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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biblioteconomia (FLX1178) – Prática do Módulo I - 30/06/2019 Gerusa da Silva Machado¹ Alexandre da Silva Espinosa² 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Diante do alto número de informações que é gerado diariamente através das tecnologias atuais, técnicas de organização devem ser aplicadas, as quais ajudam na busca por melhorias no tratamento de dados e, por consequência, para a sua disseminação. É por meio da organização da informação que: “... gera-se uma maneira para que se possa encontrar e recuperar a informação como e quando necessitarmos sem grande dificuldade.” (Chowdhury e Chowdhury, 2007) De acordo com ALVARES: “A Organização da Informação é um processo de arranjo de acervos tradicionais ou eletrônicos realizado por meio da descrição de assunto de seus objetos informacionais...compreende a organização de um conjunto de objetos informacionais para arranjá-los sistematicamente em coleções, neste caso, temos a organização da informação em bibliotecas, museus, arquivos, tanto tradicionais quanto eletrônicos.” É por isso que Moro(2001), diz que a organização da biblioteca é um procedimento primordial para auxiliar os bibliotecários a oferecer a informação. A partir das definições dos autores acima, entende-se que, no âmbito biblioteconômico, as linguagens documentária, como: catalogação, classificação e indexação dos acervos são instrumentos utilizados para organizar a informação. Catalogação, classificação e indexação são consideradas linguagens codificadas, que para AZEVEDO (2013, p.16), “auxiliam para: representar, organizar e disseminar o conhecimento e a informação.” E para SALES E CAFÉ (2009, p. 1) “As linguagens documentárias são instrumentos que visam a representação da informação com o objetivo de recuperar conteúdos informacionais em ambientes específicos”. Organizar o acervo tem a vantagem de compreendê-lo e recuperar as informacionais que nele consta, com o objetivo de agrupar informações semelhantes e diferenciar as que são diferentes. Com isso a Biblioteca, segundo Cezarino (1978), torna-se um órgão responsável pela disseminação da informação, disponibilizando diferentes tipos de informações através de seu acervo físico ou digital e também através de seus serviços prestados ao usuário, com o objetivo, segundo Figueiredo (1978, p. 158), de: "Adquirir as informações solicitadas; organizar o acervo e/ou as informações; analisar as informações quanto à validade e abrangendo; sintetizar e disseminar as informações; disponibilizar produtos e serviços informacionais ". O PAPEL DA BIBLIOTECA NA ORGANIZAÇÃO E DISPONIBILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 2 Portanto, a Biblioteca é uma das diversas unidades de informações existente atualmente, segundo García-Reyes (2007), as unidades de informação são aquelas que gerenciam recursos informacionais e tem como objetivo permitir o acesso e uso da informação, atendendo ao público que a frequenta. 1.2 DEFINIÇÃO DE INFORMAÇÃO E O QUE A DIFERE DO DADO O conceito de dados e informação, segundo Zins (2007) é de que: dado é a matéria-prima para a informação e a informação é a matéria-prima para o conhecimento. Devenport e Prusak (1999) definem um dado como um conjunto de fatos distintos, relativos a algum evento. Um conjunto de dados gera uma informação e uma informação é considerada uma mensagem, que pode ser transmitida por documento ou voz. Diante disto, percebesse que as divergências entre dado e informação são sutis e que, de certa forma, dependem de como é interpretado pelo indivíduo. A partir disso, temos a informação como parte de um conjunto de dados organizados que dão sentido de alguma forma ao usuário. (Lampert, 2015) Com base nos conceitos dos autores podemos pensar então que: “A informação é considerada um conjunto, uma coleção de dados organizados e que dão um significado para o usuário, são geralmente executados por funções e solicitações através do sistema, onde este interpreta os dados e transmite a informação para o usuário final de forma compreensível.” (LAMPERT, 2015, P. 11) Dada às devidas definições de dado e informação, constata-se que: um conjunto de dados somente se tornará informação no momento em que for atribuído algum significado para quem o recebe e a Informação só terá significado se ela for transmitida e interpretada de forma que, o usuário a compreenda. Partindo disso, pode-se refletir sobre como a informação é adquirida e disponibilizada e de que maneira colabora com a Ciência da informação. 2 MATERIAIS E MÉTODOS O presente estudo foi realizado como uma revisão de literatura, buscando analisar e descrever sobre o processo de construção do conhecimento e seu uso pela ciência da informação. Para isso, foram realizadas pesquisas através de materiais específicos como: livros, artigos, relatórios, sites, dissertações entre outros tipos de materiais, com o objetivo de responder algumas questões relacionadas ao tema do estudo, como: qual o papel da biblioteca em relação a disponibilização e organização da informação e conhecimento. 3 A escolha dos autores foi diversificada, procurando utilizar geradores de conteúdo antigos e atuais. Alguns dos autores que serviram de referência e base do tema de estudo foram: Chowdhury(2007), Lampert (2015), Figueiredo (1978), Zins (2007) entre outros. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados apresentados foram obtidos através da análise realizada nos artigos científicos levantados nos periódicos da área de Ciência da Informação selecionados para realização desta pesquisa e em alguns livros relacionados a biblioteconomia. Descobriu-se que, informação é um conjunto de dados, que dependem da interpretação de quem recebe os dados para que eles virem a informação (Devenport e Prusak 1999). Dado é um conjunto de fatos diferentes, oriundos de um evento. “Portanto o conhecimento acontece, quando a informação é aplicada” (KEPLER, 2019). Figura 1- DadoxInformaçãoxConhecimento Fonte: https://biocienciaforadehora.wordpress.com/2016/09/07/informacao-x-conhecimento-2/ 4 Descobriu-se também que a Biblioteca é uma unidade de informação e que a informação deve ser organizada, pois auxiliam na recuperação da informação e com isso facilitam na disponibilização da informação a quem solicitar, e que a catalogação, a classificação e a indexação do acervo são maneiras de organizar a informação para que, também, ajude na distribuição da informação. Com isto, percebeu-se qual o papel da biblioteca na organização e disponibilização da informação e como se dá a construção do conhecimento e o fato de que o conhecimento, além do dado e informação, tem uma função importante no espaço de atuação da Ciência da Informação. 4 REFERÊNCIAS ALVARES, Lillian. Brasília: Faculdade de Ciência da Informação- Universidade de Brasília. Disponível em:< http://lillianalvares.fci.unb.br/phocadownload/Fundamentos/Representacao/Aula12OI.pdf>. Acesso em: 06. nov. 2019. AZEVEDO, Maria de Fátima Santos de. Organização do conhecimento: um estudo bibliométrico. Rio Grande: Universidade Federal do Rio Grande – FURG. 2013. Disponível em: < http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/5914/Organiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20conheci mento%20um%20estudo%20bibliom%C3%A9trico.pdf?sequence=1>. Acesso em: 06 nov. 2019. CEZARINO, Maria A. da Nóbrega. Bibliotecas especializadas, centros de documentação, centros de análise da informação: apenas uma questão de terminologia? Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v.7, n. 2, p. 218-241. 1978. CHOWDHURY, G.G.; CHOWDHURY, S. Organizing information: from the shelf to the web. London: Facet Publishing, 2007. DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação.São Paulo: Futura, 1998. 316p. FIGUEIREDO, Nice. Serviços oferecidos por bibliotecas especializadas: uma revisão de literatura. Revista de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v.11, n. 3/4, p. 155- 168.jul./dez. 1978. GARCÍA-REYES, Carmen J. Gestión de unidades de información. In: GARCÍA-REYES, Carmen J.Administração de unidades de informação. Rio Grande: FURG, 2007. p. 11-34. KLEPLER, João. Diferença entre informação e conhecimento. [s.l]. 2019. Disponível em: <https://startupi.com.br/2019/01/diferenca-entre-informacao-e-conhecimento/>. Acesso em: 21 jun. 2019 LAMPERT, Edna da Luz. Sistemas de informação. Indaial: UNIASSELVI, 2015. MORO, Eliane Lourdes da Silva. Biblioteca Escolar: Presente. Porto Alegre: Editora Evangraf/CRB-10, 2011. SALES, Rodrigo de. CAFÉ, Lígia. Diferenças entre tesauros e ontologias. Belo Horizonte. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 99362009000100008>. Acesso em: 06 nov. 2019. ZINS, C. Knowledge map of Information Science. Journal of the American Society for Information Science and Technology, v.58, nº4, p. 526-535, [S.1], 2007. Disponível em: <http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1229021>. Acesso em: 12 maio. 2019.
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