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Ricardo Wainer Wainer, 2019 RE Agenda 14/09/2019 09:00-10:30 Emoções 10:50-12:00 Teoria do Apego Desregulação Emocional Regulação Emocional Conceituações; Bases Biológicas; Processo de RE; Estratégias de RE 13:00-15:30 Aspectos Cognitivos da RE Modelo do Processo de RE e suas Estratégias Abordagens Psicoterápicas TRE; DBT 15:50-18:00 Abordagens Psicoterápicas TFE, TEE, TCC e TE; Mindulness e ACT Wainer, 2019 RE 2 • • Wainer, 2019 RE Estados Afetivos (Discriminação Rápida Bom-Ruim) Emoções HumoresResposta ao Stress Wainer, 2019 RE 4 EMOÇÕES O termo EMOÇÃO reflete um tipo de movimento. “Infelizmente, umas das coisas mais significativas nunca ditas sobre a emoção é que qualquer um sabe o que é, até que peçam que se defina”(Le Doux, 1996). Wainer, 2019 RE 5 EMOÇÕES A concepção mais abrangente e aceita de emoção advém de Plutchik (1982): “Emoção é uma sequência complexa inferida de reações a um estímulo, incluindo avaliação cognitiva, mudanças subjetivas, excitação autonômica e neural, impulsos para a ação, e comportamentos direcionadas a ter um efeito sobre o estímulo que iniciou a complexa sequência.” Toda emoção inclui 3 aspectos: cognição, sentimento e ação. Wainer, 2019 RE 6 Emoção e Motivação Emoção e Motivação se sobrepõem substancialmente. Diferenças: Emoção enfraquece ao longo do tempo, normalmente rapidamente. Já a motivação persiste até a obtenção da meta. Motivações refletem necessidades do corpo. Motivações são modificadas por estímulos externos, como um sinal ou o cheiro de uma boa comida, mas estes estímulos são relativamente simples. Em contraste, emoções respondem a uma interpretação cognitiva de alguns eventos do mundo. Wainer, 2019 RE 7 Emoções e Psicopatologia Praticamente todas as psicopatologias apresentam algum nível de alteração no funcionamento emocional; Mesmo indivíduos sem transtornos mentais podem ter tendenciosidades em seus funcionamentos emocionais, causando problemas individuais ou coletivos/sociais. Wainer, 2019 RE 8 Emoções Básicas São inatas; Surgem das mesmas circunstâncias para todas as pessoas; São expressas de maneira própria e distinta; Provocam um padrão de respostas fisiológicas distinto. Evidências, entretanto, não demonstram que qualquer emoção é fisiologicamente distinta das outras. Wainer, 2019 RE 9 Emoções Básicas Medo Raiva Tristeza Nojo – Repugnância Alegria Interesse Desprezo??? Vergonha??? Wainer, 2019 RE 10 Wainer, 2019 RE 11 Emotion Action Tendency Emotion Action Tendency Positive tendency Anger at violation mobilises fight and defence of one’s boundaries empowerment and assertiveness Sadness at loss mobilises reparative grief by either seeking comfort or withdrawal in order to conserve one’s resources adaptive grieving Fear in response to danger mobilises flight, fight or possibly freezing adaptive escape Disgust organises one to evacuate or withdraw from some noxious experience – seen in childhood sexual abuse Shame organises one to hide or withdraw from the scrutiny of others antidoted by compassion for self Joy mobilises satisfaction, creativity and happiness feels good Surprise stimulates curiosity and engagement facilitates openness to further exploration Wainer, 2019 RE 12 Emoções Negativas Preparam o indivíduo para lidar, de modo eficaz, com a ameaça e o dano, instrumentalizando-o para tanto. São elas: Raiva: TOD, TC, TDAH, TPAS, Esquizofrenia Medo: T. de Ansiedade; T. relacionado a Trauma; T. Dissociativos Repugnância: TOC; Fobias; Aversão sexual Tristeza: Depressão, Distimia, Bipolaridade Wainer, 2019 RE 13 Raiva Wainer, 2019 RE 14 Raiva “Se sofremos ou esperamos sofrer alguma injúria proposital de um homem, ou se ele de algum modo nos é ofensivo, nutrimos por ele aversão; e a aversão erige-se facilmente em ódio.” - CHARLES DARWIN em A Expressão e a Emoção no Homem e nos Animais Wainer, 2019 RE 15 Raiva • Percepção de que os planos da pessoa ou seu bem-estar são restritos e/ou sofrem interferência de forças externas • Crença de que a situação não é o que deveria ser Evento Estímulo • Comportamentos para destruir as barreiras • Agressividade Comportamento Emocional • Instinto Binário • Defesa contra tristeza-depressão / baixo interesse Causação Psicológica Wainer, 2019 RE 16 Raiva – Ódio • A emoção de Raiva e a conduta de Agressão são respostas características à ocorrência de déficits na Habilidade de Resolução de Problemas (Matthys, Cuperus e Van Engeland, 1999); • A Raiva desempenha papel significativo no desenvolvimento de condutas agressivas (Cornell, Peterson e Richards, 1999), sendo que jovens com TC, TDO e TDAH tendem a ter limiares mais baixos para a raiva (Steiner, Cauffman e Duxbury, 1999). Wainer, 2019 RE 17 Raiva – Ódio • O ódio é uma forma extrema de aversão agressiva que reflete uma forma extrema de medo – a fobia. (Dozier Jr., 2004). •Diversamente do ódio, a raiva pode ser seletiva. Podemos estar irritados com nossos filhos por algo que eles tenham feito, mas ainda os amamos – o ódio é impensável. A raiva transitória é capaz de se manter sob o controle racional, e não possui necessariamente a qualidade de fobia que tem o ódio. Wainer, 2019 RE 18 Evento Aversivo Afeto Negativo Nível Primitivo – Processamento de associações básicas Tendências de Agressão (Respostas motoras, reações fisiológicas, reações, pensamentos) Tendências de Escape (Escape, Evitação) Raiva Rudimentar Medo Rudimentar Processamento de alta-ordem- atribuições, regras, construções prototípicas Irritação, Raiva Medo Wainer, 2019 RE 19 Raiva – Ódio: Manejos • 1) Seja ESPECÍFICO • 2) Sinta EMPATIA (Compreender) • 3) COMUNIQUE as razões específicas da irritação • 4) Faça NEGOCIAÇÕES • 5) EDUQUE (evite conhecimentos generalizados) • 6) COOPERE • 7) Ponha as coisa em PERSPECTIVA • 8) Evite sentir-se ENCURRALADO • 9) ENVOLVA-SE • 10) Busque JUSTIÇA e não VINGANÇA • Embora a discussão racional ou a terapia cognitiva possam ser parte do processo de mudança, o sistema neural primitivo tende a aprender melhor fazendo. (Dozier Jr., 2004) Wainer, 2019 RE 20 Medo Wainer, 2019 RE 21 Medo - Pânico • Interpretação de ameaça ao seu bem-estar • Antecipação de dano físico ou psicológico; vulnerabilidade a perigos Evento Estímulo • Comportamento de defesa • Fuga da situação ameaçadora Comportamento Emocional • Associação reflexa – reflexo de luta-fuga • Hiperdimensionamento de estímulos ameaçadores Causação Psicológica Wainer, 2019 RE 22 A Evolução do Medo • Os chamados medos inatos são resultados de nossa história filogenética, principalmente no que diz respeito à sobrevivência. • A herança filogenética do medo fica evidente em experimentos que mostram superioridade na resposta a estímulos mais ameaçadores que outros (cobras, aranhas, etc) x (armas, seringas). Blanchette, I. (2006)Wainer, 2019 RE 23 As Expressões do Medo Os 4Fs ou 5Fs do Medo (Freeze (congelar), flight (fugir), fight (lutar), fright (assustar-se) e faint (desmaiar)). O desmaio seria uma estratégia específica humana para situações de violência intra-grupo. Estudos da expressão facial das emoções – 7o par craniano da mímica facial (comando involuntário). Bracha, H. S. (2004); Ekman (1994, 2004) Wainer, 2019 RE 24 Resposta de desmaio em situações de estresse agudo. Resposta adaptativa no Período Paleolítico. Evolução dos circuitos do medo estão relacionados com transtornos conversivos, ataques psicogênicos, cegueira psicogênica, etc (resposta em situações de impossibilidade de escapar de ameaça). Em uma perpectiva neuroevolutiva, a sincope eferente vasovagal, a dor musculoesqueletal facial inespecífica podem ser explicadas como desordens do circuito do medo. Resposta adaptativa no Período Neolítico. Medo e Adaptação Wainer, 2019 RE 25 Medo: Manejos A emoção do medo é capaz de ter uma eliciação menor através da diminuição da sensibilidade aos estímulos eliciadores, através da dessensibilização ( do Limiar). Contrariamente a alguns estudos, a diminuição do medo não ocorre por extinção da resposta de medo (Dalglesish & Power, 1999). A vulnerabilidade emocional aos estímulos ameaçadores pode ser modificada pela manipulação de processamento seletivo da informação – atenção, interpretação e memória implícita. A percepção de CONTROLE sobre os estímulos aversivos, mas principalmente, sobre as conseqüências dos estímulos aversivos é fundamental. CONTROLE PERCEBIDO E DESEJO DE CONTROLE. Wainer, 2019 RE 26 Repugnância - Nojo • Objetos / situações contaminados, deteriorados ou estragados • As “contaminações” podem ser corporais, interpessoais e morais Evento Estímulo • Comportamentos de rejeição Comportamento Emocional • Associação reflexa – reflexo de náusea (sistema parassimpático) Causação Psicológica Wainer, 2019 RE 27 Repugnância – Nojo Parece ser uma das emoções mais afetadas por questões de aprendizagem e culturais. Mulheres são mais suscetíveis à repugna que homens. É uma emoção que aparece, fundamentalmente, após os 2 anos de idade – treino do toalete. Correlações positivas moderadas com sensibilidade a medo. Fobias a animais predadores envolvem medo. Fobias a ratos, aranha, cobras etc) envolvem nojo. Nível primitivo do nojo envolve o sistema alimentar. Neste nível há 4 tipos adicionais de eliciadores: 1) higiene pobre (odor do corpo); 2) sexo inapropriado (com animais, etc); 3) alterações corporais (corpos amputados); 4) contato com a morte (cadáveres). A repugna é a emoção da civilização, da socialização, afirmando nossa natureza única. A repugna é como a rejeição de nossa natureza animal. Repugna inter-pessoal Repugna sócio-moral Repugna cultural Wainer, 2019 RE 28 Repugnância – Nojo: Manejo Dessensibilização Exposição intensiva Ressignificação nas repugnas sociais Wainer, 2019 RE 29 Tristeza • Experiências de separação, perda ou fracasso • Pode ocorrer mesmo com circunstâncias fora do nosso controle volitivo (p. ex.: guerra, pobreza) Evento Estímulo • Procura ajuda • Busca de reparação • Imobilidade (quando não há esperança de mudança) Comportamento Emocional • Processamento Cognitivo Tendencioso Causação Psicológica Wainer, 2019 RE 30 Tristeza: Manejo Terapia Cognitiva da Depressão Wainer, 2019 RE 31 Wainer, 2019 RE Teoria do Apego Descreve a dinâmica de longo-prazo em relacionamento entre humanos. Seu princípio mais importante é que um recém-nascido precisa desenvolver relacionamento com, pelo menos, um cuidador primário para que seu desenvolvimento social e emocional ocorra bem. Bebês apegam-se a adultos que são sensíveis e receptivos às relações sociais com eles e que permanecem como cuidadores compatíveis por alguns meses durante o período compreendido entre 6 meses a 2 anos de vida. Wainer, 2019 RE 33 Teoria do Apego (cont.) Quando um bebê começa a engatinhar e a andar, ele precisa das figuras de apego como uma base segura para explorar além e voltar em seguida. As reações dos pais leva ao desenvolvimento de padrões de apego; estes, por sua vez, levam aos modelos internos de funcionamento que irão guiar as percepções individuais, emoções, pensamentos e expectativas em relacionamentos posteriores. Wainer, 2019 RE 34 Trilogia Bowlby Wainer, 2019 RE 35 “Base Segura" Pesquisas feitas pela psicóloga do desenvolvimento Mary Ainsworth nas décadas de 1960 e 1970, reforçaram os conceitos da Teoria do Apego e introduziram o conceito de Base Segura e permitiram desenvolver a teoria de um número de padrões de apego em recém-nascidos, posteriormente (1980) estendido para adultos. Suas pesquisas foram empíricas, utilizando o Protocolo de “Situação Estranha”, principalmente na Escócia e Uganda. Listou os tipos de apego: - Apego Seguro; - Apego Inseguro-Evitativo; - Apego Inseguro-Ambivalente e, posteriormente, - Apego Desorganizado. Wainer, 2019 RE 36 Apego Seguro Criança Cuidador Usa o cuidador como uma base segura para exploração. Protesta contra a partida do cuidador e busca proximidade. Pode ser confortada por estranhos, mas prefere claramente o cuidador. Reage de forma apropriada, rápida e consistente com as necessidades. Ele conseguiu formar com sucesso um vinculo paternal seguro com a criança. Wainer, 2019 RE 37 Apego Ansioso Criança Cuidador Pegajoso, incapaz de lidar com a ausência do cuidador. Procura garantias constantemente. Excessivamente protetor da criança, não permitindo a tomada de riscos que levam aos passos rumos à independência Wainer, 2019 RE 38 Apego Evitativo Criança Cuidador Pouca troca afetiva em jogo. Pouca ou nenhuma irritação com a partida, resposta pobre ou não visível ao retorno do cuidador, ignorando ou afastando-se sem qualquer esforço para manter contato, se segurada. Trata o estranho semelhantemente ao cuidador. A criança sente que não há Apego; portanto a criança é rebelde e tem baixa auto-estima e auto-imagem. Pequena ou nenhuma resposta à irritação da criança. Desencoraja o choro e encoraja a independência. Wainer, 2019 RE 39 Apego Ambivalente/Resistente Criança Cuidador Incapaz de usar o cuidador como uma base segura, busca proximidade antes que a separação ocorra. Irrita-se com a separação com ambivalência, raica, relutância a aconchegar-se ao cuidador. Preocupa-se com a disponibilidade do cuidador, buscando contato, mas resistindo furiosamente quando é alcançado. Inconsistente entre respostas apropriadas e negligentes. Geralmente, irá reagir apenas depois do aumento do comportamento de apego do recém-nascido. Wainer, 2019 RE 40 Apego Desorganizado Criança Cuidador Estereótipos como se sentisse frio ou balançasse ao retorno. Falta de estratégia de apego coerente demonstrada por comportamentos contraditórios e/ou desorientados, como aproximar-se, mas com rosto virado. Comportamento assustado ou assuntador, intrusão, afastamento, negatividade, confusão de papéis, erros de comunicação afeitva e maus-tratos. Frequentemente associado a muitas formas de abuso contra a criança. Wainer, 2019 RE 41 Curso e Prognóstico dos Padrões de Apego O Apego Seguro prematuro parece ter uma função protetora duradoura! Comparados com o ajustamento das crianças com Apego Seguro, aquelas com Apego Inseguro mostram-se menos competentes socialmente com seus pares. Crianças inseguras, particularmente as evitativas, são especialmente vulneráveis ao risco familiar. O padrão mais preocupante é o Desorganizado. Cerca de 80% dos recém-nascidos que sofreram maus-tratos tornan-se desorganizados, em contrapartida a cerca de 12% dos que não sofrem. Estas crianças são mais propensas a reações esteriotipadas de “luta e fuga” e a se tornarem pais abusadores. Wainer, 2019 RE 42 Princípios do Vínculo A presença de um vínculo é diferenciada por sua Qualidade. Recém-nascidos formam vínculos se há alguém para interagir com eles, até mesmo se maltratados. O vínculo gera um “modelo interno de funcionamento”para os relacionamentos sociais, gerando a capacidade de adaptação do pensamento em predizer eventos (concepção filosófica de Kenneth Craik). Wainer, 2019 RE 43 Apego em Adultos A teoria foi estendida a adultos nos anos 1980 por Cindy Hazan e Phillip Shaver. Identificaram-se em adultos: - Apego Seguro; - Apego Preocupado-Ansioso; - Apego Desapegado-Evitativo e - Apego Assustado-Evitativo. Wainer, 2019 RE 44 APEGO CARACTERÍSTICAS SEGURO Visão mais positiva de si mesmos, de seus companheiros e de seus relacionamentos. Sentem-se confortáveis com a intimidade e independência. PREOCUPADOS- ANSIOSOS Buscam por níveis mais altos de intimidade, aprovação e respostas de seus parceiros, tornando-se excessivamente dependentes. Podem apresentaraltos níveis de expressividade emocional, preocupação e impulsividade nos relacionamentos. DESAPEGADOS- EVITATIVOS Desejam um alto nível de independência, muitas vezes evitando apego completamente. Vêem-se como auto-suficientes, invulneráveis a sentimentos de apego. Tendem a suprimir sentimentos. ASSUSTADOS- EVITATIVOS Têm sentimentos mistos sobre relacionamentos, por um lado desejando a intimidade e, por outro sentindo desconfortável com tal intimidade. Tendem a desconfiar de seus parceiros e enxergam-se como desprezíveis. Wainer, 2019 RE 45 Apego na Prática Conduta Afetiva Base de Temperamento Base Segura dos Cuidadores nos 2 primeiros anos Primeiro Domínio ACEITAÇÃO E PERTENCIMENTO EIDS: Abandono, Privação Emocional, Defectividade, Desconfiança/Abuso e Alienação Wainer, 2019 RE 46 Wainer, 2019 RE Significa que o indivíduo reage emocionalmente de maneira distinta que a maioria das outras pessoas. As reações são mais intensas do que o usual para a situação e tomam um período de tempo mais longo que a médias das demais pessoas para se recuperar ou voltar ao funcionamento anterior (Van Dijk, 2012). Wainer, 2019 RE 48 Causas Em termos biológicos: Maior sensibilidade emocional Segundo a DBT: ambientes invalidadntes, nos quais foi aprendido que suas emoções são erradas, inapropriadas ou em desacordo. Segundo a TE: necessidades emocionais básicas não supridas adequadamente ao longo do desenvolvimento trazendo estratégias de coping desadaptativas para lidar com emoções negativas. Wainer, 2019 RE 49 Wainer, 2019 RE "Regulação Emocional refere-se as estratégias que os indivíduos usam para controlar suas emoções, quando elas as tem, e quão fortemente eles as exprimental e expressam" (Gross, 2002). A fim de reduzir emoções negativas causadas por algum estressor utilizam-se de estratégias de coping, enquanto a regulação emocional pode incluir a realização de ações prazerosas somente para buscar sentimentos positivos. Wainer, 2019 RE 51 A primeira característica central da RE é a ativação de uma meta para modificar o processo gerador emocional. A segunda característica central é o engajamento nos processos que são responsáveis pela alteração da trajetória emocional. Muitos processos podem ser utilizados, variando muito em termos de serem explícitos ou implícitos (Processo 1 e/ou 2). O terceiro processo da RE é o seu impacto na dinâmica da emoção. (Gross et al, 2011)Wainer, 2019 RE 52 Histórico dos Estudos Primeira taxonomia formal de mecanismos de coping foi proposta por Freud e, melhor elaborada por Anna Freud, no início do século XX. Mecanismos de Defesa. Negação Negar a existência de uma séria doença. Repressão Bloquear da memória um acidente. Fantasia Sonhar acordado. Formação Reativa Ser muito querido com inimigo. Projeção Acusar alguém por um sentimento seu. Intelectualização Análise lógica ao invés de sentir. Deslocamento Gritar com cão quando brabo com chefe. Supressão Decidir não se preocupar com algo. Sublimação Escrever um poema que capte sua raiva. Wainer, 2019 RE 53 O Processo de RE O modelo mais aceito de RE foi desenvolvido por James Gross (2002), baseado nas teorias anteriores de Lazarus (1991), Frijda (1986) e Arnold (1960) sobre emoções e RE. O modelo assume sobre o processamento emocional: Entra-se numa situação particular; Presta-se atenção a certos aspectos da situação ao invés de outros; Interpreta-se, ou avalia-se aqueles aspectos afim de facilitar uma resposta emocional; Experiencia-se a emoção, incluindo mudanças fisiológicas, impulsos comportamentais e sentimentos subjetivos. Wainer, 2019 RE 54 Modelo do Processo da Regulação Emocional Wainer, 2019 RE 55 Modelo do Processo da Regulação Emocional (exemplificado) Wainer, 2019 RE 56 Wainer, 2019 RE Wainer, 2019 RE 58 Wainer, 2019 RE 59 Estratégias de RE Modificação Situacional Implementação Atencional (1a estratégia desenvolvida) Distração Mudança Cognitiva Reavaliação Cognitiva Modulação de Resposta Supressão Emocional Wainer, 2019 RE 60 Aspectos Cognitivos da RE Wainer, 2019 RE 61 Atraso de Gratificação (Delay- Discounting) Escolhas intertemporais (agora ou depois) e diretamente vinculadas a relação cognição e emoção; Para Gross (1998), o processo de RE ocorre durante vários momentos do processo de tomada de decisão; As estratégias de RE no contexto de decisões intertemporais, tem as seguintes possibilidades: Intervir antes da escolha (pré-compromissos); Regular nossos processos de avaliação intercambiando nossa atenção ou reavaliação; Suprimir impulsos através do autocontrole (top-down); Wainer, 2019 RE 62 Atraso de Gratificação (Delay-Discounting) Qualquer decisão intertemporal baseada em valores, calcula entre o custo X benefício. Neste sentido, ter os valores pessoais claros, pode ser benéfico. As taxas de desconto do tempo tende a decrescer conforme o avanço da idade do indivíduo (de adolescentes a adultos) e é geralmente consistente com a evolução do autocontrole durante o desenvolvimento. O tipo de Apego afeta diretamente o desenvolvimento do funcionamento do AG, Wainer, 2019 RE 63 Apego, Emoções e DG Predomínio de colocação de limites baseados no poder (força), com pouca responsividade e afeto negativo -> menor habilidad de DG; Pais mais responsivos aos sentimentos dos filhos -> maior habilidade de DG; Vivenciar emoções negativas é altamente associado com baixa performance em DG. Distração parece não melhorar a performance. Crianças com condições de afeto positivo tendem a retardar gratificação mais do que aqueles em situações neutras. Wainer, 2019 RE 64 Modelo do Processo de RE Este modelo foca-se em 3 categorias de estratégias de RE: Estratégia de Coping Focada no Problema: controlar a situação, seja por escolher em que lado da situação se está, seja mudando a situação de algum modo. Estratégia de Reavaliação : mudar o jeito de pensar sobre uma situação, detendo algumas emoções ou incentivar outras. Estratégia de Coping Focada na Emoção (Embotamento): ao já estar vivenciando uma emoção, buscar “tirar”a emoção do sistema, por exemplo dormindo ou utilizando alguma substâncias entorpecente. Wainer, 2019 RE 65 Estratégia de Coping Focada no Problema Quando possível, o caminho ideal para reduzir o estresse é melhorar a situação que o está causando. Pessoas sentem-se ameaçadas quando não acreditam que possuam recursos pessoais para lidar com o estressor; elas se sentem desafiadas quando acreditam que tem algum recurso para lidar com a situação. Os indivíduos variam no senso de controle sobre as situações. Wainer, 2019 RE 66 Wainer, 2019 RE 67 Modelo Cognitivo da Ansiedade (Lazarus, 1991) Estímulos Avaliação Primária Avaliação Secundária Reavaliação Efeitos Cognitivos Efeitos Emocionais Efeitos Fisiológicos Efeitos Comportamentais Wainer, 2019 RE 68 Estratégia de Coping Focada no Problema Pode-se ganhar senso de controle através da “inoculação”psicológica. Exposições (imagística, in vivo, gradativa) Treinamento militar. Wainer, 2019 RE 69 Estratégia Focada na Reavaliação Todos vivenciamos situações desprazeirosas em nossas vidas que oferecem pouco ou nenhum controle Estratégia a ser utilizada quando já se está sob a situação estressora. Busca-se a reavaliação cognitiva (interpretação) da situação. Isto se refere a focalizar-se em algum aspecto real da situação, mas positivo (ou ao menos neutro) ou reinterpretar a situação → Reestruturação Cognitiva. O que distingue a Reavaliação e a Reestruturação Cognitiva da Estratégia de Coping é que as primeiras previnem que se vivencie a emoção negativa. Já a estratégia de coping busca reduzir o desconforto da emoção quando esta já está ocorrendo Wainer, 2019 RE 70 Estratégias Focadas na Emoção Buscam mudar os sentimentos ouexpressão da emoção, mais do que mudar a situação ou reavaliá-la. Focalizam-se em: Expressar sentimentos e Ruminação Realizar exercícios físicos Treinos de Relaxamento Supressão da Expressão Emocional Estretégias de Escape: drogas, álcool e comida Wainer, 2019 RE 71 Expressar Sentimentos e Ruminação Estratégia de alívio-catarse. A ideia central é que sentir profundamente e expressar emoções negativas fará você se sentir melhor. Resultados variados: Raiva e Medo: Expressão vigorosa de medo ou raiva não reduz a emoção e, frequentemente, as aumenta. Ex. Chorar no cinema. Tristeza, Depressão e Suicídio: ruminação excessiva é precursor de depressão. Também, falar longamente sobre suicídio também pode gerar aumento de risco. Wainer, 2019 RE 72 Expressar Sentimentos e Ruminação Pesquisas indicam que se pode obter ganhos substanciais de explorações breves dos problemas. Quanto mais as pessoas utilizam palavras como -porque, por causa de, percebo, entendo, compreendo – maiores são seus ganhos em termos de saúde, performance e ajustamento. Isto não ocorre pela expressão das emoções e sim porque eles podem tomar decisões ou compreender melhor a situação estressora. Escrever sobre experiências positivas também melhora muito o humor e a saúde como um todo durante vários meses. Wainer, 2019 RE 73 Exercícios Físicos É uma das mais eficazes e eficientes Estratégias Baseada na Emoção. Ao menos 30 minutos durante 3-4 dias da semana. Deve ser feito exercícios moderados. Exercícios estenuantes podem piorar o humor. Wainer, 2019 RE 74 Relaxamento Wainer, 2019 RE 75 SUPRESSÃO DE EXPRESSÃO EMOCIONAL As pessoas tendem a ser exitosas quando tentam esconder suas emoções para que outras pessoas não percebam. Entretanto, esta estratégia requer muito esforço e automonitoramento e pode ser muito custoso em termos de recursos cognitivos. Wainer, 2019 RE 76 Wainer, 2019 RE Qual estratégia priorizar? Idealmente, as pessoas fazem rodízio entre as 3 estratégias dependendo do contexto. Estratégias de Coping Focadas no Problema, quando exitosas, tem as maiores vantagens. Se voce pode, realmente, reduzir o problema, não existe razão para emoções desagradáveis tomarem vez. Porém estas estratégias não podem ser aplicadas em qualquer situação (dor crônica, guerra, desemprego, morte por exemplo). Wainer, 2019 RE 78 Qual estratégia priorizar? Estratégias de Reavaliação e Supressão podem ter diferentes efeitos na memória. Supressão tende a manter a situação na memória. Supressão tende a ter efeitos negativos nas relações sociais. As Estratégias Focadas na Emoção podem ter efeitos positivos SOMENTE SE o indivíduo enfatizar a resolução de problemas, ao invés de ruminar sobre aspectos negativos da situação. Wainer, 2019 RE 79 Wainer, 2019 RE Wainer, 2019 RE TRE integra os princípios e as práticas da TCC clássica e contemporânea dentro de uma estrutura que busca refletir os achados translacionais da ciência afetiva. Assim, inclui: Mecanismos motivacionais Mecanismos regulatórios Aprendizado contextual de consequências Busca estabelecer um balança entre a busca de recompensas e a minimização da perda, enquanto se procura segurança e evitação de ameaças. Wainer, 2019 RE 82 Wainer, 2019 RE DBT Propõe as seguintes habilidades para a RE: Habilidades Centrais de Atenção Plena; Habilidades de Tolerância ao Desconforto/Angústia; Habilidades de Regulação Emocional; Habilidades de Efetividade Interpessoal. Wainer, 2019 RE 84 Como: Sem julgamentos Focado no presente Efetivamente O Que Fazer: •Observar •Descrever •Participar Habilidades de Mindfulness Wainer, 2019 RE 85 Compreender e nomear emoções Modificar emoções não desejadas Reduzir vulnerabilidade para aspectos mentais das emoções Gerenciar emoções extremas Habilidades de Regulação Emocional Wainer, 2019 RE 86 INÍCIO→ Todas as emoções são VÁLIDAS • Podem ou não ser desejadas ou justificadas Wainer, 2019 RE 87 Componentes da Emoção ou da “Onda" Wainer, 2019 RE 88 Mudando Emoções Indesejadas: → Ação Oposta MEDO…......................... RAIVA…......................... INVEJA…........................ AMOR…......................... TRISTEZA….................... VERGONHA/CULPA…...... Aproximação Evitar/Ser gentil Gratidão Evitar/Distração Ficar ativo/Evitar Evitação Explicitar/Repetir Wainer, 2019 RE 89 A habilidade para tolerar e sobreviver a crises sem fazer coisas piores Tolerância ao Desconforto Wainer, 2019 RE 90 Wainer, 2019 RE Metas da TFE Restaurar funcionamento saudável e funcionamento da RE; Mudar o processamento do cliente sobre informação experiencial; Amplificar simbolização da experiência interna; Acessar esquemas emocionais disfuncionais; Promover a integração de partes do Self negadas ou dissociadas. Wainer, 2019 RE 92 Disfunção da RE Emoções tornam-se desadaptativas por: Traumas anteriores ignorados ou dissociados Resultando numa falha na regulação emocional: Super regulada- abusos e rejeições precoces podem se internalizar como autoabuso ou autonegligência Sub regulada uma creiança sensível que facilmente se chateia pode desenvolver um apego ansioso e tornar-se emocionalmente super excitado and become emotionally over- aroused Depressão, ansiedade, uso de drogas e anorexia nervosa frequentemente buscam regular estados emocionais negativosWainer, 2019 RE 93 Intervenções da TFE Tarefas baseadas na empatia Tarefas Relacionais Tarefas Experienciais Tarefas de Reprocessamento Tarefas de Representação (cadeiras) Wainer, 2019 RE 94 Wainer, 2019 RE TEE É uma forma de TCC que se baseia em: Emoções dolorosas e difíceis são universais; Emoções emergiram pela Evolução, pois representavam vantagens adaptativas; Crenças e estratégias subjacentes (Esquemas) sobre as emoções determinam o impacto e a manutenção ou aumento desta emoção; Esquemas problemáticos podem tornar as emoções catastróficas; Estatégias de controle emocional, como as tentativas de suprimir, ignorar, neutralizar ou eliminar as emoções pelo abuso de drogas e compulsão alimentar ajudam a confirmar as crenças negativas a respeito das emoções e situações difíceis; Expressão e validação das emoções são úteis para normalizar e gerar compreensão sobre as emoções. Wainer, 2019 RE 96 Wainer, 2019 RE Reestruturação Cognitiva Crenças Centrais sobre emoções/papéis/expectativas; Crenças Intermediárias sobre Coping para C. Centrais; Wainer, 2019 RE 98 Terapia do Esquema (TE) Wainer, 2019 RE 99 Objetivos da TE Ajudar o paciente a ter suas necessidades centrais atendidas; Busca modificar a valência de ativação dos esquemas desadaptativos; dos estilos de enfrentamento e dos modos dos esquemas; O terapeuta busca a Cura do Esquema, tentando eliminar a operação de Perpetuação do Esquema. Wainer, 2019 RE 100 Origens dos Esquemas Necessidades Emocionais Básicas Experiências de Vida Precoces Temperamento Emocional EID’s Wainer, 2019 RE 101 Respostas Comuns de Coping ✓ RENDIÇÃO (Manutenção): ✓ Complacência ✓ Dependência ✓ RESPOSTA DE EVITAÇÃO: ✓ Abuso de substâncias ✓ Afastamento, desligamento ✓ Isolamento; tornar-se workaholic ✓ RESPOSTA DE COMPENSAÇÃO (HIPERCOMPENSAÇÃO) ✓ Agressão, hostilidade ✓ Manipulação, exigências, controle excessivo ✓ PerfeccionismoWainer, 2019 RE 102 Estilos de Coping Desadaptativos Estilo de Coping DESCRIÇÃO Capitulador Complacente (Resignado) (Fuga de maus-tratos) Adota enfrentamento baseado em obediência e dependência. Protetor Desligado (Fuga emoções negativas) Adota estilo de retraimento emocional, desconexão, isolamento e evitação comportamental – robótico. Hipercompensador (Fuga emoções negativas) Estilo de enfrentamento caracterizado por contra-ataque e controle. Pode hipercompensar por meios indiretos,como trabalho excessivo. Wainer, 2019 RE 103 Wainer, 2019 RE 104 Como ocorre a Ativação Esquemática? Situações Ativadoras Interpessoais Necessidade(s) Emocional Desatendida(s) EIDs Ativado(s) EMOÇÕES Estratégia(s) de Coping Principais Ferramentas Relação Terapêutica Reparentalização Limitada Confrontação Empática Técnicas Vivenciais/Emocionais Exercícios Imagísticos Cadeira Transformacional Role Playing Wainer, 2019 RE 105 Reparentalização Limitada Preenchimento das necessidades emocionais não atendidas do paciente dentro dos limites da relação terapêutica; Terapeuta serve como modelo de Adulto Saudável para paciente desenvolver o seu; Relação com terapeuta e com outros saudáveis serve como antídoto contra as experiências tóxicas da infância que atormentam o paciente. Wainer, 2019 RE 106 Wainer, 2019 RE Pressupostos Mindfulness tem sido definido como a postura de se propor a prestar atenção ao momento presente, sem julgamentos (Kabat-Zin, 1994). A mente humana é considerada uma máquina de julgamentos e, para a maioria de nós, é extremamente difícil experimentar algo sem julgamento ou colocação de rótulos. Wainer, 2019 RE 108 Pilares da ACT Aceitação dos EP aversivos: para que possam vir e ir sem sofrimento adicional Escolha: Escolhas consistentes baseadas em nossa experiência/ história Ação: Na direção daquilo que pode ser mudado Wainer, 2019 RE 109 Aceitação “A aceitação implica no envolvimento ativo e consciente dos eventos pessoais sem tentativas desnecessárias de mudar sua freqüência ou forma, uma vez que tal empreendimento causaria danos psicológicos. Por exemplo, pacientes com ansiedade são ensinados a senti-la em sua totalidade e sem defesas; pacientes com dor são instruídos com métodos que os estimulam a desistir de lutar contra ela, e assim por diante. A aceitação na ACT não possui um fim em si mesma, mas é incitada como método para aumentar as ações baseadas em valores.” (Hayes, 2008) Wainer, 2019 RE 110 Escolha de Valores Valores são qualidades escolhidas com o propósito de que nunca possam existir como objeto, mas sim como exemplos a serem alcançados passo a passo (não tangíveis ou materiais). Wainer, 2019 RE 111 Valores Na ACT, a aceitação, a desfusão e o estar presente não possuem um fim em si, mas configuram-se como meios mais eficazes para uma vida de valores mais consistentes e cruciais. Wainer, 2019 RE 112 Ação “Finalmente, a ACT estimula o desenvolvimento de padrões mais abrangentes de ação efetiva ligado aos valores escolhidos. Neste quesito, a terapia em muito se assemelha à terapia comportamental tradicional, e quase todo o método de mudança de comportamento coerente pode ser adaptado ao protocolo da ACT, incluindo a exposição, aquisição de habilidades, métodos de formação, estabelecimento de objetivos e etc.” Wainer, 2019 RE 113 Passado conceitual e futuro temido Baixo autoconhecimento Esquiva experiêncial Falta de clareza de Valores e influenciabilida-de Fusão cognitiva Inércia Atrelamento ao self conceitual Inflexibilidade Psicológica Wainer, 2019 RE 114 Momento presente Aceitação Valores Desfusão Ações Self como contexto Flexibilidade Psicológica Wainer, 2019 RE 115 Wainer, 2019 RE - COM FOCO NO PROBLEMA: - Resolução de Problemas; Evitação; Identificação de Situações de Risco - COM FOCO NA REAVALIAÇÃO COGNITIVA: - Grade de Participação; Cartão Lembrete; Identificação de NEB X Modos Esquemáticos (TE) - COM FOCO NA EMOÇÃO: - Exposição Baseada em Valores; Cadeira Transformacional Wainer, 2019 RE 117 Tabela de PARTICIPAÇÃO Wainer, 2019 RE 118 A. Quando usar? Paciente se Culpa ou não consegue dimensionar adequadamente sua participação em evento/situação. B. Considerações no uso? Pode requerer razoável tempo da sessão e ser utilizado sequencialmente em mais de uma sessão. Wainer, 2019 RE 119 1. Inicialmente levar o paciente a identificar o ponto / questão ESPECÍFICA na qual considera-se culpado ou responsável em excesso. 2. Pedir ao paciente que fale sobre os seus sentimentos / sofrimento a respeito do tema – Ativação Emocional. 3. Propor uma tarefa para verificar os fatores envolvidos na situação e o peso de cada um deles, com objetivo de repensar os envolvidos /responsáveis pelo acontecimento. 4. Tentar transformar o conceito CULPA em RESPONSABILIDADE e, depois, em PARTICIPAÇÃO. Passos da Técnica: Wainer, 2019 RE 120 5. Usar o formulário da tabela. 6. Pedir, inicialmente, para que o paciente coloque todos os participantes (tanto pessoas, como situações, como aspectos externos e tudo mais que possa ter tido participação) pelo evento e, após o % de responsabilidade, dizendo que deve fechar 100%. 7. Após completar esta 1ª coluna, fazer a mesma coisa novamente, mas então o terapeuta propõe / sugere alguns outros fatores. O peso o paciente dá. 8. Mesmo procedimento na 3ª e 4ª coluna. 9. Checar com o paciente sua percepção ao longo da realização das novas colunas. 10. Investigar possível mudança de sentimento vinculado aos novos níveis de participação. Wainer, 2019 RE 121 ITENS 01 02 03 100% 100% 100% TABELA DE PARTICIPAÇÃO Wainer, 2019 RE 122 Mindfulness para a Respiração Wainer, 2019 RE 123 A. Quando usar? Paciente mostra-se muito ativado emocionalmente, prejudicando as suas análises cognitivas. Paciente encontra-se em sofrimento devido à ativação emocional intensa. B. Considerações no uso? É de fácil aplicação e o indivíduo rapidamente aprende a realizar sozinho. Sugerida por algumas psicoterapias (TFC) como primeiro passo em cada sessão de terapia. Wainer, 2019 RE 124 Respirar é algo que acontece automaticamente e que você não tem de pensar a respeito; seu corpo faz isso para você. Então, pelos próximos 5-10 minutos, preste atenção especial a sua respiração. Fique curioso a respeito dela: Como você se sente? Você está respirando profundamente com seu diafragma ou superficialmente com seu peito? Você está respirando lentamente ou rapidamente? Pela boca ou pelo nariz? Agora perceba como se sente quando da uma respirada profunda... Preste atenção ao oxigênio entrando, enchendo seus pulmões e que até seu estômago se expande com o ar... Agora exale lentamente o ar, percebendo qualquer sensação que ocorra ao fazer isso. Faça isso por alguns minutos, observando como se sente ao respirar Passos da Técnica: Wainer, 2019 RE 125 Ao ir fazendo isso, você pode começar a notar que seus pensamentos vagam para outro lugar que não a respiração. Você pode começar a imaginar qual a função deste exercício, ou sua atenção pode vagar para algo completamente diferente: pensar sobre o que você irá comer hoje, por exemplo. Ou preocupações acerca de algo sobre seu trabalho na 2ª feira. Quando isso acontecer, simplesmente perceba que sua atenção vagou, sem julgamentos de você mesmo, e volte novamente a atenção para a respiração. Frequentemente as pessoas acham que este tipo de exercício ajuda a acalmar, a se centrar. Em outras palavras, ajuda a diminuir a intensidade de qualquer emoção. Quando aprendemos pela primeira vez este exercício, podemos sentir um pouco ansiosos. Se isso acontecer, da melhor forma que puder, perceba a ansiedade e como ela afeta seu corpo: “minha respiração está curta e rápida; meu coração está acelerando. Eu estou percebendo preocupações em minha cabeça. Nada disso é problema, simplesmente identifique a emoção sem julgamentos Passos da Técnica: Wainer, 2019 RE 126 Cartão Lembrete Wainer, 2019 RE 127 Cartão Lembrete Reconhecimento do sentimento atual Atualmente eu me sinto (emoção) ___________ porque (situação ativadora) _________________________________________________________ Identificação de Esquema(s) Contudo, sei que isso provavelmente é (são) meu(s) esquema(s) de esquemas relevantes) ___________________ que aprendi (origem)_____________________. Esses esquemas me levam a exagerar o nível de (distorções do esquema) ____________ Testagem da Realidade Ainda que eu acredite (pensamento negativo) ___________________ a realidade é que (visão saudável) ___________________________. Entre as evidências em minha vida que sustentam a visão saudável estão: (exemplos específicos de vida) ________________________ Instrução Comportamental Portanto, embora tenha vontade de (comportamento negativo) _________________ eu poderia, em vez disso, (comportamento saudável alternativo) ___________ Wainer, 2019 RE 128 Cadeira Transformacional Wainer, 2019 RE 129 Cadeira Transformacional: 5 Caminhos Terapêuticos Diálogos Externos: Assuntos não concluídos – situações de traumas e perdas. A pessoa abusiva "senta" na outra cadeira; Diálogos Internos: conflitos internos do paciente. Muito comum trabalhar a voz interna crítica. Também o “modo Protetor Desligado”; Trabalho com Sonhos: Gestal-terapia; Diálogos Corretivos: contra argumentações do terapeuta e paciente a um “lado”esquemático distorcido do paciente; Role-playing: treino de assertividade e problemas de comunicação. Problemas com lideranças e/ou pessoas de relacionamentos afetivos. Wainer, 2019 RE 130 CADEIRA TRANSFORMACIONAL: Diálogo Externo INTRUÇÕES PARA O TERAPEUTA 1. Explique ao paciente os objetivos dos exercício: Poder expressar seus sentimentos e dificuldades pela relação com pessoa X. 2. Explique para o paciente que ele deve ver no assento a sua frente a pessoa X: Insista que o paciente utilize a segunda pessoa (VOCÊ) quando falar com a cadeira da pessoa X e a primeira pessoa (EU) quando no seu lado (criança vulnerável e adulto saudável). 3. Peça para o paciente iniciar falando sobre a importância daquela pessoa em sua vida, seus sentimentos por ela e os motivos do seu sofrimento naquela relação. 4. Peça que ela expresse quais questões (necessidades) ela gostaria que fosse (tivesse sido) diferente naquela relação e as consequências negativas ocasionadas até agora. 5. Peça para o paciente sentar na cadeira da pessoa X e dizer o que acredita que ela diria (sempre na primeira pessoa). 6. Faça isso durante, pelo menos, 3 vezes 7. Finalize com a paciente em sua cadeira afirmando suas necessidades e o que mudará em relação à pessoa X. O terapeuta pode fazer coaching neste passo.Wainer, 2019 RE 131 CADEIRA TRANSFORMACIONAL Diálogo Interno – Protetor Desligado INTRUÇÕES PARA O TERAPEUTA 1. Explique ao paciente os objetivos dos exercício: buscar entender as funções e prejuízos de funcionar no Protetor Desligado. 2. Explique para o paciente que ele deve ver no assento a sua frente o seu lado Protetor Desligado e na outra seu lado Adulto Saudável. Insista que o paciente utilize a segunda pessoa (VOCÊ) quando falar com a cadeira do Protetor Desligado e a primeira pessoa (EU) quando no seu lado (Adulto Saudável). 3. Peça para o paciente iniciar falando do lado Protetor Desligado. Fale como se apresenta (padrões) e quando tente a ser acionado. Falar sobre a importância deste lado em sua vida. 4. Peça para o Adulto Saudável abordar (de forma não crítica) que entende este lado, mas apontar os problemas, dificuldades do uso exagerado/inadequado do Protetor Desligado. Faça com que o Adulto Saudável demonstre que a pessoa deles acaba perdendo vivências-afetos etc. 5. Peça para o paciente sentar na cadeira do Protetor Desligado e dizer o que acredita que ela diria (sempre na primeira pessoa). 6. Faça isso durante, pelo menos, 3 vezes ou até que as argumentações enfraqueçam. 7. Finalize com a paciente na cadeira do Adulto Saudável afirmando suas necessidades e o que gostaria que mudasse em relação ao Protetor Desligado. O terapeuta pode fazer coaching neste passo. 8. O terapeuta convida o paciente a olharem de pé e por detrás das cadeiras a situação e refletirem sobre o que ocorreu ali. Wainer, 2019 RE 132 Wainer, 2019 RE Wainer, 2019 RE 134 Obrigado!
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