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F9-Capacitacao-de-agentes-culturais-compactado

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EDITAIS 
(PATROCÍNIO EMPRESARIAL)
M
Ó
D
U
LO
 3
CAPACITAÇÃO DE 
AGENTES CULTURAIS
ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO
9
ESSA P
UBLICA
ÇÃO
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COME
RCIALI
ZADA
GRATU
ITA
APRESENTAÇÃO
Este fascículo tem como objetivo possibilitar a você uma vantagem competitiva na participação de editais empresariais, por meio da apresentação de estudos e práticas de referência na área, a partir de 
experiências reunidas em 15 anos de carreira em captação 
de recursos, tanto em renomadas instituições de cultura do 
Brasil quanto em pequenas iniciativas regionais. 
Inicialmente, apresentaremos a estrutura básica desses 
editais e você saberá o porquê que as instituições têm utili-
zado de forma crescente essa ferramenta para seus chama-
mentos de investimento social e patrocínio. 
Saiba que, em pesquisa recente realizada pela startup 
Prosas, principal plataforma de gestão de editais do Bra-
sil, a área de cultura e artes foi o foco de 64,2% dos 1.675 
editais mapeados em 2019.
Compreendendo esse cenário, proporemos uma visão 
mais profunda dos arquivos e materiais que compõem os 
editais, procurando estabelecer uma participação estraté-
gica e assertiva por parte dos proponentes.
Depois dessa primeira abordagem, você poderá ter 
acesso a dicas para estruturar a elaboração de seu pro-
jeto, a partir de informações e pesquisas realizadas com 
alguns dos maiores investidores do país, que indicaram 
boas práticas, conteúdos imprescindíveis e os erros mais 
comuns cometidos em preenchimento de editais. Esse 
conteúdo também trará como base a experiência adquiri-
da na prática da elaboração de projetos para leis de incen-
tivo, criação de materiais comerciais e participação em 
concorrências públicas.
Para fortalecer o seu potencial de êxito nos editais que 
irá participar, você verá também modelos de contraparti-
das e como estruturá-las de uma forma interessante, pro-
curando, além de demonstrar a qualidade técnica e artís-
tica do seu projeto, as oportunidades que ele oferece em 
termos de comunicação e marketing.
PARA 
CURIOSOS
Confira dados 
completos da referida 
pesquisa em www.
editaisbrasil.com
130 
Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
1
O QUE É 
UM EDITAL?
Na sua forma básica, o edital é um chamamento público em que uma instituição apresenta de forma democrática seus crité-
rios de seleção de projetos a serem inves-
tidos/ patrocinados. 
Os interessados enviam propostas se-
guindo esses critérios, que são avaliadas 
por um comitê de aprovação, na gran-
de maioria híbrido, composto por áreas 
de interesse da instituição e consultores 
externos com notório saber na temática 
principal do edital. O comitê pontua e 
escolhe os projetos de acordo com cro-
nograma e condições pré-estabelecidas 
no regulamento.
Parece simples, não? Para ter uma 
visão mais ampla e poder suportar tanto 
as empresas interessadas em utilizar esse 
mecanismo quanto os proponentes que 
pretendem ter êxito nesses editais, Lárcio 
Benedetti, autor de Editais de Patrocínio 
Empresarial, realizou uma rica pesquisa 
que envolveu alguns dos maiores investi-
dores de cultura do país, além de produ-
tores e gestores culturais.
A partir desse estudo, serão subsidia-
das informações sobre como as empresas 
e instituições chegam ao mecanismo do 
edital como uma forma estratégica de 
encontrar projetos que façam sentido 
com seus valores e atendam suas ex-
pectativas de posicionamento. Enten-
dendo como a empresa se organiza, você 
terá mais facilidade para destacar no seu 
projeto o que há de mais relevante, am-
pliando as oportunidades de sinergia do 
seu projeto com o que está sendo propos-
to por meio do edital. 
Mas não faça, como outros, que for-
çam para caber no edital um projeto 
que não atende aos seus critérios bá-
sicos de seleção. Falaremos mais sobre 
isso no decorrer do conteúdo.
131 
EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
2
ENTENDENDO COMO AS 
EMPRESAS ESTRUTURAM 
SEU EDITAIS
Para ilustrar cada uma das eta-pas que as empresas costumam seguir para chegar à estrutura-ção de um edital, faremos uma 
alusão à figura da matrioska, um conhe-
cido brinquedo artesanal tradicional da 
Rússia, que reúne uma série de bonecas 
de tamanhos variados colocadas uma 
dentro das outras. 
Primeira Camada
Na primeira etapa, a empresa se de-
bruça sobre seu papel como patrocina-
dor, entendendo em qual estágio se en-
contra: beneficente, reativo ou ativo. 
Esses estágios têm relação direta com a 
maturidade do processo de patrocínio 
dentro da empresa, representando uma 
sequência evolutiva.
Fonte Ilustrações: Livro Editais de Patrocínio Empresarial. SESI-SP Editora, 2014
 • No estágio beneficente: as decisões são 
tomadas primordialmente por gosto pes-
soal e o investimento é feito de forma des-
vinculada do negócio. Ações com objeti-
vos filantrópicos são mais comuns nesse 
estágio e não há intenção de visibilidade.
 • No estágio reativo: os projetos são sele-
cionados mediante a oferta e os critérios de 
escolha passam a ser adequação à marca 
e as contrapartidas que são oferecidas. 
As ações focam em objetivos táticos de re-
lacionamento, reforço da imagem e há 
intenção de visibilidade da marca pelo 
projeto apoiado.
 • No estágio ativo: a orientação de esco-
lha dos projetos é por estratégia e política 
de patrocínio, havendo uma integração às 
ferramentas de comunicação da empresa. 
As ações têm objetivos estratégicos e são 
criadas de acordo com o posicionamento 
da marca, sendo a visibilidade um compro-
misso tanto do projeto apoiado quanto do 
programa de patrocínio da própria empresa.
É importante compreender esses 
estágios de patrocínio empresarial, pois 
é no momento do patrocínio ativo onde 
normalmente as empresas optam pelo 
chamamento público por meio dos edi-
tais. Dessa forma, cada um de vocês irá 
compreender, entre as empresas que 
buscam, em qual estágio de patrocínio 
ela se encontra no momento.
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Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
3
Segunda Camada
Na segunda etapa, a empresa traça sua 
estratégia de patrocínio, ou seja, forma-
liza um documento para uso interno e 
para balizar todas as áreas envolvidas no 
processo, apontando os objetivos corpo-
rativos ou de marca que serão alcançados 
por meio do patrocínio.
Aqui, vale destacar os três principais 
objetivos apontados pelas empresas: 
1º Objetivo: Engajamento
A empresa procura estabelecer relacio-
namento com governo local, ter uma influ-
ência junto a investidores, motivação para 
funcionários, relacionamento com a comu-
nidade, cidadania corporativa, alianças de 
copatrocínio e gestão de reputação.
Exemplo: empresas com contratos 
junto a governos, concessões, geralmen-
te estabelecem sua política de patrocínio 
vinculada a engajamento. Um exemplo de 
projeto que atrai esse perfil de investimen-
to é a Banda Sinfônica de Barra Mansa, um 
projeto da Prefeitura que já contou com 
o patrocínio da Light, Concessionária de 
Energia do Estado do Rio de Janeiro, Ins-
tituto Votorantim e Grupo CCR, todas que 
buscam claramente estabelecer um bom 
relacionamento com o governo e a manu-
tenção de uma boa reputação na cidade.
2º Objetivo: Marca
Associação, percepção, preferência, 
relevância, consideração, experimenta-
ção e lealdade.
Exemplo: o Banco Itaú tem um histó-
rico de patrocínio em que busca associar 
sua marca a projetos que tragam a per-
cepção de sua imagem unida a paixões 
nacionais e regionais, como a seleção 
brasileira, o Carnaval de Salvador, o Fes-
tival de Teatro de Curitiba e o Festival de 
Dança de Joinville. 
3º Objetivo: Comercial
Aumento de vendas, plataforma para 
promoções, construção de banco de da-
dos, programa de fidelização, incentivo 
para a cadeia de suprimentos, oportuni-
dade de venda direta, mídia alternativa e 
penetração em um novo mercado.
Exemplo: Patrocínio da Nestlé a uma 
turnê de 50 anos do Roberto Carlos por 
cidades do interior do Brasil. Esses shows 
foram realizados em estádios de futebol 
de municípios onde a Nestlé tinhabaixa 
penetração comercial e os ingressos para 
os shows eram vendidos nos mercados 
das cidades, em que era necessária a tro-
ca de embalagens Nestlé mais um valor 
simbólico para a aquisição dos ingressos, 
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EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
fazendo com que os mercados quisessem 
rapidamente ampliar seus estoques de 
produtos Nestlé.
Mediante o reconhecimento desses que 
são os principais objetivos de marca dos 
patrocinadores, você poderá fazer um 
exercício para entender quais deles seu 
projeto atende com mais propriedade, 
procurando reforçar esse seu diferencial 
desde a etapa de planejamento/elabora-
ção até a estruturação do plano de cotas e 
contrapartidas, pontos que logo mais serão 
abordados com mais profundidade. 
Terceira Camada
Na terceira etapa, a empresa estabele-
ce a política de patrocínio, um desdobra-
mento em termos práticos e gerenciais das 
estratégias e objetivos definidos. Em com-
paração com a segunda etapa, a diferença 
é que dessa vez o documento é idealizado 
para ser divulgado externamente, tendo 
como principais componentes: histórico e 
visão de patrocínio da empresa, conceitos 
e focos, públicos de interesse, abrangên-
cia geográfica, formas de seleção, critérios 
de escolha, nível de exclusividade, valo-
res, restrições, contrapartidas e formas de 
acompanhamento.
É importante que você saiba como é es-
truturada uma política de patrocínio, quais 
as informações que normalmente com-
põem este documento, sendo um conteú-
do fundamental de ser pesquisado, pois é 
por meio dele que você poderá avaliar se 
o seu projeto está alinhado às diretrizes 
de investimento da empresa e se vale a 
pena seguir prospectando uma possível 
parceria. Este documento normalmente é 
publicado no site da empresa e nas plata-
formas de chamamento público.
Quarta Camada
Na quarta etapa, a empresa avalia quais 
serão as formas de seleção dos projetos. 
No mercado existem quatro princi-
pais formas: 
 • Projeto próprio: criação de projeto pró-
prio ou aquisição de um projeto (exemplo: 
abertura de um Instituto/Fundação).
 • Escolha direta: recebimento e seleção 
perante oferta.
 • Seleção dirigida: não há um canal ofi-
cial aberto para recebimento de propos-
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Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
tas, porém, a equipe responsável vai a mercado 
buscar projetos que se enquadrem aos interesses e 
objetivos da empresa.
 • Seleção pública (edital): processo aberto a todos 
os interessados. 
As pesquisas indicam que a maioria das empre-
sas não se utiliza de uma única forma de seleção. 
Por isso, vale a pena conhecer quais são utilizadas, 
pois seu projeto pode não caber nas diretrizes do 
edital, mas pode ter potencial de ser recebido 
por outras vias. 
Quinta Camada
Quando a empresa chega a quinta e última eta-
pa é que se dá a opção pela forma de seleção por 
meio de editais ou não. Essa escolha normalmente 
é pautada por empresas que possuem políticas de 
patrocínio que busquem: (1) mapear grande núme-
ro e variedade de projetos, (2) organizar e qualificar 
todo o processo de seleção, (3) utilizar recursos de 
leis de incentivo de forma responsável, (4) dar vi-
sibilidade à política e (5) obter reputação frente a 
variados públicos.
O edital não só democratiza o acesso dos propo-
nentes ao recurso de patrocínio, mas também gera 
benefícios à empresa patrocinadora, pois propi-
cia ativos de comunicação em diversos momentos 
(exemplo: lançamento do edital por meio de asses-
soria de imprensa), define processo e responsáveis 
pela seleção, orienta o envio das propostas, facilita 
a gestão das propostas recebidas e, com comissão 
técnica, dá maior segurança quanto à implementa-
ção dos projetos.
PARA CURIOSOS
Para se aprofundar 
nessa pesquisa, uma 
fonte interessante é o 
Versalic, ferramenta 
de transparência 
da Lei de Incentivo 
Federal à Cultura, 
em que é possível 
visualizar o histórico 
das empresas no uso 
da lei e os projetos 
apoiados, procurando 
entender seus perfis 
de investimento.
versalic.cultura.gov.br/
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EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
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Fundação Demócrito Rocha
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4
BENEFÍCIOS DO EDITAL PARA 
O PROPONENTE DE PROJETOS
Até o momento, foi apresentada toda a estru-tura da área de patrocínio até chegar à forma de seleção por edital, objetivo nosso. Agora é hora de abordar as vantagens do mecanis-
mo de edital para os proponentes que buscam nele 
a captação de recursos. Algumas delas são:
 • Conhecimento prévio do foco e das regras, o que aju-
da a direcionar esforço; 
 • Envio do projeto na forma e com as informações que a 
empresa espera receber;
 • Conhecimento dos períodos de análise e divulgação 
dos resultados;
 • Maior segurança de que o projeto será avaliado 
por instâncias e critérios técnicos, e não por influ-
ência e relacionamento.
Lembre-se que a experiência com o preenchi-
mento de editais estimula os proponentes a revisi-
tarem o conteúdo de seu projeto, oportunizando 
análises e levantamentos ainda não pensados.
Não há um padrão de formulário de editais, cada 
empresa destaca os campos que são estratégicos 
para seus critérios de avaliação. Para que você te-
nha mais facilidade em adaptar o conteúdo do seu 
projeto às questões levantadas nesses formulários, 
entenda por que algumas informações são solicita-
das e veja se seu projeto cumpre o escopo que será 
apresentado a seguir:
a) Descrição:
Contempla o título, conceito, objetivo geral e 
específicos, metodologia, plano de ação, resultados 
esperados, localização, período, cronograma, equi-
pe, parceiros e orçamento. Além de levantar esses 
dados, vale a pena uma dedicação especial na de-
finição de metas e indicadores, já que é um ponto 
geralmente frágil nos projetos e uma demanda re-
corrente nos editais. 
O indicador, já vimos no curso, nada mais é do 
que a forma definida para acompanhar/monitorar 
as metas do seu projeto. Ele pode ser qualitativo 
e/ou quantitativo e deve ser indicado juntamente 
aos meios de verificação. Exemplo: no caso de um 
projeto de oficinas culturais, você pode ter um indi-
cador quantitativo de frequência, que é monitorado 
pelas listas de presença, e um indicador qualitativo 
de satisfação, cujo meio de verificação pode ser fei-
to por pesquisa ou coleta de depoimentos dos parti-
cipantes desta oficina.
Outro ponto fundamental é a elaboração do orça-
mento. Ele está dentro das práticas de mercado? Você 
já executou um orçamento parecido? É necessário vis-
lumbrar o percentual que será destinado para cada 
finalidade: produção, comunicação, agenciamento e 
gestão. Além disso, sempre é indicado que se leve em 
consideração seu histórico de execução para que se-
jam números factíveis e comprováveis.
PARA REFLETIR
Crie um cronograma 
dos editais que 
você participa, 
normalmente eles são 
lançados em períodos 
estratégicos para as 
empresas e que se 
repetem ano a ano. 
Assim, você pode se 
planejar melhor e 
trazer os aprendizados 
do ano anterior.
137 
EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
Caso se depare com um orçamento 
muito superior com tudo que já tenha 
realizado até o momento, que tal fasear 
a execução? Isso pode demonstrar sua 
seriedade e comprometimento com a 
execução total do projeto.
b) Público
A definição do público do projeto, além 
de traçar o perfil demográfico, que envol-
ve idade, sexo, classe social e localização, 
deve considerar também a quantidade 
impactada e o alcance. O investimento 
em um projeto regional é diferente de um 
projeto com abrangência estadual, por 
exemplo. Muitos proponentes ao preen-
cherem um edital informam no campo do 
público-alvo que aquele projeto “conversa 
com público geral”. Mas será que um único 
projeto é capaz de falar com a criança e o 
idoso? Com público A e E ao mesmo tem-
po? Tome cuidado e seja bem preciso em 
sua informação.
Lembre-se que essa empresa patroci-
nadora busca nessa informação o fit (co-
nexão) do projeto com o público que ela 
pretende se relacionar, sendo este um 
dos pontos-chave na seleção depatro-
cínio. Além da definição do público ser 
importante para a defesa da sua propos-
ta perante o preenchimento de um edi-
tal, ela também é fundamental na cons-
trução da estratégia de comunicação e 
divulgação do seu projeto. Atualmente, 
uma das fontes de pesquisa para enten-
dimento do público-alvo são as redes so-
ciais. Por meio de ferramentas gratuitas 
disponibilizadas para consulta é possível 
levantar dados ainda mais específicos 
quanto ao comportamento do público, 
engajamento e interesse. 
c) Qualificação
Inclui histórico do projeto e do propo-
nente, contexto, ou seja, em qual situação 
se insere, relevância, reconhecimento (prê-
mios e cases de sucesso), penetração na 
mídia comprovada por clipping, diferencia-
ção (porque seu projeto é único/especial/
inovador) e atributos, que são os valores 
agregados que seu projeto traz.
Com relação aos atributos, eles de-
vem funcionar como palavras-chave 
na redação do projeto como um todo e 
pensados desde o planejamento. Re-
conhecendo os reais atributos/valores 
do seu projeto, eles facilitarão sua argu-
mentação no preenchimento de campos 
estratégicos dos editais. Exemplos de 
atributos são: regionalidade, inovação, 
tradição, erudição, vanguarda, trans-
gressão, brasilidade, paixão, democrati-
zação entre outros. 
É também através desses atributos/
valores que empresas reconhecem as co-
nexões dos valores do projeto com os 
valores que desejam para a marca e se 
isso fizer sentido a possibilidade de pa-
trocínio é maior.
Outro importante ponto que faz par-
te da qualificação, sendo cada vez mais 
requerido pelos editais, é a conexão do 
projeto com os ODSs.
d) Comunicação
A comunicação muitas vezes é trata-
da de forma simplificada na elaboração 
de um projeto. Quando um projeto está 
sendo analisado, além de se esperar um 
conteúdo de excelente qualidade técnica 
e artística, também se avalia o quanto ele 
consegue de fato gerar impacto e alcan-
ce junto ao seu público de interesse.
ODS
Os Objetivos de 
Desenvolvimento 
Sustentável são uma 
métrica universal 
criada e pactuada 
pela ONU a fim de 
estabelecer um 
compromisso de 
sustentabilidade entre 
as nações até 2030.
Ao todo são 17 
objetivos, cada um 
desdobrado em 
metas específicas. 
Saiba mais em: www.
agenda2030.com.br
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Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
Um plano de comunicação estraté-
gico é fundamental nesse processo e 
ponto-chave para a criação do plano de 
cotas e contrapartidas.
Faz parte de um plano de comunica-
ção bem estruturado a definição dos ob-
jetivos, dos canais, das mensagens e da 
cobertura (extensão). Explore seus canais 
próprios (site, redes sociais, Youtube, blog 
etc.), inclua mídias pagas (anúncios em 
veículos de referência, veículo de massa, 
posts patrocinados etc) e trabalhe para 
conquistar mídias espontâneas (engaja-
mento nas redes sociais, assessoria de 
imprensa, parcerias de divulgação etc.).
Lembrando que, com relação às redes 
sociais, mais vale ter poucos canais bem tra-
balhados (com programação de conteúdo, 
interação com o público e monitoramento) 
do que diversos sem a devida atualização. 
Em todos os editais é de praxe a solici-
tação dos canais oficiais do projeto/propo-
nente, sendo mais bem avaliados aqueles 
que tratam a comunicação de forma pro-
fissional, afinal serão esses canais que le-
varão a assinatura da empresa.
e) Contrapartidas
O proponente deve oferecer benefí-
cios à marca patrocinadora. No mercado 
de patrocínio, esses benefícios são deno-
minados contrapartidas ou reciproci-
dades. Nada mais são que uma forma de 
reconhecer o investimento realizado, por 
meio de créditos à marca patrocinadora, 
ações de comunicação, relacionamento 
e responsabilidade social e ambiental. 
Além disso, as contrapartidas podem 
ser um importante diferencial no seu 
projeto para torná-lo atrativo e, por que 
não, competitivo perante os demais pro-
jetos do mercado.
Para verificar se você está aproveitan-
do todo o potencial do seu projeto, se-
guem alguns tipos de contrapartidas que 
podem ser apresentados ao seu patroci-
nador, lembrando que você não deve se 
restringir a elas. Seja criativo. Vamos lá: 
Comunicação
Inserção da marca patrocinadora em:
 • Materiais publicitários veiculados em TV, 
jornal, revista, rádio e internet.
 • Materiais gráficos: cartazes, folders, 
convites etc.
 • Merchandising: cenografia, projeções, locu-
ções, placas de sinalização, banners etc.
 • Mídias próprias: site, mídias sociais, blog 
e e-mail marketing.
 • Imprensa: releases, coletivas e entrevistas.
Relacionamento
 • Cotas de ingressos.
 • Acesso ao camarote.
 • Eventos exclusivos.
 • Visitas guiadas.
Promoção
 • Amostras, degustações e demonstrações 
para o público do projeto.
 • Encartes em materiais gráficos do projeto.
Permissões
 • Uso de espaços (teatros, auditórios etc.) 
sob concessão do proponente.
 • Serviços que podem ser realizados pelo pro-
ponente (palestras, oficinas, consultorias).
 • Endomarketing: participação dos fun-
cionários, voluntariado da empresa e vi-
sitas exclusivas.
 • Uso de imagem: da marca do projeto, dos 
protagonistas do projeto e de obras.
 • Comercial: licença para venda no local do 
projeto, pré-venda de ingressos exclusiva etc.
Comprovação
 • Pesquisas de impacto e satisfação.
 • Clipagem (clipping).
 • Relatório de prestação de contas.
 • Fotos e vídeos.
Sociais e Ambientais
 • Indicação de uma instituição social, por 
parte do patrocinador para que participe 
do projeto como convidada.
 • Ações que promovam acessibilidade no 
seu projeto, como: impressão dos mate-
riais de comunicação em braile, tradução 
139 
EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
das apresentações em libras, disponibili-
zação de audioguias etc.
 • Ações que promovam a responsabilida-
de ambiental do seu projeto, como: im-
pressão dos materiais de comunicação em 
papel reciclado, separação dos resíduos, 
uso de novas tecnologias que diminuam o 
consumo de energia etc.
f. Plano de Cotas
Se seu projeto pretende ter um único 
patrocinador, você oferece todas as contra-
partidas a ele. Porém, na prática, visando a 
sustentabilidade do projeto e a não depen-
dência de um único parceiro, é esperado 
que se tenha vários patrocinadores. Para 
que isso seja feito de forma organizada e pla-
nejada, utiliza-se o plano de cotas, em que se 
define quais contrapartidas serão oferecidas 
para qual tipo de patrocinador, de modo que 
aqueles que investem maior valor recebem 
as contrapartidas mais valorosas.
Existem alguns padrões no mercado 
de como se organizar um plano de cotas. 
Um deles é matemático, em que você di-
vide o valor total do seu projeto em ní-
veis de cota, indicando que o maior nível 
possa ser cota única, oportunizando uma 
boa negociação. 
Por exemplo, em um projeto que se 
pretende arrecadar R$ 200.000,00 em 
patrocínio, é possível dividir as cotas da 
seguinte forma:
 • 1 cota Diamante: R$ 80.000
 • 2 cotas Ouro: R$ 40.000
 • 4 cotas de Apoio: R$ 10.000
Perceba que as cotas maiores pos-
suem menor disponibilidade justamen-
te para que se possa ser oferecida con-
trapartidas mais exclusivas e atrativas.
Também é possível dividir o projeto em 
temáticas, e, assim, cada uma delas pode 
ter um plano de cotas próprio. Isso vai 
depender do seu projeto. Por exemplo: 
um Festival de Literatura poderá vender 
sua programação adulta com plano de co-
tas específico e separadamente trabalhar 
um plano de cotas para sua programação 
infantil, o que pode oportunizar também 
uma maior sinergia do projeto com o pa-
trocinador pretendido. No exemplo ci-
tado, o plano de cotas da programação 
adulta pode ter como foco de captação 
uma universidade, enquanto a programa-
ção infantil ter como foco de captação um 
colégio ou algum outro negócio lúdico que 
trabalhe diretamente com crianças.
Vale a pena lembrar que a maioria 
dos editais apresenta a possibilidade 
de envio de anexos, então, aproveite 
esse espaço para incluir seu plano de 
cotas e contrapartidas,o que demons-
tra que seu projeto tem coerência entre 
as contrapartidas oferecidas para cada 
nível de patrocínio.
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Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
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DICAS PARA INSCRIÇÃO 
DE PROJETOS EM EDITAIS
C onfira a seguir 20 dicas para a sua participação em editais, que foram elaboradas com base em experiências práticas e em per-
cepções de patrocinadores que atuam na 
avaliação das propostas. 
1 Não se limite ao edital. Busque in-formações sobre a empresa, sua 
política de patrocínio e projetos já apoia-
dos: aqui vale a pena também, além de 
visitar todos os canais da empresa (sites e 
redes sociais), pesquisar a ferramenta de 
transparência da Lei Federal de Incentivo 
Fiscal à Cultura, o Versalic.
2 Atente ao conteúdo do edital e o compare com as características do 
seu projeto. Só siga em frente se houver 
afinidade, se não houver, você poderá co-
locar foco em um outro edital mais opor-
tuno ao seu projeto, e também poupará 
a empresa patrocinadora de avaliar essa 
proposta que você mesmo já compreendeu 
que pode não cabe nele.
3 O edital pode estimular adequa-ções. Mas cuidado para não desca-
racterizar o seu projeto. Essa dica é muito 
importante, pois essas adequações não 
devem comprometer o seu escopo (essên-
cia de seu projeto), resultados artísticos e a 
própria justificativa do seu projeto.
4 Leia atentamente e destrinche o re-gulamento e os materiais de apoio 
antes de fazer a inscrição. Essa informação é 
muito valiosa, uma vez que, se a empresa pre-
parou um regulamento e outra série de ma-
teriais de apoio a um edital de chamamento 
público, certamente é neles que ela deixará 
todas as informações fundamentais que não 
poderão faltar em seu preenchimento.
5 Siga rigorosamente todas as instru-ções, guie-se pelos critérios de se-
leção e enfatize as características que res-
pondem a eles. Lembre-se de revisitar os 
“atributos e valores agregados de seu proje-
to”. Se tiver feito um bom dever de casa na 
elaboração, esta etapa será fundamental e 
assertiva para o sucesso do preenchimento.
6 Inclua e dê destaque a ações que diferenciem seu projeto. Tente 
em poucas palavras dizer por que o seu 
projeto é único, lembre-se, este é um 
processo de concorrência.
7 Sugira contrapartidas sociais e/ou ambientais reais. Além de ser uma 
prática que inclusive tornou-se obrigató-
ria em algumas das principais leis de in-
centivo, este pode ser um grande diferen-
cial de seu projeto. Vale lembrar, nesta 
etapa, do uso dos ODSs.
8 Sugira parcerias viáveis. Somente inclua parcerias já confirmadas, ou 
mesmo as que já tenha realizado em outras 
edições, pois entre as funções do comitê de 
avaliação está a verificação da veracidade e 
exequibilidade da sua proposta.
9 Mantenha toda sua documentação em dia. Como a opção pelo uso dos 
editais é muitas vezes realizada para dar se-
gurança e transparência ao investimento, o 
mesmo passa a ser cobrado de quem parti-
cipa. Por isso, os editais costumam solicitar 
certidões, documentos financeiros e jurí-
dicos que precisam estar atualizados. Não 
deixe para regularizar seus documentos 
apenas quando for participar de um edi-
tal, o prazo pode não ser suficiente.
10 Não deixe ações em aberto (a pen-sar após a seleção) e não dê traba-
lho ao patrocinador (definição de aspec-
tos do projeto ou uso de contrapartidas). 
Pode acontecer de você querer dar flexibi-
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EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
lidade à proposta enviada no edital e aca-
bar deixando em aberto informações, de 
modo que possam ser possivelmente ne-
gociadas posteriormente com o patroci-
nador. Porém, isso não é bem visto pelos 
comitês de avaliação. Ao contrário, a au-
sência de informações pode ser encarada 
como projeto inconsistente. 
11 Preencha o formulário de forma técnica, clara, simples, sucinta e 
objetiva. “Menos é mais”. Muitos dos for-
mulários de editais hoje em dia são cria-
dos inclusive em sistemas com campos 
restritos, com contagem de caracteres, 
justamente para que se possa limitar as 
informações essenciais solicitadas. Vale a 
pena, antes de efetuar o envio do projeto 
no formulário de inscrição, copiar todas 
as questões existentes nele e preparar o 
arquivo que irá enviar em um editor de 
texto, como o Word. Isso lhe poupará de 
passar por problemas de inconsistência 
do sistema de gestão do edital, ou mesmo 
contratempos como perder o que já fez 
por queda de energia etc.
12 Evite textos muito conceituais e ex-cesso de informações que possam 
tirar o foco da ideia principal. Lembre-
-se de que as empresas recebem muitas 
propostas e buscarão aquelas que sejam 
apresentadas de forma clara e objetiva e 
que, de fato, tenham sinergia com suas 
políticas de patrocínio. 
13 Atenção aos campos críticos do formulário de inscrição: Descrição/
Apresentação /Resumo /Justificativa /
Metas /Metodologia /Plano de Ação
Esses campos foram apontados pelas 
empresas como informações críticas para 
a avaliação do projeto. Entenda o que é 
esperado em cada um deles:
Descrição/Apresentação/Resumo:
 • Resumo geral do projeto: deve sintetizar 
todos os principais tópicos do regulamento.
 • Explicitar com clareza a que se destina o 
patrocínio.
 • Enfatizar os aspectos diferenciadores 
do projeto.
 • Em muitos casos, este campo já define 
se o projeto continuará a ser lido ou se 
será descartado.
Justificativa: 
 • Por que o projeto deve ser realizado?
 • A que demanda o projeto vai atender?
 • Qual a importância desta demanda para o 
público-alvo do projeto?
 • Que benefícios serão alcançados?
Objetivos:
 • Para que e para quem o projeto será 
realizado?
 • Especificar o que se pretende atingir.
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Fundação Demócrito Rocha
Universidade Aberta do Nordeste
 • Apresentar soluções para a demanda 
identificada.
 • Objetivos gerais (longo prazo) e específi-
cos (ao término do projeto). Importante: 
deve haver coerência entre ambos.
Metas:
 • Detalhamento quantitativo e qualitativo 
dos objetivos do projeto.
 • Quantas pessoas serão beneficiadas pelo 
projeto? Com que grau de envolvimento? 
Por quanto tempo?
 • Itens pelos quais o projeto será monitora-
do (indicadores e meios de verificação).
Metodologia/Plano de Ação:
 • Como o projeto vai alcançar seus objeti-
vos e suas metas?
 • Descrever as estratégias e as técnicas que 
serão empregadas
 • Como será a abordagem e a interação 
com o público-alvo?
 • Como será a gestão do projeto? Como se-
rão viabilizadas outras parcerias?
14 Evite adjetivos e autoelogios: “o projeto é revelador, espetacular”, 
“esta minha pesquisa é fundamental 
para...” Procure defender sua proposta 
com resultados já conquistados, dados de 
pesquisa e informações fundamentadas.
15 Não cometa erros de português! Desqualificam o projeto, por mais in-
teressante que ele possa parecer. Isso nem 
deveria ser uma dica, mas infelizmente é algo 
apontado como recorrente pelos avaliadores.
16 Antes de enviar, confronte nova-mente o formulário com o regula-
mento e, principalmente, com os critérios 
de seleção. Procure avaliar se você atendeu 
a todas as exigências e se o seu conteúdo 
está valorizando o que foi apontado como 
prioritário nos critérios de seleção do edital.
17 Antes de enviar, leia todo o texto e peça a revisão de alguém que não 
conheça o projeto. Essa revisão faz com 
que você perceba como realmente seu pro-
jeto será recebido, uma vez que você e as 
pessoas envolvidas diretamente no projeto 
podem não ter uma visão crítica.
18 Mesmo que não sejam obrigató-rios, envie anexos que qualifiquem 
e ilustrem o projeto: fotos, portfólio, 
cartas de intenção, links na internet etc. 
Aqui vale a pena lembrar de nomear os ar-
quivos de forma adequada e organizada 
para facilitar o recebimento e compreen-
são por parte do avaliador. Selecione aque-
les materiais que realmente qualifiquem e 
comprovem o conteúdo que foi defendido 
em sua proposta.
19 Em caso de dúvidas, leia os mate-riais de apoio e contate a equipe de 
suporte do patrocinador. Aproveite a dis-
ponibilizaçãodesses canais e levante suas 
dúvidas com antecedência, assim terá tem-
po para possíveis revisões e adequações.
20 Não deixe a inscrição para a últi-ma hora. Não é à toa que essa é a 
última dica apresentada. Como pôde ver 
ao longo deste fascículo, a participação 
assertiva em editais depende muito de 
dedicação, organização e planejamen-
to e, infelizmente, a grande maioria dos 
proponentes participa do edital próxi-
mo ao prazo final de inscrição. Deixando 
para a última hora, além de você não ter 
tempo hábil para a leitura do edital e seus 
anexos e para a elaboração adequada da 
proposta, ainda corre o risco de não con-
seguir enviar seu projeto diante de qual-
quer imprevisto.
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EDITAIS
PATROCÍNIO EMPRESARIAL
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Esperamos conseguir abrir os seus olhos para es-sas possibilidades de editais de patrocínio priva-do. Muito do que se falou aqui também é útil para editais públicos, não resta dúvida.
A partir dessas dicas, e entendendo tudo que en-
volve a utilização do mecanismo edital, esperamos 
contribuir com sua percepção em relação ao mercado 
de captação de recursos. Nosso fascículo propõe tam-
bém uma reflexão com relação ao conteúdo de seus 
projetos, no intuito de contribuir para a elaboração de 
projetos mais maduros, seguros e exitosos. 
Referências
OLIVIERI, Cristiane; NATALE, Edson. Guia brasileiro de pro-
dução cultural: ações que transformam a cidade. São Paulo: 
Edições SESC, 2016
REIS, Ana Carla F. Marketing cultural e financiamento da cultura. 
Ed. Thomson Pioneira, 2002
BOTELHO, Isaura. Dimensões da cultura: políticas culturais e seus 
desafios. São Paulo: Edições SESC, 2016
ABONG/AFINCO. Manual de administração jurídica, contábil e fi-
nanceira para organizações não-governamentais. São Paulo: Peiró-
polis, 2003
VALIATI, Leandro; FIALHO, Ana Letícia do Nascimento (ORG). Atlas 
econômico da cultura brasileira: metodologia I. Porto Alegre: Edi-
tora da UFRGS/CEGOV, 2017
WEIKART, Lynne A. e CHEN, Greg G. Budgeting and Financial Mana-
gement for Nonprofit Organizations: using money to drive mission 
success. California: Sage, 2013.
JORDÃO, G.; ALLUCCI, R. R. Panorama setorial da cultura brasileira. 
São Paulo: Allucci & Associados, 2012.
CEREZUELA, David Rosselló. Planejamento e avaliação de projetos 
culturais: da ideia à ação. São Paulo: Edições SESC, 2015.
BENEDETTI, Lárcio Editais de Patrocínio Empresarial. Sesi-SP Edi-
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Jaeger, W. Paideia: a formação do homem grego. Martins 
Fontes, 2013. 
Sesi. O desafio de elaborar e viabilizar projetos culturais sob as 
diretrizes da tecnologia Sesi Cultura. 2007. Acesso livre em: 
http://www.sesipr.org.br/cultura/uploadAddress/2._O_
D E S A F I O _ D E _ E L A B O R A R _ E _ V I A B I L I Z A R _ P R OJ E T O S _
CULTURAIS%5B59197%5D.pdf 
Votorantim. Manual de apoio à elaboração de projetos de demo-
cratização cultural. 2007. Acesso livre em: www.blogacesso.com.br/
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Comgás. Guia do empreendedor sociocultural. 2012. Acesso livre 
em: www.socioculturalemrede.com.br/encontros/guia-do-empre-
endedor-sociocultural/ 
Sebrae/CE. Captação de recursos: coletânea de instituições nacio-
nais e internacionais com linhas de financiamento para elaboração 
de projetos. 2007. Acesso livre em: http://www.fenas.org.br/downlo-
ads.aspx?id=29&ext=PDF 
Matravolgyi, J. Investimento requer estratégia definida. Valor se-
torial comunicação corporativa nº 6, pp. 80-82, 2013. Acesso livre em: 
www.revistavalor.com.br/home.aspx?pub=27&edicao=6 
CONCLUSÃO
Guabiras (Ilustrador)
É cartunista, autor de histórias em quadrinhos e de muitos personagens. Publicou mais de 
5 mil tirinhas em veículos como jornais, fanzines, livros (antologias), revistas (MAD-SP, Gibi 
Quântico-SP, Tarja Preta-RJ, entre outras) e na web, entre eles, no jornal EXTRA de Nova York 
(EUA) e na obra Marcatti 40 (Ugra/SP). Recebeu, em parceria, 3 troféus HQMIX e o Troféu Ângelo 
Agostini de “Melhor Cartunista de 2016”, as maiores comendas de quadrinhos do país. 
REALIZAÇÃOAPOIO
CAPACITAÇÃO DE 
AGENTES CULTURAIS
ESTRATÉGIAS DE CULTURA E ARTE PARA O FUTURO
Marcos Henriques Librantz (autor)
Formado em Relações Públicas, pós-graduado em Gestão de Marketing de serviços pela 
Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), com especialização em gestão de projetos 
pela FGV. Foi gerente de mobilização de recursos na Associação Amigos do Projeto Guri e 
atuou na Osesp como supervisor de marketing, produtor de eventos e membro do conselho 
administrativo. É consultor cultural e sócio da Agência NTZ Comunicação e MKT, participando 
de projetos como: criação do ementário do curso de pós-graduação em gestão cultural do 
Senac e palestrante e professor em eventos e disciplinas sobre pioneirismo na cultura e 
gestão cultural na FAAP, Casper Líbero e Unip.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) Presidente: Luciana Dummar Diretor Administrativo-Financeiro: André Avelino 
de Azevedo Gerente Geral: Marcos Tardin Gerente Editorial e de Projetos: Raymundo Netto Gerente Canal FDR: Chico 
Marinho Analistas de Projetos: Aurelino Freitas, Emanuela Fernandes e Fabrícia Góis | UNIVERSIDADE ABERTA DO 
NORDESTE (UANE) Gerente Pedagógica: Viviane Pereira Coordenadora de Cursos: Marisa Ferreira Designer 
Educacional: Joel Bruno | CURSO CAPACITAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS Coordenador Geral, Editorial e Estabelecimento 
de Texto: Raymundo Netto Coordenadora de Conteúdo: Daniele Torres Assistente Editorial Emanuela Fernandes 
Projeto Gráfico e Edição de Arte: Andrea Araujo Designer Gráfico: Carlos Weiber Ilustrador: Guabiras Roteirista, 
Locutora e Mediadora (radioaulas): Lílian Martins Produtora: Luísa Duavy
ISBN: 978-65-86094-49-7 (Coleção)
ISBN: 978-65-86094-42-8 (Fascículo 9)
Todos os direitos desta edição reservados à:
Este fascículo é parte integrante do projeto Estratégias de Cultura e Arte para o futuro: capacitação de agentes culturais, em decorrência do Termo de Fomento celebrado entre a Fundação 
Demócrito Rocha (FDR) e a Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza (SecultFOR), sob o nº 02/2020.
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
CEP: 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148
fdr.org.br 
fundacao@fdr.org.br

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