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Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E ESCOLAR 
 
LDB E AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: AS APRENDIZAGENS E SEUS ATORES 
1. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO DA LDB .......................................... 3 
2. AVALIAÇÕES DAS APRENDIZAGENS .................................................................... 7 
3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS: OS ATORES ENVOLVIDOS ..................... 9 
4. REVISÃO DA AULA ................................................................................................ 13 
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 14 
 
 
 
3 
 
2 
 
 
 
AULA 3 
 
LDB E AVALIAÇÃO 
EDUCACIONAL: AS 
APRENDIZAGENS E SEUS ATORES 
 
 
 
Relacionar as práticas de avaliação vividas historicamente como 
aqueles presentes atualmente no cotidiano escolar; 
Entender as políticas públicas de avaliação, bem como seus 
objetivos e processos e estudar a legislação pertinente à avaliação 
educacional; 
Relacionar a dinâmica avaliativa na perspectiva de sua 
organização que compreende a avaliação - planejamento do 
trabalho - execução coerente com o processo 
ensino/aprendizagem. 
 
3 
 
1. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL NO CONTEXTO DA LDB 
Como ponto de partida, analisaremos a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a 
LDB que a partir de sua sanção marca o início do tempo atual da Educação Brasileira, no 
contexto histórico, observando sua constituição e suas práticas atuais. Neste sentido, o 
conhecimento apresentado nesta Lei e seus desdobramentos no cotidiano escolar e das 
redes escolares esclarece e ajuda a entender a organização avaliativa nas vertentes que 
emergem da escola: a avaliação das aprendizagens e a avaliação institucional, bem como a 
avaliação dos sistemas de ensino que abarcam as chamadas avaliações externas e em larga 
escala. 
A LDB/96 traz para os sistemas de educação, sejam eles federais, estaduais ou 
municipais, a discussão de dois conceitos que se interligam e devem ser articulados: 
avaliação e padrão de qualidade. Quanto a avaliação a lei nos traz: 
Artigo 9º, IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o 
ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar 
formação básica comum: 
 Coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
 Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino 
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino. 
No artigo 9º, além da necessidade e obrigatoriedade do poder público se articular para 
elaboração da base curricular nacional, ou seja, o currículo mínimo. Tal indicação nos remete 
à necessidade de refletir sobre currículo e quais conteúdos devem ser priorizados para que 
os objetivos da educação sejam alcançados. 
A avaliação dos sistemas educacionais nas suas diferentes etapas (ensino 
fundamental, médio e superior), conforme ordena seus incisos V e VI. E, para atendimento 
desta determinação legal, houve a estruturação do Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Básica (SAEB) e do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES). 
Ambos sistemas são da incumbência da União e atingem todas as redes de ensino, como 
veremos adiante em nosso curso. 
 
4 
 
 
Figura1 – SAEB.1 
 
Das características dos sistemas de avaliação que temos atualmente, a principal é a 
utilização de metodologias específicas para o desenvolvimento e análise dos dados 
coletados dentre os quais destacam-se as avaliações externas. Ultimamente as mais 
conhecidas são a Prova Brasil e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Estes 
instrumentos (provas e exames) são utilizados para coletar dados sobre o rendimento das 
aprendizagens dos alunos. Uma vez que estas avaliações são realizadas por órgãos externos 
às escolas e, nestes casos o avaliador é o Estado. 
Se o objetivo colocado para a avaliação dos sistemas é o acompanhamento de 
programas e projetos educacionais, obtenção de dados confiáveis para a elaboração e 
implementação das políticas públicas para a educação, o objetivo também é alcançar a 
qualidade da educação. Então qual é esta “qualidade” a ser alcançada? O Conselho Nacional 
de Educação, na RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010, que define Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, aponta: 
Art. 8º A garantia de padrão de qualidade, com pleno acesso, inclusão e permanência 
dos sujeitos das aprendizagens na escola e seu sucesso, com redução da evasão, da retenção 
e da distorção de idade/ano/série, resulta na qualidade social da educação, uma conquista 
coletiva de todos os sujeitos do processo educativo. 
Portanto, dentre outras discussões e entendimentos que se pode fazer sobre o 
conceito de qualidade, tomamos como objetivo de a educação básica alcançar uma escola 
em que todos tenham acesso e acessibilidade, permaneçam por tempo adequado e que 
tenham sucesso: aprendam. 
 
1 Fonte : https://www.fundacred.org.br/site/wp-content/uploads/2018/12/saeb1-1130x400.jpg. 
 
5 
 
A LDB também fixa objetivos, direitos e deveres para as escolas e seus professores no 
tocante à avaliação, mas é importante saber porque, o quê, como e quando esta atividade será 
praticada. 
 
Figura 2 – Projeto Político Pedagógico – PPP.2 
 
O Projeto Político Pedagógico configura-se como o elemento norteador de todo o 
trabalho da escola e como tal deve ser pensado em conjunto a equipe gestora, os professores 
e os demais membros da comunidade escolar. É neste documento que estarão descritos os 
objetivos das aprendizagens nos anos/ciclos, componentes curriculares/disciplinas/áreas de 
conhecimento e que concepção norteará esta construção. Desta maneira avaliar dará aos 
sujeitos deste processo os dados necessários para verificar se os objetivos estão sendo 
alcançados, bem como esclarecerá quais os papéis de cada um na elaboração, 
acompanhamento e adequação dos projetos que a escola desenvolve ou precisará 
desenvolver para que os alunos aprendam. Vejamos o que nos diz a LDB: 
Art. 12º. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu 
sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - Elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
(...) 
IV - Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
(...) 
 
2Fonte:https://oespacoeducar.com.br/wp-content/uploads/2019/04/f5e069_79ddb9b8a1404d0ba9700b0fadc83f31_mv2.png. 
 
6 
 
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, 
bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. 
Art. 13º. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 
II - Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; 
No artigo 12, a complementaridade entre as funções da escola, alunos e famílias se 
articulam a perspectiva colaborativa da educação. E mais do que a avaliação das 
aprendizagens dos alunos,será necessário que a escola se avalie e faça da avaliação 
institucional uma prática mais do que necessária, útil. 
FIQUE ATENTO 
 
Especificamente aos professores, cabe o desenvolvimento da avaliação das 
aprendizagens de modo que a prática avaliativa ocorra em diferentes 
momentos, porém, sempre na perspectiva do planejamento e 
operacionalização de estratégias que colaborem e sejam eficientes para o 
avanço das aprendizagens dos alunos enquanto permanecer na escola 
Para essa construção, temos: 
Art. 24º.- V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
 Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período 
sobre os de eventuais provas finais; 
 Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 
 Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do 
aprendizado; 
 Aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
 
7 
 
 Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período 
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas 
instituições de ensino em seus regimentos; 
 Atentem para três características importantes que são apontadas: 
 Aspectos qualitativos se sobrepõe aos aspectos quantitativos; 
 Necessidade de verificação (diagnóstico) da condição de aprendizagens prévias 
do aluno e a necessidade de correção do fluxo idade/ano escolar para que não 
haja desperdício de tempo ou o aluno sinta-se desestimulado a continuar seus 
estudos; 
 A recuperação das defasagens deve ser aspecto vivo, dinâmico e 
obrigatoriamente presente nos planos de trabalhos dos professores, a ideia é que 
os alunos não deixem de aprender e cheguem ao final do seu período de 
escolarização com suas dificuldades sanadas e aprendizagens completas. 
 
Figura 3 – Iniciativas de educação não-tradicional.3 
 
 
2. AVALIAÇÕES DAS APRENDIZAGENS 
Quando a pergunta em pauta é: o que é avaliação? A primeira resposta que temos, 
invariavelmente é: avaliação é prova. E se a pergunta é: o que sentimos no momento em que 
somos avaliados? A resposta quase sempre vem recheada de memórias pouco prazerosas e 
as impressões quase sempre vem encoberta de sentimentos como ansiedade, medo, culpa 
 
3 Fonte : http://imagens.ebc.com.br/67MW-m3GWxDOne-
GcGILtkdgeYM=/1100x370/smart/http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/640px-
montessori_classroom.jpg. 
 
8 
 
ou uma sorte de memórias que remontam a experiências que nada ou pouco colaboraram 
com a expectativa de novas chances de aprendizagem. Estas respostas são decorrências 
históricas dos usos feitos das avaliações, realizadas numa perspectiva hierárquica no qual 
punir, demonstrar poder, aprovar ou reprovar eram a tônica do processo avaliativo. O 
professor era então, sujeito central do processo e a obtenção de algum título (como a 
aprovação), o objetivo deste processo. 
FIQUE ATENTO 
 
Atualmente, estamos diante de um paradigma: como superar esta ideia de 
avaliação como mecanismo de exclusão e poder e fazer com que esta prática 
seja um meio de buscar caminhos pedagógicos para atingir a aprendizagem? 
Com relação ao poder atribuído à avaliação é comum presenciar experiências que 
fortalecem a concepção de avaliação como representação de poder, meio de coação e 
constrangimento fortemente integrados à cultura escolar e que pouco colabora com a 
aprendizagem dos alunos. A utilização de instrumentos de avaliação, como “provas surpresa”, 
com intuito de resolver uma situação de indisciplina, atribuição de notas usando como critério 
o comportamento inadequado do aluno ou o capricho das suas anotações, mesmo que estes 
apenas copiem, sem entender a informação ali descrita. Embora não se possa deixar de 
reconhecer o valor da avaliação como mediadora de aprendizagem, o uso destes dispositivos, 
chamados avaliação, prova, como meio de coerção parece muito mais presente no cotidiano 
das escolas do que sua utilização para aprimorar estratégias didáticas em benefício dos 
alunos (MARDEGAN, 2012). 
Corroborando com este processo de exclusão há ainda a própria cultura escolar que 
assume os aspectos tradicionais da educação no que tange a memorização dos conteúdos, 
competitividade, segregação e exclusão daqueles que não correspondem positivamente às 
concepções impostas pelos seus professores. Quanto à prática docente, muitas vezes os 
professores são reconhecidos e valorizados por práticas avaliativas voltadas à classificação 
e são tidos dentro da escola como: bons, rígidos e determinados o que fortalece a ideia de 
que a educação boa é a que seleciona e deve investir somente nos bons alunos, suprimindo e 
violando a garantia do direito à educação. 
 
9 
 
Não podemos também esquecer que historicamente as ideias da educação tradicional 
e tecnicista deixaram suas marcas na relação escola-sociedade e professor-aluno. Em 
contrapartida, a instituição da progressão continuada, após os anos 90, trouxe a abertura do 
debate sobre as relações estabelecidas entre a prática docente, cultura escolar e qualidade 
da educação, tornando vulneráveis os posicionamentos tradicionalmente (e culturalmente) 
aceitos com relação à avaliação educacional. Outra influência do campo avaliativo que 
chegou às escolas são as avaliações de sistemas educacionais, a partir da LDB/96. Essas 
novas influências abriram a discussão sobre a avaliação e seus usos e, acabou por fragilizar 
a tendência pedagógica que vê no processo avaliativo a possibilidade de castigo um 
instrumento pedagógico importante. 
Frente a este cenário, onde situações que necessitam de intervenção e colaboração 
para sua compreensão e transformação estão presentes, é necessário buscar meios de 
discutir e propor novas ações. 
FIQUE ATENTO 
 
É imprescindível conhecer e discutir o uso das avaliações enquanto prática 
pedagógica que aproximem professores o ensino da aprendizagem de seus 
alunos. 
 
 
3. A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS: OS ATORES ENVOLVIDOS 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, traz a necessidade de 
assegurar a qualidade da educação e, em seu corpo, a incumbência dos diferentes atores em 
assegurar esta qualidade: 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; 
II - Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a pro- posta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
 
10 
 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; 
(...) 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo 
com as seguintes regras comuns: 
(...) 
V - A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os 
de eventuais provas finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do 
aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período 
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de 
ensino em seus regimentos; (BRASIL,1996). 
FIQUE ATENTO 
 
É importante verificar inicialmente que o objetivo das redes de ensino, bem 
como o das escolas é assegurar a aprendizagem dos alunos, dentro de 
padrões de qualidade estipulados tanto pela União como pelas próprias redes 
e escolas de modo que é possível perceber que a avaliação do rendimento 
dos alunos é o fator determinante para o planejamentodas atividades 
escolares que dizem respeito ao ensino. 
A dinâmica de organização do trabalho escolar deverá considerar as especificidades 
dos alunos, planos de trabalho organizados para este fim e oportunizar situação de 
ensino/aprendizagem que pressupõe a necessidade de que todos os alunos aprendam, 
mesmo aqueles com maior dificuldade. 
 
11 
 
Quanto a concepção de avaliação das aprendizagens presente na LDB/96, a Resolução 
CNE/CEB, nº 4 de 13 de julho de 2010, nos ajuda a entender: 
Artigo 47. A avaliação da aprendizagem baseia-se na concepção de educação que 
norteia a relação professor estudante conhecimento vida em movimento, devendo ser um ato 
reflexo de reconstrução da prática pedagógica avaliativa, premissa básica e fundamental para 
se questionar o educar, transformando a mudança em ato, acima de tudo, político. 
§ 1º A validade da avaliação, na sua função diagnóstica, liga-se à aprendizagem, 
possibilitando o aprendiz a recriar, refazer o que aprendeu, criar, propor e, nesse contexto, 
aponta para uma avaliação global, que vai além do aspecto quantitativo, porque identifica o 
desenvolvimento da autonomia do estudante, que é indissociavelmente ético, social, 
intelectual. 
§ 2º Em nível operacional, a avaliação da aprendizagem tem, como referência, o 
conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções que os sujeitos do 
processo educativo projetam para si de modo integrado e articulado com aqueles princípios 
definidos para a Educação Básica, redimensionados para cada uma de suas etapas, bem 
assim no projeto político-pedagógico da escola. 
 
Seção II 
Promoção, aceleração de estudos e classificação 
Artigo 48. A promoção e a classificação no Ensino Fundamental e no Ensino Médio 
podem ser utilizadas em qualquer ano, série, ciclo, módulo ou outra unidade de percurso 
adotada, exceto na primeira do Ensino Fundamental, alicerçando-se na orientação de que a 
avaliação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
I - Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do estudante, com prevalência dos 
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os 
de eventuais provas finais; 
(...) 
 
12 
 
V - Oferta obrigatória de apoio pedagógico destinado à recuperação contínua e 
concomitante de aprendizagem de estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser 
previsto no regimento es- colar. (BRASIL, 2010). 
Com relação à concepção de avaliação que deve orientar a prática avaliativa podemos 
destacar alguns aspectos: 
a. Avaliação como Ato Político: 
Seria ingênuo pensar que a avaliação é apenas um processo técnico. Avaliar pode 
constituir um exercício autoritário do poder de julgar ou, ao contrário, pode constituir um 
processo e um projeto em que avaliador e avaliando buscam e sofrem uma mudança 
qualitativa. É nesta segunda prática da avaliação que podemos encontrar o que uns chamam 
de avaliação emancipadora e que, na falta de melhor expressão, eu chamaria de “concepção 
dialética da avaliação”. (GADOTTI in DEMO, 2010). 
A partir do histórico das ideias pedagógicas vivenciadas na educação brasileira, 
podemos verificar que a avaliação já foi e, porque não dizer, ainda é o ponto de apoio de 
muitos educadores para tornar o fluxo de alunos na escola um verdadeiro ambiente de 
disputas, de poder e de exclusão daqueles que não conseguem alcançar os objetivos 
estipulados pelas escolas e as redes das quais fazem parte. Tornar a avaliação das 
aprendizagens instrumento verificador, de acompanhamento e possibilidade de avanço dos 
alunos nas aprendizagens propostas deixa de ser uma opção e passa, a partir da LDB/96, ser 
uma obrigação explicitada para todos que fazem e operacionalizam a escola. O que não se 
pode perder de vista é que esta opção deve se concretizar no cotidiano das escolas e aqui, 
especificamente, na relação professor-aluno. 
b. O Estabelecimento de Objetivos Educacionais que Considere as Especificidades 
dos Alunos: 
A avaliação usada em sua função diagnóstica deverá auxiliar o professor no 
estabelecimento dos objetivos para seu plano de trabalho e o desenvolvimento das ações que 
colocaram em prática este planejamento deverá considerar os avanços detectados por estes 
alunos e suas eventuais necessidade de recuperação, numa perspectiva formativa da 
avaliação que levará a todos os alunos à aprendizagem e ao professor o alcance de suas 
metas. 
 
13 
 
Considerando que avaliação auxilia e dá as diretrizes para o processo de organização 
do trabalho escolar e docente e que esta organização está voltada para a aprendizagem dos 
alunos é o momento, então, de tomarmos uma decisão política que nos ajudará na superação 
de um modelo avaliativo excludente: assumir a avaliação das aprendizagens como momento 
único, constante e perene da prática pedagógica na busca da formação de cidadãos que 
detenham os conhecimentos formais propostos pela escola (os conteúdos curriculares) e 
possam fazer usos destes para viverem integrados na sociedade com a possibilidade de ação 
conscientes de seus direitos e deveres e, sejam capazes de discutir, atuar e intervir na sua 
condição social e política. 
 
 
4. REVISÃO DA AULA 
 Relacionamos as práticas de avaliação vividas historicamente como aqueles 
presentes atualmente no cotidiano escolar. 
 Entendemos as políticas públicas de avaliação, bem como seus objetivos e 
processos e estudamos a legislação pertinente à avaliação educacional. 
 Nesta unidade relacionamos a dinâmica avaliativa na perspectiva de sua 
organização que compreende a avaliação - planejamento do trabalho - execução 
coerente com o processo ensino/aprendizagem. 
 
 
Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
14 
 
5. REFERÊNCIAS 
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ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1989. 
BELLONI, Isaura. Avaliação institucional: um instrumento de democratização da educação. 
Linhas Críticas, v. 5, n. 9, 1999. 
BONAMINO, A; SOUSA, S. Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: 
interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 2,, abr./ 
jun. 2012. 
BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de 
ensino. Trad. Reynaldo Bairão. 2 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982. 
BRASIL. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Avaliação 
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Básica. 
________. Parecer CNE/CEB nº 04/2010, de 14 de julho de 2010. Define as Diretrizes 
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________. Resolução CNE/CEB nº 07/2010, de14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes 
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_________. SAEB. Disponível em http://portal.inep.gov.br/web/saeb. 2013. 
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Este conteúdo foi produzido pelo Núcleo de Educação a Distância da Universidade Brasil e sua reprodução e distribuição são autorizadas 
apenas para alunos regularmente matriculados em cursos de graduação, pós-graduaçãoe extensão da Universidade Brasil e das 
Faculdades e dos Centros Universitários que mantêm Convênios de Parceria Educacional ou Acordos de Cooperação Técnica com a 
Universidade Brasil, devidamente celebrados em contrato. 
15 
 
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1995. 
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