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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

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1- Qual o objetivo final de uma recuperação da área degrada?
A recuperação de áreas degradadas tem por objetivo fornecer ao ambiente degradado, condições favoráveis a reestruturação da vida num ambiente que não tem condições físicas, químicas e/ou biológicas de se regenerar por si só. Através de obras no terreno como a construção de terraços, banquetas, ou ainda, da implantação de espécies vegetais, podemos conduzir a recuperação de uma área degradada.
2- Explique como podemos hierarquizar os passivos e seus processos causadores para iniciarmos uma ação de recuperação.
O passivo ambiental é considerado como toda agressão que se praticou/pratica contra o meio ambiente e consiste em um valor de investimento para reabilitar/recuperar a natureza, podendo ser através de multas ou indenizações contra o praticante ou a empresa que causou o dano ambiental. 
Para realizar um levantamento do passivo ambiental deverá seguir o roteiro: realizar inspeção ambiental da empresa ou processo a ser analisado; realizar documentação fotográfica dos itens dos passivos encontrados; identificar os processos de transformação ambiental que deram origem aos itens de passivo identificados; caracterizar ambientalmente os itens dos passivos e seus processos causadores, colocando representatividade dos seus processos causadores. 
3- Explique as etapas e cite algumas técnicas de recuperação de uma área degradada.
O desenvolver do PRAD consiste nas seguintes etapas: Caracterização da área degradada e seu entorno, bem como do agente causador da degradação através de vistoria de campo;
Deve-se definir a proposta de recuperação e adoção de um modelo de recuperação adequado ao local, respeitando as peculiaridades; Especificação das técnicas que deverão ser adotadas no processo de recuperação; Elaboração de uma proposta de monitoramento e avaliação da efetividade da recuperação após a execução do plantio; Levantamento dos custos, insumos necessários; Elaboração de cronograma físico-financeiro referente a execução e consolidação da recuperação da área.
Existem várias técnicas de recuperação de áreas degradadas, tais como plantio em linhas, plantio alternado, sistemas agroflorestais, terraços verdes, banquetas verdes e caneletas. A escolha da técnica de recuperação implica na seleção de espécies que devem pertencer ao bioma da área a ser recuperada.
4- Explique a fase de preparação de recuperação de uma área degrada.
O primeiro passo é a elaboração do PRAD (Projeto de Recuperação de áreas Degradadas, criando assim um roteiro básico, onde deverá constar:
A) Introdução - resumo geral do PRAD, onde são citados o estado ambiental da área degradada, os objetivos e as metas do projeto.
B) Objetivos - descrição dos objetivos gerais e específicos esperados com a implantação do PRAD.
C) Metas - descrição das metas pretendidas.
D) Caracterização da região - esta parte deve conter uma breve caracterização biológica, física e climática da região, com enfoque na propriedade onde está inserida a área degradada. Informações sobre o clima regional, variação anual de temperatura e precipitação, tipos de solos, classificação e caracterização da vegetação, malha viária e uso atual predominante. Estas características devem ser descritas superficialmente neste item inicial e detalhadamente na fase de diagnóstico da área a ser recuperada.
E) Equipe técnica do PRAD - descrição da equipe técnica responsável pela elaboração do PRAD. Conforme estado e grau de degradação, podemos ter um PRAD elaborado por um só profissional ou por uma equipe técnica. Por exemplo, citamos uma atividade de mineração, quando temos necessidade de Geólogo/Engenheiro Florestal/ Agrônomo/Biólogo complementarmente.
Após começa a caracterização do empreendimento, onde deverá constar:
a) Informações Gerais - nome, endereço, CEP, telefone, área degradada, atividade e substância retirada, responsável técnico pela atividade degradadora inicial.
b) Licenciamento ambiental da atividade inicial - relação de todas as licenças ambientais existentes no empreendimento e respectivos condicionantes. Deve conter licenciamentos ambientais de funcionamento e supressão de vegetação.
c) Localização e acesso - deve conter roteiro de acesso ao empreendimento, além de croqui ou mapa com localização das estradas de acesso, e demarcação das áreas a serem exploradas.
d) Área degradada - área requerida, área prevista inicialmente, área com outras atividades, área de serviço de apoio, área total efetivamente utilizada.
e) Mão de obra - pessoas envolvidas em cada atividade na exploração da área.
f) Período de funcionamento - horário de funcionamento da atividade exploratória.
g) Informações sobre a atividade exploratória
Diagnósticos Ambientais
Esta etapa compreende todas as observações e levantamentos de campo, como:
a) Identificação e avaliação dos impactos;
b) Mapeamento das diferentes unidades de paisagem;
c) Caracterização física e química (limitações dos solos, nível de fertilidade) dos solos, análises biológicas e químicas da água;
d) Estudos faunísticos - grupos de espécies bioindicadoras e dispersores; relação flora/fauna, dispersores, polinizadores;
e) Estudos da flora - observações de campo.
E por fim, a reconstituição do local degradado, de acordo com as especificações contidas no PRAD.
5- Explique a etapa de revegetação com a técnica de sucessão vegetal na recuperação de uma área degrada.
A sucessão vegetal, mais popularmente conhecida como sucessão ecológica, é o processo gradual de mudanças da estrutura e composição de uma comunidade. Representa um processo ordenado de mudanças no ecossistema, incluindo alterações no ambiente físico pela comunidade biológica, até alcançar a fase de clímax. Durante a sucessão ecológica, as comunidades mais simples vão com o passar do tempo sendo substituídas por comunidades mais complexas. A sucessão ecológica passa por três fases: a ecese, seral e clímax. 
-A ecese representa a comunidade pioneira. São os primeiros organismos a se instalarem no ambiente, como líquens, gramíneas e insetos.
-A seral é a comunidade intermediária. Representada pela vegetação de pequeno porte, arbustiva e herbácea. Nessa fase ocorrem mudanças significativas na comunidade.
-A última fase é o clímax, a comunidade estabilizada. A comunidade atinge elevado número de espécies, os nichos ecológicos são ocupados e apresenta grande quantidade de biomassa.
6- Explique a etapa de revegetação com a técnica de nucleação vegetal na recuperação de uma área degrada.
Nucleação é a proposta de criar pequenos habitats (núcleos) dentro da área degradada de forma a induzir uma heterogeneidade ambiental, propiciando ambientes distintos no espaço e no tempo. Os núcleos têm o papel de facilitar o processo de recrutamento de novas espécies dos fragmentos vizinhos, do banco de sementes local e também influenciam os novos núcleos formados ao longo do tempo. Dessa forma, são criadas condições para a regeneração natural, como a chegada de espécies vegetais, animais e microrganismos e a formação de uma rede de interações entre eles. A ideia da nucleação por meio da implantação dos núcleos é disparar gatilhos ecológicos no processo de regeneração natural. Os núcleos são elementos capazes de formar novas populações, novos nichos de regeneração e gerar conectividade na paisagem.
7- Explique os obstáculos encontrados pelos técnicos na etapa de revegetação na recuperação de uma área degrada.
As restrições físicas podem limitar a revegetação de diversas maneiras. Terrenos em áreas montanhosas muito íngremes podem constituir alguns problemas para a criação de taludes de corte e aterro para a revegetação. Quando técnicas de bioengenharia são usadas em combinação com medidas estruturais, algumas condições especiais devem ser necessárias ao projeto nos estágios de planejamento e execução. Os limites físicos geralmente existem devido à disponibilidade de terra, onde aquelas adjacentes e adequadas não podem ser adquiridas por causa do custo ou outras razões.
A drenagem também pode causar problemas e impedir ótimas soluçõesde revegetação. A demanda da engenharia por preenchimentos com drenagem livre por trás das estruturas de contenção pode entrar em conflito com a necessidade vegetativa por um conteúdo suficiente de partículas finas no preenchimento, de forma a oferecer umidade e maior capacidade de manter nutrientes no solo. Outra necessidade é a de acesso à visão, que continua sendo outra forma de restrição para a revegetação.
8- Explique a etapa de monitoramento e manutenção na recuperação de área degrada.
A manutenção, uma das etapas mais importantes durante todo o processo de recuperação de áreas degradadas, envolve, dentre outras atividades, as operações de replantio, coroamento (limpeza ao redor das mudas do plantio ou da regeneração natural), adubação de cobertura, combate a formigas cortadeiras, irrigação e reparos de cercas, quando o cercamento da área se fizer necessário.
A manutenção é importante, por exemplo, em áreas ocupadas por gramíneas, como braquiárias, colonião ou capim-angola, sendo necessário manter a área em recuperação sem vegetação competidora, principalmente ao redor de mudas plantadas ou em regeneração. 
A limpeza em área total ou ao redor das mudas pode ser realizada com aplicação de herbicidas ou capina manual (coroamento), até o estabelecimento do componente arbóreo e sombreamento, quando as gramíneas serão naturalmente eliminadas do sistema em recuperação.
9- Explique como evitamos fogo na mata na etapa de monitoramento e manutenção na recuperação de área degradada.
Em algumas situações, o convívio de algumas espécies competidoras muito agressivas como braquiárias, acaba inibindo a germinação e crescimentos de outras espécies. Nesse caso é necessário realizar o controle dessas espécies competidoras. Essa atividade deve ser realizada, de preferência, 15 dias antes do plantio visando diminuir a altura e volume das espécies e resíduos que possam ser encontrados. 
A ação das gramíneas pode inibir o desenvolvimento de regenerantes nas áreas em que há a possibilidade de auto recuperação. Esse controle pode ser realizado através do uso de herbicidas de baixa toxidade ou o até um controle manual e mecânico como a utilização de ferramentas para corte e remoção das plantas invasoras. Incluem-se nesse método a roçada, corte com machado, foice, motosserra e enxadão. 
É importante o controle dessas gramíneas, pois a existência delas nos fragmentos florestais, em geral, favorece-se também a ocorrência de incêndios principalmente nos períodos mais secos do ano
10- Explique como o crescimento das áreas urbanas criam problemas de degradação nas áreas degradadas.
O crescimento acelerado e mal planejado das cidades está acarretando sérios prejuízos à natureza, dos quais se destaca o desmatamento da vegetação nativa para estruturação da rede urbana e toda sua infraestrutura, alteração do clima, poluição atmosférica, da água, do solo, e principalmente destruindo diversos ecossistemas. 
O processo de degradação desenfreado pela ocupação do solo no devido a práticas antrópicas vem tendo consequências problemáticas acarretando um processo de degradação do meio ambiente
11- Explique como o técnico de recuperação em áreas degradadas pode colaborar nos problemas ambientais ligados à sua área. 
A intervenção do profissional e do Estado é necessário para a questão da preservação ambiental como forma de impor limites quanto a utilização desses recursos, uma vez que se tornou tradição o uso indiscriminado dos bens naturais, o que ocasionou a situação atual dos recursos, ou seja, após muito desmatamento e outras atitudes inadequadas quanto ao meio ambiente gerou a degradação do meio ambiente, necessitando de atitudes urgentes de proteção ambiental, como forma de buscar a continuidade desses recursos.
Um importante indicador da vida saudável do meio ambiente em determinado local é observar a biodiversidade existente, uma vez que quanto mais diversificada a fauna e a flora, mais saudável encontra-se o meio ambiente.
12- Explique as ações que os técnicos, população e governos poderão fazer em áreas habitáveis para evitar a degradação do meio.
Em virtude da conscientização da sociedade, existem maneiras de ir contra os danos ambientais. É preciso unir forças para evitá-los tendo atitudes bem-intencionadas como: Economizar água, evitando o consumo exagerado de energia, separar os lixos orgânicos e recicláveis, diminuir o uso de automóveis, consumir apenas o necessário e evitar compras compulsivas, utilizar produtos ecológicos e biodegradáveis, não jogar lixos nas ruas.
O uso consciente dos recursos naturais, a conscientização das gerações futuras sobre a preservação ambiental e a criação de leis que garantam a preservação do meio ambiente são as principais medidas para diminuir o impacto ambiental.

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