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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Sociais Aplicadas Disciplina: Teoria Política Contemporânea Professora: Mariana Baccarini Alunos : Rodrigo , Vinicius , João Pedro e Bruna Síntese da apresentação Racismo e democracia- Grupo 1 RODRIGO (SÍNTESE) ● Escravidão de bases firmes no Brasil entre o século XVI e XIX. - O sistema escravista esteve presente em todo o país de modo que adentrou aos “costumes da terra”. ● Discrepância jurídica - Entre o século XVI e XIX, imperou uma relevante bastardia jurídica de modo que alguns tinham total falta de direitos enquanto outros tinham o poder concentrado em si. ● Escravidão com o sistema de muitos - Diversas camadas da população possuíam escravos. ● Impactos para além do sistema econômico. - a escravidão moldou condutas, definiu desigualdades sociais, fez da raça e da cor marcadores de diferena. ● Atividades intensas/extensas e a baixa expectativa de vida dentre escravos - Os escravos eram submetidos a intensos trabalhos a uma vigilância constante e uma total falta de liberdade e arbítrio, de maneira que isto tendia a reduzir a expectativa de vida destes. ● Representação da mulher escrava: sexualização e lascívia - Construção de estereótipos e construções sociais em que a “mulata” era vista como propensa a sexualidade e a lascívia. ● Cultura do estupro - Mediante as hierarquias de mando, fomentou-se a ocorrência de relações sexuais raramente consentidas. - ● Baixa possibilidade de mudança social e permanência de ciclos de pobreza - A inexistência do estudo formal mitiga a possibilidade de mudança social, visto que desse modo as classes tendem a se comportar de maneira congelada e sem perspectiva de transformar o status quo. ● Lei do Ventre Livre (1871) ● Lei dos Sexagenários (1885) ● Lei Áurea (1888) ● Pós-emancipação - Não foi provida nenhuma forma de integração das populações recém libertas. ● Teoria determinista: - Darwinismo Racial → pretenderam classificar a humanidade em raças, atribuindo-lhes distintas capacidades físicas, intelectuais e morais. - Segundo este modelo, os homens brancos e ocidentais ocupariam o topo da pirâmide social, enquanto os demais seriam considerados inferiores e com potencialidades menores - Populações mestiças como“degeneradas” ● Oposição ao liberalismo político: - As teorias do determinismo social e racial concluíram que a igualdade e o livre arbítrio eram uma quimera, uma balela da Ilustração. - Tais teorias foram modos de substituição da desigualdade criada na escravidão, agora com caráter biológico. - Dito popular do período pós emancipação: “A liberdade é negra, mas a igualdade é branca”. ● Apagamento intelectual - A exclusão de boa parte da população das principais instituições brasileiras produziu um apagamento dos poucos intelectuais negros no período colonial e imperial. JOÃO PEDRO(SLIDE) ● Aumento da população negra declarada entre 1995 e 2009, chegando a 51,1% ● Aumento da expectativa de vida entre homens acima dos 60 ainda é menos para a população negra ● Taxa de hommicídio de jovens negros é 71,7 a cada 100 mil habitante, enquanto a de jovens brancos é 28,3 ● Jovens negros na região nordeste tem 5x mais chance de morrer do que os brancos ● Dos 56 mil homicídios no Brasil em 2012, 30 mil eram jovens e dentre esses, 77% eram negros ● A autora defenda a aprimoração de políticas coercitivas mas educativas para menores infratores ● Segundo maior país com população afrodescendente no mundo ● Racismo como ideologia social ● “Não existe democracia racial enquanto existir desigualdade social, econômica e racial” ● Art 5º da Constituição e o racismo como crime inafiançável ● Criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial ● Cotas Raciais ● Zumbi de Palmares como herói nacional ● Dia da Consciência Negra ● História e Cultura Afro-brasileira e Africana no currículo das escolas VINICIUS ❖ Abolicionismo e seus fortes representantes: ➢ Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Luis Gama. ❖ “O Abolicionista” ➢ Nabuco escreveu o influente “O Abolicionismo”, no qual tece duras críticas ao sistema escravagista, mostrando a hipocrisia da Igreja e expondo a incompatibilidade desse sistema com uma nação forte e desenvolvida. ➢ Coloca a idéia que o Brasil foi construído pelas mãos dos escravos, e que onde eles não estiveram e aplicaram seus trabalhos árduos e sofridos, ainda se mantém como antes da chegada dos exploradores. ➢ Traz a idéia que a abolição da escravatura não seria determinada pelas palavras de um líder, mas quando o negro se sentisse livre. ❖ Três bases usadas para defender o abolicionismo, Econômica, Social e Nacional: ➢ Economicamente inviável, impede o crescimento material da nação e a inclusão de maquinário, cria uma sensação de servitude no país e ódio permanente entre as classes ➢ Retarda o crescimento brasileiro, pois o povo só terá uma vida comum quando todos forem “livres”, e retarda também a criação de um mercado amplo de trabalho, com o fim da servitude a liberdade deixaria de ser um privilégio de classe. ➢ Empecilho para a criação de uma nação forte e respeitada, na qual após a emancipação total, todos lutarão para construir. ➢ ❖ Após a escravidão, outra peça já fora de moda aporta no Brasil, Darwinismo Social: ➢ Após a abolição, e sem um projeto de integração dos recém-libertos na sociedade, outras idéias para sua marginalização começaram a fluir entre as cabeças brancas. ➢ O Darwinismo Social chegou ao Brasil de maneira “picotada”, para adaptar-se melhor às condições que já existiam, pois então, seria esse um país mestiço? dentre as três raças a menos favorecida?(SCHWARCZ, 1996) ❖ Embranquecimento populacional: ➢ Com a chegada dessas idéias, começaram a ser formuladas teorias de como tirar do Brasil essa mancha que sua própria ideologia racista lhe impunha, e a ideia foi: o embranquecimento da população. ➢ Para a realização desse plano foram trazidos da Europa mais de um milhão e meio de pessoas para incrementar a mão de obra em capitais no final do séc XIX e início do XX, e de acordo com essas ideologias, eles se mostrariam tão superiores, que fariam os negros serem jogados para escanteio e lentamente desaparecerem do país. ➢ Adeptos mais fervorosos acreditavam que em 100 anos não haveriam mais negros no Brasil.(ROSA,2019) ❖ Falha: ➢ Com a chegada desses imigrantes e as crenças de sua superioridade, a maior parte dos trabalhos mais estáveis e qualificados foram postos sob seus cuidados, enquanto para outras raças (negros, mestiçose índios) eram deixadas as sobras, os trabalhos menos descentes, mais perigosos e mal pagos.(ROSA, 2019) ➢ Porém, não contavam esses adeptos do embranquecimento com o fato que a maioria desses imigrantes vinham de zonas rurais, enquanto existiam registros de negros escravizados exerciam ocupações que necessitavam de muito maior “responsabilidade e preparo técnico”, como prática da medicina, eram professores, lojistas(ROSA, 2019). ➢ O desenvolver dessa situação trouxe a realidade de que os imigrantes não eram superiores por serem europeus mais próxima do povo, e que a mestiçagem era uma característica do Brasil que o fazia único, até que na década de 30, esse Darwinismo socialfoi também jogado um pouco de lado, por enquanto. BRUNA ● O Darwinismo Social foi abordado por diversas pessoas com bagagem acadêmica postulando a ideia de inferioridade das pessoas negras as brancas reforçando uma ideia de separação e Eugênia. ● Até os anos 30 surgiu o conceito de democracia racial muito conhecido pelo autor Gilberto Freyre e acabou perdurando por muitos anos a crença de uma harmonia entre as raças. Entre as discussões sobre a democracia racial surgiram grupos políticos como a Frente Negra Brasileira e o Teatro Experimental Negro com intuito de criar o espaço comum para discussão de culturas e políticas ● A escola de São Paulo surgiu como um projeto pela UNESCO a fim de desmistificar a ideia de democracia racial e a inexistência do racismo, e criar pesquisas sobre as relações raciais no Brasil e foi muito importante como incentivo para novas discussões. E anos 80 surgiu o Movimento Negro que reverberam até os dias de hoje como um marco histórico Referências Bibliográficas: NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. Abraham Kingdon, 1883. ROSA, Renan. As políticas de branqueamento (1888 - 1920): uma reflexão sobre o racismo estrutural brasileiro. Por Dentro da África, 4 de set. 2019. Disponível em: <http://www.pordentrodaafrica.com/educacao/as-politicas-de-branqueamento-1888-1920-uma -reflexao-sobre-o-racismo-estrutural-brasileiro>. Acesso em: 07 de dez. 2020. SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o autoritarismo brasileiro. Editora Companhia das Letras, 2019. SCHWARCZ, Lilia K. Moritz. Usos e abusos da mestiçagem e da raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX. Afro-Ásia, n. 18, 1996. SKIDMORE, T. Fato e mito: descobrindo um problema racial no Brasil. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 79, p. 5-16, nov. 1991 http://www.pordentrodaafrica.com/educacao/as-politicas-de-branqueamento-1888-1920-uma-reflexao-sobre-o-racismo-estrutural-brasileiro http://www.pordentrodaafrica.com/educacao/as-politicas-de-branqueamento-1888-1920-uma-reflexao-sobre-o-racismo-estrutural-brasileiro
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