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BIOQUÍMICA CLÍNICA Profª. Regina Helena Pires CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. Avaliação Regimental (A1- 28/09 a 02/10) - 5,0 pontos. a) prova teórica (29/09); 2. Avaliação A2 será subdividida em: a) 2 avaliações teóricas parciais valendo 3,5 ponto cada. b) 1 avaliação prática valendo 1,5 ponto. 3. Avaliação final (AF) – 5,0 pontos Prova teórica englobando toda a matéria ministrada. DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA Bibliografia básica: BURTIS, C. A.; BRUNS, D. E. Tietz: fundamentos de química clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. GAW, A. Bioquímica clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. McPHERSON, R. A.; PINCUS, M. R. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais de Henry. 21. ed. Barueri, SP: Manole, 2012. (e-book) Bibliografia complementar: BRACHT, A.; ISHII-IWAMOTO, E. Métodos de laboratório em bioquímica. São Paulo: Manole, 2003. (e-book). FARIA, V. A. et al. Perigos e riscos na medicina laboratorial: identificação e avaliação. J Bras Patol Med Lab n. 3, p. 241- 247, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676- 24442011000300007&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em: 28 ago. 2018 VASUDEVAN, D. M.; SREEKUMARI, S.; VAIDYANATHAN, K.; Textbook of biochemistry for medical students. 6. ed. St Louis: Jaypee, 2011. (e-book). SODRÉ, F. L.; COSTA, J. C. B.; LIMA, J. C. C. Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial. Bras Patol Med Lab, n. 5, p. 329-337, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-24442007000500005&script=sci_abstract&tlng=pt SPRINGHOUSE. Fisiopatologia. 2. ed. Rio de Janeiro: DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA Sites na Web: http://www.sbbq.org.br http://www.pucpr.br/disciplinas/bioquimica http://www.cellbio.com http://molbio.med.miami.edu http://euclides.if.usp.br/~ewout/ensino/fge1189/000063.html http://www.scicentral.com http://www.jama.com http://www.bmj.com http://ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA - Apresentação e discussão do Plano de ensino. - Técnicas de preparo de soluções em geral. Noções gerais de colorimetria; emissão de laudos técnicos. - Estudo geral das proteínas; eletroforese; dosagem laboratorial de proteínas. - Conceito e metabolismo das bilirrubinas; diagnóstico laboratorial das icterícias. Generalidades, metabolismo e catabolismo. Métodos analíticos. - Lipídeos: introdução, definição e classificação; dislipidemias; dosagem analítica. - Enzimas: conceito, classificação, cinética enzimática; fisiopatologia das principais enzimas hepatobiliares, cardíacas e pancreáticas; dosagem analítica. - Uréia e creatinina. Depuração renal. Metodologia analítica. - Carboidratos e diabetes: aspectos clínicos do metabolismo da glicose; técnicas laboratoriais para o diagnóstico do diabetes. - Hormônios; glândulas endócrinas; hormônios sexuais e prolactina; fundamentações das principais metodologias para dosagem laboratorial de hormônios. - Biossíntese e regulação dos hormônios tireoidianos. Fundamentação dos principais métodos de dosagem dos citados hormônios. - Eletrólitos; metabolismo e função. Regulação hormonal; dosagem analítica. - Conceitos e fundamentos. Soluções tampões fisiológicas. - Avaliação regimental e avaliações parciais. PLANO DE ENSINO BIOQUÍMICA Definição funcional: Ciência relacionada com os constituintes químicos das células vivas e com reações e processos que eles sofrem. Objetivo: Descrever e explicar, em termos moleculares, todo o processo químico das células vivas. Unidade estrutural dos organismos vivos CÉLULA • Labor = trabalho + oratorium = lugar de reflexão. Assim, o laboratório é um local de muito trabalho e muita concentração. • Este ambiente é um recinto construído especialmente para o trabalho de identificação, separação e determinação da quantidade de substâncias bem como, da preparação e obtenção de novos produtos. Resultados tais que podem ser utilizados para uma série de estudos, entre estes, para a pesquisa do funcionamento de organismos, de doenças e de novos medicamentos. LABORATÓRIO CONSULTA Paciente faz consulta com médico o qual solicita exame. Paciente é encaminhado ao laboratório FLUXOGRAMA LABORATORIAL LABORATÓRIO Recepção orienta o paciente para coleta e agendamento RECEPÇÃO É feito o cadastramento do paciente e este é encaminhado para a sala de espera SALA DE COLETA É colhido o sangue e o material colhido é enviado para o setor de separação SEPARAÇÃO O sangue colhido é separado por setores BIOQUÍMICA É utilizado o plasma ou soro de acordo com a técnica que será executada RESULTADO FLUXOGRAMA LABORATORIAL COLETA Preparo psicológico do paciente, transmitindo segurança e confiança no procedimento de coleta. No caso de veias com vasoconstricção (dificuldade de visualização das mesmas), além do preparo psicológico, podemos lançar mão do uso de bolsa de água quente ou compressas, como também colocar o braço do paciente para baixo, fazendo movimento de ordenha (abrir e fechar). 1- Evitar o uso de jóias 2- Não sentar no leito do paciente 3- Manter os cabelos compridos presos 4- Manter o avental sempre abotoado 5- Lavar sempre as mãos 6- Considerar todos como potenciais portadores do vírus de hepatite B, hepatite C, citomegalovírus e HIV PRECAUÇÕES UNIVERSAIS COLETA FLUXOGRAMA LABORATORIAL COLETA SEQUELAS: evitar de se puncionar veias em membros afetados por seqüelas de acidentes vasculares ou traumas, bem como em locais próximos às regiões amputadas. Pressionar o local da punção com uma mecha de algodão por cerca de 1 a 2 minutos, evitando assim a formação de hematomas e sangramentos. Orientação par manter o braço em posição horizontal, sem dobrá-lo até parar de sangrar. AGENTES FÍSICOS AGENTES MECÂNICOS AGENTES BIOLÓGICOS AGENTES QUÍMICOS RISCOS PROFISSIONAIS BIOSSEGURANÇA – COLETA - COLETA PROCEDIMENTOS QUE ACOMPANHAM RISCOS DE INGESTÃO: manuseio de amostras, culturas e esfregaços; PROCEDIMENTOS QUE ACOMPANHAM RISCOS NA COLETA: técnicas que optam por seringas (descartáveis ou não) e agulhas; PROCEDIMENTOS QUE ENVOLVEM DESCARTE DE MATERIAL INFECCIOSO DESCARTE DE MATERIAL BIOLÓGICO a) Desprezar agulhas, lâminas e outros materiais perfurocortantes em recipientes de paredes rígidas e fechados. Não reencapar as agulhas. Encher até 2/3 da capacidade do recipiente. b) Uso de avental. c) Lavagem das mãos (água e sabão) após qualquer procedimento. d) Uso de máscaras e óculos ou visor quando houver risco de contaminação de mucosas. COLETA DO MATERIAL BIOLÓGICO - AMOSTRAS- Sangue total: Hb glicosilada soro plasma : glicose (fluoreto) Urina única – provas qualitativas Urina de 24 hs- provas quantitativas Tab.1 - SEQUÊNCIA RECOMENDADA PARA A COLETA DE VÁRIAS AMOSTRAS DE SANGUE Exame/aditivo Material Cor da tampa 1º Hemocultura Sangue Vermelho 2º Sem aditivo Soro Vermelho 3º Citrato Plasma Azul 4º Heparina Sangue total Verde 5º EDTA Sangue/plasma Roxo 6º Glicose Plasma Cinza HEPARINA: evita a conversão da protrombina em trombina e conseqüentemente a transformação de fibrinogênio em fibrina. Concentração: 0,2 mg/mL sangue. EDTA (ac. etilenodiaminotetracético): quelação sobre os íons cálcio. Concentração: 1 mg/mL sangue. OXALATOS (sódio, potássio ou lítio) precipitam os íons cálcio. Concentração 1 a 2 mg/mL sangue. FLUORETOS: inibidor das enzimas glicolíticas. Concentração 1 mg/mL de sangue. CITRATO DE SÓDIO: transforma o cálcio em forma não ionizada. ANTICOAGULANTES TRANSPORTE DE AMOSTRAS COLETA TRANSPORTE RECEBIMENTO DEFINIÇÃO DO PROCESSO INFECCIOSO a) Rapidez b) Proteção de extremos de temperatura, luz solar e agitação (isolante térmico) c) Identificação rigorosa d) Acompanhamento de cadastro do paciente e pedido médico O LABORATÓRIO Subdividido em setores primários: a)Hematologia, Microbiologia, Imunologia e/ouSorologia, Parasitologia, Fluidos orgânicos ou Uroanálise b)Bioquímica (Na +, K+, Cl-, Ca+, Mg+, uréia, creatinina, glicose, ac. úrico, bilirrubinas, TGO, TGP, HDL- colesterol, colesterol total, triglicérides, amilase, fosfatase alcalina, fosfatase ácida, CPK, CKMB, LDH, gama GT, proteínas totais e frações e eletroforese de proteínas) ANÁLISE DA AMOSTRA Devemos levar em consideração: a) EXATIDÃO: relação entre o valor encontrado e o valor verdadeiro (erro da média). b)PRECISÃO: representa a obtenção de valores bastante próximos entre si (reprodutíveis). É medida pelo desvio padrão ou pelo coeficiente de variação. c)SENSIBILIDADE: representa a capacidade de um método de medir pequenas concentrações (inclinação da curva de calibração). d)ESPECIFICIDADE: o resultado obtido é devido à medição exata de um determinado componente em uma amostra sem a interferência de outros também presentes. TÉCNICAS BÁSICAS 1- Vidrarias: manuseio de vidrarias quebradas dentro de receptáculos; 2- Produtos químicos de natureza tóxica: desinfetantes (hipoclorito de sódio) 3- Gases: CO2, N2 causam asfixia quando liberados em grandes quantidades; 4- Ácidos: mistura com água é extremamente perigoso, reação exotérmica – explosões 5- Fogo: Bicos de gás e álcool 6- Radiação: uso de radioisótopos, lâmpadas ultra-violeta. TÉCNICAS BÁSICAS DE PIPETAGEM a) Não utilizar mesma pipeta para diferentes soluções; b) Pipetar substâncias sempre com pêra de borracha; c) Evitar pipetar diretamente do frasco estoque; d) Utilizar papel absorvente para enxugar ponta de pipeta; e) Posição da pipeta: vertical e o menisco deverá coincidir com a linha dos olhos Utilizada para medir volumes reduzidos, na ordem do microlitro, de forma precisa e reprodutível. São de volumes fixos ou variáveis. Utilizam-se pontas (ou ponteiras) descartáveis em plástico, de modo que o líquido aspirado não entre no corpo principal da pipeta. São sempre de dois estágios onde o primeiro é usado para sugar o líquido e o segundo para descartá-lo. TÉCNICAS BÁSICAS Capacidade em µL Limite de erro 2 0,006 5 0,01 10 0,02 30 0,03 50 0,05 100 0,08 200 0,10 REGRAS TÉCNICAS BÁSICAS f)Observar, minuciosamente, se o material utilizado está completamente limpo (íons); g) Homogeneização das soluções antes da sua retirada do frasco estoque; h) Evitar trocas de tampas de frascos e colocação das mesmas em lugares indevidos; i)Não recolocar as sobras dos reativos nos respectivos frascos estoques. a) usar sempre um avental (jaleco) longo e de mangas compridas, de preferência feito de algodão já que fibras sintéticas são altamente inflamáveis. Não usar saias, bermudas ou calçados abertos; b) pessoas que tenham cabelos longos devem mantê-los presos enquanto estiverem no laboratório; c) quando for necessário proteger os olhos, é conveniente usar óculos de proteção e para a proteção das mãos devem-se usar luvas de borracha; d) não comer, beber ou fumar no laboratório; e) não correr e manter os acessos desimpedidos; f) fechar gavetas e armários logo após o uso; g) não pegar com as mãos equipamentos ou vidrarias que foram submetidos a aquecimento e que ainda possam estar quentes, caso isto seja necessário, faça-o com luvas de isolamento térmico; h) não usar aparelhos de vidro quebrados ou rachados; i) certificar-se que a pipeta que está limpa, antes de utilizá-la; j) caso ocorra quaisquer respingos, limpá-los imediatamente; k) manter o local sempre limpo e organizado, limpando sua bancada ao término dos experimentos; l) lavar as mãos logo após cada experiência e lavá-las bem ao deixar o recinto. CUIDADOS GERAIS VALORES NORMAIS (DE REFERÊNCIA) “NORMAL” é definido pela ausência de evidências clínicas de uma doença ou grupo de doenças particulares – distribuição gaussiana: a) ± 1DP – 68% dos valores totais b) ± 2 DP – 95% dos valores totais c) ± 3 DP – 99,7% dos valores totais. Aceita-se que o valor médio ± 2DP como normal, 95% das pessoas clinicamente normais estarão incluídas. ESPECTROFOTOMETRIA A maioria das análises efetuadas em Bioquímica Clínica finalizam com a medida da quantidade de energia absorvida por uma solução. Desta forma podemos dizer que materiais coloridos apresentam maior absorção em determinados comprimentos de onda. ESPECTROFOTÔMETRO É um aparelho que controla o comprimento de onda da luz incidente na sua amostra, e que indica a razão T entre a intensidade da luz que incidiu e a luz que conseguiu atravessar a amostra: a transmitância T = I/I0. O espectro de uma determinada substância, T, em função do comprimento de onda, é característico para cada substância. LEI DE LAMBERT-BEER REAÇÕES DE PONTO FINAL A concentração de uma substância é diretamente proporcional à quantidade de luz absorvida ou inversamente proporcional ao logaritmo da luz transmitida. A= abc=log (100/%T) A= absorbância ou densidade óptica a= absortividade do composto sob condições normais ou absorbância específica (coeficiente de extinção molar) b= caminho da luz na solução ou caminho óptico c= concentração do composto %T= porcentagem de transmitância CURVA PADRÃO ➢Fixado o ponto máximo de absorção, ler todos os tubos e plotar absorbância: ordenada concentração: abscissa ➢ângulo de 45° ➢Fator de calibração= conc.P AbsP ➢Linearidade CÁLCULO DA MÉDIA, DESVIO PADRÃO E COEFICIENTE DE VARIAÇÃO a) Cálculo da média ( x ): Σx somatória dos resultados n número de resultados b) Desvio padrão (S): Σ(x-x)2 n-1 c) Coeficiente de variação (CV): desvio padrão x 100 (max = 5%) média dos resultados SOROS CONTROLE a) Os soros controle comerciais, liofilizados, possuem valores conhecidos e trazem indicados o valor médio e o desvio padrão, além da metodologia utilizada. b) Deve ser introduzido, aleatoriamente, na bateria de amostras e processado como rotina. c) Anotar diariamente os resultados obtidos no mapa mensal de controle (papel milimetrado, traço nas linhas correspondentes à média e aos limites do controle – Gráfico de Levey- Jennings) + 2S - 2S CONTROLE DE QUALIDADE CONTROLE DE QUALIDADE EXTERNO: SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínicas) – CNPQ SBPC ( Sociedade Brasileira de Patologia Clínica) : Control-Lab/PELM = Programa de Excelência em Laboratórios Clínicos (1977) ou Proficiência em Ensaios Laboratoriais (1999). PALC = Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (atualmente) *Após a realização dos exames, o soro ou plasma é congelado em freezer a 20º C, ficando estocado por 30 dias antes de ser desprezado, conforme POP Descarte de Material Biológico. •As outras amostras biológicas são desprezadas 24 horas após a realização dos exames. *No caso dos exames não serem realizados dentro de 48 horas, o soro ou plasma deve ser congelado em freezer a 20ºC. (fonte:SBAC) ESTOCAGEM DA AMOSTRA
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