Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Cicatrização da Micropigmentação Principais fases e instruções pós procedimento https://silam-pmu.com/blog/ 2 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Sumário Fase Inflamatória 4 Fase Proliferativa 6 Fase Epitelização 8 Fase Maturação 9 Mitos e verdades 10 Os Vilões e os mocinhos 12 Conclusão 13 https://silam-pmu.com/blog/ 3 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Um estudo produzido pela ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, de maneira conjunta com o instituto FSB de pesquisa, o Brasil atualmente ocupa o terceiro lugar dentre os mercados de estética no mundo. Ficando atrás apenas de Estados Unidos e China. Dentre os procedimentos estéticos, uma prática que vem conquistando cada vez mais adeptos é a micropig- mentação. A micropigmentação é uma técnica que possui caráter semipermanen- te, cuja principal finalidade se dá no embelezamento e correção de so- brancelhas, lábios, couro cabeludo e aréolas. Para realização do procedimento, o profissional precisa ter amplo domí- nio das técnicas, adequando-as às necessidades particulares e individu- alidades de cada paciente. Também, é preciso ter em mente que micro- pigmentar a pele é essencialmente iniciar um processo inflamatório. O sistema imunológico reage ao que considera ser um ataque e começa a reparar a pele - esse processo pode parecer traumático. No entanto, é o mesmo que permite a permanência do pigmento na pele. Por se tratar de uma técnica leve- mente invasiva que promove pequenas perfurações na pele, é im- portante ter conhecimento de como agir após aplicação do procedimen- to. O conteúdo a seguir fala exatamente sobre o processo cicatrização da mi- cropigmentação, parte de suma im- portância para que a técnica alcance o melhor resultado possível. Conheça agora as principais fases da cicatrização: https://silam-pmu.com/blog/ 4 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento É quando ocorre a dilatação dos vasos sanguíneos, essa fase, provoca vazamento de líquido que contém enzimas, fatores de crescimento e citocinas (células in- flamatórias). Esta fase inicia-se no momento exato da lesão e termina cerca de 36 horas após o início do trauma e tem as seguintes características: 01. Fase Inflamatória Presença local de calor, rubor e edema: A lesão tecidual induz à liberação de histamina, serotonina e bradicinina que causam vasodilatação e aumen- to do fluxo sanguíneo local. Formação coágulo O sangramento provocado pelo rom- pimento dos vasos faz com que pla- quetas, hemácias e fibrina tenham acesso ao tecido lesado e formem um coágulo impermeável dificultan- do a contaminação. https://silam-pmu.com/blog/ 5 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento O QUE QUEREMOS NESTA FASE: Resposta Inflamatória Mediadores químicos como a prostaglandi- na, histamina, serotonina, leucotoxina e bra- dicinina favorecem a exsudação plasmática de modo com que os leucócitos e fibroblas- tos cheguem até a ferida. A prostaglandina é um dos mediadores mais importantes pois além de promover a vasodilatação ela também induz á mitose e a quimiotaxia de leucócitos (atração química dos leucócitos para a área de lesão); Inibição de enzimas Metaloproteinases de Matriz (MMPs), as citocinas TNF, e inibir a inflamação. https://silam-pmu.com/blog/ 6 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento 02. Fase Proliferativa Após a inflamação, o corpo substitui o tecido danificado por colágeno novo. A pele de- senvolve este novo colágeno muito rapidamente e pode produzir colágeno anormal. O acúmulo de colágeno anormal pode levar a cicatrizes hipertróficas e até cicatrizes quelóides. A fase proliferativa da cicatrização tem início por volta do terceiro dia pós trauma e perdura por 2 ou 3 semanas e é composta pelos três eventos explicados logo a seguir: Fibroplasia Após o trauma, células mesen- quimais presentes no tecido são transformadas em fibroblastos que, atraídos para região do trauma se di- videm e produzem componentes da matriz extracelular. Os fibroblastos sintetizam o colágeno que irá confe- rir força e sustentação da cicatriz. A síntese de colágeno diminui por vol- ta de quatro semanas e se equilibra com a sua taxa de destruição, e en- tão, inicia a sua fase de maturação que pode durar meses. Neo- angiogênese Processo de formação de novos va- sos sanguíneos para manter o am- biente de cicatrização da ferida. Os novos vasos formam-se a partir de brotos endoteliais, que migram da periferia para o centro da ferida, sob a malha de fibrina depositada sob o leito da ferida. A neo-angiogênese é responsável pela nutrição do teci- do e aumento do aporte de células como leucócitos e fibroblastos para o local da ferida; https://silam-pmu.com/blog/ 7 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Matriz extracelular Substitui o coágulo depositado no leito da ferida e tem a função de restauração da continuidade do te- cido lesado. Os fibroblastos são as principais células responsáveis pela produção das proteínas da matriz extracelular. Epitelização As células epiteliais, a partir de 24 a 36 horas pós lesão, migram das bor- das para o leito da ferida induzindo a contração neoepitelização. O QUE QUEREMOS NESTA FASE: Encorajar a produção de colágeno normal e “saudável” e limitar a produção de colágeno anormal. https://silam-pmu.com/blog/ 8 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento A camada superior da pele conserva a água e serve como uma barreira de infecção. Lesões na pele prejudicam gravemente esta função. A próxima fase de cicatrização de feridas é a formação da nova camada de pele superior (epiderme). Reabastecer e manter o teor de água da pele é essencial durante esta fase. 03. Fase Epitelização O QUE QUEREMOS NESTA FASE: Aumentar o teor de água da cicatriz, restaurar biocamadas lipídicas e aumentar o teor de água cicatrizada. https://silam-pmu.com/blog/ 9 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento A cicatriz recém formada agora começa a amadurecer. Esta fase final pode durar até 2 anos. As fibras de colágeno se organizam para que a área onde o procedi- mento foi aplicado se torne mais forte e durável. Isso pode causar endurecimento das cicatrizes e perda de elasticidade. A cicatriz também pode tornar-se vermelha, o que pode levar até vários anos para melhorar. A fase de maturação envolve: 04. Fase Maturação Remodelação Início durante a terceira semana e caracteriza-se por aumento da resis- tência. Há um equilíbrio de produ- ção e destruição das fibras de colá- geno neste período. Quando há um desequilíbrio nesse processo pode- rão surgir quelóides e cicatrizes hi- pertróficas. Contração da Ferida Contração no sentido da periferia em direção para o centro da ferida de toda a espessura da pele circundante; O QUE QUEREMOS NESTA FASE: Suavizar o tecido duro, restaurar elasticidade e reduzir vermelhidão e pigmento escuro. https://silam-pmu.com/blog/ 10 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento sobre o processo de cicatrização da Micropigmentação Mitos e verdades A pele humana representa de 15% a 20% do peso corpóreo e é formada por diversas camadas: a mais super- ficial chama-se epiderme. É justa- mente ela que fica enrugada duran- te o banho, porque uma de suas funções é não permitir que entre água no corpo. A epiderme também é o que descama quando alguém fica exposto ao sol sem proteção e é onde a melanina se encontra, aque- le pigmento que diferencia os tons de pele. Logo abaixo dessa primeira camada está a derme,onde estão as rugas de idade, o pigmento da tatua- gem, estrias e vasos sanguíneos. Uma revolução chamada ‘reparo tecidual’ Quem vê um machucado na pele não imagina a quantidade de etapas envolvidas no processo de cicatriza- ção. Mas existem pessoas especiali- zadas nessa área de estudo, como a professora Andréa Monte Alto Cos- ta, do Instituto de Biologia da Univer- sidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Doutora em biologia celular e tecidual, ela coordena um grupo de pesquisa que analisa todo o proces- so de reparo tecidual que acontece no local da lesão, como ferimentos, cortes e queimaduras. Muitos agentes estão en- volvidos no processo de re- construção da pele quando uma pessoa se machuca. https://silam-pmu.com/blog/ 11 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Depois vem a formação de tecido de granulação, quando a pele começa a ser re- construída. Os vasos danificados se regeneram, a partir de um processo chamado de angiogênese; os fibroblastos migram da região não machucada para a lesionada, se diferenciam em miofibroblastos e começam a produzir e depositar o colágeno. “Chamamos de matriz extracelular o tecido que preenche o espaço vazio entre uma célula e outra da pele, composta por colágeno, por exemplo. Ela é fundamental na hora da reconstrução”, afirma a pesquisadora. É a partir do primeiro momento que várias células do corpo já se prepa- ram para a reconstrução do tecido. Na primeira fase observa-se a for- mação do coágulo assim que o feri- mento começa a sangrar, que, quan- do ressecado, transforma-se na tão famosa “casquinha” do machucado, que nada mais é do que uma pro- teção para o que está acontecendo embaixo dela e uma barreira para a entrada de bactérias . Além disso, células de defesa conhecidas como neutrófilos e macrófagos migram para o local da lesão e várias subs- tâncias são liberadas para estimular as fases seguintes, como os fatores de crescimento. Quando alguém se machu- ca, o corte pode ser super- ficial e atingir apenas a epiderme. Nesse caso, as células desse primeiro teci- do se proliferam para rege- nerar o local afetado. Mas e quando sangra? “Significa que o machucado foi mais profundo e atingiu os va- sos”, explica a professora, detalhando que o reparo tecidual acontece em três fases: inflamação, forma- ção de tecido de granula- ção, epitelização e remode- lamento da cicatriz. https://silam-pmu.com/blog/ 12 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Em seu trabalho, André busca entender o que ajuda e o que atrapalha o processo de reposição do tecido. Na lista de situações que não trazem benefícios o estresse psico- lógico tem fundamental importância, uma das linhas de pesquisa de seu grupo. Nas palavras dele, essa condição retarda o pro- cesso de cicatrização, o que a levou à busca de substâncias que conseguiriam reverter o quadro, como a nicotina, encontrada no cigarro. “Sozinha, a nicotina acelera a cica- trização, mas quando associada ao estresse ela não ajuda. Existem estudos indicando seu potencial para reduzir o estresse. Isso explica um pouco a necessidade da pessoa que fuma para desestressar.” Durante a pes- quisa, eles aplicaram adesivos com nicotina, utilizados por pessoas que querem parar de fumar, em lesões de ratos e camundongos de laboratório submetidos a condições de estresse. Dentro dessa linha, o grupo também estuda a aplicabilidade do mate em pó para acele- rar a cicatrização. Os resultados apontaram uma parcial melhora quando a substância é ingerida em determinada quantidade. Há grandes chances de os antioxidantes do mate serem agentes importantes. Eles já são conhecidos por atuarem no corpo hu- mano prevenindo doenças e retardando o processo de envelhecimento. Os Vilões e os mocinhos DICAS GERAIS: Lavar a área Lavar com água e sabão é o segredo para qualquer machucado. Casquinha Arrancar a “casquinha”? Nem pensar! Senão vol- ta a sangrar e o processo recomeça do zero. Ela vai cair sozinha quando a pele estiver 100% reconstruída. https://silam-pmu.com/blog/ 13 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Você aplicará esse conhecimento no seu estúdio? Sabemos que o estudo é essencial para que seu trabalho ocorra da melhor forma possível. Conte com a SILAM para receber todo o suporte antes, durante e pós a realização do procedimento. Para evitar qualquer tipo de erro e potencializar o aprendizado de maneira profun- da, recomendamos o Guia Prático de Pigmentos 1.0. Com esse material, você será capaz de oferecer a seus clientes o que há de melhor no universo da micropigmen- tação. Conclusão André dos Santos Empreendedor e Curador Sócio-fundador do SILAM Esse e-book foi escrito por https://silam-pmu.com/blog/ http://www.silammasterclass.com/guia/ https://www.facebook.com/silamevents/ https://www.instagram.com/andre_silam/ 14 Cicatrização da Micropigmentação: Principais fases e instruções pós procedimento Leituras Recomendadas Chu DH. Overview of biology, development, and structure of skin. In: Wolff K, Gold- smith LA, Katz SI, Gilchrest, Paller AM, Leffell DJ, editors. Fitzpatrick’s dermatology in general medicine. 7th ed. New York: McGraw-Hill; 2008. Kierszenbaum AL. Histologia e biologia celular: uma introdução à patologia. Rio de Janeiro: Elsevier; 2004. Murphy GF. Histology of the skin. In: Elder DE, Elenitsas R, Johnson BL, Murphy G, editors. Lever´s histopathology of the skin. 9th ed. Philadelphia: Lippincott Willians & Wilkins; 2004. Sampaio AS, Rivitti EA. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas; 2007. Tosti A, Piraccini BM. Biology of nails and nail disorders. In: Wolff K, Goldsmith LA, Katz SI, Gilchrest, Paller AM, Leffell DJ, editors. Fitzpatrick’s dermatology in general medicine. 7th ed. New York: McGraw-Hill; 2008. TAZIMA, Maria de Fátima; VICENTE, Yvone Avalloni de Andrade; MORIYA, Tatachi. Biologia da Ferida e Cicatrização. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo. 2008. Histologia básica I. L.C.Junqueira e José Carneiro. - [12 . ed]. - Rio de Janeiro: Gua- nabara Koogan, 2013. FÍSICA IV : ótica e física moderna, Young, Hugh D.: colaborador A. Lewis Ford, São Paulo, 2009. Biologia: Volume Único, Sônia Lopes, 2. Edição, São Paulo, Saraiva 2008. Química, 1o ano, ensino médio, Murilo Tissoni Antunes, 2. Edição, Edições SM, São Paulo, 2013. Química na abordagem do cotidiano, Francisco Miragaia Peruzzo, Eduardo Leite do Cantos, 4 edição, São Paulo, Moderna, 2006. https://silam-pmu.com/blog/ Fase Inflamatória Fase Proliferativa Fase Epitelização Fase Maturação Mitos e verdades Os Vilões Conclusão
Compartilhar