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PROMOÇÃO E MERCHANDISING PROMOÇÃO E MERCHANDISING Copyright © UVA 2019 Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição. Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. AUTORIA DO CONTEÚDO Haroldo Monteiro da Silva Filho REVISÃO Clarissa Penna Isis Batista Janaina Senna PROJETO GRÁFICO UVA DIAGRAMAÇÃO UVA SUMÁRIO Apresentação Autor 6 7 Merchandising 30 • O conceito de merchandising • Tipos de merchandising • O ponto de vendas – como planejar a melhor visualização do produto UNIDADE 2 8 • Conceito de promoção • Tipos de promoções de vendas • A promoção de vendas – planejamento de médio e longo prazos Promoções de vendas UNIDADE 1 SUMÁRIO Merchandising visual 81 • Atraindo a atenção do consumidor • Ambientação da loja: comunicação pelos sentidos • Design experiencial de loja UNIDADE 4 55 • Entendendo e influenciando a circulação dos consumidores na sua loja • Como orientar o consumidor na sua loja • Fatores de design de loja Merchandising e layout de loja UNIDADE 3 6 Nesta disciplina você vai conhecer os temas promoção e merchandising. Esses temas, dentro do contexto do atual varejo, são de grande relevância. Para isso, você vai estu- dar os principais conceitos usados nas promoções. Cabe ressaltar, porém, que as es- tratégias de promoção no varejo moderno não podem ser utilizadas como no passado, ou seja, a empresa não vendia as suas mercadorias com o preço “cheio” e utilizava o recurso promocional para atingir determinado patamar de vendas e reduzir estoques, sem se preocupar, num primeiro instante, com a lucratividade da empresa. Atualmen- te, essa ferramenta deve ser usada com parcimônia, sob pena de, ao longo do tempo, perder sua eficácia. As estratégias de promoção devem vir acompanhadas de um arsenal de medidas que gerem fidelidade dos clientes com a empresa, proporcionando-lhes novas experiências de compra e criando, assim, uma importante ferramenta para incremento de vendas. Com relação ao merchandising, podemos afirmar que essa estratégia está presente des- de a escolha do sortimento do estoque do varejista até a disposição dos produtos na loja, passando por estratégias de design de lojas, fluxo de consumidores, iluminação e demais fatores que possam criar novas experiências para os consumidores da marca. APRESENTAÇÃO 7 HAROLDO MONTEIRO DA SILVA FILHO Formado em Administração de Empresas e Engenharia Econômica pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj, com pós-graduação em Mercado de Capitais pela Fun- dação Getulio Vargas – FGV, Finanças pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – IBMEC e MBA pela Ohio University (USA). É doutorando pela Rennes School of Business (França), coordenador do MBA em Finanças da UVA e professor convidado do Institu- to de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Coppead/UFRJ, onde ministra a disciplina Gestão Financeira de Curto Prazo. Profissional com vasta experiência nas áreas de tesouraria, planejamento financeiro e estratégico, tendo atuado como executivo em grandes empresas varejistas. AUTOR Promoções de vendas UNIDADE 1 9 Nesta etapa você vai estudar o conceito de promoção de vendas, que é definido como um conjunto de ferramentas de incentivo de curto prazo que visa estimular o consumidor a comprar um produto. Na sequência, você vai conhecer os princípios que regem essa estratégia, os tipos existentes de promoção e em que situações eles devem ser aplica- dos. Por fim, você conhecerá o processo de decisões por parte de um varejista para fazer uma promoção. INTRODUÇÃO Nesta unidade o aluno poderá identificar os conceitos da promoção de vendas. OBJETIVO 10 Conceito de promoção Introdução Podemos afirmar que, quando falamos de propaganda, estamos oferecendo ao consu- midor razões para comprar determinado produto. No caso da promoção, o varejista cria uma condição especial, forçando o consumidor para que compre imediatamente, dado que inúmeras decisões de compra de produtos são feitas no ponto de venda, ou PDVs. Dessa forma, consideramos que a promoção é um estímulo mais forte ao consumidor do que a propaganda, complementando sua ação, objetivando acelerar a decisão de compra. A promoção como estratégia Podemos considerar que, na maioria das vezes, as promoções de venda são focadas no ponto de venda. Contudo também podem ser aplicadas com intermediários de marke- ting e com os vendedores. Merchandising Vendedores Pontos de venda Estratégia de promoção+ + = No caso dos vendedores, devemos ter em mente que é necessário treinamento e motivação antes de desenvolver estratégias de venda. Importante As promoções são uma excelente ferramenta, muito eficazes para lançar novos produtos, agilizar as vendas, desovar estoques, vender mais em certas épocas, estimular a equipe de vendedores e intermediários. 11 Tipos de promoção de venda Existem três tipos principais de promoção de venda: Promoções para o consumidor Promoções de varejo Promoções comerciais De maneira geral, o consumidor, ou usuário final, é o alvo final de todas as promoções de vendas. Veja como isso se dá em cada tipo de promoção: • Nas promoções para o consumidor, os fabricantes oferecem facilidades diretamen- te aos consumidores, enquanto nas promoções de varejo são os lojistas que fazem as ofertas. • As promoções comerciais, por outro lado, dizem respeito às ofertas feitas pelos fabricantes aos varejistas ou outros representantes de venda. As promoções comerciais e as promoções de varejo são elementos do com- ponente da ação de forçar (push) produtos, dentro dos esforços de marketing, enquanto as promoções para o consumidor fazem parte do esforço de atrair (pull) clientes. Cabe ressaltar que as estratégias de push e de pull devem estar alinhadas com a estratégia de marketing principal da empresa. Saiba mais Agora que você já conhece os tipos de promoção de venda, saiba quais são os elementos que a compõem, seus objetivos e funções. Elementos da promoção de vendas Os principais elementos da promoção de venda são: • Comunicação: transmitir as informações e gerar um sentido de urgência no consu- midor. • Limitação do tempo: demanda uma decisão de compra em um prazo limitado para que se possa aproveitar a vantagem oferecida, fazendo desse senso de urgência uma realidade. 12 • Estímulo: oferecer, além do produto, um elemento adicional, para sensibilizar o con- sumidor. • Atratividade da promoção em si, com a união de elementos atuais no contexto da vida do consumidor, criatividade e ligação com o produto (MINADEO, 2008). Objetivos das promoções de vendas Podemos classificar as promoções segundo os seguintes objetivos (MINADEO, 2008): • Incentivar o teste do produto. • Incentivar a compra e o uso continuados. • Incentivar a compra e o uso de produtos relacionados. • Apoiar a estratégia de comunicação, visando obter uma resposta mais rápida e mensurável. • Construir um banco de dados de marketing. Funções da promoção de vendas Podemos listar as seguintes funções da promoção de vendas (MINADEO, 2008): • Acelerar/antecipar as vendas. • Bloquear a penetração da concorrência. • Criar novas razões de consumo. • Reerguer um produto. • Divulgar um produto. • Estimular a revenda de produtos. • Aumentar o patamar das vendas. O consumidor não atua apenas movido pela lógica. A decisão entre um produto ou o seu concorrente não é uma análise fria entre os diversos atributos de cada um deles. Isso apenas ocorre nas compras realizadas pelas pessoas jurídicas. Mesmo nesses casos, sempre há espaço para um componente pessoal: sim- patia do representante de vendas, tradição da marca, relacionamento antigo Dica 13 entre o fornecedor e o comprador. A promoção de vendas é útil para levar os consumidores a experimentar, mas não é suficiente para que haja uma adoção do novo produto,substituindo-se a marca anteriormente utilizada. Após conhe- cer o produto, a troca apenas se dará caso seus atributos sejam superiores aos dos concorrentes, em um nível semelhante de preços. Assim, a promoção para novos produtos deve acompanhar uma campanha publicitária (MINADEO, 2008). Antes de implementar ações de promoção de venda é preciso conhecer os fatores que favorecem o crescimento do uso desse tipo de estratégia e seus riscos. Entenda, a seguir, cada um desses pontos. Fatores para o crescimento do uso da promoção Os fatores para o crescimento do uso da promoção são: a) Declínio da lealdade à marca: os consumidores compram cada vez mais baseados no preço e no valor percebido, sem manter a preferência pela marca. b) Maior sensibilidade à promoção de vendas: vários mercados respondem bem à pro- moção de vendas. O consumidor faz uma troca mais favorável: economiza nas despesas ou recebe mais benefícios. c) Perspectiva estratégica: as promoções possuem papel estratégico, e não apenas tá- tico. As empresas contratam agências especializadas para desenvolver ações de longo prazo que requerem investimentos elevados e regulares. d) Foco no curto prazo: muitas empresas trabalham com sistemas de avaliação e re- muneração de executivos guiados pelo desempenho de curto prazo, geração rápida de volume de vendas e crescimento da participação de mercado. A promoção de vendas combina com esse foco na consecução de metas trimestrais ou anuais. e) Preocupação com prestação de contas: na promoção de vendas, é mais fácil mostrar o vínculo de causa e efeito entre uma ação específica e as variações nas vendas do que na propaganda. Um objetivo que pode ser atingido por meio de uma promoção de ven- das é o de acelerar a decisão de compra por parte do consumidor (MINADEO, 2008). 14 Riscos do uso da estratégia de promoções A promoção, com certeza, é uma ferramenta de incremento de venda poderosa. Apesar disso, existem vários riscos associados a ela que devem ser observados pelos gestores de uma empresa, já que o uso indiscriminado dessa ferramenta pode trazer graves con- sequências. A seguir, conheça alguns exemplos que merecem atenção: • Não se pode abusar de cupons, descontos e publicidades que enfatizam o menor preço ou de brindes distribuídos com o produto. O risco de repetir essas atividades é desgastar a marca, levando o consumidor a considerá-la uma marca que apenas se vende quando algo a mais é oferecido. • Além disso, pode terminar saindo caro ao fabricante. Existem marcas atrativas em função de seu baixo preço e que são lucrativas, mas marcas que apenas se vendem associadas a promoções podem se tornar inviáveis, trazendo sérios prejuízos para as empresas. Muitas vezes, dizemos até que existem empresas que são adminis- tradas pelas vendas, cujo gestor apenas verifica o volume vendido, não se preo- cupando com a rentabilidade. Nesses casos, existe, na maioria das vezes, o uso indiscriminado de promoções. • A promoção para certas marcas pode ser prejudicial, cabe ressaltar, pois acaba denegrindo sua imagem perante o consumidor. A imagem da marca é criada pela propaganda. O uso intensivo de promoções, sem o apoio de investimentos para formar a imagem da marca, não é eficiente. No mercado de luxo, inclusive, a estra- tégia de promoção quase não é utilizada, poder-se-ia mesmo afirmar que é usada raríssimas vezes, pois ela dilui a imagem da marca. O consumidor ficará acostuma- do a levar aquele produto apenas se estiver atrelado a alguma vantagem adicional. Por outro lado, sua imagem ficará associada à de um produto de qualidade inferior, vendido apenas por seu preço. • Ações promocionais têm retorno decrescente com a repetição, pois até geram re- sultados bem positivos no início, mas, com a repetição frequente, acabam fazendo com que o cliente procure ou espere por elas, em vez de reforçar a lealdade aos méritos da marca e do produto. Muitas vezes os clientes antecipam suas compras para aproveitar as promoções e, com isso, diminuem a rentabilidade das empresas. 15 MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 1 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor na mídia 1. 16 Tipos de promoções de vendas Introdução Existem vários tipos de promoção que podem fazer parte do incremento de vendas da empresa. Neste tópico você vai conhecer quais são essas promoções e como devem ser usadas. Em seguida, você vai entender que, com o avanço da tecnologia e o uso da inter- net, é possível desenvolver novas estratégias comerciais para auxiliar nas promoções e, consequentemente, aumentar as vendas. Promoções de venda ao consumidor As principais e tradionais modalidades de promoção de venda ao consumidor são: Tipo Descrição É um recurso que ajuda no lançamento de novos pro- dutos e quebra a indiferença dos consumidores. O custo é alto, mas aumenta a chan- ce de o público-alvo experi- mentar um novo produto. Procura induzir a venda de um produto, oferecendo outro produto, atendendo ao desejo de levar algo a mais em uma compra. Mesmo um pequeno brinde gera interesse, se é prático, ori- ginal ou exclusivo. O brinde estimula a experimentação do novo produto. A vantagem da distribuição de amostras grátis é fazer o público provar o produto ou o serviço antes de comprá-lo. É utilizada para produtos e serviços em lançamento, mo- dificação ou relançamento. Brindes são artigos úteis, distribuídos de algum modo que exija uma pequena contrapartida do consumi- dor, como, por exemplo, um cereal que venha acompa- nhado de um carrinho para as crianças. O brinde pode conter o nome da marca que você está com- prando, para lembrá-lo dela toda vez que for usado. Pontos de atenção Amostra grátis Brinde 17 Nesses casos, são comuns as canetas, os calendários, os chaveiros, as sacolas, as camisetas, os bonés, as agendas etc. Oferecem a possibilidade de os participantes ganharem algum prêmio. Despertam o interesse do consumidor para o produto e a comuni- cação da empresa. No concurso, o consumidor se envolve, criando um slo- gan ou descrevendo novos usos para o produto. Oferece um benefício tem- porário aos compradores. Pode ser uma modalidade própria de promoção de vendas ou um recurso para implementar outras modali- dades. Um concurso gera envol- vimento do público, pela criação de um slogan, pela resposta a uma pergunta etc. Oferece ao patrocinador a oportunidade de divulgar melhor a marca e as carac- terísticas dos produtos. Deve dar a todos os participantes a possibilidade de ganhar. Uma das vantagens do concurso é que pode ser focado em públicos específicos. Muito utilizados nos merca- dos americanos e europeus, os cupons de desconto são bastante eficazes. Esses cupons costumam ser dis- tribuídos e se encontram em encartes de jornal, na emba- lagem de produtos Concurso Cupom No sorteio, o consumidor depende de sorte, normal- mente por meio do envio de algumas embalagens do produto ou respondendo a alguma pergunta relativa- mente simples. Os sorteios se apoiam na emoção do jogo, tornando a compra mais excitante. Levam o consumidor a acompanhar ou a aguardar os resultados. Sorteio 18 A vantagem do cupom é limitar a redução de preços e a concessão de benefícios a consumidores sensíveis a isso. O benefício vale para quem procura e para quem apresenta o cupom. (para serem recortados) e nas prateleiras do supermer- cado, ao lado do produto. O objetivo deles é fazer com que o cliente troque de mar- ca, oferecendo um desconto de oportunidade, aproveitan- do o impulso de compra. É uma redução do preço do produto num prazo curto, sendo indicada quando a lealdade à marca é baixa. Esse incentivo funciona bem com produtos mais novos, porque estimula a experi- mentação. O empresário deve estar atento a essa estratégia, pois, se for utilizada com frequên- cia, em alguns casos, pode diluir o valor da marca do produto. Incentivono preço Fonte: Adaptado de Minadeo (2008). Além das promoções de venda ao consumidor, existem as promoções vol- tadas para as vendas comerciais, que são focadas nos distribuidores dos produtos. Conheça a seguir as estratégias dessa categoria de promoção. Promoção de venda comercial A promoção de venda comercial é realizada por fabricantes ou atacadistas com o objeti- vo de ativar as vendas junto aos distribuidores. As modalidades mais comuns de promo- ção comercial são: • Incentivos financeiros: pagamentos, descontos ou vantagens materiais oferecidas para motivar os intermediários a comprar. • Concursos comerciais: os distribuidores recebem prêmios em função de objetivos atingidos. • Pagamentos funcionais: a empresa paga aos distribuidores para realizarem certas funções. 19 • Programas de treinamento oferecidos às equipes dos distribuidores: o normal é ofere- cer incentivo aos profissionais de vendas e cobrir aspectos dos produtos da empresa patrocinadora. • Feiras comerciais: concentram, no mesmo espaço e durante curto período, empresas e profissionais ligados a determinado setor. • Materiais de ponto de vista: englobam quaisquer peças de comunicação de produ- tos para instalação nos locais de comercialização, havendo materiais permanentes e temporários (MINADEO, 2008). Existem ainda os patrocínios, pelos quais são distribuídos ingressos para eventos espor- tivos, sociais ou culturais. Essa modalidade também é classificada como promoção. Algumas lojas de departamento, como as Lojas Americanas, por exemplo, fazem as pro- moções chamadas de “everyday low price” — preço baixo todo dia. Podemos afirmar que esse tipo de promoção desperta curiosidade no consumidor, pois a cada dia um produto estará na promoção. Toda promoção implica um planejamento de venda. Entenda como essa relação se dá a seguir, na continuação dos seus estudos. Planejamento de venda Não podemos deixar de citar que existem hoje novas tecnologias que podem auxiliar no desenvolvimento de uma estratégia de promoção, ou até fomentá-la. Essas ferramentas têm por objetivo ajudar o empresário a conhecer melhor seu cliente e, dessa forma, ofe- recer-lhe a promoção certa. Na mídia 4 mostramos um pequeno exemplo de como isso é possível na prática, por meio de um vídeo feito pelo Sebrae. MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 1 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor nas mídias 2 e 3. 20 A promoção de vendas – planejamento de médio e longo prazos Introdução Neste tópico você vai conhecer as decisões que devem ser tomadas para o planejamento de uma promoção. Vimos anteriormente que uma promoção pode ter efeitos bem interes- santes para as empresas que utilizam essa ferramenta de venda. Porém, se não for bem aplicada, a promoção pode ter efeito contrário, gerando, inclusive, perdas para a empresa. Por fim, você vai conhecer as ferramentas mais modernas que auxiliam na implantação de promoções, considerando a grande importância que o comportamento do consumi- dor tem em qualquer estratégia a ser desenvolvida por uma empresa varejista. A promoção como esforço de comunicação Em um sentido mais amplo, entendemos que a promoção também é um esforço de co- municação para o reconhecimento e a criação de consciência de um produto por parte dos compradores-alvo, envolvendo a informação sobre sua configuração, as necessida- des que ele potencialmente satisfaz e de que modo ele atende a essas necessidades. Dessa forma, podemos inferir que o esforço promocional é voltado para a comunicação ativa dos atributos e benefícios de um produto ao mercado-alvo pretendido. A utilização ou não de propaganda, publicidade, pro- moção de venda, merchandising (promoção no ponto de venda) ou força de venda, de que forma e em que medida, é uma questão — e decisão — condicionada à natureza do produto que deve estar alinhada à estraté- gia principal da empresa. Esses fatores constituem o composto promocional, cuja composição variará con- forme os seguintes aspectos: 21 • O estágio do processo de decisão de compra (conscientização, interesse, desejo ou ação). • O tipo de produto. • A estratégia global da organização. • O montante orçamentário disponível para promoção (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). Composto promocional A promoção, como esforço de comunicação, pode ser realizada por diferentes métodos ou meios, e pela conjugação deles. A combinação desses meios de promoção, ou com- posto promocional, é o resultado de decisões de gestão, considerando aspectos como imagem e posicionamento pretendidos, produto e mercado-alvo. Sinteticamente, os ele- mentos do composto promocional são descritos a seguir: Comunicação de natureza persuasiva, veiculada em meios de comunicação (rádio, revista, TV etc.) e paga, cujo formato e conteúdo foram definidos pelo anunciante. PROPAGANDA PUBLICIDADE OU RELAÇÕES PÚBLICAS Comunicação veiculada nos meios de comunicação, não paga, com a natureza de informação sobre produtos ou organizações, cujos formatos e conteúdos, em geral, não sofrem ingerência importante do ofertante do produto ou da organização mencionada. Quem atua em publicidade é denominado profissional de relações públicas. Um exemplo desse tipo de publicidade são as críticas, quando do lançamento de filmes, e as resenhas, a respeito de novos livros, efetuadas costumeiramente na mídia impressa. Cabe ressaltar que algumas marcas, principalmente as de luxo e premium, utilizam muito a técnica de ter um relações públicas para divulgá-las. 22 Essa estratégia se torna bem interessante nos segmentos de luxo e premium principalmente, pois, nesses casos, o anunciante pode atingir “cirurgicamente” seu público-alvo. MERCHANDISING OU TRADE MARKETING PROMOÇÃO DE VENDAS FORÇA DE VENDA Comunicação e promoção de venda do produto no ponto de venda, por meio de cartazes, displays, wobblers, práticas de degustação e demonstração, podendo-se incluir técnicas de disposição e exposição do produto, influenciando diretamente a percepção do consumidor e a decisão de compra. Estímulo ou motivação adicional ao consumo durante determinado período provocados pelo produtor, com o objetivo de aumento rápido no nível de vendas. Em geral, ocorre na forma de descontos, adição de brindes ou outro tipo de ampliação de benefício ou redução de preço. Comunicação sobre características, funcionalidade, tipo de solução oferecida e demais atributos, feita de forma pessoal por profissionais capacitados para essa tarefa. Esse tipo de comunicação é associada a produtos cujos preços e valores justifiquem tal abordagem, que, embora mais focalizada, técnica e persuasiva, envolve maiores custos. 23 MARKETING DIRETO Estratégia e ação de promoção (mas principalmente de venda) por meio de comunicação direta entre ofertante e comprador potencial, utilizando--se venda pessoal ou veículos como mala-direta e telemarketing. Agora que você já sabe que a promoção é um esforço de comunicação, conheceu os tipos de comunicação e suas possíveis combinações, saiba quais são os aspectos envolvidos na decisão de comunicar e o que é mix de comunicação. Decisão de comunicação A promoção, como uma das variáveis do composto de marketing e principal dimensão de contato com o mercado-alvo gerenciável pela organização ofertante, garante a ligação e a consistência entre esses dois componentes da estratégia de marketing. Considerando que, operacionalmente, a promoção se dá por meio da comunicação realizada e que a percepção de valor do comprador-alvo é influenciada de forma decisiva pela comunica- ção, os seguintes aspectos são decisões cruciais para o negócio: • A imagem a ser construída. • Os objetivos a serem atingidos com a comunicação. • A elaboração da mensagem. • A escolha dos canais de comunicação (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). Caso uma proposta de valor desenvolvida quanto a produto, preço e distribui- ção não seja suficientemente eficaz na construção de uma compreensão e de uma percepçãopositiva e favorável dos consumidores em relação ao produto, ela pode não alcançar o seu resultado esperado, gerando, inclusive, perdas para o anunciante. Importante 24 O mix de comunicação na promoção O mix de comunicação de marketing, ou composto de comunicação, é o resultado da combinação dos elementos de comunicação a serem conjugadamente desenvolvidos. Desse modo, resulta de avaliação, análise e decisão sobre a utilização – de que forma e em que medida – de ferramentas, como propaganda, promoção de vendas, publicidade e vendas pessoais. Essa decisão (ou conjunto de decisões conjugadas) deve ser examinada com base em condicionantes ligados às características do mercado, do produto, à estratégia de comu- nicação adotada e às restrições orçamentárias (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). Na sequência, são analisadas as associações entre cada um desses fatores e o mix de comunicação: • Mercado e mix de comunicação: a dimensão do mercado, a dispersão ou concen- tração do público-alvo e as características dos clientes constituem informações essenciais na opção por um mix de comunicação. Quanto maior o tamanho do mercado, por exemplo, maior será a dificuldade para a utilização de vendas pes- soais e maior a inclinação para uma comunicação de maior penetração. Vendas pessoais, no entanto, podem ser uma alternativa para públicos-alvo relativamente concentrados. Em qualquer caso, a adequada identificação dos clientes – pelo re- conhecimento de suas características – pode propiciar orientação para comunica- ções mais eficazes (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). • Produto e mix de comunicação: a configuração do produto fornece importantes informações de referência para a comunicação. Produtos inovadores dependem de mensagens e de mídias que estimulem o mercado-alvo pretendido para a experi- mentação. Extensões de linha, em contrapartida, sugerem a utilização de ferramen- tas que propiciem o reconhecimento de benefícios dirigidos a dado público. Bens e serviços, por sua vez, podem conduzir a diferentes formas de comunicação em fun- ção de seus atributos naturais. Bens de especialidade, como artigos de luxo (joias, perfumes, bolsas etc.), dificilmente seriam compatíveis com as estratégias de co- municação de bens de conveniência (chocolate e revistas, por exemplo) (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). 25 • Estratégia e mix de comunicação: duas orientações estratégicas básicas de co- municação podem ser consideradas: pressão (push ou empurrar) e tração (pull ou puxar). A estratégia de empurrar consiste em estimular e/ou motivar os canais a de- senvolver esforços de comunicação por meio de incentivos e fatores de facilitação para esses agentes. A estratégia de puxar utiliza-se de comunicação focalizada e dirigida para o consumidor final, promovendo a demanda pelo produto como resul- tado da ação do mercado. Essas estratégias não são, por si soś, mutuamente ex- cludentes, sendo possível – não raro – a utilização de ambas, em geral com maior ênfase em uma delas (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). • Orçamento e mix de comunicação: a quantidade de recursos destinada ao com- posto de comunicação, em geral é definida em função da utilização das ferramen- tas promocionais escolhidas e de sua combinação. Todavia deve-se reconhecer que o processo é recursivo, ou seja, restrições orçamentárias condicionam e, por vezes, limitam a decisão do mix de comunicação. O orçamento é determinado por meio de critérios de referência para a decisão (CROCCO; TELLES; GIOIA, 2013). O influenciador de marketing O influenciador de marketing continua a impactar as tendências de consumo e o varejo de uma forma geral. Nesta nova era de propaganda boca a boca, as empresas aumen- tam seus orçamentos para terem essa ferramenta e, assim, melhorarem seu ROI. Retorno sobre investimento – ROI (em inglês, return over investments) é um in- dicador comumente utilizado para medir o retorno que determinada ação gerou sobre o valor investido. Curiosidade Na realidade, os consumidores de hoje são inundados com anúncios dos mais variados tipos que, muitas vezes, não são lidos ou não lhes despertam atenção. Dessa forma, torna-se cada vez mais difícil para o varejista chamar a atenção do consumidor e torná-lo fiel, com o objetivo de aumentar suas receitas. É aí que o influenciador de marketing se torna um forte investimento para os negócios! 26 O consumidor acaba não percebendo, nem considerando esse tipo de promoção como uma propaganda direta de um produto, e sim como uma recomendação de uma fonte confiável. Ou seja, quando o influenciador começa a falar do produto, os consumidores tomam até nota do que ele está falando, fazendo com que o anunciante se destaque da concorrência. Não podemos, contudo, afirmar que, apenas por ser uma estratégia de marketing popu- lar, ela poderá ser automaticamente aplicada e obterá sucesso. Em vez disso, a empresa deverá fazer um planejamento adequado, usar de criatividade e, após as ações, medir seus resultados. Ter foco na criação do real relacionamento com o seu consumidor é mandatório nesse tipo de promoção. Para isso, a empresa deve procurar uma plataforma digital que a au- xilie na criação dessa estratégia, ajudando a empresa a gerenciar todo o planejamento e a medir os seus resultados. MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 1 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor nas mídias 4 e 5. 27 NA PRÁTICA A TV teve uma grande importância como veículo de propaganda. Os anúncios eram caríssimos e só grandes empresas faziam anúncios em grandes redes de TV. As pequenas ficavam relegadas a emissoras menores ou a horários de pouca audiência. Muitas vezes, essa propaganda não atingia o público-alvo do produto. Ou seja, a empresa gastava uma grande parte de seu orçamento com uma propaganda que não gerava o retorno esperado. No mundo atual, porém, com a internet e as mídias sociais, os anunciantes podem focar no seu público e, o que é melhor, podem até interagir virtualmente com ele. Po- demos afirmar que toda essa tecnologia foi benéfica para as empresas, mas também cabe ressaltar que os gestores de marketing devem agora estar mais preparados tecnicamente do que antes, assim como devem ter uma estratégia bem definida, pois a velocidade da informação aumentou muito, tanto para o “bem” quanto para o “mal”. Isso significa que um plano de comunicação mal desenvolvido pode gerar inúmeros problemas para a marca e para o produto. Os gestores, portanto, devem se preparar por meio de pesquisas e estruturar bem suas campanhas para ter sucesso na estratégia virtual. 28 Resumo da Unidade 1 Nesta unidade falamos sobre o tema promoção. Você conheceu os seus principais con- ceitos, suas caraterísticas, seus benefícios e seus riscos. Destacamos também os temas ligados a essa estratégia. Você viu o quanto é importante um bom planejamento da pro- moção, de forma a evitar que, no caso de elaboração mal formulada, ocorram problemas para a marca e para o produto. Estudamos ainda os tipos de promoção existentes e como devem ser desenvolvidos. Por fim, você entendeu como uma promoção deve ser planejada, tanto para um curto como um longo prazo, e também conheceu o papel do influenciador digital em uma estratégia promocional. Nesta unidade identificamos os tipos de promoção e suas principais caracterís- ticas, de forma que o aluno possa desenvolver estratégias com base nos con- ceitos apresentados. Mostramos também quais são os riscos envolvidos, caso a estratégia de promoção seja mal desenvolvida, e quais as consequências que podem sofrer o produto, a marca e a empresa que elaborou a promoção. O principal conceito estudado foi o de promoção de venda, que consiste em um conjunto de ferramentas de incentivo de curto prazo que visam estimular o consumidor a comprar um produto. CONCEITO 29 Referências BUHAMRA, C. Gestão de marketing no varejo: conceitos, orientações e práticas. São Paulo: Atlas, 2012. CROCCO, L.; TELLES, R.; GIOIA,R. M. Fundamentos de marketing: conceitos básicos. São Paulo: Saraiva, 2013. EBSTER, C.; GARAUS, M. Design de loja e merchandising visual: criando um ambiente que convida a comprar. São Paulo: Saraiva, 2013. MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo: Atlas, 2008. Merchandising UNIDADE 2 31 Nesta unidade você vai conhecer o conceito de merchandising. Em linhas gerais, esse termo pode ser definido como um conjunto de técnicas que objetivam melhorar a expo- sição de um produto, visando atrair o consumidor. Merchandising significa mercadoria em inglês. No meio empresarial, entretanto, essa palavra é utilizada para indicar o ato de negociar ou o ato de propagar algum negócio (MINADEO, 2008). Muito utilizado pelas empresas como uma técnica de planejamento, o merchandising ga- nha mais destaque no varejo atual. Isso se dá porque a técnica de melhorar a exposição do produto teve seu conceito amplificado, passando a estudar também o sortimento de produtos, o design de lojas, a aromaterapia e o visual merchandising como formas com- plementares de atrair a atenção do cliente. INTRODUÇÃO OBJETIVO Nesta unidade o aluno identificará os principais pilares de uma estratégia de mer- chandising. 32 O conceito de merchandising Introdução O merchandising é considerado um método de promoção que está contido em um plano de marketing, sendo um dos principais mecanismos da área de publicidade, cuja principal característica é a criatividade. Nos dias atuais ganha novos contornos, com estudos sobre o comportamento do consumidor e a utilização de novas tecnologias. O conceito de merchandising O merchandising engloba uma gama de táticas que têm como objetivo fazer os próprios produtos exercerem ações de venda sobre os consumidores. Uma de suas caracterís- ticas principais é colocar os produtos estrategicamente nas diversas seções de venda de um modo tal que acabe por criar impulsos de compra, otimizando o uso do espaço destinado à venda. Observe a imagem abaixo: O merchandising emprega, em uma de suas táticas, o uso de itens como displays, cartazes no ponto de venda ou demais materiais que contribuam para a decisão final de compra do consumidor no ponto de venda. Cabe ressaltar que o merchandising é re- conhecido como o enriquecimento e a va- lorização do clima promocional no ponto de venda, com o objetivo de criar uma atmosfera que envolva o consumidor e o induza a realizar a compra. O processo de ação do merchandising acompanha e administra a tra- jetória da marca, desde o estoque da indústria até o estoque da loja, passando pela área de vendas, utilizando as ferramentas para exibição do produto e chegando ao estoque para a venda ao consumidor. Na sequência, você vai conhecer as operações de merchandising, sua importância, os princípios que as regem, suas atividades de maior desta- que e seus componentes. 33 Operações de merchandising Figura 1: Representação das operações de merchandising. OPERAÇÕES DE MERCHANDISING Exposição e apresentação adequada dos produtos Verificação do nível dos estoques Verificação dos preços Aferição da data de validade dos produtos Treinamento adequado nos pontos de venda Comunicação adequada no ponto de venda Verificação do estado do material promocional no ponto de venda Ações como amostragem ou degustação no ponto de venda A importância do merchandising O merchandising é importante na medida em que: • Apresenta ao consumidor uma real oportunidade de adquirir o produto, uma vez que ele foi corretamente exposto. • É uma efetiva prestação de serviços ao varejista. • Assegura um bom estado das embalagens nas lojas e sua correta exposição – pro- piciando um giro rápido da mercadoria. Adaptado de Minadeo (2008). 34 • Apresenta um impacto sobre o nível de vendas que é mais imediato do que aquele causado pela propaganda. • É vital para as marcas, pois grande parte das decisões de compra é tomada no ponto de venda (MINADEO, 2008). Princípios do merchandising Alguns princípios que regem a atividade de merchandising são: • Atender aos consumidores na forma que eles preferem e podem comprar. • Fazer com que os varejistas sejam bons revendedores do produto. • Contribuir para intensificar o giro do produto no varejo (MINADEO, 2008). Atividades de merchandising As seguintes atividades de merchandising podem ser consideradas de maior destaque (MINADEO, 2008): • Verificação do nível de estoque, no centro de distribuição e no ponto de venda, vi- sando impedir a falta de produto. • Comparar preços com a concorrência. • Verificar as datas de validade e o estado dos produtos perecíveis. • Treinar o pessoal das lojas para fazer exposições bem-feitas dos produtos. • Comunicar às lojas as operações promocionais, com destaque no ponto de venda. • Procurar espaços privilegiados nas gôndolas. • Verificar o estado do material no ponto de venda — cartazes e displays Principais componentes do merchandising Os principais componentes do merchandising são embalagem, displays, técnicas de pre- ços e ofertas especiais. 35 Figura 2: Elementos que podem ser utilizados em ações de merchandising. ELEMENTOS DAS AÇÕES DE MERCHANDISING Para completar os estudos deste tópico, você vai entender como acontece a integração entre o merchandising e a promoção de vendas. Fonte: Adaptada de Minadeo (2008). Prateleiras com produtos descartáveis ou revistas nos checkouts de supermercados A toalha des- cartável que o McDonald’s utiliza, que sem- pre traz algum elemento diverti- do, em especial para quem faz uma refeição sem acompanhante Os produtores de sorvete, de refrigerantes e de comidas pré- -prontas utilizam- se de freezers Elementos informativos nos caminhões e demais veículos de entrega Cadeiras, mesas e cardápios de restaurantes são elementos úteis para produtores de cerveja 36 Integração entre merchandising e promoção de vendas Merchandising e promoções de vendas devem estar alinhados na implatação de uma estratégia de marketing de varejo. Podemos afirmar que, no ambiente de varejo, as estra- tégias de merchandising dizem respeito a ações de longo prazo que têm como objetivo estabelecer uma identidade na relação entre a marca da varejista e os consumidores. Essas estratégias visam posicionar, consciente ou inconscientemente, a marca na men- te do consumidor por meio das suas experiências no ambiente de venda. Essas expe- riências podem ser provocadas de diversas maneiras: pela sonorização, pelo layout dos produtos, pela iluminação, pelas cores, pelos odores ou pela disposição espacial das pessoas, entre muitas outras. Exemplo Quando um cliente vai a um restaurante e ouve uma música suave ao fundo, com pessoas que são cordiais no atendimento, e o local possui uma decora- ção singela, esse mesmo cliente vai se sentir muito bem. Ele dirá para outras pessoas que aquele restaurante é acolhedor e calmo, bem propício para uma refeição em um dia especial. Esse é o típico caso da chamada divulgação boca a boca. É fato que as estratégias de merchandising criam o conceito da marca em longo prazo. Seus efeitos, contudo, também geram, em curto prazo, um incentivo para o consumidor a compras momentâneas, a chamada compra por impulso. A seguir, conheça outros dois fatores que propiciam as compras por im- pulso. 37 O ambiente do estabelecimento é outro fator que pode estimular os clientes a comprar, dado que um clima agradável e uma organização estratégica dos produtos dentro do ambiente de vendas estimulam esse movimento. Cabe ressaltar ainda que os estímulos de curto prazo das estratégias de merchandising podem ser incrementados pelo uso de promoções. As promoções de vendas agem em um período de curto prazo, estimulando os clientes a consumir imediatamente. Elas apresentam aos consumidores, dentro das estratégias de merchandising, a possibilidade de consumir o produto com alguma vantagem no ato da compra. Tal vantagem pode serde diferentes tipos, dependendo da promoção: • Um desconto no preço. • A aquisição de cupom para concorrer a um determinado presente ou brinde no final da promoção. • Um agrado qualquer que o varejista possa oferecer pela compra do produto. Dessa forma, verificamos que podem existir diferentes maneiras de incentivar o consu- mo de curto prazo no ambiente de vendas (LADEIRA; SANTINI, 2018). Na figura abaixo você vai ver como devem ser integradas as promoções de venda com as estratégias de merchandising dentro do ambiente de varejo. Observe que as ferramen- tas de merchandising podem criar quatro sensações nos consumidores: ódio, indiferen- ça, aprovação e encantamento. Já ações de promoção de vendas podem modificar o estado dessas sensações (LADEIRA; SANTINI, 2018). Figura 3: Integração entre marketing e promoção de vendas. Fonte: Ladeira e Santini (2018). VI VE N CI A L CO M O M ER CH A N DI SI N G EXPECTATIVA COM O MERCHANDISING A LT O ALTO BA IX O BAIXO Estratégias de longo prazo Gostar Odiar Sumir Encantamento Indiferentes Boa Fãs Boa Ruim Ruim Promoção Promoção Estratégias de curto prazo Disseminar positivamente Disseminar negativamente Possíveis inibidores: - Força de vendas - Meta de consumo - Marca do varejo - Período Boa Ruim Promoção 38 MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 2 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor nas mídias 1 e 2. 39 Tipos de merchandising Introdução Você já sabe que o merchandising se refere a um conjunto de técnicas que têm por obje- tivo destacar, apresentar e informar o consumidor sobre determinado produto no ponto de venda, despertando o impulso de compra e fazendo com que a rotatividade do item se acelere. A principal função desse conjunto de técnicas é evidenciar o produto, destacando suas qualidades e seu preço de forma adequada. Para isso, essa estratégia deve ser ado- tada durante o tempo certo, favorecendo a exposição e o impacto exatos do item, de modo a valorizar a mercadoria e estimular o consumidor a efetuar a compra (LADEIRA; SANTINI, 2018). Neste tópico você vai conhecer os tipos de merchandising existentes. Tipos de merchandising A entrada de novas tecnologias para o setor de varejo fez com que a maneira de se co- municar com os consumidores mudasse, não sendo mais cabível se referir ao merchan- dising exclusivamente como ações nos pontos de venda. No Brasil, muitos anunciantes têm desenvolvido seus planos de merchandising por meio de programas de TV e na internet (por meio de canal no YouTube, por exemplo). Entre os vários tipos de merchandising disponíveis, é importante a empresa escolher o que melhor se adapta à macroestratégia de marketing adotada. A seguir, conheça os principais tipos de merchandising que podem ser combinados na macroestatégia de marketing. 40 Os principais tipos de merchandising 1 – Merchandising no ponto de venda Refere-se ao reforço quanto à comunicação mercadológica de determinado produto, fazendo com que ele seja visto pelo consumidor. É realizado por meio de exposição promocional, usando gôndolas, prateleiras e outros dispositivos. Em alguns casos, a degustação do produto também faz parte da ação de mer- chandising no PDV. 2 – Merchandising fora do ponto de venda São as ações de comunicação que utilizam materiais promocionais. O intuito é reforçar a imagem da marca e fazer com que o cliente se lembre dela. Um exemplo desse tipo de merchandising é a panfletagem ou a degustação, em palestras com temáticas relacionadas ao seu negócio. Saiba mais 41 3 – Merchandising editorial ou product placement Caracteriza-se pela exibição de produtos em produções televisivas como nove- las, filmes e programas de televisão. Aqui também cabem vídeos em canais do YouTube, com digital influencers narrando suas experiências com determina- dos produtos e serviços. Nas plataformas, tal ação é conhecida como #publi. 4 – Merchandising de organização Determina o local mais indicado para se evidenciar um produto. Os produtos mais rentáveis são colocados em lugares estratégicos. Tal estratégia de mer- chandising é bastante comum em supermercados – local em que os produtos são organizados de maneira estratégica para que uma tomada de decisão de compra resulte em novas compras. 5 – Merchandising pela gestão 42 Outro tipo de merchandising bastante comum em mercados – especialmente os hipermercados. Os produtos são dispostos a partir da determinação do ta- manho de cada seção, da distribuição linear em família, da rotação e da renta- bilidade. 6 – Merchandising de sedução Criar seções com ambientes atraentes e apelativos para chamar a atenção do cliente e concretizar a compra. É uma ação que permite que o consumidor tenha uma inesquecível primeira experiência com o produto. Sabemos que a primeira impressão é a que fica, não é mesmo? Então, essa pode ser uma boa estratégia para deixar uma excelente primeira impressão sobre o seu produto. Fonte: Site Portal IBC. Medindo as ações de merchandising Após a implementação de um plano de merchandising, é necessário auferir seus resulta- dos, pois não é suficiente apenas fazer a alocação de produtos e escolher o sortimento, sem considerar o consumidor final. https://www.ibccoaching.com.br/portal/confira-6-tipos-de-merchandising-para-investir-em-sua-marca/ 43 Figura 4: Esquema de avaliação das ações de merchandising por meio de perguntas e respostas. A seguir, conheça com detalhes cada uma das perguntas apresentadas no esquema. 1. Qual a lucratividade da mercadoria? A análise marginal visando às despesas promo- cionais deve ser feita para alocação dos produtos em uma determinada loja. Além de determinar o espaço para a venda, a distribuição de marcas e de promoção também deve ter decisões com base na lucratividade dos produtos. A localização numa loja deve oti- mizar os resultados de venda, tanto em tipo de produto como nas marcas em exposição. Qual a lucratividade da mercadoria? Qual a rotatividade de estoques plane- jada e o índice de estoque para vendas? A localização de determinada mer- cadoria atrairá o cliente para toda a loja, facilitando as compras? Como a mercadoria será exposta? Quais itens o vare- jista quer enfatizar? MEDINDO AS AÇÕES DE MERCHANDISING 44 2. Qual a rotatividade de estoques planejada e o índice de estoque para vendas? A ad- ministração varejista deve estar ciente de que determinado produto em determinada área gira mais do que em outras. É muito comum que se aloquem os produtos em diferentes pontos a fim de analisar áreas de maior retorno. Independentemente do local escolhido, é necessário calcular o estoque mínimo para providenciar a recompra e evitar a falta de produtos em exposição. 3. Como a mercadoria será exposta? A exposição da mercadoria pode ser feita de di- ferentes formas. Algumas são expostas nos corredores laterais, enquanto outras, nos centrais. Algumas recomendações são que a exposição dá mais resultado com coloca- ção dos produtos da esquerda para a direita, sendo os primeiros itens aqueles que têm o melhor desempenho e o valor é mais alto. As marcas, os benefícios e os grupos de produtos devem ser divididos de forma clara, sendo que uma das observações é que o melhor cross merchandising se dá com itens de beleza. 4. Quais itens o varejista quer enfatizar? Alguns produtos devem ser enfatizados devido a promoções especiais, esforço de melhorar a rotatividade do produto ou qualquer outro motivo. O recomendado é que a escolha dos produtos a destacar esteja ligada a datas promocionais ou algum esforço de vendas específico, tanto por parte do varejista quanto por parte do fabricante, a partir de patrocínios. 5. A localização de determinada mercadoria atrairá o cliente para toda a loja, facili- tando as compras? As mercadorias devem ser distribuídas de acordo com suas possibi- lidades de atrair clientes para a loja. No ponto de venda é que os consumidores interagem com o varejistae seus produtos e, por isso, tanto a localização como a sinalização da loja são importantes para vender o produto. Para a distribuição dos produtos nas lojas, os varejistas utilizam o planograma, um mapa de localização, ou um esquema visual que corresponde à exposição dos produtos de uma mesma categoria. Os planogramas são acompanhados pelos relatórios de produtividade por SKU (um número ou código para identificar cada produto ou item), histórico de vendas, análise ABC, utilização de percen- tagem de espaço disponível e assim por diante, e também por um relatório de compara- ção para descrever os espaços atuais e os propostos. Após responder a essas cinco perguntas comentadas, a empresa deve se preocupar com a apresentação das mercadorias. Ela pode ser feita pela cor dos produtos, por seus preços, estilos ou, até mesmo, em grupos com um propósito determinado. Algumas téc- nicas são recomendadas para que se faça um bom trabalho de merchandising. Atual- mente, o desenvolvimento de planogramas é possível com ajuda de computadores e programas, como Apollo, Sapceman, Intactix, que estão sendo usados principalmente pelos varejistas de alimentos (LAS CASAS, 2013). 45 O que é um planograma? Podemos definir um planograma como sendo uma ferramenta de merchandising que mostra graficamente a localização dos produtos que fazem parte de uma determinada categoria. Esses gráficos ou imagens têm como base o material técnico que foi utilizado na localização dos produtos, como também o tipo de embalagem, suas dimensões e a localização que deve ocupar, depois de ter sido feito o processo de gestão de categoria. Esses sistemas definem o local, a forma de exposição, o número de frentes e sobreposições dos produtos, limita os espaçamentos entre eles e torna os produtos acessíveis aos clientes. Dessa forma, dizemos que o planograma é a parte final da implementação física dos produtos que foram escolhidos dentro do planejamento de gestão de categoria (LAS CASAS, 2013). O planograma é desenvolvido em sistemas informatizados próprios, que leem o equipamento técnico e as dimensões fornecidas pelos fornecedores. É pura matemática aplicada. Saiba mais MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 2 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor na mídia 4. 46 O ponto de vendas – Como planejar a melhor visualização do produto Introdução A primeira análise que um lojista deve fazer é verificar o giro de seus produtos e o sorti- mento adequado. Em segundo lugar, e também de suma importância, é a alocação do espaço e o fluxo de clientes. Todo lojista deve conhecer os locais em que os consumido- res circulam mais ou em que tendem a circular. Dessa forma, os produtos que já foram testados e experimentados, que o consumidor já conhece e sabe onde encontrar, devem estar posicionados em locais mais tranquilos, enquanto os produtos que são comprados por impulso devem estar localizados próximos ao maior fluxo de clientes. Neste tópico você vai entender como planejar a distribuição das merca- dorias no ponto de venda para aumentar o giro do produto e, consequen- temente, sua lucratividade. Planejamento visual e alocação de produtos A imagem da loja é muito impactada pela disposição de seus produtos. Consequente- mente, podemos afirmar que a exposição dos produtos é diretamente proporcional à imagem da loja, tanto para o bem quanto para o mal. Nos EUA, algumas lojas de artigos femini- mos destacam perfumes, joias e bolsas. Muitas lojas de departamento mostram pri- meiramente esses produtos em seu andar principal ou em suas vitrines. Saiba mais 47 Os espaços das lojas devem considerar, no momento da alocação de produtos, o retor- no financeiro, as vendas, a margem de lucro, a natureza da mercadoria e sua aparência. Como exemplo, podemos citar os produtos de menor tamanho ou de menor preço que são comprados por impulso. Nesses casos, o local de vendas mais adequado é próximo aos caixas, no checkout. Observe que devemos seguir algumas técnicas no planejamento visual da loja para atin- girmos o objetivo de melhor alocação, melhores vendas e maior lucratividade. Segundo Las Casas (2013), essas técnicas são: RETORNO FINANCEIRO VENDA POR METRO QUADRADO MARGEM BRUTA DO DEPARTAMENTO Como observado anteriormente, uma loja tem espaços mais ou menos valorizados de acordo com o fluxo de pessoas em cada um deles. Os espaços mais movimentados são os mais valorizados. A venda total por metro quadrado é a medida analisada entre os departamentos. O resultado do total de vendas do departamento dividido pela área é o critério de alocação para as vendas. O princípio é que as mercadorias de menor volume e de menor preço, com vendas mais rápidas e, consequentemente, com um maior giro de estoque, são os carros-chefe a serem considerados. A venda por metro quadrado não é o único guia para medir a lucratividade de determinado espaço. Se for uma venda com baixa margem, a loja pode não ter lucro. Por isso, também é necessário considerar a margem bruta dos produtos. 48 A venda por metro quadrado não é o único guia para medir a lucratividade de determinado espaço. Se for uma venda com baixa margem, a loja pode não ter lucro. Por isso, também é necessário considerar a margem bruta dos produtos. Uma loja que tem um departamento de produtos eletrodomésticos da linha branca, como geladeiras, fogões e máquinas de lavar em determinado espaço, pode ter uma venda por metro quadrado elevada. A razão disso é que são produtos mais caros e não ocupam o espaço do departamento onde são alocados. Geralmente, as vendas são feitas por catálogos ou folhetos, tendo apenas um ou outro modelo como amostra. O retorno que dão em vendas por metro quadrado é elevado, portanto. No entanto, se for considerada a margem bruta desses produtos, constata-se que, geralmente, é baixa, apesar de produzirem um maior resultado em venda por metro quadrado. NATUREZA DA MERCADORIA Muitas lojas maiores operam com três tipos básicos de mercadorias no ponto de venda: conveniência, compras de impulso e compras comparadas. Normalmente, as compras de impulso são aquelas em que não há um planejamento para a compra. Os consumidores percebem a mercadoria em exposição e efetuam a compra por lembrar de uma necessidade atual ou futura, ou mesmo para experimentação. Esses produtos, geralmente de baixo preço, são localizados perto da entrada, pois os consumidores passam na entrada e na saída pelo mesmo lugar, ou mesmo nos caixas, como no caso de supermercados. Produtos de conveniência são colocados geralmente no andar térreo, podendo ser distantes até no máximo um andar acima ou abaixo. Os consumidores não querem perder tempo com a compra desses produtos e por isso os varejistas devem facilitar a escolha, facilitando sua exposição e sua localização. Enquadram-se nessa classificação utensílios domésticos, remédios, alimentos, entre outros. 49 Por outro lado, as mercadorias de compra comparada, como televisores ou refrigeradores, podem ser localizadas em andares superiores das lojas, pois os compradores estão dispostos a experimentar vários modelos e comparar diferentes preços antes de tomar suas decisões e, nesse caso, ambientes com menor fluxo são os mais indicados. APARÊNCIA AMOSTRAGEM E DEMONSTRAÇÃO DE PRODUTOS NO PONTO DE VENDA O que se costuma dizer é que todo o entorno de um produto faz a diferença, mas grande parte da atenção que um esforço de merchandising pode atrair provém do produto em si. Os planejadores de lojas focam no produto quando colocam os mais bonitos e atraentes próximos da entrada, como no caso de perfumes e joias. Em algumas lojas de departamentos, os andares térreos são planejados para apresentar um emaranhado de luzes, cores, aromas, sons e harmonia. Por outro lado, as mercadorias com apelo visual menos atraente e com características de praticidade, como colchões e roupas de cama, por exemplo, são colocadas em andares superiores. Outro aspectoque deve ser observado é o estado do material em exposição. Devem ser evitadas embalagens danificadas, reduções exageradas nas prateleiras ou produtos em mau estado de conservação. O conjunto de produtos em exposição deve ser resultado de uma administração cuidadosa e detalhada, como é o caso de alguns varejistas que aplicam o princípio de gerenciamento por categorias. 50 Uma forma útil de administrar os espaços é por meio do gerenciamento por categoria, que é uma das etapas do efficient consumer response – ECR e trata de gerenciar um grupo de produtos no ponto de venda – PDV. O gerenciamento é uma parceria do fornecedor com o varejista para que se coloquem produtos que atendam à necessidade de grupos específicos de consumidores. Na sequência, conheça as estratégias adotadas no gerenciamento por categoria. Gerenciamento por categoria Estudos frequentes sobre o comportamento dos consumidores ajudam na elaboração das ofertas e dos produtos no PDV. Percebe-se que, na relação de itens acima mencio- nada, os detalhes de consumo são observados e anotados e, a partir dos dados coleta- dos, desenvolve-se o planejamento para colocar o produto no local certo e no momento adequado. Os benefícios da aplicação do gerenciamento por categoria são muitos. Entre eles, po- demos citar: • Promoção com maior retorno. • Venda mais elevada. • Aumento da rentabilidade por categoria. • Ajuda na melhoria da distribuição dos produtos na loja. • Melhora no layout, além de vários outros benefícios. O trabalho de gerenciamento de categorias deve ser monitorado por um responsável especialmente designado para a função (LAS CASAS, 2013). 51 O conceito de categoria Um dos primeiros aspectos que o varejista deve determinar é o que significam as categorias. A categoria pode ser entendida como um conjunto de produtos que atendam as mesmas finalidades. Uma categoria para produtos de higiene, por exemplo, pode incluir sabonetes, xampus, cremes etc. e inclui todas as mar- cas relacionadas. Essas categorias são determinadas a partir das pesquisas com os clientes e podem variar de acordo com a região analisada. Também é possível definir como os produtos serão apresentados. No gerenciamento por categoria, devem ser tomadas quatro decisões estraté- gicas, a saber: • Sortimento eficiente. • Reposição eficiente. • Promoção eficiente. • Introdução eficiente de novos produtos. Saiba mais Fonte: Las Casas (2013). MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 2 e veja o conteúdo complementar indicado pelo professor na mídia 3. 52 NA PRÁTICA Muitos varejistas utilizam as técnicas de promoção para melhorar suas vendas. Uma das técnicas muito utilizadas é a liquidação, pela qual os varejistas baixam os preços dos produtos como forma de atrair o consumidor e melhorar suas vendas. Contudo, se essa técnica for utilizada com muita frequência, pode trazer mais prejuízos do que benefícios ao varejista. Além do que, quando a empresa faz liquidações, ela reduz sua lucratividade, pois venderá a um preço mais baixo. Nem sempre a quantidade a mais que ela vende é suficiente para cobrir, em volume financeiro, o valor que ela deixou de ganhar com a redução de preço. Hoje, portanto, com o advento do maior uso de tecnologia pelos varejistas e da utilização de técnicas de merchandising, a empresa poderá planejar melhor suas compras para que tenha maior assertividade no que tange às preferências do consumidor. Logo, o varejista terá um estoque contendo produtos de maior giro, fazendo com que as frequentes liquidações do passado não sejam mais necessárias, pois não sobrará tanto estoque quanto antes. Dessa forma, ele obterá maior lucro em sua operação. 53 Resumo da Unidade 2 Nesta unidade falamos sobre o tema merchandising. Exploramos suas principais carac- terísticas, bem como sua importância como ferramenta para o bom planejamento de uma promoção de vendas. Você entendeu que o planejamento de sortimentos funciona como motor de crescimento de vendas. Partindo desse princípio, o consumidor poderá encontrar no ponto de vendas os produtos que mais consome. Por fim, você aprendeu como deve ser feita a distribuição das mercadorias nos pontos de venda de forma a maximizar as vendas nas lojas. CONCEITO Esta unidade identificou como o merchandising, por meio de suas característi- cas, pode ser a principal ferramenta no auxílio da exposição de produtos nas lojas. Essa ferramenta possibilita ao gestor de merchandising planejar com maior assertividade o mix de produtos ideal, que maximize as receitas nos pon- tos de venda, dispondo-os de forma que atraia a atenção do cliente. O conceito de merchandising foi o principal conceito trabalhado nesta unidade. Em linhas gerais, merchandising pode ser definido como um conjunto de técni- cas que objetivam melhorar a exposição de um produto, visando atrair o con- sumidor. No varejo atual, entretanto, esse conceito foi amplificado, passando a englobar também o sortimento de produtos, o design de lojas, a aromaterapia, o visual merchandising, os estudos sobre o comportamento do consumidor e a utilização de novas tecnologias. Nesse sentido, o merchandising pode ser con- siderado uma gama de estratégias que têm como objetivo fazer os próprios produtos exercerem ações de venda sobre os consumidores. 54 Referências LADEIRA, W; SANTINI, F. Merchandising e promoção de vendas: como os conceitos modernos estão sendo aplicados no varejo físico e na internet. São Paulo: Atlas, 2018. LAS CASAS, A. L. Marketing de varejo. São Paulo: Atlas, 2013. MINADEO, R. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São Paulo: Atlas, 2008. Merchandising e layout de loja UNIDADE 3 56 O merchandising harmonizado com o layout de loja é considerado uma poderosa ferra- menta de vendas. O mercado atual, em que o consumidor é cada vez mais exigente e possui vários meios de checar na concorrência preço, qualidade e variedade de produtos pela internet de seu celular, faz com que a ferramenta do merchandising, em conjunto com um projeto de layout de loja moderno, torne-se uma vantagem competitiva. Nesta unidade, você encontrará uma variedade de sugestões práticas para otimizar o design de lojas de varejo e os ambientes de serviço a fim de aumentar a satisfação dos clientes e as vendas. INTRODUÇÃO OBJETIVO Nesta unidade, você será capaz de: • Descrever as formas de utilização do merchandising harmonizado com o layout de loja como uma poderosa ferramenta de vendas. 57 Entendendo e influenciando a circulação dos consumidores na sua loja Introdução Você sabe como é o comportamento de compra dos consumidores? Eles chegam na loja com a decisão de compra tomada ou decidem na hora? Existem três tipos de comporta- mento, veja: Muitos consumidores tomam até 80% de suas decisões de compra na loja, segundo pesquisas. Na realidade, alguns con- sumidores têm apenas uma ideia do que que- rem comprar, antes de entrar em uma loja. Outros consumidores, mesmo que já tenham tomado a decisão de compra antes de entrar na loja, escolherão, no momento da compra, a marca específica ou o estilo do produto. Também há consumi- dores, os chamados compradores por im- pulso, que decidem de improviso que precisam comprar um produto que acabaram de ver exata- mente ali e exatamente naquela hora. Podemos afirmar que a maioria das decisões de compra são tomadas ou influenciadas pelo ambiente da loja, o que faz do ponto de venda uma ferramenta de marketing ideal. Entendendo a circulação O design da loja permite que você influencie os consumidores exatamente no lugar onde eles tomam a maioria de suas decisões de compra. Diferente das formas tradicionais de comunicação de marketing, como a propaganda, a mídia impressa ou a mala-direta, a influência que o ambiente da loja tem sobre o consumidor é imediata e tridimensional. Uma loja desperta todos os sentidos. 58 Com isso, a estratégia atrelada ao design de loja nos dá a ideia de comoos consumido- res percorrem a loja, como pesquisam produtos e como você pode fazê-los encontrar os produtos que quer que eles vejam. Dessa forma, as observações devem ser feitas in loco, dado que essa ação se constitui como sendo uma ferramenta inestimável para planejar e otimizar os pontos de venda. Assim, o caminho que um único consumidor percorre não fornece uma percepção exata de seus movimentos, porém, quando agregado ao de outros movimentos, resulta em padrões típicos de movimento. Cabe ressaltar que os padrões de circulação em lojas não são todos semelhantes. Eles variam dependendo do layout da loja, do seu tamanho e do tipo de consumidor. Assim sendo, você deve fazer suas próprias observações em uma loja específica para determinar seus problemas e também suas oportunidades únicas. Veja o exemplo abaixo: Na livraria que observamos, havia bancos confortáveis nos quais os consumido- res podiam se sentar e folhear os livros que tivessem despertado seu interesse. Como você pode ver no padrão de percurso, os resultados dessa observação mostram que muitos consumidores usavam a zona de leitura (a área definida pelos grandes bancos no meio da loja) como atalho para chegar até as pra- teleiras localizadas no fundo da loja. Nesse percurso, eles podiam perturbar aqueles que estavam folheando os livros. Exemplo Fonte: Ebster e Garaus (2013). 59 Com base nesses resultados, aconselhamos os gestores da livraria a elevar ligeiramente o nível do piso da zona de leitura, adicionando um degrau até os bancos ou sofás para leitura. Assim, os leitores ainda podiam acessar facilmen- te os bancos e, ao mesmo tempo, o degrau desencorajava os consumidores a usar a área de leitura como atalho (EBSTER; GARAUS, 2013). Regras gerais da circulação de consumidores Embora haja variação de loja para loja, existem padrões de movimentação. Conheça-os a seguir: Refere-se àquela área da loja imediatamente após a entrada. Ao entrar na loja, os con- sumidores precisam de algum tempo para se orientar no novo ambiente; precisam se ajustar aos muitos estímulos existentes no seu interior: a variação na iluminação e na temperatura, os cartazes, as cores, os outros consumidores, só para citar alguns. A zona de transição não é um ótimo lugar para exibir produtos de alta margem ou informações importantes. Todavia, isso não significa que os varejistas devam negligenciar essa área, que fica logo depois da entrada, já que ali é o lugar onde se deve dar uma ótima primeira impressão aos consumidores. Embora seja claro que nem todos os consumidores são iguais, muitos percorrerão a loja em sentido anti-horário. Esse é um padrão que já foi percebido por muitos pesquisadores de consumidores. Os consumidores provavelmente não têm uma predisposição inata ou aprendida de andar para a direita. Ao contrário, é a loja que os faz andar nessa direção, porque na maioria delas a entrada está do lado direito da fachada. Zona de transição Consumidores andam em sentido anti‐horário 60 Em corredores estreitos, os consumidores sentem que seu espaço pessoal é invadido por outros. Por exemplo, eles podem não gostar que outro consumidor esbarre neles ou que passe a uma distância desconfortavelmente próxima. As pesquisas também nos dizem que os consumidores preferem ficar no andar pelo qual entraram na loja. De modo geral, eles não gostam de subir ou descer para outro andar. Portanto, quando possível, as lojas devem ser planejadas para ocupar um único andar. Este é um conceito que você vê em grandes lojas de varejo. Consumidores evitam corredores estreitos Consumidores evitam andares inferiores e superiores Agora que você já conhece algumas regras básicas de circulação dos clientes no interior da loja, saiba como planejar seu layout. Planejamento do layout da loja Na hora de planejar o layout ótimo, dispomos de muitas possibilidades, porém alguns layouts são usados com mais frequência: 1. Loja com balcão. 2. Layout de trajeto obrigatório. 3. Layout em grade. 4. Layout livre. A seguir, conheça cada um desses tipos de planejamento. 1. Loja com balcão Na época da típica “loja do interior”, praticamente todos os pontos de venda eram lojas com balcão. Hoje, no entanto, um número relativamente pequeno de lojas ainda emprega esse layout, pelo fato de ser incompatível com a ideia de autosserviço. Porém, este tipo de planejamento ainda faz sentido em lojas como farmácias ou lanchonetes. 61 2. Layout de trajeto obrigatório Como o nome sugere, o layout de trajeto obrigatório força o consumidor a seguir de- terminada rota dentro da loja. Ao menos em teoria, esse layout é intrigante. Visto que o caminho seguido é predeterminado, o layout permite que o varejista planeje a experiência de compra como um roteiro de cinema. 3. Layout em grade No layout em grade, os corredores são dispostos em um padrão retangular repetitivo. É um padrão de circulação tradicionalmente preferido por supermercados, farmácias e lojas de ferragens. Figura 2: Layout de trajeto obrigatório. Figura 3: Layout em grade. Fonte: Ebster e Garaus (2013). Fonte: Ebster e Garaus (2013). 62 4. Layout livre No layout livre, o posicionamento de corredores, expositores e prateleiras segue um pa- drão livre, no lugar de uma grade. Figura 4: Layout livre. Fonte: Ebster e Garaus (2013). Na sequência, entenda como a disposição dos produtos em prateleiras também influencia a compra e quais são as áreas de alto impacto nas vendas. Aonde os consumidores procuram os produtos? Nossos olhos se movem rapidamente, varrendo constantemente o ambiente em busca de novas informações visuais. Enquanto os olhos se movem, a pessoa fica virtualmente cega — isto é, nenhuma informação é registrada. Todavia, não notamos isso em razão da velocidade com que os olhos se movem — dura somente 20 a 40 milissegundos! O que realmente interessa aos pesquisadores de consu- mo são as fixações dos olhos. Quando os olhos permane- cem parados por, no mínimo, 1⁄4 a 1⁄2 segundo, o cérebro processará as informações recebidas. Nesses locais é que devemos colocar as mercadorias que temos interesse em destacar. E onde seriam esses locais? Na altura do olho do cliente! Também cha- mada de zona de prateleira. 63 Produtos colocados na altura dos olhos do consumidor tendem a vender significativa- mente melhor do que aqueles colocados em outras alturas na prateleira, porque recebem mais atenção do que os colocados abaixo ou acima. Figura 5: As quatro zonas verticais da prateleira. Fonte: Ebster e Garaus (2013). Áreas de alto impacto nas vendas Caso você queira realmente vender um determinado produto, o segredo é colocá-lo em uma das áreas que prendem a atenção do consumidor. E existem algumas áreas desse tipo em uma loja. Veja: • A área de espera em frente aos caixas. • Displays de produtos que bloqueiam o caminho dos consumidores. • Áreas próximas de elevadores e escadas rolantes, em que os consumidores fazem uma pausa. Coloque seus produtos de alta margem de lucro nas melhores zonas de venda da loja. Embora você precise ter um sortimento completo para que os consumi- dores visitem sua loja, uma vez ali, os itens de alta margem devem ser claros e facilmente visíveis. Dica Altura do braço esticado Acima de 1,80 m Altura do olho 1,20 - 1,50 m Altura do toque 0,90 - 1,20 m Altura do agachamento Abaixo de 0,90 m 64 MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 3 e veja o conteúdo que fala da influência na circu- lação dos consumidores na sua loja. 65 Como orientar o consumidor na sua loja Introdução Quando você, enquanto consumidor, pensa em design de loja, você busca por um ordena- mento, ainda que também queira atendimento amigável, ambientes atraentes e assim por diante... Entretanto, tudo isso pouco vale se o consumidor se sentir pressionado ou perdido dentro da loja. Hoje, com o autosserviço sendo o mantra do varejo, os consumidores acabam perdendo facilmente a noção de sua localização, principalmente emgrandes espaços de varejo. Imagine lojas como os supercentros Wal‐Mart (fotografia acima) ou Carrefour, cujo tama- nho médio é de 18.000 m. Não é fácil se perder e ficar confuso em espaços tão vastos? Porém, mesmo em lojas menores, os consumidores podem se sentir perdidos. Precisamos orientar os consumidores dentro da loja. Mas como fazer isso? Você vai saber, a seguir. Entretanto, para iniciar esta conversa, é preciso entender quais são os efeitos da perda de orientação dos clientes no interior das lojas. Os efeitos da perda de orientação nas lojas Pode acontecer de um consumidor, em uma loja de grande porte, sentir-se confuso e desorientado. Entenda esse processo: 66 O consumidor gasta muito tempo à procu- ra de um determinado produto sem conseguir encontrá-lo. O consumidor sente que já não está no controle do seu ambiente. Surgem a raiva e a insatisfação em relação à loja. Toda essa negatividade, por sua vez, resulta em vários efeitos pervesos sobre o compor- tamento dos consumidores: • Passam menos tempo na loja. • A avaliação que fazem das mercadorias se torna mais crítica. • É menos provável que façam compras não planejadas. • A fidelidade à loja sofre impacto negativo. Logo, é de suma importância que os varejistas ajudem seus consumidores a se orientar nas lojas. Mapas cognitivos como ferramenta de orientação As pessoas guardam na cabeça representações mentais, denominadas mapas mentais cognitivos, do seu ambiente. Porém, esses mapas são bem diferentes dos mapas de ruas ou de cidades. Nossa mente armazena muito seletivamente as informações de que precisamos para encontrar nosso caminho. Você deve estar se questionando: quais são os aspectos que ajudam os consumidores a ler o ambiente e criar o respectivo mapa mental? De uma forma geral guardamos caminhos, nós, bairros, limites e marcos de refe- rência. São esses mesmos aspectos que os consumidores usam para se orientar em ambientes de loja e de serviço. Vamos examinar quais são? a. Caminhos Caminhos ajudam a conduzir as pessoas na loja. Para ajudar os consumidores nesse percurso, é preciso haver caminhos claros. Consumidores encontram seu caminho com mais facilidade quando os corredores que os conduzem pela loja são claramente distin- guíveis como principais ou secundários, como na figura da página seguinte. 67 Note como um caminho largo, claramente visível, melhora a orientação do consumidor na loja. b. Nós Nós são lugares onde as pessoas se reúnem. Muitas vezes, um nó é criado na interseção de caminhos, como ocorre em praças nas cidades. Em uma loja, nós são encontrados na interseção de corredores. c. Bairros Toda cidade tem bairros que passam uma sensação única. Pense no bairro da Liberdade em São Paulo ou no Distrito da Luz Vermelha em Amsterdã, no centro da cidade, e assim por diante; quando você passa de um bairro para outro percebe a mudança. As casas parecem diferentes, as ruas e as vielas são mais estreitas; a paisagem muda. Quando se trata de uma loja, partes dela, nas quais mercadorias semelhantes são exibidas e cuja decoração é exclusiva, serão percebidas como distintas e, por consequência, oferecem aos consumidores uma orientação positiva (EBSTER; GARAUS, 2013). d. Limitantes 68 Limitantes dizem respeito às barreiras, como rios, cercas, muros e trilhos de ferrovias ou metrô. Esses limitantes ajudam as pessoas a se localizar e a achar seu caminho em uma cidade. Em lojas, você pode encontrar limitantes que separam seções diferentes, como a de música e filmes em uma livraria. Pesquisadores de consumo constataram que con- sumidores em supermercados acham mais fácil se lembrar da posição de produtos em uma loja se estiverem localizados nas paredes da loja, em vez de nos corredores do meio (EBSTER; GARAUS, 2013). e. Marcos de referência Certos aspectos em um ambiente, que são grandes ou parecem únicos, são denomina- dos marcos, porque atraem a atenção e, em geral, são reconhecidos por muitas pessoas. Toda cidade os tem: • Em São Paulo há a Praça da Sé e a Ponte Estaiada. • No Rio de Janeiro, há o Pão de Açúcar e o Maracanã. • Em Nova York, há a Estátua da Liberdade e a Ponte do Brooklyn. Em menor escala, marcos também podem ser encontrados em lojas, como a fonte ou o display nas fotografias abaixo, que atraem a atenção dos consumidores quando cami- nham pelas lojas. Sistemas de sinalização guiam os consumidores pela loja A implementação cuidadosa e criativa dos recursos contidos em mapas cognitivos é uma ótima maneira de melhorar a orientação dos consumidores em uma loja. Todavia, há outras medidas que você pode adotar para ajudá-los a encontrar seus caminhos na loja, incluindo sistemas de sinalização e mapas. Porém, nem todo sistema de sinalização funciona. Sinais e cartazes pouco claros e confusos atrapalharão, em vez de ajudar, a orientação dos consumidores. Segundo Ebster e Garaus (2013), bons sistemas de sinali- zação incorporam algumas ou todas as características a seguir: 69 Em corredores estreitos, os consumidores sentem que seu es- paço pessoal é invadido por outros. Por exemplo, eles podem não gostar que outro consumidor esbarre neles ou que passe a uma distância desconfortavelmente próxima. A mensagem no sinal ou cartaz deve ser fácil de ler. Essa clareza é determinada pela distância entre o cartaz e o consumidor, ilu- minação no recinto, tipo de letra (fonte) usada e contraste entre o fundo e as letras ou símbolos no sinal ou cartaz. Mesmo que sejam visíveis e legíveis, sinais ou cartazes ainda podem não ser úteis aos consumidores se estes não entende- rem a mensagem. Essa falta de entendimento pode se dever à linguagem usada para transmitir a mensagem. Por essa razão, a comunicação costuma ser bilíngue em áreas turísticas e em países com forte imigração (como os Estados Unidos, com a população hispânica, e o Canadá, com o francês e o inglês), com sinais ou cartazes em lojas nas duas línguas. Menos é definitivamente mais quando se trata de sinalização. De fato, usar muitos sinais pode provocar sobrecarga de informa- ção. Além disso, você deve limitar o número de mensagens por sinal ou cartaz; o ideal seria usar apenas uma. Deve-se limitar, também, o número de sinais ou cartazes visíveis ao consumidor a qualquer momento e a quantidade de mensa- gens em um sinal ou cartaz. Isso é necessário em razão das severas restrições da capacidade do sistema de processamento de informações do consumidor. Você já ouviu falar no mágico número sete? Essa é a quantidade aproximada de itens que po- demos guardar na memória de curto prazo a qualquer instante. Visibilidade Legibilidade Inteligibilidade Quantidade 70 Oriente o layout da loja conforme o roteiro dos consumidores. Consumidores habitualmente seguem roteiros quando vão às compras. Rotei- ro é uma sequência cognitiva de comportamentos. De certo modo, é como o roteiro de um filme que guardamos na mente. Por exemplo: analisando listas de compras de consumidores, constatamos que eles, em um determinado super- mercado, muitas vezes organizavam suas atividades de compra por refeições. Observe: Em outras lojas, roteiros muito diferentes influenciarão a sequência de ativida- des de compra, mas analisar os roteiros mentais dos consumidores e organizar a mercadoria de acordo com eles pode ajudá-los a facilitar sua orientação na loja (EBSTER; GARAUS, 2013). Dica Em primeiro lugar, examinavam itens do café da manhã. Em seguida, produtos para o almoço. Depois, itens para o jantar. Congelados eram usualmente compra- dos pouco antes de se dirigirem aos caixas. MIDIATECA Acesse a midiateca da Unidade 3 e veja o conteúdo que fala sobre como orientar o consumidor na sua loja e também assista ao vídeo sobre a importância do design na cosntrução de sua loja. 71 Fatores de design de loja Introdução Neste tópico, você aprenderá que fatores físicos de uma loja podem influenciar na sua per- formance de vendas. Esses aspectos,
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