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MODELO DE NEGATIVAÇÃO INDEVIDA

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU/SERGIPE
SUAMIR BRANDAO TAVARES, brasileiro, solteiro, servente de pedreiro autônomo, portador da cédula de identidade RG 3.263.184-7 SSP/SE e inscrição no CPF nº 062.889.205-50, residente e domiciliado na Rua Doze, nº 60, Bairro Santa Maria, Aracaju/ SE, CEP 49000080, sendo representada por seu advogado THIAGO PINHEIRO SILVA, OAB/SE 10065, com endereço profissional na Rua Delmiro Gouveia, nº 2277 e e-mail thiago.pinheiro.s@hotmail.com, conforme procuração anexa, vem mui respeitosamente a presença de V. Exma., com fulcro no Art. 6º e 14 do CDC(Lei 8.078/90) e artigos 186 e 927 do Código Civil, propor a presente
AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS
em face de TELEFÔNICA BRASIL S.A., CNPJ Nº02.558.157/0001-62, com sede na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, Cidade das Monções. São Paulo/SP, por meio de seus representantes legais.
DO PEDIDO DE GRATUIDADE:
O autor informa que trabalhava como servente de pedreiro até março de 2020, ganhando um salário mínimo, contudo por conta da pandemia atual foi demitido sobrevivendo de bicos. Por toda essa situação requer a gratuidade processual, haja vista não ter como arcar com custas sem prejudicar sua subsistência e de sua mãe, que mora com o mesmo.
I - DOS FATOS
1. Em Julho de 2020 o autor necessitou consultar SERASA/SCPC para conseguir um pedido de empréstimo diante da situação atual econômica em virtude da pandemia global, pois foi demitido de seu último trabalho formal em 15 de Março de 2020, sobrevivendo a partir daí de pequenos bicos em obras de vizinhos, etc. Tal foi sua surpresa ao constatar a negativação do CPF da autora por parte da ré, de uma dívida de fatura telefônica de um número que a mesma nunca possuiu;
2. O autor teve o seu nome negativado no SERASA por iniciativa do réu referente a falsa dívida no valor de R$ 110,39 (CENTO E DEZ REAIS E TRINTA E NOVE CENTAVOS) cuja data do vencimento do débito é 10/06 2017;
3. Em razão da negativação realizada pelo réu no SERASA, o autor teve o pedido de empréstimo negado e ficou considerada na praça como má-pagadora além de ter ser score reduzido;
4. É evidente a repercussão negativa gerada pela inscrição indevida, tendo em vista que tal fato acarreta efeitos prejudiciais em diversos aspectos da vida civil, não só limitando imediatamente a obtenção de crédito, mas atentando contra o patrimônio ideal formado pela imagem idônea da consumidora. Assim, enseja na reparação por danos morais em virtude da má prestação de serviço por parte do réu;
II – DO DIREITO
5. No caso em tela, cabe indenização por danos morais, em conformidade com a legislação pátria, conforme o disposto no Art. 186 com Art. 927 do Código Civil e ainda nos moldes dos artigos 6º e 14 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/1990);
6. A legislação brasileira e a jurisprudência estão abarrotadas, no sentido de garantir o direito a indenização àquele que sofre prejuízos de ordem moral e material, em função da ação ou omissão de outrem;
7. O texto legal, do Código Civil não deixa dúvida quanto a responsabilidade do réu na presente questão e o seu dever de indenizar. O art. 186 abre uma grande gama de possibilidades de indenização quando expressa:
"Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano".
8. O Código Civil no seu Art. 186 combinado com o Art. 927, impõem o dever de indenizar àqueles que causam prejuízos a outras pessoas. Assim, o Código busca trazer para o ordenamento jurídico positivo os diferentes tipos de danos indenizáveis já consolidados pela jurisprudência. Visando este objetivo, procura enumerar as possibilidades em que o dano pode ser causado. Um exemplo claro é o dano moral que será pleiteado ao final.
9. Assim, verifica-se que a lei, de forma expressa, não dá guarida a postura do réu, e ainda, prevê a indenização pelos danos causados por essa postura negligente e irresponsável perpetrada pela ré.
10. Da mesma forma a CF/88 garante a todos o acesso ao judiciário. Garante também em seu artigo 5º, inciso X, a proteção a honra e a indenização por eventual violação causadora de dano material ou moral.
11. Na mesma trilha o Código de Defesa do Consumidor também estabelece a possibilidade de reparação por danos morais e materiais causado ao consumidor na relação de consumo (Art. 14CDC). O que ocorreu, de fato, foi que a ré negativou o autor no órgão de proteção ao crédito, desestabilizando sua vida financeira, expondo-o a situação vexatória, causando-lhe sofrimento e dor, devendo indenizá-lo pela má prestação do serviço.
12. A inscrição indevida no cadastro de inadimplente é, por si, suficiente para ensejar a reparação. Nessa toada, vejamos os pronunciamentos dos Tribunais Estaduais e esse Eg. TJDF em casos nos quais estão presentes a relação de consumo entre Bancos, afins e o consumidor hipossuficiente:
“DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. SERASA E SPC. DANO CONFIGURADO. INDENIZAÇÃO. VALOR. PROPORÇÃO AO DANO. Para a reparação do dano moral em decorrência de inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, basta a comprovação do ato ilícito. Não se exige a comprovação efetiva do dano que se dá in reipsa. (...).” (ACJ 2007.02.1.001158-8, Relator Juiz Carlos Pires Soares Neto, DJ de 7.8.2008)”
“DIREITO DO CONSUMIDOR. CONCILIAÇÃO PARCIAL. POSSIBILIDADE. CADASTRO DE INADIMPLENTES. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DANO MORAL. REVELIA. (...) 2. Inscrito o nome do consumidor nos cadastros de inadimplentes, de forma indevida, é patente a existência do dever de indenizar, pois cabe à prestadora de serviços, que aufere lucro com a atividade, assumir os riscos inerentes. 3. negativação indevida, por si só, é suficiente a ensejar indenização a título de dano moral, não sendo necessário que o prejudicado tenha que comprovar prejuízo, que emerge da simples restrição creditícia. (...)” (ACJ 2007.11.1.001916-, Relator Juiz Sandoval Oliveira, DJ de 6.8.2008)”
“Dano moral. Inscrição indevida do nome em cadastro de inadimplentes. Fraude. Valor da indenização. (...) 2 - A inscrição indevida do nome em serviço de proteção ao crédito gera constrangimentos, com danos morais, que devem ser reparados. 3 – Valor de indenização por dano moral que se mostra adequado não reclama alteração. 4 – Agravo retido não conhecido e apelação não provida. (Apelação Cível 2009 01 1 075609-5 APC – Relator Desembargador JAIR SOARE.)”
TJ-DF - Apelação Cível APL 267977420108070007 DF 0026797-74.2010.807.0007 (TJ-DF) - Data de publicação: 26/03/2012 “Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E DANO MORAL. DEPÓSITO EM TERMINAL ELETRÔNICO. DEFEITO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. DANO MATERIAL CONFIGURADO. 1. A INSTITUIÇÃO BANCÁRIA DEVE PRESTAR ADEQUADO SERVIÇO AO CONSUMIDOR, DEVENDO RESPONDER PELOS DANOS DECORRENTES DE SUA MÁ ADMINISTRAÇÃO. (...)”
13. Pacífico, portanto, o entendimento legal, doutrinário e jurisprudencial de que se trata de relação consumerista, onde, pelas características peculiares, há uma responsabilidade objetiva por parte da ré.
14. Verifica-se, dessa forma que não resta dúvida quanto a relação consumerista, bem como a necessidade de indenizar pelos danos morais causados. Deve indenizar o cliente pelos danos causados, em quantia suficiente para inibir a sua prática delituosa.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto e do que preceitua a legislação vigente, a doutrina e a jurisprudência, requer-se o julgamento procedente da presente ação, em todos os seus termos, determinado desde já as seguintes providências:
a) A citação do réu no endereço supra, para que, querendo, venha contestar os fatos narrados (art. 336 do novo CPC), sob pena de arcar com os efeitos da revelia.
b) Desde já, deseja INFORMAR QUE NÃO TEM INTERESSE NA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NO CEJUCS (art. 334. § 4º, I, NCPC), haja visto que há pouca resolutividade nessas audiências;
c) A inversão do ônus da prova, conforme o disposto noartigo 6º, inciso VIII, do CDC (Lei 8.078/1990), caso seja necessário, naquilo que ao autor for de difícil comprovação em virtude da hipossuficiência do consumidor, especialmente por se tratar de informações ou documentos que estejam em posse do réu. Requerendo nesse caso, cópia do contrato que a ré possui com a autora, com assinatura da mesma.
d) Seja declarado o reconhecimento da inexistência da dívida que originou a inscrição no órgão de proteção ao crédito.
e) A condenação do réu ao pagamento de indenização por danos morais a serem arbitrados por Vossa Excelência, em quantia suficiente para alcançar o caráter pedagógico da medida, considerando ainda os danos causados ao autor e as posses do ofensor, em valor não inferior a R$ 6.000,00 (seis mil reais), corrigidos monetariamente e com juros de 1% a. M., até a liquidação da sentença;
f) Por derradeiro, requer a condenação do réu no pagamento das custas processuais e honorários de sucumbência fixados por V. Exª, nos moldes do Art. 85, parágrafo 2º, do novo CPC.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, em especial pelas provas documentais juntadas e outras que vierem a ser produzidas no curso processual, provas testemunhais, pelo depoimento pessoal dos representantes do réu, sob pena de confissão e demais provas que vierem a ser produzidas durante a instrução processual.
Dá a presente causa o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
Aracaju, 22 de julho de 2020.
THIAGO PINHEIRO
OAB/SE 10065

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