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Departamento de Economia,Departamento de Economia,Departamento de Economia,Departamento de Economia, Gestão e Engenharia IndustrialGestão e Engenharia IndustrialGestão e Engenharia IndustrialGestão e Engenharia Industrial Universidade de AveiroUniversidade de AveiroUniversidade de AveiroUniversidade de Aveiro Introdução à Economia 2º semestre Ano Lectivo 2010/2011 Caderno de Apoio Nº. 7 Medição da Actividade Económica Contabilidade Nacional (Soluções) “As novas leis não tornam as velhas obsoletas. O que acontece é que colocamos as novas por cima das velhas. Por exemplo, o que Adam Smith dizia sobre o «laissez faire» ou a «mão invisível» continua a ser de uma grande profundidade e tem um impacto enorme na política e nas pessoas comuns. Neste século (referindo-se ao séc.XX), podemos falar de Keynes e da revolução keynesiana, sobre o papel do Estado na política macro- económica,(…). Quer Smith, quer Keynes continuam a ter validade. Mas é preciso "equilibrá-los". A nova questão que está a emergir é saber o que podem hoje os governos fazer para influenciar o processo de crescimento. E aí o «laissez faire» não é suficiente. Há um papel importante para os governos ou para conjuntos de pessoas actuantes, não necessariamente governos. Mas é claro que há políticas e políticas - e aí está outra questão”. Paul Romer 1. Diga o que entende por: a) Orçamento de Estado, Saldo Orçamental e Défice Orçamental. Orçamento de Estado: os Governos usam os orçamentos para planear e controlar as suas contas de receitas e as despesas. Um orçamento representa, para um dado ano, as despesas planeadas dos programas governamentais e as receitas esperadas dos sistemas fiscais. Um orçamento contém tipicamente uma lista de programas específicos (educação, segurança social, defesa, etc.) bem como as fontes de receita (imposto sobre o rendimento individual, impostos da segurança social, etc.). Equilíbrio orçamental: quando as receitas e as despesas são iguais durante um dado período – um acontecimento raro a nível federal. Saldo orçamental: igual à diferença entre as receitas totais cobradas pelo Estado e as suas despesas totais, sendo representado por: SO = T – G – Tr = + tY - - SO varia positivamente com o nível de rendimento, considerando tudo o resto constante. Défice orçamental: quando no saldo do Orçamento de Estado as despesas ultrapassam as receitas (impostos). É contrário ao excedente ou superávit orçamental - quando num ano o somatório de todos os impostos e outras receitas são maiores do que as despesas do Estado. b) PIB a preços correntes, PIB a preços constantes, PIB real e PIB potencial. PIB a preços correntes (PIB nominal): quando os bens e serviços produzidos em cada ano são valorizados a preços desse ano. PIB a preços constantes (PIB real): quando os bens e serviços produzidos nos diferentes anos são valorizados a preços de um mesmo ano. PIB real é o PIB nominal corrigido dos aumentos de preço => PIB real = SO= + tY - - Y SO t - - PIB potencial: PIB com um nível elevado de emprego; mais precisamente, o máximo nível de PIB que pode ser mantido sem aceleração da inflação, com uma dada tecnologia e uma dada população. Actualmente, é geralmente tido como equivalente ao nível de produto correspondente ao nível da taxa de desemprego. c) Rendimento Interno e Rendimento Nacional. Rendimento Interno: representa o conjunto dos rendimentos dos factores de produção dos residentes correspondendo, portanto, ao conjunto de remunerações por trabalho pagas a residentes e ao Excedente Líquido de Exploração (J + R + L). A soma dos rendimentos gerados no país é, portanto, igual à soma dos VABs subtraídos das amortizações, ou seja: RI = PILcf = w + SSe + J + R + L = PILpm – Ti + Sub = PNLcf – RLE Rendimento Nacional: representa o conjunto dos rendimentos dos factores de produção correspondendo, portanto, ao conjunto de remunerações por trabalho pagas a residentes, ao excedente líquido de exploração, bem como os rendimentos recebidos e pagos do/e ao exterior: RN = PNLcf = w + SSe + J + R + L + RLE = RI + RLE = PNBpm – Amort – Ti + Sub d) Produto, Rendimento e Despesa Interna. Produto: Bens e serviços finais que se destinam a ser consumidos, investidos ou exportados e não a ser consumidos na produção de outros produtos. Rendimento: Fluxo de salários, juros, dividendos e outros proveitos dos indivíduos ou de um país durante um dado período de tempo (geralmente, um ano). Despesa Interna (DI): é a despesa feita em bens e serviços finais produzidos internamente. Diferente da Procura Interna: despesa feita pelos residentes quer em produtos internos quer em importados. DI = C + G + I + X – M = PIBpm onde: C é a despesa feita nos produtos consumidos e pagos directamente pelos residentes; G é a despesa feita pelo Sector Público Administrativo em produtos essencialmente, serviços fornecidos gratuitamente ou não (educação, policiamento, recolha de lixo, etc.; I corresponde à soma de FBCF (toda a despesa em aumentos de maquinaria, edifícios e outro capital produtivo) e as variações de existências (a variação dos bens que se encontram armazenados e ainda não vendidos); X é a despesa feita pelos não residentes em bens e serviços vendidos pelos residentes; e, M é a despesa feita pelos residentes em bens e serviços vendidos pelos não residentes. e) Rendimento disponível e Poupança. Rendimento disponível (Rd): é o rendimento líquido das famílias ou parte do rendimento que as famílias têm para consumo e poupança. Mais precisamente, é igual ao rendimento nacional subtraindo-se os impostos directos (Td), acrescidos das transferências do Estado para as Famílias (Trfg), as transferências líquidas do exterior (Trfe) e Juros da Dívida Pública (JDP). Rd = Yd = RN – Td + Trfg + Trfe + JDP Poupança: é a parte do rendimento disponível das famílias que não é consumido. S = Yd – C 2. Comente e explique a seguinte frase: a) “A escolha das políticas económicas adequadas ajudam a controlar a economia evitando os piores excessos do ciclo económico”. O instrumento de política é uma variável económica sob o controlo do Estado que pode influenciar um ou mais objectivos macroeconómicos. Existem dois principais tipos de política para atingir objectivos: a política orçamental e a política monetária. A política orçamental consiste na despesa pública e nas receitas públicas (impostos) e a política monetária, conduzida pelo Banco Central, determina a oferta de moeda e as condições financeiras. Desta forma, através da manipulação dos instrumentos, consegue-se controlar o produto da economia e combater os ciclos económicos, nomeadamente, as flutuações do produto, do emprego e dos preços nacionais e evitar os maiores excessos do ciclo económico. Existe um ciclo económico quando o PIB efectivo cresce (expansão) ou se reduz (retracção ou recessão) em relação ao PIB potencial. Nota: igual à resposta 2 – a) => Caderno 6 3. Quais os agregados que entram no cálculo do Saldo Orçamental? Saldo orçamental: igual à diferença entre o somatório das receitas totais cobradas pelo Estado e o somatório das suas despesas totais, sendo representado por SO = Td + Ti+ CSS - G – Trf – Sub - JDP Onde: T representam os impostos directos e indirectos; G os gastos públicos; e, Trf as transferências do Estado, Sub os subsídios ou subvenções e JDP os juros da dívida pública.. SO varia positivamente com o nível de rendimento, considerando tudo o resto constante. 4. Considere as seguintes frases e caracterize os elementos mencionados quanto à óptica do Produto Nacional, do Rendimento Nacional e da Despesa Nacional: a) Os salários dos trabalhadores dos caminhos-de-ferro; => Rend. Nacional b) O investimento de uma empresa em maquinaria; => Despesa Nacional c) Os serviços prestados pelas empregadas de umaloja da Benetton; => Prod. Nacional d) O “valor acrescentado” pelas indústrias do aço e do ferro; => Prod. Nacional e) Os gastos de uma família em comida; => Despesa Nacional f) O “investimento” de um indivíduo nas acções do Millenium BCP; => não pertence a nenhuma das ópticas. g) Os dividendos pagos aos accionistas da EDP; => Rend. Nacional h) O envio de 10 000 Euros do Sr. Silva, emigrante em França, para a sua família residente em Portugal. => não pertence a nenhuma das ópticas, apenas entra no rendimento disponível. 5. Leia atentamente as seguintes questões e diga se são verdadeiras ou falsas. Justifique as frases que considerar falsas. a) O valor da produção de um país é um produto bruto se não lhe foi deduzido o valor das amortizações; => Verdadeiro b) Designa-se produto a preços de mercado quando os valores atribuídos ao custo de produção não incluem os impostos indirectos, nem a eles foram deduzidos os subsídios; => Falso: pm= cf + Ti - Sub c) Renda, juro e lucro são remunerações do factor trabalho, enquanto os salários e os vencimentos são remunerações do factor capital; => Falso: É o inverso - salários e vencimentos são remunerações do factor trabalho e Renda, Juro e Lucro são remunerações do factor capital. d) O valor da produção das empresas, ou seja, o valor acrescentado bruto, é um valor líquido a custo de factores; => Falso, se é bruto é um valor bruto a custo de factores e) As remessas de emigrantes são contabilizadas nos rendimentos líquidos do exterior (Rle); => Falso: remessas de emigrante influenciam o saldo de TrfExt e por isso no RDisponível. f) O suborno pago a um árbitro, por um dirigente de um clube de futebol, é incluído no PNB e não no BEEL; => Falso: as actividades ilícitas não são contabilizadas na CN, logo não são contabilizadas no PNB. Os EUA têm o BEEL para contabilizar toda a produção. g) O rendimento disponível das famílias é o rendimento com que estas ficam após o pagamento dos impostos indirectos. => Falso: Rdf = Ydf = RI + RLE – LND – Tdf – CSSf + TRf + JDP + TrfE; onde Rdf= Rendimento disponível das famílias, RI= Rendimento Interno, RLE= Rendimentos Líquidos do Exterior, LND=Lucros não distribuídos, Tdf= impostos directos sobre as famílias, CSSf= Contribuições para a Segurança Social pagas pela família, TRf= Transferências líquidas para as famílias, JDP= Juros da Dívida Pública e TrfE= Transferências líquidas do Exterior. Ou seja a pós o pagamento do impostos directos. 6. Complete os vários espaços em branco com as expressões que lhe parecerem as mais adequadas: a) PIBpm = _____PNBcf______+ Impostos Indirectos – subsídios – Rle; b) Saldo da Balança Comercial = __Exportações (X)__ – __Importações (M)__; c) PNBnominal / PNBreal = __Deflator do PNB______; d) RI = salários + ___rendas______ + juros + lucros; e) PILpm = Cp + G + FBCF +__∆ Existências__ + (X - M) -_Amortizações__; f) _Rend. Disponível das famílias__ = Poupança + C; g) PIBpm = PILpm + _Amortizações_____ h) PNBpm = PILcf +_Rle___+ __Amortizações___+__(Ti – Sub)_____ 7. Considere as Contas Nacionais de uma dada economia fechada: Designação Valor FBCF 1.000 Lucros retidos nas empresas 600 Valor dos stocks no dia 1 de Janeiro 250 Rendas, dividendos e juros pagos pelas empresas 800 Despesas do Estado em bens e serviços 300 Valor da produção da indústria transformadora 1.800 Pensões dos reformados 900 Investimento líquido 700 Consumo Privado 2.000 Impostos indirectos líquidos de subsídios 500 Valor dos stocks no dia 31 de Dezembro 450 Calcule: a) PNBpm; Não há (X-M) mas há G =>Economia fechada com Estado => RLE=0 PIBpm = C+G+Ib = C+G+FBCF+∆stocks = C+G+FBCF+[stocks(31/12)-stocks(31/01)] = 2000+300+1000+(450 – 250)= 3500 PNBpm=PIBpm+RLE=3500+0=3500 b) PNLpm; PNLpm = PNBpm – Amort Sabemos que: IL= Ib – Amort � 700 = 1200 – Amort �Amort = 500 Ib=1000+(450 – 250)=1200 => alínea a) PNLpm = PNBpm – Amort = 3500 -500= 3000 c) PNLcf. PNLcf = PNLpm – Ti + Sub = PNLpm – (Ti – Sub) Como (Ti – Sub) = 500 Então: PNLcf = PNLpm – (Ti – Sub) = 3000 – 500 = 2500 8. Suponha os seguintes dados para uma economia: Impostos directos 70 Transferências do Estado 10 Amortizações 50 Contribuições para a Segurança Social 35 Juros da Dívida Pública 20 Saldo Orçamental do Estado -80 Transferências Externas 15 Poupança privada 210 Balança de Transacções Correntes -20 Impostos indirectos menos subsídios às empresas 85 Rendimento disponível 550 a) Calcule a Despesa Nacional. Porquê é que esta é representada pelo PNBpm? Despesa Nacional = PNBpm = DI + RLE Onde DI = PIBpm = C + Ib + G + X – M �Para G SO = Receitas – Gastos = (Tdf + Tde) + Ti + (SSf + SSe) – G – TrfE – JDP – Sub � SO = Td + SS - G – TrfE – JDP – Sub + (Ti – Sub) � -80= 70 + 35 – G – 10 – 20 + 85 � G = 240 �Para Ib IL = Spriv + SO – BTC => Identidade Fundamental da Macroeconomia IL = 210 + (-80) – (-20) =150 Ib = IL + Amort � Ib = 150 + 50 = 200 �Para C Rpriv disp = Yd = C + Spriv � 550 = C + 210 � C = 340 �Para BC e RLE BTC = BC + TrfE + RLE � BC + RLE = BTC – TrfE � BC + RLE = -20 -15 = -35 Como: DN = PNBpm = C + G + Ib + (X – M) + RLE = 340 + 240 + 200 + (-35) = 745 Despesa Interna é a despesa realizada em bens e serviços finais produzidos internamente. Esta despesa interna coincide com o PIBpm uma vez que as componentes são valorizadas ao preço de venda ao utilizador final, que já inclui Ti líquidos de subsídios. PIBpm = DI = C + G + Ib + (X – M) Despesa Nacional obtém-se adicionando à DI os rendimentos líquidos recebidos do RM (os provenientes do RM menos os destinados ao RM). Daí que: DN = PNBpm = PIBpm + RLE b) Suponha que o PNBpm do ano anterior foi de 700. Se a taxa de inflação for de 10 por cento, qual o crescimento real da economia? Explique os cálculos. PNBpm(t-1) = 700; Taxa de inflação=П=10%; PNBpmt=745 => alínea a) Txcn = (1+ Txcn) = (1+ Txcr)*(1+ П) � (1+ Txcr) = � Txcr = 0,9675 – 1 = - 0,0325 = -3,25% Em termos reais, a economia cresceu -3,25% em termos reais 9. O Sr. António Silva é emigrante e residente em França, permanecendo a sua família em Portugal. Suponha que em 2005, o Sr. Silva ganhou €3 600, dos quais enviou €1 000 para a família. Tem, contudo, as suas poupanças aplicadas em Portugal, o que lhe permitiu ganhar €200 em juros, dos quais a família ficou com 50% e enviou-lhe o resto. Pretende-se saber quais as contribuições directas do Sr. Silva para o: Tradução do enunciado: Sr António => residente em França (2005) wbF = 3600 Trf(receb. Exterior)=1000 J=200 => Rendimento do capital estrangeiro gerado em Portugal RLEenv = 200 => porque vai todo na forma de rendimentos apesar de cá ficar metade Trfext receb= 200*50% = 100 a) Rendimento Interno de Portugal em 2005; RI2005 P = w + R + J + L = 0 + 0 + 200 + 0 = 200 b) Rendimento Nacional de Portugal em 2005; RN2005 P = RI2005 P + RLE = 200 + (-200) = 0 c) Rendimento Disponível dos residentes em Portugal em 2005. RD2005 P = RN + Transf = 0 + 1000 + 100 = 1100 10. O Sr. Xpto, de nacionalidade Ruxa, é imigrante na Macrolândia. Em 2009, auferiu um salário bruto de 50 000 u.m., tendo pago 10 000 u.m. de impostos directos ao Estado Macrolândes. O Sr. Xpto tem as suas poupanças aplicadas em acções da empresa Macrolandesa MT e num banco suíço que lhe renderam dividendos líquidos de 1 000 u.m. e juros de 2 000 u.m. respectivamente. O Sr. Xpto enviou para a sua família que vive na Ruxia 3 000 u.m. e para o seu filho que estuda Engenharia noutra cidade da Macrolândia 10 000 u.m.. Considerando as situações descritas, diga quais as contribuições directas do Sr. Xpto para: Dados do enunciado Na Macrolândia: W= 500; Td= 10000; Dividendos empresa macrolandesa = L=1000; Trf filho= 10000 (é uma transferência entre famílias no mesmo país, pelo que não é contabilizada) Juros banco suíço=2000=RLErecebTrfERuxa=3000 a) O Rendimento Interno da Macrolândia em 2009: RIMacrolândia = W + L + J + R = 50000 + 1000 + 0 + 0 = 51000 u.m. b) O Rendimento Nacional da Macrolândia em 2009: RNMacrolândia= RIMacrolândia + RLE = 51000+ (2000) = 53000 u.m. c) O Rendimento Disponível dos residentes na Macrolândia em 2009: Rd=Yd= RNMacrolândia – Td – CSS + Trf + JDP + TrfE Rd=Yd= 53000 – 10000 + 0 + (-3000) = 40000 u.m. d) Se o PIBpm da Macrolândia em 2009, a preços correntes, for de 10 000 M u.m. tendo verificado uma taxa de crescimento de 1,3% e uma taxa de inflação de 2%, qual o PIBpm verificado em 2008? PIBpm2009(p.correntes)= 10000; Taxa de crescimento=1,3%; П=2%; PIBpm2009=? (1+Txcn) = (1+Txcr)*(1+П) � = (1,013)*(1,02) � = 1,033 - 1 � 10000 – PIBpm08 = 0,033*PIBpm08 � (1,033)PIBpm08 = 10000 � PIBpm08 = = 9680,50 11. O Sr. Smith vive em Portugal há vários anos sendo gestor de uma empresa estrangeira que opera em Portugal. Em 2001, o Sr. Smith recebeu um ordenado bruto de €50 000, pagando a sua empresa 30 % ao Estado português sobre esse ordenado como contribuição para a Segurança Social. Para além disso, o Sr. Smith pagou de impostos €15 000. O Sr. Smith tem um filho a estudar no Reino Unido, a quem enviou €10 000 para as suas despesas, e tem acções numa companhia inglesa cujos dividendos foram em 2001 de €2 000. O Sr. Manuel Neves é emigrante em França, permanecendo a sua família em Portugal. Em 2001, o Sr. Neves ganhou €30 000, dos quais enviou €10 000 para a família. Tem, contudo, as suas poupanças aplicadas em Portugal, o que lhe permitiu ganhar €1 000 em juros, dos quais a família ficou com €500 e lhe enviou o resto. Pretende-se saber quais as contribuições directas do Sr. Smith e do Sr. Neves para: a) Rendimento Interno de Portugal em 2001; b) Rendimento Nacional de Portugal em 2001; c) Rendimento Disponível dos residentes em Portugal em 2001. Sr Smith – dados (residente) wb=50000; SSe=30%*50000=15000; Tdf =15000; TrfExt env=10000; RLE=Divreceb=2000 a) RI2001 P=wb+R+L+J=50000+0+0+0=50000 b) RN2001 P =RI2001 P+RLE=50000+2000=52000 c) RD2001P= RN2001P – Tdf - SSe + TrfExt = 52000 – 15000 -15000+(-10000)=12000 Sr Neves – dados (não residentes) wb=30000; TrfExt receb=10000; J=10000 => Rendimento do capital estrangeiro gerado em Portugal => estes vão ser RLEenv porque os juros pertencem a um factor não residente => RLEenv=1000 TrfExt receb=500 (recebidos em Portugal) a) RI2001 P= J=1000 b) RN2001P =RI2001P+RLE=1000 – 1000=0 c) RD2001P= RN2001P + TrfExt = 0 + (10000+500)=10500 Nota: Consideram-se residentes quando: - há operações económicas exercidas no exterior por um período inferior a 6 meses - os imigrantes exercem operações económicas em território nacional a mais de 6 meses - os que nasceram, permaneceram e trabalham no país 12. Considere que conhece o valor a preços de mercado dos seguintes agregados de uma economia aberta: Consumo 1 500 Pensões 0 Investimento Bruto 650 G 800 Impostos Directos 250 Transferências Unilaterais do Exterior 0 Impostos Indirectos 300 Rendimentos Líquidos do Exterior 0 Contribuições para a Segurança Social 0 Rendimento Nacional 2 500 Juros da Dívida Pública 0 Importações 200 Amortizações 100 Subsídios 50 Saldo da Balança Comercial -100 Rendimento Disponível (privado) 2 250 Calcule: a) O Investimento Líquido (Il); IL=Ib – Amort = 650 – 100 = 550 b) O Produto Interno Bruto a preços de mercado (PIBpm); PIBpm = DI=C+Ib+G+X – M onde (X – M) = BC PIBpm=1500+650+800+(-100)=2850 c) A Poupança Privada (Sprivada); Spriv=Yd – C = 2250 – 1500 =750 d) Explique como calcularia o RN na Óptica do Rendimento. E na Óptica do Produto? Na óptica do Rendimento => RI= PILcf = w+R+J+L => RN=RI+RLE Na óptica do Produto => a soma dos rendimentos gerados no país é igual à soma dos VAB subtraídos das amortizações e adicionando os RLE. ∑VABi = Vendas – Consumo intermédio = PIBcf => Valor a custo de factores pois os Ti e os subsídios apenas afectam aquilo que o utilizador final paga e não o que o produtor recebe PIBcf – Amort = PILcf Como do VAB, uma parte destina-se a suportar as amortizações e o resto destina-se a pagar: w+R+J+L= PILcf= RI => RN=PNLcf= PILcf+RLE Onde RLE são os “rendimentos transferidos para o nosso país de factores de produção que os residentes possuem no estrangeiro e subtraindo os rendimentos transferidos para fora do país dos factores de produção de não residentes” 13. Relativamente à contabilidade nacional da economia do País “K Sec A” são conhecidos os seguintes dados: Salários ? Subsídios à exploração 75 Variação Existências 20 Consumo 500 FBCF 150 Rendas 75 Amortizações 150 Gastos Públicos 100 Juros 75 Lucros 150 Impostos Indirectos 175 Exportações Líquidas 30 Determine o valor dos Salários. W=? RI= PILcf = w+R+L+J => Calcula-se pela óptica do produto Pela óptica da Despesa: PIBpm = DI = C+Ib+G+X – M , onde Ib= FBCF + ∆Exist (∆stocks) PIBpm = 500 + (150 + 20) + 100 + 30 = 800 Sabemos que: PILcf = RI = PIBpm – Amort – Ti + Sub = 800 – 150 – 175 + 75 = 550 Logo, RI= PILcf = w+R+L+J � 550 = w + 75 +75 +150 � w = 250 14. Considere que conhece os seguintes dados referentes às contas nacionais do País “Delta”: FBCF 330 Salários 700 Exportações Líquidas 30 Amortizações 150 Gastos Públicos 300 Rendas 75 Consumo 500 Impostos Indirectos 175 Juros 75 Lucros 150 Variação de Existências 120 Subsídios à exploração 75 Determine: a) o PIB a preços de mercado na óptica do Rendimento. PIBpm = PILcf + Amort + Ti – Sub = w + R +J + L + Amort + Ti – Sub � PIBpm = 700 + 75 + 75 + 150 + 150 + 175 – 75 = 1250 b) o PIB a custo de factores na óptica da Despesa. PIBcf = PIBpm – Ti + Sub = C + Ib + G + X – M – Ti + Sub, onde Ib = FBCF + ∆stocks � PIBcf = 500 + (330 + 120) + 300 + 30 – 175 + 75 = 1180 Deveria de ter dado: PIBcf = PIBpm – Ti + Sub = 1250 – 175 + 75 = 1150 A diferença reside nos 30 que vem das exportações líquidas. Pela óptica do rendimento, estas não são contabilizadas, mas já o são na óptica da Despesa. 15. Na tabela anexa referente a 2003, representam-se na 1.ª linha as principais componentes da despesa (a preços correntes) e, na 2.ª linha, a evolução dos respectivos preços com base em 1995. C G FBCF Var Stocks X M Milhões de euros 518 101 133 15 109 198 Índice de preços 273 210 285 277 245 296 a) Calcule a despesa a preços correntes; Ano corrente = 2003 => valores de 2003 => a preços desse ano DI(preços correntes)2003= C + Ib + G + X – M, onde Ib = FBCF + Var stocks DI(preços correntes)2003= 518 + (133 + 15) + 101 + 109 – 198 = 678 milhões de euros b) Calcule a despesa a preços constantes; DI(preços constantes) = ? => Temos de calcular a DI de 2003, mas a preços de 1995 (PIBpm real) Valor a preços do ano base = DI preços constantes = DI a preços do ano base Como temos o IPC de 2003 com base em 1995 para cada um dos agregados sendo IPC = Então: DI(preços constantes) = c) Determine o deflator do produto; Deflator do PIB é o rácio entre o PIB nominal e o PIB real e pode ser interpretado como o preço de todas as componentes do PIB (de todos os bens e serviços produzidos internamente) e não apenas de um único sector. Não é mais do que um índice de preços que reflecte a evolução dos preços dos bens e serviços incluídos no PIB. Difere do IPC porque este é para um cabaz de bens, mas o deflator é para todos os bens e serviços incluídos no PIB (deflator do produto). Deflator do Produto = = d) Diga qual a relação entre o nível geral de preços e a taxa de inflação. Um índice de preços é a medida geral de preços A inflaçãoé o aumento do nível geral de preços A taxa de inflação é a taxa de variação do nível geral de preços e é quantificada como: Taxa de inflação(t) = O nível de preços define-se como uma medida ponderada dos preços dos bens e serviços de uma economia. Na prática, mede-se o nível geral de preços (Nível de preços => média ponderada) ≠ (Taxa de inflação => é em percentagem) Nota: se pedissem a taxa de inflação (π) ou taxa de crescimento dos preços entre o período de 1995 e 2003: Π = Vou pelo PIB pois não tenho IPC(03/03) e IPC(03/95) ou o deflator(03/03) e deflator(03/95) 2,53 16. Suponha os seguintes dados para uma economia para o ano de 2009: Impostos directos 85 Contribuições para a Segurança Social 10 Salários 150 Amortizações 40 Rendas 50 Juros da Dívida Pública 120 Transferências do Estado 205 Transferências Externas 25 Juros 80 Lucros 20 Impostos indirectos menos subsídios às empresas 90 Rendimento disponível 625 Rendimentos Líquidos do Exterior 70 a) Calcule a Despesa Interna. DI=PIBpm= C + G + Ib +X – M = PILcf + Amort + Ti – Sub � DI=PIBpm = w + R + J + L + Amort + (Ti – Sub) � DI=PIBpm = 150 + 50 + 80 + 20 + 40 + 90 = 430 u.m. b) Explique de que elementos necessitaria para calcular o PNBpm pela óptica da Despesa. Para calcular PNBpm pela óptica da despesa precisaria de contabilizar o consumo privado das famílias (C); a despesa Pública (G); o Investimento bruto (Ib) que é igual à soma de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo) e variação de existências e o valor da Balança Comercial= exportações (X) – importações (M). Com a soma destas rubricas obter-se-ia o PIBpm pela Óptica da Despesa. DI = PIBpm= C + G + Ib +X – M Para obter PNBpm pela óptica da Despesa seria acrescentar o saldo dos Rendimentos Líquidos do Exterior (RLE) ao PIBpm. Ou seja: DN = PNBpm= C + G + Ib +X – M + RLE Neste caso, como é conhecido o valor da DI= PIBpm da alínea anterior e se adicionarmos RLE, obter-se-á DN = PNBpm DN = PNBpm = PIBpm + RLE = 430 + 70 = 500 c) Suponha que o PIBpm do ano de 2008 foi de 400 M u.m. Se a taxa de inflação ocorrida for de 8%, qual o crescimento real da economia? Explique. A taxa de crescimento em valor dá-se o nome de taxa de crescimento nominal (Txcn) e a taxa de crescimento em quantidades corresponde à taxa de crescimento real (Txcr) PIBpm(2008) = 400; Taxa de inflação=П=8%; PIBpm(2009)=430 => alínea a) Txcn = (1+ Txcn) = (1+ Txcr)*(1+ П) � (1+ Txcr) = � Txcr = 0,9954 – 1 = - 0,0046 = -0,46% Em termos reais, a economia cresceu -0,46 % em termos reais 17. Considere que são conhecidos os seguintes dados das contas nacionais da Macrolândia (em M.u.m.): Amortizações 110 Gastos Públicos 300 Exportações Líquidas 30 Rendas 130 Salários 600 Transferências líquidas do exterior 10 Juros da Dívida Pública 20 Juros 90 Rendimentos líquidos do exterior (-70) Lucro 50 Impostos Directos 200 Impostos indirectos líquidos de subsídios 100 a) Determine o PIBcf e identifique a óptica que utilizou para o seu cálculo: PIBcf = PILcf + Amort Pela óptica do Rendimento obtemos PILcf PILcf = w + R+ J + L = 600 + 130 + 90 + 50 = 870 Então: PIBcf = PILcf + Amort = 870 + 110 = 980 b) Determine e classifique o Saldo da Balança de Transacções Correntes (BTC): BTC => Dá-nos uma medida da forma como a actividade anual da economia se desenvolve face ao exterior. BTC= SBRend + SBCom +SBTranf Unilaterais = RLE + (X – M) + TU BTC = -70 +30 + 10 = -30 <0 => Deficitária Neste caso, o país está a viver acima das possibilidades => a actividade corrente não é suficiente para gerar receitas para cobrir os encargos face ao exterior => A economia precisa de financiamento externo. 18. As seguintes afirmações poderão conter incorrecções. Identifique-as e justifique a sua opção: a) "O aumento das vendas no mercado automóvel de usados contribui para o crescimento do PIB", (F) os automóveis apenas são contabilizados 1 vez, a 1ª venda. b) “Os juros pagos pelas famílias nas compras a prestações são uma pequena parte da Despesa Interna"; (F) => Constituem uma pequena parte do Rendimento Interno. c) "O PIB português só não decresceu mais este ano porque as remessas de emigrantes aumentaram significativamente"; (F) => As remessas de emigrante não afecta directamente o PIB mas influencia directamente o rendimento disponível das famílias através de TrfE. d) "A redução do volume de transacções financeiras na bolsa de valores ajudou à quebra do Rendimento Interno." (F) as transacções financeiras não são contabilizadas na CN apenas os rendimentos gerados por estas. e) "Ao aumentar as reformas e os abonos de família, o Governo está a aumentar automaticamente o Rendimento Nacional"; (F) => Aumenta a Despesa Pública que por sua vez afecta a Despesa Interna. f) "O aumento dos juros da Dívida Pública provocou um aumento imediato da Despesa Nacional"; (F) => Aumenta o rendimento disponível das famílias g) “O saldo do RLE em Portugal tem sido muito positivo, pois os fortes aumentos salariais em França levam a que os emigrantes portugueses tenham mais rendimento disponível para enviar para Portugal"; (F) => as remessas de emigrante não influencia o RLE h) “Países com taxa de inflação elevada obtêm crescimentos mais rápidos do PIBpm real pois este é medido a preços de mercado". (F) => (Txcr+1) = [(Txcn+1)/(π+1)] �Se π↑ => Txcr↓ 19. Suponha que a taxa de crescimento dos preços é de 5,32% e que a taxa de crescimento real das exportações do país Alfa é de 4,06%, qual o valor da taxa de crescimento nominal das exportações? Taxa de crescimento dos preços = taxa de inflação = π = 5,32% Taxa de crescimento real das exportações = r = 4,06% Taxa de crescimento nominal das exportações = i = ? (Txcnominal + 1) = (Txcpreços + 1)* (Txcreal + 1) (taxa de crescimento em valor ou nominal) = [(taxa de crescimento dos preços)*(taxa de crescimento em quantidades ou real)] (1+i) = (1+ π)* (1+r) �i = (1,0532)*(1,0406) – 1 � i=0,096 �i=9,6%
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