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1 Daniel Magalhães Alves 2 Mônica Beatriz Pereira 2 Fabiana Silveira Rodrigues Morais UNIASSELVI – Turma FLX1190 – Representação descritiva I - Catalogação (19553) - 11/12/2020 A importância da Catalogação/Representação Descritiva para a Organização das Bibliotecas Daniel Magalhães Alves1 Mônica Beatriz Pereira2 Fabiana Silveira Rodrigues Morais3 RESUMO Tendo em mente que a Catalogação é de suma importância dentre as diversas etapas do processamento da informação, com o presente trabalho propõe-se um estudo acerca da importância da Catalogação/Representação Descritiva para a organização das bibliotecas, o que será feito por meio de um levantamento bibliográfico em artigos científicos, dissertações, teses e livros. O desafio das instituições consiste em atender com sucesso seus usuários, o que assume um caráter ainda mais urgente quando são levadas em conta as rápidas mudanças ocorridas na forma como se buscam informações e as expectativas dos frequentadores das unidades informacionais em relação ao acesso e à disponibilidade dos dados em biblioteca. Palavras-chave Catalogação. Organização da informação. Organização das bibliotecas 1. INTRODUÇÃO A catalogação/representação descritiva é de tal importância, que é por meio de sua execução que as unidades informacionais conseguem atingir seu objetivo com sucesso: dar a seus usuários o acesso às informações. Para Aganette et all. (2017, p. 1), a representação descritiva, ou catalogação, é vista como um processo de decisão por parte do bibliotecário que estrutura e padroniza os diferentes aspectos de um item informacional, tornando-o único e passível de recuperação e uso, e assim sendo, reflete diretamente na organização da unidade informacional, e por conseguinte na localização das informações por seus usuários frequentadores. Mas a questão que permeia este trabalho é: qual a importância da Catalogação ou Representação Descritiva para a organização da Biblioteca? A Catalogação se faz necessária para que determinado material possa ser encontrado, sem no entanto ser uma mera lista onde estão apenas ordenados os materiais do acervo, ou seja, ele é um instrumento mediador para transferência da informação contida no documento, retirada pelo profissional para o usuário. O objetivo do presente trabalho é reunir uma breve fundamentação teórica no qual fique evidenciado que a catalogação serve à finalidade de comunicação entre os acervos reais e virtuais e seus utilizadores, enfim, a organização, ordenação das informações no âmago das bibliotecas, para que possam ser encontradas com clareza, precisão, consistência, integridade e lógica. Enquanto bibliotecários em formação e atuando como auxilares de biblioteca na Biblioteca Pública Municipal Bernardo Guimarães, em Uberaba – MG, podemos ver o resultado de todo esse processo de facilitação que a catalogação promove na organização informacional dos acervos, que gera um catálogo representado pelo banco de dados (onde estão contidos metadados) do sistema de gerenciamento de acervos como por exemplo o software Sophia, e que na prática resulta em como estarão dispostos livros e periódicos nas estantes. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Os catálogos existem desde muito tempo e remontam a Idade Antiga. A pioneira no uso de catálogos foi a Biblioteca de Alexandria, que tinha como função organizar todo saber da humanidade até então, e nessa época resguardar a história era tão importante quanto hoje. A Biblioteconomia no entanto não reconhece os catálogos deste período histórico como catálogos propriamente ditos, da forma como são conhecidos atualmente. Da maneira como eram elaborados os catálogos não possibilitavam aos usuários o acesso aos documentos, condição primeira para a catalogação contemporânea. Relação de livros correspondente a uma coleção privada ou pública são comumente consideradas catálogos de forma geral. Com a catalogação identifica-se o material bibliográfico dando diferentes escolhas para quem pesquisa poder achar o material que lhe é necessário. Sendo assim, há a necessidade de elaboração de códigos para que o trabalho feito nos catálogos seja sistematizado e universal. Segundo Dias (1967, p.74) São, os códigos, os instrumentos da catalogação que permitem disciplinar a complexa operação de elaborar os catálogos de uma biblioteca. A racionalização das normas de catalogar sempre foi a preocupação dominante dos bibliotecários de todos os tempos. A catalogação tem a finalidade de representar um item, dando visibilidade a suas características e levando em conta as características da biblioteca e seus usuários frequentadores. Segundo Mey (1995, p.05) catalogação é: O estudo, preparação e organização de mensagens codificadas, com base em itens existentes ou passíveis de inclusão em um ou vários acervos, de forma a permitir intercessão entre as mensagens contidas nos itens e as mensagens internas dos usuários. A catalogação permite a descrição de informações de forma padronizada, e é essencialmente construída a partir de regras que minimizam as interpretações individuais, no sentido de que existem determinados aspectos da informação que precisam ser identificados, para que se garanta a unicidade de cada ítem informacional que está sendo representado, mas que, ao seu final, se consiga a universalidade da informação (CORRÊA, 2008). Nas bibliotecas contemporâneas a tecnologia é a protagonista, uma vez que os catálogos referentes aos acervos bibliográficos podem ser acessados de qualquer lugar pelos usuários em qualquer local, por meio de gerenciadores de acervo como o SophiA, o PHL, dentre outros. Enfim, é na catalogação que reside a essência do trabalho bibliotecário, no qual utilizamos tabelas e catálogos como CDD ( Catalogação Decimal de Dewey), CDU (Classificação decimal universal), da AACR2 (Código de Catalogação Anglo-Americano), e tabela PHA (Heloisa de Almeida Prado) para criar de forma padronizada e harmônica as descrições dos itens documentários, que assim possibilitam um trabalho representativo e de qualidade para que os bancos de dados das bibliotecas aqui representados por catálogos de livros e periódicos por exemplo, se tornem de fácil acesso aos usuários. Dias e Naves (2007) citam que a catalogação não é feita de forma isolada. Os catálogos de netradas de autor ou específicos de assunto – por exemplo de assunto, linguagem documentária e os códigos - ajudam na atividade de acatalogar. Os processos técnicos para o tratamento da informação como: a catalogação, a indexação e a classificação de documentos bibliográficos auxiliam na efetivação das atividades relativas a elaboração de catálogos, Nas imagens a seguir evidenciamos como é importante e cuidadoso o trabalho de catalogação, de como o processo reflete na organização das estantes de um acervo, e na facilidade da localização do que se deseja. 3 3. METODOLOGIA No presente trabalho a metodologia utilizada é uma breve revisão bibliográfica de caráter descritivo, através de um levantamento em materiais publicados, sendo estes compostos por artigos científicos, teses, dissertações e livros disponíveis em pdf e pesquisados no Google Acadêmico e também na biblioteca virtual da UNIASSELVI. Catálogos para padronização de entradas em bancos de dados de acervos bibliográficos: AACR2 CDD Tabela PHA 4 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES O presente trabalho contribuiu para reforçar em nós a necessidade de estar sempre estudando, nos aperfeiçoando no processo de catalogação, que é central no trabalho de um bibliotecário. Existe uma vasta literatura a respeito, e cabe a nós buscá-la. Sem o trabalho de um bibliotecário catalogador não existem bibliotecas, não existe ordenação do conhecimentoe das informações. No que tange ao trabalho nas bibliotecas brasileiras, faz-se necessário o pleno domínio do uso da CDD ( Catalogação Decimal de Dewey) ou CDU (Classificação decimal universal), da AACR2 (Código de Catalogação Anglo-Americano), e tabela PHA (Heloisa de Almeida Prado). 5. CONCLUSÃO Historicamente, o desenvolvimento da catalogação traçou seus objetivos ao seguir a trajetória das formas de mecanização no surgimento da internet e dos computadores. No âmbito da biblioteconomia a catalogação é tida como uma das únicas áreas a fazer o intercambio de informações, reunindo os processos de saber e fazer, adequando, produzindo e renovando as formas de representação documentária afim de atender às necessidades da sociedade contemporânea. Com exigências cada vez maiores por um manuseio responsável e coerente das novas tecnologias, o bibliotecário catalogador acaba por buscar novas orientações para se desenvolver do ponto de vista prático e técnico. Enfim, o aprendizado da Representação Descritiva / Catalogação é um processo contínuo, assim como a necessidade de ordenar os saberes humanos, e localizá-los com segurança, e permitir sua disseminação e recuperação com eficiencia e eficácia. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, Ana Cristina de. CATALOGAÇÃO E DESCRIÇÃO DE DOCUMENTOS FOTOGRÁFICOS EM BIBLIOTECAS E ARQUIVOS: uma aproximação comparativa dos códigos AACR2 e ISAD (G).. 2006. 181 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciência da Informação, Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2006. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/95536/albuquerque_ac_me_mar.pdf?sequence= 1&isAllowed=y. Acesso em: 11 dez. 2020. AGANETTE, Elisângela Cristina; TEIXEIRA, Livia Marangon Duffles; AGANETTE, Karina de Jesus Pinto. A representação descritiva nas perspectivas do século XXI um estudo evolutivo dos modelos conceituais. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, [S.L.], v. 22, n. 50, p. 176-187, 6 set. 2017. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). http://dx.doi.org/10.5007/1518-2924.2017v22n50p176. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2017v22n50p176/34701. Acesso em: 11 dez. 2020. CORRÊA, Rosa Maria Rodrigues. Catalogação descritiva no século XXI: um estudo sobre o RDA. 2008. 75 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Faculdade de Filosofia e Ciências Universidade Estadual Paulista, Marilia - Sp, 2008. Disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos- Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/correa_rmr_me_mar.pdf. Acesso em: 11 dez. 2020. 5 DIAS, A. C. Elementos de catalogação. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Bibliotecários, 1967. DIAS, E. W.; NAVES, M. M. L. Análise de assunto: teoria e prática. Brasília: Thesaurus, 2007. 116 p. FRAINER, Professora Juliana. Representação descritiva I - Catalogação. Indaial - Sc: Uniasselvi, 2019. 209 p. MEY, E. S. A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1995.
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