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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
 
FACULDADE DE DIREITO CURSO DE DIREITO
 
Disciplina de Direito Agrário
Prof. Esp. Robson Moraes dos Santos
 
 
ATIVIDADE AVALIATIVA AULA 08
*Cada resposta deve ter no mínimo 05 e no máximo 20 linhas de conteúdo.
*A pesquisa é livre. Portanto, ao elaborar a sua resposta, indique, no mínimo, duas referências bibliográficas, seja através de livros doutrinários, seja por artigos disponíveis em sites jurídicos. O desatendimento a esta orientação ocasionará em redução de nota.
* A devolução da referida atividade NÃO pode ser em PDF e deve ser neste mesmo documento, ou seja, ela deverá ser devolvida da mesma forma em que foi baixada.
 
Vimos em nossa aula 08 que a desapropriação e o direito de propriedade pode parecer aos mais afoitosque a desapropriação seja um meio de se negar odireito de propriedade, mas não é, ao contrário, éconfissão de respeito ao direito de propriedade, peloreconhecimento de que o Poder Público só podesubtrair a propriedade ao particular obedecendo àsregras jurídicas precisas. O instituto dadesapropriação não atinge o direito de propriedade emsua característica mais avulsa, que é o seu valoreconômico. Há apenas permuta de valores, substitui-seum bem, o objeto do direito de propriedade, por outrobem, o seu preço em dinheiro ou equivalente. Não é acoisa em si que se garante: é a sua expressão econômicade molde a permanecer íntegro o patrimônio dapessoa, apesar da desapropriação.
Com base no texto acima responda o que se pede:
 
1- Diga como se procede a desapropriação no Direito Brasileiro.
No Brasil a desapropriação tem sido tema explícito de todas as Constituições. Naturalmente desapropriação por necessidade ou utilidade pública. E ela vem consignada no código civil, como modo de se perder a propriedade no Imóvel. A desapropriação por interesse social, porém, só aparece com a Constituição de 1946 (art. 141, §16), fruto de emenda à última hora. Assim, a partir de 1946, ficamos com desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social. Foi um passo enorme em busca do bem-estar.
Infelizmente, a norma constitucional, quanto à desapropriação por interesse social, ficou com a letra morta até 1962, quando veio à luz a lei n. 4.132, de 10 de setembro de 1962, definindo os casos de desapropriação por interesse social.
Na área do campo, entretanto, seria limitadíssimo o alcance, seja da norma constitucional, seja da citada lei n. 4.132/62, enquanto perdurasse o princípio estratificado na consciência jurídica nacional, de que a desapropriação só poderia dar-se mediante prévia e justa indenização em dinheiro.
Vastos problemas ligados às tensões sociais do campo, à má distribuição da terra e à sobrecarga de latifúndios estariam praticamente insolúveis por exigirem as respectivas desapropriações um volume tal de dinheiro que o expediente era inviável.
O pagamento da indenização em títulos especiais da dívida pública, entretanto, só incidiria sobre latifúndios, em áreas incluídas nas zonas prioritárias, excetuadas as benfeitorias necessárias e úteis, que seriam sempre pagas em dinheiro.
A desapropriação por interesse social, para fins de Reforma Agrária, não pode incidir sobre empresa rural, cujo conceito atualizado é o constante do Decreto n. 84.865, de 06 de maio de 1980, art. 22, III.
A proibição de desapropriar empresa rural, para fins de Reforma Agrária, está no art. 161§ 2 da Emenda Constitucional n. 1/69, no art. 2 do Decreto-lei n. 554, de 25 de abril de 1969 (revogada pela Lei Complementar n 88/96), no art. 19, § 3, b, do Estatuto da Terra, hoje, art.185 da Constituição Federal de 1988, nos artigos 1 a 4 da Lei Complementar n. 88/96), e na Lei no 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, art. 4o no parágrafo único.
2- Há algum (uns) pressuposto (os) prévio (os) que deve (em) ser cumprido (os) para que se proceda a desapropriação?
A desapropriação emergiu fundamentalmente da “Declaração dos Direitos dos Direitos do homem e do Cidadão”, adotada pela Revolução Francesa em 1789: Art.17. Ninguém poderá ser privado da propriedade, que é um direito inviolável e sagrado, senão quando a necessidade pública, legalmente verificada, evidentemente o exigir e sob condição justa e prévia indenização. (SALGADO, Direito e deveres do homem, p.199-200).
E a declaração de 1793, publicada no preâmbulo da Constituição do mesmo ano, ratificou aquele princípio, assim exprimindo o pensamento do povo francês, mediante sua Convenção Nacional: Art. 19. Ninguém pode ser privado da menor parcela de sua propriedade sem seu consentimento, a não ser quando a necessidade pública, legalmente comprovada, o exige e sob condição justa e prévia indenização. (SALGADO, cit, p. 203). Anteriormente, o soberano simplesmente se apossava da propriedade privada, pretexto arranjava-se. A partir daquelas Cartas políticas o proprietário estava a salvo do arbítrio estatal indiscriminado, e garantido pelo direito à reposição econômica, de tal ordem que a subtração de sua propriedade não o poria mais pobre ou menos rico.
3- Há contraditório no processo de desapropriação?
Segundo o Decreto-Lei 3.365/41 para com o sistema constitucional em vigência no Brasil após 1988, que regula a desapropriação fundada em declaração de utilidade pública prevista na Constituição Federal. a desapropriação por utilidade pública deve transitar em dois diferentes e necessários momentos: um processo administrativo e um processo judicial. Em ambos deve haver irrestrito respeito ao direito fundamental do devido processo legal (CF, artigo 5º, inciso LIV), em especial com necessária observância do contraditório e da ampla defesa (CF, artigo 5º, inciso LV), sob pena de nulidade absoluta do ato administrativo. Esse processo administrativo prévio é que dará o necessário embasamento técnico e sistemático à declaração administrativa, sendo imprescindível para formação da justificativa para excepcionar o fundamental direito de propriedade. Num Estado Democrático de Direito, garantidor de direitos fundamentais, o administrador público é obrigado a justificar de forma proporcional e com motivação real atos de exceção ao direito de propriedade, para o que se torna imperioso um processo administrativo com respeito ao contraditório e à ampla defesa.
Nas palavras de José Antônio Pimenta Bueno, “a propriedade real, assim como a intelectual e moral, tem a sua origem na natureza, e é sagrada, porque é o fruto dos esforços, fadigas e sacrifícios do homem” (apud FRANCO SOBRINHO, 1977, p. 107). A garantia da propriedade e o respeito a ela é indissociável do Estado Democrático de Direito, por todas as razões, sejam pessoais, econômicas ou políticas. 
O texto constitucional impõe que: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” (CF, artigo 5º, inciso LIV). A existência do justificador processo administrativo é, por seu turno, o que tornará o contraditório judicial possível, garantindo-se, assim, o necessário devido processo legal na perda de seu bem.
4- De quem é a competência para se proceder a desapropriação?
A desapropriação rural está prevista no Art. 184 da Constituição Federal de 1988, e é assim denominada por incidir sobre imóveis rurais para fins de reforma agrária. É uma modalidade específica de desapropriação, de competência exclusiva da União, que visa atender o interesse social. Nos dizeres de Alexandre de Moraes, a reforma agrária é compreendida como “o conjunto de notas e planejamentos estatais mediante intervenção do Estado na economia agrícola com a finalidade de promover a repartição da propriedade e renda fundiária”. Da mesma forma que a desapropriação rural em si compete à União, também sobre ela compete à União legislar, tal como previsto no Art. 22, II da Lei Fundamental. Foi, então, editada a Lei nº 8.629/93, que regula a desapropriação para fins de reforma agrária.
5- Formule duas questões OBJETIVAS sobre os temas tratados em nossa aula 08. VEJA O MODELO NO QUADRO DE AVISOS.
 
1) Acerca de atos administrativos, serviços públicos e intervenção do Estado na propriedade,julgue o item seguinte. 
O proprietário de imóvel rural para o qual tenha sido intentada ação de desapropriação parcial, restando área remanescente reduzida a superfície inferior à de pequena propriedade rural, tem direito de requerer, na contestação, que todo o imóvel seja desapropriado, salvo se a finalidade da desapropriação for a reforma agrária. 
· Certo
· Errado (alternativa correta)
2) No que se refere à desapropriação, julgue o item seguinte.
Compete aos municípios a desapropriação por descumprimento da função social da propriedade urbana, e aos estados, a desapropriação de imóvel rural, por interesse social, para fins de reforma agrária. 
· Certo
· Errado (alternativa correta)

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