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Resumo Epidemiologia- Sarampo, tétano e coqueluche

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Módulo Saúde e Sociedade III 
Epidemiologia 
 
Luana Fernandes Pimenta 
Acadêmica de Medicina- UNIVALE 
 
 
 ]Sarampo, tétano e coqueluche] 
 
 Sarampo: 
Doença infecciosa aguda, natureza viral, transmissível e altamente contagiosa. Período de incubação 
de 10 dias, desde a data da exposição à fonte de infecção até o aparecimento da febre, e cerca de 14 
dias até o início do exantema. Provoca vasculite generalizada e a evolução dá-se em três períodos 
bem definidos: 
Período prodrômico ou catarral: Período exantemático: Período de convalescença ou de 
descamação furfurácea: 
Febre e tosse produtiva (seromucoso). Acentuação de todos os 
sintomas. 
As manchas tornam-se escurecidas e 
surge descamação fina, lembrando 
farinha. 
Conjuntivite e fotofobia. Prostração importante. - 
Linfonodos aumentados na região 
cervical. 
Exantema característico: 
maculopapular, de cor 
avermelhada, distribuição 
em sentido cefálio-caudal 
que surge na região retro-
articular e face. 
- 
Por vezes os linfonodos intra-
abdominais podem gerar reações 
dolorosas à palpação do abdome. 
Dois a três dias depois 
estende-se ao tronco e às 
extremidades, persistindo 
por 5-6 dias. 
- 
 
 
Nas últimas 24 horas o sinal de Koplik 
– pequenas manchas com halo 
herimatoso, consideradas sinal 
patognômico do sarampo. 
 
 
 Agente etiológico: 
Vírus RNA, pertencente ao gênero morbillivirus, família Paramyxoviridae. Modo de transmissão: 
pessoa a pessoa, principalmente secreções nasofaríngeas (tosse, espirro ou fala). 
Módulo Saúde e Sociedade III 
Epidemiologia 
 
Luana Fernandes Pimenta 
Acadêmica de Medicina- UNIVALE 
 
 
 Período de transmissibilidade: 
De 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema até 4 dias após. O período de maior 
transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. Vírus vacinal não é 
transmissível. 
 Sinais e sintomas: 
Febre, tosse produtiva, coriza, exantema, conjuntivite e sinal de Koplik. 
 Complicações: 
Infecções respiratórias, pneumonias, encefalites, otites médias, laringites e diarreias, 
 Diagnóstico: 
Clínico laboratorial e epidemiológico. 
Laboratorial: 
a) Elisa ( IgM e IgG), fixação do complemento, inibição da hemaglutinação ou imunofluorescência 
indireta. 
b) Isolamento do vírus em cultura de células, a partir de secreção nasofaríngea e urina, até o 7ª 
dia do início do exantema. 
 Diagnóstico diferencial: 
Doenças exantemáticas febris agudas: rubéola, exantema súbito, escarlatina, eritema infeccioso, 
dengue, sífilis secundária, enteroviroses e eventos adversos à vacina. 
 Tratamento: 
Tratamento sintomático. Administração de antitérmicos, hidratação oral, terapia nutricional com 
incentivo ao aleitamento materno e higiene adequada dos olhos, pele e vias aéreas superiores. 
As complicações bacterianas são tratadas especificamente com antibióticos adequados para o quadro 
clínico e, se possível, com a identificação do agente bacteriano. 
Reposição da vitamina A. 
 Tétano: 
Toxiinfecção grave, causada pela toxina do bacilo tetânico, introduzido no organismo através de 
ferimentos ou lesões de pele ou mucosa. 
 Sinais e sintomas: 
Dificuldade de deglutição (disfagia), hipertonia mantida dos músculos masseteres (trismo e riso 
sardônico), hipertonia dos músculos do pescoço (rigidez de nuca), contratura muscular da região 
dorsal (opistótono) e rigidez muscular progressiva (atinge os músculos reto-abdominais, gerando o 
‘’abdome em tábua’’, e o diafragma). Insuficiência respiratória podendo evoluir com contraturas 
generalizadas. 
Módulo Saúde e Sociedade III 
Epidemiologia 
 
Luana Fernandes Pimenta 
Acadêmica de Medicina- UNIVALE 
 
 
 
As crises de contraturas são desencadeadas, geralmente, por estímulos luminosos, sonoros, 
alterações de temperatura e manipulação do doente. 
 Agente etiológico: 
Clostridium tetani, bacilo gram-positivo. Bacilo anaeróbio esporulado, produtor de várias exotoxinas, 
dentre elas a tetanoplasmina, responsável pelas contraturas musculares. 
 Reservatório: 
No trato intestinal do homem e de animais, solos agriculturados, pele e/ou qualquer instrumento 
contendo poeira e/ou terra. 
 Modo de transmissão: 
Introdução de esporos contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas, queimaduras. 
Tecidos necrosados favorecem o desenvolvimento do agente anaeróbico. 
 Período de incubação: 
De 3 a 21 dias, geralmente por volta de 10 dias, podendo chegar a mais de 30 dias. Quanto menor o 
tempo de incubação maior a gravidade e pior o prognóstico. 
 Período de transmissibilidade: 
Não é uma doença contagiosa, portanto não é transmitida diretamente de pessoa a pessoa. 
 Complicações: 
Parada respiratória e/ou cardíaca, disfunção respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, 
taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestivas e intracranianas, edema cerebral, flebite e 
embolia pulmonar. 
 Diagnóstico: 
Clínico- epidemiológico, não depende de confirmação laboratorial. 
 Diagnóstico diferencial: 
Trismo e tetania por outras causas, como raiva e histeria. 
 
Módulo Saúde e Sociedade III 
Epidemiologia 
 
Luana Fernandes Pimenta 
Acadêmica de Medicina- UNIVALE 
 
 
 Tratamento: 
Internação em quarto silencioso, em penumbra, com redução de estímulos auditivos, visuais táteis e 
outros. Administração de sedativos (benzodiazepínicos) e miorrelaxantes, SAT (soro antitetânico) 
ou imunoglobulina humana antitetânica (Ighat), antibioticoterapia, desbridamento e limpeza dos 
focos suspeitos, cuidados gerais no equilíbrio do estado clínico. 
Lembrar que o paciente tetânico deve preferencialmente ser tratado em unidades de terapia intensiva, 
com medidas terapêuticas que impeçam ou controlem as complicações (respiratórias, infecciosas, 
circulatórias, metabólicas) que comumente levam o paciente à óbito. 
 Erradicação do clostridium tetani: 
Desbridamento do foco de infecção e uso de antimicrobianos. Quando houver tratamento cirúrgico 
este deve ser precedido do uso de antitoxina tetânica e é de grande importância a retirada de corpos 
estranhos e tecidos desvitalizados. A ferida deve ser limpa com substâncias oxidantes (água 
oxigenada) ou antissépticas e mantida aberta. 
 Coqueluche: 
Doença infecciosa aguda, transmissível, compromete especificamente o aparelho respiratório 
(traqueia e brônquios). Caracteriza-se por paroxismos de tosse seca. Evolui em três fases sucessivas: 
Fase catarral Fase paroxística Fase de convalescença 
Duração de uma ou duas 
semanas, começa com 
manifestações respiratórias e 
sintomas leves. Febre pouco 
intensa, mal-estar, coriza e 
tosse seca. 
Geralmente afebril ou com 
febre baixa, ocorrendo em 
picos. Os episódios da tosse 
paroxística aumentam em 
frequência nas duas primeiras 
semanas e depois diminuem 
progressivamente. 
 
Os paroxismos da tosse 
desaparecem e a tosse comum 
começa a aparecer. Pode 
prologar-se por mais 2 a 6 
semanas, podendo em alguns 
casos prolongar-se a 3 meses. 
Instalação gradual de surtos de 
tosse cada vez mais intensos e 
frequentes até que comece a 
ocorrer crises de tosses 
paroxísticas. 
Tosse seca com sensação de 
asfixia, ruído característico 
(guincho) seguido de vômitos. 
Geralmente dura de 2 a 6 
semanas. 
Grupo de risco: 
Lactantes jovens <6 meses. 
 
Indivíduos inadequadamente vacinados podem apresentar formas atípicas da doença, como tosse 
persistente, porém sem o guincho característico. 
 Agente etiológico: 
Bordetella pertussis. Bacilo gram-negativo aeróbio, não-esporulado, imóvel e pequeno, provido de 
cápsula (formas patogênicas) e fímbrias. 
 Modo de transmissão: 
Contato direto da pessoa doente com pessoa suscetível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, 
espirro ou fala). 
Módulo Saúde e Sociedade III 
Epidemiologia 
 
Luana Fernandes Pimenta 
Acadêmica de Medicina- UNIVALE 
 
 
 Período de incubação: 
De 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanase raramente até 42 dias. 
 Período de transmissibilidade: 
5 dias após o contato com um infectado (final do período de incubação) até 3 semanas após o início 
dos acessos de tosse típicos da doença (fase paroxística). A maior transmissibilidade ocorre na fase 
catarral. 
 Suscetibilidade e imunidade: 
O indivíduo torna-se imune após o contágio, requer vacinação adequada. De 5 a 10 anos após a última 
dose da vacina a proteção pode ser pouca ou nenhuma. 
 Complicações: 
Pneumonia e otite média, ativação de tuberculose latente, atelectasia, bronquiectasia, enfisema, 
pneumotórax e ruptura de diafragma. 
 Diagnóstico: 
Isolamento da Bordetella pertussis através da cultura de material colhido na nasofaringe. 
 Diagnóstico diferencial: 
Traqueobronquites, bronqueolites, adenoviroses e laringites. 
 Tratamento: 
A eritromicina é o antibiótico requerido. É capaz de erradicar o agente do organismo em um ou dois 
dias quando iniciado seu uso, exclusivamente no período catarral ou no início do período paroxístico.

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