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Bordetella pertussis 1 Bordetella pertussis Class Bacteriologia Humana Created Materials Property Reviewed Type Anotações de aula Família Alcaligenaceae, Gênero Bordetella 9 espécies, 3 principais (as chamadas bordetellas clássicas). Pleomorfismo B. pertussis Cocobacilo pálido à coloração de Gram Oxidase positiva Variável na produção de catalase (maioria positiva) Urease negativa Imóvel Aeróbia Capsulada B. parapertussis Bastonete à coloração de Gram Oxidase negativa Catalase positiva Produtora de pigmento marrom solúvel em ágar Urease positiva Imóvel Aeróbia Não capsulada Coqueluche Nov 26, 2020 213 PM Bordetella pertussis 2 Transmissão: apenas pelo contato direto com gotículas ou aerossóis de pessoas contaminadas. 💡 Transmissão indireta por fômites e ambientes contaminados é mais rara. Período de incubação: 5 a 10 dias, variando entre 1 a 3 semanas Maior transmissibilidade: 5º ao 7º dia após contato (fase catarral) Altamente contagiosa: 70 a 100% dos contactantes domiciliares suscetíveis e 50 a 80% dos contactantes suscetíveis em creches ou escola se infectarão. Bordetella pertussis 3 Quadro clínico Duração de 6 a 12 semanas. Três fases. 💡 As três fases são mais características em crianças. Ciclo de transmissão. Bordetella pertussis 4 Estágio catarral (duração de 1 a 2 semanas) Sintomas: rinorréia (coriza), lacrimejamento, febre baixa, espirros, falta de apetite, mal estar, início da tosse seca noturna, podendo ser seguidas de vômito. Em bebês muito jovens pode se apresentar como apnéia e cianose Em adolescentes e adultos imunizados pode ter apenas uma tosse persistente, sem o característico "grito". Fase preferível para diagnóstico. Estágio paroxístico (duração de 1 a 4 semanas) Tosse paroxística ou espasmódica: tosse de início súbito uma atrás da outra durante a expiração que impede a respiração, após 5 a 10 episódios há inspiração profunda emitindo som estridor, guincho ou grito. Pode haver vômitos, cianose (hipóxia), olhos salientes, salivação, lacrimejamento, distenção das veias do pescoço e quebra de costelas após um episódio. Ocorrem cerca de 30 episódios a cada 24h. Colonização da bactéria no epitélio ciliado respiratório. Estágio de convalescença (duração de 1 a 6 semanas) Começo da regressão dos sintomas até que desapareça completamente. Pode ocorrer novas crises de tosse (paroxismos) caso haja infecção respiratória concomitante (secundária). Complicações Mais raras em adultos e jovens. Em crianças abaixo de 6 meses → síncopes (mau súbito), distúrbios do sono e quebra de costelas. Em lactentes → pneumonias, convulsões e encefalopatia por anóxia. Óbitos raros, mais comuns em crianças de 6 meses. Complicações neurológicas. Bordetella pertussis 5 Complicações pulmonares: Ativação de tuberculose latente, atelectasia (colapso de um lobo ou pulmão inteiro), bronquiectasia, enfisema, pneumotórax e ruptura de diafragma. Fisiopatologia Aderência da bactéria ao epitélio ciliado respiratório entre as microvilosidades, se multiplicando neste sítio, fazendo uso dos aminoácidos do muco. Necrose local e paralisia ciliar com acúmulo de células mortas e muco ⇒ obstrução bronquiolar e atelectasia → tosse. Atuação de toxinas levando ao quadro de necrose e paralisia celular desencadeando quadro inflamatório que interfere na remoção das secreções pulmonares. Adesinas Exotoxinas Filamentos de aglutinina FHA Pertactina PRN Fimbrias FIM Fator de colonização traqueal Controle da expressão dos fatores de virulência por um locus central ⇒ BvgAS BvgS reconhece o ambiente e faz a sinalização transpeptídica BvgA ativa a transcrição dos genes de virulência Bordetella pertussis 6 Colonização respiratória: 7 a 10 dias, sem sintomas, culturas positivas, tempo para reprodução. Fase catarral. Adesinas (colonização traqueal) e início da produção de toxina pertussis. Doença mediada por toxina: agravamento, fase paroxística. Bordetella pertussis 7 Epidemiologia Imunoprevinível ⇒ tríplice DTP (difteria, tétano e pertussis) Casos caíram drasticamente com o início da vacinação. Ciclicidade da doença: picos epidêmicos a cada 2 - 5 anos. 50 milhões de casos mundiais por ano e 300 mil óbitos OMS → letalidade de 4% ⇒ Problema mundial de saúde pública devido a elevada morbimortalidade infantil. Brasil Bordetella pertussis 8 Tratamento Bordetella pertussis 9 Antibioticoterapia: macrolídeos; feita na fase catarral. Vacinação A imunidade é duradoura mas não é permanente, efeito começa a diminuir com o tempo. Bordetella pertussis 10 Bordetella pertussis 11 Diagnóstico laboratorial Diagnóstico diferencial de outros bactérias causadoras de infecções respiratórias agudas como → O diagnóstico presuntivo é clínico. Amostra para cultura: swab ou aspirado de nasofaringe. Bordetella pertussis 12 Bordetella pertussis 13 Bordetella pertussis 14 Seletividade pela cefalexina (antibiótico). O carvão e o amido são importantes na neutralização dos produtos tóxicos do metabolismo bacteriano, permitindo seu crescimento in vitro. Bordetella pertussis 15 Colônias arredondadas, pequenas e brilhantes, em aspecto de pérolas cortadas ao meio. Bordetella pertussis 16 Bordetella pertussis 17 Bordetella pertussis 18
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