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8o. ano Volume 1 ooo Educação Física 1 2 Livro do professor Livro didático Esportes de rede 14 Diferentes práticas corporais 3 © Sh ut te rs to ck /E vg en ii M at ro so v Práticas corporais e meio ambiente Neste semestre, conheceremos a história, as regras e a dinâmica de cinco práticas corporais: a corrida de orientação, as trilhas interpretativas, o hóquei sobre grama, o voleibol e o badminton. Algumas práticas são mais conhecidas do que outras, mas todas têm seus admiradores. Além de suas dinâmicas próprias, vamos analisar as relações entre essas práticas corporais e o meio ambiente. A preocupação com questões ambientais vem crescendo nas últimas décadas e é impossível não refletir sobre a relação entre a cultura e o meio ambiente. Como parte da cultura, as práticas corporais também são fruto das relações sociais e, portanto, mantêm vínculos com o ambiente em que são realizadas. Mesmo atividades que aparentemente não se relacionam com o tema estão articuladas a ele de alguma forma. O desafio será fazer uma leitura diferente dessas práticas corporais, pensando no papel que cada uma delas pode desempenhar na sociedade, problematizando a intervenção humana no ambiente e quais atitudes tomar para que as relações com o meio sejam harmoniosas, sem impactos negativos, amenizando o problema da degradação ambiental. Nestes capítulos, há algumas possibilidades de atuação no evento comunitário, no qual, além das práticas, deverá ser abordada a questão do meio ambiente, discutindo e organizando propostas de como agir na comunidade. A. C ez ar B oa m or te . 2 01 8. D ig ita l. DK O E st úd io . 2 01 6. D ig ita l. 2 1 1. Que esporte você reconhece na imagem acima? 2. De que forma ele se relaciona com o meio ambiente? 3. É possível pensar na preservação ambiental nas aulas de Educação Física? Diferentes práticas corporais © Sh ut te rs to ck /S te ve n Co rto n É importante registrar os elementos que aparecerão durante a conversa. Isso poderá ser utilizado ao longo das aulas e em momentos de avaliação. O registro pode ser feito no quadro ou em papel. Orientações metodológicas.1 3 Objetivos • Experimentar e fruir a corrida de orienta- ção e das trilhas interpretativas, valorizando tanto a própria segurança e integridade físi- ca quanto a dos outros, respeitando o patri- mônio natural e minimizando os impactos de degradação ambiental. • Identificar riscos, formular estratégias e ob- servar normas de segurança para superar os desafios na realização de práticas corporais de aventura na natureza. • Identificar as características das práticas corporais de aventura na natureza. • Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir o hóquei sobre grama, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. • Praticar o hóquei sobre grama usando habi- lidades técnico-táticas básicas. • Formular e utilizar estratégias para solucio- nar os desafios técnicos e táticos no hóquei sobre grama. • Identificar os elementos técnicos e as regras do hóquei sobre grama, bem como diferen- ciar as modalidades esportivas. • Verificar locais disponíveis na comunidade para a vivência das práticas corporais tema- tizadas na escola, propondo alternativas para utilizá-los no tempo livre. Corrida de orientação e trilhas interpretativas Você já ouviu falar em corrida de orientação? Neste capítulo, vamos conhecer esse esporte e as possibilidades de praticá-lo na escola. Como você já sabe, ao final do semestre, você tem a tarefa de organizar o evento comunitário. Retome as etapas de organização com os colegas e o professor, anote todas as ideias que surgirem ao longo das aulas e lembre-se do tema do semestre: práticas corporais e meio ambiente. Para ajudá-lo a relembrar as etapas da organização do evento, converse com a turma e, com a ajuda do professor, preencha o quadro a seguir. Etapa Tarefas Pesquisa Organizar as comissões e iniciar uma discussão sobre as práti- cas a serem realizadas, enumerando as necessidades do even- to (local, data, materiais). Programação Listar as atividades que podem ser desenvolvidas. Execução Realizar o evento. Avaliação Verificar o que deu certo ou não no evento realizado. Orientações metodológicas.2 © Sh ut te rs to ck /Ig or S tra m yk 8o. ano – Volume 14 História, organização e princípios da corrida de orientação Na década de 1910, o major do exército sueco Ernst Killander começou a organizar as primeiras competições de orientação. Na Europa, principalmente na Noruega, na Suécia e na Finlândia, a corrida de orientação faz parte do currículo escolar. No Brasil, a corrida de orientação chegou, na década de 1970, como atividade militar. O país ainda sediou dois campeonatos mundiais dessa modalidade esportiva: um em 1984, na cidade de Curitiba, e outro em 1992, em Brasília. Na atualidade, quem representa mundialmente a modalidade é a International Orienteering Federation (IOF), fundada em 1961; e, no Brasil, isso é feito pela Confederação Brasileira de Orientação (CBO), fundada em 1999. Segundo a CBO, Orientação é um esporte no qual os competidores navegam de forma independente através do terreno. Os competidores, auxiliados somente por mapa e bússola, devem visitar no menor tempo possível uma série de pontos de controle marcados no terreno. O percurso, definido pela localização dos pontos de controle, não é revelado aos competidores antes de suas partidas. REGRAS de orientação pedestre. Disponível em: <https://www.cbo.org.br/assets/gerenciador/CBO/Regras/1%20 -%20Regras/02%20-%20REGRAS%20DE%20ORIENTA%C3%87%C3%83O%20PEDESTRE%202018.pdf>. Acesso em 18 fev. 2018. CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA Regra 228 – A Confederação Brasileira de Orientação, reconhecendo a importância de man- ter a preservação da natureza e a prática da orien- tação, adotou os seguintes princípios: 1. Estar atento da necessidade de preservar o meio ambiente saudável e integrar este princípio na conduta fundamental da orientação. 2. Assegurar que as regras da competição e da organização de eventos estejam bem conscientes do princípio de respeito para com o meio ambiente e para com a pro- teção da flora e fauna. [...] 4. Fazer observar os regulamentos locais para proteção ambiental, manter a na- tureza livre do lixo produzido na com- petição de orientação e tomar medidas formais para evitar a poluição. 5. Incluir a Educação Ambiental na inicia- ção desportiva e treinamento de atletas e funcionários. 6. Exaltar a consciência ecológica e os pro- blemas ambientais mundiais, de forma que as entidades de prática possam ado- tar princípios para salvaguardar a prática da orientação. [...] 8. Nas competições do Esporte Orientação é proibido o uso de sacolas de plástico; 9. A organização deve instalar coletores se- letivos de lixo em todas as competições do Esporte Orientação; 10. Adotar a seleção e destinação adequada do lixo como conduta dos atletas em to- das as atividades do Esporte Orientação. 11. Nas competições do Esporte Orientação é proibido pintar árvores e pedras; 12. Nas competições do Esporte Orientação é proibido cortar, furar ou pregar árvores para fins fixar, hastear ou instalar imple- mentos relacionados às atividades do es- porte. Entre os itens que compõem o caderno de regras oficiais da CBO, existe um que deve ser lido com atenção. • Atleta no ponto de controle de uma corrida de orientação REGRAS de orientação pedestre. Disponível em: <https://www.cbo.org.br/assets/gerenciador/CBO/Regras/1%20-%20Regras/02%20-%20REGRAS%20 DE%20ORIENTAÇÃO%20PEDESTRE%202018.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2018. © Sh ut te rs to ck /S vi tla na Ni ko © Sh ut te rs to ck /J ac ob _0 9 Educação Física 5 Como acontece uma prova de corrida de orientação? Conexões Uma das regras da corrida de orientação proíbe o uso de saco- las plásticas durante a competição. Mas por que isso é uma regra? O caso da sacola plástica é um dos exemplosde como o desen- volvimento da tecnologia traz inúmeros benefícios, mas cria novos problemas; por exemplo: a utilização em larga escala de sacolas plásticas criou o problema da poluição causada pelo descarte ina- dequado desse material. Sacolas plásticas jogadas em locais impróprios levam até 400 anos para se degradar. Elas podem poluir e prejudicar o ambiente (entupir bueiros, causando alagamentos, ou ir para rios e mares, afetando suas respecti- vas fauna e flora). Para tentar amenizar esse problema, muitas cidades têm leis que proíbem as lojas de utilizar sacolas plás- ticas descartáveis. Em São Paulo, por exemplo, a Lei Municipal nº. 15.374/2011 proíbe a distribuição ou venda de sacolas plásticas pelo comércio. Na França, uma lei proíbe o uso de sacolas plásticas descartáveis em todo tipo de comércio. No Brasil, mesmo em cidades onde não há leis de proibição, são promovidas campanhas de sensibilização e incentivo ao uso de sacolas reutilizáveis, feitas de tecido ou de outros materiais mais resistentes. No caso da corrida de orientação, a regra favorece a conscientização dos atletas sobre suas escolhas dentro e fora das competições. • Registro subaquático de mar poluído • Mapa de percurso simples As linhas inteiras representam os azimutes (direção) de um ponto para o outro, e as linhas pontilhadas representam o caminho feito pelo participante. • Ponto de controle identificado com um prisma e um picotador, para que o participante fure seu cartão de controle Um percurso deve ser montado com antecedência, e os com- petidores não podem ter acesso a ele antes do início da prova. Nesse trajeto, são distribuídos vários pontos de controle, e os competidores devem passar por todos eles. Há um local determinado como saída (sinalizado com um triângulo), pontos de controle (indicados por círculos) e a chega- da (sinalizada com círculos concêntricos). Cada participante deverá utilizar os equipamentos básicos ne- cessários: um mapa do percurso e uma bússola (caso necessário). Observe, ao lado, o mapa de um percurso simples. O mapa do percurso deve ser a representação gráfica do terreno do percurso, contendo as informações sobre relevo, edi- ficações, tipos de vegetação, trilhas e outros elementos que au- xiliem na orientação. Deve conter também o local dos pontos de controle. Por meio do uso de um mapa e de uma bússola (caso neces- sário), o participante deverá encontrar os pontos de controle. Cada ponto de controle deve ser sinalizado com um prisma e ter um mecanismo que possa ser utilizado pelo competidor para marcar seu cartão de controle (como um picotador de papel). O cartão de controle é um cartão com a identificação do competidor. Por meio dele, a organização da prova verifica se o percurso foi realizado da forma correta (a cada ponto de controle, o competidor deve marcar seu cartão). © Sh ut te rs to ck /R ic h Ca re y © Sh ut te rs to ck /Ig or S tra m yk © Sh ut te rs to ck /E m m ot h ©Shutterstock/tomorn pukesorn 6 8o. ano – Volume 1 Corrida de orientação nas aulas de Educação Física Se a corrida de orientação é um esporte que acontece em um ambiente aberto, muitas vezes em meio à natureza, é possível realizá-la na escola? Muitos autores afirmam que sim, pois estudam a corrida de orientação e elaboraram propostas para realizá-la nas aulas de Educação Física. Como toda prática corporal, ela deve ser adaptada para a escola, garantindo a participação de todos e valorizando seus aspectos edu- cacionais. Como você aprendeu anteriormente, entre os princípios da corrida de orientação está o respeito às regras, aos adversários e às questões ambientais. Esses elementos devem ser valorizados durante as atividades desenvolvidas nas aulas. A corrida de orientação também é um conteúdo que traz consigo diversas relações com outros conhecimentos. Além de questões liga- das à Educação Física – uso e compreensão acerca das capacidades físicas envolvidas (resistência, força, velocidade), usos da corrida de orientação nos espaços de lazer e como atividade física – esse es- porte trabalha com outros temas, como o aprendizado de latitudes, longitude, leitura cartográfica, conservação do meio ambiente, valo- rização dos espaços históricos e comunitários, entre outros. Atividades Para começar a se familiarizar com a corrida de orientação, você conhecerá algumas atividades adaptadas para o espaço escolar, utilizará os modelos disponíveis no material de apoio e confeccionará os materiais necessários para essa atividade. A corrida de orientação é um esporte ainda pouco conhecido, mas que pode ser praticado na escola, com as adaptações necessárias. Como você estudou nas aulas anteriores, existem alguns procedimentos e equipamentos necessários para praticar a corrida de orientação. Retome o conteúdo e preencha o quadro a seguir, escrevendo o que é necessário (tanto de estrutura quanto de material) para realizar uma prova desse esporte. Local Competidor Ponto de saída Mapa Pontos de controle Prisma Picotador Bússola Ponto de chegada Cartão de controle Organize as ideias 3 Orientações para a realização da atividade. Aulas 1 e 2. © Sh ut te rs to ck /F or st er Fo re st A corrida de orientação acontece em ambiente aberto. 7 Educação Física Trilhas interpretativas: meio ambiente e Educação Física As trilhas interpretativas são atividades que podem articular os conhecimentos da Educação Física aos da preservação do meio am- biente. Elas acontecem em meio à natureza e têm os seguintes obje- tivos: provocar a reflexão sobre a natureza, promover a sensibilização sobre a natureza humana e desenvolver a noção de pertencimento à natureza. As atividades na natureza são cada vez mais procuradas (passeios ecológicos, montanhismo, escotismo, escalada, arborismo, trekking), principalmente por aqueles que vivem em espaços urbanos. Isso acontece em uma época em que as questões ambientais causam grandes preocupações nos estudiosos da área. O aquecimento glo- bal, o aumento do número de espécies em extinção, os problemas de falta de água potável, a poluição urbana e a exploração sem limi- tes dos recursos naturais estão na ordem do dia. • Pessoas caminhado em meio à natureza em uma trilha interpretativa Por meio do contato com a natureza, diversos conteúdos podem ser abordados e relacionados, por exemplo, à Educação Física, à Biologia e à Geografia. A corrida de orientação é uma atividade que poderá ser incluída na programação do evento comunitário. Por tratar-se de uma atividade que pode ser realizada em qualquer espaço físico e cujo caráter competitivo pode ser trabalhado em diversos níveis, é possível incluir toda a comunidade em uma grande corrida de orientação. Outra opção é realizar uma trilha interpretativa em algum espaço próximo à escola. Para levantar as possibilidades de realização dessa atividade, converse com os professores de Biologia e de Geografia, por exemplo, para juntos conhecerem melhor o entorno escolar. Para ajudá-lo nessa pesquisa, organize-se, de acordo com as orientações do professor, para uma pesquisa de campo. Nela, avalie os espaços existentes, faça perguntas à comunidade sobre a região e conheça melhor a realidade da vizinhança escolar. No material de apoio, há uma sugestão de questionário para a pesquisa. Atividades Além de vivenciar mais algumas atividades de corrida de orientação, agora você terá o desafio de orga- nizar uma corrida explorando os espaços da escola. Ouça as orientações do professor, utilize os modelos disponíveis no material de apoio, cuide da escola e dos colegas e boa corrida! arborismo: prática esportiva que consiste na travessia de um percurso suspenso montado nas copas das árvores. O esporte surgiu na Costa Rica, na década de 1980, pela necessidade de os cientistas permanecerem nas árvores para observar os animais. 5 Orientações para a realização da atividade. Aulas 3 e 4 . 4 Orientações metodológicas. © Sh ut te rs to ck /S yd a Prod uc tio ns 8o. ano – Volume 18 História do hóquei sobre grama Segundo a Federação Internacional de Hóquei (FIH), as raízes desse esporte estão ligadas a práticas realizadas na Antiguidade. Registros de mais de 4 mil anos, encontrados no Egito, e outros de cerca de mil anos a.C., descobertos na Etiópia, indicam que já se praticava uma forma rudi- mentar desse jogo. Outras evidências também apontam para práticas similares em Roma e na Grécia, bem como nas terras do povo asteca. A forma de jogar hóquei como conhecemos hoje surgiu na Inglaterra, no século XVIII, e sua criação está relacionada ao aumento do número de escolas públicas no país. A primeira associação de hóquei foi criada em 1876, no Reino Unido. Ela foi responsável por organizar as primeiras regras do esporte. O hóquei estreou em Olimpíadas nos Jogos de Londres, em 1908. Naquele momento, competiram Inglater- ra, Irlanda, Escócia, País de Gales, Alemanha e França. A inclusão desse esporte nos Jogos Olímpicos só foi efeti- vada nos Jogos de Amsterdã, em 1928. As equipes femininas só passaram a participar dos eventos olímpicos a partir de 1980, nos Jogos de Moscou. A Federação Internacional de Hóquei (FIH) foi fundada em 1924. Ela é a entidade responsável pelas regras e pelas competições oficiais do esporte. No Brasil, o esporte é organizado pela Confederação Brasileira de Hóquei sobre a Grama e Indoor (CBGH). Hóquei sobre grama Também pouco comum nas aulas de Educação Física, o hóquei tem, em suas modalidades (no gelo, so- bre patins, sobre grama e no seu derivado, o floorball), histórias e características próprias. O hóquei no gelo participa das Olimpíadas de Inverno e o hóquei sobre grama, que conheceremos melhor nas próximas au- las, faz parte dos Jogos Olímpicos de Verão. O hóquei é muito popular em países da Europa e da América do Norte, mas não é muito praticado no Brasil. Agora você terá a oportunidade de conhecer melhor a história desse esporte e suas regras básicas, bem como a possibilidade de praticá-lo nas aulas de Educação Física. • Hóquei sobre grama • Relevo encontrado na Grécia, 1300 a.C. Apesar de ser um esporte que utiliza um taco para empurrar o disco ou a bola, o hóquei é classificado como um esporte de invasão, pois o seu objetivo é invadir o campo adversário e marcar um gol. Nos esportes de campo e taco, o objetivo é rebater a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, ganhando tempo para percorrer o campo, como no caso do beisebol. © Sh ut te rs to ck /N an ny cz © W ik im ed ia C om m on s/ Na tio na l A rc ha eo lo gi ca l M us eu m , A th en s Educação Física 9 Regras e dinâmica do jogo Conhecer as regras oficiais de um esporte é importante para que você com- preenda o desenvolvimento do jogo, porém, lembre-se de que, durante as aulas, diversas regras e equipamentos devem ser adaptados de forma que possibilitem a vivência do esporte e a participação de todos. • Tacos e bola de hóquei sobre grama • As equipes de hóquei sobre grama são formadas por 11 jogadores. • Cada partida é dividida em 2 tempos de 35 minutos cada. • Quando uma partida termina empatada, ela é decidida por meio de dis- putas de pênaltis. • Os jogadores não podem tocar na bola com as mãos ou com os pés; so- mente o goleiro pode utilizar essas partes do corpo para controlar a bola. • Não é permitido levantar o taco acima da linha dos ombros ou lançar a bola na direção de outro jogador. • Faltas cometidas dentro da área serão cobradas por meio de pênaltis. • Somente o jogador que está com a posse da bola pode utilizar o corpo para protegê-la. • O campo de disputa do hóquei de grama também pode ser construído com grama sintética e deve ter 91,4 m de comprimento e 55 m de largura. • Os tacos utilizados no esporte são feitos de fibra de carbono e fibra de vidro, pesando entre 350 e 700 g. Eles devem ter, no máximo, 5 cm de diâmetro. • A bola é fabricada com plástico e cortiça, devendo pesar, aproximadamente, 160 g e ter 3 cm de diâmetro. • O gol tem 3,66 m de largura e 2,10 m de altura. • Um gol só é válido quando a bola é lançada dentro do striking circle. Assim como todo esporte, o hóquei sobre grama apresenta fundamentos e técnicas que fazem parte da dinâmica de jogo. Entre eles estão a empunhadura, os passes, a condução da bola, a batida na bola, a recepção e o desarme. Existem três formas de empunhadura: Só são válidos os gols marcados dentro do striking circle. Caso aconteça uma falta entre a linha pontilhada e o striking circle, ela será cobrada por meio de um penalty corner, ou seja, rolando a bola do canto da quadra para dentro da área. Nesse lance, os jogadores de ataque ficam posicionados fora da área; e os jogadores de defesa, atrás da linha de fundo. ©S hu tte rst oc k/v ec to rO K An ge la G ise li. 20 18 . D ig ita l. Th eo S zc zp an sk i. 2 01 8. D ig ita l. • Aplauso • Jab • Relógio 8o. ano – Volume 110 Para receber um passe, podem ser utilizadas: a recepção baixa, com o taco na horizontal e em contato com o solo; a recepção lateral de direita e a recepção lateral de revés. Uma vez que não é permitido encostar no taco adversário, o de- sarme é realizado com o taco deitado na horizontal. Observe a ilus- tração ao lado. Atividades Agora que você conheceu a história e a dinâmica do hóquei sobre grama, pratique alguns fundamentos essenciais para o bom desenvolvimento desse esporte. Preste atenção às orientações do seu professor e busque alternativas para superar as dificuldades que podem aparecer ao longo das atividades. O campo em que são realizadas as competições de hóquei sobre grama é construído, muitas vezes, com grama sintética. Esse material foi utilizado pela primeira vez em um campo de beisebol, em 1966, nos EUA. Uma vez que o estádio era coberto, a grama natural não resistia à falta de luz e foi substituída pela grama sintética. No início, a base desses campos era feita de concreto, material que deixava o gramado muito duro. Com o desenvolvimento tecnoló- gico, os gramados sintéticos passaram a reciclar materiais utilizando uma base fabricada de borracha de pneus descartados. Se, por um lado, a grama sintética feita de materiais reciclados diminui o lixo descartado, por outro, seu uso causa alguns problemas para os atletas profissionais. Um deles está ligado à temperatura da grama sintética, que chega a ser até 12 °C mais quente do que a grama natural. Essa condição faz com que os atletas se cansem mais, prejudicando o seu desempenho em uma partida. Sempre que uma nova tecnologia é desenvolvida, os pontos positivos e os negativos devem ser avaliados para que seja possível melhorar os materiais utilizados e buscar soluções para os problemas encontrados. Conexões • Hóquei sobre grama pratica- do em grama sintética 6 Orientações para a realização da atividade. Aula 5. © Sh ut te rs to ck /S ha hj eh an Ilu st ra çõ es : T he o Sz cz pa ns ki . 2 01 8. D ig ita l. • Sequência de movimentos da batida Os passes são chamados de push (passe lateral), no qual a bola é arrastada antes de ser passada; push-hit, quando, antes de realizar o passe, a bola é afastada do taco e o passe é feito de revés, realizado com a parte tra- seira do taco. A condução da bolinha pode ser fei- ta segurando o taco com a mão esquer- da ou com as duas mãos. Para bater na bolinha, deve-se segurá-lo com as duas mãos encostadas, na parte superior dele. Educação Física 11 Atividades Atividades Para possibilitar a prática do hóquei sobre grama na escola, você vivenciará alguns jogos que apresentam características do hóquei e que possibilitam a aproximação com esse esporte. Lembre-se da importância de participar das atividades tanto nos momentos em que está jogando quanto nas situações em que você cumpre outras funções na atividade. As próximas atividades têm como objetivo explorar todas as vivências realizadas ao longo das aulas em um festival de hóquei.Retome tudo o que você aprendeu e lembre-se de que essas atividades podem fazer parte do evento comunitário. A sua participação na organização e na execução do festival de jogos é muito importante. Saiba + O hóquei no gelo é uma das modalidades do hóquei e um dos esportes das Olimpíadas de Inverno. Sua prática existe desde a Ida- de Média e a forma mais próxima ao esporte atual foi desenvolvida na Inglaterra, no século XVIII. No século seguinte, soldados britâ- nicos levaram o esporte para o Canadá e para os Estados Unidos, países que, nos dias atuais, são referências do hóquei no gelo. Atualmente, uma das principais competições do esporte é or- ganizada pela National Hockey League (NHL), liga profissional de hóquei que agrega equipes dos Estados Unidos e do Canadá. As equipes são formadas por seis jogadores e, no lugar da bolinha, os jogadores conduzem um disco até o campo adversário, buscando marcar um gol. Além do disco e do taco, fazem parte dos materiais de jogo uma série de equipamentos de segurança, como capacetes e protetores. Os jogadores praticam o esporte com patins, similares àqueles utilizados na patinação artística. Os atletas de hóquei no gelo utilizam patins para se deslocar sobre a quadra. O hóquei sobre grama pode fazer parte do evento comunitário, ampliando as práticas corporais conhecidas pela comunidade. Além das atividades lúdicas e dos jogos, que eventualmente surgem das atividades vivenciadas nas aulas, a turma poderá organizar uma oficina de construção do taco de hóquei, desde que seja solicitado previamente aos convidados que tragam o material necessário. Após a construção do taco, é possível que os participantes desenvolvam as atividades. 7 Orientações para a realização da atividade. Aulas 6 e 7. 8 Orientações para a realização da atividade. Aula 8. 9 Orientações metodológicas. © Sh ut te rs to ck /J oh n- A le x 8o. ano – Volume 112 Hora de estudo 1. O que você aprendeu por meio das atividades de corrida de orientação? 2. Em relação ao meio ambiente, quais são as re- gras da corrida de orientação que tratam disso diretamente? 3. O que são trilhas interpretativas? São atividades organizadas em meio à natureza. Podem ter entre 500 m e 1 000 m e incluir atividades de apreciação do meio ambiente, da cultura local e de atividades físicas, como caminhadas, alongamentos, ginásticas, etc. 4. Quais são as modalidades do hóquei e quais de- las fazem parte dos Jogos Olímpicos (de Verão e de Inverno)? As modalidades do hóquei são: no gelo, sobre patins, sobre grama e, ainda, o floorball. O hóquei no gelo faz parte dos Jogos Olímpicos de Inverno; o hóquei sobre grama, dos Jogos Olímpicos de Verão. 5. Por que o hóquei não pode ser classificado como um esporte de campo e taco? Porque, nos esportes de campo e taco, o objetivo é rebater a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, ganhando tempo para percorrer o campo. O objetivo do hóquei é invadir o campo adversário para marcar gols. 6. Cite três regras básicas do hóquei sobre grama. Sugestões: • as equipes de hóquei sobre grama são formadas por 11 jogadores; • não é permitido levantar o taco acima da linha dos ombros ou lançar a bola na direção de outro jogador; • um gol só é válido quando a bola é lançada dentro do striking circle. 7. Quais são os fundamentos do hóquei sobre grama? A empunhadura, os passes, a condução da bola, a batida na bola, a recepção e o desarme. 8. Como é possível articular os conteúdos estu- dados no capítulo com o tema do semestre? O aluno deve ser capaz de compreender a relação direta e indireta das práticas corporais com o meio ambiente. Algumas indicações são dadas ao longo do texto e nas seções Saiba + e Conexões. O uso dos espaços naturais, como na corrida de orientação, trilhas interpretativas e vôlei de praia, por exemplo, pode ser pontuado pelo aluno. A utilização dos materiais em cada prática também é um elemento de reflexão. Questões ligadas à Educação Física – uso e compreensão acerca das capacidades físicas envolvidas (resistência, força, velocidade), usos da corrida de orientação nos espaços de lazer e como atividade física. Questões como o aprendizado de latitudes, longitude, leitura cartográfica, conservação do meio ambiente, valorização dos espaços históricos e comu- nitários, tomada de decisões, o uso consciente dos objetos e de suas capacidades físicas, a necessidade de administrar os sentimentos, compreendendo a vitória e a derrota, o respei- to às regras e aos adversários. Estar atento à necessidade de preservar o meio ambiente; proteção da flora e da fauna; manter a natureza livre do lixo produzido na competição; incluir a educação ambiental na iniciação desportiva e no treinamento de atletas e funcioná- rios; exaltar a consciência ecológica e os problemas ambien- tais mundiais; é proibido o uso de sacolas de plástico; seleção e destinação adequada do lixo como conduta dos atletas em todas as atividades do esporte orientação; é proibido pintar árvores e pedras; é proibido cortar, furar ou pregar árvores para fins de fixar; hastear ou instalar implementos relaciona- dos às atividades do esporte. 13 2 © Sh ut te rs to ck /P ed ro M on te iro 1. Você conhece o esporte retratado na imagem? 2. O que ele tem em comum com outros esportes que você conhece? 3. Você já vivenciou esse esporte ou já assistiu a uma partida dele? Esportes de rede Comentários.1 14 Objetivos • Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir o voleibol e o badminton, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. • Praticar o voleibol e o badminton usando habilidades técnico-táticas básicas. • Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios técnicos e táticos no voleibol e no badminton. • Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos individuais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras do voleibol e do badminton, bem como diferenciar as modalidades esportivas. • Identificar as transformações históricas do fenômeno esportivo. • Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática de esportes, propondo alternativas para utilizá-los no tempo livre. Entendendo o voleibol História do voleibol O voleibol foi criado em 1895, na Associação Cristã de Moços (ACM), no estado norte-americano de Massachusets. O professor de Educação Física William G. Morgan havia recebido a tarefa de criar um esporte com menos contato físico que o basquete e, baseando-se no tênis, decidiu colocar uma rede entre as duas equipes, delimitando o espaço de cada uma e evitando o contato físico entre elas. Naquele momento, ele batizou o novo esporte com o nome de mintonette. A mudança de nome ocorreu no ano seguinte, sugerida por A. T. Halstead, durante uma conferência entre diretores de Educação Física dos EUA. Halstead fez a sugestão baseando-se na ideia básica do jogo: jogar a bola por cima da rede utilizando as mãos. O esporte cresceu rapidamente e hoje é um dos mais praticados no mundo. A Federação Internacional de Voleibol (FIVB), entidade que organiza as regras e os eventos internacionais é, atualmente, a federação que conta com mais países filiados entre todos os esportes, com 220 países. O voleibol faz parte do programa desde as Olimpíadas de Tóquio, em 1964, tanto na modalidade masculina quanto na feminina, e desde então nunca deixou de ser um esporte olímpico. • Registro histórico de uma partida de vôlei © Sh ut te rs to ck /E lzb ie ta S ek ow sk a 15 Fundamentos do voleibol Nas aulas de Educação Física, o foco não é a execução perfeita dos fun- damentos, mas a disposição em aprendê-los de acordo com as suas habili- dades. Saber executar esses fundamentos de forma básica possibilitará que você assista a um jogo de vôlei e entenda a sua dinâmica, bem como lhe dará ferramentas para praticar esse esporte nos momentos de lazer. Toque O toque é um dos fundamentos técnicos mais importantes do voleibol.É por meio dele que podem ser oportunizadas situações de ataque. Os chamados levantamentos costumam ser executados pelo jogador deno- minado de levantador. Ele tem a função de preparar a bola para que os outros jogadores do time realizem o ataque por meio da cortada ou de outras formas de passar a bola para a quadra adversária. Com o toque, também é possível realizar a defesa a ataques adversários quando a bola encontra-se acima da cabeça. Saiba + Atualmente, considera-se que o Brasil, além do “país do futebol”, é o “país do voleibol”. Isso se deu em função da evo- lução do esporte no país nas últimas três décadas. Um dos marcos da expansão do esporte foi o Mundialito de Voleibol, realizado no Brasil em 1982. Nesse ano, enquan- to a população tentava esquecer a eliminação do país na Copa do Mundo de Futebol, via uma nova paixão nacional surgir após a equipe brasileira de vôlei vencer a até então imbatível União Soviética. Naquela competição, o público conheceu o saque “jornada nas estrelas”, criado pelo joga- dor Bernard. Esse saque atingia 25 m de altura e descia a 72 km/h, sendo um dos responsáveis pela vitória brasileira diante da equipe soviética. Essa geração de jogadores de vôlei, que vinha se aperfeiçoando desde a década de 1970 e que conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1984, foi, em grande parte, responsável pelo sucesso que o Brasil atingiu nos Jogos Olímpicos de 1992, quando conquistou, pela primeira vez, a medalha de ouro nas Olimpíadas. Desde então, o esporte é citado como o segundo preferido dos brasileiros, levando muitos meninos e meninas às quadras. • Atletas brasileiros representando o Brasil em um jogo • O toque – um dos fundamentos mais importantes do voleibol Atividades Somente com a prática dos fundamentos é possível desenvolvê-los e compreender o uso deles durante os jogos. Agora seu professor vai orientá-lo a praticar algumas atividades para aprender a realizar o fun- damento toque. 2 Orientações para a realização da atividade. Aula 1. © Sh ut te rs to ck /S im on e Si m on e © Sh ut te rs to ck /C ha tc ha i S om w at 8o. ano – Volume 116 • Representação de como realizar o saque por baixo © Sh ut te rst oc k/ f_ y_ b R t ã d li b i Atividades Atividades O saque é um fundamento essencial no voleibol. Com ele, é possível dificultar a recepção da equipe adversária e ajudar a equipe a manter a posse da bola. Vamos praticar o saque por baixo e um dos estilos do saque por cima, o saque estilo tênis. Você já praticou o toque e o saque, agora vai praticar o fundamento manchete. Ouça as orientações do professor e preste atenção em suas habilidades a fim de superar-se. • Atleta preparando-se para realizar o saque por cima Manchete Esse fundamento também é usado com maior frequência nas defesas durante uma partida de voleibol. Diferentemente do toque, que é executa- do com a bola acima da linha da cabeça, a manchete é mais bem executada quando a bola se encontra em uma posição mais baixa. Muitos consideram a manchete um dos fundamentos mais difíceis de serem executados durante o jogo. É com ela que os jogadores tentam controlar a bola após um saque ou ataque do adversário. Uma manchete bem executada dá condições para um bom levantamento e um ataque eficiente. O saque é o fundamento responsável por colocar a bola em jogo no início de cada partida ou após a marcação de um ponto. Portanto, o saque marca o início ou o reinício da disputa de pontos. Com o desenvolvimento dos treinamentos e o aprimoramento da técnica, o saque, atualmente, é considerado o primeiro ataque de uma equipe, ou seja, além de executar o gesto técnico da forma correta, o jogador que está sacando deve realizar o fundamento de forma que dificulte a recepção e a continuidade da jogada da equipe adversária. Para realizar o saque, o jogador deve se posicionar atrás da linha de fundo da quadra. Com apenas uma batida na bola, deve fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede, direcionando-a para a quadra adversária. Existem diferentes tipos de saque no voleibol. Os mais conhecidos são o saque por cima, o saque por baixo e em suspensão. Neste capítulo, vamos estudar alguns tipos de saque por baixo e por cima. Saque 3 Orientações para a realização da atividade. Aula 2. 4 Orientações metodológicas. Aula 3. • Atleta realizando a manchete © Sh ut te rs to ck /M oo in bl ac k Li m a. 20 12 . D ig ita l. Educação Física 17 Ataque No voleibol, o ponto é computado quando a bola toca a quadra de jogo adversária ou quando o time opo- nente não consegue devolver a bola para o outro cam- po. Isso pode ser feito por meio de um saque eficiente, de um bloqueio ou de um ataque. O ataque é realizado, normalmente, no terceiro toque da equipe na bola (o último toque possível), ocasião em que a bola é passada para a outra quadra por uma cortada ou pela utilização de outros fundamentos, como o toque e a manchete. Em uma situação ideal, um jogador recebe a bola sa- cada pela equipe adversária realizando uma manchete e passando-a para o levantador; este levantará a bola, por meio do toque, para o atacante realizar a cortada. Exis- tem várias técnicas para realizar a cortada (bola de ponta, bola de meio, bola de fundo, largada, entre outras), mas, nesse momento, vamos praticar os movimentos básicos. Como todos os fundamentos do vôlei, a execução correta do ataque exige treino e alguns cuidados. Lembre-se de que o seu objetivo nas aulas não é executar as técnicas com perfeição, mas empenhar-se para aprender a lógica de cada movimento, esforçando-se para realizá-lo da melhor forma possível. Atividades O ataque, principalmente por meio da cortada, é a principal maneira de marcar um ponto em um jogo de vôlei. Também é um dos fundamentos mais difíceis. Portanto, ouça as explicações do seu professor e utilize seu potencial durante a vivência dos movimentos. Rodízio Durante o jogo de vôlei, é preciso determinar o jogador que realizará o saque. Isso é feito por meio do rodí- zio. Como o nome já diz, é por ele que os seis jogadores do time “rodam” no sentido horário, passando por todas as posições na quadra e também pela função do saque. As posições na quadra vão de 1 a 6, e o jogador que está na posição 1 será o responsável pelo saque. O rodízio acontece toda vez que uma equipe marca ponto após o saque adversário, ou seja, quando ela tira o saque da outra equipe. Observe a ilustração: O rodízio é importante para a dinâmica do jogo. Por meio dele, sabemos quem é o responsável pela ação de levantamento da bola e quem realizará o saque. 5 Orientações metodológicas. Aula 4. • Registro de uma atleta momentos antes de realizar o ataque por meio de uma cortada © Sh ut te rs to ck /C P DC P re ss 2 1 6 34 5 Rede Linha dos 3 metros O rodízio é feito no sentido horário Área do saqueAn ge la Gi se li. 20 18 . D igi ta l. O jogador que está na posição 1 realizará o saque 8o. ano – Volume 118 Atividades Agora você vivenciará mais alguns jogos de vôlei adaptados e também praticará o rodízio. Assim, você con- seguirá visualizar a dinâmica de um jogo de vôlei, aperfeiçoando seus fundamentos em situações de jogo. O vôlei de praia O vôlei de praia foi criado em 1920, nas praias da Califórnia (EUA) e, em 1947, foi realizado seu primeiro torneio oficial. No Bra- sil, ele começou a ser praticado na década de 1930, nas praias de Copacabana e Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro. A partir da década de 1980, vários ex-jogadores de vôlei de quadra começa- ram a praticar o vôlei de praia, que se tornou esporte olímpico em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta. Esse esporte tem profundas relações com o meio ambiente, uma vez que é praticado ao ar livre. Porém, nem sempre a rela- ção entre esportes e natureza é amistosa. Vejamos o exemplo da construção da arena para a disputa dos jogos de vôlei de praia nas Olimpíadas do Rio 2016. Faltando 50 dias para o início das Olimpía- das,a obra de construção da arena foi embargada pela prefeitura da cidade. O embargo ocorreu para verificação do pedido de licen- ça ambiental. Depois do processo resolvido, a arena foi construída com 21 metros de altura e capacidade para receber 12 mil pessoas. Esse fato demonstra a importância do respeito às leis ambien- tais. Mesmo a organização de um dos maiores eventos esportivos – os Jogos Olímpicos – teve que se submeter à legislação que pro- tege o meio ambiente. Conexões Você está aprendendo a importância dos fundamentos do vôlei. Sem eles, a prática desse esporte, mesmo de forma lúdica, fica dificultada. Ter acesso a esse esporte na escola e valorizar os momentos de aprendizado é fundamental para que você tenha uma vida mais ativa e criativa fora da escola. Pensando nisso, avalie com a turma a possibilidade de incluir o vôlei no evento comunitário. Para isso, será preciso considerar a maneira de incluir toda a comunidade nesse jogo, as adaptações necessárias e como o vôlei pode ser articulado à questão do meio ambiente. • Vôlei de praia – esporte muito popular no Brasil 6 Orientações para a realização da atividade. Aula 5. 7 Comentários. © Sh ut te rs to ck /A .PA ES Educação Física 19 Os elementos do badminton Você vai conhecer melhor o badminton, esporte pouco conhecido no Brasil e que pode ser uma prática muito interessante para o evento comunitário. Considerando que um dos objetivos é demonstrar à comuni- dade práticas diversificadas, esse esporte mostra-se como uma modalidade acessível a todos. O badminton também é um esporte de rede, a qual é utilizada como elemento de divisão da quadra, porém, nesse esporte, utiliza-se uma raquete para rebater um artefato. Outros esportes que utilizam raquete são: tênis, tênis de mesa, squash, frescobol e paddle. Organize as ideias Retome os fundamentos e a dinâmica básica do vôlei preenchendo o quadro a seguir. Compreender a realização e a função deles na dinâmica do jogo é importante para a continuidade dos estudos sobre o vôlei no 9º. ano. Fundamento Quando é usado Função dentro do jogo Toque Quando a bola está acima da altura da cabeça. Passar e, principalmente, levantar a bola para o atacante. Manchete Quando a bola está em uma altura baixa. Receber a bola após um saque, passar a bola. Saque Para colocar a bola em jogo. Colocar a bola em jogo. Hoje é considerado o primeiro ataque. Ataque No final de uma jogada, geralmente é o tercei-ro toque na bola. Finalizar uma jogada, dificultando a defesa da equipe adversária. Rodízio Após um ponto, quando a equipe tira o saque da equipe adversária. Indicar quem realizará o saque, fazer com que todos os jogadores passem por todas as funções na quadra. História do badminton Originário da Índia, foi na Inglaterra que o badminton se organizou e se estruturou da maneira como é praticado atualmente. Por volta de 1800, os militares ingleses aprenderam um jogo tradicional conhecido como o poona, mesmo nome da localidade onde era praticado na Índia colonizada. Mais tarde, levaram-no para a Inglaterra, país que o difundiu pela Europa com o nome de badminton (nome da propriedade em que foi jogado pela primeira vez com as regras modificadas). Em 1934, surgiu a Internacional Badminton Federation – IBF (Federação Internacional de Badminton), fato que contribuiu para o aperfeiçoamento das regras e a difusão mundial do esporte. O badminton entrou para as Olimpíadas em 1992, em Barcelona. • Imagem histórica do badminton A primeira competição de badminton disputada no Brasil foi a Taça São Paulo, realizada em 1983; depois de 10 anos, foi fundada a Confederação Brasileira de Badminton, em 1993. O Brasil conquistou uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, com a dupla Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo. A primeira participação do país em uma Olimpíada foi em 2016, no Rio de Janeiro. Dois atletas participa- ram das competições olímpicas: Ygor Coelho e Lohaynny Vicente. 8 Comentários. © Sh ut te rs to ck /E ve re tt - A rt 8o. ano – Volume 120 Saiba + A confecção de petecas com penas de ganso segue um padrão: retirar as penas da asa esquerda do animal. Esse procedimento é realizado porque o ganso sempre dorme sobre a asa direita, marcando as penas desse lado. O uso de penas, couro e demais materiais de origem animal gera muita polêmica. No caso das penas, elas são arrancadas com o animal vivo, em um procedimen- to que pode ser repetido a cada seis semanas. Esse e outros tipos de exploração animal fizeram surgir o grupo People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pelo tratamento ético dos animais – PETA). Seus membros rea- lizam campanhas para proteger os animais da exploração desnecessária e abusiva. Como resul- tado, muitas empresas se comprometeram a não usar matéria-prima animal em seus produtos. Uma vez que estamos em uma época de tantos avanços tecnológicos, precisamos refletir sobre a necessidade de utilizar produtos de origem animal que são extraídos causando sofrimento a esses seres. Diversos esportes foram criados com base em práticas corporais provenientes de lugares de fora da Europa. Em países como a Inglaterra, foram elaboradas técnicas de trabalho, desenvolvidos maquinários e ampliado o alcance social dessas atividades, atingindo, por exemplo, as escolas. Dessa maneira, formou-se a base de siste- matização e de divulgação das práticas sociais, as quais viriam a ser chamadas de esportes. A Índia, por exemplo, foi colônia da Inglaterra por muito tempo, fato que explica a presença de militares ingleses no país naquela época. Durante o período de colonização inglesa, o povo indiano sofreu com a falta de empregos e com o preconceito. No período em que mantiveram colônias na África e na Ásia, as grandes potências europeias tiveram grande enriquecimento, não só em relação aos bens explorados mas também em relação à apropriação de elementos culturais locais que seriam, posteriormente, adaptados e difundidos em todo o mundo, como o badminton. Conexões Funcionamento do jogo de badminton O objetivo do badminton é fazer com que o objeto de disputa caia no campo do adversário, passando por cima de uma rede, e impedir que tal objeto caia no seu campo. Para isso, utilizam-se raquetes para tocar em uma peteca. O badminton pode ser jogado de forma individual ou coletiva. Na forma coletiva, é possível jogar em duplas masculinas, duplas femininas e duplas mistas. O badminton é um dos poucos esportes que, assim como o cor- febol, são jogados com equipes mistas. Os principais equipamentos para a prática desse esporte são a quadra, a raquete e a peteca. Para jogos ofi- ciais, a rede deve ficar a uma altura de 1,55 m do chão. Equipamentos As raquetes variam de 85 a 110 gramas em peso, com 67 cm de comprimento. Podem ser encontradas raquetes de diversos materiais, como aço, alumínio e grafite, entre outros. As petecas usadas em competições são feitas de material sintético ou de penas de ganso. Elas pesam entre 4,74 e 5,50 gramas e podem atingir altas velocidades. © Sh ut te rs to ck /K em eo As penas de gansos são usadas para fazer as petecas de badminton. Educação Física 21 Principais regras do badminton • O saque é realizado na diagonal. O sacador fica dentro da área de serviço no lado direito da quadra, de frente para a rede. • Quem recebe o saque fica do outro lado da rede, dentro da sua área de serviço no seu lado direito da quadra, ou seja, na diagonal de quem inicia a disputa. • Nos jogos em duplas, o parceiro pode ficar em qualquer lugar da quadra, desde que não bloqueie a visão do recebedor. Para sacar, a peteca deve ser golpeada abaixo da linha de cintura. • O saque será dado alternando-se a área de serviço a cada ponto, da seguinte forma: contagem zero ou número par, saque na área de serviço à direita; contagem número ímpar, saque na área de serviço à esquerda. • A equipe que pontua continua sacando. Quando erra, o oponente marca ponto e ganhao direito de sacar. Pontuação O jogo é disputado em um total de três games de 21 pontos cada. Vence a equipe ou o jogador que ganhar dois games primeiro. A cada serviço, é marcado um ponto para a equipe ou para o jogador que conquistar um rally (ações de jogo entre o serviço e o resultado final das jogadas). Se houver empate em 20 pontos, vencerá quem abrir 2 pontos de vantagem. Havendo empate em 29 pontos, vence aquele que fizer 30 pontos. O lado que vencer um game serve primeiro no próximo. Aspectos técnicos e táticos do badminton No badminton, os gestos técnicos definem também a tática em- pregada, pois a decisão sobre qual fundamento usar está diretamente ligada ao resultado pensado para a definição da jogada. Os principais movimentos são o forehand e o backhand. No badminton, as jogadas são chamadas de golpes. Conhecer essas diferentes formas de golpear a peteca ajuda você a pensar taticamente e a decidir qual o melhor momento de utilizá-las. Observe como se realiza cada um dos golpes. Atividades Você já sabe que, nas aulas de Educação Física, as diversas práticas corporais precisam ser adaptadas, seja em função do espaço e dos materiais, seja para garantir a participação de todos os colegas da turma. Com o badminton não é diferente, siga as orientações do seu professor, confeccione sua própria raquete e realize algumas atividades para praticar o manuseio do material. Mãos à obra! Clear: golpe defensivo usado para enviar a bola alta ao fundo da quadra adversária, descrevendo uma parábola. Esse golpe dificulta a interceptação da peteca e dá mais tempo para o jogador se reposicionar em quadra. Smash: golpe mais ofensivo do badminton, como se fosse a cortada do voleibol. Batida rápida e forte na peteca, imprimindo-lhe uma trajetória descendente. Forehand Lance com a parte externa da raquete batida à direita do jogador destro com a palma da mão voltada para a frente. Backhand Lance com a parte interna da raquete batida à esquerda do jogador destro com o dorso da mão voltado para a frente. 9 Orientações para a realização da atividade. Aula 6. Th eo S zc zp an sk i. 2 01 3 Di gi ta l. 8o. ano – Volume 122 Ilu st ra çõ es : T he o Sz cz pa ns ki . 20 13 . D ig ita l. Drop shot (baixo ou alto): golpe ofensivo usando batida suave e rápida na peteca, forçando-a a fazer uma trajetória descendente, com o objetivo de que ela caia logo após a rede, dificultando a próxima ação do adversário. Lob: golpe defensivo com as mesmas características e objetivos do clear, mas que é executado batendo na peteca de baixo para cima quando ela está caindo próximo à rede, com a intenção de enviá-la para o fundo da quadra adversária, dando mais tempo para o jogador se reposicionar. Drive: golpe ofensivo no qual se posiciona a raquete paralelamente à rede, levando-a para trás, por meio da abertura do braço, procurando mantê-la na altura do ombro. Batida forte, procurando imprimir na peteca uma trajetória plana, ligeiramente descendente, fazendo-a passar próximo da rede em direção ao fundo da quadra. • Drop shot baixo – drop shot alto Organize as ideias Atividades Agora que você já conhece melhor o badminton e já possui uma raquete e uma peteca, vai praticar os gestos técnicos e golpes de forma que vivencie o esporte e desperte o gosto por essa modalidade. 10 Orientações para a realização da atividade. Aulas 7 e 8. Para reforçar os conteúdos estudados nas últimas aulas, preencha o quadro a seguir com as informações sobre o badminton. Equipamento Raquetes, peteca e rede. Pontuação 3 games de 21 pontos. A cada serviço, é marcado um ponto para a equipe ou o jogador que vencer o rally.Em caso de empate em um game (20 a 20), vence quem abrir dois pontos de vantagem. Técnicas Backhand Forehand Golpes Clear Drop shot baixo ou alto Smash Lob Drive Educação Física 23 Hora de estudo 24 Chegamos ao final do primeiro bimestre e você estudou cinco conteúdos que podem fazer parte do evento comunitário: corrida de orientação, trilhas interpretativas, hóquei sobre grama, voleibol e badminton. Converse com seus colegas sobre qual desses esportes fará parte do evento e de que maneira será possível articulá-lo ao tema do semestre. Lembre-se de pensar em medidas de boa relação com o ambiente, alinhando o seu estilo de vida e o da sua comunidade a valores como preservação de recursos naturais e consumo consciente, usufruindo daquilo a que temos acesso de maneira que não impacte no meio ambiente de forma negativa. Nesse sentido, questione-se: Como as práticas esportivas podem contribuir para que exista uma boa relação com o meio ambiente? Ao longo das aulas, você teve algumas dicas de como o tema meio ambiente pode ser abordado. 11 Comentários. 3. Observe o esquema ao lado e desenhe nele como se faz o rodí- zio, indicando os números das posições e o sentido de rotação. Indique também o número correspondente ao sacador: 4. Em uma situação ideal, qual é a sequência de fundamentos que uma equipe faz ao receber o saque do adversário? Recepção do saque/passe (manchete ou toque); levantamento (toque); ataque (cortada ou passando a bola para a quadra adversária). 5. Retome os estudos sobre o badminton, reflita sobre a relação entre a criação do esporte e o processo de colonização e escreva um texto de até 7 linhas sobre esse assunto. 6. Uma vez que o badminton é um esporte pouco conhecido no Brasil, é difícil encontrar o material es- pecífico para sua prática na escola. Como isso pode ser superado, possibilitando que todos tenham acesso ao esporte? A falta de materiais específicos do badminton pode ser superada por meio da adaptação de espaços e de materiais existentes na escola, como foi feito durante as aulas. Também podem ser confeccionados materiais alternativos, que substituem os oficiais. 1. Quais são as principais características dos esportes de rede? E qual a principal diferença entre o volei- bol e o badminton? 2. Qual é a importância de conhecer e dominar, de forma básica, os fundamentos do vôlei? Dominar os fundamentos do vôlei possibilita a prática desse esporte na escola e nos momentos de lazer. Também é importante para compreender o jogo, quando transmitido na TV. 12 Gabaritos. An ge la Gi se li. 20 18 . D igi ta l. 1 234 5 6 Capítulo 1 – Página 7 Modelo para confecção do prisma Corrida de orientação Nome: Equipe: Horário de partida: Horário de chegada: Tempo: PERCURSO A 1 2 3 4 PERCURSO B 1 2 3 4 PERCURSO C 1 2 3 4 PERCURSO D 1 2 3 4 Elementos que compõem o cartão de controle: • Dados de identificação • Dados de horário de partida ( ) e chegada ( ) da prova e o tempo entre a partida e a chegada • Quatro percursos com o número dos postos de controle e um espaço para registrar os códigos de con- trole (número, cor, entre outros) Capítulo 1 – Página 8 Sugestões de modelos de cartão Corrida da borboleta © Sh ut te rs to ck /Ig or S tra m yk cola Dobrar 8o. ano – Volume 1 Material de apoio Educação Física 1 2 Capítulo 1 – Página 8 - Você em ação! Sugestão de roteiro e questionário para a pesquisa de campo Pessoas entrevistadas: Locais próximos à escola: Possibilidades de trilha/ atividade Capítulo 1 – Página 8 - Atividades Corrida de circuito Nome da escola: Nome: Equipe: Horário de partida: Horário de chegada: Tempo: 7 8 9 10 R1 R2 1 2 3 4 5 6 Elementos que compõem esse exemplo de cartão de controle: • Dados de identificação (nome da escola, do aluno e da equipe) • Dados de horário de partida ( ) e chegada ( ) da prova e o tempo entre a partida e a chegada • Número dos postos de controle e um espaço para registrar os códigos de controle (número, cor, entre outros) • Espaço para códigos de controle reserva (R1, R2) em caso de erro na anotação
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