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Anatomia dos Olhos

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Anatomia 
1º Termo 
Olho 
Introdução 
O olho é o órgão da visão e é formado pelo bulbo do olho 
e pelo nervo óptico. A órbita contém o bulbo do olho e as 
estruturas acessórias da visão. A região orbital é a área da 
face sobre a órbita e o bulbo do olho que inclui as pálpebras 
e o aparelho lacrimal. 
Órbitas 
São as cavidades ósseas no esqueleto da face com formato 
de pirâmide com o ápice póstero-medial e a base 
anterolateral. O seio etmoidal e a parte superior das cavidades 
nasais separam as paredes mediais das órbitas. 
 
Os eixos orbitais vão divergir em torno de 45º, porém os 
eixos ópticos (eixos da visão) são paralelos e estão voltados 
para a frente em posição anatômica. 
 
A principal função das órbitas é abrigar os bulbos dos olhos 
e proteger eles além de abrigar as estruturas acessórias da 
visão, que são as pálpebras (limitam anteriormente as órbitas 
e controlam a exposição da região anterior do bulbo do 
olho), os mm. Extrínsecos do bulbo do olho (movimentam os 
bulbos e levantam as pálpebras superiores), os nervos e 
vasos. 
A fáscia orbital, o aparelho nasolacrimal e a túnica mucosa 
(reveste as pálpebras, a face anterior dos bulbos e a maior 
parte do aparelho nasolacrimal) também são estruturas 
acessórias. 
 
Todo o espaço das órbitas que não é ocupado pelos 
elementos acessórios, é preenchido pelo corpo adiposo da 
órbita. Os ossos que formam a órbita são revestidos pela 
periórbita, o periósteo da órbita. A periórbita é contínua no 
canal óptico e na fissura orbital superior com a lâmina 
periosteal da dura-máter, além de outros locais. 
Pálpebras 
Tanto a pálpebra quanto o líquido lacrimal (secretado pelas 
glândulas lacrimais) protegem o bulbo do olho contra lesões 
e contra irritação (por poeira por exemplo). Quando 
fechadas, as pálpebras cobrem o bulbo do olho 
anteriormente, protegendo-o contra lesão e contra a luz 
excessiva. Também mantêm a córnea úmida por 
espalhamento do líquido lacrimal. 
As pálpebras são pregas móveis cobertas externamente por 
pele fina e internamente por túnica mucosa transparente, a 
túnica conjuntiva da pálpebra, que é refletida sobre o bulbo, 
onde é contínua com a túnica conjuntiva do bulbo (contém 
vasos sanguíneos visíveis sobre a esclera e se adere à 
periferia da córnea). 
*A conjuntiva é transparente, exceto em irritações ou 
inflamações em que há congestão e dilatação dos vasos 
(hiperemia) 
 
. 
As linhas de reflexão da túnica conjuntiva da pálpebra sobre 
o bulbo do olho formam recessos profundos, os fórnices 
superior e inferior da conjuntiva 
O saco da conjuntiva é o espaço limitado pelas túnicas 
conjuntivas da pálpebra e do bulbo; é um espaço fechado 
quando as pálpebras estão fechadas, mas se abre quando o 
olho é “aberto” (as pálpebras são afastadas). O saco da 
conjuntiva é uma forma especializada de “bolsa” mucosa que 
permite a livre movimentação das pálpebras sobre a 
superfície do bulbo do olho enquanto se abrem e se fecham. 
 
Vale ressaltar que as pálpebras são reforçadas por faixas de 
tecido conjuntivo chamadas de tarsos superior e inferior. 
Neles se inserem as glândulas tarsais que produzem 
secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras e 
impede sua adesão, além disso, forma uma barreira para o 
líquido lacrimal não ultrapassar quando encontrado em 
volumes normais. 
 
Os cílios são encontrados nas margens das pálpebras e 
estão associados a glândulas sebáceas chamadas de 
glândulas ciliares. A junção das pálpebras forma as 
comissuras medial e lateral das pálpebras que definem os 
ângulos medial e lateral do olho 
Por fim, se tem o septo orbital, que é uma membrana fibrosa 
que vai dos tarsos às margens das órbitas e se torna 
contínuo com a periórbita, com isso limita a disseminação de 
infecções para a órbita e para outros locais. 
 
 
 
Aparelho Lacrimal 
É composto pela glândula lacrimal e outras estruturas. Os 8-
12 dúctulos excretores da glândula lacrimal conduzem o 
líquido das glândulas para o saco da conjuntiva. Os canalículos 
lacrimais começam no ponto lacrimal presente na papila 
lacrimal (fica perto do ângulo medial do ângulo) cuja função 
é drenar o líquido lacrimal do lago lacrimal (espaço triangular 
no ângulo medial do olho onde se acumulam lágrimas) para 
o saco lacrimal (parte superior dilatada do ducto nasolacrimal) 
Por fim, o ducto nasolacrimal conduz o líquido 
lacrimal para o meato nasal inferior 
 
Glândula Lacrimal 
Situada na fossa da glândula lacrimal na parte súperolateral 
de cada órbita, é dividida pela expansão do tendão do m. 
levantador da pálpebra superior em parte orbital (superior) e 
palpebral (inferior). Essa glândula secreta o líquido lacrimal 
(solução aquosa salina que contém a enzima bactericida 
lisozima) cuja função é umidificar e lubrificar as conjuntivas e 
a córnea além de fornecer oxigênio dissolvido a ela. Além de 
limpar partículas e irritantes do saco conjuntival, o líquido 
lacrimal fornece nutrientes e oxigênio para a córnea. 
*Podem haver glândulas lacrimais acessórias ao longo dos 
fórnices ou na parte média da pálpebra 
Eliminação de Substâncias Estranhas 
As pálpebras aproximam-se em sequência lateral a medial, 
empurrando uma película de líquido medialmente sobre a 
córnea, dessa forma, o líquido lacrimal que contém material 
estranho como poeira é empurrado em direção ao ângulo 
medial do olho, acumulando-se no lago lacrimal, de onde 
drena através dos pontos lacrimais e canalículos lacrimais para 
o saco lacrimal. A partir desse saco, o líquido segue para o 
meato nasal inferior da cavidade nasal através do ducto 
nasolacrimal. Drena posteriormente através do assoalho da 
cavidade nasal para a parte nasal da faringe e depois é 
engolido. 
 
 
 
. 
Bulbo do Olho 
O bulbo ocupa a maior parte da porção anterior da órbita, 
tem um diâmetro de aprox. 25 mm e contém o aparelho 
óptico do sistema visual. É suspenso por 6 músculos 
extrínsecos que controlam seus movimentos e possui 3 
túnicas, porém é circundado por uma camada de tecido 
conjuntivo frouxo que o sustenta na órbita e é formada 
(posteriormente) pela bainha do bulbo do olho (Cápsula de 
Tenon) e pela túnica conjuntiva do bulbo anteriormente 
Túnica Fibrosa 
Sendo o esqueleto externo do bulbo formado pela esclera 
e córnea, garante a forma e a resistência do bulbo. A córnea 
é a parte transparente dessa túnica que cobre o 1/6 anterior 
do bulbo e parece se projetar do bulbo quando vista 
lateralmente. A córnea é muito sensível ao toque e sua 
inervação é realizada pelo nervo oftálmico (NC V). 
A esclera é a parte resistente e opaca dessa camada que 
cobre os 5/6 posteriores do olho. É o local de fixação da 
musculatura extrínseca e intrínseca do olho, e sua parte 
anterior é visível através da túnica conjuntiva do bulbo que 
é transparente. 
As duas partes da túnica fibrosa vão se diferenciar de acordo 
com a organização de suas fibras colágenas e do grau de 
vascularização delas. A esclera é relativamente avascular e a 
córnea é totalmente avascular (é nutrida por capilares 
periféricos, pelo líquido lacrimal e pelo humor aquoso) 
O limbo da córnea é o ângulo formado pela interseção das 
curvaturas da esclera e da córnea na junção corneoescleral. 
A junção é um círculo que inclui várias alças capilares que 
participam da nutrição da córnea. 
Túnica Vascular 
Também chamada de úvea/ trato uveal, é formada pela 
coroide, corpo ciliar e íris. A coroide é marrom e se encontra 
entre a esclera e a retina, forma a maior parte dessa túnica 
e reveste a maior parte da esclera. Os vasos maiores são 
mais externos e os menores formam a lâmina capilar da 
coroide (supre a retina). É muito fixada à retina, mas à esclera 
não. 
O corpo ciliar é um espessamento vascular e muscular da 
camada posterior ao limbo da córnea. Nele se fixa a lente e 
a contração de sua musculatura circular controla o foco da 
lente. Internamente a ele se tem os processos ciliares que 
são pregas que secretam humor aquoso. 
 
 
 
Por fim, se tem a íris, queé um diafragma fino, contrátil e 
com uma abertura central chamada de pupila. Os mm. 
Involuntários que controlam o tamanho da pupila são o m. 
esfíncter da pupila, que é circular e diminui o diâmetro da 
pupila (miose pupilar), e o m. dilatador da pupila, que é radial 
e dilata a pupila (midríase pupilar) 
*Inervação dos mm. da íris 
Túnica Interna 
Sendo composta pela retina, é a camada neural sensitiva do 
bulbo. É formada por duas partes funcionais, a parte óptica, 
que é sensível à luz e tem um estrato nervoso e um 
pigmentoso (reforça a propriedade de absorção de luz pela 
coroide para impedir a dispersão de luz no olho), e a parte 
cega, que se estende sobre o corpo ciliar (parte ciliar da 
retina) e na face posterior da íris (parte irídica da retina) até 
a margem pupilar. 
 
*Ora serrata é a margem posterior irregular do corpo celular 
e é onde termina a parte óptica funcional da retina. 
O disco do nervo óptico (papila óptica) é uma parte circular 
bem definida da retina onde não se tem fotorreceptores, 
por isso é insensível a luz e é chamado de ponto cego da 
retina. Lateral ao disco se encontra a mácula lútea, que é 
uma pequena área oval com cones especiais para a acuidade 
visual. No centro da mácula se tem a fóvea central, que é 
uma depressão onde se tem a maior acuidade visual. 
Vale ressaltar que essa camada é suprida pela artéria central 
da retina (ramo da oftálmica), exceto os cones e bastonetes 
que são supridos pela lâmina capilar da coroide. A drenagem 
da retina conflui para formar a veia central da retina. 
 
. 
 
*Descolamento da retina ocorre quando o estrato nervoso 
se descola do estrato pigmentoso, o que vai fazer com que 
líquido entre no espaço entre os estratos 
Meios de Refração do Bulbo 
No trajeto até a retina, a luz atravessa os seguintes meios 
de refração: córnea, humor aquoso, lente e humor vítreo. A 
córnea desvia a luz no grau máximo e a projeta invertida. O 
humor aquoso fica na câmara anterior do bulbo do olho que 
é o espaço entre a córnea e a íris. 
O humor aquoso é produzido na câmara posterior do bulbo 
do olho pelos processos ciliares e tem como função a 
nutrição da lente e da córnea. O humor aquoso é drenado 
para o seio venoso da esclera pelo plexo do limbo. 
*Pressão intraocular é determinada pela produção e 
drenagem do humor aquoso 
A lente permite a focalização em objetos longes e próximos, 
é posterior à íris e anterior ao humor vítreo, é biconvexa e 
transparente. Sua cápsula é fixada pelo ligamento suspensor 
da lente nos processos ciliares. O musculo ciliar vai modificar 
o formato da lente. 
*Com a idade, a lente perde a capacidade de mudar sua 
conformação, se torna mais rígida, o que compromete a 
capacidade de focalizar e gera a presbiopia. Quando a lente 
perde sua transparência, a pessoa adquire catarata 
Por fim, o humor vítreo, que está contido no corpo vítreo, 
é posterior à lente e faz parte da câmara vítrea do olho. 
Suas principais funções são a manutenção da retina no lugar 
e a sustentação da lente. 
Músculos Extrínsecos do Bulbo 
 
São 6 e atuam em conjunto para movimentar as pálpebras 
e o bulbo do olho. Os movimentos do olho são basicamente 
rotações em 3 eixos (vertical, transversal e anteroposterior) 
e são descritos de acordo com a direção do movimento da 
pupila a partir da posição primária. No eixo vertical se 
observam movimentos de adução e abdução, no eixo 
transversal se tem movimentos de elevação e abaixamento, 
e no eixo anteroposterior se tem a rotação medial e rotação 
lateral. 
 
Músculos Retos 
São os músculos que seguem em sentido anterior e se fixam 
nas partes superior, medial, inferior e lateral do bulbo. Vão 
permitir os movimentos de elevação, adução, abaixamento 
e abdução respectivamente. 
Músculos Oblíquos 
O m. oblíquo superior é originado no ápice da órbita (assim 
como os mm. retos) e seu tendão atravessa a tróclea 
anteriormente, o que redireciona seu movimento. O OI é 
responsável pelo movimento de rotação lateral e o OS é 
responsável pela rotação medial do olho. 
Inervação dos Músculos 
O OS é inervado pelo n. troclear (NC 4) e o RL pelo n. 
abducente (NC 6). Todos os outros músculos são inervados 
pelo n. oculomotor (NC 3), que também inerva o m. 
levantador da pálpebra superior, por isso quando ele é lesado 
pode ocorrer queda dessa pálpebra. 
Vascularização 
A artéria oftálmica (ramo da carótida interna) é a principal 
irrigadora da órbita e atravessa o forame óptico para chegar 
nela. Além dela, a artéria infraorbital (ramo da a. maxilar que 
é ramo da carótida externa) irriga o assoalho da órbita, e a 
artéria central da retina (ramo da oftálmica) que segue 
dentro do nervo óptico até o bulbo, onde emerge no disco 
óptico. 
 
 
. 
A drenagem ocorre por meio das veias oftálmicas superior 
e inferior. A veia central da retina pode se unir às oftálmicas 
antes de chegar ao seio cavernoso como elas. Por fim, o 
seio venoso da esclera circunda a câmara anterior do olho e 
por meio dele o humor aquoso retorna ao sangue. 
*Quando a drenagem é diminuída por uma obstrução, a 
pressão nas câmaras do bulbo aumenta e isso desencadeia 
o glaucoma, no qual ocorre compressão da retina e suas 
artérias, o que pode levar à cegueira.

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