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CASO CLÍNICO 35 4 HORDÉOLO

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CASO CLÍNICO 35.4 
HORDÉOLO 
 
DISCENTE: Mayara Ruth Marinho de Sousa 
2º período de medicina 
 
A) As pálpebras são fundamentais na proteção ocular. Descreva a anatomia 
palpebral. Qual estrutura está comprometida no caso do hordéolo? 
 As pálpebras quando fechadas cobrem o bulbo do olho anteriormente, 
protegendo-o contra lesão e contra a luz excessiva. Também mantêm a córnea úmida 
por espalhamento do líquido lacrimal. As pálpebras são pregas móveis cobertas 
externamente por pele fina e internamente por túnica mucosa transparente, a túnica 
conjuntiva da pálpebra. Essa parte da conjuntiva é refletida sobre o bulbo do olho, onde 
é contínua com a túnica conjuntiva do bulbo. Essa parte da conjuntiva é fina e 
transparente, com fixação frouxa à face anterior do bulbo do olho. A túnica conjuntiva 
do bulbo, frouxa e enrugada sobre a esclera (onde contém pequenos vasos sanguíneos 
visíveis), está aderida à periferia da córnea. As linhas de reflexão da túnica conjuntiva 
da pálpebra sobre o bulbo do olho formam recessos profundos, os fórnices superior e 
inferior da conjuntiva. 
 O saco da conjuntiva é o espaço limitado pelas túnicas conjuntivas da pálpebra e 
do bulbo; é um espaço fechado quando as pálpebras estão fechadas, mas se abre através 
de uma abertura anterior, a rima das pálpebras, quando o olho é “aberto” (as pálpebras 
são afastadas). O saco da conjuntiva é uma forma especializada de “bolsa” mucosa que 
permite a livre movimentação das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho 
enquanto se abrem e se fecham. As pálpebras superior e inferior são fortalecidas por 
densas faixas de tecido conectivo, os tarsos superior e inferior, que formam o 
“esqueleto” das pálpebras. As fibras da parte palpebral do músculo orbicular do olho (o 
esfíncter da rima das pálpebras) estão no tecido conectivo superficial aos tarsos e 
profundamente à pele das pálpebras. Nos tarsos estão inseridas as glândulas tarsais, que 
produzem uma secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras e impede a sua 
adesão quando se fecham. A secreção lipídica também forma uma barreira que o líquido 
lacrimal não cruza quando produzido em volume normal. Quando a produção é 
excessiva, ele ultrapassa a barreira e desce sobre as bochechas como lágrimas. 
 Os cílios estão nas margens das pálpebras. As grandes glândulas sebáceas 
associadas aos cílios são as glândulas ciliares. As junções das pálpebras superior e 
inferior formam as comissuras medial e lateral das pálpebras, que definem os ângulos 
medial e lateral do olho. Entre o nariz e o ângulo medial do olho está o ligamento 
palpebral medial, que une os tarsos à margem medial da órbita. O músculo orbicular do 
olho se origina e se insere nesse ligamento. Um ligamento palpebral lateral semelhante 
fixa o tarso à margem lateral da órbita, mas não garante fixação muscular direta. 
 O septo orbital é uma membrana fibrosa que se estende dos tarsos até as 
margens da órbita, onde se torna contínuo com o periósteo. Contém o corpo adiposo da 
órbita e, em razão de sua continuidade com a periórbita, consegue limitar a 
disseminação de infecção para a órbita e desta para outros locais. O septo constitui em 
grande parte a fáscia posterior do músculo orbicular do olho. 
 Um hordéolo é um edema localizado agudo da pálpebra que pode ser interno ou 
externo e, geralmente, é uma infecção ou abcesso piogênico (tipicamente 
estafilocócica). A maioria dos hordéolos são externos e resultam de obstrução e 
infecção de um folículo ciliar e das glândulas adjacentes das glândulas. Obstrução do 
folículo pode estar associada à blefarite. Um hordéolo interno, que é muito raro, resulta 
de infecção de uma glândula meibomiana. Às vezes, a celulite acompanha hordéolo. 
 
B) Descreva o aparelho lacrimal humano. 
O aparelho lacrimal consiste em: 
- Glândula lacrimal: secreta líquido lacrimal, uma solução salina fisiológica aquosa que 
contém a enzima bactericida lisozima. O líquido umidifica e lubrifica as superfícies da 
conjuntiva e córnea e fornece à córnea alguns nutrientes e oxigênio dissolvido; quando 
produzido em excesso, o líquido forma lágrimas 
- Dúctulos excretores da glândula lacrimal: conduzem líquido lacrimal das glândulas 
lacrimais para o saco da conjuntiva. 
- Canalículos lacrimais: começam em um ponto lacrimal na papila lacrimal perto do 
ângulo medial do olho e drenam líquido lacrimal do lago lacrimal (L. lacus lacrimalis; 
um espaço triangular no ângulo medial do olho, onde se acumulam as lágrimas) para o 
saco lacrimal (a parte superior dilatada do ducto lacrimonasal). 
- Ducto lacrimonasal: conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior (parte da 
cavidade nasal inferior à concha nasal inferior). 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-palpebrais-e-lacrimais/blefarite
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-da-%C3%B3rbita/celulites-orbital-e-pr%C3%A9-septal
 A glândula lacrimal, amendoada e com cerca de 2 cm de comprimento, situa-se 
na fossa da glândula lacrimal na parte superolateral de cada órbita. A glândula é 
dividida em partes superior orbital e inferior palpebral pela expansão lateral do tendão 
do músculo levantador da pálpebra superior. Também podem haver glândulas lacrimais 
acessórias, às vezes na parte média da pálpebra ou ao longo dos fórnices superior ou 
inferior da conjuntiva. São mais numerosas na pálpebra superior do que na pálpebra 
inferior. A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos parassimpáticos do 
NC VII. É secretado através de 8 a 12 dúctulos excretores que se abrem na parte lateral 
do fórnice superior da conjuntiva do saco conjuntival. O líquido flui inferiormente no 
saco sob a influência da gravidade. Quando a córnea seca, o olho pisca. As pálpebras 
aproximam-se em sequência lateral a medial, empurrando uma película de líquido 
medialmente sobre a córnea, semelhante a limpadores de parabrisas. 
 Dessa forma, o líquido lacrimal que contém material estranho como poeira é 
empurrado em direção ao ângulo medial do olho, acumulando-se no lago lacrimal, de 
onde drena por ação capilar através dos pontos lacrimais e canalículos lacrimais para o 
saco lacrimal. A partir desse saco, o líquido segue para o meato nasal inferior da 
cavidade nasal através do ducto lacrimonasal. Drena posteriormente através do assoalho 
da cavidade nasal para a parte nasal da faringe e é, por fim, engolido. Além de limpar 
partículas e irritantes do saco conjuntival, o líquido lacrimal fornece nutrientes e 
oxigênio para a córnea. 
 A inervação da glândula lacrimal é simpática e parassimpática. As fibras 
secretomotoras parassimpáticas pré-ganglionares são conduzidas do nervo facial pelo 
nervo petroso maior e depois pelo nervo do canal pterigóideo até o gânglio 
pterigopalatino, onde fazem sinapse com o corpo celular da fibra pós-ganglionar. Fibras 
simpáticas pós-ganglionares vasoconstritoras, trazidas do gânglio cervical superior pelo 
plexo carótico interno e nervo petroso profundo, unem-se às fibras parassimpáticas para 
formar o nervo do canal pterigóideo e atravessar o gânglio pterigopalatino. O nervo 
zigomático (ramo do nervo maxilar) leva os dois tipos de fibras até o ramo lacrimal do 
nervo oftálmico, através do qual entram na glândula. 
C) O bulbo do olho pode ser anatomicamente dividido em três camadas. Quais 
os componentes de cada camada? Qual a função de cada um destes? 
 O bulbo do olho contém o aparelho óptico do sistema visual. Ocupa a maior 
parte da porção anterior da hórbita, suspenso por seis músculos extrínsecos que 
controlam seu movimento e por um aparelho suspensor da fáscia. Tem diâmetro 
aproximado de 25 mm. Todas as estruturas anatômicas no bulbo do olho têm disposição 
circular ou esférica. O bulbo do olho propriamente dito tem três túnicas; entretanto, há 
outra camada de tecido conectivo frouxoque circunda o bulbo do olho, sustentando-o 
dentro da órbita. A camada de tecido conectivo é composta posteriormente pela bainha 
do bulbo do olho (fáscia bulbar ou cápsula de Tenon), que forma a verdadeira cavidade 
para o bulbo do olho, e anteriormente pela túnica conjuntiva do bulbo. A bainha do 
bulbo do olho é a parte mais substancial do aparelho suspensor. Uma lâmina de tecido 
conectivo muito frouxo, o espaço episcleral (um espaço virtual) situa-se entre a bainha 
do bulbo do olho e a túnica externa do bulbo do olho, facilitando os movimentos do 
bulbo do olho na bainha. 
As três túnicas do bulbo do olho são: 
Túnica fibrosa (camada externa, garantindo força e resistência ao bulbo do olho.), 
formada pela esclera e córnea; 
Túnica vascular (camada intermédia, como seu nome sugere, é rica em capilares 
sanguíneos.), formada pela corioide, corpo ciliar e íris; 
Túnica interna (camada interna, a camada do olho formada por tecido nervoso.), 
formada pela retina, que tem partes óptica e não visual. 
D) Quais as estruturas responsáveis pelo ajuste do foco e acomodação do olho 
humano? Como atuam? Dê exemplos de afecções patológicas relacionadas à 
acomodação visual. 
 
 A lente situa-se posteriormente à iris e anteriormente ao humor vítreo do corpo 
vítreo . É uma estrutura biconvexa e transparente encerrada em uma cápsula. A cápsula 
da lente, extremamente elástica, é fixada pelas fibras zonulares (que juntas formam o 
ligamento suspensor da lente) aos processos ciliares circundantes. Embora a maior parte 
da refração seja produzida pela córnea, a convexidade da lente, sobretudo de sua face 
anterior, varia constantemente para a focalização fina de objetos próximos ou distantes 
na retina. A lente não fixada isolada torna-se quase esférica. Em outras palavras, na 
ausência de fixação externa e distensão, torna-se quase redonda. O músculo ciliar do 
corpo ciliar modifica o formato da lente. Na ausência de estimulação nervosa, o 
diâmetro do anel muscular relaxado é maior. A lente suspensa no anel está sobtensão, 
pois sua periferia é distendida, tornando-a mais fina (menos convexa). A lente menos 
convexa coloca objetos mais distantes em foco (visão para longe). A estimulação 
parassimpática através do nervo oculomotor (NC III) causa contração do músculo ciliar, 
semelhante a um esfíncter. O anel torna-se menor e a tensão sobre a lente diminui. A 
lente relaxada torna-se mais espessa (mais convexa), focalizando objetos próximos 
(visão para perto). O processo ativo de modificação do formato da lente para visão de 
perto é chamado de acomodação. A espessura da lente aumenta com a idade, de modo 
que a capacidade de acomodação costuma ser limitada depois dos 40 anos de idade. 
 Afecções patológicas: 
- A miopia é um distúrbio visual caracterizado por um globo ocular mais “longo”, o que 
provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina. 
- A hipermetropia é o oposto da miopia, ou seja, o olho é mais “curto”, o que faz com 
que a imagem se forme depois da retina. 
- O astigmatismo ocorre quando a córnea tem uma curvatura irregular, ovalada, o que 
faz com que a luz sofra desvios, concentre-se em diversos pontos e forme a imagem em 
múltiplas regiões. O problema também pode ocorrer por deformações no cristalino, mas 
esses casos são menos frequentes. 
 
E) Como ocorre a circulação do humor aquoso desde a sua produção até a sua 
drenagem? Explique o que é “glaucoma”. 
 
 O humor aquoso ocupa o segmento anterior do bulbo do olho. O segmento 
anterior é subdividido pela íris e pupila. A câmara anterior do bulbo do olho é o espaço 
entre a córnea anteriormente e a íris/pupila posteriormente. A câmara posterior do bulbo 
do olho está situada entre a íris/pupila anteriormente e a lente e o corpo ciliar 
posteriormente. O humor aquoso é produzido na câmara posterior pelos processos 
ciliares do corpo ciliar. Essa solução aquosa transparente fornece nutrientes para a 
córnea avascular e a lente. Após atravessar a pupila e chegar à câmara anterior, o humor 
aquoso drena através de uma rede trabecular no ângulo iridocorneal para o seio venoso 
da esclera (canal de Schlemm). O humor é retirado pelo plexo do limbo, uma rede de 
veias esclerais próximas do limbo, que drenam para tributárias das veias vorticosas e 
ciliares anteriores. A pressão intraocular (PIO) é um equilíbrio entre a produção e a 
drenagem de humor aquoso. 
Glaucoma: A velocidade da saída de humor aquoso através do seio venoso da esclera 
para a circulação sanguínea deve ser igual à velocidade de produção do humor aquoso. 
Caso haja diminuição acentuada da drenagem em razão de obstrução da via de saída, a 
pressão aumenta nas câmaras anterior e posterior do olho, um distúrbio chamado de 
glaucoma. A compressão da túnica interna do bulbo do olho (retina) e das artérias da 
retina pode causar cegueira se a produção de humor aquoso não for reduzida para 
manter a pressão intraocular. A pressão intraocular aumenta, pressionando o nervo 
óptico, causando degeneração irreversível, dessa forma causa cegueira. 
 
 
F) Quais são os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho? 
 
 Músculos extrínsecos do bulbo do olho: Existem sete músculos extrínsecos: 
quatro retos, dois oblíquos e um levantador da pálpebra superior. Seis músculos 
originam-se do ápice da órbita, e os quatro músculos retos originam-se de um anel 
tendíneo comum. Só o músculo oblíquo inferior origina-se anteriormente na órbita. O 
músculo levantador da pálpebra superior eleva a pálpebra superior. O músculo liso 
associado (músculo tarsal superior) alarga ainda mais a rima das pálpebras durante as 
respostas simpáticas; a ptose é consequência da ausência de inervação simpática na 
cabeça (síndrome de Horner). Quando os olhos são aduzidos (convergidos) como para a 
leitura de perto, os músculos oblíquos superior e inferior produzem abaixamento e 
elevação, respectivamente, direcionando o olhar para baixo ou para cima na página. A 
coordenação dos músculos extrínsecos do bulbo do olho contralaterais como músculos 
conjugados é necessária para direcionar o olhar em uma determinada direção. 
 Intrinsecamente do olho, existem dois músculos involuntários controlam o 
tamanho da pupila: o músculo esfíncter da pupila circular, estimulado pelo sistema 
parassimpático, diminui seu diâmetro (miose pupilar), e o músculo dilatador da pupila, 
radial e estimulado pelo sistema simpático, aumenta seu diâmetro (dilata a pupila). O 
músculo ciliar do corpo ciliar modifica o formato da lente. Na ausência de estimulação 
nervosa, o diâmetro do anel muscular relaxado é maior. A lente suspensa no anel está 
sobtensão, pois sua periferia é distendida, tornando-a mais fina (menos convexa). A 
lente menos convexa coloca objetos mais distantes em foco (visão para longe). 
 
G) Qual a inervação dos músculos intrínsecos e extrínsecos do bulbo do olho? 
 
 Os grandes nervos ópticos conduzem nervos puramente sensitivos, que 
transmitem impulsos gerados por estímulos ópticos. Eles são nervos cranianos (NC II) 
por convenção, mas desenvolvem-se como extensões anteriores pares do prosencéfalo e 
são, na verdade, tratos de fibras do sistema nervoso central(SNC) formados por 
neurônios de segunda ordem. Os nervos ópticos começam na lâmina cribriforme da 
esclera, onde as fibras nervosas amielínicas perfuram a esclera e tornam-se mielínicas, 
posteriormente ao disco óptico. Eles saem das órbitas através dos canais ópticos. Em 
todo o trajeto na órbita, os nervos ópticos são circundados por extensões das meninges 
cranianas e pelo espaço subaracnóideo, sendo este último ocupado por uma fina camada 
de LCS. As extensões intraorbitais da dura-máter e aracnoide-máter cranianas 
constituem a bainha do nervo óptico, que se torna contínua anteriormente com a bainha 
do bulbo e a esclera. Uma lâmina de pia-máter cobre a superfície do nervo óptico dentro 
da bainha. 
 Além do nervo óptico(NC II), os nervos da órbita incluem aqueles que 
atravessam a fissura orbital superior e suprem os músculos oculares: nervos oculomotor 
(NC III); troclear (NC IV) e abducente (NC VI) . Há um mnemônico, semelhante a uma 
fórmula química, usado para memorizar a inervação dos músculos extrínsecos que 
movimentam o bulbo do olho:reto lateral, NC VI; oblíquo superior, NC IV; todos os 
outros, NC III. Os nervos troclear e abducente seguem diretamente até o único músculo 
suprido por cada nervo. O nervo oculomotor forma as divisões superior e inferior. A 
divisão superior inerva os músculos reto superior e levantador da pálpebra superior. A 
divisão inferior inerva os músculos retos medial e inferior e o músculo oblíquo inferior, 
além de conduzir fibras parassimpáticas préganglionares 
até o gânglio ciliar. Os movimentos são estimulados pelos nervos oculomotor, troclear e 
abducente, a partir da posição primária nas órbitas direita e esquerda, produzindo a 
visão binocular. Os três ramos terminais do nervo oftálmico, NC V1 (os nervos frontal, 
nasociliar e lacrimal), atravessam a fissura orbital superior e suprem estruturas 
relacionadas com a parte anterior da órbita (p. ex., glândula lacrimal e pálpebras), face e 
couro cabeludo. 
 O gânglio ciliar é um pequeno grupo de corpos de células nervosas 
parassimpáticas pós-ganglionares associadas ao NC V1. Está localizado entre o nervo 
óptico e o músculo reto lateral em direção ao limite posterior da órbita. O gânglio 
recebe fibras nervosas de três origens: 
- Fibras sensitivas do NC V1 pela raiz sensitiva ou nasociliar do gânglio ciliar 
- Fibras parassimpáticas pré-ganglionares do NC III pela raiz parassimpática ou 
oculomotora do gânglio ciliar 
- Fibras simpáticas pós-ganglionares do plexo carótico interno pela raiz simpática do 
gânglio ciliar. 
 Os nervos ciliares curtos originam-se do gânglio ciliar e são considerados ramos 
do NC V1. Conduzem fibras parassimpáticas e simpáticas para o corpo ciliar e para a 
íris. Os nervos ciliares curtos consistem em fibras parassimpáticas pós-ganglionares 
originadas no gânglio ciliar, fibras aferentes do nervo nasociliar que atravessam o 
gânglio, e fibras simpáticas pós-ganglionares que também o atravessam. Os nervos 
ciliares longos, ramos do nervo nasociliar (NC V1) que seguem até o bulbo do olho, 
desviando-se do gânglio ciliar, conduzem fibras simpáticas pós-ganglionares para o 
músculo dilatador da pupila e fibras aferentes da íris e da córnea.

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