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Introdução-à-Psicopedagogia-Institucional-e-Clínica

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Introdução à 
Psicopedagogia 
Institucional e Clínica
 
 02 
 
 
 
1. Noções Básicas em Psicopedagogia 4 
As Origens e Trajetória da Psicopedagogia 5 
Conceituações, Influências e Contribuições 9 
Seu Campo de Atuação 13 
Suas Divisões – Clínica e Institucional 14 
Psicopedagogia Clínica Enfocando a Hospitalar 16 
Psicopedagogia Institucional Enfocando 
a Educacional 18 
As Relações com as Demais Disciplinas 23 
Os Eixos Norteadores 
da Psicopedagogia Institucional 25 
 
2. Código de Ética da Associação Brasileira de 
Psicopedagogia 29 
Capítulo I - Dos Princípios 29 
Capítulo II - Das Responsabilidades 
dos Psicopedagogos 30 
Capítulo III - Das Relações com Outras Profissões 30 
Capítulo IV - Do Sigilo 31 
Parágrafo Único 31 
Capítulo V - Das Publicações Científicas 31 
Capítulo VI - Da Publicidade Profissional 32 
Capítulo VII - Dos Honorários 32 
Capítulo VIII - Das Relações com Saúde 
e Educação 32 
Capítulo IX - Da Observância e Cumprimento 
do Código de Ética 32 
Capítulo X - Das Disposições Gerais 32 
 
3. Referências Bibliográficas 34 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
1. Noções Básicas em Psicopedagogia 
 
 
 
á vamos entrando no campo da 
Psicopedagogia levantando al-
guns questionamentos que perpas-
sam pela ética, como por exemplo, o 
que o levou a cursar essa especiali-
zação? Qual papel exerce na socie-
dade? Quais seus objetivos? Onde 
quer chegar? Isto porque, queira-
mos ou não, a escolha de uma pro-
fissão vem sempre acompanhada de 
um código de ética direcionado ao 
exercício da atividade no meio am-
biente social onde se vai atuar. 
Essas questões são de foro 
íntimo, não podemos responder por 
vocês, mas podemos trazer à tona al-
gumas ideias que os levem a refletir 
e responder com toda sinceridade a 
que vieram. 
O campo da Psicopedagogia 
traz à tona o encontro com o prazer 
de trabalhar, de investigar, de 
aprender com os pacientes (alunos). 
Como diz Damasceno (s/d) é a busca 
criativa que nos leva a (des)apri-
sionar a inteligência, a tirar a cria-
tividade do casulo, a desprender-se, 
deixar solto o pensamento, o conhe-
cer e o crescer, porque desperta a 
crença no ser humano. 
Justifica-se a necessidade do 
Psicopedagogo dentro da escola, le-
vando em consideração que a maio-
ria delas ainda não possui, em sua 
equipe pedagógica, um profissional 
J 
 
 
5 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
que possa auxiliar a comunidade 
escolar, instrumentalizando-a teóri-
ca e metodologicamente para aten-
der a individualidade de cada edu-
cando no processo de construção de 
seus conhecimentos. 
Pois bem, vamos analisar a im-
portância da Psicopedagogia, a qual 
tem por objeto central de estudo o 
processo de aprendizagem humana, 
seus padrões evolutivos normais e 
patológicos, bem como a influência 
do meio (família, escola, sociedade) 
e especificamente, tentaremos de-
monstrar que as dificuldades esco-
lares não podem ser explicadas ape-
nas por um fator, mas que podem si-
tuar-se na criança, no meio familiar 
ou mesmo no meio escolar. 
 
As Origens e Trajetória da 
Psicopedagogia 
 
 
 
A psicopedagogia nasceu da 
necessidade de melhor compreen-
são do processo de aprendizagem e 
se tornou uma área de estudo espe-
cífica que busca conhecimento em 
outros campos e cria seu próprio ob-
jeto de estudo, ocupando-se do pro-
cesso de aprendizagem humana, 
seus padrões de desenvolvimento e a 
influência do meio nesse processo 
(FERREIRA, 2006). 
Na literatura francesa que 
sempre influenciou as ideias sobre 
psicopedagogia na Argentina (a 
qual, por sua vez, influenciou a prá-
xis brasileira) – encontra-se, entre 
outros, os trabalhos de Janine Mery, 
a psicopedagoga francesa que apre-
senta algumas considerações sobre o 
termo psicopedagogia e sobre a ori-
gem dessas ideias na Europa, e os 
trabalhos de George Mauco, funda-
dor do primeiro centro médico psi-
copedagógico na França, onde se 
percebeu as primeiras tentativas de 
articulação entre Medicina, Psicolo-
gia, Psicanálise e Pedagogia, na solu-
ção dos problemas de comporta-
mento e de aprendizagem (BOSSA, 
2000, p.37). 
Esses centros tentavam rea-
daptar crianças com comportamen-
tos socialmente inadequados na es-
cola ou no lar e atendiam crianças 
com dificuldades de aprendizagem 
apesar de serem inteligentes. 
Esperava-se através desta 
união Psicologia – Psicanálise – Pe-
dagogia, conhecer a criança e o seu 
meio, para que fosse possível com-
preender o caso para determinar 
uma ação reeducadora, e, diferen-
 
 
6 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
ciar os que não aprendiam, apesar 
de serem inteligentes, daqueles que 
apresentavam alguma deficiência 
mental, física ou sensorial era uma 
das preocupações da época. 
Observa-se que a psicopeda-
gogia teve uma trajetória significa-
tiva tendo inicialmente um caráter 
médico-pedagógico dos quais fa-
ziam parte da equipe do Centro Psi-
copedagógico: médicos, psicólogos, 
psicanalistas e pedagogos. 
Ferreira (2006) nos conta que 
há alguns anos atrás, a falta de cla-
reza a respeito dos problemas de 
aprendizagem, fazia com que os alu-
nos com dificuldades fossem enca-
minhados para profissionais de di-
versas áreas de atuação, sem uma 
resolução eficiente dos problemas. 
Em primeiro momento, no pe-
ríodo de Medicalização dos proble-
mas de aprendizagem, estas crian-
ças eram encaminhadas ao médico: 
pediatra e depois ao neurologista. 
Em segundo momento, deno-
minado Psicologização dos proble-
mas de aprendizagem, onde eram 
encaminhadas ao psicólogo, subme-
tendo a criança a uma bateria de 
testes. Frente a estas situações, não 
se chegava a uma explicação clara 
sobre as dificuldades da criança, foi-
se criando a consciência da necessi-
dade de formação de um único pro-
fissional apto a integrar conheci-
mentos e para atuar de maneira ob-
jetiva e eficaz, não só na resolução 
dos problemas escolares, mas tam-
bém que atuasse na prevenção dos 
mesmos, facilitando o vínculo do 
aluno com o processo de aprendiza-
gem e o resgate do prazer de apren-
der, melhorando assim, o desempe-
nho escolar do aluno. 
Assim nasceu a Psicopedago-
gia, cujo termo apresenta-se hoje 
com uma característica especial. De-
vido a complexidade dos problemas 
de aprendizagem, a Psicopedagogia 
se apresenta com um caráter multi-
disciplinar, que busca conhecimento 
em diversas outra áreas de conheci-
mento, além da psicologia e da peda-
gogia. É necessário ter noções de: 
 Linguística, para explicar co-
mo se dá o desenvolvimento 
da linguagem humana e sobre 
os processos de aquisição da 
linguagem oral e escrita; 
 Conhecimentos sobre o desen-
volvimento neurológico, sobre 
suas disfunções que acabam 
dificultando a aprendizagem; 
 Conhecimentos filosóficos e 
sociológicos, que nos oferece o 
entendimento sobre a visão do 
homem, seus relacionamentos 
a cada momento histórico e 
sua correspondente concepção 
de aprendizagem (Ferreira, 
2006). 
 
Sobre a corrente europeia que 
influenciou significativamente a Ar-
gentina, Bossa (2000) citando estu-
 
 
7 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
dos de Alícia Fernandez nos conta 
que a Psicopedagogia surgiu na Ar-
gentina há mais de 40 anos e foi em 
Buenos Aires, sua capital, a primeira 
cidade a oferecer o curso de Psicope-
dagogia, portanto, foram nos anos 
1970 que surgiram por lá, os Centros 
de Saúde Mental, onde equipes de 
psicopedagogos atuavam fazendo 
diagnóstico e tratamento. 
Estes psicopedagogos perce-
beram um ano após o tratamento, 
que os pacientes resolviam seus pro-
blemas de aprendizagem, mas de-
senvolviam distúrbios de personali-
dade como deslocamento de sinto-
ma. Resolveram então incluir o 
olhar e a escuta clínica psicanalítica, 
perfil atual do psicopedagogo argen-
tino (BOSSA, 2000). 
Ao Brasil, a Psicopedagogiachegou na década de 1970, cujas 
dificuldades de aprendizagem nesta 
época eram associadas a uma dis-
função neurológica denominada de 
Disfunção Cerebral Mínima (DCM) 
que virou moda neste período, ser-
vindo para camuflar problemas só-
cio-pedagógicos. Fora introduzida 
baseada nos modelos médicos de 
atuação e foi dentro desta concepção 
de problemas de aprendizagem que 
se iniciaram, a partir de 1970, cursos 
de formação de especialistas em Psi-
copedagogia na Clínica Médico-
Pedagógica de Porto Alegre, com a 
duração de dois anos (BOSSA, 2000, 
p. 48-52). 
De acordo com Visca apud Bo-
ssa (2000, p. 21), a Psicopedagogia 
foi inicialmente uma ação subsidia-
da da Medicina e da Psicologia, per-
filando-se posteriormente como um 
conhecimento independente e com-
plementar, possuída de um objeto 
de estudo, denominado de processo 
de aprendizagem, e de recursos 
diagnósticos, corretores e preven-
tivos próprios. 
Com esta visão de uma forma-
ção independente, porém comple-
mentar destas duas áreas, o Brasil 
recebeu contribuições para o desen-
volvimento da área psicopedagógi-
ca, de profissionais argentinos tais 
como: Sara Paín, Jacob Feldmann, 
Ana Maria Muniz, Jorge Visca, den-
tre muitos outros. 
 
 
 
O professor argentino Jorge 
Visca, tido como um dos maiores 
contribuintes da difusão psicope-
dagógica no Brasil, foi o criador da 
 
 
8 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Epistemologia Convergente, linha 
teórica que propõe um trabalho com 
a aprendizagem utilizando-se da in-
tegração de três linhas da Psicologia: 
1. Escola de Genebra: Psicoge-
nética de Piaget (já que ninguém po-
de aprender além do que sua estru-
tura cognitiva permite); 
2. Escola Psicanalítica: Freud (já 
que dois sujeitos com igual nível 
cognitivo e distintos investimentos 
afetivos em relação a um objeto 
aprenderão de forma diferente); 
3. Escola de Psicologia Social de 
Enrique Pichon Rivière: (pois se 
ocorresse uma paridade do cogniti-
vo e afetivo em dois sujeitos de dis-
tinta cultura, também suas aprendi-
zagens em relação a um mesmo ob-
jeto seriam diferentes, devido às in-
fluências que sofreram por seus 
meios socioculturais). 
 
Assim, a análise do sujeito 
através de correntes distintas do 
pensamento psicológico concebeu 
uma proposta de diagnóstico, de 
processo corretor e de prevenção, 
dando origem ao método clínico psi-
copedagógico, que influencia os pro-
fissionais até o presente momento. 
 
“[...] Quando se fala de psico-
pedagogia clínica, se está fazen-
do referência a um método com 
o qual se tenta conduzir à 
aprendizagem e não a uma cor-
rente teórica ou escola. Em con-
cordância com o método clínico 
podem-se utilizar diferentes 
enfoques teóricos. O que eu 
preconizo é o da epistemologia 
convergente (VISCA, 1987, p. 
16 apud BOSSA, 2000).” 
 
A psicopedagogia tem sofrido 
influências de diversas correntes 
teóricas ao longo de sua existência. 
A partir da década de 1950/ 
1960, no seu início, tinha uma visão 
médica, enfocando o problema que 
acontecia com o sujeito com relação 
à aprendizagem. Esta visão partia de 
uma abordagem neuropsicológica, 
uma vez que existindo um problema 
de aprendizagem, este deveria ser 
sanado investigando-se qual dificul-
dade apresentada pelo sujeito, que 
ocasionava o fracasso escolar 
(SCHMID, 2006). 
Na década de 1960/1970, per-
meou-se pela visão behaviorista, ou 
seja, parou de abordar as falhas e 
começou a trabalhar os condicio-
namentos, avaliando o desempenho 
do sujeito. 
Na década de 1980, seu estudo 
começa a possuir uma visão social, 
dialética devido à influência da teo-
ria de Vygotsky que considera rele-
vante o meio social do sujeito para 
sua aprendizagem. Neste momento, 
surge o profissional psicopedago-
go/educador interdisciplinar, que 
dá importância ao processo de 
aprendizagem. Começa-se a pensar 
porque este sujeito fracassa e não 
 
 
9 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
mais como ele fracassa, levando-se 
em conta o meio social do sujeito. 
Já na década de 1990 até hoje, 
sua visão passou a ser de interdis-
ciplinaridade, sofrendo influência 
da Psicolinguística, neurociências e 
sociologia. 
Segundo a Associação Brasi-
leira de Psicopedagogia (ABPp, s/d) 
a Psicopedagogia no Brasil en-
quanto área de atuação é sustentada 
por referenciais teóricos, isto é uma 
práxis psicopedagógica. É reconhe-
cida academicamente através das 
produções científicas materializadas 
em teses, publica-ções e reuniões 
científicas organizadas pelo órgão de 
classe (ABPp) e por outros órgãos 
representados pelos profissionais e 
áreas afins. Diferentemente dos pri-
mórdios do movimento educacio-
nal preocupado em com-preender as 
razões do insucesso das crianças na 
escola, buscando apenas no aluno as 
respostas, a tendência contemporâ-
nea é considerar o insucesso en-
quanto sintoma social e não apenas 
como uma patologia do aluno. 
Hoje é inegável o reconheci-
mento da contribuição social e cien-
tífica da Psicopedagogia e dos Psico-
pedagogos na realidade brasileira. 
Embora nossa referência seja a Psi-
copedagogia, enquanto área de atua-
ção preocupada com a questão da 
aprendizagem humana, sabemos 
que muitos são os estilos dos psico-
pedagogos, pois cada um os constrói 
a partir de sua singularidade, a qual 
determina as diferentes opções pe-
los modelos e referenciais teóricos. 
Entende-se que existe uma 
profunda relação e entrelaçamento 
entre os aspectos teóricos, a forma-
ção e o modus operandi do profis-
sional. Como não há uniformidade 
de modelos teóricos, não há uma 
única práxis psicopedagógica. O 
fundamental é desencadear a cons-
ciência do compromisso na forma-
ção profissional. É a formação con-
tinuada que fundamenta a práxis 
psicopedagógica. Para que o tripé 
modelos teóricos/ formação/ modus 
operandi se sustente, hoje é preciso 
fazer uma distinção entre legitimi-
dade e legalização. A legitimidade da 
Psicopedagogia enquanto práxis e 
do Psicopedagogo enquanto profis-
sional, já foi alcançada. É preciso 
agora legalizar/oficializar através de 
leis o que já está legitimado (ABPP, 
s/d). 
 
Conceituações, Influências e 
Contribuições 
 
A Psicopedagogia é um campo 
do conhecimento que se propõe a in-
tegrar, de modo coerente, conheci-
mentos e princípios de diferentes 
ciências humanas com a meta de ad-
quirir uma ampla compreensão so-
bre os variados processos inerentes 
 
 
10 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
ao aprender humano (BEAU-
CLAIR, 2004). 
Enquanto área de conheci-
mento multidisciplinar interessa a 
Psicopedagogia, compreender como 
ocorrem os processos de aprendi-
zagem e entender as possíveis difi-
culdades situadas neste movimento. 
Para tal, faz uso da integração e 
síntese de vários campos do conhe-
cimento, tais com a Psicologia, a 
Psicanálise, a Filosofia, a Psicologia 
Transpessoal, a Pedagogia, a Neu-
rologia, entre outros. 
A Psicopedagogia é um corpo 
de conhecimentos estruturada de 
diferentes maneiras. A seguir desta-
camos algumas definições. 
De acordo com Alves e Bossa 
(2006) a Psicopedagogia é um cam-
po no qual floresceu o conceito de 
sujeito autor, é uma área de estudo 
interdisciplinar que olha para o su-
jeito como um todo no contexto no 
qual está inserido, que estuda os ca-
minhos do sujeito que aprende e 
apreende, adquire, elabora, sabo-
reia e transforma em saber o conhe-
cimento. A concepção de sujeito au-
tor como aquele que constrói seu 
pensamento se faz presente através 
de um “corpo” que sente, existe, ama 
e proclama sua liberdade de ser, de 
estar e viver no eterno presente, no 
eterno agora. 
Para Bossa (2000) a Psicope-
dagogia é concebida com uma confi-
guração clínica, ainda que sua práti-
ca se dê em um enfoque preventivo 
e, esse caráter clínico significa levar 
em contaa singularidade do proces-
so a ser investigado, recorrendo tan-
to aos diagnósticos e intervenções 
que lhe são comuns no trabalho ins-
titucional e clínico. Para a autora, o 
termo distingue-se em três conota-
ções: 
1. Como uma prática; 
2. Como um campo de investiga-
ção do ato de aprender e, 
3. Como uma saber científico. 
 
A Psicopedagogia é entendida 
como uma área de aplicação que an-
tecede o status de área de estudos, a 
qual tem procurado sistematizar um 
corpo teórico próprio, definir o seu 
objeto de estudo e delimitar o seu 
campo de atuação. 
Segundo a mesma autora, a 
Psicopedagogia deve se ocupar do 
estudo da aprendizagem humana e, 
portanto, preocupar-se inicialmente 
com o processo de aprendizagem 
(como se aprende, como essa apren-
dizagem varia evolutivamente e está 
condicionada por diversos fatores, 
como se produzem as alterações na 
aprendizagem, como reconhecê-las, 
tratá-las e preveni-las). 
Seu objeto de estudo é, por-
tanto, um sujeito a ser estudado por 
outro sujeito. Esse estudo pode ser 
 
 
11 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
através de um trabalho clínico ou 
preventivo. 
O primeiro se dá na relação 
entre um sujeito com sua história 
pessoal e sua modalidade de apren-
dizagem buscando compreender a 
mensagem de outro sujeito, implí-
cita no não aprender. Nesse proces-
so, investigador e objeto-sujeito 
interagem constantemente. 
No segundo, a instituição (es-
paço físico e psíquico da aprendiza-
gem) é objeto de estudos uma vez 
que são avaliados os processos didá-
tico-metodológicos e a dinâmica ins-
titucional que interferem no proces-
so de aprendizagem. 
A psicopedagogia, hoje, é en-
tendida num contexto de interdisci-
plinaridade, sem, contudo, perder 
de vista que „os diferentes níveis de 
realidade são acessíveis ao conheci-
mento humano graças à existência 
de diferentes níveis de percepção, 
que se acham em correspondência 
biunívoca com os níveis de realida-
de [...] sem jamais difere-la comple-
tamente (RUBINSTEIN, 1996, 
p.23). 
A mesma autora (1999) nos dá 
uma boa pista quando ressalta que a 
Psicopedagogia deve ser compreen-
dida como uma práxis dinâmica, 
tanto em seu contexto interno, isto 
é, no interior da relação terapêuti-
ca, no processo, nos recursos e nece-
ssidades do paciente, como no con-
texto externo, no sentido que as dife-
rentes concepções teóricas que sus-
tentam a prática estão muito relacio-
nadas com o percurso acadêmico e 
com o contexto particular de forma-
ção pessoal do profissional que exer-
ce a função. 
Deste modo, a psicopedagogia 
é uma ciência que abre espaço para 
descobertas, investigações, que cria 
condições e viabiliza espaços para a 
troca e consequente expansão do co-
nhecimento, que permite o inter-
câmbio cultural das ciências que se 
reportam ao entendimento do su-
jeito, que permite ao ser humano ser 
autor de seu pensamento, e que per-
mite, portanto, a viagem e a intera-
ção entre o velho e o novo, entre o 
tradicional e o moderno, entre o 
ideal e o real, entre o masculino e o 
feminino, entre o subjetivo e o ob-
jetivo. É uma ciência capaz de unir, 
integrar, viabilizar, promover, por-
tanto, é a ciência que se reporta ao 
ser aprendente, ao que dá ao ser 
humano a condição de constituir-se 
na aprendizagem e esse processo se 
dá desde o seu nascimento e per-
petua até sua morte. 
A psicopedagogia lida com o 
processo de aprendizagem e traba-
lha com a construção do ser cognos-
cente, capaz de construir seu próprio 
conhecimento, isto é, a psicopeda-
gogia, ao longo dos tempos, passou a 
objetivar a reconstrução, integração 
 
 
12 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
e expansão do sujeito na construção 
de sua autonomia e o eu cognos-
cente e sua relação com a aprendi-
zagem (SCHMID, 2006). 
Pode auxiliar no enfrenta-
mento da exclusão e na luta pela não 
exclusão através de pesquisas e pro-
duções científicas, orientação e ação 
pontual sobre as situações já exis-
tentes e prevenção tanto no grupo 
familiar, quanto escolar. 
Entre as possíveis ações, a Psi-
copedagogia pode: 
 Propiciar a reflexão na escola, 
auxiliá-la a repensar seus valo-
res e crenças com relação à 
diver-sidade e à igualdade; 
 Auxiliar os pais a pensarem 
sobre as dificuldades de seus 
filhos e perceberem se a insis-
tência a respeito da inclusão 
não está atrelada à negação da 
dificuldade; 
 Auxiliar a escola a encontrar 
saídas metodológicas e avalia-
tivas não exclusivas; 
 Divulgar uma proposta de tra-
balho grupal, descentralizador 
do papel do professor; 
 Divulgar o ensino pela pesqui-
sa, para que todos possam par-
ticipar, independente de suas 
dificuldades. 
 
Ela ainda possibilita uma no-
va reflexão sobre o contexto socio-
político e sobre a diferença na socie-
dade, levando também a repensar 
sobre o papel do profissional da saú-
de e da educação na questão da in-
clusão. 
Junto à Educação tem como 
papel, instituir caminhos entre os 
opostos que liguam o saber e o não 
saber, o acesso ao conhecimento e a 
falta desse acesso, a facilidade e a 
dificuldade, a rapidez e a lentidão e 
outros opostos que possam se apre-
sentar em um processo de apren-
dizagem. 
Segundo Barbosa (2006) o 
campo que se esboça é vasto; olhar a 
diferença sem perder a dimensão da 
igualdade é um dos maiores desafios 
educacionais neste século. E en-
quanto uma das áreas responsáveis 
pela aprendizagem, a psicopedago-
gia tem muito a aprender e muito a 
contribuir. 
Segundo Moojen (1983), ao 
conceituarmos a Psicopedagogia, 
deveremos proceder com cautela, 
pois um conceito teórico deve aten-
der a determinadas características, 
devendo ser: dinâmico, histórico, 
flexível e contextualizado. Diferen-
temente do que ocorre na conceitua-
lização apresentada pelo Dicionário 
Aurélio da Língua Portuguesa. Pois, 
segundo o dicionário, A Psicopeda-
gogia é “a aplicação da psicologia ex-
perimental à Pedagogia”. E, segundo 
a autora, esta definição é restrita pa-
ra a ação Psicopedagógica, mas, que 
foi originada como um reflexo das 
 
 
13 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
concepções iniciais da Psicopedago-
gia na década de 1950 e de 1960. 
Esclarecendo ainda que mesmo com 
a falta de nitidez conceitual e de 
identificação do corpo teórico psico-
pedagógico, encontra-se em nosso 
país, uma prática psicopedagógica 
bastante eficaz. 
 
Seu Campo de Atuação 
 
 
 
Sabendo que, na verdade, a 
Psicopedagogia situa-se em um 
campo que, ao atuar de forma pre-
ventiva e terapêutica, posiciona-se 
para compreender os processos do 
desenvolvimento e das aprendiza- 
gens humanas, recorrendo a várias 
áreas e estratégias pedagógicas ob-
jetivando se ocupar dos problemas 
que podem surgir nos processos de 
transmissão e apropriação dos co-
nhecimentos (possíveis dificuldades 
e transtornos), o papel essencial do 
psicopedagogo vem a ser o de me-
diador em todo esse movimento. 
Beauclair (2004) analisa que 
se for além da simples junção dos 
conhecimentos da Psicologia e da 
Pedagogia, o psicopedagogo pode 
atuar em diferentes campos de ação, 
situando-se tanto na Saúde como na 
Educação, já que seu fazer visa 
compreender as variadas dimensões 
da aprendizagem humana, que, 
afinal, ocorrem em todos os espaços 
e tempos sociais. 
A questão da aprendizagem é, 
então, uma questão central da psico-
pedagogia, existindo milhões de teo-
rias para diferenciá-la, mas que nun-
ca será explicada totalmente, porque 
todos fazem parte da aprendizagem. 
Ela é processo, é vida, não é finito, 
ou melhor, só deixa-se de aprender 
quando morre, pois é esta a última 
aprendizagem (BEAUCLA-IR, 
2004). 
Pensando assim, para Gaspa-
rian (2006), nenhuma teoria de 
aprendizagem será abrangente para 
se trabalhar, então trabalha-se parte 
deste todo que pode representar o 
todo,mas não é o todo, porque o 
todo é muito mais do que a soma de 
suas partes. 
Uma situação é certa, o psico-
pedagogo tem que trabalhar dentro 
das diferenças, entrar de cabeça 
dentro de um paradoxo que faz parte 
de nossa vida, por isso tem que ter 
muita reflexão. 
 
 
 
14 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Suas Divisões – Clínica e Insti-
tucional 
 
Partindo da premissa que a 
ciência Psicopedagogia apresenta 
um campo de atuação vasto, ao seu 
profissional cabe assumir com dis-
cernimento e compromisso sua 
complexa tarefa e ainda, construí-la 
sob base sólida de formações teóri-
co-práticas. Antes de seguirmos pa-
ra os campos mais conhecidos de 
sua atuação, vamos discorrer um 
pouco sobre esse profissional: o Psi-
copedagogo! 
Formado em cursos de pós-
graduação ou especialização (curso 
regulamentado pelo MEC com carga 
horária mínima de 360 hs), esse pro-
fissional reúne conhecimento de vá-
rias áreas e estratégias pedagógicas 
e psicológicas que o possibilita vol-
tar-se para o processo de desenvol-
vimento e aprendizagem, atuando 
numa linha preventiva e/ou tera-
pêutica. 
Sua contribuição na dinâmica 
escolar é muito importante. Sua ati-
vidade caracteriza-se pelo aspecto 
interacional, ou seja, pode fazer par-
te de uma equipe interdisciplinar 
atuando nas questões de discussão 
de problemática docente, discente e 
administrativa. 
Contribuirá das diversas for-
mas, tendo em vista que o profissio-
nal de Psicopedagogia tem bem cla-
ro como se processa a evolução do 
pensamento (LIMA, 2003). 
Algumas de suas atuações pos-
síveis: 
 Assessorar e esclarecer a es-
cola a respeito de diversos as-
pectos do processo de ensino-
aprendizagem; 
 Esclarecer que as dificuldades 
de aprendizagem não têm co-
mo causas apenas deficiências 
do aluno, mas como conse-
quências de problemas escola-
res advindos da organização 
da instituição, dos métodos de 
ensino; 
 Ao trabalhar com conceitos e 
pré-requisitos para a aprendi-
zagem, auxilia para que as si-
tuações de ensino sejam orga-
nizadas de acordo com o de-
senvolvimento; 
 Auxilia a determinar priorida-
des com relação aos objetivos 
educacionais junto à equipe 
curricular. 
 
Ao considerar os problemas de 
aprendizagem do ponto de vista sis-
têmico, evidencia-se a relevância pa-
ra que o indivíduo possa ser traba-
lhado no seu ambiente escolar, dei-
xando assim que sejam encaminha-
dos para serviços especiais os casos 
mais sérios, que necessitam de 
diagnóstico especializado e exames 
complementares. 
Nessa linha de pensamento 
atuará terapeuticamente na escola 
de modo a: 
 
 
15 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
 Preparar o professor para rea-
lização de atendimentos peda-
gógicos individualizados, 
 Auxiliar na compreensão de 
problemas na sala de aula, 
permitindo ao professor ver 
alternativas de ação e ver co-
mo as demais técnicas podem 
intervir; 
 Participar no diagnóstico dos 
distúrbios específicos da 
aprendizagem; 
 Atender pequenos grupos de 
alunos. 
 
O Psicopedagogo preocupa-se 
fundamentalmente, com que as ex-
periências de aprendizagem sejam 
prazerosas para o indivíduo e, sobre-
tudo, que sejam estruturalizantes, 
isto é, que promovam o desenvolvi-
mento das capacidades de Ego para 
lidar com o meio ambiente, numa 
linha de evolução o mais natural po-
ssível (LIMA, 2003). 
Na sua função preventiva, ca-
be ao psicopedagogo: 
 Detectar possíveis perturba-
ções no processo de aprendi-
zagem; 
 Participar da dinâmica das re-
lações da comunidade educati-
va afim de favorecer o proce-
sso de integração e troca; 
 Promover orientações meto-
dológicas de acordo com as 
características dos indivíduos 
e grupos; 
 Realizar processo de orien-
tação educacional, vocacional 
e ocupacional, tanto na forma 
individual quanto em grupo. 
 
 
 
Segundo Macedo (1992), o psi-
copedagogo no Brasil ocupa-se das 
seguintes atividades: 
 Orientação de estudos: 
consiste em organizar a vida 
escolar da criança quando esta 
não sabe fazê-lo espontânea-
mente. Procura-se promover o 
melhor uso do tempo, a ela-
boração de uma agenda e tudo 
aquilo que é necessário ao “co-
mo estudar” (como ler um tex-
to, como escrever, como estu-
dar para prova, etc.). 
 Apropriação dos conteú-
dos escolares: o psicopeda-
gogo visa propiciar domínio de 
disciplinas escolares em que a 
criança não vem tendo um 
bom aproveitamento. Ele se 
diferencia do professor parti-
cular, pois o conteúdo escolar 
é usado apenas como uma es-
tratégia para ajudar e fornecer 
ao aluno o domínio de si pró-
prio e as condições necessárias 
ao desenvolvimento cognitivo. 
 
 
16 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
 Desenvolvimento do ra-
ciocínio: trabalho feito com 
os processos de pensamento 
necessários ao ato de apren-
der. Os jogos são muito utili-
zados, pois são férteis no sen-
tido de criarem um contexto 
de observação e diálogo sobre 
processos de pensar e de cons-
truir o conhecimento. Este 
procedimento pode promover 
um desenvolvimento cognitivo 
maior do que aquele que as 
escolas costumar conseguir. 
 Atendimento de crianças: 
A psicopedagogia se presta a 
atender deficientes mentais, 
autistas ou com comprometi-
mentos orgânicos mais graves, 
podendo até substituir o tra-
balho da escola. 
 O campo de atuação passa ba-
sicamente pela clínica que en-
volve diagnóstico, avaliação e 
intervenção e pela prevenção. 
A distinção entre o trabalho 
clínico e o preventivo é funda-
mental. O primeiro visa buscar 
os obstáculos e as causas para 
o problema de aprendizagem 
já instalado; e o segundo, es-
tudar as condições evolutivas 
da aprendizagem apontando 
caminhos para um aprender 
mais eficiente. 
 As áreas de estudo se tradu-
zem na observação de dife-
rentes dimensões no processo 
de aprendizagem: orgânico, 
cognitivo, emocional, social e 
pedagógico (posteriormente 
em outra apostila veremos em 
detalhes cada dimensão). “A 
interligação desses aspectos 
ajudará a construir uma visão 
gestáltica da pluricausalidade 
deste fenômeno, possibilitan-
do uma abordagem global do 
sujeito em suas múltiplas fa-
cetas” (WEISS, 1992, p. 22). 
 
Psicopedagogia Clínica Enfo-
cando a Hospitalar 
 
A Psicopedagogia Clínica tem 
como missão retirar as pessoas de 
sua condição inadequada de apren-
dizagem, dotando-as de sentimen-
tos de alta auto- estima, fazendo-se 
perceber suas potencialidades, recu-
perando desta forma, seus processos 
internos de apreensão de uma rea-
lidade, nos aspectos: cognitivo, afe-
tivo-emocional e de conteúdos aca-
dêmicos. 
Segundo Schroeder e Macking 
(2006), cabe ao Psicopedagogo Clí-
nico ou terapêutico as seguintes mi-
ssões: 
 Avaliar e diagnosticar as con-
dições da aprendizagem, iden-
tificando as áreas de compe-
tência e de insucesso do apren-
dente; de acordo com Bossa 
(2000, p.102), em geral, no 
diagnóstico clínico, além de 
entrevistas e anamnese, utili-
zam-se provas psicomotoras, 
provas de linguagem, provas 
de nível mental, provas peda-
gógicas, provas de percepção, 
provas projetivas e outras, 
 
 
17 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
conforme o referencial teórico 
adotado pelo profissional. 
 Realizar devolutivas para os 
pais ou responsáveis, para a 
escola e para o aprendente; 
 Atender o aprendente, estabe-
lecendo um processo corretor 
psicopedagógico com o objeti-
vo de superar as dificuldades 
encontradas na avaliação; 
 Orientar os pais quanto às 
suas atitudes para com seus 
filhos, bem como professores 
para com seus alunos; 
 Pesquisar e conhecer a etiolo-
gia ou a patologia do apren-
dente, com profundidade. 
 
O Psicopedagogo é um profis-
sional que deverá ter conhecimentos 
multidisciplinares para usar na ava-
liação diagnóstica, uma vez que é 
preciso estabelecer e interpretar da-
dos em várias áreas, tais como: audi-
tiva e visual, motora, intelectual, 
cognitiva, acadêmicae emocional. 
Este conhecimento favorecerá tam-
bém a escolha da metodologia mais 
adequada para ajudar o aprendente 
a superar suas inadequações. 
Deve ainda pautar seu traba-
lho clínico procurando escutar com 
sensibilidade, pois seu trabalho é de 
cunho investigatório, interventivo e 
contínuo, e assim, mobilizar ações 
que venham levantar hipóteses so-
bre as possíveis causas que estão in-
tervindo no processo de construção 
da aprendizagem. 
Os instrumentos utilizados 
nesta modalidade são: entrevistas 
com a família, entrevistas com o su-
jeito, contato com a escola e com 
outros profissionais que venha com-
plementar o diagnóstico e, por fim, a 
devolutiva, na qual o profissional so-
licitado irá fazer uma síntese do pro-
cesso que foi realizado, durante o 
período terapêutico, pontuando a 
necessidade ou não de encaminhar o 
aluno para um outro especialista 
(SANTOS et al, 2002). 
É preciso falar ainda que den-
tro da psicopedagogia clínica, temos 
a modalidade hospitalar, local que 
também é uma instituição, pois o 
psicopedagogo poderá trabalhar 
com crianças hospitalizadas e seu 
processo de aprendizagem, poderá 
também estar trabalhando com a 
equipe multidisciplinar dessa insti-
tuição, tais como psicólogos, assis-
tentes sociais, enfermeiros e mé-
dicos. 
No ambiente hospitalar, o psi-
copedagogo busca compreender o 
modo como se dá a construção do 
conhecimento e que fatores podem 
facilitar ou intervir nesse processo 
dentro do hospital. A aprendizagem 
irá ocorrer, embora intuitivamente, 
com todos que mantenham alguma 
ligação com a instituição hospitalar, 
uma vez que ela se dá a partir das 
relações de uns com os outros e com 
o ambiente em que estão inseridos, 
 
 
18 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
onde as pessoas influenciam e são 
influenciadas ao mesmo tempo, nu-
ma troca constante de experiências e 
saberes. 
Assim, o trabalho do psicope-
dagogo no hospital não objetiva só o 
paciente, a criança ou adolescente 
em hospitalização, mas pode esten-
der-se também às mães ou acompa-
nhantes, aos funcionários, ao moto-
rista da ambulância que vem do in-
terior do Estado, ao vendedor ambu-
lante da calçada, enfim, qualquer 
pessoa que faça parte, de alguma 
forma, do dia-a-dia do hospital. 
O psicopedagogo será o profis-
sional que buscará compreender co-
mo as pessoas constroem seu saber 
no ambiente hospitalar intervindo 
de forma a integrar o indivíduo ou o 
grupo a realidade da instituição e 
dela tirar algum proveito. 
Já Psicopedagogia em hospita-
lização, refere-se especificamente ao 
paciente. No momento em que ele 
entra em contato com a realidade do 
hospital, passa a se relacionar com 
pessoas, objetos, vocabulários e sen-
timentos novos, passando a fazer 
parte, interagir e se envolver com es-
sa nova realidade, mesmo sem per-
ceber. E se “aprender é estar com-
pletamente envolvido naquilo, é es-
tar presente,” como afirma Pedro 
Demo (2001, p. 50) em entrevista a 
revista NOVA ESCOLA, existe aí, 
sem dúvida alguma, um ambiente 
propício para a aprendizagem que, 
como sabemos, não se limita ao es-
paço escolar ou a um determinado 
período da vida da criança e muitos 
menos depende da sua condição 
física. 
 
Psicopedagogia Institucional 
Enfocando a Educacional 
 
Institucionalmente, no am-
biente escolar, o psicopedagogo po-
de trabalhar prestando assessoria 
aos professores e demais educadores 
para que estes possam melhorar a 
qualidade de sua atuação, através de 
reflexões sobre questões pedagógi-
cas e de novas alternativas de traba-
lho, propiciando a análise de como 
acontece o processo de ensino-
aprendizagem, frisando sempre a 
importância dos fatores orgânicos, 
cognitivos, afetivos/sociais e peda-
gógicos, na construção do conheci-
mento pelos indivíduos cognoscen-
tes. Além disso, a sua função tam-
bém perpassa a instalação de um cli-
ma de cooperatividade entre todos 
os profissionais da escola, possibili-
tando a participação destes, na cons-
trução do Projeto Pedagógico, em 
discussões sobre situações e casos 
especiais ocorridos com os alunos. 
Segundo Gasparian (2006) 
deve ser parceiro da professora, en-
trar na classe, construir junto com 
ela, detectar os nichos das crianças 
 
 
19 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
rejeitadas, das crianças atentas, das 
desatentas, das que faltam, etc., en-
fim, construir um perfil da classe. 
Ainda falando sobre a atuação 
do psicopedagogo na escola, esta 
também configura-se no atendimen-
to aos alunos com problemas de 
aprendizagem já instalados (reali-
zando atividades com grupos) bem 
como, na prevenção dos mesmos, 
buscando realizar um trabalho glo-
bal junto aos alunos, através do de-
senvolvimento do raciocínio e resga-
te da autoestima, a fim de despertar 
o prazer e a vontade de aprender 
(SANTOS et al, 2002). 
Enfim, ele atua sempre no 
campo clínico-preventivo porque es-
tá sempre interferindo no processo 
de ensino e aprendizagem, podendo 
trabalhar com formação continuada 
de professores, de reflexão sobre cu-
rrículos e programas junto com a co-
ordenação pedagógica, atuando jun-
to com famílias e comunidade e com 
alunos com dificuldades de aprendi-
zagem detectando fraturas neste 
processo. 
Caso o aluno precise de uma 
orientação mais específica ele de-
verá diferenciá-lo para um trabalho 
individual (clínico), mas depois de 
verificar se o aluno tem ou não um 
comprometimento cognitivo ou se é 
apenas defasagem de conteúdo es-
colar. É um trabalho complexo e re-
quer do profissional sensibilidade 
para detectar essas dificuldades e as 
reais necessidades da escola. 
Já nas empresas, sua atuação é 
pautada em ajudar nas relações en-
tre as pessoas, e destas com a empre-
sa, percebendo que esta é parceira e 
não rival, ajudando na construção e 
aplicação da ética, da moral e da 
criatividade humana. 
Enfim, o psicopedagogo vai 
trabalhar a pessoa do professor, do 
gerente, o que ele tem de melhor, o 
aqui e agora, é um trabalho bem ges-
táltico, é um trabalho de transfor-
mação, que segundo Gasparian 
(2006) fará com que o professor não 
veja o seu aluno como inimigo, que o 
gerente não veja que o seu subor-
dinado quer pegar o seu lugar, mas 
que se vejam como parceiros, sem-
pre um trabalho de parceria. 
Esse profissional pode traba-
lhar também com as classes de EJA. 
A partir da influência que 
exerce no âmbito da educação, o psi-
copedagogo, portanto, precisa utili-
zar seu papel articulador para auxi-
liar no enfrentamento das dificulda-
des que o processo de inclusão pode 
trazer. 
A escola regular ao oferecer o 
ensino fundamental tem como obje-
tivo a educação da criança, esque-
cendo-se que o adulto não teve aces-
so à escola na idade certa e que se 
encontra à margem do conhecimen-
to e do saber, necessitando, pois de 
 
 
20 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
apoio pedagógico e psicopedagó-
gico. 
Hoje, a inclusão dos jovens e 
adultos nos projetos de alfabetiza-
ção tem nascido basicamente da 
exigência do mercado de trabalho, 
onde o ensino fundamental não sig-
nifica somente acesso ao mesmo, 
mas principalmente permanência, 
para isto é indispensável que os di-
versos setores da sociedade bus-
quem inserir e possibilitar a perma-
nência na escola, para que os cida-
dãos possam participar ativamente 
da sociedade, da vida cidadã, cul-
tural e política do seu país. 
Para Fernández (1994), quem 
não conhece morre para a vida, não 
existindo o conhecimento não há lu-
gar para a sexualidade humana, para 
o trabalho, para a procriação de fi-
lhos, de novos seres humanos que, 
reproduzindo os velhos, ressignifi-
cam a história. 
No momento em que o ser hu-
mano ressignifica sua aprendizagem 
no nível desejante, o papel da escola, 
do professor, do psicopedagogo e da 
sociedade, sãofundamentais princi-
palmente por não ocultar ao apren-
diz o caráter de sujeito pensante. 
Sobre sua metodologia de tra-
balho, sabe-se que ele se torna mais 
completo se a família estiver inte-
grada às relações do aprendiz com a 
psicopedagoga, mas no caso do 
aprendiz-adulto, se torna mais difí-
cil, uma vez que pode existir um blo-
queio em sua aprendizagem. 
Segundo Tfouni (1995), '”para 
que ocorra o letramento e alfabeti-
zação, é necessário analisar a socie-
dade letrada'”, isto é, na instituição 
de ensino superior e mesmo nas es-
colas regulares, as práticas de leitura 
e escrita são práticas cotidianas, 
com grande estímulo visual, pois 
vive-se entre letras, símbolos e ima-
gens, o que não ocorre, obviamente 
no ambiente comum das classes de 
EJA, assim, essas dificuldades de 
aprendizagem devem ser encaradas 
no mínimo com muita cautela e 
alguma desconfiança. 
Na mesma linha, temos Orlan-
di (1987) quando diz que os conhe-
cimentos não são compartilhados 
homogeneamente, mas sim distri-
buídos socialmente, contribuindo 
para uma desigualdade visível. 
Portanto, metodologicamente, 
um diagnóstico bem aplicado e ana-
lisado pelo psicopedagogo pode tra-
zer uma situação presente, desde o 
real, como trampolim para investi-
gar o lugar do paciente designado 
problema de aprendizagem, como 
depositário da enfermidade de todo 
o grupo familiar, como signo de um 
conjunto de vínculos alterados, co-
mo porta-voz ou intérprete dos não 
ditos familiares, etc. (FERNÁNDEZ, 
1991). 
 
 
21 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Finalizando e baseando em 
Fernández (1994), que afirma ser a 
aprendizagem a apropriação, a re-
construção do conhecimento do ou-
tro, a partir do saber pessoal, as pa-
tologias na aprendizagem, tanto in-
dividual como social, correspondem 
a uma não coincidência entre o co-
nhecimento e o saber, vindo, então o 
psicopedagogo tem a missão de ana-
lisar os fatores inconscientes, pro-
movendo uma intervenção re (cons-
trutiva) sobre essas determinações 
inconscientes que permeiam o ensi-
no-aprendizagem, abrindo espaços 
de liberdade humana, de pensar, de 
ser e de agir. 
O psicopedagogo atua de for-
ma preventiva e terapêutica, posi-
cionando-se para compreender os 
processos do desenvolvimento e das 
aprendizagens humanas, recorren-
do a várias áreas e estratégias peda-
gógicas objetivando se ocupar dos 
problemas que podem surgir nos 
processos de transmissão e apro-
priação dos conhecimentos (possí-
veis dificuldades e transtornos) 
(BEAUCLAIR, 2004). 
De acordo com o Código Bra-
sileiro de Ocupações (CBO) na ocu-
pação de um Psicopedagogo são ne-
cessárias algumas habilidades e 
competências tais como: 
 Implantar e executar, 
 Avaliar e coordenar a (re) con-
strução do projeto pedagógico 
de escolas de educação infan-
til, de ensino médio ou ensino 
profissionalizante com a equi-
pe escolar. 
 No desenvolvimento das ativi-
dades, viabilizar o trabalho pe-
dagógico coletivo e facilitar o 
processo comunicativo da co-
munidade escolar e de asso-
ciações a ela vinculadas. 
 Atuar nas atividades de ensino 
nas esferas públicas e pri-
vadas. 
 
São estatutários ou emprega-
dos com carteira assinada; traba-
lham tanto individualmente como 
em equipe interdisciplinar, com su-
pervisão ocasional, em ambientes 
fechados e em horário diurno e no-
turno. Em algumas atividades po-
dem trabalhar sob pressão, levando-
os à situação de estresse. O exercício 
dessas ocupações requer curso su-
perior na área de educação ou áreas 
correlatas. O desempenho pleno das 
atividades ocorre após três ou qua-
tro anos de exercício profissional 
(CBO, 2002). 
Numa instituição visa a forta-
lecer-lhe a identidade, bem como 
buscar o resgate das raízes dessa ins-
tituição, ao mesmo tempo em que 
procura sintonizá-la com a realidade 
que está sendo vivenciada no mo-
mento histórico atual, buscando 
adequar essa escola às reais deman-
das da sociedade. 
 
 
22 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Durante todo o processo edu-
cativo, procura investir numa con-
cepção de ensino-aprendizagem 
que: 
 Fomente interações interpes-
soais; 
 Incentive os sujeitos da ação 
educativa a atuarem conside-
rando integradamente as ba-
gagens intelectual e moral; 
 Estimule a postura transfor-
madora de toda a comunidade 
educativa para, de fato, inovar 
a prática escolar; contextuali-
zando-a; 
 Enfatize o essencial: conceitos 
e conteúdos estruturantes, 
com significado relevante, de 
acordo com a demanda em 
questão; 
 Oriente e interaja com o corpo 
docente no sentido de desen-
volver mais o raciocínio do 
aluno, ajudando-o a aprender 
a pensar e a estabelecer rela-
ções entre os diversos conteú-
dos trabalhados; 
 Reforce a parceria entre escola 
e família; 
 Lance as bases para a orienta-
ção do aluno na construção de 
seu projeto de vida, com cla-
reza de raciocínio e equilíbrio; 
 Incentive a implementação de 
projetos que estimulem a au-
tonomia de professores e 
alunos; 
 Atue junto ao corpo docente 
para que se conscientize de sua 
posição de “eterno aprendiz”, 
de sua importância e envolvi-
mento no processo de apren-
dizagem, com ênfase na ava-
liação do aluno, evitando me-
canismos menores de seleção, 
que dirigem apenas ao vesti-
bular e não à vida (BEAU-
CLAIR, 2004). 
 
Nesse sentido, o material didá-
tico adotado, após criteriosa análise, 
deve ser utilizado como orientador 
do trabalho do professor e nunca 
como o único recurso de sua atuação 
docente. 
Com certeza, se o profissional 
almejar contribuir para a evolução 
de um mundo que melhore as condi-
ções de vida da maioria da huma-
nidade, os alunos precisam ser capa-
zes de olhar esse mundo real em que 
vivemos, interpretá-lo, decifrá-lo e 
nele ter condições de interferir com 
segurança e competência. 
Para tanto, juntamente com 
toda a Equipe Escolar, o Psicopeda-
gogo estará mobilizado na constru-
ção de um espaço concreto de ensi-
no-aprendizagem, espaço este 
orientado pela visão de processo, 
através do qual todos os participan-
tes se articulam e mobilizam na 
identificação dos pontos principais a 
serem intensificados e hierarquiza-
dos, para que não haja ruptura da 
ação, e sim continuidade crítica que 
impulsione a todos em direção ao 
saber que definem e lutam por al-
cançar (FERREIRA, 2006). 
 
 
23 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Considerando a escola respon-
sável por parcela significativa da for-
mação do ser humano, o trabalho 
psicopedagógico na instituição esco-
lar, chamada de psicopedagogia pre-
ventiva, cumpre a importante fun-
ção de socializar os conhecimentos 
disponíveis, promover o desenvolvi-
mento cognitivo e a construção de 
normas de conduta inseridas num 
mais amplo projeto social, procu-
rando afastar, contrabalançar a ne-
cessidade de repressão. 
Assim, a escola, como media-
dora no processo de socialização, 
vem a ser produto da sociedade em 
que o indivíduo vive e participa. 
Nela, o professor não apenas ensina, 
mas também aprende. Aprende con-
teúdos, aprende a ensinar, a dialogar 
e liderar; aprende a ser cada vez 
mais um cidadão do mundo, coeren-
te com sua época e seu papel de en-
sinante, que é também aprendente. 
Agindo assim, a maioria das ques-
tões poderão ser tratadas de forma 
preventiva, antes que se tornem ver-
dadeiros problemas (DI SANTO, 
2007). 
 
As Relações com as Demais 
Disciplinas 
 
A Psicopedagogia se relaciona 
com as mais diversas disciplinas, 
aqui, no entanto, falar-se-á daquelas 
que causam alguma confusão em 
termos de limites dos seus espaços 
de atuação e que mais interessam a 
esta revisão de literatura. 
Portanto, quando se trabalha 
na área das ciências humanas, é pre-
ciso reconhecer que esta área é de 
extrema amplidão e complexidade. 
Em se tratando da Filosofia, ela está 
e sempre estevepor trás do trabalho 
psicopedagógico, pois não há como 
trabalhar o sujeito sem refletir sobre 
a condição humana, seja em seu âm-
bito particular, seja em seu âmbito 
genérico. 
Assim, ao trabalhar na área 
clínica, é preciso sempre pensar so-
bre quem é aquele sujeito que será 
atendido, quais são seus valores, 
quais são suas regras morais e éticas, 
quais são suas aspirações, para que 
assim o psicopedagogo possa tentar 
diferenciá-lo e, com isto, compre-
ender seu modo de funcionamento e 
de absorção da realidade, da vida à 
sua volta. 
A filosofia é um campo de co-
nhecimento que pode ser aplicado à 
psicopedagogia, desde que se tra-
balhe especificamente com ele. A as-
sociação da psicopedagogia com a fi-
losofia enquanto forma de lidar com 
aspectos preventivos das dificulda-
des de aprendizagem é muito relati-
va; pois estão absolutamente entre-
laçadas por princípio. O seu uso irá 
depender do Psicopedagogo que ma-
nusear este tipo de relação, dando 
 
 
24 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
maior ou menor ênfase aos concei-
tos que deseje anunciar, analisar, 
usar como estímulo à reflexão. 
Nada impede que dentro do 
campo de trabalho, o psicopedagogo 
pesquise um determinado autor/fi-
lósofo ou uma determinada linha de 
pensamento e associe tais pensa-
mentos, conceitos e reflexões à prá-
tica psicopedagógica. 
Em se tratando da Psicologia 
Escolar, existem três maneiras de 
diferenciá-la da Psicopedagogia: 
1. Quanto à origem histórica, 
pois a Psicologia Escolar surgiu para 
explicar o fracasso escolar, enquanto 
a Psicopedagogia surgiu como um 
trabalho clínico dedicado e voltado 
para aqueles que apresentavam difi-
culdades na aprendizagem por pro-
blemas específicos; 
2. Quanto à formação, uma vez 
que a Psicologia Escolar é uma espe-
cialização do curso de graduação em 
Psicologia, enquanto o curso de Psi-
copedagogia é um curso de especia-
lização, que recebe graduados em di-
versos cursos; 
3. Quanto ao campo de atuação, 
onde encontra-se a diferença mais 
significativa. O trabalho da Psicolo-
gia Escolar se realiza nos limites da 
Psicologia, enquanto o trabalho Psi-
copedagógico se realiza na interface 
da Psicologia e da Pedagogia ou, 
mais recentemente, na interface da 
Psicanálise e da Pedagogia. 
Analisando sua relação com a 
psicanálise, esta relaciona-se à psi-
copedagogia enquanto teoria que 
abrange a compreensão da dinâmica 
do aparelho psíquico e, em especial, 
do desenvolvimento emocional do 
sujeito. Deste modo, nos auxilia a 
compreender melhor o sujeito com o 
qual trabalhamos em psicopedago-
gia, bem como as dificuldades que 
ele apresenta. 
A diferença existente entre 
Psicopedagogia e Psicanálise está 
em seu próprio objeto de trabalho: a 
Psicopedagogia trabalha com ques-
tões relacionadas à aprendizagem, 
tanto no que diz respeito ao processo 
quanto ao que diz respeito às dificul-
dades encontradas neste processo; 
tanto no que diz respeito ao sujeito 
quanto ao que diz respeito ao grupo 
ou à instituição. Para tanto, dispõe 
de uma série de técnicas e teorias 
próprias que lhe permitem analisar 
profundamente cada caso. 
A psicanálise, por sua vez, dis-
põe não apenas da teoria como tam-
bém de sua técnica específica, a qual 
é bastante peculiar e muito diferente 
da psicopedagógica. Além disto, a 
aprendizagem não é o seu foco prin-
cipal de estudo ou de trabalho. 
Deste modo, poderia inferir 
que a Psicopedagogia está no lugar 
dos três, onde um mais um é igual a 
três. Portanto, ela não é uma disci-
plina. Ela é interdisciplinar, ou seja, 
 
 
25 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
está inter-relacionada com duas ou 
mais disciplinas, que transcende o 
espaço da subjetividade para ir ao 
encontro de muitas subjetividades/ 
disciplinas em diálogos que cami-
nham na mesma direção. 
 
Os Eixos Norteadores da Psico-
pedagogia Institucional 
 
Para Coll (1989) citado por 
Ferreira (2006) o amplo conjunto de 
tarefas e funções realizadas pelos 
profissionais que prestam assesso-
ramento psicopedagógico às escolas, 
apesar de sua diversidade, pode ser 
organizado em torno de quatro 
eixos. 
1. O primeiro relativo à natu-
reza dos objetivos da intervenção, 
cujos polos caracterizam respectiva-
mente as tarefas que se centram, 
prioritariamente no sujeito e aque-
las que têm como finalidade incidir 
no contexto educacional. Assim, as 
tarefas incluídas são tanto as que 
têm como objetivo prioritário o 
atendimento a um aluno, quanto as 
que aparecem vinculadas a aspec-
tos curriculares e organizacionais. 
2. O segundo eixo afeta as mo-
dalidades de intervenção, que po-
dem ser consideradas como correti-
vas, ou preventivas e enriquecedo-
ras. Qualquer intervenção realizada 
na escola pode ser caracterizada, em 
um determinado momento, embora, 
em um momento posterior, sua con-
sideração se modifique. 
3. O terceiro eixo diferencia mo-
delos de intervenção. Embora tenha 
como objetivo final o aluno, pode ter 
diferenças consideráveis: enquanto 
alguns psicopedagogos trabalham 
diretamente com o aluno, orientam-
no e, inclusive, manejam tratamen-
tos educacionais individualizados, 
outros combinam momentos de in-
tervenção direta com intervenções 
indiretas, (por exemplo, no caso de 
uma avaliação psicopedagógica), 
centradas nos agentes educacionais 
que interagem com ele (no próprio 
processo de avaliação psicopedagó-
gica, na tomada de decisões sobre o 
plano de trabalho mais adequado 
para esse aluno). São frequentes as 
consultas formuladas por um pro-
fessor ao psicopedagogo em relação 
a um aluno que não vai manter ne-
nhum contato direto com esse pro-
fissional. 
4. O quarto eixo indica o lugar 
preferencial de intervenção, que en-
tende-se como a diversidade de ní-
veis e contextos, inclusive quando 
circunscrita ao marco educacional 
escolar. Este eixo inclui tanto as 
tarefas localizadas no nível de sala 
de aula, em algum subsistema den-
tro da escola, na instituição em seu 
conjunto, ano, série, assim como 
aquelas que se dirigem ao sistema 
familiar, à zona de influência, etc. 
 
 
26 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
O fato que se deve considerar, 
concordando com Ferreira (2006) é 
que as tarefas que aparecem englo-
badas nos eixos precedentes, objeto 
da intervenção psicopedagógica, não 
significa necessariamente que todos 
os psicopedagogos as executem em 
seu conjunto e, obviamente, não sig-
nifica que as realizem da mesma 
forma. 
O amplo conjunto de tarefas, 
funções e possibilidades ao alcance 
do psicopedagogo educacional deixa 
no ar a vontade de ter em cada esco-
la, um profissional deste calibre. In-
felizmente as escolas, principalmen-
te as públicas não contam em seu 
quadro de funcionários, nem mesmo 
para algumas horas na semana, com 
um profissional de tantas habili-
dades como é o psicopedagogo. 
Pensamos que as escolas deve-
riam se empenhar na contratação 
deste profissional, uma vez que res-
peitando a forma e o ritmo próprio 
de cada educando, introduzindo 
propostas ricas e desafiadores, te-
riam neste profissional um supor-te 
para transformar as dificuldades dos 
alunos em algo construtivo e pro-
dutivo. 
Contudo, a Psicopedagogia 
não é uma terapia para as dificul-
dades de aquisição dos códigos ou 
linguagens que permitem a produ-
ção do conhecimento. Conhecimen-
to esse que é um processo contínuo, 
de acordo com a filosofia da ciência, 
mas precisamos situar a psicopeda-
gogia num patamar mais alto e en-
tendê-la como uma área de estudos 
interdisciplinar, abrangendo dife-
rentes outras áreas, além de perce-
ber que seu campo de atuação está 
voltado para identificar as dificulda-
des do educando no processo ensi-
no-aprendizagem. 
Esperamos que tenham perce-
bido que a formação desse profis-
sional tem alguns pontos quedevem 
ser levantados: 
1º. Precisa ter formação acadêmi-
ca de nível superior, voltada para a 
área humana e direcionada para a 
educação; 
2º. Seu objeto de atuação é a esco-
la e a criança em processo de apren-
dizagem; 
3º. Deve conhecer este objeto de 
atuação de uma forma ampla, atra-
vés das teorias de desenvolvimento e 
de aprendizagem e suas dificul-
dades; 
4º. Precisa ter conhecimento so-
bre avaliação e recursos de atuação 
psicopedagógica, que possibilite ao 
profissional que trabalha na área, 
melhorar o desempenho acadêmico 
do aluno, como também, prevenir e 
remediar o fracasso escolar. 
 
Portanto, a regulamentação de 
sua profissão contribui para a per-
cepção global do fato educativo, pa-
 
 
27 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
ra a compreensão satisfatória dos 
objetivos da Educação e da fina-
lidade da escola, possibilitando uma 
ação transformadora (ROCHA, 
2002). 
Ainda, é preciso salientar que 
a ação desse profissional jamais po-
de ser isolada, mas integrada à ação 
da equipe escolar, buscando, em 
conjunto, vivenciar a escola, não só 
como espaço de aprendizagem de 
conteúdos educacionais, mas de 
convívio, de cultura, de valores, de 
pesquisa e experimentação, que pos-
sibilitem a flexibilização de ativida-
des docentes e discentes. 
Segundo Weiss (s/d apud Scoz 
et al,1987, p.76), [...] muitas vezes 
existem dificuldades no ler, escre-
ver, calcular que não interferem na 
vida do sujeito, só transformando 
em sintoma, face a uma exigência 
ambiental. [...] ao se instrumenta-
lizar um diagnóstico, é necessário 
que o profissional atente para o sig-
nificado do sintoma a nível familiar 
e escolar, e não o veja apenas em um 
recorte artificial, como uma defi-
ciência do sujeito a ser por ele trata-
do. É essencial procurarmos o não 
dito, implícito existente no não 
aprender. 
Os profissionais da educação, 
precisam voltar seus olhares para a 
escola e ter uma visão íntegra da vi-
são da aprendizagem e visão de 
mundo. E ao psicopedagogo insti-
tucional, através de uma profunda e 
clara observação das dimensões que 
envolvem o diagnóstico de aprendi-
zagem, o qual envolve presença e au-
sência de saber, desenvolver seu 
papel. 
Finalmente, o diagnóstico, co-
mo veremos na última apostila do 
curso, do ponto de vista do psico-
pedagogo deve ser encarado como 
bússola que norteará sua interven-
ção junto à escola, ao aluno, ao seu 
histórico familiar atual e passado, o 
sociocultural, o educacional, à supe-
ração dos obstáculos surgidos e à 
construção de novos conheci-
mentos. 
 
 2
8
 
 
 
 
 29 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
2. Código de Ética da Associação Brasileira de 
Psicopedagogia 
 
 
 
eformulado pelo Conselho Na-
cional e Nato do biênio 95/96. 
 
Capítulo I - Dos Princípios 
 
Artigo 1º - A psicopedagogia é um 
campo de atuação em Saúde e Edu-
cação que lida com o processo de 
aprendizagem humana; seus pa-
drões normais e patológicos, consi-
derando a influência do meio _ fa-
mília, escola e sociedade _ no seu 
desenvolvimento, utilizando proce-
dimentos próprios da psicopeda-
gogia. 
Parágrafo único - A interven-
ção psicopedagógica é sempre da or-
dem do conhecimento relacionado 
com o processo de aprendizagem. 
 
Artigo 2º - A Psicopedagogia é de 
natureza interdisciplinar. Utiliza re-
cursos das várias áreas do conheci-
mento humano para a compreensão 
do ato de aprender, no sentido onto-
genético e filogenético, valendo-se 
de métodos e técnicas próprios. 
Artigo 3º - O trabalho psicopedagó-
gico é de natureza clínica e institu-
cional, de caráter preventivo e/ou 
remediativo. 
R 
 
 30 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
Artigo 4º - Estarão em condições de 
exercício da Psicopedagogia os pro-
fissionais graduados em 3º grau, 
portadores de certificados de curso 
de Pós- Graduação de Psicopedago-
gia, ministrado em estabelecimento 
de ensino oficial e/ou reconhecido, 
ou mediante direitos adquiridos, 
sendo indispensável submeter-se à 
supervisão e aconselhável trabalho 
de formação pessoal. 
Artigo 5º - O trabalho psicopedagó-
gico tem como objetivo: (I) promo-
ver a aprendizagem, garantindo o 
bem-estar das pessoas em atendi-
mento profissional, devendo valer-
se dos recursos disponíveis, incluin-
do a relação interprofissional; (II) 
realizar pesquisas científicas no 
campo da Psicopedagogia. 
 
Capítulo II - Das Responsabili-
dades dos Psicopedagogos 
 
Artigo 6º - São deveres fundamen-
tais dos psicopedagogos: 
a. Manter-se atualizado quanto 
aos conhecimentos científicos e téc-
nicos que tratem o fenômeno da 
aprendizagem humana; 
b. Zelar pelo bom relacionamen-
to com especialistas de outras áreas, 
mantendo uma atitude crítica, de 
abertura e respeito em relação às 
diferentes visões do mundo; 
c. Assumir somente as responsa-
bilidades para as quais esteja prepa-
rado dentro dos limites da compe-
tência psicopedagógica; 
d. Colaborar com o progresso da 
Psicopedagogia; 
e. Difundir seus conhecimentos 
e prestar serviços nas agremiações 
de classe sempre que possível; 
f. Responsabilizar-se pelas ava-
liações feitas fornecendo ao cliente 
uma definição clara do seu diag-
nóstico; 
g. Preservar a identidade, pare-
cer e/ou diagnóstico do cliente nos 
relatos e discussões feitos a título de 
exemplos e estudos de casos; 
h. Responsabilizar-se por crítica 
feita a colegas na ausência destes; 
i. Manter atitude de colaboração 
e solidariedade com colegas sem ser 
conivente ou acumpliciar-se, de 
qualquer forma, com o ato ilícito ou 
calúnia. O respeito e a dignidade na 
relação profissional são deveres fun-
damentais do psicopedagogo para a 
harmonia da classe e manutenção do 
conceito público. 
 
Capítulo III - Das Relações com 
Outras Profissões 
 
Artigo 7º - O psicopedagogo pro-
curará manter e desenvolver boas 
relações com os componentes das 
diferentes categorias profissionais, 
observando, para este fim, o se-
guinte: 
 
 
 31 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
a. Trabalhar nos estritos limites 
das atividades que lhes são reser-
vadas; 
b. Reconhecer os casos perten-
centes aos demais campos de espe-
cialização; encaminhando-os a pro-
fissionais habilitados e qualificados 
para o atendimento. 
 
Capítulo IV - Do Sigilo 
 
Artigo 8º - O psicopedagogo está 
obrigado a guardar segredo sobre 
fatos de que tenha conhecimento em 
decorrência do exercício de sua 
atividade. 
 
Parágrafo Único 
 
Não se entende como quebra 
de sigilo, informar sobre cliente a 
especialistas comprometidos com o 
atendimento. 
 
Artigo 9º - O psicopedagogo não 
revelará, como testemunha, fatos de 
que tenha conhecimento no exercí-
cio de seu trabalho, a menos que seja 
intimado a depor perante autorida-
de competente. 
Artigo 10 - Os resultados de ava-
liações só serão fornecidos a tercei-
ros interessados, mediante concor-
dância do próprio avaliado ou do seu 
representante legal. 
Artigo 11 - Os prontuários psicope-
dagógicos são documentos sigilosos 
e a eles não será franqueado o acesso 
a pessoas estranhas ao caso. 
 
Capítulo V - Das Publicações 
Científicas 
 
 
 
Artigo 12 - Na publicação de traba-
lhos científicos, deverão ser obser-
vadas as seguintes normas: 
a. A discordância ou críticas de-
verão ser dirigidas à matéria e não 
ao autor; 
b. Em pesquisa ou trabalho em 
colaboração, deverá ser dada igual 
ênfase aos autores, sendo de boa 
norma dar prioridade na enumera-
ção dos colaboradores àquele que 
mais contribuir para a realização do 
trabalho; 
c. Em nenhum caso, o psicope-
dagogo se prevalecerá da posição 
hierarquia para fazer publicar em 
seu nome exclusivo, trabalhos exe-
cutados sob sua orientação; 
d. Em todo trabalho científico 
deve ser indicada a fonte bibliográ- 
 
 32 
INTRODUÇÃOÀ PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
fica utilizada, bem como esclareci-
das as ideias descobertas e ilustra-
ções extraídas de cada autor. 
 
Capítulo VI - Da Publicidade 
Profissional 
 
Artigo 13 - O psicopedagogo ao 
promover publicamente a divulga-
ção de seus serviços, deverá fazê-lo 
com exatidão e honestidade. 
Artigo 14 - O psicopedagogo poderá 
atuar como consultor científico em 
organizações que visem o lucro com 
venda de produtos, desde que bus-
que sempre a qualidade dos mês-
mos. 
 
Capítulo VII - Dos Honorários 
 
Artigo 15 - Os honorários deverão 
ser fixados com cuidado, a fim de 
que representem justa retribuição 
aos serviços prestados e devem ser 
contratados previamente. 
 
Capítulo VIII - Das Relações 
com Saúde e Educação 
 
Artigo 16 - O psicopedagogo deve 
participar e refletir com as autorida-
des competentes sobre a organiza-
ção, implantação e execução de pro-
jetos de Educação e Saúde Pública 
relativo às questões psicopedagó-
gicas. 
 
Capítulo IX - Da Observância e 
Cumprimento do Código de 
Ética 
 
Artigo 17 - Cabe ao psicopedagogo, 
por direito, e não por obrigação, 
seguir este código. 
Artigo 18 - Cabe ao Conselho Nacio-
nal da ABPp orientar e zelar pela fiel 
observância dos princípios éticos da 
classe. 
Artigo 19 - O presente código só po-
derá ser alterado por proposta do 
Conselho da ABPp e aprovado em 
Assembleia Geral. 
 
Capítulo X - Das Disposições 
Gerais 
 
Artigo 20 - O presente código de éti-
ca entrou em vigor após sua aprova-
ção em Assembleia Geral, realizada 
no V Encontro e II Congresso de Psi-
copedagogia da ABPp em 12/07/ 
1992, e sofreu a 1ª alteração propôs-
ta pelo Congresso Nacional e Nato 
no biênio 95/96, sendo aprovado em 
19/07/1996, na Assembleia Geral do 
III Congresso Brasileiro de Psico-
pedagogia da ABPp, da qual resultou 
a presente solução. 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
34 
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