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Análise Fílmica Didática Sobre o Longa "Hush"

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Quem é burro o suficiente de encher de porta de vidro a merda de uma casa no meio da merda do nada?????????
O terror já teve de tudo, serial killer, demônio, espírito, capeta, animal com raiva, zumbi, etc. (Todos os anteriores repetidos incessantemente e infinitamente), mas é engraçado de ver que, de todos os gêneros da ficção, justo o que parecia mais saturado vem com uma ideia nova e bem diferente.
O longa é um home invasion, mas bem diferente de outros, como Quarto do Pânico (que não é bem um terror né, tá mais pra suspense), pois, resumidamente, Hush conta a história de uma escritora surda e muda que é atormentada por um serial killer.
Logo quando o serial killer aparece (btw, esse momento poderia ser muito mais assustador caso o diretor mantesse o plano onde a câmera espelhava os movimentos da protagonista e a amiga da protagonista aparecesse do nada no fundo da imagem {desfocada}, não sendo possível ouvir seus gritos de desespero. Assim ficaria muito, muito, mais muito mais assustador, além de fazer parecer que a desvantagem da protagonista {sua surdes} é muito pior do que imaginávamos ser), já é possível perceber que ele é sadico e gosta de torturar psicologicamente suas vítimas, o que justifica sua demora em entrar na casa (coisa que é estranhamente difícil pra ele no momento decisivo {já que a casa tem fuc*ing portas de vidro, bem resistentes, btw}). Ele não liga de mostrar seu rosto para suas vítimas, pois sabe que as vai matar. Aje à la Mike Meyers/ Jason, andando devagar e com pesadas e vigorosas passadas, correndo apenas quando perdeu o controle da situação, ou quando é extritamnete necessário. Tudo isso ajuda a aumentar a tensão e a nossa noção de perigo, em relação ao personagem.
O som nesse filme é algo bem especial, alternando entre momentos "comuns" com momentos onde temos o POV (só que nesse caso é "ponto de audição" ao invés de "ponto de vista") da protagonista surda/muda. Ao invés de silêncio absoluto ouvimos um som abafado, pois é muito difícil trabalhar com o silêncio, são poucos os filmes que o conseguem, como Um Lugar Silencioso, por exemplo.
Acho interessante que no primeiro "diálogo" entre o assassino e a protagonista, a mesma meio que se esconde atrás de sua lanterna (o bicha com brilho forte hein, mds), fazendo dela meio que seu escudo, assim como quando nos escondiamos debaixo do cobertor quando crianças.
A paleta de cores é bem padrão, usando tons frios como azul, usando preto e afins, além disso temos alguns movimentos de câmera suaves, aumentando a tensão, pois anseamos ver o que se esconde no fim deles.
Gostei da atuação da protagonista, mesmo sem falar (voz da cabeça não conta) ela passa muita verdade em sua atuação, além de ser bem convincente. O mesmo vale pro serial killer (pior que o ator tem cara de doido msm).
O filme da a entender que ela vai usar a inteligência pra derrotar o assassino, isso até que acontece inicialmente, mas no final tudo é definido ao acaso de um saca rolhas no limite do alcance do braço da moça. Até uma flecha certeira na cabeça dele, vinda de uma pessoa que atirou com uma besta pela primeira vez, seria mais convincente que isso cara. Btw, jurava que ela ia matar ele envenenando a flecha, mas pena que a vida é sem graça e isso não rolou :(
Enfim, o filme é legal, da pra assustar sim (principalmente nos primeiros momentos de tensão, quando não sabemos ao certo o como a protagonista vai perceber a presença do assassino).
Sorte que ele não mata o gato, se não eu ia dar 0 (rlx Luiza Mel, tá safe).
 
- Por Ruan Souza.

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