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100-Balance_como_recurso_terapYutico_na_prevenYYode_quedas_em_Idosos

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1 
 
Balance como recurso terapêutico na prevençãode quedas em 
idosos 
 Thiago Lima de Oliveira¹ 
 gerontologiathiago@yahoo.com.br 
 Dayana Priscila Maia Mejia² 
 Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional-Faculdade- FAIPE 
 
Resumo 
Com o grande aumento da população idosa no país as quedas tem se tornado cada vez 
mais frequentes devido as alterações no processo de envelhecimentodentre as quais se 
destacam fraqueza muscular, diminuição da sensibilidade tátil, alterações na visão e no 
sistemas vestibular. O recurso terapêutico do Balance promovera maior planejamento 
do movimento antecipatório queenvolve a interação de múltiplos processos 
sensoriomotor e cognitivo.As estratégias de movimentos podem ser praticadas dentro 
do contexto de retreinamento do controle do equilíbrio reativo e proativo como em 
deslocamento anteroposterior e mediolateral. A instabilidade postural se relaciona a 
velocidade, ao esforço, aos graus de suporte externo é a complexidade da 
tarefa.Portanto o objetivo deste estudo foi pesquisar as referências bibliográficas 
existentes no período de 1990 a 2014 relacionadas a quedas em idosos, fatores 
contribuintes, alterações dos sistemas que compõem o balance suas influencias no 
processo de envelhecimento e o Balance como recurso terapêutico. 
 Palavras-chaves: Processo de envelhecimento; quedas; Balance 
 
1.Introdução 
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. No Brasil, esse aumento vem 
ocorrendo de forma rápida e acentuada, assim como em outros países em 
desenvolvimento. Atualmente, o número de idosos brasileiros é da ordem de 26,1 
milhões de habitantes (13%), mas as projeções indicam que este segmento poderá 
perfazer 41,7 milhões em 2030 e 58,4 milhões (26,7%) em 2060.¹ 
Com o envelhecimento populacional há impacto e aumento da demanda em diversos 
setores da sociedade, para o indivíduo, a família, a comunidade, especialmente para a 
seguridade social e a saúde. Dentre as consequências, destaca-se o aumento na 
prevalência de quedas.² 
O evento queda pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, tem suas particularidades 
no idoso, pelas consequências biopsicossociais graves e, às vezes devastadoras. Por isso 
e considerado uma síndrome geriátrica e está entre os problemas de saúde mais 
frequentes e incapacitantes.³ 
Segundo Guccione e Avers4 as quedas representam o mecanismo mais comum de lesão, 
sendo as principais causas de morte ocasionadas por lesão, em indivíduos com mais de 
65anos. 
 
 
_______________________________ 
¹ Pós-graduando em Neurofunciona 
2
 Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e 
Direito em Saúde 
2 
 
Cerca de 30 a 60% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e cerca da metade cai de 
forma recorrente. Assim sendo, evitar o evento de queda é considerado hoje uma 
conduta de boa prática geriátrico-gerontológica, tanto em hospitais quando em 
instituições de longa permanência.5-6 
Cerca de 90% das fraturas de quadril são causadas por quedas e o custo atual estimado 
do tratamento das fraturas de quadril é da ordem de 10 bilhões de dólares. Entre 1988 e 
1996 a taxa de hospitalização por fratura de quadril em mulheres acima de 65 anos nos 
EUA aumentou 23%.7 
A queda deve ser vista como um evento sentinela e funciona como um marcador de 
mudanças relacionadas ao envelhecimento, como uma doença crônica, ou um evento 
agudo.3 
Segundo Shumway-Cook e Woollscott8 as quedas em idosos têm múltiplos fatores 
contribuintes, incluindo fatores ambientais extrínsecos e fatores intrínsecos, como os 
fisiológicos, musculoesqueléticos ou psicossociais. 
A queda pode ser classificada em um evento único acidental que dificilmente 
se repetirá e é decorrente de uma causa extrínseca, como um piso escorregadio 
ou em virtudes de risco, como subir em banquinhos. Em contrapartida, a queda 
recorrente por fatores intrínsecos etiológicos, como doenças crônicas, 
polifarmácia, distúrbios de equilíbrio dentre outros.7 
A identificação dos idosos com risco de queda e os fatores que os colocam em risco 
podem orientar um programa de intervenção para melhorar ou acomodar o risco.4 
 
2. Definição de ´´Balance`` 
Antes de compreender o balance devemos conhecer como funciona o controle do 
equilíbrio corporal. 
O equilíbrio corporal é a capacidade do ser humano de manter-se ereto ou executar 
movimentos de aceleração e rotação do corpo sem oscilação ou queda.9 
A manutenção do equilíbrio corporal é um processo complexo que depende da 
harmoniosa integração entre as informações sensoriais (visão, somatossensorial e 
vestibular), o processamento do sistema nervoso central e a adequada execução pelo 
sistema efetor (neuromuscular e musculoesquelético).10 
 
Segundo Horak11 as duas principais tarefas funcionais relacionadas ao 
equilíbrio corporal são: Orientação postural que engloba o alinhamento dos 
segmentos corporais e do tônus postural em relação à gravidade, superfície de 
suporte, ao ambiente visual e às referências internas (compreendida como o 
mapa interno dos limites de estabilidade percebido pelo indivíduo). A 
estabilidade postural envolve a coordenação de estratégias sensório-motoras 
para estabilizar o centro de massa do corpo dentro da base de sustentação 
durante perturbações iniciadas pelo próprio indivíduo como na marcha, 
transferências posturais, movimento intencional do segmento do corpo e em 
relação a perturbações externas (empurrão, escorregão, tropeço etc.), para que a 
estabilidade possa ser mantida. 
Quando ocorre o desequilíbrio o indivíduo tem mecanismos capazes de prever por 
meios de movimentos corretivos e antecipatórios selecionados conforme o tipo e a 
amplitude das perturbações impostas ao corpo, e de acordo com as demandas 
determinadas pela tarefa e pelo ambiente, afim de evitar quedas.12 
3 
 
O balance é uma habilidade cognitivo-motora complexa, resultante da integração de 
múltiplos processos sensório-percepto-motores, que tem como objetivo estabilizar o 
centro de massa durante os movimentos voluntários, intencionais em situações de 
perturbações externas.13 
Segundo Woollacott e Shumway-Cook8 o balance envolve habilidade para manter uma 
posição estável, para recuperar-se de uma perturbação, para manter a estabilidade 
durante movimentos voluntários potencialmente desestabilizastes de forma reativa e 
antecipatória. 
Em situações do dia-a-dia quando ocorre demandas sobre o balance, o corpo utiliza de 
estratégias motoras para manter o equilíbrio. São padrões de movimentos utilizados 
para recuperar o equilíbrio em respostas às perturbações posturais. São três estratégias 
utilizadas: estratégia de tornozelo, estratégia do quadril e estratégia do passo ver anexo 
1.4-13 
Estratégia do tornozelo: ativação dos músculos ao redor do tornozelo, é mais usada em 
situações nas quais a perturbação do equilíbrio é menor e a superfície de apoio e firme 
próximo da linha media.8 
Estratégia do quadril: ativação dos músculos ao redor do quadril com resultado de 
perturbação súbita e forçada em uma superfície de suporte estreita com padrão de 
proximal para distal.4 
Estratégia do passo: quando a perturbação é excessiva e ultrapassa os limites de 
estabilidade, essa estratégia é desencadeada com o intuito de alcançar uma nova e mais 
estável base de suporte.13 
No dia-a-dia utilizamos essas estratégias em respostas a distúrbios externos como 
quando a superfície é móvel, durante a marcha em resposta à interrupção inesperada 
como um tropeço ou escorregão.8 
O entendimento correto da definição do balance permite que, na pratica clínica, sejamos 
mais precisos na avaliação, interpretação dos achados clínicos. Isso possibilita uma 
tomada de decisão e consequente intervenção clinica mais apropriada sobre as 
dificuldades e problemas enfrentados pelo idoso.13 
 
2.2 Sistemas que compõem obalance 
O sistema de ação que fundamenta o balance inclui o sistema nervoso central 
(planejamento),o sistema neuromuscular na execução (neurônio motor e musculo) 
produzindo movimentos efetivos no controle da posição corporal no espaço.8 
Durante a manutenção da postura e dos movimentos a orientação do corpo e da cabeça 
no espaço está baseada na interpretação e na seleção de informações sensoriais advindas 
do sistema visual e vestibular. O sistema somatossensorial que fornece ao SNC 
informações da posição e do movimento do corpo em relação às superfícies de apoio.14 
 
2.3 Alterações do envelhecimento dos sistemas que compõem o balance 
Sistema musculoesquelético 
A perda da massa muscular associada à sarcopenia é um dos marcadores de 
fragilidade em idosos. Há tanto um declínio no número de células musculares 
quanto no conteúdo proteico das células remanescentes, com uma redução mais 
4 
 
acentuada e rápida da massa de células do que de tecido conjuntivo intracelular 
e água. Depois dos 50 anos de idade, a massa muscular declina mais de 6% a 
cada década, e a força muscular mais de 10% a cada década.13 
Existe uma perda relacionada à idade tanto das fibras musculares do tipo I como do tipo 
II sendo que a do tipo II em um ritmo mais rápido. O número de unidade motora 
diminui com a idade e a força isométrica máxima também encontra-se diminuída 
levando o musculo a fadigar mais rápido.8 
A redução da flexibilidade articular e da amplitude de movimento são as principais 
consequências das doenças articulares que afetam a estabilidade postural e podem 
contribuir para quedas.4 
Estudos encontraram associação entre a diminuição da amplitude de movimento do 
tornozelo e uma baixa pontuação no teste de alcance funcional anterior que pode ser 
explicada pelas alterações nos tecidos não contrácteis mais do que por encurtamentos 
musculares do musculo gastrocnêmio.13 
Sistema somatossensorial 
As informações somatossensorial, obtidas dos receptores localizados nas articulações 
nos músculos e nos tendões, fornecem para SNC, dados importantes sobre a posição do 
segmento corporal e do movimento, assim como a quantidade de força produzida pelo 
movimento.4 
Segundo Perracini e Fló13 com o envelhecimento o sistema somatossensorial apresenta 
perda de fibras sensoriais e de receptores proprioceptivos, consequência da diminuição 
do número de corpúsculo de Pacini e Meissner. Estudos histológicos demonstram 
alterações na distribuição e morfologia dos receptores tácteis com o aumento da idade 
de aproximadamente 75% em idosos com idade de 70 anos. O envelhecimento afeta 
tanto a quantidade como a qualidade dos corpúsculos. 
Sistema visual 
Na posição ortostática, a visão ajuda a detectar discretos deslocamentos posturais ao 
fornecer informações para o SNC sobre a posição e os movimentos de partes do corpo 
em relação às outras partes e ao ambiente externo.15 
Com o envelhecimento, o sistema visual sofre uma série de mudanças, como: 
Diminuição da acuidade visual, do campo visual,diminuição na percepção de 
profundidade, redução da adaptação ao escuro e alterações na absorção da luz e na 
sensibilidade ao contraste.13 
 
Sistema vestibular 
O sistema vestibular fornece informações para o SNC sobre a aceleração angular da 
cabeça por meio de canais semicirculares e sobre a aceleração linear por meio dos 
otólitos. Essas informações são consideradas dados importantes para o balance.4 
O Segundo Perracine e Fló13 o sistema vestibular sofre alterações estruturais e 
eletrofisiológicas com o envelhecimento, como: perda das células vestibulares ciliares e 
nervosas, aumento do atrito das fibras nervosas do nervo vestibular, perda seletiva da 
densidade das fibras de mielina e redução da velocidade de condução do estímulo 
elétrico no nervo vestibular. Quando as informações proprioceptivas e visuais estão 
ausentes ou imprecisas, o SNC tem o sistema vestibular como principal fonte de 
informação sensorial. Com o processo de envelhecimento no sistema vestibular essa 
informação é alterada levando o idoso a um comprometimento de balance. 
5 
 
As síndromes otoneurológicas mais frequentemente encontradas nos idosos são 
vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), doença de Méniére, labirintopatias 
vasculares, labirintopatias metabólicas.16 
 
2.3 Testes físico-funcionais para avaliação do balance 
Vários testes têm sido desenvolvidos com o objetivo de avaliar a capacidade físico-
funcional relacionados ao balance e ao risco de quedas em idosos. Alguns desses testes 
fornece parâmetros sobre o balance e a mobilidade. Dentre estes, destacam-se:Timed 
Up.17 
O Timedup& go test ver anexo 1, é bastante simples e não exige nenhuma expertise 
específica, necessitando apenas de um procedimento sistematizado que consiste em 
medir o tempo gasto na tarefa de levantar-se de uma cadeira (a partir da posição 
encostada), andar 3 metros até um demarcador no solo, girar e voltar andando no 
mesmo percurso, sentado-se novamente com as costas apoiadas no encosto da cadeira. 
A instrução dada é que o idoso execute a tarefa de forma segura e o mais rapidamente 
possível. Os autores admitiram como tempo normal para a realização da tarefa por 
adultos saudáveis, um tempo de 10 segundos; considera-se que 11 a 20 segundos sejam 
os limites normais de tempo para idosos frágeis ou pacientes deficientes; mais de 20 
segundos na execução da atividade é considerado um valor indicativo da necessidade de 
intervenção adequada.18 
O teste de equilíbrio do Berg(TEB) ver anexo 2, foi desenvolvido pela fisioterapeuta 
canadense Kathy Berg (Berg 1993). Esse teste utiliza 14 itens diferentes, que são 
pontuados de 0 a 4. Onde o escore total é de 54 máximos (somatórios dos 14 itens). Na 
variação de 56 a 54, cada ponto de queda na escala de Berg foi associado com um 
aumento de 3 a 4% no risco de quedas. Entretanto, na variação de 54 a 46, mudanças de 
1 ponto na pontuação de Berg estava associada com um aumento de 6 a 8% no risco de 
quedas. Abaixo da pontuação de 36, o risco de quedas era próximo a 100%. Portanto, a 
mudança de 1 ponto na pontuação de Berg pode levar a probabilidade previsível muito 
diferente para queda, dependendo de onde está a pontuação de base na escala.8 
DynamicGaitIndex,(Índice dinâmico da marcha) ver anexo 3 é composto por oito 
tarefas de deambulação que avaliam velocidade e instabilidade na marcha durante o 
acelerar e desacelerar, em movimento de rotação e flexo-extensão da cabeça, em 
movimentos de rotação axial do corpo, em movimentos de ultrapassar e circundar 
obstáculos e em subir e descer degraus. Uma pontuação de 19 ou menos foi associada a 
quedas em idosos na comunidade (47). Assim, estratégias compensatórias devem ser 
elucidadas com objetivo de avaliar se são as mais indicadas para dado paciente no seu 
contexto funcional diário. Assim, os fisioterapeutas devem perguntar-se se seus 
pacientes estão utilizando as melhores estratégias dada suas limitações primárias e se 
uma intervenção terapêutica poderia melhorar os mecanismos de controle postural.13 
Vanswearingen e Brach19 ressaltam que, para escolher um teste de formar adequada, 
este deve ser apropriado em relação à população na qual será utilizado, à aplicabilidade 
pratica e às propriedades psicométricas. Os testes funcionais servem para refinar a 
anamnese e a avaliação clínica dos sistemas que compõem o balance. 
E importante, também que o idoso esteja usando todas as compensações disponíveis 
como dispositivo de auxílio à marcha, calçados, lentes corretivas e aparelhos de 
amplificação sonora para que possa ter o melhor desempenho e otimizar sua 
funcionalidade.13 
 
 
6 
 
 
 
2.4 Balance como recurso terapêutico 
O controle postural é importante na realização de atividades funcionais no dia-a-dia de 
forma segura. Atividades como manter-se equilibrado na posição sentada sem encosto 
até andar em um ambiente imprevisível, como a rua, envolve o balance, em niveis de 
complexidade diferentes.8 
Exercícios do balance, está entre as estratégias mais promissoras para a reeducação do 
risco de quedas. Envolve o treinodas estratégias sensórias e motoras do equilíbrio 
corporal além de estimular a cognição por meio de exercícios de atenção dividida.7 
2.5 Estratégias motoras 
As estratégias motoras focalizam os exercícios que melhora a velocidade e a acurácia 
com que o idoso responde a distúrbios inesperados por meio de estratégias de tornozelo, 
quadril e do passo.4 
O treino das estratégias motoras envolve expor o paciente a perturbações externas que 
variam de direção, velocidade e amplitude. As perturbações externas podem incluir 
empurrões e puxões aplicados aos quadris ou ombros.8 
O movimento ativo para trás e para frente com resistência nos ombros e, a 
seguir ``soltar´´ (feito com cuidado para evitar que o paciente caia) pode ser 
realizado com intervenção para o treinamento da estratégia de tornozelo. Uma 
opção para treinar a resposta da estratégia do quadril e desiquilibrar o paciente 
no nível do quadril o suficiente de modo que precise inclinar o tronco para 
controlar o equilíbrio. De pé com desvios rápidos e lentos do peso em todas as 
direções, de pé e alcançando um pequeno objeto, de pé com pequenos 
empurrões é um exemplo de como evoluir as estratégias de movimentos.4 
Perturbações maiores e mais rápidas podem ser utilizadas para encorajar o uso do passo. 
O passo também pode ser treinado pelo terapeuta deslocando o peso do paciente para 
um lado e trazer o centro de massa rapidamente para a perna sem peso.8 
2.6 Estratégias sensórias 
A estratégia sensória deve ser mantida em uma variedade ampla de ambientes, bem 
iluminados, escuros, com presença de pistas visuais móveis, com olhos fechados, com a 
alterações na base de sustentação e em superfícies instáveis.20 
O objetivo do treinamento de estratégias sensoriais é auxiliar o paciente a aprender a 
coordenar e selecionar efetivamente informação sensorial apropriada para o controle 
postural no balance.8 
Sege abaixo algumas sugestões de exercícios com o balance utilizando a integração dos 
sistemas que o compõem. 
Disco de ar: um pé em cada disco de ar. Transferir o peso para frente e para trás e 
depois para um lado e para outro. Progressão realizar com os olhos fechados.4 
Busu: Ficar de pé no busu, olhar par esquerda e para cima e depois olhar para direta e 
para cima, pular e se equilibrar.13 
Exercícios com base de suporte variada: pés juntos paralelos, semitandem, tandem e 
apoio unipodal. Progressão realizar com os olhos fechados e fazer contas ou evocar 
nome de animais dupla tarefa.8 
7 
 
Espaguete cortado: Andar sobre o espaguete cortado ir de frente e voltar de costa. 
Progressão dupla tarefa conversando.4 
Base inclinada ou irregular: sobre uma base inclinada ou irregular o paciente move os 
segmentos do corpo: olhos, cabeça e membros superiores em velocidade rápida.8 
Treino de marcha: de frente, pernas cruzadas, com estreitamento de base, sobre os 
calcanhares em trajetos circunferenciais.13 
 
3. Metodologia 
Este estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica no período de dezembro 
de 2015 a julho de 2016. Utilizando com base de dados eletrônicos; Sielogoogle 
acadêmico e principalmente livros com a abordagem sobre o manejo de quedas em 
idosos e a importância do treino de balance na prevenção e tratamento do equilíbrio 
corporal.Estes foram analisados a partir dos referenciais teóricos apresentados, dados 
estatísticos e conclusões dos artigos, livros e revistas publicados entre os anos de 1990 a 
2010. 
 
4. Resultados e Discussão 
O balance, em português traduzindo por equilíbrio corporal, e utilizado para descrever 
uma função do corpo humano. Segundo a CIF, classificação internacional de 
funcionalidade e incapacidade a função vestibular (b235) envolve as funções sensoriais 
do ouvido interno relacionado à posição, ao equilíbrio e ao movimento. Está igualmente 
relacionada à função proprioceptiva (b260). Vários outros termos são utilizados para 
descrever o balance: estabilidade, instabilidade, desequilíbrio, oscilação corporal etc.13 
Muitos estudos têm sido direcionados à efetividade das intervenções sobre o treino de 
equilíbrio em idoso, uma vez que os déficits de equilíbrio constituem um fator de risco 
que pode ser modificado por meios de uma intervenção baseadas em exercícios 
funcionais sensório-percepto-motores.21 
O treinamento de equilíbrio é baseado na exposição do idoso repetidamente as 
condições de dificuldade que envolva atenção, controle sensório-motor eantecipatório.22 
Evidências de que exercícios direcionados para estimulação do equilíbrio mostram se 
eficazes na recuperação e manutenção do equilíbrio no processo de envelhecimento.23 
Santos et al24 relatam que quanto menor o desempenho na escala de equilíbrio de Berg, 
maior é a probabilidade de queda em idosos, e confirmam que um idoso com uma 
pontuação inferior a 49 tem aproximadamente dez vezes mais chances de sofrer queda 
do que aqueles com pontuação superior. No entanto, idosos que realizam um programa 
de treinamentosensório-percepto-motor apresentam melhora no equilíbrio, o que 
possivelmente diminui o risco de quedas e aumenta a independência nas atividades 
diárias. Zambaldi et al25 observaram melhora das medidas de equilíbrio e nos resultados 
da escala de equilíbrio de Berg após treinamento de equilíbrio, de curto período, com 
tarefas específicas e sem associações de treino de força muscular, o que acarretaria 
também uma prevenção do risco de quedas. 
Estudo como os de Silsupadol et al26 enfatizaram a importância de treinamento 
específicos para melhora do equilíbrio. Neste estudo comparou-se o efeito de três 
diferentes treinos de equilíbrio sobre o desempenho de dupla tarefa em 23 idosos com 
8 
 
alterações de equilíbrio. Os grupos foram divididos em G1 (treino de equilíbrio com 
tarefa simples) G2 (treino com dupla tarefa: equilíbrio tarefas cognitivas com instruções 
fixas) e G3 (treino com tarefas duplas: equilíbrio e tarefas cognitivas com instruções 
variadas). Todos os grupos melhoraram o equilíbrio funcional expressos nos escores da 
escala de equilíbrio de Berg em aproximadamente 5 pontos sugerindo uma redução de 
40% no risco de quedas. Porém apenas G1 apresentou resultados significativos 
daconfiança no equilíbrio através do teste activiesspecific balance confidence (ABC) e 
somente G2 e G3 melhoraram significativamente no teste de marcha de 6 metros com 
tarefa dupla. 
Santos et al24 verificaram que uma abordagem especifica de estimulação sensorial 
contribuirá para melhora do equilíbrio em um período de 2 meses nos exercícios de 
movimentos de cabeça, pescoço e olhos exercícios de controle postural em posição 
variada, em apoio unipodal, marcha e uso de superfícies instáveis com 45 minutos de 
duração, duas vezes por semana. Os resultados mostram em média uma melhora de 3 
pontos nos escores da escala de equilíbrio de Berg. 
Ribeiro e Pereira27 verificaram o efeito de uma abordagem específica de reabilitação 
vestibular em 30 idosos da comunidade sobre a melhora do equilíbrio e a possibilidade 
de sofrer queda. O tempo de intervenção foi de 2 meses, 3 vezes por semana, em que os 
idosos realizavam individualmente os exercícios propostos. O grupo experimental 
apresentou uma melhora de 2 pontos na escala de equilíbrio de Berg e a diminuição de 
30,4% na probabilidade de quedas comparado ao grupo controle. O presente estudo 
além de propor exercícios de estimulação não só vestibular, mais visual e 
proprioceptivo, demonstrou resultados similares, porém em um número maior de idosos 
assistidos por hora de intervenção. 
Madureira et al28 ao investigarem por 12 meses o efeito de um programa de treinamento 
de equilíbrio funcional em66 mulheres idosas (idade acima de 65 anos), observaram 
melhora nos escores da escala de equilíbrio de Berg de 5 pontos. Além da escala de 
equilíbrio de Berg, outros testes foram aplicados possibilitando aos investigadores 
observarem a melhora, não apenas no equilíbrio funcional. Mais também no equilíbrio 
estático, na mobilidade e na redução do número de quedas.O protocolo de treinamento 
do equilíbrio foi exercícios de caminhada com movimentação de cabeça, ombro, 
associados a movimentos de membro superiores e inferiores (15 minutos iniciais), 
marcha tandem (pé ante pé), andar na ponta dos pés, andar sobre os calcanhares, 
passadas laterais, equilíbrio em apoio unipodal e voltar a calma (15minutos) na 
frequência de uma vez por semana. 
 Melhorando a função dos idosos, é provável que haja diminuição do número de quedas 
Santos et al24 afirmam que a melhor forma de intervir sobre a queda seria realizando sua 
prevenção por meio de exercícios de fácil aplicação, baixo custo, de caráter preventivo e 
curativo em relação às alterações do equilíbrio. 
 
5. Conclusão 
Com base na revisão de literatura podemos constatar que as alterações no sistema 
nervoso central, musculoesquelético, sistema somatossensorial e sistema vestibular 
recorrentes do processo de envelhecimentos são as principais causas da queda em idosos 
9 
 
particularmente idosos mais frágeis. A integração desses sistemas se comporta de forma 
sistemática, ou seja um influencia o outro e todos influenciam no balance, os quais 
trabalham de forma cooperativa, afim de controlar a orientação e a estabilidade do 
corpo. 
O controle postural é importante na realização de atividades funcionais no dia-a-dia de 
forma segura. Atividades como manter-se equilibrado na posição sentada sem encosto 
até andar em um ambiente imprevisível, como a rua, envolve o balance, em niveis de 
complexidade diferentes. 
O principal fator para a instabilidade postural no idoso é a dificuldade em ativar os 
músculos antecipatórias antes do movimento voluntario. O treino de Balance tem como 
principal objetivo a ativação dos músculos posturais antecipatórios como nos exercícios 
de estratégia motora (estratégia do tornozelo, quadril e do passo), em condições que 
aumentem os estímulos sensoriaisrealizadossobre uma superfície instável em condições 
que exijam atenção realização de dupla tarefa e através da realização de tarefas que 
simulem as atividades de vida diárias. 
O balance é uma tarefa motora altamente adaptativa. É importante que os exercícios 
mais complexos sejam introduzidos de forma progressiva. Importante também frisar 
que, para o aprendizado motor no balance, são necessárias várias repetições dos 
exercícios, assim como a permanência, durante tempo razoável, nas posições e 
condições sensoriais isso ajudará a garantir que as melhoras no desempenho 
conseguidas sejam convertidas em mudanças permanentes. 
Desta forma fica evidente os benefícios do treino de Balance na prevenção de quedas na 
população idosa e também no tratamento dos distúrbios que afetam o controlo postural 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população do Brasil: 2000-2060. 
Disponível em: http:// www.ibge.gov.br. Acessado em 8 de fevereiro de 2016. 
2. GARRIDO R, MENEZES PR. O Brasil está envelhecendo: boas e más notícias por uma 
perspectiva epidemiológica. Rev. Bras Psiquiatr. 2002;24(1): 3-6 disponível em 
http://sbgg.org.br/publicacoes-cientificas/revista-geriatria-gerontologia/ acesso 10 de fevereiro de 2016. 
3. JACOB, Wilson Filho, FARRIAS, Luciana Louzada. Manual terapêutico não farmacológico em 
geriatria e gerontologia. 1 ͣ ed. São Paulo, Atheneu, 2014, p 36. 
4. GUCCIONE, Andrew; WONG, Rita A; AVERS, Dale. Fisioterapia Geriatrica.3 ͣ ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogn. 2013. p 300. 
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12 
 
 
 
Anexos 
Anexo 1 
Teste de Equilíbrio de Berg 
1-Posição sentada para posição em pé 
Instruções: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar. 
( ) 4 capaz delevantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente 
( ) 3 capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos 
( ) 2 capaz de levantar-se as mãos após diversas tentativas 
( ) 1 necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se 
( ) 0 necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se 
2-Permanecer em pé sem apoio 
Instruções: Por favor, fique em pé por dois minutos sem se apoiar 
( ) 4 capaz de permanecer em pé com segurança por dois minutos 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por dois minutos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por trinta segundos sem apoio 
( ) 1 necessita de várias tentativas para permanecer em pé por trinta segundos sem apoio 
( ) 0 incapaz de permanecer por trinta segundos sem apoio 
Se o paciente for capaz de permanecer em pé por dois minutos sem apoio, dê o número total 
de pontos o item n ̊ 3. Con@nue com item n 4̊. 
 
3-Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou num 
banquinho. 
Instruções: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas com os braços cruzados por dois 
minutos. 
( ) 4 capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por dois minutos 
( ) 3 capaz de permanecer sentado por dois minutos sob supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer sentado por trinta segundos 
( ) 1 capaz de permanecer sentado por dez segundos 
( ) 0 incapaz de permanecer sentado sem apoio durante dez segundos 
 
13 
 
4-Posição em pé para posição sentada 
Instruções: Por favor, sente-se 
( ) 4 senta-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 controlar a descida utilizando as mãos 
( ) 2 utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar descida 
( ) 1 senta-se independentemente, mas tem descida sem controle 
( ) 0 necessita de ajuda para sentar 
5-Transferências 
Instruções: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente para outra para uma 
transferência em pivô. Peça ao paciente para transferir-se de uma cadeira para apoio de braço 
para uma cadeira sem apoio de braço, e vice-versa. Você poderá utilizar duas cadeiras (uma 
com e outra sem apoio de braço) ou uma cama de cadeira. 
( ) 4 capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com uso das mãos 
( ) 2 capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e∕ou supervisão 
( ) 1 necessita de uma pessoa para ajudar 
( ) 0 necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar a tarefa com 
segurança 
6-Permanecer em pé sem apoio com os olhos fechados 
Instruções: Por favor, fique em pé e feche os olhos 
( ) 4 capaz de permanecer em pé por dez segundos com segurança 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por dez segundos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por três segundos 
( ) 1 incapaz de permanecer com os olhos fechados durante três segundos, mas mantém-se 
em pé 
( ) 0 necessita de ajuda para não cair 
7- Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos 
Instruções: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar 
( ) 4 capaz de se posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por um minuto 
com segurança 
( ) 3 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por um minuto com 
supervisão 
( ) 2 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por trinta segundos 
14 
 
( ) 1 necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés juntos 
durante quinze segundos 
( ) 0 necessita de ajuda para posicionar-se, e é incapaz de permanecer nessa posição por 
quinze segundos. 
8-Alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé 
Instruções: Levante o braço a 90 .̊ Estique os dedos e tente alcançar a frente o mais longe 
possível. ( O examinador posiciona a régua no fim da ponta dos dedos quando o braço es@ver a 
90 ͦ Ao serem esticados para frente, os dedos não devem tocar a régua. A medida a ser 
registrada é a distância que os dedos conseguem alcançar quando o paciente se inclina para 
frente o máximo que ele consegue. Quando possível, peça ao paciente para usar ambos os 
braços para evitar a rotação do tronco). 
( ) 4 pode avançar a frente mais que 25cm com segurança 
( ) 3 pode avançar a frente mais que 12,5cm com segurança 
( ) 2 pode avançar a frente mais que 5 cm com segurança 
( ) 1 pode avançar a frente, mas necessita de supervisão 
( ) 0 perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo 
9-Pegar um objeto no Chão a partir de uma posição em pé 
Instruções: Pegue o sapato∕chinelo que está na frente dos seus pés. 
( ) 4 capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança 
( ) 3 capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão 
( ) 2 incapaz de pegá-lo, mas se estica até ficar a 2-5cm do chinelo e mantém o equilíbrio 
independentemente 
( ) 1 incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está tentando 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair 
 
10-Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto permanece em 
pé 
Instruções: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do seu ombro esquerdo sem 
tirar os pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito. (O examinador poderá pegar 
um objeto e posicioná-lo atrás do paciente para estimular o movimento). 
( ) 4 olha para trás de ambos os lados com uma boa distribuição de peso 
( ) 3 olha para trás somente de um lado, o lado contrario demonstra menor distribuição de 
peso 
( ) 2 vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio 
( ) 1 necessita de supervisão para virar 
15 
 
( ) 0 necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou não cair 
11-Girar 360 graus 
Instruções: Gire-se completamente ao redor de si mesmo. Pausa. Gire-se completamente ao 
redor de si mesmo em sentido contrário. 
( ) 4 capaz de girar 360 graus com segurança em 4 seg. ou menos 
( ) 3 capaz de girar 360 graus com segurança somente para um lado em 4 seg. ou menos 
( ) 2 capaz de girar 360 graus com segurança, mas lentamente 
( ) 1 necessita de supervisão próxima ou orientações verbais 
( ) 0 necessita de ajuda enquanto gira 
12-Posicionar os pés alternadamente no degrau do banquinho enquanto permanece sem 
apoio 
Instruções: Toque cada pé alternadamente no degrau∕banquinho. Continue até que cada pé 
tenha tocado o degrau∕banquinho quatro vezes 
( ) 4 capaz de permanecer em pé independentemente com segurança, completando 8 
movimentos em 20 segundos 
( ) 3 capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em mais 
que 20 segundos 
( ) 2 capaz de completar 4 movimentos sem ajuda 
( ) 1 capaz de completar mais que 2 movimentos com o mínimo de ajuda 
( ) 0 incapaz de tentar ou necessita de ajuda para não cair 
13-Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente 
Instruções: ( demonstre ao paciente) 
Coloque um pé diretamente a frente do outro na mesma linha, se você achar que não irá 
conseguir, coloque o pé um pouco mais a frente do outro pé e levemente para o lado. 
( ) 4 capaz de colocar um pé imediatamente a frente do outro, independentemente. E 
permanecer por 30 segundos 
( ) 3 capaz de colocar um pé um pouco mais a frente do outro e levemente para o lado 
( ) 2 capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30 segundos 
( ) 1 necessita de ajuda para dar passo, porém permanecer por 15 segundos 
( ) 0 perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar em pé 
14-Permanecer em pé sobre uma perna 
Instruções: Fique em pé sobre uma perna no máximo que você puder sem se segurar 
( ) 4 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais 10 segundos 
( ) 3 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 5-10 segundos 
16 
 
( ) 2 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 3 ou 4 segundos 
( ) 1 tente levantar uma perna, mas é incapaz de permanecerpor 3 segundos, embora 
permaneça em pé independentemente 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair 
Escore Total:__________________(Máximo=56) 
 
Anexo 2 
Versão brasileira do DynamicGait Index (DGI) 
Índice do Andar Dinâmico 
1. Marcha em superfície plana 
Instruções: ande em sua velocidade normal daqui até a próxima marca (6m). 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: caminha os 6 m sem acessórios, boa velocidade, sem evidência de desequilíbrio, 
padrão normal ao andar. 
(2) Comprometimento brando: caminha os 6 m, usa acessórios, velocidade mais lenta, desvios 
brandos no andar. 
(1) Comprometimento moderado: caminha os 6 m, velocidade lenta, padrão anormal do 
andar, evidência de desequilíbrio. 
(0) Comprometimento severo: não consegue os 6 m sem ajuda, desvio severo no andar ou 
desequilíbrio. 
 
2. Mudança de velocidade da marcha 
Instruções: comece a andar na sua velocidade normal (durante 1,5 m), e quando eu disser 
“agora”, ande o mais rápido que puder por mais 1,5 m. Quando eu disser “devagar”, ande o 
mais lentamente que conseguir (1,5 m). 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: capaz de mudar a velocidade do andar de uma forma uniforme, sem perda de 
equilíbrio ou desvio do andar. Mostra uma diferença significativa nas velocidades entre o 
normal, o rápido e o lento. 
(2) Comprometimento brando: consegue mudar a velocidade, mas demonstra desvios brandos 
do andar, ou não há desvios, mas é incapaz de conseguir uma mudança significativa na 
velocidade ou utiliza um acessório. 
(1) Comprometimento moderado: faz ajustes mínimos na velocidade do andar, ou apresenta 
mudança na velocidade com desvios significativos do andar, ou muda de velocidade, mas 
perde desvios significativos do andar, ou então perde o equilíbrio quando muda a velocidade, 
mas é capaz de se recuperar e continuar caminhando. 
17 
 
(0) Comprometimento severo: não consegue mudar a velocidade ou perde o equilíbrio e 
procura apoio na parede ou tem de ser ajudado. 
 
3. Marcha com movimentos horizontais (rotação) da cabeça 
Instruções: comece a andar no ritmo normal. Quando eu disser “olhe para a direita”, continue 
andando reto, mas vire a cabeça para direita. Continue olhando para o lado direito até que eu 
diga “olhe para a esquerda”, então continue andando reto e vire a cabeça para a esquerda. 
Mantenha a cabeça nessa posição até que eu diga “olhe para a frente”, então continue 
andando reto, mas volte a sua cabeça para a posição central. 
 Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: executa rotações uniformes da cabeça, sem nenhuma mudança no andar. 
(2) Comprometimento brando: executa rotações uniformes da cabeça, com uma ligeira 
mudança na velocidade do andar (isto é, interrupção mínima no trajeto uniforme do andar ou 
usa um acessório para andar). 
(1) Comprometimento moderado: executa rotações uniformes da cabeça, com uma moderada 
mudança na velocidade do andar, começa a andar mais lentamente, cambaleia, mas se 
recupera, consegue continuar andando. 
(0) Comprometimento severo: executa as tarefas com interrupções severas do andar (isto é, 
cambaleia 15° fora do trajeto, perde o equilíbrio, pára, tenta segurar-se na parede). 
 
4. Marcha com movimentos verticais (rotação) da cabeça 
Instruções: comece a andar no ritmo normal. Quando eu disser “olhe para cima”, continue 
andando reto, mas incline a cabeça para cima. Continue olhando para cima até que eu diga 
“olhe para baixo”, então continue andando reto e incline a cabeça para baixo. Mantenha a 
cabeça nessa posição até que eu diga “olhe para a frente”, então continue andando reto, mas 
volte a sua cabeça para a posição central. 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: executa rotações uniformes da cabeça, sem nenhuma mudança no andar. 
(2) Comprometimento brando: executa as tarefas com uma ligeira mudança na velocidade do 
andar (isto é, interrupção mínima no trajeto uniforme do andar ou usa um acessório para 
andar). 
(1) Comprometimento moderado: executa as tarefas com uma moderada mudança na 
velocidade do andar, começa a andar mais lentamente, cambaleia, mas se recupera, consegue 
continuar andando. 
(0) Comprometimento severo: executa as tarefas com interrupções severas do andar (isto é, 
cambaleia 15° fora do trajeto, perde o equilíbrio, pára, tenta segurar-se na parede). 
 
 
18 
 
5. Marcha e giro sobre o próprio eixo corporal (pivô) 
Instruções: comece a andar no ritmo normal. Quando eu disser “vire-se e pare”, vire o mais 
rápido que puder para a direção oposta e pare. 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: consegue virar com segurança dentro de 3 segundos e pára rapidamente, sem 
perda do equilíbrio. 
(2) Comprometimento brando: consegue virar a cabeça com segurança em mais de 3 segundos 
e pára sem nenhuma perda de equilíbrio. 
(1) Comprometimento moderado: virar lentamente, precisa de informações verbais e dá vários 
passos curtos para recuperar o equilíbrio após virar ou parar. 
(0) Comprometimento severo: não consegue girar com segurança, precisa de ajuda para virar e 
parar. 
 
6. Passar por cima de obstáculo 
Instruções: comece a andar em sua velocidade normal. Quando chegar à caixa de sapatos, 
passe por cima dela (e não ande ao redor dela) e continue andando. 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: capaz de passar por cima da caixa sem mudar a velocidade do andar, não há 
evidência de desequilíbrio. 
(2) Comprometimento brando: capaz de passar por cima da caixa, mas precisa reduzir a 
velocidade e ajustar os passos para ter mais segurança. 
(1) Comprometimento moderado: é capaz de passar por cima da caixa, mas precisa para e 
depois recomeçar. Pode precisar de dicas verbais. 
(0) Comprometimento severo: não consegue executar sem ajuda. 
 
7. Contornar obstáculos 
Instruções: comece a andar na sua velocidade normal. Quando chegar ao primeiro cone (cerca 
de 1,80 m de distância), contorne-o pelo lado direito. Quando chegar ao segundo (1,80 m após 
o primeiro), contorne-o pela esquerda. 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: é capaz de andar ao redor dos cones com segurança, sem mudar a velocidade do 
andar, não há evidência de desequilíbrio. 
(2) Comprometimento brando: é capaz de andar ao redor de ambos os cones, mas precisa 
reduzir a velocidade do andar e ajustar os passos para passar por eles. 
(1) Comprometimento moderado: é capaz de passar pelos cones, mas precisa reduzir 
significativamente a velocidade do andar para realizar a tarefa ou precisa de dicas verbais. 
19 
 
(0) Comprometimento severo: incapaz de passar pelos cones, tropeça neles e precisa de ajuda 
física. 
 
8. Subir e descer degraus 
Instruções: suba essas escadas de maneira que você faz em casa (isto é, usando o corrimão se 
necessário). Quando chegar ao topo, vire e desça. 
Pontuação: marque a alternativa que se aplica ao resultado: 
(3) Normal: alternando os pés, sem usar o corrimão. 
(2) Comprometimento brando: alternando os pés, mas precisa usar o corrimão. 
(1) Comprometimento moderado: coloca os dois pés no degrau, mas precisa usar o corrimão. 
(0) Comprometimento severo: não consegue executar de uma forma segura. 
 
 
Resultado DGI: ______________ 
 
Resultado DGI + DualTask: ______________ 
 
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