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D I S C I P L I N A : M E C Â N I C A D O S S O L O S E F U N D A Ç Õ E S C U R S O : 6 º P E R Í O D O D E A R Q U I T E T U R A E U R B A N I S M O DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES NO SOLO TENSÕES NO SOLO • Tensões no solo é quando o mesmo sofre solicitações de deforma, modificando o seu volume e forma iniciais; • A magnitude das deformações apresentadas pelo solo irá depender de suas propriedades elásticas e plásticas e do carregamento a ele imposto; • O conhecimento das tensões atuantes em um maciço de terra é de vital importância no entendimento do comportamento de praticamente todas as obras de Engenharia geotécnica. TENSÕES NO SOLO • Os solos são constituídos de partículas e forças aplicadas a eles são transmitidas de partícula a partícula, além das que são suportadas pela água dos vazios. • Nos solos, ocorrem tensões devidas ao peso próprio e às cargas aplicadas. TENSÕES NO SOLO TENSÕES NO SOLO PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS • Tensão normal efetiva (σ’): é a tensão suportada pelos grãos do solo, ou seja, é a tensão transmitida pelos contatos entre as partículas; • Pressão neutra ou Poropressão (µ): parcela da tensão total transmitida através da água intersticial; • Tensão normal total (σ): é a soma algébrica da tensão efetiva (σ’) e da pressão neutra (µ). PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS PRINCÍPIO DAS TENSÕES EFETIVAS • As tensões efetivas controlam importantes aspectos do comportamento dos solos, particularmente sua resistência e sua compressibilidade. TENSÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO DO SOLO • Na análise do comportamento dos solos, as tensões devidas ao peso tem valores consideráveis, e não podem ser desconsideradas; • Quando a superfície do terreno é horizontal, aceita-se intuitivamente, que a tensão atuante num plano horizontal a uma certa profundidade seja normal ao plano; • De fato, estatisticamente, as componentes das forças tangenciais ocorrentes em cada contato tendem a se contrapor, anulando a resultante. TENSÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO DO SOLO TENSÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO DO SOLO TENSÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO DO SOLO Obs: Considerar γ = 16kN/m³ A tensão total é calculada pela seguinte expressão: σ = γsolo * z (para cada camada de solo existente) Logo: σ = (16*1) + (17*2) + (19*4) = 16 + 34 + 76 = 126kN/m² A poropressão é calculada pela seguinte expressão: u = γw * zw Logo: u = 9,81 * 6 = 58,86kN/m² Por último, a tensão efetiva é dada pela seguinte expressão: σ’ = σ – u = 126 – 58,86 = 67,14kN/m² VARIAÇÕES DO NÍVEL D’ÁGUA • Variações dos valores das pressões verticais devidas ao peso próprio dos solos quando, por necessidade de construção ou decorrência dos mesmos, temos que rebaixar ou elevar o nível estático do lençol freático. • Por necessidades construtivas, às vezes, rebaixamos o lençol freático trazendo o NA a uma cota ∆h abaixo do normal. • Também, ao se construir reservatórios de água em hidroelétricas, daremos condição de elevação da água numa cota muito acima dos níveis normais dos cursos d’água. VARIAÇÕES DO NÍVEL D’ÁGUA Rebaixamento do lençol freático • A ocorrência de oscilação mais comum é o rebaixamento do NA que poderá se dar por drenagens (sistema de drenagem por gravidade) como obras definitivas ou por bombeamento do lençol para casos provisórios no período de construção. EXEMPLO Calcular as pressões verticais devidas ao peso próprio dos solos para o perfil da Figura: a) Nas condições atuais; b) Após uma drenagem permanente que rebaixará a cota do NA até – 4 m. EXEMPLO EXEMPLO ANTES DO REBAIXAMENTO • No Plano A σ = (1,6*4) = 6,4 t/m² u = (1,0*4) = 4,0 t/m² σ’ = 6,4 – 4,0 = 2,4 t/m² • No Plano B σ = (1,6*4) + (1,96*4) = 14,24 t/m² u = (1,0*8) = 8,0 t/m² σ’ = 14,24 – 8,0 = 6,24 t/m² EXEMPLO ANTES DO REBAIXAMENTO • No Plano C σ = (1,6*4) + (1,96*4) + (1,59*6) = 23,78 t/m² u = (1,0*14) = 14,0 t/m² σ’ = 23,78 – 14,0 = 9,78 t/m² EXEMPLO APÓS O REBAIXAMENTO • No Plano A σ = (1,3*4) = 5,2 t/m² u = 0,0 t/m² σ’ = 5,2 – 0,0 = 5,2 t/m² • No Plano B σ = (1,3*4) + (1,96*4) = 13,04 t/m² u = (1,0*4) = 4,0 t/m² σ’ = 13,04 – 4,0 = 9,04 t/m² EXEMPLO APÓS O REBAIXAMENTO • No Plano C σ = (1,3*4) + (1,96*4) + (1,59*6) = 22,58 t/m² u = (1,0*10) = 10,0 t/m² σ’ = 22,58 – 10,0 = 12,58 t/m²
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