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MANUAL DE PRÁTICAS - FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO com gabarito

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Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
MANUAL DE PRÁTICAS DA DISCIPLINA DE FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO IDOSO 
 
PRÁTICAS DISPONÍVEIS NO MANUAL 
 
PRÁTICA 1 - Fisioterapia Preventiva no Idoso. Como podemos atuar? 
PRÁTICA 2 - Avaliando a Cognição e Rastreando Demências 
PRÁTICA 3 - A Independência do Indivíduo Idoso. Como. Avalia-la? 
PRÁTICA 4 - Como Podemos Avaliar a Mobilidade do Idoso? 
PRÁTICA 5 - Teste de Sentar E Levantar. Como Realiza-lo com Idosos? 
PRÁTICA 6 - Avaliação Através da Tinetti – Equilíbrio e Marcha 
PRÁTICA 7 - Escalas avaliativas das atividades instrumentais de vida diária - índice de Barthel e 
Escala de Lawton e Brody 
PRÁTICA 8 - Avaliação de Equilíbrio em Idosos - Escala de Equilíbrio e Berg 
PRÁTICA 9 - Treino de Equilíbrio e Coordenação para Idosos 
PRÁTICA 10 - Posicionamento de decúbitos no Acidente Vascular Encefálico no leito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 1 - FISIOTERAPIA PREVENTIVA NO IDOSO. COMO PODEMOS ATUAR? 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Sabe-se que cada indivíduo experimenta o processo de envelhecimento segundo sua 
experiência de vida, sua capacidade de interação com o meio em que vive e segundo o estilo de 
vida. Também sabemos que evitar a utilização de nicotina, etilismo, narcóticos, alimentos ricos em 
gorduras e sal, praticar atividades físicas, manter uma boa alimentação e realizar consultas médicas 
periodicamente são medidas preventivas para diversas patologias (Duarte, 2010). 
 A fisioterapia preventiva é regularizada em valores, condutas e estratégias que devem ser 
difundidos para atuação multiprofissional enfocada na dimensão humana e ética, buscando manter 
a qualidade de vida, capacidade funcional força muscular e autonomia (Silva, 2019). 
Com isso, ao levarmos em consideração todas as mudanças que ocorrem no processo de 
envelhecimento, acredita-se que através de um tratamento fisioterapêutico preventivo, adequado 
em uma visão global, com exercícios desenvolvidos de acordo com o objetivo de cada indivíduo, 
seja possível conscientizar os idosos sobre a possibilidade de obter um envelhecimento saudável, 
evitando os aspectos negativos deste processo como, por exemplo a hipertensão arterial, e a 
osteoporose, evidenciando a importância deste tratamento diante de suas AVDs, levando a uma 
melhoria da qualidade de vida, inclusive na prevenção de quedas que acomete muitos idosos 
(vamos falar sobre prevenção de quedas mais à frente) (Silva et al., 2011). 
 
2. OBJETIVOS 
- Compreender como os alongamentos podem auxiliar na flexibilidade, causando um impacto 
positivo na vida do idoso; 
- Praticar e aprender algumas técnicas de alongamento que possam ser utilizadas com idosos; 
- Praticar alguns exercícios que podem ser utilizados de maneira global com os idosos. 
 
3. MATERIAIS 
Para a prática desses alongamentos você pode precisar de: 
- Colchonete ou Tatame 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
4. PROCEDIMENTOS 
4.1 Alongamento de Isquiotibiais 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal em um tatame ou em um colchonete, apoiando seu 
membro inferior na parede (Figura 1). 
As pernas ficam em uma posição de 90 graus de quadril. 
Os membros superiores devem estar ao longo do corpo. 
 
Figura 1 - Alongamento de Isquiotibiais 
 
Fonte: https://bityli.com/SvyWf 
 O ideal é que o paciente fique nessa postura por 20 segundos e repita na perna oposta a 
mesma sequência. 
 Caso necessário, o paciente poderá utilizar uma faixa elástica como na figura abaixo (Figura 
2) e manter o membro inferior com a flexão de quadril a 90 graus e extensão de joelho; e a perna 
oposta em extensão repousando no solo. 
 Repita 3 vezes para cada perna. 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
Figura 2 - Alongamento de Isquiotibiais com Faixa 
 
Fonte: https://bityli.com/wkq5F 
 
 
4.2 Alongamento de Tríceps Sural 
 O paciente colocará a ponta do pé na borda de um degrau e com isso, realizar um movimento 
de dorsiflexão de tornozelo para afundar suavemente em um alongamento da panturrilha (Figura 
3). 
 Certifique-se de que o paciente relaxe na posição para otimizar a capacidade de elasticidade 
do tecido. 
 Caso seja necessário, o paciente pode utilizar a outra perna como apoio para facilitar 
o alongamento.) 
 Repita 3 vezes para cada perna. 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
Figura 3 - Alongamento de Tríceps Sural 
 
Fonte: https://bityli.com/pVhNy 
 
 Uma segunda opção desse alongamento é com o apoio da parede (Figura 4). 
 O paciente irá apoiar ambas as mãos na parede e com isso, um de seus membros inferiores 
ficará próximo da parede com o joelho flexionado. 
 O outro membro inferior ficará mais afastado da parede, com o joelho estendido. 
 Nesse alongamento é importante lembrar que os calcanhares devem estar sempre em 
contato com o solo. Com isso, o paciente deverá inclinar o corpo lentamente em direção à parede. 
 O paciente deve manter-se nessa postura por ao menos 30 segundos, e, em seguida 
trocando as pernas de posições. 
 O alongamento da panturrilha acontece na perna que está posicionada atrás. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 Repita 3 vezes para cada perna. 
 
Figura 4 - Alongamento de Isquiotibiais na parede 
 
Fonte: https://bityli.com/IdqCn 
 
4.3 Alongamento de Bíceps Braquial 
 Inicialmente, solicitar que o paciente junte as mãos por trás das costas, cruzando os dedos 
para que as palmas das mãos fiquem voltadas uma para a outra. 
 Após isso, gire os punhos para fora para que as palmas das mãos fiquem viradas para baixo. 
 Solicite que o paciente erga os braços até sentir os bíceps se alongarem (Figura 5). 
 Mantenha essa postura por 20 segundos e retorne à posição inicial. 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
Figura 5 - Alongamento de Bíceps Braquial 
 
Fonte: https://bityli.com/vF8mD 
 
4.4 Alongamento de Tríceps Braquial 
 Inicie o alongamento colocando o braço direito atravessado na frente do corpo. 
 Dobre ligeiramente o cotovelo. 
 Use a mão esquerda para guiar o movimento enquanto pressiona o braço no peito e para a 
esquerda. 
 Segure este alongamento por 30 segundos e faça três a quatro repetições em cada lado. 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
 
Figura 6 - Alongamento de Tríceps Braquial 
 
 
Fonte: https://bityli.com/QEnyi 
 
4.5 Exercício para fortalecimento de membros inferiores 
 Agachamentos e extensão de quadril, são ótimas opções de exercícios de fortalecimento 
que podem ser feitos em domicílio. Além disso, com o auxílio de uma cadeira o paciente pode 
realizar dois tipos de exercícios: 
- Para o agachamento, basta que o paciente fique em pé e de costas para a cadeira, sente-se e 
levante-se sem usar as mãos como apoio, apenas com a força das pernas (Figura 7). 
Figura 7 - Agachamento utilizando cadeira 
 
Fonte: https://bit.ly/3tB74pd 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
- Já a extensão de quadril é ideal que o paciente se posicione em pé, atrás da cadeira. Após isso, 
apoiar a mão (ou as duas mãos) na cadeira. O exercício é iniciado quando o idoso estende uma 
das pernas para trás, tirando o pé do chão (Figura 8). 
Figura 8 - Extensão de quadril utilizado a cadeira 
 
Fonte: https://bit.ly/3vw15Uq 
 
 Ambos os exercícios podem ser realizados em 3 séries de 20 vezes. 
 
4.6 Exercício para fortalecimento de membros superiores 
 O fortalecimento de membros superiores é muito importante para o idoso. Esse tipo de 
exercício pode ser realizado utilizando uma vassoura (ou um rodo), que é um objeto prático e 
simples de se ter em domicílio (Figura 9). 
 O exercício é realizado da seguinteforma: 
- O paciente deve se posicionar em pé, com as pernas afastadas; 
- Após isso, elevar os braços acima da cabeça com os cotovelos estendidos. 
- Retornar para novamente para a posição inicial e repetir 3 séries de 20 vezes. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
Figura 9 - Elevação de membros superiores com vassoura 
 
Fonte: https://bit.ly/2Q3MYFn 
 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática, descreva os resultados obtidos e discuta-os a partir dos 
questionamentos a seguir: 
 
1. Descreva como acontece cada movimento dos membros superiores na prática de elevação de 
membros superiores com a vassoura. 
 
Os movimentos de membros superiores para a prática de elevação de membros superiores com a 
vassoura ocorrem da seguinte forma: 
1. Punhos em posição neutra; 
2. Extensão de cotovelo completa (0º); 
3. Movimento de flexão de ombros (movimento concêntrico) com vassoura acima da cabeça; 
4. Manter por 5 segundos; 
5. Movimento de extensão de ombros (movimento excêntrico) com vassoura na altura da pelve. 
 
 
2. Cite os ângulos dos movimentos realizados pelos membros superiores (não relacionados aos 
exercícios). 
 
- Flexão / Extensão do cotovelo - 0º a 150º 
- Pronação / Supinação do antebraço - 0º a 80º 
- Flexão de ombro - 0º a 180º 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
- Extensão de ombro – 0 a 60º 
- Abdução de ombro – 0º a 180º 
- Rotação medial de ombro – 0° a 70º 
- Rotação lateral de ombro - 0° a 90º 
- Flexão de punho - 0º a 80º 
- Extensão de punho - 0º a 70º 
- Desvio radial - 0º a 20º 
- Desvio Ulnar - 0º a 30º 
 
 
3. Escolha dois movimentos dos membros superiores (não relacionados ao exercício) e cite os 
músculos principais que realizam estes movimentos. 
 
- Flexores de cotovelo: Bíceps Braquial. Braquial e Braquiorradial 
- Extensão de cotovelo: Ancôneo e Tríceps Braquial 
- Pronador de antebraço: Pronadores redondo e quadrado 
- Supinador de antebraço: Supinador 
- Flexão de punho: flexor radial do carpo, flexor superficial dos dedos, palmar longo e flexor ulnar 
do carpo. 
- Extensão do punho: extensor radial longo do carpo, extensor radial curto do carpo, extensor 
comum dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar do carpo. 
- Desvio radial: extensor radial longo e curto do carpo, abdutor longo do polegar, extensor longo e 
curto do polegar e flexor radial do carpo. 
- Desvio ulnar: Extensor ulnar do carpo e flexor ulnar do carpo. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
SILVA, Vilmar Mineiro da et al. Effectiveness of a multiple intervention programme for the prevention 
of falls in older adults persons from a University of the Third Age. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio 
de Janeiro, v. 22, n. 4, e190032, 2019. 
 
SILVA, Andressa da et al. Equilíbrio, coordenação e agilidade de idosos submetidos à prática de 
exercícios físicos resistidos. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 14, n. 2, p. 88-93, Apr. 2011. 
 
 DUARTE, Y.A.O et al., Indicadores de fragilização na velhice para o estabelecimento de medidas 
preventivas. A terceira idade. 2010; 18 (7): 24. 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 2 - AVALIANDO A COGNIÇÃO E RASTREANDO DEMÊNCIAS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O declínio cognitivo consiste em leve lentidão das habilidades mentais, evoluindo conforme 
o avançar da idade, e pode estar associado a inúmeras razões, como por exemplo: decorrente da 
demência, de uso de medicação (principalmente benzodiazepínicos, neurolépticos e 
antidepressivos), alteração de afeto, em particular a depressão, entre outros. 
 Diante do exposto, torna-se imprescindível a avaliação cognitiva e da capacidade funcional 
dos idosos. 
 Por meio da avaliação geriátrica ampla, esses aspectos serão abordados pelos profissionais 
de saúde, os quais poderão identificar as demandas de cada idoso avaliado e estabelecer um plano 
de cuidados individualizado que promova um envelhecimento ativo e melhore a qualidade de vida. 
 Uma avaliação aprofundada oferece subsídios para a tomada de decisões em saúde e para 
a elaboração de ações estratégicas voltadas para as particularidades de cada idoso, a fim de 
oferecer atenção integral à saúde dos idosos, como preconizado pela Política Nacional de Saúde 
da Pessoa Idosa 
 
2. OBJETIVOS 
- Entender como podemos utilizar o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) com os pacientes de 
maneira eficaz; 
 
3. MATERIAIS 
Para a prática desses alongamentos você pode precisar de: 
- Caneta 
- Prancheta 
- Dois objetos de fácil identificação (por exemplo: caneta e celular) 
- Mini Exame do Estado Mental. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
4. PROCEDIMENTOS 
 
 O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é composto de duas seções que mensuram 
funções cognitivas: a primeira contém itens que avaliam orientação, memória e atenção, totalizando 
21 pontos; e a segunda seção mede a capacidade de nomeação, de obediência a um comando 
verbal e a um escrito, de redação livre de uma sentença e de cópia de um desenho complexo 
(polígonos), perfazendo nove pontos. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 Vale aqui ressaltar que o MEEM tem o papel de RASTREIO de demências e não de 
DIAGNÓSTICO. 
 Além de ser de fácil e rápida aplicação, ele avalia os principais aspectos da função cognitiva 
e seus pontos de corte são definidos pela escolaridade. 
 As pontuações do MEEM variam de 0 a 30, sendo que os valores mais altos sugerem melhor 
desempenho. Existem diferentes pontos de corte na literatura, observe um deles abaixo: 
- Analfabetos: 18/19 pontos. 
- Indivíduos com mais de um ano de escolaridade: 23/24 pontos. 
Vamos entender cada parte do MEEM?! 
 
ORIENTAÇÃO 
- Qual é o (ano) (estação) (dia/semana) (dia/mês) e (mês). 
- Onde estamos (país) (estado) (cidade) (rua ou local) (andar). 
Instrução: Pedir ao paciente que diga o ano, estação do ano, o dia da semana, o dia do mês e o 
mês no qual nos encontramos. Não dar dicas 
 
REGISTRO 
- Dizer três palavras: CANECA, TIJOLO e TAPETE 
Instrução: Dizer as 03 palavras pausadamente e com dicção clara. Estas palavras devem ser 
sempre as mesmas. 
ATENÇÃO E CÁLCULO 
- Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65) 
Instrução: No alternativo não se deve utilizar o original “soletrar a palavra ”MUNDO” de trás para 
frente”. 
 Os brasileiros não têm treinamento cultural no soletrar e por outro lado têm muito mais 
familiaridade com números e cálculos matemáticos simples (soma e subtração). 
 Desta forma, a alternativa de repetição de série de dígitos NÃO avalia exatamente as 
mesmas funções, apenas memória operacional (e atenção), no entanto não há outra prova 
correspondente de mesma velocidade de aplicação. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
EVOCAÇÃO 
- Perguntar pelas 3 palavras anteriores (CANECA, TIJOLO e TAPETE). 
 
LINGUAGEM 
- Demonstrar para o paciente um lápis e um celular, por exemplo. O paciente deverá identificar e 
falar o nome dos objetos mostrados. 
- Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem lá”. 
- Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a mão direita, dobre ao meio e ponha no 
chão”. 
- Ler ‘em voz baixa’ e executar: FECHE OS OLHOS * 
- Escrever uma frase (um pensamento, idéia completa) * 
- Copiar o desenho: 
 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
 Após a realização da prática, vamos entender como de fato podemos utilizar o MEEM na 
nossa prática clínica através de um caso clínico com um paciente acamado. 
Caso clínico: 
 Paciente D.S.B.,76 anos, sexo masculino, branco, casado, aposentado, ensino fundamental 
incompleto, natural de Rio de Janeiro, foi internado em enfermaria, acamado, recebeu visita da 
equipe de saúde no leito. Queixou-se que estava apresentando esquecimento rotineiramente. 
Relata que iniciou a notar o sintomareferido há aproximadamente um ano. No início, os familiares 
perceberam dificuldade para lembrar nomes, recados e que estava contando os mesmos casos e 
fazendo as mesmas perguntas várias vezes. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 Entretanto, o paciente não percebia o esquecimento. Nega outras alterações cognitivas, 
como alteração na fala e percepção. Nega alterações comportamentais e de humor. 
 Incapacidade em executar as atividades de vida diária como fazer compras, usar o telefone, 
tomar remédio, troca de decúbito no leito, recebendo o auxílio da esposa para isso. Faz uso de 
sinvastatina, doxazosina, furosemida, omeprazol e furosemida. 
 Possui como comorbidade diabetes melitus (DM) tipo 2, hipertensão arterial sistêmica (HAS) 
e hipercolesterolemia. Passado de hérnia de hiato esofágico, gastrite e de câncer prostático, 
descoberto em fase inicial e tratado com quimioterapia. 
 Nega antecedentes familiares de doença neurodegenerativa. Nega tabagismo. Nega 
etilismo. Antes de ser internado, realizada caminhadas diárias acompanhadas da esposa. 
Ao realizar o Mini exame do estado mental (MEEM) apresentou os seguintes resultados 
- Alterações em orientação, memória de evocação, atenção e cálculo, comando e cópia de 
pentágonos. 
- Apresentou 14 de 30 pontos. 
 A partir do caso clínico acima, responder: 
De acordo com a sua interpretação do resultado, como o paciente pode ser enquadrado e como a 
abordagem deve ser realizada com esse paciente? 
 
Inicialmente, após o resultado do MEEM, o fisioterapeuta deve encaminhar o paciente para o 
neurologista e com isso, discorrer sobre os achados no MEEM, como as alterações em orientação, 
memória de evocação, atenção e cálculos, além de atender comandos e cópia de pentágonos. 
Além disso, durante o caso clínico, pudemos perceber que o paciente apresenta dificuldades em 
mudanças de decúbito, sendo completamente dependente da esposa. Com isso, o fisioterapeuta 
deve treinar mudanças de decúbitos com o paciente. 
As mudanças treinadas devem ser: 
- De decúbito dorsal para decúbito lateral (Direito e esquerdo). 
- De decúbito lateral para decúbito ventral. 
- De decúbito lateral para posição sentada à beira do leito. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
- FOLSTEIN MF.et al. Mini Mental state. J Psychiat. Res. 1975; 12:189-98 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
PRÁTICA 3 - A INDEPENDÊNCIA DO INDIVÍDUO IDOSO. COMO AVALIA-LA? 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 A avaliação da capacidade funcional é relevante em gerontologia, como indicativo de 
qualidade de vida do idoso. 
 O desempenho das atividades de vida diária é considerado um parâmetro aceito e legítimo 
para firmar essa avaliação, sendo utilizado pelos profissionais da área de saúde, e de extrema valia 
para o enfermeiro, para avaliar graus de dependência de seus clientes. 
 Pode-se entender avaliação funcional, dentro de uma função específica, como sendo a 
avaliação da capacidade de autocuidado e de atendimento às necessidades básicas diárias, ou 
seja, do desempenho das atividades de vida diária. 
 Sabe-se que à medida que o ser humano envelhece, muitas tarefas do cotidiano, 
consideradas banais e, portanto, de fácil execução, vão paulatinamente e muitas vezes de forma 
imperceptível, tornando-se cada vez mais difíceis de serem realizadas, até que o indivíduo percebe 
que já depende de outra pessoa para tomar um banho, por exemplo. 
 Há muitas escalas que avaliam a capacidade funcional. 
 O Índice de Katz, devido à praticidade de sua aplicação e sua confiabilidade, demonstradas 
em estudos semelhantes, mostrou-se adequado para o propósito das pesquisadoras. 
 A utilização do Índice de Katz demonstrou que esse instrumento beneficia a avaliação de 
indivíduos idosos, de doentes crônicos e daqueles em longos períodos de recuperação hospitalar 
ou, ainda, podia ser utilizado para avaliar a capacidade funcional do indivíduo na comunidade. 
 O índice de Katz tem como principal característica avaliar a funcionalidade. O Index de 
Independência nas Atividades de Vida Diária desenvolvido por Sidney Katz é, ainda hoje, um dos 
instrumentos mais utilizados nos estudos gerontológicos nacionais e internacionais, embora tenha 
sido publicado pela primeira vez em 1963.48 Essa escala avalia 6 itens da vida diária: 1. Banho, 2. 
Vestir-se, 3. Higiene Pessoal, 4. Transferência (deita, senta e levanta sem ajuda), 5. Continência, 
6. Alimentação (come sem ajuda). Ha duas opções de resposta: sim e não. 
 Caso o paciente responda sim, ganha um ponto. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 Caso responda não, não pontua. 
 O somatório das respostas é colocado em uma tabela estratificada, onde 6 é a 
independência total; 4, dependência parcial; e 2 ou menos, dependência importante. 
 
2. OBJETIVOS 
- Auxiliar o aluno a aplicar uma avaliação multidimensional para analisar se o indivíduo apresenta 
ou não independência funcional para as atividades de vida diária (AVD). 
 
3. MATERIAIS 
- Papel 
- Caneta 
- Índice de Katz 
 
 
 
4. PROCEDIMENTOS 
xxxxxx 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4. PROCEDIMENTOS 
 Essa escala está incluída na maioria das avaliações multidimensionais e tem mostrado sua 
validade nos quase 40 anos em que tem sido utilizada. Sua elaboração é baseada na conclusão de 
que a perda funcional segue um padrão igual de declínio, isto é, primeiro se perde a capacidade de 
banhar-se, seguida pela incapacidade de vestir-se, transferir-se e alimentar-se e, quando há 
recuperação, ela ocorre em ordem inversa. 
 Porém, a Escala de Katz tem a grande limitação de não avaliar a deambulação, ou seja, 
afere os cuidados pessoais, a mobilidade e a continência (Katz et al., 1970). 
 O indivíduo pode ser classificado em independente (caso ele faça 6 pontos), dependência 
moderada (se ele obter a pontuação 4 e 5 pontos) e muito dependente (se ele obtiver uma 
pontuação de 2 pontos ou menos). 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática, vamos entender como de fato podemos utilizar o índice de 
Katz na nossa prática clínica através de um caso clínico: 
 Paciente de 71 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, sexo feminino, casada, 
trabalhou sempre como doméstica. Foi encaminhada para a fisioterapia devido a um AVE isquêmico 
com lesão topográfica à esquerda, que comprometeu a artéria cerebral média (ACM). 
 Além disso, faz tratamento para depressão há mais de 10 anos, sem nunca ter atingido 
remissão completa. 
 A paciente apresenta deterioração funcional de rápida evolução. 
 Na consulta com o fisioterapeuta, o mesmo realizou com a paciente a escala de Katz e 
obteve a pontuação de 2 pontos. 
 
Com isso, responda: 
- De acordo Com essa pontuação, como a paciente está caracterizada na escala de Katz? 
De acordo com a pontuação o paciente se enquadra como muito dependente. 
Vale lembrar que a pontuação é classificada da seguinte forma: 
Independente (caso ele faça 6 pontos), dependência moderada (se ele obter a pontuação 4 e 5 
pontos) e muito dependente (se ele obtiver uma pontuação de 2 pontos ou menos). 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
- De acordo com a descrição do caso clínico, em qual hemicorpo há um maior comprometimento 
motor? 
A paciente apresenta um AVE com lesão topográfica em hemisfério esquerdo, com isso, devido a 
decussação das pirâmides bulbares, o hemicorpo acometido é contralateral à lesão, ou seja, o 
hemisfério direito. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
Katz S, Ford AB, Moskowitz RW, Jackson BA, Jaffe MW. Studies of illness in the aged. The index 
of ADL: a standardized measure of biological and psychosocial function. JAMA. 1963;185(12):914-
19. 
Diogo MJD'E. Avaliação funcional de idosos com amputação de membros inferiores. RevLat Am 
Enferm. 2003;11(1):59-65. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 4 - COMO PODEMOS AVALIAR A MOBILIDADE DO IDOSO? 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O Timed up and Go (TUG) possibilita uma avaliação do equilíbrio sentado, da transferência 
da posição sentada para a posição de pé e da estabilidade na deambulação durante o teste 
(Podsiadlo & Richardson, 1991). 
 O TUG é um exemplo de teste de medida da mobilidade funcional, sendo simples, rápido e 
de baixo custo, já que não necessita de nenhum equipamento especial ou treinamento (Mathias et 
al, 1986). 
 
2. OBJETIVOS 
- O aluno, após a prática estará apto a aplicar o TUG, que avalia mobilidade e equilíbrio do indivíduo. 
 
3. MATERIAIS 
- Cronômetro 
- Cones ou algum objeto para o paciente contornar ao final dos 3 metros 
- Trena 
- Local com mais de 3 metros para realizar o teste 
- Cadeira com encosto e braço 
 
4. PROCEDIMENTOS 
 No TUG o paciente precisa estar sentando em uma cadeira com encosto, e ao comando do 
avaliador (que vai estar cronometrando o teste), vai se desencostar, levantar, andar 3 metros, girar 
180° e voltar (Figura 7). 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
Figura 7 - Teste de medida da mobilidade funcional 
 
Fonte: https://bityli.com/imfuS 
 
 O examinador só para o cronômetro quando o paciente se senta e encosta novamente no 
encosto da cadeira. Vamos observar a figura 1 
A interpretação do teste ocorre da seguinte maneira: 
- Menor ou igual a 10 segundos - independente, sem alterações; 
- Entre 11 e 20 segundos - Independente em transferências básicas, baixo risco de quedas; 
- Maior ou igual a 20 segundos - dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade, 
alto risco. 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática, responda as questões abaixo sobre o TUG: 
 - Forme uma dupla e realize o TUG. 
 - Anote o resultado e debata entre os colegas o tempo que cada indivíduo levou para realizar 
o teste. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
- Proponha uma série de exercícios para quem ficou: 
- Entre 11 e 20 segundos e; 
- Maior ou igual a 20 segundos. 
 
Resposta: 
Entre 11 e 20 segundos - Independente em transferências básicas, baixo risco de quedas; 
Em casos que o paciente se apresente entre as pontuações citadas acima, pode-se trabalhar 
exercícios com objetivos de ganho de equilíbrio. Vamos observar dois exemplos para treino de 
equilíbrio 
- Paciente deve ficar de pé com o peso sobre uma perna. Com isso, deverá realizar um semi 
agachamento (como na Figura 8) e levar o outro pé a frente, sem tocar o chão. 
Após isso, repetir os movimentos levando a perna para o lado do corpo e para a região posterior do 
corpo. 
Figura 8 – Treino de Equilíbrio Dinâmico em Apoio Monopodal 
 
Fonte: https://gooutside-static-cdn.akamaized.net/wp-content/uploads/sites/3/2020/11/equi-
2.jpg 
 
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- Caso o fisioterapeuta queira deixar o exercício mais complexo, poderá deixar o paciente sobre 
alguma superfície instável, como colchonete, airex ou uma almofada (Figura 9). 
 
 
Figura 9 – Treino de Equilíbrio Dinâmico em Apoio Monopodal (Dificuldade maior) 
 
Fonte: https://gooutside-static-cdn.akamaized.net/wp-content/uploads/sites/3/2020/11/equi-
22.jpg 
 
Maior ou igual a 20 segundos - dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade, 
alto risco. 
- Paciente deve ficar de pé em cima de uma caixa ou um step (Figura 10). O mesmo deverá 
inicialmente apenas descer da caixa (como se tivesse descendo um degrau de escada), lembrando 
sempre de manter joelhos alinhados e uma boa postura. 
Caso o paciente consiga adquirir um bom equilíbrio após o treino e confiança para dificultar o nível 
do exercício, o mesmo poderá pular da caixa com os dois pés e, posteriormente com um pé só. 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
 
 
Figura 10 – Treino de Equilíbrio Dinâmico utilizando um Step 
 
Fonte: https://gooutside-static-cdn.akamaized.net/wp-content/uploads/sites/3/2020/11/equi-
3.jpg 
 
 Caso o exercício anterior seja ainda de grande dificuldade para o indivíduo, pode-se realizar 
algo mais simples, como por exemplo subir e descer na ponta dos pés (exercício de dorsiflexão e 
plantiflexão) utilizando uma cadeira de apoio. (Figura 11). 
Figura 11 – Dorsiflexão e Plantiflexão utilizando uma cadeira 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
Fonte: https://idosos.com.br/wp-content/uploads/2019/01/20190117_170819-1024x993.jpg 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly 
persons. J Am Geriatr Soc 1991;39:142-8. 
Mathias S, Nayak US, Isaacs B. Balance in elderly patients: the "get-up and go" test. Arch Phys 
Med Rehabil 1986;67:387-9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 5 - TESTE DE SENTAR E LEVANTAR. COMO REALIZA-LO COM IDOSOS? 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O movimento de sentar e levantar é considerado pré-requisito fundamental para a 
mobilidade e a independência funcional, uma vez que esse movimento faz parte de diversas 
Atividades da Vida Diária (AVD). 
 É importante deixar claro que os pacientes podem apresentar limitações funcionais quando 
a capacidade de levantar e sentar está comprometida. 
 Com isso, o Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes (TSLCV) é considerado ferramenta útil, 
coerente e com baixo custo, para avaliar a capacidade de sentar-levantar. 
 O TSLCV mede o tempo consumido para levantar-se cinco vezes, o mais rapidamente 
possível, a partir de uma posição sentada. 
 Pesquisadores descreveram seu uso como medida para força dos membros inferiores, 
controle do equilíbrio, risco de queda e capacidade para exercícios. 
 Tempos mais longos para sentar-levantar têm sido relacionados com maior risco de quedas 
recorrentes e déficits em outras AVD entre pessoas idosas que vivem na comunidade. 
 O TSLCV tem o potencial de ser ferramenta valiosa para fisioterapeutas que desejam uma 
ferramenta junto ao leito para avaliar a capacidade para sentar-levantar de pacientes idosos 
hospitalizados. 
 
2. OBJETIVOS 
- Compreender como pode-se avaliar as forças de membros inferiores através do teste de levantar 
e sentar. 
 
3. MATERIAIS 
- Cadeira; 
- Cronômetro. 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4. PROCEDIMENTOS 
 A realização do teste ocorre da seguinte maneira: o examinador solicita que o paciente que 
cruze seus braços sobre o tórax e comece sentado na cadeira; em seguida, é pedido ao indivíduo 
que se levante cinco vezes o mais rápido possível; o tempo é mensurado por um cronômetro a partir 
da palavra “inicie” ou “já” até que o idoso se sente completamente na cadeira após a quinta repetição 
(Figura 8). 
 Idosos que levarem 15 segundos ou mais para executarem os testes possuem elevada 
chance de sofrerem quedas. 
 
Figura 8 - Teste de Levantar e Sentar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santana et al., 2014 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática, leia o caso clínico e responda as questões abaixo: 
Paciente, X.L.S., mulher, 67 anos, com gonartrose bilateral, apresenta mobilidade reduzida nas 
AVDs e com redução da independência funcional. 
Apresenta dificuldade para sentar e levantar. Procurou a fisioterapia para melhorar sua qualidade 
de vida. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
Na fisioterapeuta, foi realizado o teste de levantar e sentar cinco vezes para analisar a capacidade 
de sentar e levantar, uma vez que a gonartrose pode atrapalhar essa atividade. 
Ao realizar o teste, a pacienteo realizou em 45 segundos. 
A partir disso, responda: 
- De acordo com o teste realizado, qual a chance da paciente em apresentar quedas? 
Os idosos que levam 15 segundos ou mais para executarem os testes possuem elevada chance de 
sofrerem quedas, logo, a paciente que demorou 45 segundos apresenta um alto risco de quedas. 
 
- Que abordagem fisioterapêutica pode ser realizada para minimizar a queda nesses indivíduos? 
As abordagens fisioterapêuticas que podem ser realizadas são: 
- Treino de equilíbrio estático e dinâmico 
- Fortalecimento dos músculos flexores e extensores de MMII. 
- Treino de alcance funcional para alcance à frente, auxiliando no impulso para levantar. 
O fisioterapeuta pode encaminhar o paciente para o nutricionista para evitar o ganho de peso (uma 
vez que a obesidade é um fator de risco para agravamento da artrose). 
O fisioterapeuta pode prescrever também ações domiciliares como por exemplo: evitar carregar 
pesos, evitar calçados com salto, aumentar períodos de repouso, excesso de movimentos (como 
por exemplo subir e descer escadas em demasia). 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
LORD SR, MURRAY SM, CHAPMAN K, MUNRO B, TIEDEMANN A. Sit-to-stand performance 
depends on sensation, speed, balance, and psychological status in addition to strength in older 
people. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2002;57(8):M539-43. 
 
BUATOIS S, PERRET-GUILLAUME C, GUEGUEN R, MIGET P, VANCON G, PERRIN P, et al. A 
simple clinical scale to stratify risk of recurrent falls in communitydwelling adults aged 65 years and 
older. Phys Ther. 2010;90(4):550-60. 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
JONES SE, KON SS, CANAVAN JL, PATEL MS, CLARK AL, NOLAN CM, et al. The five-repetition 
sit-to-stand test as a functional outcome measure in COPD. Thorax. 2013;68(11):1015-20. 
 
SANTANA, F. S. et al. Avaliação da capacidade funcional em pacientes com artrite reumatoide: 
implicações para a recomendação de exercícios físicos. Rev. Bras. Reumatol.,[S.l.]. v. 54, n. 5, p. 
378-85, 2014. 
 
GUCCIONE, A. A.; WONG, R. A.; AVERS, D. Fisioterapia geriátrica.3. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 6 - AVALIAÇÃO ATRAVÉS DA TINETTI – EQUILÍBRIO E MARCHA 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O Teste de Tinetti tem sido usado para avaliar o equilíbrio e as anormalidades da marcha. 
 Esse teste é realizado devido à grande propensão dos indivíduos idosos a instabilidade 
postural e a alterações de marchas, que levam a um aumento do risco de quedas (Silva et al., 2008). 
 O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas: de equilíbrio e de marcha. 
 A primeira escala (equilíbrio) possui 9 itens: equilíbrio sentado, levantar da cadeira, 
tentativas de levantar, equilíbrio em pé, equilíbrio ao girar. 
 Já a segunda escala (marcha) possui 7 itens: início da marcha, comprimento e altura dos 
passos, simetria dos passos, continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos tornozelos 
(Silva et al., 2008). 
 
2. OBJETIVOS 
- Desenvolver a técnica de avaliação de mobilidade e equilíbrio através do índice de Tinetti. 
 
3. MATERIAIS 
- Escalas de avaliação 
- Fita métrica 
- Cadeira 
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Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4. PROCEDIMENTOS 
xxxxxx 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA 7 – ESCALA DE LAWTON E BRODY 
 
4. PROCEDIMENTOS 
 O teste consiste em uma escala de 16 tarefas que são avaliadas por meio da observação 
do examinador. 
 São atribuídos pontos de 0-2 na realização das tarefas totalizando no máximo 48 pontos. 
 O valor abaixo de 19 pontos e entre 19 e 24 pontos representam respectivamente um alto e 
moderado risco de quedas. 
 Vale lembrar que nas tarefas/manobras em que é necessário o uso de uma cadeira, o 
paciente inicia a avaliação numa cadeira rígida, sem braços e costas eretas. 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática em grupo responda as seguintes questões: 
- Qual a pontuação alcançada na avaliação da marcha? 
- Qual a pontuação alcançada na avaliação do equilíbrio? 
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- Na sua opinião, quais são os pontos positivos de utilização dessa escala? 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SILVA, Andressa da et al. Equilíbrio, coordenação e agilidade de idosos submetidos à prática de 
exercícios físicos resistidos. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 14, n. 2, p. 88-93, Apr. 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
PRÁTICA 7 - ESCALAS AVALIATIVAS DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA - 
ÍNDICE DE BARTHEL E ESCALA DE LAWTON & BRODY 
1. INTRODUÇÃO 
 A escala de Lawton & Brody é conhecida como um instrumento utilizado para a avaliação 
da independência dos idosos quanto as Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e as Atividades 
Instrumentais de Vida Diária (AIVDS), respectivamente. 
 Em algumas circunstâncias, deve ser relevada a incapacidade de uma pessoa realizar 
tarefas para as quais não tenha habilidade, como cozinhar, por exemplo, prejudicando a análise de 
sua independência (Lawton, Brody, 1969). 
Já o Índice de Barthel é um instrumento amplamente usado no mundo para a avaliação da 
independência funcional e mobilidade. 
 O índice de Barthel tem o papel de avaliar dez funções: tomar banho, vestir-se, promover 
higiene, usar o vaso sanitário, transferir-se da cama para cadeira e vice-versa, manter continências 
fecal e urinária, capacidade para alimentar-se, deambular e subir e descer escadas. 
 Esse índice também permite ainda uma graduação mais ampla na classificação da 
dependência, indo desde a dependência total (0 pontos) a independência máxima (100 pontos). 
 Originalmente, foi desenvolvida para vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas 
mostrou-se muito útil na avaliação de idosos em geral (Paixão-Junior, 2005). 
 
2. OBJETIVOS 
- Analisar de maneira objetiva e minuciosa a independência do indivíduo através das duas escalas 
das atividades instrumentas de vida diária (Lawton & Brody e índice de Barthel). 
 
3. MATERIAIS 
- Papel 
- Caneta 
- Escala de Lawton & Brody 
- índice de Barthel 
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4. PROCEDIMENTOS 
ESCALA DE LAWTON E BRODY 
 Essa escala possui 9 atividades onde o sujeito é avaliado de acordo com o seu desempenho 
e/ou participação. 
 As atividades incluem o uso do telefone, fazer compras, o preparo de refeições, o trabalho 
doméstico, lavar roupa, a locomoção fora de casa, a responsabilidade com a medicação e o manejo 
do dinheiro (economia). 
 Com isso, são 9 perguntas e as respostas se dividem em 3 alternativas: sem ajuda, com 
ajuda parcial e não consegue realizar tal atividade. 
 Quando o paciente não consegue realizar determinada função a nota é 1; nos casos em que 
necessita de ajuda parcial recebe pontuação 2, e, por fim, nos casos em que não necessita ajuda, 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
recebe pontuação 3. Portanto, a pontuação máxima é 27, e a mínima é 9. Os itens são classificados 
quanto à assistência, à qualidade da execução e à iniciativa do sujeito. 
 
ÍNDICE DE BARTHEL 
ATIVIDADE “ALIMENTAÇÃO” 
 A avaliação da atividade “Alimentação” relaciona-se ao ato de dirigir a comida do prato (ou 
similar) à boca, à capacidade de usar qualquer talher, bem como comer em tempo razoável. 
 Idosos que requeriam auxílio foram classificados como “necessitando de ajuda”, e aqueles 
que não conseguiam levar a comida do prato à boca foram definidos como “dependentes”. 
 
ATIVIDADE “BANHO” 
 “Banho” refere-se aouso de chuveiro ou banheira e ao ato de se esfregar em qualquer uma 
dessas situações. 
 Foram classificados como “dependentes” todos os idosos que necessitavam de qualquer 
auxílio de outra pessoa nessa função. 
 
FUNÇÃO “VESTUÁRIO” 
 Para avaliar a função “Vestuário” considera-se o ato de pegar as roupas no armário, bem 
como o ato de se vestir. 
 Como roupas, compreendem-se roupas íntimas, roupas externas, fechos e cintos. 
 Calçar sapatos é excluído da avaliação. Idosos que precisavam de auxílio, mas que 
conseguiam realizar pelo menos a metade das tarefas em tempo razoável recebiam a designação 
“necessitando de ajuda”. 
 Se não conseguiam cumprir essa condição, eram considerados “dependentes”. 
 
ATIVIDADE “HIGIENE PESSOAL” 
 A avaliação da atividade “Higiene pessoal” relaciona-se à capacidade de lavar o rosto, as 
mãos, escovar os dentes e barbear-se sem necessitar de ajuda. 
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 Foram considerados “dependentes” os idosos que necessitavam de qualquer auxílio de 
outra pessoa em qualquer um dos casos. 
 
FUNÇÃO “ELIMINAÇÕES INTESTINAIS” 
 A função “Eliminações intestinais” refere-se à ausência de episódios de incontinência. 
 Foram considerados “continentes” os idosos que, além de não apresentarem perda 
involuntária de fezes, conseguiam fazer uso de supositórios ou enemas sozinhos, se necessário. 
 Quando necessitavam de ajuda ou aconteciam episódios ocasionais de incontinência fecal, 
a classificação era de “incontinência ocasional”. 
 
FUNÇÃO “ELIMINAÇÕES VESICAIS” 
 Na avaliação da função “Eliminações vesicais”, considera-se continente quem não apresenta 
episódios de perda involuntária de urina e é capaz de lidar sozinho com a sonda vesical. 
 Foram classificados como “incontinente ocasional” os idosos que apresentavam episódios 
esporádicos ou que não conseguiam lidar sem ajuda com sondas e outros dispositivos. 
 
FUNÇÃO “USO DO VASO SANITÁRIO” 
 A função “Uso do vaso sanitário” é avaliada pela facilidade no uso do vaso sanitário para 
excreções, assim como para arrumar as próprias roupas e limpar-se. 
 Idosos que precisavam de auxílio para manter o equilíbrio ou para se limpar receberam a 
designação “necessitando de ajuda”. Dependentes eram aqueles que recebiam auxílio direto de 
outra pessoa ou que não desempenhavam a função, bem como os que utilizavam “papagaios” ou 
“comadres”. 
 
FUNÇÃO “PASSAGEM CADEIRA-CAMA” 
 A função “Passagem cadeira-cama” é avaliada pelo movimento necessário no deslocamento 
da cama para a cadeira e vice-versa. 
 Foram classificados em “ajuda mínima” os idosos que requeriam supervisão ou apoio para 
efetuar a transferência. “Grande ajuda” era utilizada para designar os que conseguiam sentar-se, 
mas necessitavam de assistência total para a passagem. 
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 Dependentes eram os que não conseguiam sentar-se e incapazes de colaborar durante as 
transferências. Para avaliar a “Deambulação”, considera-se “independente” a pessoa capaz de 
caminhar sem ajuda por até 50 metros, ainda que com apoio de bengala, muleta, prótese ou 
andador. Em “ajuda” são classificados aqueles que podem caminhar até 50 metros, mas necessitam 
de ajuda ou supervisão. 
 
 FUNÇÃO “ESCADAS” 
 A independência na função “Escadas” diz respeito à capacidade de subir ou descer escadas 
sem ajuda ou supervisão, ainda que haja necessidade de dispositivo como muleta ou bengala, ou 
apoio no corrimão. 
 “Ajuda” refere-se à necessidade de ajuda física ou de supervisão, ao descer e subir escadas 
 
Na versão original a pontuação se caracteriza da seguinte forma: 
- 100 - Totalmente independente 
- 60 - Dependência leve 
- 35 - 55 - Dependência moderada 
- 20 - 35 - Dependência severa 
- 20 - Dependência total 
Existem versão desenvolvidas por pesquisadores que propõem uma pontuação dos itens em (0,1,2 
ou 3), obtendo um escore total da escala entre 0 (totalmente dependente) e 20 (totalmente 
independente) em oposição à versão original (0-100). 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática em dupla responda as seguintes questões: 
- Qual a pontuação alcançada com a sua dupla através da Escala de Lawton & Brody? 
- Imagine que você avaliou um paciente e que, ao realizar a escala de Lawton & Brody, a pontuação 
obtida foi 9 (ou seja, obtendo nota 1 em cada subitem). Como você descreveria esse indivíduo? 
O paciente é dependente para a realização das atividades da vida diária. 
- Como você acha que a fisioterapia pode auxilia-lo? 
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A fisioterapia pode auxiliar o paciente quanto à qualidade da execução de movimentos como treino 
de movimentos de pinça e preensão de mão/dedos e movimentos globais para membros superiores. 
 
Com que paciente você realizaria o índice de Barthel? 
Em pacientes idosos que podem apresentar dificuldades nas AVDs 
 
- Você o fisioterapeuta de uma equipe multidisciplinar e ao avaliar um paciente através do índice de 
Barthel e o mesmo apresentou a pontuação 54. Como você o classificaria? 
O paciente com pontuação 54 pode ser classificado como dependência moderada. 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Lopes, M. V. O., Araujo, M. F. M., & Moraes, G. R. (2006). Avaliação do grau de dependência 
nas actividades de vida diária em idosos da cidade de Fortaleza – Ceará. Acta Paulista Enfermagem 
[On line], 19 (2), 201-206. 
 
MINOSSO, Jéssica Sponton Moura; AMENDOLA, Fernanda; ALVARENGA, Márcia Regina 
Martins and OLIVEIRA, Maria Amélia de Campos. Validação, no Brasil, do Índice de Barthel em 
idosos atendidos em ambulatórios. Acta paul. enferm. [online]. 2010, vol.23, n.2 
 
Sequeira, C. (2007). Cuidar de idosos dependentes. Coimbra: Quarteto Editora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÁTICA 8 - AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO EM IDOSOS - ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A criação da Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) ocorreu em 1992 por Katherine Berg com 
intuito de mensurar a estabilidade em pessoas acima de 60 anos que apresentam dificuldades no 
equilíbrio, como por exemplos indivíduos com labirintite ou com patologias neurodegenerativas, 
como a Doença de Parkinson e a Ataxia Espinocerebelar. 
 É um instrumento confiável para ser usado na análise do equilíbrio dos pacientes idosos, 
tendo sua adaptação e tradução para língua portuguesa por Miyamoto em sua dissertação de 
mestrado. 
 A EEB tem a finalidade de mensurar o equilíbrio estático e dinâmico. Entretanto, abre outros 
leques descritivos como determinar um fator de risco para quedas de idosos, consequentemente o 
equilíbrio funcional. 
 É também muito utilizada em pesquisas e clínicas para expor a estabilidade do indivíduo 
 A EEB é capacitada para prever a probabilidade de ocorrências de quedas através das 
tarefas existentes no respectivo teste, entretanto, é analisado tanto a forma como é realizada a 
tarefa como o tempo para realizá-la. 
 Os elementos dos testes são movimentos comuns nas AVD’S, indicando o equilíbrio do 
sujeito ao realizar as atividades motoras. 
 
2. OBJETIVOS 
- Compreender como a EEB pode auxiliar em uma avaliação minuciosa e precisa do equilíbrio 
estático e dinâmico do indivíduo idoso. 
 
3. MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
- Escala de Equilíbrio de BERG; 
- Caneta; 
- Cadeira com braço e com apoio; 
- Cadeira sem braço e com apoio. 
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Escala de equilíbrio funcional de Berg - Versão Brasileira 
Descrição do item ESCORE (0-4) 
1 . Posição sentada para posição em pé _____ 
2 . Permanecer em pé sem apoio _____ 
3 . Permanecer sentado sem apoio _____ 
4 . Posição em pé para posição sentada _____ 
5 . Transferências _____ 
6 . Permanecer em pé com os olhos fechados _____ 
7 . Permanecerem pé com os pés juntos _____ 
8 . Alcançar a frente com os braços estendidos _____ 
9 . Pegar um objeto do chão _____ 
10. Virar-se para olhar para trás _____ 
11. Girar 360 graus _____ 
12. Posicionar os pés alternadamente no degrau_____ 
13. Permanecer em pé com um pé à frente _____ 
14. Permanecer em pé sobre um pé _____ 
Total _____ 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
Instruções gerais 
Por favor, demonstrar cada tarefa e/ou dar as instruções como estão descritas. Ao pontuar, 
registrar a categoria de resposta mais baixa, que se aplica a cada item. Na maioria dos itens, pede-
se ao paciente para manter uma determinada posição durante um tempo específico. 
Progressivamente mais pontos são deduzidos, se o tempo ou a distância não forem atingidos, se o 
paciente precisar de supervisão (o examinador necessita ficar bem próximo do paciente) ou fizer 
uso de apoio externo ou receber ajuda do examinador. Os pacientes devem entender que eles 
precisam manter o equilíbrio enquanto realizam as tarefas. As escolhas sobre qual perna ficar em 
pé ou qual distância alcançar ficarão a critério do paciente. Um julgamento pobre irá influenciar 
adversamente o desempenho e o escore do paciente. Os equipamentos necessários para realizar 
os testes são um cronômetro ou um relógio com ponteiro de segundos e uma régua ou outro 
indicador de: 5; 12,5 e 25 cm. As cadeiras utilizadas para o teste devem ter uma altura adequada. 
Um banquinho ou uma escada (com degraus de altura padrão) podem ser usados para o item 12. 
 
1. Posição sentada para posição em pé 
Instruções: Por favor, levante-se. Tente não usar suas mãos para se apoiar. 
( ) 4 capaz de levantar-se sem utilizar as mãos e estabilizar-se independentemente 
( ) 3 capaz de levantar-se independentemente utilizando as mãos 
( ) 2 capaz de levantar-se utilizando as mãos após diversas tentativas 
( ) 1 necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se 
( ) 0 necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
2. Permanecer em pé sem apoio 
Instruções: Por favor, fique em pé por 2 minutos sem se apoiar. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé com segurança por 2 minutos 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 2 minutos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
( ) 1 necessita de várias tentativas para permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
( ) 0 incapaz de permanecer em pé por 30 segundos sem apoio 
Se o paciente for capaz de permanecer em pé por 2 minutos sem apoio, dê o número total de pontos 
para o item 
No. 3. Continue com o item No. 4. 
 
3. Permanecer sentado sem apoio nas costas, mas com os pés apoiados no chão ou num 
banquinho 
Instruções: Por favor, fique sentado sem apoiar as costas com os braços cruzados por 2 minutos. 
( ) 4 capaz de permanecer sentado com segurança e com firmeza por 2 minutos 
( ) 3 capaz de permanecer sentado por 2 minutos sob supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer sentado por 30 segundos 
( ) 1 capaz de permanecer sentado por 10 segundos 
( ) 0 incapaz de permanecer sentado sem apoio durante 10 segundos 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4. Posição em pé para posição sentada 
Instruções: Por favor, sente-se. 
( ) 4 senta-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 controla a descida utilizando as mãos 
( ) 2 utiliza a parte posterior das pernas contra a cadeira para controlar a descida 
( ) 1 senta-se independentemente, mas tem descida sem controle 
( ) 0 necessita de ajuda para sentar-se 
 
5. Transferências 
Instruções: Arrume as cadeiras perpendicularmente ou uma de frente para a outra para uma 
transferência em pivô. Peça ao paciente para transferir-se de uma cadeira com apoio de braço para 
uma cadeira sem apoio de braço, e vice-versa. Você poderá utilizar duas cadeiras (uma com e outra 
sem apoio de braço) ou uma cama e uma cadeira. 
( ) 4 capaz de transferir-se com segurança com uso mínimo das mãos 
( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com o uso das mãos 
( ) 2 capaz de transferir-se seguindo orientações verbais e/ou supervisão 
( ) 1 necessita de uma pessoa para ajudar 
( ) 0 necessita de duas pessoas para ajudar ou supervisionar para realizar a tarefa com segurança 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
6. Permanecer em pé sem apoio com os olhos fechados 
Instruções: Por favor, fique em pé e feche os olhos por 10 segundos. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com segurança 
( ) 3 capaz de permanecer em pé por 10 segundos com supervisão 
( ) 2 capaz de permanecer em pé por 3 segundos 
( ) 1 incapaz de permanecer com os olhos fechados durante 3 segundos, mas mantém-se em pé 
( ) 0 necessita de ajuda para não cair 
 
7. Permanecer em pé sem apoio com os pés juntos 
Instruções: Junte seus pés e fique em pé sem se apoiar. 
( ) 4 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com 
segurança 
( ) 3 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 1 minuto com 
supervisão 
( ) 2 capaz de posicionar os pés juntos independentemente e permanecer por 30 segundos 
( ) 1 necessita de ajuda para posicionar-se, mas é capaz de permanecer com os pés juntos durante 
15 segundos 
( ) 0 necessita de ajuda para posicionar-se e é incapaz de permanecer nessa posição por 15 
segundos 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
8. Alcançar a frente com o braço estendido permanecendo em pé 
Instruções: Levante o braço a 90º. Estique os dedos e tente alcançar a frente o mais longe possível. 
(O examinador posiciona a régua no fim da ponta dos dedos quando o braço estiver a 90º. Ao serem 
esticados para frente, os dedos não devem tocar a régua. A medida a ser registrada é a distância 
que os dedos conseguem alcançar quando o paciente se inclina para frente o máximo que ele 
consegue. Quando possível, peça ao paciente para usar ambos os braços para evitar rotação do 
tronco). 
( ) 4 pode avançar à frente mais que 25 cm com segurança 
( ) 3 pode avançar à frente mais que 12,5 cm com segurança 
( ) 2 pode avançar à frente mais que 5 cm com segurança 
( ) 1 pode avançar à frente, mas necessita de supervisão 
( ) 0 perde o equilíbrio na tentativa, ou necessita de apoio externo. 
 
9. Pegar um objeto do chão a partir de uma posição em pé 
Instruções: Pegue o sapato/chinelo que está na frente dos seus pés. 
( ) 4 capaz de pegar o chinelo com facilidade e segurança 
( ) 3 capaz de pegar o chinelo, mas necessita de supervisão 
( ) 2 incapaz de pegá-lo, mas se estica até ficar a 2-5 cm do chinelo e mantém o equilíbrio 
independentemente 
( ) 1 incapaz de pegá-lo, necessitando de supervisão enquanto está tentando 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
10. Virar-se e olhar para trás por cima dos ombros direito e esquerdo enquanto permanece 
em pé 
Instruções: Vire-se para olhar diretamente atrás de você por cima do seu ombro esquerdo sem tirar 
os pés do chão. Faça o mesmo por cima do ombro direito. (O examinador poderá pegar um objeto 
e posicioná-lo diretamente atrás do paciente para estimular o movimento) 
( ) 4 olha para trás de ambos os lados com uma boa distribuição do peso 
( ) 3 olha para trás somente de um lado, o lado contrário demonstra menor distribuição do peso 
( ) 2 vira somente para os lados, mas mantém o equilíbrio 
( ) 1 necessita de supervisão para virar 
( ) 0 necessita de ajuda para não perder o equilíbrio ou cair 
 
11. Girar 360 graus 
Instruções: Gire-se completamente ao redor de si mesmo. Pausa. Gire-se completamente ao redor 
de si mesmo em sentido contrário. 
( ) 4 capaz de girar 360 graus com segurança em 4 segundos ou menos 
( ) 3capaz de girar 360 graus com segurança somente para um lado em 4 segundos ou menos 
( ) 2 capaz de girar 360 graus com segurança, mas lentamente 
( ) 1 necessita de supervisão próxima ou orientações verbais 
( ) 0 necessita de ajuda enquanto gira 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
12. Posicionar os pés alternadamente no degrau ou banquinho enquanto permanece em pé 
sem apoio 
Instruções: Toque cada pé alternadamente no degrau/banquinho. Continue até que cada pé tenha 
tocado o degrau/banquinho quatro vezes. 
( ) 4 capaz de permanecer em pé independentemente e com segurança, completando 8 movimentos 
em 20 segundos 
( ) 3 capaz de permanecer em pé independentemente e completar 8 movimentos em mais que 20 
segundos 
( ) 2 capaz de completar 4 movimentos sem ajuda 
( ) 1 capaz de completar mais que 2 movimentos com o mínimo de ajuda 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair 
 
13. Permanecer em pé sem apoio com um pé à frente 
Instruções: (demonstre para o paciente) Coloque um pé diretamente à frente do outro na mesma 
linha; 
se você achar que não irá conseguir, coloque o pé um pouco mais à frente do outro pé e levemente 
para o lado. 
( ) 4 capaz de colocar um pé imediatamente à frente do outro, independentemente, e permanecer 
por 30 segundos 
( ) 3 capaz de colocar um pé um pouco mais à frente do outro e levemente para o lado, 
independentemente e permanecer por 30 segundos 
( ) 2 capaz de dar um pequeno passo, independentemente, e permanecer por 30 segundos 
( ) 1 necessita de ajuda para dar o passo, porém permanece por 15 segundos 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
( ) 0 perde o equilíbrio ao tentar dar um passo ou ficar de pé 
 
14. Permanecer em pé sobre uma perna 
Instruções: Fique em pé sobre uma perna o máximo que você puder sem se segurar. 
( ) 4 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais q 10 segundos 
( ) 3 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por 5-10 segundos 
( ) 2 capaz de levantar uma perna independentemente e permanecer por mais que 3 segundos 
( ) 1 tenta levantar uma perna, mas é incapaz de permanecer por 3 segundos, embora permaneça 
em pé independentemente 
( ) 0 incapaz de tentar, ou necessita de ajuda para não cair 
( ) Escore total (Máximo = 56) 
 Cada ponto a menos na escala corresponde a um aumento do risco de quedas; entre os 
escores 56 a 54, cada ponto a menos é associado a um aumento de 3 a 4% no risco de quedas; 
entre 54 e 46, a um aumento de 6 a 8% de chances, sendo que abaixo de 36 pontos o risco de 
quedas é de quase 100%. 
 A pontuação final é totalmente definida através de 3 fatores: 
1. O tempo em que uma posição pode ser mantida; 
2. A distância em que o membro superior é habilitado para alcançar a frente do corpo e; 
3.O tempo para completar a tarefa. 
 As 14 tarefas devem ser demonstradas ao paciente, além de orientações quanto á 
vestimenta, sapatos e uso de quaisquer órteses. 
 O paciente precisa estar ciente que a finalidade das tarefas é preservar o equilíbrio. O risco 
de quedas aumenta à medida que os escores vão diminuindo. Entretanto a escala tem melhor 
capacidade discriminatória para identificar indivíduos os quais sofrem quedas recorrentes do que 
aqueles que caem uma vez só. Os idosos com uma pontuação total da escala menor que 40 
demonstram um aumento no risco de quedas 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática em grupo responda as seguintes questões: 
- Qual a pontuação alcançada na escala de BERG com seu amigo? 
- Imagine o seguinte caso clínico: 
Paciente, X.L.S, 67 anos, sexo feminino, apresenta ataxia espinocerebelar (ataxia de Machado 
Joseph) e com isso, a principal característica que apresenta é déficit de equilíbrio. 
A paciente, para se manter de pé, necessita manter pernas afastadas, caracterizando base 
alargada, marcha ebriosa e também um desequilíbrio ao realizar a marcha tandem (um pé na frente 
do outro). 
Você, como fisioterapeuta, realizou a escala de BERG com essa paciente na qual a mesma obteve 
uma pontuação de 45 pontos. 
De acordo com seus conhecimentos, ela apresenta risco de quedas moderado? Grave? 
A paciente que obtém uma pontuação de 45 na EEB apresentam um risco de quedas moderado. 
 
- Cite uma conduta fisioterapêutica você faria com essa paciente? 
Uma conduta que pode ser realizado com a paciente é a seguinte: 
O terapeuta cria um percurso com obstáculos que desafiem o equilíbrio da paciente, como por 
exemplo: pistas visuais, cones para que o paciente contorne, obstáculos para que a paciente desvie 
e também linhas traçadas no chão para que a paciente deambule com a marcha tandem (um pé na 
frente do outro). 
Com o passar do tempo, o terapeuta pode aumentar o nível de dificuldade cronometrando o tempo 
ou pedindo para que a paciente, ao realizar o percurso, segure uma bandeja com um copo. 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MIYAMOTO, S.T. et al . Brazilian version of the Berg balance scale. Braz J Med Biol Res, Ribeirão 
Preto, v. 37, n. 9, p. 1411-142, Sept. 2004 
 
BERG K, Wood-Dauphinée S, Williams JI & Gayton D (1989). Measuring balance in the elderly: 
preliminary development of an instrument. Physiotherapy Canada, 41: 304-311. 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
SHUMWAY-COOK A & HORAK FB (1986). Assessing the influence of sensory interaction on 
balance. Physical Therapy, 66: 1548-1550. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
PRÁTICA 9 - TREINO DE EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO PARA IDOSOS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 As quedas constituem um problema de saúde pública devido à alta taxa de suas mortalidade 
e morbidade resultante das consequências, assim como pelos elevados custos econômicos 
implicados. 
 As quedas ocorrem devido à perda de equilíbrio postural e tanto podem ser decorrentes de 
problemas primários do sistema osteomioarticular e/ ou neurológico quanto de uma condição clínica 
adversa que afete secundariamente os mecanismos do equilíbrio e da estabilidade. 
 O equilíbrio é um processo complexo que depende da integração da visão, da sensação 
vestibular e periférica, dos comandos centrais e das respostas neuromusculares e, particularmente, 
da força muscular e do tempo de reação. 
 Para evitar que o indivíduo caia no chão em virtude da gravidade, o controle postural 
assegura que os músculos apropriados sejam contraídos para suportar o corpo na posição ereta. 
 A coordenação é a interação harmoniosa e econômica do sistema musculoesquelético, do 
sistema nervoso e do sistema sensorial com o intuito de produzir ações motoras precisas e 
equilibradas. 
 As necessidades de equilíbrio e coordenação motora são fundamentais, sendo 
consideradas básicas para manter uma postura e realizar as múltiplas tarefas do dia a dia. 
 Dessa forma, a implementação de um programa de exercícios físicos que melhore a 
coordenação, a força muscular e o equilíbrio, orientado de forma individualizada por profissional 
capacitado, é capaz de reduzir o risco de quedas. 
 Esse tipo de intervenção também se revelou eficaz na prevenção de lesões provocadas por 
quedas em idosas institucionalizadas e em idosos mais frágeis, com déficit de força muscular e de 
equilíbrio. 
 
 
 
 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
2. OBJETIVOS 
- Compreender os principais exercícios voltados para treino de equilíbrio e marcha para pacientes 
idosos. 
 
3. MATERIAIS 
- Colchonete 
- Mini trampolim 
- Fita para demarcar o chão 
 
4. PROCEDIMENTOS 
4.1 Marcha em TANDEM 
- Solicitar que o paciente realize a marcha com um pé na frente do outro. 
 
Figura 9 - Marcha em Tandem 
 
Fonte: https://bit.ly/3lkIuFfManual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4.2 Apoio Monopodal 
- Solicitar que o paciente se apresente na postura ortostática, retirando apenas um pé do chão 
(Figura 10). 
- Caso o fisioterapeuta queira aumentar a dificuldade (trabalhando equilíbrio), poderá colocar o 
paciente em uma superfície instável. 
Figura 10 - Apoio Monopodal 
 
Fonte: https://bit.ly/2IshchZ 
 
4.3 Marcha Lateral 
- Solicitar que o paciente se apresente na postura ortostática e o fisioterapeuta irá estimular a 
marcha lateral. 
- Para aumentar o nível de dificuldade o fisioterapeuta poderá colocar um teraband ao redor dos 
membros inferiores do paciente (Figura 11). 
- Uma progressão desse exercício pode ser através da utilização de um solo instável (em cima de 
um colchonete ou em um jardim sensorial, por exemplo). 
 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
Figura 11 - Marcha Lateral 
 
Fonte: https://bit.ly/2IshchZ 
4.4 Marcha com Obstáculos 
Nesse tipo de abordagem, o fisioterapeuta irá montar um percurso de obstáculos utilizando objetos 
como steps, cones, bastões, rolos e pistas visuais em geral para que o paciente possa desafiar seu 
equilíbrio e com isso tenha uma melhora efetiva, não só do equilíbrio como também da marcha 
(Figura 12). 
 
Figura 12 – Marcha com Percurso 
 
Fonte: https://bityli.com/uazbh 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática em dupla responda as seguintes questões: 
- Dentre os exercícios citados anteriormente, qual foi o que mais apresentou dificuldade? 
Dentre os exercícios realizados anteriormente, o que o paciente pode apresentar mais dificuldade 
é o exercício de marcha com percurso, uma vez que esse exercício pode ser realizado com dupla 
tarefa (por exemplo: paciente realizando o percurso e ao mesmo tempo citando nome de mulheres 
com uma determinada letra do alfabeto; ou realizando cálculos mentais). 
 
- Em que pacientes podem ser utilizados esses exercícios? 
Esses exercícios podem ser utilizados principalmente em pacientes que apresentam déficit de 
equilíbrio e em paciente que apresentam dificuldades na deambulação (como por exemplo 
pacientes com ataxia espinocerebelar, pacientes com Doença de Parkinson (esses se beneficiam 
muito dos exercícios com percursos e dupla tarefa), pacientes com Doença de Alzheimer, Acidente 
Vascular Encefálico, Esclerose Múltipla entre outras patologias que afetem a marcha e o equilíbrio. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
NASCIMENTO, Lilian Cristina Gomes do; PATRIZZI, Lislei Jorge and OLIVEIRA, Carla Cristina 
Esteves Silva. Efeito de quatro semanas de treinamento proprioceptivo no equilíbrio postural de 
idosos. Fisioter. mov. [online]. 2012, vol.25, n.2 
 
Souza ACS, Paiva PB, Guth VJ, Martins AC, Santos GM, Mazo GZ. O efeito do treinamento 
sensório-motor no equilíbrio de idosas. Rev Digital Buenos Aires. 2009 
 
Zambaldi PA, Costa TABN, Diniz GCLM, Scalzo PL. Efeito de um treinamento de equilíbrio em um 
grupo de mulheres idosas da comunidade: estudo piloto de uma abordagem específica, não 
sistematizada e breve. Acta Fisiatr. 2007;14(1):17-24. 
Andrade CH, Santos JCV, Corso SD. Avaliação do equilíbrio funcional de idosas institucionalizadas 
por meio da escala de Berg e do test timed up and go. Ter Man. 2010;8(36):121-5. 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
PRÁTICA 10 - POSICIONAMENTO DE DECÚBITOS NO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO 
NO LEITO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como Acidente Vascular 
Encefálico (AVE), ou ainda, popularmente como “derrame” se caracteriza principalmente 
pela perda de função neurológica, decorrente de uma interrupção do fornecimento de 
oxigênio e sangue numa parte do cérebro. 
 Ele é causado por um entupimento ou rompimento de um vaso sanguíneo, o AVE 
isquêmico e o AVE hemorrágico respectivamente. 
 Logo após o AVE, a pessoa fica com uma fraqueza muscular, não conseguindo 
movimentar o lado do corpo acometido, também chamado de fase flácida. Os músculos 
responsáveis por sustentar o ombro enfraquecem, fazendo com que o braço se desloque 
inferiormente, gerando muita dor, edema, e com comprometimento da vascularização. Já 
na parte inferior do lado do corpo acometido também há fraqueza e flacidez. 
 
2. OBJETIVOS 
- Realizar o posicionamento ideal dos pacientes no leito pós-AVE. 
 
3. MATERIAIS 
- Cama, tatame ou maca. 
- Rolos. 
- Travesseiros. 
 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
4. PROCEDIMENTOS 
 
4.1 Orientações Importantes 
 Antes de tudo, vale a pena lembrar algumas coisas importantes: 
- O paciente deve permanecer no máximo 2 horas na mesma posição para evitar escaras 
(úlceras de decúbito). 
- O tamanho de travesseiro deve ser adequado, posicionando completamente entre o 
espaço da cabeça e do colchão. 
- Os lençóis da cama devem ser trocados frequentemente, devem estar sempre secos e 
esticados, pois isto pode aumentar a pressão na pele e associado ao suor da pessoa pode 
deixar a pele frágil e suscetível a lesões por pressão. 
- Quando a alimentação for realizada no leito, posicionar a pessoa sentada recostada com 
travesseiros ou almofadas para não realizar engasgos. 
 
4.2 Posicionamento - Decúbito Dorsal 
Neste posicionamento, o terapeuta deve procurar apoiar o braço acometido de forma que 
a palma da mão fique virada para cima (de acordo com a posição anatômica), com cotovelo 
e dedos em extensão (Figura 13). 
Vale lembrar que nada deve ser apoiado sobre a mão, pois isto gera estímulo constante na 
superfície palmar que poderá estimular a palma da mão a se contrair e “fechar”. 
Para as pernas, o terapeuta deve apoiar a coxa do paciente sob um travesseiro, de modo 
que o quadril e joelho fiquem o mais flexionado possível. 
Já para o tornozelo pode-se fazer um rolinho com toalha e colocar em baixo do calcanhar. 
 
Figura 13 - Posicionamento em Decúbito Dorsal 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
Fonte: https://bit.ly/3wvhd93 
 
4.3 Posicionamento - Decúbito Lateral 
 Neste posicionamento, ao deitar o paciente em decúbito lateral parte acometida voltado para 
cima, deve-se posicionar o braço da seguinte maneira: estender o braço por cima do travesseiro e 
a palma da mão virada para cima, a fim de evitar o padrão de rigidez muscular que irá se instalar 
(Figura 14). 
 A perna afetada fica à frente do corpo, flexionada e apoiada sobre um travesseiro. A perna 
em contato com a cama deve ficar em extensão e joelho levemente flexionado. 
 
Figura 14 - Posicionamento em Decúbito Lateral 
 
Fonte: https://bit.ly/3wvhd93 
https://bit.ly/3wvhd93
https://bit.ly/3wvhd93
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde do Idoso 
 
4.4 Posicionamento - Passando de deitado para sentado 
 Para que o lado acometido do paciente seja sempre estimulado, é importante que ele se 
levante sempre sobre o lado demonstrado na figura (Figura 19). 
 Com o paciente posicionado em decúbito lateral, leve os membros inferiores do mesmo para 
fora da cama e, com auxílio do lado NÃO afetado, solicite que o indivíduo faça o apoio (como visto 
na figura) e se empurre para que consiga se posicionar na posição sentada. 
 O terapeuta o auxilia no apoio final e necessita de uma atenção redobrada, pois o paciente 
pode apresentar tonturas e até mesmo desequilíbrio de tronco. 
 
Figura 19 - Passando de deitado para sentado 
 
Fonte: encurtador.com.br/eptvI 
 
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 Após a realização da prática em dupla responda as seguintes questões: 
- Dentre os posicionamentos citados anteriormente, qual foi o que mais apresentou dificuldade? 
Porque? 
 
- Em que pacientes podem ser utilizados esses posicionamentos? 
Manual de Práticas da Disciplina de Fisioterapia na Saúde doIdoso 
Esses posicionamentos podem ser realizados principalmente na fase aguda dos pacientes que 
sofreram um acidente vascular encefálico. 
Lembrando que a fase aguda pode durar de semanas, meses ou até mesmo anos, dependendo da 
região acometida pelo AVE. 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CHAVES, Márcia L. F.. Acidente vascular encefálico: conceituação e fatores de risco. Rev Bras 
Hipertens Vol, Porto Alegre, RS, v. 7, n. 4, p.373-382, out. 2000. 
 
LAURIE LUNDY-EKMAN. Neurociência – Fundamentos para a reabilitação, 2000

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