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AULA 3 MORTE CELULAR

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PATOLOGIA GERAL 
Setembro/2020
Dra. Edvânia Pontes Lima
AJUDINHA
APOPTOSE COMO MECANISMO DE LESÃO NAS DOENÇAS HEPATOBILIARES
Mônica Beatriz PAROLIN* e Iara J. Messias REASON** 
MORTE CELULAR
Definição: Perda irreversível das atividades 
integradas da célula
MORTE CELULAR
- com conseqüente incapacidade de
manutenção de seus mecanismos de homeostasia
- isto é, perda do “equilíbrio” da célula com
o seu meio.
MORTE CELULAR
Necrose
É a morte celular seguida de autólise (degradação
enzimática dos componentes celulares por enzima da própria
célula liberada dos lisossomos após a morte celular).
A necrose é sempre um processo patológico e
desordenado de morte celular.
Apoptose
É um fenômeno em que a célula é estimulada a
acionar mecanismos que culminam com sua morte.
Diferente da necrose a célula em apoptose não sofre
autólise, ela é fragmentada e seus fragmentos são
endocitados por células vizinhas, sem desencadear
inflamação.
A apoptose é uma modalidade de morte celular
muito freqüente e importante fisiologicamente.
APOPTOSE 
Morte programada
Fenômeno em que a célula aciona mecanismos 
que culminam em sua própria morte
Processo ativo, sem resposta inflamatória 
Acomete pequenos grupos celulares ou células 
individualmente
APOPTOSE 
PROCESSOS 
FISIOLÓGICOS
INVOLUÇÃO DAS 
GLANDULAS MAMÁRIAS 
APÓS A LACTAÇÃO
NO ÚTERO DURANTE 
CICLO MENSTRUAL
PROCESSOS 
PATOLÓGICOS
AGRESSÃO 
IMUNITÁRIA
RADIAÇÃO
APOPTOSE 
ASPECTOS 
MORFOLÓGICOS
• Encolhimento e condensação do citoplasma
• Fragmentação nuclear: Cariorrexe
• Projeções e brotamentos da membrana
citoplasmática
• Corpos apoptóticos – digestão enzimática
APOPTOSE 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS QUE 
OCORREM NA 
CÉLULA APOPTÓTICA
MORTE CELULAR
• É a ação degradativa progressiva de enzimas sobre a célula
letalmente lesada levando a uma digestão enzimática da célula e
desnaturação de proteínas, que ocorre após a morte celular
NECROSE
A etiologia da necrose envolve todos os fatores relacionados às agressões, 
podendo ser agrupadas em agentes físicos, agentes químicos, agentes 
biológicos, Imunes e Distúrbios Nutricionais :
1) Agentes físicos:
Ex.: traumatismos mecânicos
variações de temperatura
variações repentinas de pressão atmosférica
radiações ionizantes, que produzem radicais livres 
2) Agentes químicos: compreendem substâncias tóxicas
Ex.:drogas, que podem produzir lesões celulares
venenos biológicos
arsênico, álcool, medicamentos, detergentes, fenóis 
substâncias de uso diário:
- poluentes ambientais
- inseticidas
- herbicidas etc. 
Etiologia das necroses:
3) Agentes biológicos: Ex.: vírus
parasitas
bactérias
protozoários
fungos
4) Mecanismos Imunes: Ex.:
- Reação anafilática
- Enfermidades auto-imunes
5 ) Distúrbios Nutricionais: Ex.:
- Deficiências nutricionais, especialmente def. vitamínicas
- Excesso de alimentos
MECANISMO DE AGRESSÃO CELULAR
- Inibição de enzimas
da fosforilação oxidativa
- Desconexão da 
fosforilação oxidativa
- Hipoglicemia
- Hipoxia
Produção de ATP
-Produção de 
Radivais livres
-Ativação do 
complemento
- Lise enzimática
- Resposta imune
Função da 
membrana
-Anomalias 
Genéticas 
herdadas
-Anomalias 
Genéticas 
adquiridas
-Toxinas 
exógenas
-Acúmulos de 
produtos tóxicos 
endógenos
Alterações 
genéticas
Alterações 
metabólicas
Células morfologicamente normal 
e funcionalmente anormal
Acúmulos citoplasmáticos anormais
Ausência de 
produção de ATP
Lise da memb. 
celular
Ausência de 
proteínas 
vitais
Falha das reações 
metabólicas vitais
MORTE CELULAR
Agressão não letal
Morfologia Microscópica
As mudanças se dão, principalmente, nos núcleos, os quais apresentam
alteração de volume e de coloração à microscopia óptica. Essas
alterações são denominadas de:
1) Picnose (gr. "Picnos" = espessamento) : o núcleo apresenta um volume
reduzido e torna-se hipercorado, tendo sua cromatina condensada;
característico na apoptose;
2) Cariorrexe (gr. "Rhexes" = Ruptura) : a cromatina adquire uma
distribuição irregular, podendo se acumular em grumos na membrana
nuclear; há perda dos limites nucleares;
3) Cariólise ou cromatólise (gr. "lysis" = dissolução) : há dissolução da
cromatina e perda da coloração do núcleo, o qual desaparece
completamente.
Alterações nucleares: 
Tipos de Necrose: Padrões Morfológicos
Tipos de Necroses
1. Coagulativa ou coagulação
2. Liquefativa ou de Liquefação
3. Caseosa ou de caseificação
4. Gordurosa
5. Gangrenosa
1) Necrose de Coagulação
É o tipo mais comum de necrose podendo ser chamada de Necrose 
Isquêmica
macroscopicamente:
- Amarelo pálido
- Sem brilho
- Limites mais ou menos precisos de forma irregular ou triangular,
dependendo do órgão atingido e do tipo de circulação.
➢ Na sua grande maioria a necroses de coagulação é observadas nos Infartos:
- Coração
- Rim
- Baço 
- Tumores de crescimento rápido
Necrose de Coagulação
Podemos observar:
Preservação do contorno básico da célula coagulada por pelo menos 
alguns dias
- O aumento da acidose intracelular
- desnatura as proteínas estruturais e enzimáticas
-bloqueia a proteólise da célula
" O processo de necrose coagulativa é característico da morte provocada 
por hipóxia celular, em todos os tecidos exceto no cérebro
Exemplo:
❖ Infarto do miocárdio
2) Necrose de Liquefação
Ao contrário da necrose de coagulação o tecido morto se encontra liquefeito
➢ Resulta da ação de enzimas hidrolíticas
- Com dissolução enzimática rápida e total do tecido morto
- Favorecida pela estrutura e constituição do mesmo.
➢ É característica de infecções bacterianas focais
- presença de grande quantidade de neutrófilos e outras 
células inflamatórias (os quais originam o pus)
O pús, é o resultado da agressão celular por agentes que evocam reação 
inflamatória supurativa
- Quando localizado é denominado: Abscesso
- Se difuso, sem limites definidos: Flegmão
- Se em cavidade pré-formada, como toráxica, vesícula biliar, etc é
denominado: Empiema
Necrose de Liquefação
❖ É encontrada, principalmente, no Tecido Nervoso que é rico em 
lipóides, água e enzimas lisossomais e pobre em proteínas
- Apresenta pouca capacidade de coagulação
- O que facilita a sua liquefação e a molecimento
Características:
Estrutura semelhante a “caseum” (queijo branco e fresco)
- Apresenta- se como:
➢ Massa amorfa e esbranquiçada 
➢ Sem brilho e consistência pastosa
➢ Friável e seca
➢ Microscopicamente, o tecido exibe uma massa amorfa composta 
predominantemente por proteínas.
- É freqüente em focos de infecções crônicas granulomatosas:
3) Necrose Caseosa ou de Caseificação
Tuberculose intestinal
Necrose caseosa em tuberculose pulmonar. Esse tipo de necrose é
caracterizado pela perda dos contornos celulares, diferentemente da
necrose por coagulação. No citoplasma, bastante eosinofílico, notam-se
também vacuolizações (setas).
http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/Banco_de_imagens/patoarteimages1Nectext3.htm
4) Necrose Gordurosa enzimática
É uma forma de necrose do tecido adiposo na qual a gordura é
desdobrada pela ação de lipases pancreáticas
Mecanismo:
Lesão liberação de Lipases pancreáticas células adiposas
liberando os triglicerídeos, que são hidrolisados pela lipase pancreática,
produzindo Ácidos Graxos liberados se combinam com o Cálcio para
produzir áreas brancas saponificadas.
Ocorre:
❖ No tecido peripancreático ( pancreatite aguda)
❖ No tecido gorduroso da glândula mamária
➢ Necrose Enzimática
➢ Esteatonecrose
Necrose enzimática gordurosa (NE) em pâncreas. Há intensa liberação
de lipases nesse órgão, as quais podem atingir o próprio tecido
adiposo pancreático, destruindo-o.
Corte longitudinal de pâncreas exibindo extensa área de necrose enzimática (NE).
5) Necrose hemorrágica: Quando há presença
de hemorragia no tecido necrosado.
É mais uma denominação macroscópica do que microscópica
Exemplos : 
➢ Necrose hemorrágica no pulmão (geralmentepor embolia)
➢ Necrose hemorrágica no cérebro
6) Necrose Gomosa: Necrose do tecido inflamado em resposta
ao agente causador da sífilis ( Treponema Pallidum)
Características:
Encontrada especialmente na sífilis congênita, tardia ou terciária
A área necrótica apresenta-se compacta, uniforme e elástica
7) Necrose fibrinóide (Degeneração fibrinóide) : É representada por 
alteração granular, eosinofílica da parede vascular, o tecido necrótico adquire 
uma aspecto hialino, semelhante a fibrina. 
Pode aparecer:
➢ Nas paredes dos vasos 
➢ Na úlcera péptica
➢ Em casos com Lúpus
➢ Poliartrite 
Necrose fibrinóide (NF) em úlcera péptica (estomacal). O tecido necrosado 
apresenta um aspecto hialino e está rodeado por infiltrado inflamatório 
(IC) (HE, 100X).
8) Necrose Gangrenosa (Gangrena)
As gangrenas são necroses que ocorrem com:
Isquemia
Liquefação
as custas de bactérias e leucócitos
onde as bactérias geralmente são anaeróbicas
levando a putrefação do tecido necrótico
É encontrada em tecidos de fácil acesso para as bactérias saprofíticas, tais 
como:
✓ Pele
✓ Pulmão
✓ Intestino
✓ Glândula mamária
Tipos de Gangrena : Seca, Úmida e Gasosa
Gangrena Seca: Desidratação dos tecidos necrosados secos e duros, 
semelhante a múmias Mumificação
Localização em extremidades como:
✓ Nariz
✓ Orelha
✓ Membros
Características:
❑ Não apresentando o fator “dor”
❑ Apresentando macroscopicamente, linha demarcatória entre a área normal 
e o tecido necrosado
❑ Côr pode variar de amarelo esverdeado à pardo enegrecido, em decorrência 
da decomposição local da Hemoglobina
Etiologia :
➢ Causa isquêmica causada através do congelamento ou vasoconstrição.
➢ Gesso e bandagens muito apertadas;
Ocorre fisiologicamente no Cordão Umbilical
A causa da necrose por coagulação foi uma obstrução arterial aguda. 
Gangrena seca, em área que sofreu necrose coagulativa. Superfície
externa de membro fixado em formol.
Gangrena Úmida 
Etiologia :
Causada por isquêmia e liquefação (proliferação de microrganismos)
Ocorre preferencialmente:
Nos pulmões:
Pneumonias agudas por aspiração de corpos estranhos;
Mucosa uterina:
Metrite purulenta e/ou morte fetal;
Intestino:
Evolução de apendicites e colecistites graves;
" É geralmente fatal, devido ao quadro de Toxemia Sistêmica
Gangrena úmida
Gangrena úmida
Gangrena Gasosa
É também conhecida como "Gangrena enfizematosa", "gangrena 
crepitante" ou "gangrena bolhosa".
• Quando o microrganismo infectante produz gás, como o Clostridium.
Característica:
Ação de bactérias anaeróbias gasógenas sobre o tecido necrosado
São causadas por bactérias anaeróbicas produtoras:
✓ De gás (H2, CO2, CH4, NH3, SH2),
✓ E ácido acético.
✓ De ácido butírico (de onde o odor característico de manteiga rançosa) 
Consequências das Necroses
O tecido necrótico comporta-se como um corpo estranho (devido à liberação
de Antígenos escondidos), provocando uma reação inflamatória na tentativa
de eliminar a área necrosada.
Absorção: Se a área afetada for mínima. Fagocitose por Macrófagos.
Drenagem: Se área for próxima à vias excretoras ou se ocorrer
fistulação (Ruptura e drenagem de abscessos/necrose coliquativa).
Cicatrização: Proliferação fibroblástica e substituição do parênquima
necrótico por tecido conjuntivo fibroso.
Calcificação distrófica: Deposição de sais de cálcio no tecido morto.
Comum na necrose caseosa.
Encistamento ou Seqüestro: Formação de pseudo-cistos, quando a área de
necrose é ampla limitando a absorção. Comum nas necroses do cérebro
Diferenças básicas entre apoptose e necrose
Características APOPTOSE
Morte Celular 
Programada
NECROSE
Morte Celular Acidental
Estímulo Fisiológico (Ativação de 
um relógio bioquímico, 
geneticamente 
regulado) ou patológico.
Patológico (Agressão 
ou ambiente hostil).
Ocorrência Acomete células 
individuais, de maneira 
assincrônica. 
Eliminação seletiva de 
células.
Acomete um grupo de 
células. Fenômeno 
degenerativo, 
conseqüência de lesão 
celular severa e 
irreversível.
Reversibilidade Irreversível, depois da 
ativação da 
endonuclease.
Irreversível, após o "ponto 
de não retorno"- Deposição 
de material floculento e 
amorfo na matriz 
mitocondrial.
Morfologia:
•Célula
Enrugamento, projeções 
digitiformes da 
membrana celular e 
formação de corpos 
apoptóticos.
Tumefação celular, perda 
da integridade da 
membrana e posterior 
desintegração.
Adesões entre células e 
Membrana Basal
Perda (precoce) Perda (tardia)
Liberação de enzimas 
lisossômicas
Ausente. Presente.
Fagocitose pelas células 
da vizinhança
Presente, antes mesmo 
da lise celular 
("Canibalismo celular").
Ausente -
Macrofagocitose pode 
ocorrer, após a lise 
celular.
Formação de cicatrizes Ausente. Pode ocorrer, se a área de 
necrose for ampla.

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