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URGENCIAS_E_EMERGENCIAS

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1
 
 
 
COLÉGIO SALVATORIANO IMACULADA CONCEIÇÃO 
HOSPITAL SALVATORIANO DIVINO SALVADOR 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO CLIENTE COM 
AFECÇÕES CLÍNICO CIRURGICAS II 
(Urgência e Emergência) 
- Bloco temático 3 - 
I Elaboração, Digitação e Diagramação-2003 
 Enfermeira Catharina Cericato 
 
II Revisão – 2008 
 Enfermeira Catharina Cericato 
 
III Revisão – 2010 
 Enfermeira Josiane B.O da Silva 
 
IV Revisão – 2012 
Enfermeira Josiane B.O da Silva 
 
 
 
VIDEIRA, JANEIRO 2012 
 2
SUMÁRIO 
 
 
 
1 UNIDADE DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR 05 
1.1 DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 05 
2 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE 
EMERGÊNCIA 
05 
2.1 LOCALIZAÇÃO 05 
2.2 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO 05 
2.3 EQUIPE DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 06 
2.4 TREINAMENTO EM SERVIÇO 06 
3 CLIENTE NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 06 
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A 
SALA DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIAS 
06 
4.1 ESPAÇO FÍSICO 06 
4.2 CARRINHO DE EMERGÊNCIA 07 
5 OXIMETRIA 08 
6 OXIGENOTERAPIA 08 
6.1 CATETER NASAL 08 
6.2 MÁSCARA DE VENTURI 09 
7 TERAPIA INTRAVENOSA NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 
(SE) 
09 
8 BOMBA DE INFUSÃO/BOMBA DE SERINGA 11 
9 CÂNULA DE GUEDEL/OROFARÍNGEA E ENTUBAÇÃO 
OROTRAQUEAL/NASOTRAQUEAL 
11 
9.1 CÂNULA DE GUEDEL 11 
9.2 ENTUBAÇÃO OROTRAQUEAL/NASOTRAQUEAL 
9.3 Tubo esôfago-traqueal (Combitube) 
9.4 Máscara Laríngea (ML) 
12 
12 
12 
10 CRICOTIREOIDOTOMIA E RESPIRADOR 
ARTIFICIAL 
12 
10.1 CRICOTIREOIDOTOMIA 12 
10.2 VENTILAÇÃO MECÂNICA 12 
11 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
(EPI) 
13 
12 DOENÇAS INFECCIOSAS 13 
12.1 MENINGITE 13 
12.2 TÉTANO 13 
12.3 GRIPES 14 
12.4 AIDS 15 
13 AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO INICIAL NO SUPORTE 
AVANÇADO DE VIDA 
16 
13.1 ABORDAGEM DA VÍTIMA NO ABCDE (Exame Primário) 16 
13.2 EXAME SECUNDÁRIO 20 
14 CHOQUE 20 
14.1 CHOQUE HIPOVOLÊMICO 20 
14.2 CHOQUE CARDIOGÊNICO 21 
14.3 CHOQUE NEUROGÊNICO 22 
14.4 CHOQUE ANAFILÁTICO 22 
14.5 CHOQUE SÉPTICO 23 
 3
15 HEMORRAGIAS 23 
16 TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE) 27 
16.1 CONCUSÃO 27 
16.2 CONTUSÃO CEREBRAL 27 
16.3 FRATURAS DE CRÂNIO 27 
16.4 HEMATOMAS 28 
17 TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) 29 
18 EMERGÊNCIAS DO SISTEMA TEGUMENTAR 31 
18.1 FERIMENTOS 31 
18.2 ENTORSES 32 
18.3 LUXAÇÃO 32 
18.4 DISTENSÃO 33 
18.5 FRATURAS 33 
19 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS 36 
19.1 CRISE CONVULSIVA 36 
19.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) 36 
20 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS 37 
20.1 AGITAÇÃO DELIRANTE 38 
20.2 AGITAÇÃO MANÍACA 38 
20.3 DEPRESSÃO MAIOR 38 
20.4 AGITAÇÃO PSICOMOTORA NÃO ESPECÍFICA 38 
20.5 ESTUPOR CATATÔNICO 38 
20.6 PSICOSES ALCÓOLICAS 38 
20.7 SUICÍDA 39 
21 EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES 39 
21.1 EQUIPAMENTOS E EXAMES: 39 
21.2 DOR TORÁCICA (ANGINOSA) 40 
21.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 40 
21.4 ARRITMIAS 41 
21.5 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 41 
21.6 EDEMA AGUDO DE PULMÃO 41 
21.7 PARADA CARDIORESPIRATÓRIA (PCR) 42 
22 EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS 43 
22.1 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA ( IRPA ) 43 
22.2 EMBOLIA PULMONAR 44 
23 TRAUMA TORÁCICO 45 
23.1 FRATURAS MÚLTIPLAS DE COSTELAS 45 
23.2 TÓRAX INSTÁVEL 45 
23.3 CONTUSÃO PULMONAR 46 
23.4 INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA GRAVE 46 
23.5 PNEUMOTÓRAX 46 
23.6 HEMOTÓRAX 47 
23.7 CONTUSÃO CARDÍACA 47 
23.8 RUPTURA DE AORTA 47 
23.9 RUPTURA DE DIAFRAGMA 47 
24 TRAUMA ABDOMINAL 47 
24.1 TRAUMA ABERTO 49 
24.2 TRAUMA FECHADO 49 
25 EMERGÊNCIAS GASTROINTENSTINAIS 50 
25.1 DOR ABDOMINAL AGUDA 50 
25.2 HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL 51 
25.3 ENVENENAMENTO 52 
25.4 OBSTRUÇÃO INTESTINAL 53 
 4
26 EMERGÊNCIAS UROLÓGICAS 53 
26.1CÓLICA RENAL 53 
26.2 RETENÇÃO URINÁRIA 53 
27 ACIDENTES OFÍDICOS 54 
28 EMERGÊNCIAS METABÓLICAS 56 
28.1 CETOACIDOSE DIABÉTICA 56 
28.2 HIPOGLICEMIA 56 
29 EMERGÊNCIAS DE TEMPERATURAS 57 
29.1 HIPOTERMIA 57 
29.2 HIPERTERMIA 58 
30 QUEIMADURAS 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
 
 
 
 
 
 
 1 UNIDADE DE EMERGÊNCIA HOSPITALAR 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 
 
 O Serviço de Emergência (SE) é o local do hospital, preparado para o atendimento a 
clientes criticamente enfermos, com potencial risco de vida. O sucesso da assistência prestada, 
neste local, tem relação direta com a interação entre os recursos humanos e tecnológicos, 
aliados à estrutura organizacional. 
 Os clientes que chegam a este serviço podem ser classificados em três categorias: 
 
Emergência: aqueles que necessitam de um tratamento/avaliação imediatos (parada 
cárdiorespiratória, dor torácica aguda, hemorragia, convulsão). 
 
Urgência: aqueles que apresentam doença ou ferimento sério que necessita de 
intervenção/avaliação em 20 minutos a 2 horas ( fraturas simples, dor abdominal aguda, 
acidente vascular cerebral, alteração significativa dos sinais vitais). 
 
Não urgência: aqueles que apresentam lesões menores , condições não agudas, e podem ser 
atendidos em ambulatórios de pronto atendimento (luxação, lombalgia, congestão nasal, 
tosse). 
 
 A lei do exercício profissional, nº 7.498, de 25 de junho de 1986, artigo 8º, prevê que a 
assistência a pacientes graves, com risco de vida, bem como as atividades que exigem maior 
complexidade técnica, são privativas do profissional Enfermeiro. Entre outras atividades, cabe 
ao Técnico em Enfermagem, prestar cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado 
grave, sob supervisão do Enfermeiro (lei n º 7.498/86, art. 15, decreto nº 94.406/87, art 10 e 
13). 
 
2 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 
 
2.1 LOCALIZAÇÃO 
 As normas e padrões de construções e instalações de serviços de saúde do Ministério de 
Saúde, determinam que os serviços de emergência devem ser localizados em pavimento 
térreo, com ampla a entrada e espaço adequado, para a livre circulação de ambulâncias, 
facilidade de acesso aos serviços de apoio, complementares e de tratamento. 
 
2.2 PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO 
 Este serviço deve contar com salas de admissão e registro, de espera, de triagem, de 
reanimação, de redução de fraturas e aplicação de gesso, de preparo e de administração de 
medicamentos, de sutura e pequenas cirurgias, de repouso e observação, de isolamento, de 
guarda de equipamentos, higienização, sanitários, rouparia, sala de estar para médico e 
enfermagem e consultórios. 
 A sala de reanimação deve estar localizada próxima à entrada do serviço, ser de fácil e 
rápido acesso, com portas amplas, muito bem equipada e ser submetida a revisão diária, no 
início de cada plantão e, após cada atendimento. 
 6
 A conservação e manutenção, desta sala e dos materiais de atendimento, exigem cuidados 
freqüentes, pois a sua desorganização e o seu não funcionamento durante um atendimento de 
emergência, seriam desastrosas para o cliente e atingem a moral da equipe. 
 A sala de observação e repouso, devem por sua vez, estar próximas às áreas de 
atendimento geral. A disposição dos leitos deve proporcionar observação individual e de 
conjunto, espaço suficiente para a locomoção do pessoal, rápido atendimento e facilidade para 
a assistência de enfermagem. A enfermagem deve primar pela conservação da privacidade. 
 
2.3 EQUIPE DO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 
 É composta basicamente por médicos, equipe de enfermagem, agentes administrativos e de 
segurança e outros profissionais afins a área de saúde que a realidade requeira.(assistente 
social, psicólogo, assistente religioso). 
 Cada profissional tem importância própria no desempenho das funções de equipe. A 
complexidade de ações desenvolvidas neste serviço exigem que os profissionais que ali 
trabalham sejam aptos para realizar as identificações necessárias ao tratamento que o cliente 
necessita ou seja, entre outras : 
- identificação dos parâmetros fisiológicos e interpretação das necessidades 
correspondestes; 
- realizaçãode procedimentos específicos e de maior complexidade; 
- reconhecimento e atendimento das necessidades psicológicas do cliente e da sua família. 
 
2.4 TREINAMENTO EM SERVIÇO 
 A manutenção de altos níveis de qualidade de assistência em cada membro da equipe que 
desenvolve atividades neste serviço assistencial, é um fator determinante da qualidade de 
assistência, recuperação e satisfação do cliente . É de primordial importância que haja um 
cronograma planejado de Educação em Serviço tendo em mente a necessidade de atualização 
constante para responder as inovações tecnológicas que o mercado oferece e as diversificadas 
necessidades assistenciais, cada dia mais complexas e diversas. 
 Ao enfermeiro cabe planejar e executar os treinamentos, ao técnico em enfermagem cabe a 
participação ativa e a busca constante de aperfeiçoamento, garantindo assim, a qualidade da 
assistência que irá prestar. 
 
3 O CLIENTE NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA 
 A ansiedade é um fator notoriamente presente nos clientes e familiares que chegam a este 
setor assistencial, não poucas vezes, além da ansiedade já demonstração de agressividade e 
revolta, o que dificulta em muito um desenvolvimento normal de prestação de ações 
assistenciais de enfermagem que poderiam ser simples e seguras. 
É importante a integração da equipe no sentido de manter os níveis de qualidade e 
segurança assistencial, conquistar a colaboração dos clientes e familiares para garantir bons 
resultados nas atividades. 
Algumas atitudes adotadas pelos membros da equipe de enfermagem contribuem muito 
para minimizar a ansiedade dos clientes e familiares: 
* fornecer informações e explicações acerca dos cuidados que estão sendo prestados; 
* evitar comentários desnecessários; 
* demonstrar afeição através do olhar, do sorriso, do respeito e da atenção ao cliente e 
familiares . 
 
4 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A SALA DE 
ATENDIMENTO DE URGÊNCIAS 
 Para que aconteça um atendimento à contento e com segurança às urgências que chegam a 
unidade de pronto atendimento é necessário que haja uma estrutura e uma organização que 
responda as necessidades de forma rápida, segura e eficaz , ou seja provida de alguns 
critérios tais como: 
 7
4.1 ESPAÇO FÍSICO: deve existir uma sala própria para atendimento do traumatizado/ 
politraumatizado, que deve estar equipada com material específico para este atendimento que 
são: 
• O2 Canalizado , aspiração e ar comprimido; 
• Aquecedor de ambiente; 
• Estufas para aquecer e cobertores e lençóis; 
• Materiais para aquecimento do soro; 
• Lâmpada auxiliar; 
• Esfignomanômetro e estetoscópio; 
• Sistema de ventilação (ambú), máscaras de O2 com conexão de diversos tamanhos, 
cânulas de Guedel, pinça de Maggil; 
• Catéteres para acesso venoso, abocath, fios de sutura; 
• Gaveta contendo materiais descartáveis como: seringas, agulhas, equipos para soro e 
sangue, polifix, sondas para aspiração, nasogástricas, vesical, para flebotomia, máscaras, 
gorro, óculos, frascos coletores de amostras de material para exames, lubrificantes, gel 
para eletrodos, material para tricotomia, esparadrapo, micropore, atadura de crepon, 
urokit. 
4.2 CARRINHO DE EMERGÊNCIA 
Tábua de compressão torácica; 
Monitor cardíaco, oxímetro, eletrocardiógrafo com cardio-versor. 
 
1ª GAVETA 
Medicamentos mais utilizados em situações de emergências: 
 
Para diluição: 
- AD Ampola com 5ml; 
- AD Ampola com 10ml; 
- Cloreto de sódio – ampola de 10ml a 20%. 
 
Aminofilina; Atropina; Bicarbonato de sódio; Cloreto de potássio (KCl); Diazepam; 
Dopamina / Revivan; Epinefrina / Adrenalina; Hidantal / Fenitoína sódica; Amiodarona / 
Ancoron; Fentanil; Gardenal / Fenobarbital; Furosemida / Lasix; Prometazina / Fenergan; 
Cedilanide / Lanatosídeo C; Sulfato de magnésio; Hidrocortisona / Solu-cortef; Heparina / 
Liquemine; Midazolan / Dormonid; Haldol / Haloperidol; Adalat / Nifedipina; Isordil; 
Gluconato de cálcio; Glicose hipertônic; 
cloridrato de lidocaína / Xylocaína. 
 
2ª GAVETA 
 
Agulhas 25 x 7 
Agulhas 40 x 12 
Jelco nº 20 
Jelco nº 18 
Jelco nº 22 
Cateteres Subclávia nº 16 
Equipo Macrogotas 
Equipo Microgotas 
Sonda Uretral nº 8 
Sonda Uretral nº 12 
Sonda Uretral nº 16 
 8
Sonda Nasogástrica nº 12 
Sonda Nasogástrica nº 16 
Lâmina de Bisturi 
Naylon 3,0 com agulha 
Scalp nº 19 
Scalp nº 21 
Scalp nº 23 
Seringa 1 ml 
Seringa 3 ml 
Seringa 5 ml 
Seringa 10 ml 
Seringa 20 ml 
Xilocaína Geléia 
 
3ª GAVETA 
 
Bicarbonato de Sódio 5% 
Eletrodos 
Luvas Cirúrgicas nº 7,5 
Luvas Cirúrgicas nº 8,0 
Soro Glicosado 5% 250ml 
Soro Glicosado 5% 500ml 
Soro Fisiológico 0,9% 250ml 
Soro Fisiológico 0,9% 500ml 
Tubos de entubação adulto e pediátrico 
4ª GAVETA: 
 
Ambu 
Cânula de Guedel 
Guia de tubo 
Lâmina para Laringo curva e reta adulto e pediátrico 
Laringoscópio 
Pilhas 
Látex 
Máscara Oxigênio (cateter, óculos e venturi) 
Óculos Protetor 
Umidificador 
 
 
5 OXIMETRIA 
 A oximetria de pulso é um sistema, não invasivo, de medição dos valores de oxigênio 
periférico (SPO2) e pulso, ou seja, consiste em monitorizar continuamente o nível de 
saturação do oxigênio no sangue e pulso contribuindo, assim, para uma vigilância mais eficaz 
dos doentes. 
Atenção: Valores normais SaO2: 95 à 100%; Abaixo de 80%: iniciar intubação orotraqueal; 
Colocado na ponta do dedo ou lobo da orelha; PCR, anemia severa, choque (perfusão 
periférica alterada), administração EV de corantes (tingem o sangue). 
 
6 OXIGENOTERAPIA 
 Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à 
encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. 
Métodos de Administração O2: 
6.1 CATETER NASAL: Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. 
 9
1- Vantagens: 
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples; 
- Facilidade de aplicação. 
2- Desvantagens: 
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido; 
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2; 
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe; 
- Facilidade no deslocamento do cateter; 
- Não permite nebulização; 
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas. 
 
6.2 MÁSCARA DE VENTURI: Constitui o método mais seguro e exato para liberar a 
concentração necessária de oxigênio. 
Efeitos Tóxicos e Colaterais: 
Em pacientes portadores de DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminará o 
estímulo respiratório - apnéia; 
- Resseca a mucosa do sistema respiratório; 
- Altas concentrações de O2 (acima de 50%) por tempo prolongado ocasionam alterações 
pulmonares (atelectasias, hemorragia e outros); 
- Altas concentrações de O2 (acima de 100%) há ação tóxica sobre os vasos da retina, 
determinando a fibroplasia retrolenticular. 
Cuidados com o O2: 
Não administra-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro; 
- Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; 
- Controlar a quantidade de litros por minutos; 
- Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento; 
- Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à 
umidade; 
- Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do 
umidificador e a quantidade de litros por minuto; 
- Observar e palpar o epigástrio para constatar o aparecimento de distensão; 
- Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); 
- Avaliar com freqüência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência 
adequada; 
- Manter vias aéreas desobstruídas; 
- Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; 
- Controlar sinais vitais. 
 
7 TERAPIA INTRAVENOSA NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA (SE) 
 Injeção intravenosa, terapia intravenosa ou IV é uma via de administração, e consiste na 
injeção de agulhas ou catéter contendo princípios ativos,vacinas ou hemoderivados nas veias 
periféricas dos membros superiores ou inferiores.Não existe absorção nesta via de administração, pois a droga cai diretamente na corrente 
sanguínea. Assim, não pode ser revertida. É um meio ótimo de administrar medicamentos 
pela velocidade e eficiência. É a via de preferência para fármacos que não podem ser 
aplicados por via intramuscular ou subcutânea, quando o objetivo é o início rápido de ação ou 
quando a via oral não é possível por intolerância à medicação (como vômitos e dor de 
estômago) ou por condição que reduza a absorção do medicamento (como diarréia). 
 
Locais para punção: 
• Veias digitais (ao longo das faces lateriais e dorsais dos dedos); 
• Veias metacarpianas (sobre o dorso da mão); 
• Rede venosa dorsal (face dorsal do antebraço); 
 10
• Veia mediana do antebraço ( face ventral do antebraço); 
• Veia cefálica acessória (corre ao longo do rádio); 
• Veias antecubitais; 
• Veia basílica ( percorre a face antecubital do antebraço e do braço); 
• Veia cefálica ( face radial do antebraço e do braço). 
• Região plantar pés; 
• Veia jugular externa e interna. 
 
Dispositivos de punção venosa: 
• Cateter venoso periférico (abocath); 
• Agulha tipo borboleta (scalp). 
• Cateter venoso central. 
 
Calibre dos cateteres e agulhas: 
 14 – 16 
 18 
 20 
 22 
 24 - 26 
 
Tratamento IV em pediatria: 
• Em bebês os melhores locais de punção são o couro cabeludo (veia temporal e veia 
metópica), no dorso das mãos, pés e fossa antecubital. 
• Sempre palpar para certificar-se de que é uma veia e não uma artéria; 
• Se possível um dos pais estar presente (se criança lúcida); 
• Acesso venoso intra-osseo. 
 
Complicações: 
• Cateter rompido; 
• Deslocamento cateter; 
• Embolia gasosa; 
• Espasmo vanoso; 
• Flebite; 
• Hematoma; 
• Infecção sistemica; 
• Infiltração; 
• Obstrução; 
• Reação alérgica; 
• Trombose. 
 
Terapia Venosa no SE 
• Cateter venoso periférico; 
• Cateter venoso central. 
 
Cateter venoso central: 
 São cateteres cuja a ponta distal, ou seja, a ponta do cateter inserida no paciente, está 
localizada no terço médio inferior da Veia Cava Superior ( para administração de fluidos) 
ou no interior do átrio direito (para monitorização invasiva). São constituídos de 
poliuretano ou silicone, sendo os de silicone mais flexíveis e em sua maioria inertes 
(causando menor irritação à parede dos vasos e interação medicamentosa). Estes 
dispositivos podem ser encontrados em duas formas de apresentação:Kit completo: 
campos cirúrgicos, torniquetes, fita métrica, soluções anti-sépticas, agulha introdutória, 
 11
tesoura ou guilhotina, seringas, pinça auxiliar para inserção, gases, adesivos transparentes 
e cateter.Mini Kit: fita métrica, agulha introdutória e cateter. 
Indicações 
 
 Administração de medicamentos irritantes ou vesicantes; 
 Administração de drogas vasoativas; 
 Dificuldade de acesso periférico. 
 
Local de Punção 
 Veia jugular interna direita e esquerda; 
 Veia subclávia direita e esquerda; 
 Veia jugular externa direita e esquerda; 
 Veias femorais direita e esquerda. 
 
Graves Complicações do Procedimento 
 Pneumotórax traumático; 
 Hemotórax traumático; 
 Hidrotórax; 
 Hematoma local; 
 Lesão arterial; 
 Quilotórax traumático, etc. 
 
 
 OBS: MEDICAÇÃO EM BOLUS/ TERAPIA TRANSFUSIONAL. 
 
8 BOMBA DE INFUSÃO/BOMBA DE SERINGA 
 É m aparelho médico-hospitalar ou veterinário, utilizado para infundir líquidos tais 
como drogas ou nutrientes, com controle de fluxo e volume nas vias venosa, arterial ou 
esofágica. 
Existem vários modelos de Bomba de Infusão, mas podemos dividi-las em tres classes 
principais: 
• Bombas de Infusão Volumétricas Universais;5 
• Bombas de Infusão de Seringas; 
 
Bombas de infusão volumétricas universais: utiliza equipos de soro padrão para bombear e 
controlar os líquidos a serem infundidos para dentro do corpo. O controle de fluxo nestes 
equipos sem bomba infusora é normalmente feito por gravidade e estrangulamento da luz do 
tubo por um dispositivo chamado de pinça rolete. Quanto maior a luz interna do tubo, maior a 
vazão e vice-versa. Este método não é estável e varia muito com a temperatura e acomodação 
do material do tubo, que mede de 2,5 à 4 milimetros de diâmetro e cerca de 2 metros de 
comprimento.O fluxo pode variar desde 0,5 mililitros por hora até 1 litro por hora e 
quantidades de 1 ml até 10 litros, conforme necessidades do paciente. 
 
Bombas de infusão de seringa: utilizam seringas de injeção descartáveis comuns para 
infundir. Por meio de um dispositivo mecânico, um acionador vai empurrando o embolo da 
seringa continuamente, podendo ser um eixo sem-fim ou engrenagens tipo pinhão e 
cremalheira. Um tubo fino (equipo de seringa) conduz o líquido da seringa para dentro do 
corpo, que pode ser por uma agulha de injeção ou cateter. São os modelos de maior precisão e 
fluxo contínuo. 
 
 
9 CÂNULA DE GUEDEL/OROFARÍNGEA E ENTUBAÇÃO 
OROTRAQUEAL/NASOTRAQUEAL 
 12
 
9.1 CÂNULA DE GUEDEL: É um tubo de forma semicircular, de plástico ou borracha, que é 
introduzido sobre a língua até a porção posterior da faringe. Faz-se no paciente inconsciente 
que respira espontaneamente. 
Objetivo: Impedir que a língua do paciente caia para trás, contra a parede posterior da faringe 
e obstrua a via aérea, e permite a aspiração de secreções. 
 
9.2 ENTUBAÇÃO OROTRAQUEAL/NASOTRAQUEAL: É a passagem de um tubo, 
através da boca ou nariz, para dentro da traquéia. 
Indicação: Em toda a situação em que o controle definitivo da via aérea for necessário. As 
indicações específicas incluem a apreensão cardíaca ou respiratória, a falha em proteger a via 
aérea da aspiração, a oxigenação ou a ventilação inadequada, e a obstrução de via aérea 
iminente ou existente. 
Técnica médica: Posicionamento do paciente preferencialmente em decúbito dorsal 
horizontal. 
• Hiperextensão da cabeça e elevação da mesma por um coxim. 
• Ventilação do paciente com máscara facial e AMBU para não expor o paciente à 
hipóxia. 
• Laringoscopia: o laringoscópio é inserido pelo lado direito da boca, sendo que a 
lâmina deslizará pela língua e se posicionará na valécula, com conseqüente desvio 
total da língua para a esquerda; deve-se neste momento tomar o cuidado de não 
pressionar o lábio inferior contra os dentes incisivos. 
• Bascular o laringoscópio cerca de 45 graus em relação ao plano da mesa e levantá-lo. 
Tal movimento irá expor a laringe e permitir a entubação. 
• Inserção do tubo, com seu balonete (cuff) previamente testado. 
• Insuflação do balonete. 
• Verificação quanto ao posicionamento e seletividade. 
• Fixação do tubo. Lembrar que movimentos da cabeça podem deslocar o tubo em até 5 
cm. 
Entubação Seletiva: Uma situação comum, a introdução do tubo endo-traqueal em apenas 
um dos brônquio-fontes, particularmente no direito, pois este apresenta-se em ângulo mais 
agudo com a traquéia. Para a correção da situação, que é confirmada pela expansão de um 
só dos pulmões, basta retroceder um pouco o tubo. 
Medicações via tubo: NAVEL: Naloxona, Atropina, Vasopresina, Epinefrina, Lidocaína. 
 
 
9.3 Tubo esôfago-traqueal (Combitube): dispositivo desenvolvido inicialmente por 
Frass em 1987, combina as funções de obturador esofágico e tubo traqueal. É introduzido às 
cegas e permite adequada ventilação independentemente de sua posição ser esofágica ou 
traqueal. 
 
9.4 Máscara Laríngea (ML): Uma alternativa à intubação traqueal e ao uso de máscara 
facial em anestesias e reanimação. Inserção rápido e fácil, sem laringoscópio. 
 
 
 
 
10 CRICOTIREOIDOTOMIA E RESPIRADOR ARTIFICIAL 
 
10.1 CRICOTIREOIDOTOMIA: Também chamado de punção da membrana 
cricotireóide, é uma punção ou incisão na membrana cricotireóide para o estabelecimento 
da via aérea. Usadas quando a intubação endotraqueal e a traqueostomia são contra 
indicadas ou não são possíveis como no caso de obstrução da via aérea decorrente de 
 13
extenso traumatismo maxilofacial, laringoespasmo, edema de faringe (alergias) ou 
obstrução da laringe. 
Complicações por punção:Ventilação inadequada (hipóxia); Aspiração sangue; 
Perfuração esofágica; Hematoma; Perfuração parede traqueal; Perfuração tireóide. 
Técnica: Colocação de coxim sob os ombros para a exposição do pescoço e assepsia da 
região anterior do pescoço e anestesia da pele. Identificar a membrana cricotireóidea. 
Imobilizar a laringe usando o polegar e o dedo médio enquanto que o indicador palpa a 
membrana cricotireóidea. Fazer incisão vertical na pele e palpar a cartilagem e incisão 
horizontal na membrana cricotireóidea próxima à sua borda inferior (Fig.A). Dilatar 
verticalmente a incisão com uma pinça Kelly ou com o cabo do bisturi (Fig. B). Inserir a 
cânula de cricotireoidostomia, de traqueostomia infantil ou mesmo um abocath. Insuflar o 
balonete e confirmar intubação (CO2 expirado). 
 
10.2 VENTILAÇÃO MECÂNICA: Dispositivo de respiração, com pressão positiva e 
negativa, que pode manter a ventilação e a liberação de oxigênio por um período 
prolongado. 
Indicações: Redução contínua na oxigenação; Aumento níveis arteriais de dióxido de 
carbono; Pós operatório cirurgia torácica ou abdominal; Dose excessiva de drogas, 
Doenças neuromusculares; Lesão inalação; DPOC; Politraumatismos; Choques; 
Insificiência múltiplos sistemas; Coma. 
Classificação: Pressão Negativa; Pressão Positiva. 
Ajuste e Parâmetros dos Ventiladores: Escolha médica; Realizado por médico ou 
fisioterapeuta; Paciente deve estar em “sincronia” com a máquina. 
 
11 USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
 São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra 
possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma 
determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por 
vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou 
vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado 
quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que 
se desenvolve a atividade. 
Tipos utilizados no serviço de emergência: avental, gorro, óculos, máscara, luvas, propés. 
 
12 DOENÇAS INFECCIOSAS 
 Dentre as diversas doenças infecciosas abordaremos apenas algumas, as que ocorrem com 
maior incidência: 
 
12.1 MENINGITE 
 É a infecção mais comum do sistema nervoso central, podendo acometer as meninges, o 
cérebro ou a medula espinhal. A meningite pode ser causada por diversos microorganismos. 
As forma mais comuns de meningite são: bacteriana, tuberculose e viral. 
 A forma mais grave é a bacteriana que é causada pelo meningococo. Os sintomas iniciais 
incluem: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, brudzinski positivo (movimento de flexão 
perna sobre a coxa ao se fletir a cabeça ) , vômito e mialgia, podendo o cliente evoluir para a 
confusão mental, convulsões e coma. 
 Na meningococcemia, é comum a erupção máculo-petequial disseminada. 
 Na meningite bacteriana, a precocidade no estabelecimento do diagnóstico e a rapidez no 
atendimento imediato, são determinantes para o sucesso da terapêutica. 
 
Ações de Enfermagem 
-Previna complicações: observe sinais de insuficiência respiratória, o nível de consciência, 
sinais de choque e verifique os sinais vitais; 
 14
-Previna a disseminação de infecção, estabelecendo o isolamento respiratório (use epi); 
-Auxilie na definição do diagnóstico: prepare o material e auxilie na realização da punção 
lombar; 
-Instale o acesso venoso e mantenha-o permeável: faça coleta de sangue para exames 
laboratoriais, controle infusão de líquidos e administre a medicação, segundo a prescrição; 
-Controle a diurese; 
-Mantenha o ambiente com reduzidos estímulos luminosos e auditivos; 
-Oriente e encaminhe a notificação compulsória. 
 
12.2 TÉTANO 
 Doença causada pela liberação da neurotoxina produzida pelo Clostridium tetani. As 
pessoas, geralmente, são expostas a infecção por contato de ferimentos com o solo 
contaminado, poeira, água e fezes humanas, onde se encontram esporos. Muitas vezes, a lesão 
que serviu de porta de entrada é tão insignificante que passa despercebida. O bacilo é 
anaeróbio, não vive em presença de oxigênio. 
 O inicio das queixas normalmente sã: dificuldade para engolir e sono, seguidos de rigidez 
de mandíbula (trismo), dor no pescoço e costas, espasmos musculares, opistótono, que é o 
arqueamento importante das costas e, comprometimento respiratório. 
 
Ações de enfermagem 
-Mantenha as vias aéreas superiores permeáveis: administre oxigênio, prepare o material e 
auxilie na ventilação e entubação traqueal, posicione o cliente de modo a facilitar a drenagem 
de secreções, faça aspiração de secreções e avalie o estado respiratório; 
 
-Na administração de medicamentos endovenosos: puncione uma veia calibrosa, mantenha-
a permeável e administre a medicação, segundo a prescrição; 
 
-Previna complicações: proteja o cliente contra quedas e traumas, favoreça, se possível, o 
ambiente com redução de luz e ruídos, movimente o cliente o mínimo possível, observe a 
localização e a extensão dos espasmos musculares. 
 
12.3 GRIPES 
Influenza A subtipo H1N1 também conhecido como A(H1N1), é um subtipo de 
Influenzavirus A e a causa mais comum da influenza (gripe) em humanos. A letra H refere-se 
à proteína hemaglutinina e a letra N à proteína neuraminidase, também, chamada de gripe 
aviária é uma doença infecciosa das aves que ocorre em todo o mundo, sendo conhecida 
desde há várias décadas. 
 Este subtipo deu origem, por mutação, a várias estirpes, incluindo a da gripe espanhola 
(atualmente extinta), estirpes moderadas de gripe humana, estirpes endémicas de gripe suína e 
várias estirpes encontradas em aves. 
 O número confirmado destes casos, ainda que estejam associados a uma aparente elevada 
letalidade, é muito reduzido quando comparado com outras doenças, nomeadamente 
infecciosas [por exemplo, tuberculose, malária ou infecção pelo vírus da imunodeficiência 
humana (HIV)] pelo que a gripe aviária em humanos dificilmente pode ser considerada um 
problema de saúde pública humana. 
 
Contágio da “Gripe A” H1N1: O contágio da “Gripe A” H1N1 é dada através do ar, por 
vias aéreas e através de contato direto com pessoas contaminadas. 
Prevenção da “Gripe A” H1N1: Para se proteger da “Gripe A” H1N1 você pode tomar a 
vacina da gripe convencional para ajudar na prevenção já que aumentam a imunidade do 
corpo, porém não combatem o vírus H1N1. O medicamento Tamiflu tem sido utilizado no 
combate da gripe, porém somente deve ser ingerido se prescrito por um médico. 
 15
Máscaras já estão sendo usadas nos principais países em que o vírus H1N1 estão instalados, 
mas são 100% eficientes. Lave sempre as mãos com sabonete e evite colocar as mãos nos 
olhos, bocas e ouvidos e ainda evite ficar em locais fechados com grande aglomeração de 
pessoas e procure sempre locais arejados. 
Gripe Ssazonal é uma doença causada pelo vírus da gripe humana.Em regra, a gripe sazonal 
tem uma evolução favorável para a cura em poucos dias, habitualmente em menos de uma 
semana, o que lhe confere um carácter de doença aparentemente benigna. No entanto, importa 
referir que a gripe sazonal é uma doença com repercussão significativa na saúde pública: 
 Os indivíduos com idade superior a 65 anos e as pessoas com patologia crónica subjacente 
apresentam maior probabilidade de doença grave e de morte, por agravamento da doença pré-
existente ou pneumonia. 
 Estima-se que, em cada ano, cerca de 10 % da população seja afectada, provocando não só 
uma mortalidade relevante, sobretudo nos grupos de risco (devido às complicações acima 
referidas), como também absentismo laboral e escolar com efeitos negativos marcantes nos 
planos económico e social. 
 Apesar de não serem totalmente compreendidos os mecanismos de transmissão, pensa-se 
que o vírus é transmitido aos indivíduos susceptíveis através das secreções respiratórias. A 
doença dissemina-se rapidamente entre a população,particularmente em condições de maior 
aglomeração. 
 
 
 
 
Diferenças da Gripe A e Gripe Sazonal 
SINTOMAS GRIPE COMUM 
(SAZONAL) 
GRIPE A 
Tosse pouca seca 
Febre <39ºC inicio súbito 39ºC 
Dor de cabeça pouco intensa intensa 
Calafrios esporádicos frequentes 
Expectoração congestão nasal pouca 
Cansaço moderado extremo 
Dores musculares moderadas intensas 
Ardor nos olhos leve intenso 
Dor de garganta forte leve 
 
 
12.4 AIDS 
 A AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), (ou Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida - SIDA) é uma doença do sistema imunitário causada pelo 
retrovírus HIV (do inglês Human Immunodeficiency Virus). A AIDS vem se disseminando 
rapidamente pelo mundo desde 1981. 
Vírus da AIDS (HIV): A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma 
drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que 
ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa 
que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos 
 16
mais comuns que nele penetram. Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-
se susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos raros de câncer 
(sarcoma de Kaposi, linfoma cerebral). A pneumonia provocada pelo Pneumocystis carinii é a 
infecção oportunista mais comum, detectada em cerca de 57% dos casos. A toxoplasmose, a 
criptococose e as afecções provocadas por citomegalovírus são outras infecções 
freqüentemente encontradas nos indivíduos imunodeprimidos. As principais causas da morte 
são infecções banais, contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir. 
Tratamento da AIDS: Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento 
eficiente e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV devem procurar ajuda 
médica, tentar conhecer a doença e jamais perder a esperança, afinal, de 1981 até hoje, já se 
passaram muitos anos, estamos num novo milênio e a medicina evolui a cada dia. 
Diagnóstico: Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de 
exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a presença do 
próprio vírus. Ser portador do vírus não significa que a pessoa desenvolverá necessariamente 
a doença. O vírus permanece inativo por um tempo variável, no interior das células T 
infectadas, e pode demorar até 10 anos para desencadear a moléstia. 
Transmissão da doença: 
A AIDS é transmitida através do contato sexual, da 
transfusão de sangue contaminado, da mãe para o bebe durante a gravidez ou na amamentação 
e ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas injetáveis. Como 
não há cura para a doença, seu combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais 
como o uso de preservativos (camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em 
transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis. 
 
13 AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO INICIAL NO SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
 
13.1 ABORDAGEM DA VÍTIMA NO ABCDE (Exame Primário) 
 A avaliação da vítima pode ser dividida em primária e secundária. É através dela que 
vamos identificar as condições da vítima e poder eliminar ou minimizar os fatores causadores 
de risco de vida. 
 Na abordagem de uma vítima, deve-se falar sempre com tranqüilidade e segurança, 
observando seu estado de consciência (pergunte nome, endereço, data). Não faça nada além 
do que o essencial para controlar a situação até a chegada do socorro especializado. 
 A primeira avaliação, chamada de avaliação primária, deve seguir alguns passos seqüenciais 
e muito importantes. 
 
VIA AÉREA E CONTROLE DE CERVICAL: 
 As vias aéreas devem ser rapidamente verificadas para assegurar que estão abertas e 
limpas e que não existe perigo de obstrução. Se estiverem comprometidas, terão de ser abertas 
 17
usando métodos manuais (levantamento do queixo ou tração da mandíbula) e retirada de 
sangue, secreções ou objetos (manuais ou através da aspiração). Se a vítima necessitar deve-se 
colocar equipamentos que facilitam o atendimento como as cânulas orofaríngeas ou 
nasofaríngeas e quando houver a necessidade, deve-se proceder a entubação da vítima. 
Controle da cervical: toda vítima traumatizada com um mecanismo significativo de trauma 
deve-se suspeitar de lesão na medula espinhal, até que tenho sido excluída por exames 
complementares. Portanto, quando permeabilizar a via aérea, a equipe do serviço de 
emergência deve lembrar que existe a possibilidade de lesar a coluna cervical. Se a vítima 
chegar sem colar cervical deve ser colocado imediatamente a fim de evitar o agravamento de 
lesões neurológicas, provocando conseqüências graves à vítima. A equipe deve ter o máximo 
de cuidado no manuseio e transporte deste vítima. 
 Abertura Via Aérea 
 
 
 Controle Cervical 
 
 
 
 
 VENTILAÇÃO/RESPIRAÇÃO 
 A boa respiração se apresenta sem ruídos, o tórax se expande e há boa ventilação. A vítima 
só poderá falar se tiver ar nos pulmões, observar a qualidade da respiração: 
- lenta ou rápida; 
- superficial ou profunda; 
- de ritmo regular ou irregular; 
- tranqüila ou ruidosa. 
 
 A equipe mantém as vias aéreas abertas utilizando a técnica indicada para o caso, 
aproxima sua face junto à boca e nariz da vítima e, num período de cinco a 10 segundos, 
observa: se o tórax se eleva, tenta ouvir ruídos respiratórios, sentir o ar expirado, se a 
ventilação é eficaz e se existem lesões abertas no tórax. 
 A ventilação pode ser administrada por cateteres ou via ambú e a quantidade de O2 
administrado varia conforme a gravidade e patologia da vítima. 
 
 18
 
 
 CIRCULAÇÃO 
 Para avaliar a circulação, verifica-se a presença de pulso em grandes artérias por 10 
segundos. Na avaliação primária recomenda-se a palpação da artéria carótida ou femoral, pela 
facilidade de acesso. 
Pulso: 
a) PULSO CHEIO E REGULAR: sem alteração hemodinâmica 
b) PULSO FINO E RÁPIDO: sinal de hipovolemia 
c) PULSO IRREGULAR: sinal de alteração do débito cardíaco; 
d) PULSO AUSENTE: sinal de choque necessita de ressuscitação imediata. 
 
 Avaliar se existe alterações da cor, umidade e temperatura da pele. 
Cor da pele: a) paciente corado: não há hipovolemia; 
 b) paciente descorado (branco cinza) indica perda de 30% do volume circulante 
total. 
 Para concluir a avaliação da circulação, a equipe inspeciona rapidamente todo o corpo da 
vítima em busca de sinais externos evidentes de grandes perdas sanguíneas. Na presença de 
hemorragia externa abundante, aplicam-se as manobras de contenção desse sangramento. 
 Deve ser puncionado 2 acessos venosos calibrosos (14,16,18) para infusão de fluidoterapia 
aquecida e medicações. 
. Monitorar: PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA, FREQÜÊNCIA 
REPIRATÓRIA, VOLUME URINÁRIO. 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
 O exame neurológico deve ser feito avaliando: nível de consciência. 
 Habitualmente é classificado segundo a Escala de Coma de Glasgow que descreve a 
resposta ocular, verbal e motora a estímulos verbais e dolorosos. Também utiliza-se o exame 
pupilar que ajudará na identificação de possíveis lesões cerebrais. 
 
Escala de coma de Glasgow: Escala que avalia o estado neurológico do paciente após trauma 
crânio – encefálico. 
Compreende três testes: 
- visão; 
- fala; 
- habilidade motora. 
 
Abertura Ocular 
• Espontânea (4) 
• Resposta à fala (3) 
• Resposta à dor (2) 
• Nenhuma (1) 
 19
 
Resposta Verbal Escala verbal modificada (crianças) 
• Orientado (5) Sorri, fixa e segue objetos (5) 
• Confuso (4) Chora, mas consolável (4) 
• Palavras inadequadas (3) Choro,irritabilidade (3) 
• Sons incompreensíveis (2) Inquieto, agitado (2) 
• Nenhuma (1) Nenhuma (1) 
 
Resposta Motora 
• Obedece aos comandos verbais (6) 
• Localiza estímulo doloroso (5) 
• Retirada (4) 
• Decorticação ( adução e flexão das extremidades superiores e inferiores) (3) 
• Descerebração ( extensão e rotação externa das extremidades superiores e pés) (2) 
• Nenhuma (1) 
 
Exame Pupilar: É realizada juntamente com a escala de glasgow para identificar se existe ou 
não lesão neurológica. Verifique se a reação é idêntica em ambas. Se não existir contração 
pupilar ou se esta for diferente de pupila para pupila, poderá indicar sofrimento do Sistema 
Nervoso Central. 
• Isocóricas: pupilas normais; 
• Anisocóricas: tamanhos diferentes; 
• Midriáticas: pupilas dilatadas; 
• Mióticas: pupilas contraídas. 
 
Mióticas 
 
Midriáticas 
Anisocóricas 
 
 
 ESPOSIÇÃO DAS VESTES 
 Procure expor as vestes da vítima em locais mais fáceis para o corte e 
tomando o cuidado com a hipotemia. Evite exposição desnecessárias, evitando 
constrangimentos. 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA EM BEBÊS E CRIANÇAS 
 Os princípios básicos da avaliação primária em bebês (até um ano de idade) e crianças (de 
um ano aos primeiros sinais de puberdade) são os mesmos adotados para adultos, todavia, 
 20
com maior delicadeza na realização das manobras para abertura de vias aéreas e verificação 
de pulso, assim como na avaliação do nível de consciência. O nível de consciência é 
verificado por meio de estímulo tátil (toques leves) e verbal na escala modificada, chamando 
o bebê ou a criança em voz alta, observando se ela balbucia palavras, chora ou emite gemido. 
Para checar o pulso em crianças, a artéria recomendada para palpação é a carótida, e a artéria 
braquial em bebês. 
 
 
13.2 EXAME SECUNDÁRIO 
 É a avaliação da cabeça ao pés da vítima. A equipe deve completar o exame primário, 
identificar e tratar lesões de risco de vida e iniciar a reanimação antes de começar o exame 
secundário, ou seja, esta avaliação só será realizado quando a vítima estiver estável. Seu 
objetivo é identificar lesões ou problemas que não foram identificados durante o exame 
primário. Nesta abordagem, durante o exame céfalo-caudal é utilizadas técnicas de ver, ouvir 
e sentir, aferição dos sinais vitais e história AMPLA da vítima. 
 
 
14 CHOQUE 
 Distúrbio ameaçador à vida, caracterizado pelo insuficiente suprimento de sangue para os 
tecidos e células do corpo. 
 
IMPORTANTE: Reconhecer precocemente sua presença; Identificar a causa provável. 
CLASSIFICAÇÃO: Choque Hipovolêmico; Choque Cardiogênico; Choque Neurogênico; 
Choque Anafilático; Choque Séptico. 
 
SINTOMAS ANTECEDEM CHOQUE: Inquietude; Ansiedade; Nâuseas; Sede intensa. 
 
SINAIS E SINTOMAS GERAIS: Hipotermia; Cianose; Hipotensão; Taquicardia; Pulso fino; 
Pele fria e pegajosa; Sudorese intensa; Palidez; Sede; Nâuseas e vômitos. 
 
14.1 CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
 Tipo mais comum. Caracterizado por um volume intravascular diminuído. Tem como 
causa determinante a perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares. Perda de 1/5 volume 
sanguineo (750 a 1.300 ml). 
 
RISCO DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO: Traumatismos; Grandes cirurgias; Vômito; 
Diarréia; Poliúria; Hemorragia interna/externa; Queimaduras; Ascite e Peritonite. 
 
Clínica: 
Psiquismo: o doente em geral fica imóvel, apático, mas consciente. A apatia é precedida de 
angústia e agitação. 
Pele: fria, sobretudo nas extremidades, pálida, com turgor cutâneo diminuído. 
Circulação: pulso rápido, fraco e irregular, filiforme e às vezes imperceptível. Hipotensão 
sistólica e diastólica. Pressão venosa central (PVC) baixa, caracterizada pelo colapso das 
veias, o que dificulta a sua punção. 
Respiração: rápida, curta e irregular. 
O aspecto hemodinâmico aos clássicos desse tipo de choque incluem taquicardia, 
hipotensão, redução das pressões de enchimento cardíaco e vasoconstrição periférica, 
midríase. 
 
TRATAMENTO: Seu objetivo principal é a restauração do volume intravascular, redistribuir 
o volume hídrico e corrigir a causa básica. 
 21
• Tratamento da Causa Básica: Se o paciente estiver num processo de hemorragia, esta 
deve ser interrompida o mais rápido possível, através do estancamento do 
sangramento ou pode ser necessário uma cirurgia para estancar o sangramento 
intenso/interno. Se a causa da hipovolêmia for diarréia ou vômito, devem ser 
administrados medicamentos. 
• Reposição Hídrica e Sanguínea: Devem ser instalados dois acessos intravenosos que 
permitem a administração simultânea de líquidos e derivados do sangue, administrar: 
• Ringer lactato e cloreto de sódio: são líquidos cristalóides, isotônicos, que se deslocam 
livremente entre os compartimentos líquidos do corpo, não permanecendo no sistema 
vascular. 
• Colóides: albumina e dextran a 6 %. O dextran não é indicado se a causa do choque 
hipovolêmico for hemorragia, pois ele interfere com a agregação plaquetária. E a 
albumina, expande rapidamente o volume plasmático, porém depende de doadores 
humanos. 
• Derivados do sangue: só podem ser usados se a causa do choque for uma hemorragia. 
A papa de hemácia é dada para melhorar a capacidade de transporte de oxigênio do 
paciente e juntamente com outros líquidos que irão expandir o volume. 
• Auto transfusão: coleta e retransfusão do próprio sangue do paciente, e pode ser 
realizada quando o paciente está sangrando para dentro de uma cavidade fechada, 
como tórax ou abdome. 
• Redistribuição de líquidos: o posicionamento do paciente, corretamente, ajuda na 
redistribuição hídrica (posição de Trendelemburg modificada - eleva-se as pernas do 
paciente e o retorno venoso é favorecido pela gravidade. 
• Medicamentos: 
- Se a causa clássica da hipovolemia tiver sido desidratação serão prescritos medicamentos 
como insulina que será administrada aos pacientes com desidratação secundária a 
hiperglicemia, para diabetes insípidus, agentes anti-diarréicos para diarréia e anti-eméticos 
para vômito. 
- Caso a administração líquida falhar na reversão do choque, deve-se fazer uso dos mesmos 
medicamentos dados no choque cardiogênico , porque o choque hipovolêmico ao não 
revertido evolui para o choque cardiogênico. 
 
14.2 CHOQUE CARDIOGÊNICO 
 Trata-se de perfusão e oxigenação inadequadas dos órgãos e tecidos, graças à falência da 
bomba cardíaca por uma disfunção miocárdica. As causas são de etiologia coronáriana e não 
coronárias. 
 
Etiologia: 
Infarto do miocárdio – causado por constrição arteriolar pulmonar ou sistêmica excessiva ou 
contratilidade miocárdica prejudicada. 
Falência miocárdica aguda. 
Arritmias – sístoles ineficientes. 
Eletrocussão – violenta descarga elétrica, causando paralisia ou contrações cardíacas 
ineficientes. 
Miocardites – aparecem vírus que comprometem a fibras cardíacas. 
Hipóxia por insuficiência respiratória aguda de natureza clínica. 
Hipóxia por lesões traumáticas sobre o aparelho respiratório. 
Depressão dos centros nervosos ou circulatórios (ex.: AVC). 
Acidose – baixo PH provoca depressão miocárdica. 
Distúrbios eletrolíticos – ex.: hiperpotassemia. 
Intoxicações ou envenenamento por produtos químicos ou drogas depressoras cardíacas. 
 
 22
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Hipotensão arterial; Queda rápida e acentuada do índice 
cardíaco( menor que 2,2 l/min/m² ); Oligúria; Sinais de estimulação simpatomimética: 
taquicardia, vasoconstrição periférica com palidez, sudorese, extremidades frias; 
Taquisfigmia; Hiperpnéia; Alteração no nível de consciência, com letargia, confusão e 
sonolência; Dor anginosa e arritmias. 
 
TRATAMENTO:Vai depender do agente etiológico. Quando ocorre por deficiência aguda do 
enchimento cardíaco, por obstáculo mecânico (Ex.: embolia pulmonar), o tratamento deve ser 
cirúrgico. Quando ocorre por comprometimento miocárdico (miocardite aguda, IAM) é 
necessário monitorização hemodinâmica do paciente e uso de drogas. 
 
Sedação – tratamento da dor: diazepam,meperidina; 
Oxigênio; 
Reposição de volume; 
Correção das alterações hemodinâmicas, através do uso de : 
Dopamina: liberar noradrenalinas nos nervos simpáticos terminais. Efeitos colaterais: 
arritmias e taquicardia. 
Dobutamina: aumenta a força contrátil do coração; causa discreta redução da resistência 
periférica. Efeitos colaterais: taquicardia e arritmias (menos que a dopamina); 
Associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras (ex.: soro em Revivam + soro com 
nitroprussiato de sódio); 
Agentes fibrinolíticos (ex.: estreptoquinase, nas primeiras 6 horas após instalação do infarto); 
Bicarbonato de sódio: para correção da acidose metabólica; 
Heparina: prevenção da coagulação intravascular disseminada e fenômenos 
tromboembolíticos; 
Isoproterenol: vasodilatação, aumentando freqüência cardíaca, contratilidade e débito 
cardíaco. 
Adrenalina: aumenta o débito cardíaco, promove vasodilatação periférica e aumentando a 
freqüência e contratilidade cardíaca. 
Amrinona: aumenta os níveis de Amp. Cíclico, inotropismo e débito cardíaco. 
Balão intra – aórtico: facilita a perfusão coronária e reduz consumo de oxigênio pelo 
miocárdio, utilizado com suporte hemodinâmico temporário. 
 
14.3 CHOQUE NEUROGÊNICO 
 Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão medular, levando à perda do tônus 
simpático, interrompendo o estímulo vasomotor ocasionando intensa vasodilatação periférica 
e, subsequente, uma diminuição do retorno venoso com queda do débito cardíaco. O choque 
neurogênico pode ter um curso prolongado (lesão da medula espinhal) ou breve (síncope ou 
desmaio). 
 
CAUSAS: Lesão medula espinhal; Anestesia espinhal; Lesão sistema nervoso; Efeito de 
medicamentos; Uso de drogas. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Pele seca e quente; Hipotensão;Bradicardia. 
 
TRATAMENTO: Depende de sua causa. Envolve a restauração do tônus simpático, seja 
através da estabilização da lesão da medula espinhal, seja no caso e anestesia espinhal, 
posicionar o paciente corretamente. 
 
14.4 CHOQUE ANAFILÁTICO 
 É uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância 
causadora de alergia, chamada de alergeno. 
 
 23
CAUSAS: Alimentos; Picadas e mordidas de insetos; Drogas medicamentosas; Drogas 
anestésicas; Vacinas; Poeiras e substâncias presentes no ar (raro). 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Sensação de desmaio; Pulso rápido; Dificuldade 
respiratória; Nâuseas e vômito; Dor epigástrica; Edema glote; Urticária; Palidez; Tonturas; 
Confusão mental; Perda consciência; Parada cardiorespiratória. 
 
TRATAMENTO: O tratamento do choque anafilático exige a remoção do agente causal 
(como suspender a administração de antibióticos); administração de medicamentos que 
restauram o tônus vascular e suporte emergencial das funções básicas da vida. 
O tratamento medicamentoso inclui: 
Adrenalina 1/1000 - via subcutânea - 1 ampola. 
Aplica-se cerca de 0,3 a 0,4 ml de 15 em 15 minutos, podendo aplicar até 3 vezes em uma 
hora. Em caso de emergência pode se utilizar seringa comum, mas normalmente se usa 
seringa semelhante à da aplicação de insulina. 
Ação: broncodilatadora e vasoconstritora. Antagonista fisiológico da histamina. 
Anti- histamínico - via IM ou EV - 1 ampola. 
Ação: antagonista competitivo da histamina. 
Nome comercial: Fenergan ®. 
Corticóide - via IM ou EV - 1 ampola. 
Ação: estabiliza a membrana do mastócito impedindo a liberação da histamina. 
Nome comercial: Decadron - dexametasona. 
Se as paradas cardíaca e respiratórias forem iminentes ou já tiverem ocorrido deve ser 
realizada a Ressucitação Cárdio - Rulmonar (RCP). A intubação endotraqueal ou 
traqueotomia pode ser necessária para estabelecer uma via aérea. As linhas intravenosas 
devem ser instaladas visando oferecer acesso para líquidos e medicamentos intravenosos. 
 
14.5 CHOQUE SÉPTICO 
 O choque séptico é o tipo mais comum de choque distributivo. É causado por endotoxinas 
bacterianas. Resulta da disseminação e expansão de uma infecção inicialmente localizada para 
a corrente sangüínea. 
 
Clínica/Fases: Hiperdinâmica ou "quente“: caracteriza-se por um débito cardíaco elevado com 
vasodilatação. O paciente fica quente ou hipertérmico, com pele quente e avermelhada. As 
freqüências cardíacas e respiratórias aumentam. O débito urinário pode aumentar ou 
permanecer em níveis normais. As funções gastrointestinais podem estar comprometidas, 
conforme se evidencia por náuseas, vômitos ou diarréia. 
 
Hipodinâmica ou fria: caracteriza-se por um débito cardíaco reduzido com vasoconstrição, 
traduzindo o esforço por parte de corpo de compensar a hipovolemia causada pela perda de 
volume intravascular através do capilares. Hipotensão, pele fria e pálida. A temperatura pode 
estar normal ou abaixo do normal. As freqüências cardíacas e respiratória permanecem 
rápidas. O paciente não mais produz urina podendo ocorrer insuficiência de múltiplos órgãos. 
 
TRATAMENTO: Envolve a identificação e a eliminação da causa da infecção. Consiste 
também na observação e controle rigoroso dos níveis de consciência, respiração, pulso, cor da 
pele e enchimento capilar, estado de hidratação. Diariamente deve ser medido a PVC, a PA, 
temperatura, diurese, e balanço hídrico. Monitorização eletrocardiográfica contínua e da 
pressão pulmonar. O prognóstico depende inteiramente do controle da infecção bacteriana, 
não sendo vencida rapidamente, a probabilidade de mortalidade atinge de 80 a 100%. 
 
15 HEMORRAGIAS 
 Sangramento ou hemorragia é o extravasamento do sangue dos vasos sangüíneos, através 
 24
de uma ruptura de suas paredes. É condição perigosa e pode rapidamente levar a morte. 
ETIOLOGIA 
Inúmeras causas podem interferir na produção de uma hemorragia. Entre elas podemos citar: 
- Fatores traumáticos (ferimentos contusos, perfurantes, dilacerantes); Anomalias 
vasculares (aneurismas); 
- Distúrbios de coagulação (plaquetopenia, hemofilia); 
- Distúrbios circulatórios (hipertensão arterial); 
- Alterações teciduais (úlceras, tumores). 
 
TIPOS DE SANGRAMENTOS 
Arterial: fluxo pulsátil, sangue vermelho claro e oxigenado; 
Venoso: fluxo contínuo, vermelho escuro; 
Capilar: fluxo é lento, o sangue escorre. 
TIPOS 
- Hemorragias externas: se produzem na superfície do corpo ou se exteriorizam logo após sua 
ocorrência: epistaxe (sangramento nasal), metrorragia (sangramento genital feminino), 
ferimentos corto-contusos; 
- Hemorragias internas: se caracterizam por sangramento que se coleta numa cavidade natural 
do 
organismo, seja ela serosa (peritônio, pleura, pericárdio) ou um órgão oco (estômago, bexiga, 
esôfago). Exemplos: hemopericárdio, hemotórax, hematêmese; 
- Hemorragias sistêmicas: se caracterizam pelo sangramento em um ou mais sistemas do 
organismo (sistema nervoso, aparelho digestório, aparelho respiratório, aparelho urinário, 
aparelho reprodutor). Por exemplo: hemorragias por distúrbio de coagulação de sangue. 
 
 SINAIS E SINTOMAS 
- Pele pálida, úmida e viscosa; 
- Temperatura corporal abaixo do normal; 
- Pulso rápido, fraco regular ou não; 
- Pupilas dilatadas, reagindo lentamente à luz; 
- Tonturas e desmaios; 
- Sede, sensação de boca seca; 
- Respiração rápida e profunda; 
- Inquietação; 
- Perda da consciência com parada respiratória; 
- Pressão arterial baixa (sistólica menor que 90 mm/hg). 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS HEMORRAGIAS 
A classificação se baseia na percentagem do volume de sangue perdido e no exame clínico do 
paciente. Alguns fatores devem ser considerados na determinação do choque hemorrágico, 
são eles: 
- Idade; 
- Severidade do trauma, com especial atenção ao local anatômico; 
- Tempo ocorrido entre o trauma e o primeiro atendimento; 
- A terapia adotada de reposição volêmica no ambiente pré-hospitalar e hospitalar. 
 25
Classe I: (perda de até 15% do volume sanguíneo). Nesta classe os sinais clínicos são poucos 
evidentes. O paciente apresenta alteração mínima na freqüência cardíaca, hipotensão 
leve e perfusão capilar pesquisada por pressão na unha,a resposta normal é o retorno da 
cor em 2 segundos, tempo correspondente para o examinador dizer: "enchimento 
capilar", em indivíduos saudáveis esta perda sangüínea não requer reposição; 
Classe II : (perda de 15 a 30%). Para um adulto de 70 Kg, esta perda representa de 800 a 
1500 mls de volume sangüíneo. 
Sinais e sintomas: 
Taquicardia, taquipnéia e hipotensão arterial. 
Observar aspectos de alteração do padrão neurológico, como ansiedade, medo e hostilidade, 
diminuição do volume urinário 20 a 30 ml por hora. A maior parte destes pacientes 
podem exigir hemotransfusão, mas, inicialmente podem ser estabilizados com Ringer 
Lactado aquecido. 
Classe III: (perda de 30 a 40%) Corresponde a perda de aproximadamente 2000 mls em 
adultos, o que pode ser muito grave, nestes casos a transfusão é fundamental para a 
manutenção da vida do politraumatizado. 
Classe IV: (perda acima de 40%) Representam risco de vida ao politraumatizado. 
Sinais e sintomas: 
Taquicardia, hipotensão arterial, bradicardia, volume urinário muito baixo ou ausente, pele fria e 
sudorese. Indicação de transfusão e intervenção cirúrgica imediata. 
Classe V: (perda de mais de 50%). Fase terminal com ausência de PA e pulsos periféricos, 
 inconsciência, palidez, sudorese, pele fria. Indicam transfusão imediata e intervenção cirúrgica. 
 
 
ASSISTENCIA EMERGENCIAL 
 
TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA SOBRE O FERIMENTO: 
Controle a hemorragia fazendo uma compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão 
(protegida por luva descartável), ou ainda, com a ajuda de um pano limpo ou gaze esterilizada, 
para prevenir a infecção. 
 
 
 
TÉCNICA DA ELEVAÇÃO DO PONTO DE SANGRAMENTO: Mantenha a região que 
sangra em uma posição mais elevada que o resto do corpo, pois este procedimento contribuirá 
para diminuir o fluxo de sangue circulante e, consequentemente, o sangramento. 
 26
 
 
TÉCNICA DA COMPRESSÃO SOBRE OS PONTOS ARTERIAIS: Caso a hemorragia for 
muito intensa e você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o 
sangramento pressionando diretamente sobre as artérias principais que nutrem de sangue o 
local lesionado. 
 
 
 
 
 
 
 Assistência de enfermagem compreende ainda: 
 Acesso Venoso; 
 Fluidoterapia; 
 Exames sangue; 
 Sinais vitais; 
 Oxigenoterapia; 
 Sondagens; 
 Hemoterapia. 
 
 
 
 
 27
Torniquetes: técnica utilizada somente em casos extremos de amputação traumática de 
membros. 
 
 
 
16 TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO (TCE) 
 São os traumas ou lesões no couro cabeludo e cérebro. Comuns em vítimas de acidentes. 
 
Gravidade do TCE: 
TCE GRAVE = escala de coma menor ou igual a 8; 
TCE MODERADO = escala de coma entre 9 a 12; 
TCE LEVE = escala de coma entre 13 a 15. 
 
Sinais e Sintomas mais frequentes: 
Hipertensão intracraniana; Alterações nível consciência; Perda memória; Hemiparesia; Torpor 
e coma; Nâuseas e vômitos. 
 
Manejo Clínico: Prevenir hipotensão; Tratamento rápido seguindo os princípios do Advanced 
Trauma Life Support (ATLS). 
 
Indicações de Entubação no TCE: 
 Frequencia respiratória maior que 30 ou menor 10; 
 Sat O2 abaixo de 70; 
 Glasgow igual ou abaixo de 8; 
 Convulsões; 
 Pressão intracraniana elevada; 
 Necessidade de sedativos; 
 Trauma grave de outros órgãos. 
 
Fármacos para intubação no TCE: 
 Glasgow 3-8: etomidato, midazolan; 
 Glasgow 9-12: etomidato, midazolan, propofol, tiopental; 
 Glasgow 13-15: midazolan, propofol, tiopental. 
 
 
 
Tipos de TCE: 
 
16.1 CONCUSÃO: É a perda imediata da consciência no momento do trauma, mas 
recuperável em 24 horas ou menos e sem seqüelas. 
A concusão acompanha-se de amnésia retrógrada e pós-traumática, isto é, o paciente não se 
recorda do trauma, dos momentos que o antecederam, nem de eventos imediatamente 
posteriores. Ex., vítima de um acidente automobilístico não se lembra do acidente, nem de ter 
saído de casa, ou de ser levado ao hospital. 
Acompanhada de cefaléia, náuseas, vômitos, distúrbios visuais e da movimentação dos olhos. 
 28
 
16.2 CONTUSÃO CEREBRAL: Quando a violência da pancada é muito grande o cérebro 
desloca-se dentro do crânio podendo provocar edema. 
Alteração do estado de consciência, irritabilidade, desorientação, vômitos, 
bradicardia,hipertensão, bradpnéia. 
 
 
16.3 FRATURAS DE CRÂNIO: É uma fratura ou ruptura dos ossos cranianos. Podem 
ocorrer juntamente com lesões cefálicas. Embora o crânio seja forte e resistente e ofereça 
excelente proteção para o cérebro, um impacto ou golpe grave pode resultar em fratura 
craniana e pode estar acompanhado de lesão cefálica. 
Tipos de fraturas: 
 Uma fratura simples é uma ruptura no osso sem danos para a pele. 
 Uma fratura linear do crânio é uma ruptura em um osso craniano que se assemelha a 
uma linha estreita, sem estilhaços, afundamento ou distorção do osso. 
 Uma fratura com afundamento é uma ruptura em um osso craniano (ou 
"esmagamento" de uma porção do crânio) com afundamento do osso em direção ao 
cérebro. 
 Uma fratura composta envolve uma ruptura ou perda de pele e estilhaçamento do osso. 
 
SINTOMATOLOGIA: 
 
 
Sinal de Batle. Rinoliquorréia Equimose Periorbitária 
 
 
 
16.4 HEMATOMAS 
 
Hematoma subdural : É uma 
coleção de sangue abaixo da 
dura-máter, na superfície 
cerebral, sendo o trauma sobre a 
cabeça sua principal causa. A 
compressão cerebral pela lenta 
expansão do hematoma causa, 
em pouco tempo sintomas, bem 
como poderão aparecer após 
alguns dias e que nor-
malmente são : vômitos, 
irritabilidade , cefaléia, alteração no nível de consciência, modificações sensitivas e 
alterações motoras. 
 
 29
Hematoma intracerebral: São acúmulos de sangue no interior do cérebro ou entre o cérebro 
e o crânio. Ocorre como resultado do traumatismo ou pode progredir a partir de uma 
contusão. 
 
Hematoma epidural : é a formação de uma coleção de sangue entre a dura-máter e o crânio. 
Sua causa mais comum é o trauma direto sobre a cabeça, de modo especial nas fraturas de 
crânio. O paciente perde a consciência podendo recuperá-la por algum tempo para em 
seguida, outra vez mostrar-se inconsciente, agravando-se os sintomas e o quadro a medida que 
o hematoma progride. A pupila do lado do hematoma se torna dilatada e deixa de responder à 
luz. 
 
 
OBSERVAÇÃO : Se os traumas forem lesões penetrantes e estiverem com objetos presos, 
não removê-los em hipótese alguma, afim de evitar lesões secundárias .A remoção deverá ser 
realizada no Centro Cirúrgico. 
 
Assistência de Enfermagem : A equipe de enfermagem deve ser treinada com freqüência 
para que esteja bem preparada para os atendimentos de pronto-socorro. Devem ser 
estabelecidos os seguintes cuidados com a maior brevidade possível; 
 Avaliação primária; 
 Via áerea adequada; 
 Estabilização cervical; 
 Oxigenoterapia; 
 Acesso venoso calibroso; 
 Proteger ferimentos; 
 Monitorar sinais vitais; 
 Avaliar nível de consciência frequentemente; 
 Avaliar tamanho das pupilas e resposta à luz; 
 Realizar sondagem vesical e monitorar o débito urinário; 
 Coletar amostras de sangue( hematócrito, tipagem sanguínea, provas cruzadas); 
 Providenciar material para entubação SN. 
 
 
17 TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) 
 
Anatomia e Fisiologia 
 A coluna vertebral, que protege a medula, é formada por várias vértebras e dividida por um 
disco que amortece os impactos nas costas. 
É dividida em quatro partes: 
 Cervical - região do pescoço. 
 Torácica - do pescoço à cintura. 
 Lombar - abaixo da cintura. 
 Sacral - abaixo da lombar. 
 
Medula Espinhal: É a parte do nosso sistema nervoso central que transporta as informações do 
cérebro ao resto do corpo e do corpo para o cérebro. É como um sistema de comunicação de 
rede com dados indo e vindo instantaneamente com informações da sensibilidade, 
movimento, controle do intestino e da bexiga, etc.Tem a espessura de um dedo, o 
comprimento da base da cabeça até o cóccix dentro de uma espécie de tubo dentro da coluna 
vertebral. 
 Denomina-se de trauma medular todo traumatismo que atinge a medula espinhal. A 
localização mais comum é na parte medular mais baixa, ou seja, entre a C4 e T1 e é 
 30
frequentemente acompanhada de TCE. A lesão cervical pode ser causada por trauma direto ou 
por desaceleração. Comumente acontece traumatismo também entre T11 e L1. 
 
Lesões do Esqueleto: 
 Fraturas por compressão de uma vértebra; 
 Fraturas que produzem pequenos fragmentos de osso que se alojam no canal espinhal; 
 Subluxação: deslocamento parcial de uma vértebra; 
 Laceração de ligamentos e músculos. 
 
Choques: 
Choque neurogênico:danificação do sistema nervoso autônomo, particularmente o sistema 
nervoso simpático. Ruborização da pele, bradicardia. 
Choque medular: É a perda de todas as funções neurológicas abaixo do nível da lesão 
medular, o que representa interrupção fisiológica, e não anatômica, da medula espinhal. 
Caracteriza-se por paraplegia flácida e ausência de atividade reflexa. A duração não costuma 
ser superior a 48 horas, mas pode persistir várias semanas. O retorno de atividades reflexas 
indicam o fim do choque medular. 
 
Etiologia: Normalmente tem origem em acidentes automobilísticos ou desportivos, 
traumatismos por arma de fogo ou arma branca, ou ainda por quedas, mergulhos. 
 
Sinais e Sintomas Lesão Coluna: 
 Dor pescoço ou nas costas; 
 Dor ao mexer pescoço ou nas costas; 
 Dor à palpação na região posterior do pescoço ou da linha mediana das costas; 
 Deformidade na coluna; 
 Paralisia, paresia, amortecimento ou formigamento nas pernas ou braços; 
 Sinais e sintomas de choque neurogênico; 
 Priapismo (masculino). 
 
Atendimento: Imobilização: 
 Posição neutra (supina); 
 Manter a imobilização contínua da vítima como um todo, usando um colar rígido, uma 
prancha, esparadrapos e ataduras (tirantes). 
 
 
Atuação assistencial de Enfermagem : 
 Evitar lesões secundárias; 
 ATLS: A, B, C, D e E; 
 Tratar hipotensão desencadeada pela perda do tônus simpático (choque 
neurogênico) / hipoventilação (lesão do nervo frênico); 
 Tratar hipotermia; 
 Passar sonda nasogástrica e vesical; 
Evitar TVP com heparina; 
 Uso de Corticosteróides: 30mg/Kg de metilprednisolona IV na 1ª hora seguida 
de 5,4mg/Kg nas próximas 23h. 
 Sinais vitais; 
 Acesso venoso calibroso; 
 Oxigenoterapia; 
 Atenção queixas paciente; 
 Examinar cuidadosamente a coluna; 
 Imobilização coluna; 
 Exames complementares. 
 31
 
Erros mais comuns: Imobilização inadequada; Imobilização com a cabeça hiperestendida. 
 
Tratamento: Principal objetivo é a preservação da anatomia e função da medula espinhal, 
restauração do alinhamento e prevenção de complicações. 
Estabilização e Cirurgia: Imobilização externa a fraturas instáveis. São colocados 5Kg + 
2Kg por vértebra até o ponto de luxação. 
Indicações atuais à neurocirurgia: compressão extrínseca; hérnia de disco ou fragmento ósseo 
comprimindo a medula; trauma aberto por FAB ou FAF. 
Prognóstico: depende da lesão, do paciente, da equipe médica. 
 
 
18 EMERGÊNCIAS DO SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 
 18.1 FERIMENTOS 
 Ferimentos ou feridas são lesões que ocorrem na maioria dos traumatismos, com perda 
da integridade dos tecidos orgânicos, produzindo uma solução de continuidade na pele. 
São sempre uma ameaça pelo risco de sangramento e infecção. 
 
CAUSAS 
Biológicos: Mordeduras de animais. 
Mecânicos: Variadas formas de impacto (atrito, fricção, 
penetração) transferidos do meio ambiente ao corpo, podem 
provocar ferimentos. 
 
TIPOS 
 
I ESCORIAÇÕES OU FERIDAS ABRASIVAS 
 
 Abrasão da pele contra uma superfície dura e áspera, "queimaduras por fricção". 
Sangramento pequeno, presença de partículas de corpos estranhos (se em grandes áreas a dor 
pode ser intensa). 
 
II FERIDAS INCISAS 
 
 Causadas por objetos cortantes, arma branca, lâminas, vidro ou metal afiado. Causam 
lesões de vasos e tecidos, deixam feridas de bordas lisas e com sangramento livre. Dor aguda, 
lesões de nervos e tendões, sangramento intenso. Nos ferimentos por arma branca em tórax e 
abdome existe o risco de lesão de órgãos cavitários e hemorragia interna. 
 
III FERIDAS LACERANTES 
 
 Causadas por instrumentos grosseiros como pedras, máquinas ou explosões. Sangramento 
variável, de acordo com a profundidade. Partes de pele ou de outros tecidos podem estar 
parcial ou completamente arrancadas, podem conter corpos estranhos e no caso de máquinas, 
partes do corpo podem ser esmagadas. 
 
IV AMPUTAÇÃO 
 
 Ocorre sempre que uma parte do corpo é completamente arrancada ou cortada (membros 
ou partes de membros, orelhas e nariz). O sangramento é intenso e pode levar ao choque. 
 
 32
V FERIDAS PUNCTÓRIAS 
 
 Ocorre a perfuração da pele e de tecidos subjacentes, causadas por unhas e dentes de 
animais, armas de fogo, pregos, agulhas ou outros objetos pontiagudos, afiados ou não. Tem 
abertura pequena na pele, mas pode ser profunda e muito séria, o objeto penetrante pode se 
partir, ficando um fragmento encravado nos tecidos profundos e também partes da roupa. As 
consequências destas feridas são infecções pela dificuldade de limpeza, em função da 
pequena abertura externa, e lesões de órgãos internos nas feridas produzidas por armas ou 
objetos de grandes dimensões. 
 
 
VI FERIDAS CONTUSAS 
 
 Causadas por impacto de um objeto rombudo de encontro ao corpo. O sangramento pode 
ocorrer no momento do acontecido e continuar por várias horas. O edema no local é imediato 
e pode perdurar por até 48 horas, há formação de hematoma (sangue coletado sob o 
ferimento) e equimose (sangue que se infiltra entre os tecidos na forma de manchas). 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
 Restaurar a integridade da pele; 
 Conter sangramentos; 
 Assepsia local; 
 Debridar tecidos desvitalizados; 
 Realizar curativos e sutura; 
 Antibioticoterapia; 
 Profilaxia tétano. 
 
18.2 ENTORSES 
 Lesões das estruturas ligamentares da articulação, por trauma direto, por puxão ou torsão. 
Ocorre a separação momentânea das superfícies articulares. 
 
CAUSAS 
 Pode estar relacionada diretamente a traumatismos, por excesso de uso ou torsão. 
 
SINTOMATOLOGIA 
 Dor intensa 
 Inchaço 
 Equimose 
 Perda movimentação 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
- Aplicar frio no local, imediatamente após a lesão, para reduzir o edema e aliviar a dor; 
- Elevar a área afetada para reduzir o edema; 
- Utilizar muletas para manter a estabilidade e aumentar o apoio da 
 área afetada; 
 33
- Preparar material para imobilização; 
- Tratamento da dor. 
 
18.3 LUXAÇÃO 
 É o deslocamento repentino e duradouro, parcial ou completo de um ou mais ossos de uma 
articulação. Sucede quando uma força atua diretamente ou indiretamente numa articulação, 
empurrando o osso para uma posição anormal. 
 
CAUSAS 
 
CONGÊNITAS: Presença por ocasião do nascimento, decorrente de defeito no 
desenvolvimento do feto. A mais comum é a luxação congênita de quadril. 
 
EXPONTÂNEAS OU PATOLÓGICAS: Decorrem de enfermidades articulares ou de 
estruturas periarticulares. 
TRAUMÁTICAS: Por acidentes, podem ocorrer: em quadril, ombros, cotovelos, joelhos ou 
tornozelos. 
 
 SINAIS E SINTOMAS 
 Dor, alteração no contorno articular, alteração no comprimento da extremidade do 
membro, perda da movimentação normal, alteração no eixo dos ossos deslocados, edema 
precoce e palidez. 
 
 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
- Manter o membro imobilizado; 
- Proporcionar conforto ao paciente; 
- Preparar o paciente para a redução da luxação; 
- Preparar material para imobilização gessada. 
 
 
18.4 DISTENSÃO 
 
a)CONTUSÃO 
 É uma lesão de tecidos moles produzida pela força de uma pancada (soco. batida, queda). 
Apresenta dor, equimose e hematoma. 
 
b) DISTENSÃO 
 É uma laceração (estiramento ou ruptura) parcial ou totaldo músculo, tendão, ou de 
ambos. O principal sintoma é a dor e a limitação de movimento. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
- Aplicação de frio no local, imediatamente após o trauma; 
- Promover o repouso da parte afetada; 
- Elevar o membro atingido; 
- Aplicar calor, após 6 horas, para facilitar a absorção do hematoma. 
 
 
18.5 FRATURAS 
 Fratura é a solução da continuidade do osso, que pode ou não lesar estruturas anatômicas 
vizinhas, como articulações, vasos sangüíneos, nervos e órgãos. A intimidade do osso no 
ponto de fratura é denominada foco de fratura. 
 34
 
CAUSAS 
 
a)TRAUMA DIRETO 
 Uma força é aplicada diretamente sobre o osso, através dos tecidos moles que o recobrem, 
rompendo-o. Por exemplo: fraturas por projétil, pancadas violentas. 
 
b)TRAUMA INDIRETO 
 Uma força é transmitida a um osso fraturando-o longe do local traumatizado, onde a força 
foi aplicada diretamente. Por exemplo: fratura do osso da perna ao se torcer o pé, fratura de 
vértebras lombares em queda de grande altura. 
 
c)DOENÇA ÓSSEA 
 Alterações patológicas no osso, que o tornam enfraquecido e menos resistente ao uso 
normal, são denominadas fraturas patológicas. Por exemplo: tumores ósseos, osteoporose, etc 
... 
 
d)ESTRESSE PROLONGADO SOBRE UMA ÁREA DO OSSO 
 Uso excessivo ou esforço indevido poderá causar fratura no osso sem deslocá-lo, sendo 
necessário uma avaliação pelo grau da dor, ao sustentar um peso, e pela hipersensibilidade 
local, exemplo: fratura em atleta sem condicionamento físico e/ou em fase de recuperação de 
fratura anterior. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
1) QUANTO À EXTENSÃO DA FRATURA 
*Incompleta: O osso está fraturado, mas seus fragmentos permanecem interconectados. 
 
*Completa: Quando existe separação de fato entre os fragmentos ósseos. 
 
2) QUANTO À EXPOSIÇÃO DO FOCO DE FRATURA 
*Fechada: O foco da fratura acha-se recoberto pelos tecidos adjacentes e a pele se encontra 
íntegra. 
 
*Aberta ou Exposta: A pele e os tecidos das partes moles perderam a integridade, e o foco de 
fratura tem uma via de contato com o ambiente, o que aumenta o risco de complicações, 
resultando em maior perda sangüínea, diminuição da taxa de cicatrização e aumento do risco 
de infecção. 
 Enquanto que todas as fraturas se constituem em uma situação de urgência, a fratura 
exposta configura uma situação de emergência. 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
 
- Dor: contínua, aumenta com a mobilização dos fragmentos; 
- Deformidade: pelo deslocamento de fragmentos ósseos; 
- Encurtamento da Extremidade: por causa da contração dos músculos que são fixados acima 
e abaixo do local da fratura. Os fragmentos ósseos podem provocar o encurtamento de 2,5 
a 5 cm do membro fraturado; 
- Crepitação: som provocado por atrito dos fragmentos ósseos (barulho de fogo crepitando); 
- Edema: no local, provocado por hemorragia e pelo trauma; 
- Descoloração da Pele: ocorre como resultado do trauma e hemorragia, que podem se 
desenvolver por várias horas ou dias após a lesão. 
Muitos destes sinais e sintomas podem não estar presentes, podendo ser encontrados somente 
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através de RX. 
TRATAMENTO 
 
Metas do Tratamento da Fratura 
 
-Restaurar os fragmentos da fratura para sua posição anatômica normal (redução); 
-Manter a redução no lugar até que ocorra a cicatrização : mobilização); 
-Promover a recuperação da função e força normal da parte afetada (reabilitação). 
 
 Redução; 
 Tração; 
 Analgesia; 
 Antibioticoterapia; 
 Anticoagulante; 
 Imobilização tala ou gesso; 
 Controle perfusão membro afetado. 
 
Métodos para alcançar a redução da fratura 
 
 A) Redução Fechada: 
 Redução fechada (incruenta) é feita através da manipulação e tração manual. O paciente é 
anestesiado para alívio da dor e relaxamento muscular, é imobilizado com aparelho gessado . 
 
B) Redução Aberta: 
 É feita através de abordagem cirúrgica, os fragmentos são aproximados e podem ser fixados 
por pinos, fios, parafusos, pregos e hastes metálicas e imobilizados com aparelho gessado. 
 
C) Tração: 
 Aplicação de uma força manual na extremidade do osso para redução, alinhamento e 
imobilização da fratura. 
 
 Tipos de Tração: 
-Tração Cutânea: aplicada à pele e as partes moles, portanto na indiretamente ao sistema 
esquelético; 
 
-Tração Esquelética: aplicada diretamente no esqueleto ósseo, feito através de um pino de 
Steimann, fios de Kirschner e pesos. Deve se ter cuidado com o pino que deve ser enrolado 
com gaze estéril e suas extremidades protegidas com rolha de cortiça, para proteger o 
paciente e as pessoas que cuidam dele. 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
PACIENTE COM TRAÇÃO 
 
- A tração restringe a mobilidade e a independência da pessoa. O equipamento, com freqüência 
aparece ameaçador e sua aplicação pode ser temida; 
- O paciente pode se apresentar confuso, desorientado e ansioso, cabe a equipe de enfermagem 
proporcionar-lhe conforto, orientação e apoio psicológico; 
- Conversar com ele para reduzir a ansiedade, estimulá-lo ao auto cuidado e explicar a 
importância da tração; 
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- Visitas são importantes para reduzir o sentimento de isolamento, conversar com a família e 
os amigos para que o visitem com mais freqüência; 
- Proporcionar entretenimento dentro dos limites da tração; 
- Manter a posição correta do paciente no leito, colchão confortável e higiene bem feita; 
- Manter os lençóis secos e sem vincos; 
- Toda queixa do paciente em tração deve ser investigada; 
- Encorajar exercícios ativos de extremidades; 
- Observar a pele que deve ser mantida íntegra e seca; 
- Avaliar o paciente para sinais e sintomas de complicações. 
 
PACIENTE PÓS-CIRURGIA ORTOPÉDICA 
- Administrar medicamentos prescritos; 
- Controlar sinais vitais, nível de consciência; 
- Observar a circulação do membro afetado através do controle da perfusão tecidual, 
temperatura local, dor, edema, coloração e mobilidade; 
- Cuidados com a ferida operatória, mantendo a incisão limpa e seca; 
- Trocar curativo sempre que necessário; 
- Manter controle de ingestão e eliminações; 
- Manter uma dieta balanceada, com proteínas adequadas e vitaminas, é necessário para 
o tecido tornar-se saudável e para a cicatrização da ferida. 
 
19 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS 
 
19.1 CRISE CONVULSIVA 
 Contrações múltiplas, involuntárias e descoordenadas da musculatura, acompanhada, na 
maioria das vezes, de perda da consciência. 
 
Causas da convulsão: Epilepsia; Trauma; Tumores cerebrais; Febre elevada (crianças menores 
de 6 anos); Doenças infecciosas; Outras. 
 
Sintomatologia 
 Além das contrações, a vítima apresenta respiração ruidosa e forçada, dentes fortemente 
cerrados e perda de saliva em forma de espuma. 
Há relaxamento dos esfíncteres anal e uretral. Se a bexiga estiver repleta de urina ou o reto com 
fezes, poderá ocorrer eliminação involuntária dessas secreções. 
 
ATENÇÃO 
 
• Evitar traumatismos associados; Desviar objetos; Proteger extremidades e Crânio. 
• Tratamento 
• Acesso venoso; Diazepam 10mg EV ou IM; Anticonvulsionantes EV ou IM; repetir se 
necessário 1 ou2 vezes (estar atento para necessidade de assegurar a via aérea em caso 
de depressão respiratória); 
• Assegurar Oxigenação O2 por máscara ou cânula nasal, se consciente; 
• Intubação traqueal se E.C. Glasgow ≤ 8 persistentemente; 
• Evitar recorrência da convulsão; 
• Avaliar e corrigir glicemia; Verificar e combater hipertermia; Observação detalhada 
excluindo lesões associadas. 
 
19.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) 
 Existem dois mecanismos principais, responsáveis pelos AVCs: 
 
Oclusão dos vasos sanguíneos, que conduz a isquémia neuronal e morte (85% dos casos) 
Rotura dos vasos sanguíneos, que conduz a hemorragia, trauma direto das células, efeito de 
massa, aumento da pressão intracraniana e libertação de toxinas bioquímicas (15% dos casos). 
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Acidentes isquêmicos 
 São normalmente consequência de trombose dos grandes vasos, embora também

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