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Etiopatogenia da cárie Estudo do que provoca a doença carie e análise especializada de quais as causas e desenvolvimento A carie já foi caracterizada como ➔ Doença infecciosa ➔ Doença transmissível ➔ Doença dieta dependente (ATUAL) Carie dental: termo que descreve resultados da doença, sinais e sintomas, de uma dissolução química da estrutura dentaria casada pelos eventos metabólicos ocorrendo no biofilme que cobre a área afetada Esta dissolução química é decorrente de desequilíbrio no biofilme Carie dentaria = doença Manifestação da doença = lesão de carie Primeiro sinal cínico da doença = mancha branca A carie é resultado de um processo anormal; Desequilíbrio entre fatores existentes na boca de todos os indivíduos Ciclos de desmineralização (perda mineral) – remineralizaçao (com auxílio da saliva) a saliva consegue manter o PH bucal em equilíbrio EQUILIBRIO HOMEOSTATICO: SALIVA, MICROORGANISMO ALIMENTAÇÃO. ➔ É uma destruição localizada de tecido duro dentário suscetível pelos derivados ácidos da fermentação dos carboidratos da dieta pelas bactérias que estão presentes no biofilme ➔ É importante entender que a lesão de carie não é apenas a cavidade, a mancha branca já é um sinal da doença cárie. Quando temos um PH neutro, em torno de 7, a boca está em equilíbrio Quando temos um acima PH 5,5 temos pouca desmineralização dental Quando temos um PH inferior a 5,5 os mirais do dente são dissolvidos na saliva, para tentar buscar o equilíbrio, o cálcio e o fosfato são perdidos para a cavidade bucal, a perda minera que o dente tem é diária e microscópica Quando temos o flúor presente na boca com PH 5,5 não temos grandes perdas minerais Regiões que são mais difíceis para entrar a saliva causa o acumulo das bactérias do biofilme causando uma queda de PH naquele microambiente É um processo complexo e dinâmico (pois tem a perda mineral e tem a recuperação mineral pela saliva) Conceitos: Indispensável → tríade de Keyes microrganismos → S. mutans, S. sobrinus e lactobacilos; Dieta → rica em sacarose; Susceptibilidade hospedeiro → dente, saliva e imunidade do hospedeiro; Carie – doença multifatorial Fatores: 1) Necessário acúmulo de biofilme dental 2) Determinantes a) Negativo: açúcar (tipo e frequência) b) Positivos: Saliva (fluoreto) c) Composição esmalte (espécies) 3) Modificadores (relacionados a parte social) ➢ Conceito Newbrum: ✓ Carie é o resultado de um processo crônico que aparece após o tempo da presença e interação de fatores (microrganismo, dieta e dente) A carie é uma doença Agentes patogênicos ➔ Bactérias ➔ Estreptococos ➔ Estreptococos mutans ➔ Estreptococs sobrinus ➔ Lactobacillus ➔ Actinomyces Biofilme (fator necessário) açúcar (fator determinante negativo) DEPENDENTE Biologicamente previsível Não erradicável Socialmente postergável Controlável através de: 1) Desorganização periódica do biofilme dental 2) Restrição da ingestão de açúcar 3) Utilização racional de fluoretos (fator determinante positivo) ❖ A doença cárie é muito mais complexa e com um caráter comportamental importante, podendo ser influenciada por fatores modificadores Fatores determinantes 1) Hospedeiro – compreende os dentes, a saliva. 2) Os microrganismos – S. mutans, S. sobrinus e Lactobacillus 3) Dieta – a frequência (constante ingestão) e a consistência dos carboidratos fermentáveis 4) Tempo – os três fatores anteriormente citados, quando associados, necessitam de um período para favorecer a desmineralização (perda de minerais) dos dentes Fatores modificadores: São os fatores sociais, econômicos comportamentais epidemiológicos e relacionados a saúde geral podem influenciar no desenvolvimento da doença carie Fatores etiológicos: Dentes Grau de mineralização do esmalte Fatores intrínsecos- formação do dente Fatores extrínsecos – fatores ambientais e locais Os dentes que acabaram de erupcionar precisam de um cuidado especial, pois fica um pouco de gengiva soltinha por ciam do dente onde acaba acumulando a sujeira no dente Hospedeiro Saliva Fluxo, composição e capacidade tampão. Aspectos hereditários e imunológicos Efeito enxagua tório Limpeza do alimento e bacteriana Lubrificação superfícies dentarias Neutralização acidas- tampão Manutenção supersaturação hidroxiapatita Defesa antimicrobiana Capacidade tampão da saliva Regula o PH bucal Microrganismos S mutans: Parte-se do princípio de que se todos possuem a bactéria cariogenica na boca, este é considerado fator participativo na doença, porém não determinante Desmistifica-se carie como doença infecciosa e transmissível Microbiota residente: Recém-nascido – contaminação via saliva – transmissão vertical (mãe) – transmissão horizontal (outros) S.mutans – colonização após erupção Biofilme: Formação da película Adesão de células bacterianas unitárias (0- 24 horas) Crescimento bactérias aderidas – micro colônias distintas (4-24 horas) Sucessão microbiana – diversidade (1-7 dias) Comunidade clímax / biofilme maduro (1 semana ou mais) Sinais e sintomas: Estágio subclínico Opacidade Macha branca Cavitação Caso haja a ingestão de açúcar mais de 6x ao dia mesmo se realizar a escovação adequadamente, a mancha branca vai aparecer, porque quanto menos vezes ao dia consumir açúcar melhor, a boca precisa de um tempo para que o PH se estabeleça, se açúcar com muita frequência o PH nunca conseguira se estabilizar Biofilme: Carie em esmalte -> temos uma colonização maior de S. mutans (início da lesão de carie) Lactobacilos -> tem mais prevalência quando já temos progressão na lesão cariosa como cavidade Redução do fluxo e carie precoce ➔ Lactobacilos; Carie radicular – actynomices, s. mutans e S. sobrinus O homem primitivo não tinha praticamente carie, pois, a alimentação do homem primitivo era mais equilibrada Hoje consome-se alimentos mais açucarados ➢ A frequência e a constância dos carboidratos também interferem no desenvolvimento da doença: o açúcar consumido entre as refeições e a sua textura favorecem a retenção na cavidade bucal (por exemplo, balas tipo toffle versus pão de sal: as balas possuem uma consistência pegajosa e um tipo de carboidrato mais facilmente fermentável, ou seja, são mais cariogenicos) Ph crítico Esmalte 5.5 Dentina 6.5 Então se eu tiver uma cavidade no esmalte e chegar na dentina, essa cavidade vai ter uma velocidade de progressão bem maior Nos dentes decíduos a estrutura do esmalte é bem fina, então quando se perde aquela capinha de esmalte que recobre o dente já atinge a dentina Ph abaixo do grau de saturação da saliva com relação aos minerais do esmalte não é suficiente para impedir a perda mineral Indicadores de carie dental: Índice CPO.D (unidade dente): - C (cariado) P (perdido) O(obturado) - no índice é possível perceber a historia anterior da doença (obturados+ extraídos) e a historia atual da doença (extração indicada e cariados) Dente hígido: é o dente integro. Quando inexistir lesão de carie e ou restaurações Índice C.C.O (unidade dente) ➔ Proposto por gruebbel, adaptação do índice CPO>D para a dentição decídua ➔ Representa a média de dentes decíduos cariados (C). com extração indicada (E) e obturados (O) por criança.Este índice não considera o componente extraído. Tendo em vista que os dentes decíduos sofrem processo de exfoliação natural, que não tem nenhuma relação com a doença carie ➔ O máximo C.E.O por criança é, então, 20 Fatores modificadores - Programas de prevenção e tratamento da doença e planejamento dos serviços odontológicos - Indivíduos menos economicamente favorecidos concentram um número maior de lesões (alteração nos padrões de dieta) - Escolaridade e informação de saúde - Declínio relevante pela elevação no acesso a água (flúor de ação sistêmica e ao creme dental (flúor de ação tópica) e as mudanças nos programas de saúde bucal coletiva - História previa da doença na dentição decídua é forte preditor de risco ➔ Ter lesão de carie em dentes decíduos, a chance de ter no dente permanente é 4 vezes maior que o normal ➔ Consumo de sacarose aumenta a prevalência de lesões de carie em crianças com vulnerabilidade social, estratégias de prevenção e visitas ao dentista não parecem ser medidas suficientes ou por não atingirem a população mais vulnerável ou por não conseguirem competir com o efeito deletério da dieta. Mesmo em grupos de baixa renda quando se oferecem cuidados de saúde, práticas protetoras de alimentação e higiene bucal podem amortecer o efeito deletério do alto consumo de açúcar Aleitamento materno (o açúcar do leite materno leva uma queda de ph muito baixa) também é fator protetor, pois contribui para reduzir o consumo de mais sacarose. O leite de fórmula tem muito mais açúcar, isso contribui muito para ter lesões de carie Prevenção Aplicação tópica de flúor: atuam de forma terapêutica e não preventiva na doença. Formando a fluoropatita no processo de DES X RE Então se a boca estiver com PH 5,5 vai ter perda mineral, mas com o flúor presente na saliva essa perda mineral será bem menor Flúor constate em pequenas concentrações X Aplicações periódicas em altas concentrações Higiene bucal supervisionada: componente fundamental da higiene pessoal Antibiótico não causa carie, só se for consumido com muita frequência e não fizer a escovação após o uso Quando tem a presença de muito açúcar eu vou eliminar as bactérias protetoras benéficas, e as bactérias predominam são as bactérias cariogenicas, quando chega o açúcar para essas bactérias elas vão fermentar esse açúcar pra fazer energia e a fermentação vai deixar mais acido ainda As bactérias transformam açúcar em acido e seleciona aqueles exemplares com maior habilidade para este processo Essas bactérias estão presentes na boca de todos A DIETA É DETERMINANTE Transmissível na doença carie são os hábitos de higiene e dieta da família, incorporados na rotina diária
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