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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGRIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Processo de origem nº: 0000000000000
IMPETRANTE, advogada, qualificação completa, com respaldo no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, conjuntamente com o artigo 660, §4º, do Código de Processo Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM PEDIDO LIMINAR
Em favor de JÚLIO, qualificação completa, por estar em iminência de sofrer violência à sua liberdade, figurando como autoridade coatora a Comissão Parlamentar de Inquérito, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos.
I – DOS FATOS
O paciente, famoso lobista em Brasília, é dono de uma construtora e foi convocado para se apresentar no próximo mês em Comissão Parlamentar de Inquérito (artigo 58, §3º, da CF/88), a qual visa apurar desvios públicos federais na área da saúde.
Ocorre que nesta CPI estão sendo investigados alguns senadores da República, deputados federais e governadores, causando verdadeira comoção pública, principalmente em razão da forma fervorosa que a mídia noticia isso.
Em virtude disso, o Paciente corre risco de sofrer represálias e ataques à sua liberdade individual durante seu depoimento como testemunha.
II – DOS DIREITOS
Devido à repercussão desta famosa CPI, que envolve pessoas do alto escalão político, encontra-se o Paciente em risco iminente de sofrer represálias e restrição à sua liberdade ao prestar seu depoimento, como ocorre muitas vezes em casos que envolvam questões de elevada importância social.
Destarte, a Constituição Federal, precisamente em seu artigo 5º, inciso LXVIII, juntamente com o Código de Processo Penal, em seu artigo 647, argumentam que sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, conceder-se-á habeas corpus.
Outrossim, diante do iminente risco que corre o Paciente, tem-se por devido e cabível o pedido.
III – DA CONCESSÃO DA LIMINAR
A liminar é medida que se impõe para assegurar celeridade aos remédios constitucionais, prevenindo a ocorrência coação e constrangimento ilegal ou ataques à liberdade de alguém. 
No caso in comento, estão presentes os requisitos para a concessão da liminar, os quais sejam o fumus boni iuris, eis que a liberdade é direito fundamental de qualquer indivíduo que não pode ser violado, apenas podendo ser restringida como meio excepcional e por determinado período de tempo e, deste modo, evidenciado o risco eminente de o Paciente ter sua liberdade ferida quando for prestar depoimento, deve tal direito ser resguardado. 
Também se acha presente o periculum in mora, haja vista a proximidade da data prevista para o Paciente depor, e, considerando a elevada quantidade de casos na fila para apreciação desta Suprema Corte, corre-se o risco de não lhe ser concedido o presente instrumento em tempo hábil para que possa colaborar na investigação da CPI sem que sofra qualquer tipo de coação ilegal ou ofensa ao seu direito de liberdade.
IV – DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a concessão da liminar e, ao final, o julgamento favorável do presente Habeas Corpus, com a expedição de salvo conduto para que o Paciente possa comparecer como lhe é devido perante a Comissão Parlamentar de Inquérito, com o devido resguardo das garantias constitucionais que lhe são inerentes, impedindo qualquer coação ou ataque à sua liberdade, como medida de Direito e de inteira JUSTIÇA.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

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