PIM VI - Comércio Exterior - UNIP - Nota 7,5

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A – PETROBRÁS 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A – PETROBRÁS 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM VI 
 
ALUNA: LARISSA MARIA BONA R.A: 1883334 
 
 Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VI, 
 apresentado como um dos pré-requisitos para 
 aprovação no Curso Superior de Tecnologia em 
 Comércio Exterior. 
 
Orientador: _________________________________ 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
RESUMO 
 
BONA, Larissa Maria. Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VI. Petróleo Brasileiro 
S.A. – Petrobrás. Pré-requisito para aprovação no Curso Superior de Tecnologia em 
Comércio Exterior. Universidade Paulista, São Paulo, 2020. 
 
O objetivo deste trabalho é demonstrar na prática a assimilação dos conceitos teóricos 
ensinados nas disciplinas de Plano de Negócios, Ética e Legislação: Empresarial e 
Trabalhista, e Licitações Internacionais do Curso Superior de Tecnologia em Comércio 
Exterior. Para tanto, escolheu-se a empresa Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás para 
ser objeto dos estudos de caso propostos pelo Manual do PIM VI. Assim sendo, além 
da apresentação da empresa, foi feita uma análise de um produto a ser comercializado 
pela empresa, que no caso foi o hidrogênio verde, seguindo um roteiro estabelecido 
no Manual do PIM VI; comentários sobre a Operação Lava Jato, que investigou um 
esquema de corrupção com superfaturamento de contratos dentro da Petrobrás, e 
sobre as práticas de enfrentamento ao trabalho escravo da empresa; e a atividade 
proposta no Laboratório de Comércio Exterior, expressando os conhecimentos 
auferidos na disciplina de Licitações Internacionais. O trabalho foi elaborado mediante 
pesquisa bibliográfica e documental. 
 
Palavras chave: Comércio Exterior. Plano de Negócios. Ética e Legislação: 
Empresarial e Trabalhista. Licitações Internacionais. Petróleo Brasileiro S.A. – 
Petrobrás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
1 PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRÁS ..................................................... 6 
2 PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................................... 8 
3 ÉTICA E LEGISLAÇÃO: EMPRESARIAL E TRABALHISTA .................................. 10 
3.1 Operação Lava Jato e a Petrobrás .................................................................. 10 
 4.2 Trabalho escravo e a Petrobrás ....................................................................... 12 
4 LICITAÇÕES INTERNACIONAIS ........................................................................... 14 
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 16 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo deste trabalho é verificar a assimilação prática dos conceitos teóricos 
ensinados nas disciplinas de Plano de Negócios, Ética e Legislação: Empresarial e 
Trabalhista, e Licitações Internacionais, por meio do estudo de caso de uma empresa 
real, a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás. 
 
Assim sendo, com base na pesquisa bibliográfica, através de apostilas, artigos 
jornalísticos e científicos publicados na internet, e documental, caracterizada pela 
informação encontrada no website da empresa objeto deste estudo, este trabalho 
compõem-se de introdução, quatro capítulos e conclusão. 
 
No primeiro capítulo é feita a apresentação da empresa objeto deste trabalho, 
com a descrição de sua estrutura societária, segmento de mercado, histórico, 
estrutura física e sua atuação com comércio exterior. 
 
O segundo capítulo traz foi feita uma análise de um produto a ser 
comercializado pela empresa, que no caso foi o hidrogênio verde, seguindo um roteiro 
estabelecido no Manual do PIM VI, como forma de comprovar os conhecimentos 
apreendidos na disciplina de Plano de Negócios. 
 
Por sua vez, no terceiro capítulo, são feitos comentários sobre a Operação Lava 
Jato, que investigou um esquema de corrupção com superfaturamento de contratos 
dentro da Petrobrás, e sobre as práticas de enfrentamento ao trabalho escravo da 
empresa, como maneira de evidenciar os conhecimentos adquiridos na disciplina de 
Ética e Legislação: Empresarial e Trabalhista. 
 
Da mesma forma, no quarto capítulo fez-se a atividade proposta no Laboratório 
de Comércio Exterior, expressando os conhecimentos auferidos na disciplina de 
Licitações Internacionais. 
 
E na conclusão, finalmente, são demonstradas de forma resumida os 
resultados de todas as análises feitas em cada um dos capítulos. 
6 
 
 
 
1 PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRÁS 
 
O objeto de estudo do presente Projeto Integrado Multidisciplinar é a Petróleo 
Brasileiro S.A. – Petrobrás, popularmente conhecida como apenas Petrobrás. 
 
Trata-se de uma sociedade de economia mista, ou seja, o governo federal do 
Brasil é seu acionista majoritário, de capital aberto com ações negociadas na 
BOVESPA e na Bolsa de Nova York - NYSE e que atua nos segmentos de “exploração 
e produção, refino, comercialização, transporte, petroquímica, distribuição de 
derivados, gás natural, energia elétrica, gás-química e biocombustíveis.” 
(PETROBRÁS, 2020). 
 
Com sede no Rio de Janeiro, a empresa foi instituída em 03 de outubro de 
1953, quando o Presidente Getúlio Vargas sancionou a lei 2.004, que dispunha sobre 
a política nacional do petróleo, sobre a criação da Petrobrás e do monopólio de 
exploração, refino e transporte de petróleo no Brasil. 
 
Em 1961, foi fundada a REDUC – Refinaria Duque de Caxias, que foi a primeira 
refinaria 100% brasileira. Em 1963, foi criado, no Rio de Janeiro, o CENPES – Centro 
de Pesquisa e Desenvolvimento, que veio a tornar-se um dos mais importantes 
centros de pesquisa aplicada do mundo. 
 
Em 1968, foi construída a primeira plataforma autoelevatória, a P.I, que foi 
responsável pela descoberta do “primeiro campo de petróleo na plataforma continental 
brasileira, no mar de Sergipe, em 1969, dando origem ao campo de Guaricema.” 
(PETROBRÁS, 2020). 
 
Em 1974, em meio a crise do petróleo, é descoberta a Bacia de Campos, na 
costa norte do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 100 mil quilômetros quadrados. 
Atualmente, a Bacia de Campos, que se estende até o sul do Espírito Santo, é a “maior 
província petrolífera do Brasil, responsável por mais de 80% da produção nacional do 
petróleo.” (PETROBRÁS, 2020). 
 
7 
 
 
 
 Em 1997, o Presidente Fernando Henrique Cardozo sanciona a lei nº 9.478, 
de 06 de agosto, que revogou a lei nº 2004/53 e extingue o monopólio estatal da 
Petrobrás sobre a exploração, refino, produção e transporte no Brasil. 
 
 Em 2007, é descoberto reservas de petróleo e gás natural na camada do pré-
sal na Bacia de Santos, litoral do Estado de São Paulo, que, segundo a Petrobrás 
(2020), trouxe “um novo horizonte para a indústria de petróleo mundial”. E, em 2018, 
pouco mais de dez anos após a descoberta do pré-sal, a Petrobrás alcançou a marca 
de 1,5 milhão de barris de petróleo produzidos por dia. 
 
Atualmente, a empresa conta com: 
 
a) 46.416 empregados; 
b) Mais de 500.000 acionistas; 
c) Receita de venda de R$ 302,2 bilhões; 
d) Produção diária de 2,77 milhões de barris de petróleo por dia; 
e)13 refinarias; 
f) 107 plataformas de produção; 
g) 128 navios; 
h) 7.719km de oleodutos e 9.190km de gasodutos; 
i) 5 unidades produção de biocombustíveis; 
j) 20 usinas termoelétricas; 
k) Participação em 4 usinas de energia eólica; e 
l) 01 usina fotovoltaica. 
 
Inevitavelmente, esta empresa é atuante no comércio exterior, haja vista que 
além de importar petróleo e gás natural para o Brasil, também explora, refina e 
comercializa petróleo e gás natural em outros 13 países. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
2 PLANO DE NEGÓCIOS 
 
No que tange à disciplina Plano de Negócios, é solicitado no Manual do PIM VI 
que seja escolhido um produto ou serviço para supostamente ser oferecido pela 
empresa objeto deste estudo, com a sua devida análise e descrição, seguindo o roteiro 
estabelecido. 
 
Assim sendo, considerando que a Petrobrás, empresa estudada neste trabalho, 
trata-se de uma empresa de uma empresa que atua no segmento de energia, o 
produto que foi escolhido para ser abordado é o hidrogênio verde. 
 
Neste sentido, é importante contextualizar que, em decorrência de problemas 
ambientais como o aquecimento global, a União Europeia não apenas controla 
rigidamente a emissão de polução, como quer banir os carros com motor à combustão 
até 2050, inclusive há países europeus que já o querem fazer em 2030. 
 
E esta mentalidade não é exclusiva da Europa, pois países como Japão e 
Estados Unidos também seguem a tendência de substituir a energia gerada por 
combustíveis fósseis por energia limpa e logo isso será uma realidade global. 
 
Diante deste cenário, a Petrobrás, por ser uma grande produtora de 
combustíveis fósseis, precisa se reinventar, sob pena de acabar. Portanto, a empresa 
precisa se adaptar ao futuro do mercado em que atua. 
 
Neste contexto, a decisão dos países europeus de banir automóveis a 
combustão, em vez de ser um golpe nos interesses da Petrobrás, na verdade, trata-
se de uma grande oportunidade para a empresa, pois eles pretendem substituir os 
combustíveis fósseis por hidrogênio verde, que é um combustível que não somente 
eles não tem condição de produzir na quantidade que precisam, mas também que 
demanda áreas disponíveis, sol e vento para ser produzido, ou seja, o Brasil é um 
candidato natural a tornar-se um grande exportador do produto. 
 
9 
 
 
 
Dessa forma, vale ressaltar que o hidrogênio verde é obtido através da 
eletrolise da água, mas que ele também pode ser produzido a partir do etanol, cuja 
tecnologia de produção a Petrobrás domina desde a década de 1970. 
 
Por esta maneira, em vez de sair do mercado de biocombustíveis até 2021, 
como já está delineado em seu plano estratégico para o quadriênio de 2017-2021, a 
Petrobrás deveria adaptar a produção de suas 10 usinas de etanol espalhadas pelo o 
mundo para atender a demanda por hidrogênio verde que se iniciará, no mais tardar, 
em 2030. 
 
Como a Petrobrás possui presença em todos os continentes, com exceção da 
Oceania, ela poderia exportar hidrogênio verde por meio da exportação direta para 
aqueles países que banirem os combustíveis fósseis. 
 
Quanto ao financiamento para desenvolver este projeto, entende-se que ele será 
abundante para as empresas interessadas, haja vista que a União Europeia pretende 
disponibilizar até 30 bilhões de euros para tanto. Na mesma direção, o governo do 
Brasil, através do BNDES, pretende usar debêntures que valem R$ 8,5 bilhões para 
financiar projetos de energia verde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 ÉTICA E LEGISLAÇÃO: EMPRESARIAL E TRABALHISTA 
 
No que se refere à disciplina de Ética e Legislação: Empresarial e Trabalhista, 
é solicitado no Manual do PIM VI que seja feita uma análise das principais 
irregularidades em licitações e contratos que a empresa pesquisada enfrenta, bem 
como os seus impactos sociais. 
 
Para além disso, o Manual do PIM VI também requere que seja feita uma 
pesquisa sobre o tema “Trabalho Escravo: uma violação dos direitos humanos”, com 
uma reflexão sobre o posicionamento da empresa estudada sobre o tema. 
 
Infelizmente, é impossível abordar o tema da ética em relação a Petrobrás sem 
tratar da Lava Jato, considerada o maior escândalo de corrupção do planeta, que 
envolveu justamente contratos da estatal e que será analisado neste capítulo 
conjuntamente com os seus desdobramentos. 
 
No que se refere ao tema do trabalho escravo, será feito um comentário sobre 
as práticas de enfrentamento ao trabalho escravo da Petrobrás, haja vista que a 
empresa também já foi acusada de financiar e contratar mão de obra escrava em 
fazendas produtoras de matéria-prima para biocombustível. 
 
3.1 Operação Lava Jato e a Petrobrás 
 
A Operação Lava Jato é: 
 
[...] a maior iniciativa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro da 
história do Brasil. Iniciada em março de 2014, perante a Justiça Federal em 
Curitiba, a investigação já apresentou resultados eficientes, com a prisão e a 
responsabilização de pessoas de grande expressividade política e 
econômica, e recuperação de valores recordes para os cofres públicos. O 
caso se expandiu e, hoje, além de desvios apurados em contratos com a 
Petrobras, avança em diversas frentes tanto em outros órgãos federais, 
quanto em contratos irregulares celebrados com governos estaduais. (MPF, 
2020) 
 
11 
 
 
 
Essa operação investigou um esquema de bilionário de corrupção que 
acontecia no coração da Petrobrás durante os governos Lula e Dilma e, por isso, foi 
apelidado de Petrolão. 
 
Tal esquema funcionava com a Petrobrás contratando empreiteiras para 
grandes obras e os funcionários da organização cobravam propinas dessas empresas 
para fechar acordos superfaturados com a estatal. 
 
Em seguida, o dinheiro do superfaturamento era distribuído entre partidos 
políticos, como PT, PP, PMDB e outros, mas antes era legalizado por meio de doações 
às campanhas políticas dos partidos, por meio de remessas de dinheiro ao exterior 
para pagamento de serviços prestados por empresas fictícias e por meio de compra 
e reformas de bens de políticos. Inclusive, foi por conta dessa última situação que o 
ex-presidente Lula foi condenado e preso. 
 
Com isso, a Petrobrás amargou um prejuízo financeiro que, segundo peritos da 
Polícia Federal, pode chegar a 42 bilhões de reais, incluindo-se aí uma indenização 
de 10 bilhões de reais que teve de pagar a investidores nos Estados Unidos. 
 
Além disso, a empresa perdeu 42,4 bilhões de dólares em valor de mercado, o 
que a fez despencar quase 400 posições no ranking das maiores empresas do mundo 
da revista Forbes. 
 
 E esse escândalo não impactou somente a Petrobrás, mas também toda a 
política e economia do Brasil, já que ele fez com que a opinião pública se voltasse 
contra a Presidente Dilma Rousseff, que acabou sofrendo impeachment, e também 
aprofundou a recessão econômica que o país vivia, de vez que os investimentos de 
todas as empresas envolvidas no escândalo correspondiam a 5% do PIB do país. Até 
hoje, o Brasil e a Petrobrás tentam se recuperar desse episódio. 
 
 
 
 
12 
 
 
 
3.2 Trabalho escravo e a Petrobrás 
 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho – OIT: 
 
Em 1995, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer oficialmente a 
existência de trabalho forçado em seu território perante a comunidade 
internacional. A partir de então, o país adotou a terminologia “trabalho 
escravo” ao instituir as políticas públicas que tratam do crime e procedeu 
com um conjunto de esforços visando a sua erradicação, tornando-se 
uma referência mundial no combate a essa grave violação dos direitos 
humanos. Diversas das ações desenvolvidas pelo Brasil são 
consideradas boas práticas pela OIT e inspiram a atuação de outros 
Estados-Membros, sendo inclusive objeto de intercâmbio de experiências 
entre países no âmbito de Programas de Cooperação Sul-Sul. (OIT, 2020). 
 
Um desses instrumentoselogiados pela OIT é a Comissão Nacional de 
Erradicação do Trabalho Escravo, criada em 2004, com o objetivo de coordenar e 
avaliar a implementação das ações previstas no plano nacional para erradicação do 
trabalho escravo, bem como acompanhar a tramitação de projetos de lei no 
Congresso Nacional e avaliar a proposição de estudos e pesquisas sobre o trabalho 
escravo no país. 
 
Tal colegiado havia sido extinto pelo Decreto nº 9.9759/2019, mas foi recriado 
pelo Decreto nº 9.887/2019 e, atualmente, está sob a competência do Ministério da 
Mulher, Família e dos Direitos Humanos. 
 
Neste sentido, destaca-se que o conceito de trabalho escravo é definido no 
Brasil pelo art. 149 do Código Penal: 
 
Art. 149. Reduzir alguém à condição análoga à de escravo, quer submetendo-
o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições 
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua 
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto. 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com 
o fim de retê-lo no local de trabalho; 
II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de 
documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local 
de trabalho. 
§ 2º A pena é aumentada da metade, se o crime é cometido: 
I - contra criança ou adolescente; 
13 
 
 
 
II - por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.” (CPB, 
1940) 
 
Relativamente à Petrobrás, informa-se que a empresa já foi acusada e de 
financiar ou contratar mão-de-obra escrava nas fazendas que cultivam matéria-prima 
para a produção de etanol e biocombustível. Os registros de tais casos se deram 
majoritariamente na década entre 2000 – 2010, muito embora a empresa seja 
signatária do Pacto Nacional de Erradicação do Trabalho – InPacto desde 2005. 
 
Em sua Declaração sobre Práticas de Enfrentamento ao Trabalho Escravo 
Contemporâneo, a Petrobrás afirma que: 
 
Comprometemo-nos a combater, junto a nossa cadeia de fornecedores, 
práticas de trabalho degradantes ou análogas ao escravo, bem como 
respeitar os direitos de crianças e adolescentes, estabelecendo medidas 
punitivas como a aplicação de multa e rescisão contratual em caso de 
violação. (PETROBRÁS, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
4 LICITAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
No que se refere à disciplina de Licitações Internacionais, é estabelecido no 
Manual do PIM VI que seja feita atividade de PIM proposta na aba de Experimentos 
do Laboratório de Comércio Exterior. 
 
Neste sentido, a atividade pede que se pesquise e comente os benefícios das 
mudanças promovidas pela Medida Provisória nº 896/2019 em relação a Lei 8.666/93, 
Lei 10.520/02 e a Lei 12.462/11, bem como apresentar considerações sobre a nova 
atualização em relação ao comércio internacional. 
 
Assim sendo, informa-se que a Medida Provisória nº 896/2019 propôs as 
seguintes alterações: 
 
Lei nº 8.666/1993 
Antes da MP nº 896/2019 Depois da MP nº 896/2019 
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos 
editais das concorrências, das tomadas de 
preços, dos concursos e dos leilões, 
embora realizados no local da repartição 
interessada, deverão ser publicados com 
antecedência, no mínimo, por uma vez: 
(…) 
III – em jornal diário de grande circulação no 
Estado e também, se houver, em jornal de 
circulação no Município ou na região onde 
será realizada a obra, prestado o serviço, 
fornecido, alienado ou alugado o bem, 
podendo ainda a Administração, conforme o 
vulto da licitação, utilizar-se de outros meios 
de divulgação para ampliar a área de 
competição. 
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos 
editais das concorrências, das tomadas de 
preços, dos concursos e dos leilões, 
embora realizados no local da repartição 
interessada, deverão ser publicados com 
antecedência, no mínimo, por uma vez: 
(…) 
III – em sítio eletrônico oficial do respectivo 
ente federativo, facultado aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios, 
alternativamente, a utilização de sítio 
eletrônico oficial da União, conforme 
regulamento do Poder Executivo federal. 
 
Art. 34 (…) 
§ 1º O registro cadastral deverá ser 
amplamente divulgado e deverá estar 
permanentemente aberto aos interessados, 
obrigando-se a unidade por ele responsável a 
proceder, no mínimo anualmente, através da 
imprensa oficial e de jornal diário, a 
chamamento público para a atualização dos 
registros existentes e para o ingresso de 
novos interessados. 
 
Art. 34 (…) 
§ 1º O registro cadastral deverá ser 
amplamente divulgado e deverá estar 
permanentemente aberto aos interessados, 
obrigando-se a unidade por ele responsável a 
proceder, com periodicidade mínima anual, por 
meio da imprensa oficial e de sítio eletrônico 
oficial, a chamamento público para a 
atualização dos registros existentes e para o 
ingresso de novos interessados. 
 
Lei nº 10.520/2002 
Antes da MP nº 896/2019 Depois da MP nº 896/2019 
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada 
com a convocação dos interessados e 
observará as seguintes regras: 
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada 
com a convocação dos interessados e 
observará as seguintes regras: 
15 
 
 
 
I – a convocação dos interessados será 
efetuada por meio de publicação de aviso em 
diário oficial do respectivo ente federado ou, 
não existindo, em jornal de circulação local, e 
facultativamente, por meios eletrônicos e 
conforme o vulto da licitação, em jornal de 
grande circulação, nos termos do regulamento 
de que trata o art. 2º; 
 
I - a convocação dos interessados será efetuada 
por meio de publicação de aviso na imprensa 
oficial e em sítio eletrônico oficial do respectivo 
ente federativo, facultado aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, alternativamente, a 
utilização de sítio eletrônico oficial da União, 
conforme regulamento do Poder Executivo 
federal; 
Lei nº 12.462/2011 
Antes da MP nº 896/2019 Depois da MP nº 896/2019 
Art. 15 (…) 
§ 1º A publicidade a que se refere o caput 
deste artigo, sem prejuízo da faculdade de 
divulgação direta aos fornecedores, 
cadastrados ou não, será realizada mediante: 
I – publicação de extrato do edital no Diário 
Oficial da União, do Estado, do Distrito 
Federal ou do Município, ou, no caso de 
consórcio público, do ente de maior nível entre 
eles, sem prejuízo da possibilidade de 
publicação de extrato em jornal diário de 
grande circulação; e 
II – divulgação em sítio eletrônico oficial 
centralizado de divulgação de licitações ou 
mantido pelo ente encarregado do 
procedimento licitatório na rede mundial de 
computadores. 
Art. 15 (…) 
§ 1º A publicidade a que se refere o caput 
deste artigo, sem prejuízo da faculdade de 
divulgação direta aos fornecedores, 
cadastrados ou não, será realizada mediante: 
I – publicação de extrato do edital no Diário 
Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal 
ou do Município, ou, na hipótese de consórcio 
público, do ente de maior nível entre eles; e 
II – divulgação em sítio eletrônico oficial 
centralizado de divulgação de licitações ou 
mantido pelo ente encarregado do 
procedimento licitatório na rede mundial de 
computadores. 
 
 
De maneira resumida, a MP nº 896/2019 acabou com a exigência de publicação 
dos procedimentos previstos nas três leis acima em jornais de grande circulação, sob 
a justificativa de que: 
 
Nos últimos anos, a circulação de jornais impressos vem caindo 
significativamente, ao passo que o acesso aos sítios eletrônicos oficiais tem 
aumentado. Assim, a obrigatoriedade de publicação de atos administrativos 
em jornais de grande circulação vem se mostrando, cada vez mais, inapta 
para garantir a publicidade dos atos governamentais. Trata-se, portanto, de 
obrigação obsoleta. Além disso, a continuidade da obrigaçãolegal representa 
um gasto adicional e injustificado aos cofres públicos, cuja situação de 
desequilíbrio fiscal é amplamente conhecida, exigindo ainda maior 
comprometimento com a racionalização do uso de recursos e a devida 
redução de custos. (BRASIL, 2019) 
 
 De fato, o argumento para a proposição desta medida provisória era bastante 
válido e, embora não afetasse diretamente o comércio exterior já que trata apenas de 
publicidade em meios impressos, traria menos custos para o processo licitatório, o 
que é sempre benéfico. No entanto, vale ressaltar que a vigência dessa Medida 
Provisória não foi votada no prazo, logo, suas alterações caducaram e teve seu prazo 
de vigência encerrado em 16/02/2020. 
16 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O objetivo deste Projeto Integrado Multidisciplinar VI foi verificar a assimilação 
prática dos conceitos teóricos ensinados nas disciplinas de Plano de Negócios, Ética 
e Legislação: Empresarial e Trabalhista, e Licitações Internacionais pela autora deste 
trabalho, por meio do estudo de caso de uma empresa real, bem como desenvolver 
sua habilidade de pesquisa. 
 
Inicialmente, foi feita uma apresentação da empresa objeto deste estudo, 
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás, com a descrição de sua estrutura societária, 
segmento de mercado, histórico, posicionamento no mercado interno, estrutura física 
e atuação no mercado internacional. 
 
Em seguida, para mostrar os conhecimentos auferidos na disciplina de Plano 
de Negócios, foi feita uma análise de um produto a ser comercializado pela empresa, 
seguindo um roteiro estabelecido no Manual do PIM VI. Em tal análise, foi sugerido 
que a empresa passasse a comercializar o hidrogênio verde, haja vista que os países 
desenvolvidos pretendem banir os carros movidos a combustão e substituir o petróleo 
por essa nova fonte de energia. 
 
No que se refere a apuração dos conhecimentos adquiridos na disciplina de 
Ética e Legislação: Empresarial e Trabalhista, foram feitos comentários sobre a 
Operação Lava Jato, que investigou um esquema bilionário de corrupção que 
acontecia dentro da Petrobrás com superfaturamento de contratos, e sobre as práticas 
de enfrentamento ao trabalho escravo da empresa, face ao fato que já foi acusada de 
contratar mão-de-obra escrava no passado. 
 
E, por fim, no que diz respeito à averiguação dos conhecimentos aprendidos 
na disciplina de Licitações Internacionais, foi feita a atividade proposta no Laboratório 
de Comércio Exterior, que pedia que se pesquisasse e comentasse os benefícios das 
mudanças promovidas pela Medida Provisória nº 896/2019 em relação a Lei 8.666/93, 
Lei 10.520/02 e a Lei 12.462/11 e os seus impactos em relação ao comércio 
internacional. 
17 
 
 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABREU, Isabella. Entenda os impactos da operação Lava Jato na economia brasileira. 
Dinheirama, 2015. Disponível em: < https://dinheirama.com/impactos-operacao-lava-
jato-economia-brasileira/>. Acesso em: 20 nov. 2020. 
 
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