Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Referência Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed., ampl. e atual. Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Moeda Falsa Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa. Yanna Alencar Todo estudo feito com a doutrina seguida pelo prof. Rogério Sanches* Moeda Falsa Tutela: A fé pública; a proteção recai sobre o particular e o Estado. Sujeito Ativo: crime comum. Dolo; Suj. Passivo: coletividade e secundariamente, o lesado por esse delito. Conduta do caput: duas formas de praticar – fabricando (cria) ou alterando (altera moeda verdadeira). OBS: Segundo a doutrina, só se configura crime se for uma alteração para um valor maior do que a moeda original, se for menor não ocorre o delito. Além disso, a falsificação precisa ser convincente, iludir terceiros. OBS2: Quando fácil de identificar, o crime não se configura, pois não engana a fé pública; já que não há possibilidade de enganar ninguém, do contrário, é estelionato. SÚMULA N. 73. A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual. Referência Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed., ampl. e atual. Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 Consumação: Quando fabricada ou alterada, a moeda capaz de iludir; Tentativa: É admitida, pois esse delito admite ser fracionado. Forma Equiparada § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa. Comete os verbos: importar, exportar, adquirir (onerosa ou gratuitamente), vender (oneroso), trocar (recebe outra coisa no lugar), ceder (gratuito), emprestar, guardar ou introduzir (para fazer circular como verdadeira). › Se enquadra nesse parágrafo, o que não participou da falsificação; Dolo. Consumação: ao executar algum dos núcleos e sabe que a moeda é falsa (sem saber, deixa de existir o dolo). Forma Privilegiada › Recebeu de boa-fé, pensando ser verdadeira e após saber de sua falsidade, coloca de volta à circulação mesmo assim. › Se recebeu de má-fé: responde pela forma equiparada (§ 1º). § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Consumação: quando volta à circulação; possível tentativa. Referência Manual de Direito Penal: parte especial. Rogério Sanches. 10 ed., ampl. e atual. Salvador. Editora JusPODIVM. 2018 Falsificação Funcional § 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão: I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei; II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. › Crime Próprio: “sujeito ativo é o funcionário público, diretor, gerente ou fiscal do banco que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão”. No inciso primeiro: a fabricação é como a lei determina, mas a proporção/teor da liga metálica que faz parte da matéria da moeda é diminuída. No inciso segundo: permitido ao funcionário para emitir ou fabricar cédulas e ultrapassa o limite do que foi permitido a ele. › OBS: Se o a gente após a conduta fizer algum delito com essa moeda, há concurso material. Dolo; Consumação é com a prática descrita (tentativa é admitida) Desvio e circulação antecipada - Forma equiparada à anterior - A circulação não estava autorizada, apenas para sua emissão; -Crime comum; - Consumação: quando há a circulação da moeda; Tentativa: possível, se só desviou e não conseguiu a fazer circular. § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada. Ação Penal Pública Incondicionada.
Compartilhar