Paper - Introdução à pesquisa - Adriana Melo - Uniasselvi (3)

Prévia do material em texto

2
INTRODUÇÃO À PESQUISA:
Relevância da pesquisa ao ensino superior
Adriana Melo
Alexandre da Silva Espinosa
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI
Tecnologia em Gestão Financeira (MBO100) – Seminário Interdisciplinar: Introdução a pesquisa
12/12/2020
	
RESUMO
Se a pesquisa nos induz ao conhecimento científico, então, sua relevância no ensino superior é percebida pela busca da aprendizagem, do saber, da necessidade de investigar para, assim, conceber a transmissão de conhecimentos no meio acadêmico. Através de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, o objetivo desse estudo é apresentar uma reflexão da importância da pesquisa científica ao ensino acadêmico. 
Palavras-chave: Pesquisa científica. Relevância. Ensino superior.
1. INTRODUÇÃO
Toda pesquisa nos leva a aquisição de conhecimento, a pesquisa acadêmica nos permite adquirir conhecimento científico, seja pela busca de informações, seja através da investigação ou mesmo pela observação, sempre norteada pela veracidade das fontes de informações.
A relevância da pesquisa no meio acadêmico é comprovada pela necessidade de buscar o conhecimento para poder transmiti-lo na forma de ensinamento e, ao mesmo tempo, apresentar sua comprovação.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Pesquisa científica
Como definição de pesquisa, temos:
A pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico que permite descobrir novos fatos ou dados, soluções ou leis, em qualquer área do conhecimento. [...] a pesquisa é uma indagação minuciosa ou exame crítico e exaustivo na procura de fatos e princípios; [...] Pesquisar não é apenas procurar a verdade; é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. [...] A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 15).
A pesquisa nos induz ao conhecimento científico. Sua relevância no ensino superior é percebida pela busca da aprendizagem, pela busca do saber, pela necessidade de investigar para, assim, transmitir sabedoria!
Mas, como formular uma pesquisa com embasamento científico? Então, foram elaboradas técnicas que facilitam a pesquisa e consequentemente levam à transmissão do conhecimento. São os chamados métodos de pesquisa. Através da pesquisa é possível “[...] interpretar a realidade atuando sobre ela.” (BAZZANELLA, 2013, p. 13).
O ser humano traz consigo a busca pelo saber, de certa forma, sacia a curiosidade e, ao mesmo tempo, amplia o conhecimento. “Portanto, pesquisar é um ato humano. A pesquisa científica existe como resultado dessa permanente busca. Assim, [...] a capacidade de superar e pesquisar são condições inerentes ao homem.” (BAZZANELLA, 2013, p.14).
A pesquisa vai além da curiosidade do ser humano; ela é responsável pela boa formação profissional, também, que pode ser vista através da relação teoria-prática, que “implica num domínio da teoria associado ao conhecimento do real”. (BAZZANELLA, 2013, p.15).
O professor, como profissional educador, precisa estar em constante busca de mais conhecimento. Então, a prática da pesquisa o habilita para interagir de forma dinâmica em diferentes realidades, visto sua interação com indivíduos.
“Para o educador, o exercício da pesquisa na pós-graduação é o momento de lidar com instrumentos de conhecimento da teoria e da realidade para qualificar a sua atuação profissional e responder com mais êxito aos desafios colocados pela realidade.” (BAZZANELLA, 2013, p.16).
Seja visto que a universidade proporciona esse ambiente favorável à busca do conhecimento, ou seja, aprimoramento do saber, através de pesquisas.
É [...] crucial o papel das universidades [...], como centros de reelaboração do saber, desempenham papel central [...], exatamente quando nos possibilitam abrir novos horizontes e possibilidades. Como centros [...] de reelaboração do saber, as universidades nos ajudam a repensar a realidade, que tanto necessita de pessoas com capacidade e um olhar mais crítico. (BAZZANELLA, 2013, p.20).
A pesquisa, como princípio científico, educativo e estrategista da geração de conhecimento, constitui a alma da vida acadêmica e promove a cidadania. “Tudo o mais pode ter imensa significação, mas não exige instituição como a universidade, nem mesmo para apenas ensinar” (DEMO, 1991 apud BAZZANELLA, 2013, p. 22). 
Pesquisa é fonte inesgotável de conhecimento, de saber teórico intelectual acadêmico ou não, podendo chegar a ser princípio educativo e/ou científico, para tanto exige competência e sua renovação incessante.
O educador é a primeira fonte de transmissão de informação, onde o conhecimento repassado é confiável. A pesquisa contribui para que o ensino seja eficiente também na universidade. Para ensinar a produzir é necessário ensinar a pesquisar. Segundo Bazzanella (2013, p. 23). “A pesquisa aponta para a direção correta da aprendizagem [...]. Aprender é uma necessidade de ordem instrumental, mas a emancipação se processa pelo aprender a aprender.” (BAZZANELLA, 2013, p. 23). Assim sendo, o processo de produção científica tem caráter educativo.
A pesquisa vai além do princípio científico, sendo possível dizer que o princípio educativo que, segundo Bazzanella (2013, p. 24), é a “[...] capacidade de questionar, de se reciclar, de continuar aprendendo a aprender [...]”, próprio da universidade, mediado pela produção e reconstrução de conhecimento. 
É o professor que motiva a aluno a criar sua própria produção, quando assume sua orientação pedagógica (BAZZANELLA, 2013, p. 25). A pesquisa científica resulta em uma produção acadêmica.
Faz parte da pesquisa a noção essencial de produtividade, entendida como capacidade de pensar e intervir na realidade.
A produtividade, centrada na elaboração própria, é representativa da atitude ativa, construtiva, confrontadora, compatível com a noção de sujeito histórico crítico e criativo. Ser produtivo, primeiro, não é fantasiar-se de posturas mercadológicas, para imitar o sistema produtivo. Mas pode-se aproveitar dele o que tem de motivador, ou seja, a ambiência dinâmica dialética, no contexto de interesses sociais contraditórios. (BAZZANELLA, 2013, p. 25).
De acordo com Bazzanella (2013, p. 25), a pesquisa acadêmica contempla:
a) capacidade de dinamizar o ambiente acadêmico também em termos de prática; 
b) habilidade de consolidar competência científica em todos os novos espaços do mundo moderno, sobretudo em termos de domínio de instrumentações eletrônicas;
c) visão e ação sempre renovadas em termos de inovação científica e tecnológica, nas quais capacidade laboratorial, experimental, é crucial;
d) presença educativa, nem sempre escrita, codificada, mas viva, sobretudo no sentido de motivar a pesquisa;
e) capacidade de dinamização cultural, para fazer o elo orgânico e criativo entre passado e futuro. 
Na pesquisa acadêmica, a produção compromete a participação ativa quando assume uma atitude processual cotidiana na transmissão do conhecimento científico.
O conhecimento científico é a inter-relação entre as necessidades humanas e o conhecimento produzido: atuando na geração de ideias e explicações que vão se transformando a partir do conhecimento produzido. (BAZZANELLA, 2013, p. 47).
O conhecimento científico também é um saber que se adquire pela leitura, meditação e reflexão, ou seja, é um saber que tem método, disciplina e organização. [...] A criatividade do sujeito está na forma como apresenta o conteúdo. A forma de entender a realidade se altera porque os instrumentos e os métodos utilizados são diversos. (BAZZANELLA, 2013, p. 47).
É através do estudo e da pesquisa que se adquire o conhecimento científico, porque exige esforço na efetividade de interpretações, ampliando nossa realidade, comprovando a relevância da pesquisa nos estudos acadêmicos.
A pesquisa vem ao encontro da aprendizagem significativa porque busca desenvolver o conhecimento do pesquisador que “[...] necessita de que em suasatividades de aprendizagem, possa ser motivado a participar ativamente, a fim de que seja capaz de construir e reestruturar seu novo conhecimento, articulando-o com suas próprias palavras”. (SOARES; SEVERINO, 2018, p.380).
A aprendizagem nos leva à aquisição de conhecimentos, onde:
Os novos conhecimentos passam a significar algo para o aprendiz, quando ele ou ela é capaz de explicar situações com suas próprias palavras, quando é capaz de resolver problemas novos, enfim, quando compreende. “Saber explicar usando significados aceitos, mas matizando-os com interpretações pessoais está na essência da aprendizagem significativa” (MOREIRA, 2003, p. 41 apud SOARES; SEVERINO, 2018, p.381).
A pesquisa incentiva o educador a estar em contínua atualização, tendo como fator motivacional o princípio educativo, onde a aprendizagem permanece retida para o processo de construção do conhecimento.
2.2 Objetivos da pesquisa científica
Os principais objetivos da pesquisa científica, conforme Viebig (2009, p. 7), são: “[...] comprovar uma hipótese; explicar um fenômeno; quantificar uma ação; comparar situações iguais ou diferentes sob aspectos diversos; demonstrar novos meios ou instrumentos de pesquisa; estudar populações; verificar resultados de uma ação”. 
A pesquisa científica busca a comprovação de uma informação através da teoria da investigação para que esta alcance seus objetivos, de forma científica.
3 METODOLOGIA
A metodologia desenvolvido no presente estudo foi a pesquisa bibliográfica qualitativa exploratória realizada no livro da cadeira de Metodologia Científica e em artigos publicados no site do Scielo.
CONCLUSÃO
Mediante o estudo realizado, conclui-se que a pesquisa ultrapassa fronteiras, porque esteja onde estiver, as informações são adquiridas por intermédio de consultas bibliográficas e demais pesquisas científicas.
REFERÊNCIAS
BAZZANELLA, André. Metodologia científica / André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner; Everaldo da Silva; Antonio José Müller (Org.). Indaial: Uniasselvi, 2013.
MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
VIEBIG, R. G. Pesquisa científica e publicações. Fórum do jovem pesquisador. Arq. Gastroentenol. v. 46, n.1, jan/mar. 2009.