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Unidade 2
Seção 1
iStock 2018
Serviço Social eServiço Social e 
Terceiro SetorTerceiro Setor
1
Webaula 1
Interface e papéis do 
estado e terceiro setor no 
enfrentamento da questão social
Nesta webaula, vamos abordar questões relacionadas ao
enfrentamento da questão social na contemporaneidade.
Você terá contato com o conteúdo referente às parcerias
realizadas entre Estado e Terceiro Setor atuando no
enfrentamento das expressões da questão social.
Trataremos ainda da função social das organizações do Terceiro
Setor no Brasil.
Os destaques a seguir apresentam algumas palavras-chave
referentes ao conteúdo abordado aqui.
Linhas de pensamento
Capital x Trabalho
Reformas estatais
Superação dos desequilíbrios
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Existem, basicamente, duas linhas de pensamento do terceiro setor:
Há uma abordagem crítica, relativa à atuação do terceiro setor,
cuja atuação é utilizada como instrumento no projeto neoliberal
para manter o status atual do Estado mínimo e ainda ser
referência histórica de enfrentamento às “questões sociais” sob a
denominação de Responsabilidade Social e Voluntariado
Corporativo.
Fonte: iStock 2018
Outros autores, porém, apresentam como argumento que o
surgimento do “terceiro setor” no Brasil é um fenômeno
irreversível e necessário, pois as questões sociais deixaram de ser
vistas apenas pelo ângulo do Estado e estão sendo assumidas
por parte da sociedade civil organizada.
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Diante da conjuntura neoliberal, percebemos a promoção do
deslocamento da questão social do Estado para o terceiro setor.
A apreensão dessa questão e das suas manifestações por parte
do assistente social é de suma importância para a sua atuação
profissional.
O desenvolvimento do sistema capitalista presume algumas
mudanças, clique na imagem a seguir e saiba quais são elas.
Fonte: iStock 2018
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No Brasil vivemos contradições que se revelam pelos aumentos
dos índices de desenvolvimento econômico, não obstante aos
crescentes níveis de desigualdade social.
Dessa forma, para compreender a produção e reprodução das
relações sociais se faz necessário atentar-se para as mudanças
que ocorrem no mundo do trabalho e em suas relações e, ir
além, verificando como tais mudanças impactam na vida das
famílias.
Fonte: acervo Kroton
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Fonte: <https://goo.gl/zsZ6MU>.Acesso em: 11 dez. 2017.
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Tomemos a crise de 1995, no Brasil, como
exemplo dessas contradições. Durante esse
período, o governo decidiu tomar algumas
medidas de proteção.
A galeria a seguir apresenta o contexto das
reformas do aparelho do Estado, ocorridas
durante esse período, explore-as para
conhecer um pouco melhor seus
desdobramentos.

https://goo.gl/zsZ6MU
A parceria público/privada presente no capitalismo que após sua fase de expansão, iniciada no pós-guerra, entra em crise
começando a modificar-se. Neste contexto suas estratégias de superação dos desequilíbrios estão expostas nos blocos a seguir.
O neoliberalismo A globalização Reestruturação produtiva
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Com essas mudanças, há uma redefinição do papel do Estado,
principalmente para com as políticas sociais, com profundas
consequências para a relação público-privada.
A respeito da teoria neoliberal, esta considera que as políticas
sociais escamoteiam a propriedade privada, por distribuir a
renda e prejudicar o livre andamento do mercado, pois os
impostos onerariam a produção.
Fonte: iStock 2018
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Diante disso, é preciso observar o caráter de refilantropização e
assistencialismo que trata a questão social de forma pontual
com enfoque emergencial, descaracterizando a garantia de
direitos sociais.
O Estado passa a assumir um discurso de responsabilidade
social, apropriando-se da vontade dos agentes sociais em
resolver problemas sociais e impondo a ideia de ajuda mútua,
enfraquecendo qualquer forma de reivindicação.
Algumas empresas de grande porte, por meio de
fundações, disponibilizam capital para projetos sociais,
porém isso não ocorre pela inexistência de capital
financeiro por parte do Estado.
O projeto social tornou-se o elo, por excelência, da
parceria entre o governo e o terceiro setor.
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Desse modo, não existiria mais uma parceria com a sociedade civil, posto que o Estado simplesmente faria o repasse de
verbas às instituições e não um real acompanhamento da prestação dos serviços.
O desenvolvimento dessas ações é uma forma de terceirização dos serviços, esclarecendo parte do interesse
governamental de financiar instituições do terceiro setor para ‘desonerar’ o Estado investindo em projetos temporários
realizados pelas instituições não governamentais.
Faz-se necessário um debate aprofundado sobre o papel do Estado e o das empresas privadas, tendo em vista que as ações
de ambos muitas vezes se confundem.
iStock 201810
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Bons estudos!
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