno, agitada el alma de amor, clavando en la muchacha la mirada arde cada 
vez más em ânsias de pelea” (VIRGILIO, Eneida, XII, 70). 
Publicações com autoria desconhecida ou não assinadas – cita-se 
pela primeira palavra do título do documento seguido o ano. 
Ex: 
Provendo acesso à comunidade acadêmica de recursos de informação 
relevantes, de modo a subsidiá-la no desenvolvimento de suas atividades de 
ensino, pesquisa e extensão (BIBLIOTECA..., 2010). 
Citação de jurisprudência 
Citar uma jurisprudência, indicando ao final da citação, entre parênteses, 
o país, estado ou município, corte ou tribunal, tipo e número do recurso, relator 
e a data da revista ou livro de onde foi retirada. A referência completa deverá 
constar no final do trabalho, numa lista à parte de legislação e jurisprudência 
consultada. 
Ex: 
Com efeito, a Constituição Federal de 1988, ao prever em seu art. 226, 
3º, de que, para efeito de proteção do Estado, é reconhecida a união estável 
entre o homem e a mulher como entidade familiar, não logrou equipará-la, para 
todos os efeitos, ao casamento (SÃO PAULO, TJ. Ap. 544.013-00/11, Relator: 
Des. Manuel Ramos, 1999). 
 Citação de legislação 
Citar uma legislação, indicando ao final da citação, entre parênteses, o 
país, estado ou município de onde ela se origina, seguido do número e 
especificação da legislação, data de publicação e da fonte de onde foi retirada. 
Colocar a referência completa na lista de legislação e jurisprudência consultada. 
Ex: 
 
 
23 
 
Como ressalta o artigo 4º da Lei Orgânica dos Partidos Políticos: ‘A ação 
do partido será exercida, dentro de seu programa, em nome dos cidadãos que 
integram e sem vinculação com a ação de partidos ou governos estrangeiros’ 
(BRASIL, Lei nº 4.740, de 15 de julho de 1965, 1965). 
 
LOCALIZAÇÃO DAS CITAÇÕES 
a) No texto: a citação vem logo após o texto, conforme nos exemplos citados 
acima. 
b) Em nota de rodapé: a citação aparece no rodapé da página. Neste caso, 
coloca-se um número ou um asterisco sobrescrito, que deverá ser repetido 
no rodapé da página. 
c) No final de cada parte do trabalho: devem ser numeradas em ordem 
crescente. 
d) No final do trabalho: todas as citações aparecem no final do trabalho, 
listadas em ordem numérica crescente, no todo ou por capítulo. 
 
REDAÇÃO DA CITAÇÃO 
A redação da citação livre ou da frase que a antecede deve considerar o 
uso correto do português, ou seja, observar as pontuações e concordâncias das 
frases. Devese evitar o uso de símbolos, siglas, expressões estrangeiras ou 
vocabulário rebuscado. 
Ex: 
Para Severino (1986, p. 34), “[…] as contas de origem e aplicação de 
recursos têm um poder de análise extraordinário, porque o dinheiro produzido 
pela empresa durante o ano era computado em valores nominais”. 
“As contas de origem e aplicação de recursos têm um poder de análise 
extraordinário, porque o dinheiro produzido pela empresa durante o ano era 
computado em valores nominais” (SEVERINO, 1986, p.34). 
 
 
 
 
24 
 
 
“O primeiro prefeito que tentou mudar o destino de Belo Horizonte foi 
Juscelino Kubitschek de Oliveira. Inventou a Pampulha com seu lago artificial, 
cassino, casa do baile e igrejinha, que por longos anos ficou sem a bênção da 
Igreja” (FRAGOSO FILHO, 1994). 
 
a) Supressões: podem ser utilizadas reticências entre colchetes no início, meio 
e fim da citação. 
 
Ex:] 
Prosseguindo uma análise geral, “[...] a religião reencontrou uma 
inesperada força de atuação política” (ANTONIAZZI, 1997, p.59). 
Podemos pensar que: “a orientação conservadora privilegia a função [...] 
a religião deve ser traduzida em leis; a moral tradicional do grupo cultural deve 
ser preservada [...]” (ANTONIAZZI, 1997, p.62). 
[...] prefeito que tentou mudar o destino de Belo Horizonte foi 
Juscelino Kubitschek de Oliveira. Inventou a Pampulha com seu 
lago artificial, cassino, casa do baile e igrejinha, que por longos 
anos ficou sem a bênção da Igreja (FRAGOSO FILHO, 1994, 
p.31). 
 
b) Pontuação: a pontuação das citações textuais deve ser obedecida, ou 
seja, se a frase termina com um ponto, este deve ser inserido dentro das aspas. 
Ex: 
“Inventou a Pampulha com seu lago artificial, cassino, casa do baile e 
igrejinha, que por longos anos ficou sem a bênção da Igreja” (FRAGOSO FILHO, 
1994, p.31). 
 
c) Interpolações, acréscimos ou comentários: quando necessário, 
devem ser acrescentados entre colchetes. 
Ex: 
Prosseguindo uma análise geral, “[…] a religião [católica] reencontrou uma 
inesperada força de atuação política” (ANTONIAZZI, 1997, p.59). 
 
 
25 
 
“A orientação conservadora privilegia a [função da] religião deve ser 
traduzida em leis; a moral tradicional do grupo cultural deve ser preservada” 
(ANTONIAZZI, 1997, p.62). 
“O primeiro prefeito [eleito] que tentou mudar o destino de Belo Horizonte 
foi Juscelino Kubitschek de Oliveira. Inventou a Pampulha com seu [lago 
artificial], cassino, casa do baile e igrejinha, que por longos anos ficou sem a 
bênção da Igreja” (FRAGOSO FILHO, 1994, p.31). 
 
“[Cada] prefeito que tentou mudar o destino de Belo Horizonte foi 
[comparado a] Juscelino Kubitschek de Oliveira. Inventou a Pampulha com seu 
lago artificial, cassino, casa do baile e igrejinha, que por longos anos ficou sem 
a bênção da Igreja” (FRAGOSO FILHO, 1994, p.31). 
 
“Deus funciona sim, porém a população mundial não inclina seus ouvidos 
à voz ele. A palavra Dele está aí, todos têm acesso a ela [Bíblia], mas poucos a 
lêem” (SILVA, 2002, p. 23). 
 
d) Erro ortográfico: utilizar a expressão sic (advérbio latino que quer 
dizer "assim mesmo") entre parênteses depois de qualquer palavra ou frase que 
contenha um erro gramatical ou que o sentido pareça absurdo. 
Ex: 
“Há uma indústria da violência que se associa intimamente à indústria 
pornográfica. Cultivase (sic) o erotismo associado ao sofrimento, ao martírio, à 
agressão e não à ternura.” (SOUZA, 2006, p.343). 
 
e) Ênfase ou destaque: para enfatizar ou destacar partes de uma citação, 
utilizar os recursos de grifo, negrito, indicando, ao final da citação, a expressão: 
“grifo nosso”. 
Ex: 
Como fala acerca da sociedade e como fabricante de (inter) mediações, 
nela os discursos sociais são (re) produzidos, isto é, produzidos novamente, 
através do acionamento de gramática, poética e olhar determinados e 
 
 
26 
 
reproduzidos tecnicamente em números sempre mais fantásticos e alucinantes 
(RUBIN, 1995, p.85, grifo nosso). 
 
Citações de documentos de diversos autores 
Neste caso, deve-se mencioná-los separados por ponto e vírgula. 
 
 No texto: 
Ex: 
 
Diversos autores salientam a importância da utilização do metal nobre nos 
pinos de implantes dentários (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997). 
 Obs.: neste caso, todos os autores deverão ser citados “um a um” em 
Referências. 
Abranches, Santos e Coimbra (1987) afirmam que é extremante difícil 
saber se a queda da mortalidade infantil é causada pela melhoria no saneamento 
básico. 
 
Mais de três autores 
Ex: Gonçalves et al. (2004, p.137) salientam que os personagens da obra “um 
gosto de quero mais” utilizam uma linguagem coloquial. 
 
 Nas referências: 
 
ABRANCHES, S. H.; SANTOS, W. G.; COIMBRA, M. A. Política social e 
combate à pobreza. Rio de Janeiro: Zahar, 1987. 
 
GONÇALVES, Regina Marta Fonseca et al. Literatura: um gosto de quero mais, 
São Paulo: Ática, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE REFERÊNCIAS (NBR-6023:2002da 
ABNT) 
 
Todas as citações nas Referências seguem estes elementos essenciais: 
a) autor (com sobrenome em maiúsculo); 
b) título (apresentar em itálico, negrito ou sublinhado) e subtítulo, se 
importante; 
 
c) edição; 
d) local de publicação, editora e data; 
e) número de páginas ou volume; 
f) série ou coleção (opcional); 
 
g) notas especiais (opcional), quando necessário acrescentam-se 
elementos à referência para melhor identificar o documento. 
 
Citação de textos monográficos no todo (Livro, folheto, dicionário, guia, 
manual, catálogo, almanaque, enciclopédia, folder, norma técnica, relatório). 
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano. 
Descrição física. (Série ou Coleção). Notas. 
 
Ex: 
MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 
3.ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998. (Biblioteca de 
Direito do Consumidor, 1). 
HOUAISS, Antonio (Ed.) Novo Dicionário Folha Webster’s: inglês/português, 
português/inglês. Coeditor Ismael Cardim. São Paulo: Folha da Manhã, 1996. 
Edição exclusiva para assinantes da Folha de São Paulo. 
 
KINJINK, Danilo. A Exceção de Pré Executividade. 1997. 271 f. Dissertação 
(Mestrado em Direito) - Faculdade de Direito, Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, 1997. 
 
 
 
28 
 
COSTA, Judith Hofmeister Martins. Sistema e Cláusula Geral: a boa-fé 
objetiva no processo obrigacional. 1996. 2v. Tese (Doutorado em Direito Civil) - 
Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, 1996. 
 
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. Tradução 
Vera da Costa e Silva et. al. 3.ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1990. 
 
LION, M. F.; ANDRADE, J. Drogas Cardiovasculares e Gravidez. Separata de: 
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v.37, n. 2, p. 125-127, 1981. 
 
Citação de textos monográficos no todo em meio eletrônico e on-line 
Inclui os mesmos tipos indicados em meio eletrônico (disquetes, CD-
ROM, online e etc.). 
Obedecer aos padrões indicados para os documentos monográficos, 
acrescidos das informações relativas à descrição física em meio eletrônico. 
AUTOR. Título: subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano. 
Descrição física. (Série ou Coleção). Notas. Número de CD-ROM. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as 
informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, precedido da 
expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da 
expressão Acesso em. 
AUTOR. Título: subtítulo. Cidade de publicação: Editora, ano. Descrição física. 
(Série ou Coleção). Notas. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: 
dia mês abreviado. Ano. 
 
Ex: 
KOOGAN, André; HOUAISS, Antônio (Ed.). Enciclopédia e Dicionário digital 
98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 
CD-ROM 5. 
 
ALVES, Castro. Navio Negreiro. Virtual Books, 2000. Disponível em: 
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/l_port2/navionegreiro.htm>. 
Acesso em: 10 jan. 2002. 
 
 
 
29 
 
Citação de partes de textos monográficos (capítulo, volume, fragmento e 
outra (s) partes de uma obra, com autor(es) e ou títulos próprios) 
Elementos essenciais 
 
a) autor (es); 
 
b) título da parte, subtítulo (se houver); 
 
c) expressão “In:” ; 
 
d) autor (es) da obra no todo (se houver); 
 
e) título da obra no todo; 
 
f) local, editora e data da obra no todo; 
 
g) páginas da parte, capítulo ou volume. 
 
 
AUTOR do capítulo. Título do capítulo. In: AUTOR da monografia. Título: 
subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano. Número do volume, 
capítulo, página inicial e final da parte. (Série ou Coleção). Notas. 
Ex: 
ZAVASCKI, Teori Albino. Medidas Cautelares e Medidas Antecipatórias. In: 
GIORGIS, José Carlos Teixeira (Org.) Inovações do Código de Processo 
Civil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997. p. 23-46. 
 
SANTOS, F. R. dos. A Colonização da Terra do Tucujus. In: SOUZA, J. F. 
História do Amapá, 1° grau. 2.ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3. p. 15-24. 
 
Verbete de dicionário 
MEDIKAMENT. In: TOCHTROP, L. Dicionário alemão-português. 9. ed. São 
Paulo: Globo, 1996. p. 352. 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
Citação de partes de textos monográficos em meio eletrônico e on-line 
CD-ROM 
AUTOR do capítulo. Título do capítulo. In: AUTOR da monografia. Título: 
subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano. Número do volume, 
capítulo, página inicial e final da parte. (Série ou Coleção). Notas. Número de 
CD-ROM. 
Ex: 
CALDEIRA, J. et al. A luta contra o tráfico. In: ______. (Org.). Viagem pela 
história do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. cap. 8, p. 181-198. 
1 CD-ROM. 
 
On-line 
AUTOR do capítulo. Título do capítulo. In: AUTOR da monografia. Título: 
subtítulo. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano. Número do volume, 
capítulo, página inicial e final da parte. (Série ou Coleção). Notas. Disponível 
em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês abreviado. Ano. 
Ex: 
MITCHELL, K. J. et al. (Ed.). Testing and licensing beginning teachers. 
In:______. Testing teacher candidates: the role of licensure tests in improving 
teacher quality. Washington: National Academic Press, 2001. p. 34-69. 
Disponível em:<http://www.nap.edu/books/0309074207/html>. Acesso em: 26 
nov. 2001. 
 
Verbete de dicionário 
NAZARÉ, E. J. In: DICIONÁRIO Cravo Albin da música popular brasileira. 
Idealização e supervisão geral de Ricardo Cravo Albin. [Rio de Janeiro]: 
Fundação Biblioteca Nacional, 2001. Disponível em: <http://fbn-
202.bn. 
br/scripts/dicionario.exe/verbete?busca=NAZARETH,%20Ernesto&tipo=A>. 
 Acesso em: 27 nov. 2001. 
Citação de Periódicos (Inclui coleção como um todo, fascículo ou número de 
revista, número de jornal, caderno, etc., na íntegra, e a matéria existente em um 
número, volume ou fascículo de periódico (artigos científicos, de revistas, 
editoriais, matérias jornalísticas, seções e reportagens). 
 
 
 
 
31 
 
 
 Periódicos no todo 
É utilizada em listas de referências e catálogos de obras preparados por 
livreiros, bibliotecas ou editoras. 
 Elementos essenciais 
a) título; 
 
b) local de publicação; 
 
c) editor; 
 
d) datas de início e encerramento da publicação. 
 
TÍTULO DO PERIÓDICO. Cidade de publicação: Editora, ano do primeiro 
volume - ano do último volume (para coleção encerrada). Periodicidade. ISSN 
(quando houver). 
 
Ex: 
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939. 
Partes de periódicos 
Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos com título próprio, 
comunicações, editorial, entrevistas, recensões. 
 Elementos essenciais: 
a) título; 
 
b) local; 
 
c) editora; 
 
d) numeração do ano e/ou volume; 
 
e) número do fascículo; 
 
f) data de publicação; 
 
g) número de páginas (opcional). 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Ex: 
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000. 
 
Citação de artigo /ou matéria de periódico 
 
Elementos essenciais: 
a) autor (es); 
 
b) título da parte ou matéria; 
 
c) título da publicação; 
 
d) local de publicação; 
 
e) volume ou ano; 
 
f) fascículo e/ou número; 
 
g) páginas inicial e final; 
 
h) data ou intervalo de publicação. 
 
 
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico, (abreviado ou não), 
cidade de publicação, v. seguido do número do volume, n. seguido do número 
do fascículo, p. seguido dos números da página inicial e final, separados entre 
si por hífen, mês abreviado(se houver). Ano. 
Ex: 
FRADERA, Véra Maria Jacob de. A circulação de modelos jurídicos europeus 
na América Latina: um entrave à integração econômica no Cone Sul? Revista 
dos Tribunais, São Paulo, v.86, n.736, p.20- 39, fev. 1997.Artigo e/ou matéria de periódico em meio eletrônico e on-line 
Obedecem aos padrões indicados acima, acrescidas das informações relativas 
à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online). 
 
 
 
 
33 
 
 
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico (abreviado ou não), 
cidade de publicação, v. seguido do número do volume, n. seguido do número 
do fascículo, p. seguido dos números da página inicial e final, separados entre 
si por hífen, mês abreviado (se houver). Ano. Número de CD-ROM. 
Ex: 
DIEMENTE, D. Demonstrations of the enormity of Avogadro’s number. Journal 
of Chemical Education, Madison, v. 75, n. 12, p. 1565-1566, Dec. 1998. 1 CD-
ROM. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as 
informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, precedido da 
expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da 
expressão Acesso em. 
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico (abreviado ou não), 
cidade de publicação, v. seguido do número do volume, n. seguido do número 
do fascículo, p. seguido dos números da página inicial e final, separados entre 
si por hífen, mês abreviado (se houver). Ano. Disponível em: <endereço 
eletrônico>. Acesso em: dia mês abreviado. Ano. 
Ex: 
RIBEIRO, P. S. G. Adoção à Brasileira: uma análise sóciojurídica. Dataveni@, 
São Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: 
<http://www.datavenia.inf.br/frame.artig.htm>. Acesso em: 10 set. 1998. 
 
 
Artigo e/ou matéria de jornal (Inclui comunicações, editoriais, entrevistas, 
recensões, reportagens, resenhas e outros). 
Elementos essenciais: 
a) autor (es), se houver; 
 
b) título; 
 
c) título do jornal; 
 
d) local de publicação; 
 
e) data de publicação; 
 
f) seção, caderno ou parte do jornal; 
 
 
 
34 
 
g) página. 
 
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do jornal, cidade de publicação, dia, 
mês abreviado. Ano. Número ou Título do Caderno, Seção ou Suplemento, p. 
seguido dos números da página inicial e final, separados entre si por hífen. 
Ex: 
COPETTI, Álvaro. Tumultos: anomia e crise social. Zero Hora, Porto Alegre, 14 
dez. 1989. p.4. 
NAVES, P. Lagos andinos dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São 
Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo, caderno 8, p. 13. 
 
Artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico 
Obedecem aos padrões indicados em 6.3.5, acrescidas das informações 
relativas às descrições em meio eletrônico. Quando se tratar de obras 
consultadas online, também são essenciais as informações sobre o endereço 
eletrônico apresentado entre < >, precedido da expressão Disponível em: e a 
data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em:. 
AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico (abreviado ou não), cidade 
de publicação, v. seguido do número do volume, n. seguido do número do 
fascículo, p. seguido dos números da página inicial e final, separados entre si 
por hífen, mês abreviado (se houver). Ano. Disponível em: <endereço 
eletrônico>. Acesso em: dia mês abreviado. Ano. 
Ex: 
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Pena de Morte para o Nascituro. O Estado de 
São Paulo, São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: 
<http://www.providafamilia.org./pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 28 
nov. 1998. 
 
Evento como um todo (Inclui o conjunto dos documentos reunidos em um 
produto final do próprio evento: atas, anais, resultados, proceedings, etc.). 
Elementos essenciais: 
a) nome do evento; 
 
b) numeração (se houver); 
 
c) ano, local (cidade) de realização; 
 
 
 
35 
 
d) título do documento (anais, etc.); 
 
e) local, editora e data. 
 
NOME DO EVENTO, n. (número do evento em algarismo arábico), ano, Cidade 
onde se realizou o evento. Título da publicação do evento... Cidade de 
publicação: Editora, ano de publicação. Descrição física. Notas. 
 
Ex: 
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, 
Poços de Caldas. Química: academia, indústria sociedade: livro de 
resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997. 
 
Evento como um todo em meio eletrônico 
As referências devem obedecer aos padrões indicados para o evento como um 
todo, acrescidas das informações relativas à descrição no meio eletrônico. 
Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais as 
informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, precedido da 
expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da 
expressão Acesso em:. 
NOME DO EVENTO, n., (número do evento em algarismo arábico) ano, Cidade 
onde se realizou o evento. Título da publicação do evento: subtítulo. Cidade 
de publicação: Editora, ano de publicação. Descrição física. Notas. Disponível 
em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês abreviado. Ano. 
 
Ex: 
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais 
eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: 
<http://www.propesq.ufpe.br/anais.htm>. Acesso em 21 jan. 1997. 
 
Trabalho apresentado em evento (Inclui trabalhos apresentados em eventos) 
 Elementos essenciais: 
a) autor (es); 
 
b) título do trabalho apresentado seguido da expressão In:; 
 
 
 
 
36 
 
 
 
c) nome do evento, número, ano e local (cidade); 
 
d) título do documento (anais, etc.); 
 
e) local, editora e data; 
 
g) página inicial e final da parte referenciada. 
 
AUTOR. Título de trabalho. In: NOME DO EVENTO, n. (número do evento em 
algarismo arábico), ano, Cidade onde se realizou o evento. Título da 
publicação do evento... Cidade de publicação: Editora, ano de publicação. 
Descrição física. Notas. 
Ex: 
GRINOVER, Ada Pelegrine. A crise do poder judiciário. In: CONFERÊNCIA 
NACIONAL DA OAB. Anais eletrônicos, Brasília: OAB - Conselho Federal, 
1990. p.179-187. 
 
Trabalho apresentado em evento de meio eletrônico e on-line 
As referências devem obedecer aos padrões indicados para trabalhos 
apresentados em evento, acrescidas das informações relativas à descrição em 
meio eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online, também são 
essenciais as informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, 
precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, 
precedida da expressão Acesso em:. 
 
CD-ROM 
 
AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, n. (número do evento em 
algarismo arábico .), ano, cidade onde se realizou o evento. Título da 
publicação do evento... Cidade de publicação: Editora, ano de publicação. 
(Série ou Coleção). Notas. Número de CD-ROM. 
Ex: 
GUNCHO, M. R. A Educação à distância e a Biblioteca Universitária. In: 
SEMINÁRIO DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10, 1998. Fortaleza. 
Anais... Fortaleza: Tec. Treina, 1998. 1 CD ROM. 
 
 
37 
 
On-line 
AUTOR. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, n.(número do evento em 
algarismo arábico), ano, cidade onde se realizou o evento. Título da 
publicação do evento... Cidade de publicação: editora, ano de publicação. 
Descrição física. Notas. Disponível em: <endereço>. Acesso em: 
dia mês abreviado. Ano. 
 
Ex: 
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os Limites Pedagógicos do Paradigma da 
Qualidade Total na Educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Disponível em: 
<http://www.propesq.ufpe. br/anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 
1997. 
 
Forma de citação de documento jurídico 
Inclui legislação, jurisprudência e doutrina. 
 Legislação 
Compreende a Constituição, as emendas constitucionais, os textos legais e 
normas emanadas das entidades públicas e privadas. 
 Constituições, Códigos, Coletâneas de Leis e Decretos 
Elementos essenciais: 
a) jurisdição; 
 
b) nome e data no caso de constituições; 
 
c) título; 
 
d) edição; 
 
e) local, editora e data; 
 
f) número de páginas (opcional).38 
 
Ex: 
NOME DO PAÍS. Constituição (ano de promulgação). Título: subtítulo. Cidade 
de publicação: Editora, ano. Descrição física. (Série ou Coleção). Notas. 
 
Ex: 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do 
Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto por Juarez 
de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168 p. (Série Legislação Brasileira). 
 
BRASIL. Código de Processo Civil. 2.ed. rev. e atual. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 1997. 1065p. 
 Leis, Decretos e Portarias 
Elementos essenciais 
a) jurisdição ou órgão legislador; 
 
b) título (legislação, número e data); 
 
c) ementa (na norma atual é facultativa); 
 
d) referência da publicação no todo, se livro, precedido de “In:” ou indicação dos 
dados do periódico, se revista ou jornal. 
 
 
AUTOR (pessoa física ou Instituição/Entidade responsável pelo documento). 
Ementa (quando houver), Tipo, número e dia mês por extenso e ano do parecer. 
Título: subtítulo. Relator: (nome do Relator na ordem direta - se houver). Título 
da publicação: subtítulo, Cidade de publicação, v. , p. , ano. (Série ou Coleção). 
Notas. 
 
Ex: 
BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título 
II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativa à Segurança e Medicina do 
Trabalho. In: 
BRASIL. Segurança e medicina do trabalho. 25. ed. São Paulo: Atlas, 1994. 
455p. p. 9-18. 
 
 
 
39 
 
BRASIL. Decreto n. 3.159, de 1º de setembro de 1999. Altera dispositivo do 
Decreto de 21 de agosto de 1957, que cria o Conselho interministerial do Açúcar 
e do ÁlcoolCIMA e dá outras providências. Lex, São Paulo, v.63, p. 5208, set. 
1999. 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução n.1552, de 20 de agosto de 
1999. Estabelece normas da CCIH para a prescrição de antibióticos nas 
unidades hospitalares. Lex, São Paulo, v. 63, p.5260-5261, set. 1999. 
Parecer 
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Do parecer no tocante aos 
financiamentos gerados por importações de mercadorias, cujo embarque tenha 
ocorrido antes da publicação do Decreto-lei n. 1.994, de 29 de dezembro de 
1982. Parecer normativo, n. 6, de 23 de março de 1984. Relator: Ernani Garcia 
dos Santos. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 
521-522, jan./mar., 1984. 
 
Portaria 
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Desliga a Empresa de Correios e 
Telégrafos – ACT do sistema de arrecadação. Portaria n. 12, de 21 de março de 
1996. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 60, p. 742-
743, mar./abr. 2. Trim. 1996. 
 
Resolução 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Aprova as instruções para escolha dos 
delegados-eleitores, efetivo e suplente à Assembléia para eleição de membros 
do seu Conselho Federal. Resolução n. 1.148, de 2 de março de 1984. Lex: 
coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 48, p. 425-426, 
jan./mar., 1984. 
 Legislação em meio eletrônico 
As referências devem obedecer aos padrões indicados para legislação em 
suporte papel, acrescidas das informações relativas à descrição em meio 
eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online, também são 
essenciais as informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, 
precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, 
precedida da expressão Acesso em:. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
NOME DO PAÍS. Constituição (ano de promulgação). Título: subtítulo. Cidade 
de publicação: Editora, ano. Descrição física. (Série ou Coleção). Notas. 
Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês abreviado. ano. 
 
Ex: 
BRASIL. Medida Provisória nº 2.230, de 8 de setembro de 2001. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br > Acesso em 22/07/2003. 
 
 Jurisprudência 
Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões 
judiciais. 
Elementos essenciais: 
 
a) jurisdição e órgão judiciário competente; 
 
b) título (natureza da decisão) e número; 
 
c) partes envolvidas (se houver); 
 
d) relator; 
 
e) local, data; 
 
f) dados da publicação. 
 
 
Exemplo: 
 
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça. Demonstrado que o acidente ocorreu em 
razão de um buraco existente na via pública e provado o nexo causal com a 
incapacidade da vítima tem a Municipalidade o dever de pagar pensão, que, à 
falta de prova de ganhos superiores, deve ficar limitada a um salário mínimo. 
Apelação cível 230.997-1/5. Municipalidade de Guarujá e Neuza Alves de 
Menezes. Relator: Desembargador Antônio Villen. 18 de outubro de 1995. 
(Revista dos Tribunais, São Paulo, v.85, n.723, p. 676-678, jan. 1996). 
 
 
 
 
 
41 
 
 
SÃO PAULO. Tribunal de Justiça. Ap. 157.318.4/7, da 3ª Câmara Cível. 
Apelante: Ministério Público. Apelada: M.P.R. Relator: Des. Carlos Roberto 
Gonçalves. São Paulo, 19 de setembro de 2000. (Revista dos Tribunais, São 
Paulo, v. 90, n. 785, p. 226227, mar. 2001). 
 
 Jurisprudência em meio eletrônico 
As referências devem obedecer aos padrões indicados para jurisprudência em 
suporte papel, acrescidas das informações relativas à descrição em meio 
eletrônico. Quando se tratar de obras consultadas online, também são 
essenciais as informações sobre o endereço eletrônico apresentado entre < >, 
precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, 
precedida da expressão Acesso em:. 
 
Exemplos: 
 
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça. Apelação cível nº 70004670071, 
da 2ª Câmara Cível. Apelante: L.C.S. Apelado: A. L.R. de M. Relator: Dr. Ney 
Wiedemann Neto. Porto Alegre, 20 de novembro de 2002. Disponível em: 
<http://www.tj.rs.gov.br> Acesso em: 11 dez. 2002. 
 
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 126.046-MG. 
Recurso especial. Tráfico de drogas. Competência por conexão. Denúncia sem 
inquérito. Citação por edital. Carta precatória. Oitiva de testemunha. Intimação 
da defesa. Juntada de documento na audiência. Excesso na fixação da pena. 
Recorrente: Antônio Baptista. Recorrido: Ministério Público do Estado de Minas 
Gerais. Relator: Ministro Anselmo Santiago. Brasília, DF, 2 de junho de 1998. 
Disponível em: <http://www.stj.gov.br> Acesso em: 10/12/2002. 
 Doutrina 
A doutrina segue os padrões apresentados para citação de livros, teses, etc. 
 OBSERVAÇÃO 
Quando o mesmo autor tiver dois textos publicados no mesmo ano, devemos 
seguir o exemplo, colocando uma letra na sequência da data. 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Documentos de acesso exclusivo em meio eletrônico 
AUTOR. Título: subtítulo. Dados complementares (Responsáveis pela 
produção, coordenação, desenvolvimento, apresentação, etc., quando houver). 
Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês 
abreviado. Ano. 
 
PREVISÃO e estimativas das safras agrícolas no Estado de São Paulo, abril de 
2001. São Paulo: Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo. 
Disponível em: <http://www.iea.sp.gov/estatist.htm>. Acesso em: 14 jun. 2001. 
 
 
 
43 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS [ABNT]. NBR 14724: 
informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação Rio de 
Janeiro: ABNT, 2011. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: 
informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio 
de Janeiro, 2002. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: 
informação e documentação: Artigos em publicação periódica científica 
impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: 
informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6024: numeração 
progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6027: 
informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro,2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6028: 
informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6029: 
informação e documentação: livros e folhetos: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2002. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6032: abreviação 
de títulos de periódicos e publicações seriadas. Rio de Janeiro, 1989. 
 
BATISTA, E. M. T; ALVES, A. P. M. Roteiro para apresentação de trabalhos 
acadêmicos. Disponível em: 
<http://www.fclar.unesp.br/Home/Biblioteca/abnt_roteiro.pdf> Acesso em 10 
jan. 2012. (Elaborado a partir das indicações das normas da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) pelas bibliotecárias da Seção Técnica 
de Referência, atendimento ao Usuário e Documentação da Faculdade de 
Ciências e Letras – Unesp/Araraquara, como material de apoio aos usuários do 
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação. 
 
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: 
Lucerna, 2004. 
 
CÓDIGO de catalogação anglo-americano. 2. ed. São Paulo: FEBAB, 2004. 
 
http://www.fclar.unesp.br/Home/Biblioteca/abnt_roteiro.pdf
http://www.fclar.unesp.br/Home/Biblioteca/abnt_roteiro.pdf
http://www.fclar.unesp.br/Home/Biblioteca/abnt_roteiro.pdf
 
 
44 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de 
apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993. 
 
PIANA, Maria Cristina. A construção do perfil do assistente social no 
cenário educacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura 
Acadêmica, 2009. 233 p. ISBN 978-85-7983-038-9. Disponível em 
<http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/piana-9788579830389-05.pdf>. Acesso 
em 10 out. 2017. 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Coordenadoria Geral de Bibliotecas. 
Grupo de Trabalho Normalização Documentária da UNESP. Normalização 
documentária para a produção científica da UNESP: normas para 
apresentação de referências segundo a NBR 6023:2002 da ABNT. São Paulo, 
2003. Disponível em: 
<http://www.fclar.unesp.br/Home/Biblioteca/abnt_referencias.pdf>. Acesso em: 
10 jan. 2012.

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