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ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO_EDUCAÇÃO FÍSICA_VOLUME 03 (PROFESSOR)

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Livro do professor
Livro
didático
Livro do professor
Educação 
Física
9o. ano
Volume 3
Esporte e lazer 14
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Tema: Práticas corporais e lazer
Neste semestre, nós vamos unir o estudo e a vivência das práticas corporais ao tema “lazer”. Você sabia 
que o lazer é um direito das pessoas? Isso mesmo! Mas será que todo mundo tem acesso a esse direito? 
Aqui, para podermos responder a essa questão e também para compreendermos melhor esse conceito, 
vamos conhecer a história do lazer e analisar de que forma ele está relacionado à sociedade. Por isso, 
estudaremos algumas práticas corporais ligadas ao universo dos jogos e também práticas esportivas que 
podem ser adaptadas e usufruídas como práticas de lazer. 
Vamos estudar jogos e brincadeiras que você provavelmente já conhece e que fizeram (e fazem) parte 
da infância de muitas pessoas. A partir do nosso estudo, essas práticas podem ganhar novos significados 
para você, pois refletiremos sobre a história delas e sobre a importância cultural que têm. Além disso, 
para ampliar os seus conhecimentos sobre a cultura corporal, vamos estudar dois esportes que são pouco 
praticados no Brasil, mas que têm inúmeras possibilidades de experimentação tanto na escola quanto nos 
momentos de lazer. 
A sua missão é transmitir os conhecimentos que você vai adquirir aqui à comunidade, no evento 
comunitário! Isso pode ser feito por meio de palestras, oficinas, exposições ou vivências. O importante 
é que esses novos conhecimentos sejam repassados aos convidados e também que sejam propostas novas 
reflexões sobre temas e conteúdos já conhecidos por todos. Lembre-se: nosso objetivo é garantir o acesso 
de todos às práticas corporais, mesmo que seja necessário adaptá-las.
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1. Para você, o que é lazer?
2. De que formas você considera que podemos usufruir desse direito?
3. Qual o papel das práticas corporais no tempo de lazer?
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Práticas de lazer 
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O que é lazer?
A partir de agora, vamos entender melhor o que é lazer e que relações ele tem com o dia a dia das 
pessoas, com a vida em sociedade e com as práticas corporais.
Podemos começar definindo assim: o momento de lazer é o tempo que as pessoas usam (quando não 
estão trabalhando, nem estudando e nem fazendo suas obrigações domésticas) para realizar atividades 
artísticas, intelectuais, turísticas, físicas ou sociais. Ou seja, chamamos de lazer aquelas atividades que as 
pessoas escolhem livremente, sem nenhum interesse de retorno financeiro – o único retorno esperado é o 
prazer que a atividade proporciona durante sua realização.
Objetivos
• Entender o que é lazer e como ele se relacio-
na à cultura.
• Compreender que o acesso às práticas cor-
porais é um direito de todos.
• Atribuir novos sentidos e valores às práticas 
corporais.
• Experimentar e fruir brincadeiras e jogos 
populares, entendendo a importância deles 
como patrimônio histórico-cultural.
• Descrever brincadeiras e jogos populares.
• Explicar as características e a importância 
das brincadeiras e jogos populares para a 
preservação das diferentes culturas.
• Recriar brincadeiras e jogos populares.
• Adequar essas práticas aos espaços disponí-
veis (na escola ou fora dela).
• Planejar e utilizar estratégias para que todos 
os colegas possam participar de forma segu-
ra dos jogos e brincadeiras.
• Agir de forma cooperativa e solidária na rea-
lização das atividades propostas.
• Ao realizar as atividades, fazer isso com res-
ponsabilidade e respeito às características 
físicas próprias e dos colegas, sem discrimi-
nação de qualquer tipo.
Em outras palavras, podemos dizer que o lazer é considerado um meio pelo qual as pessoas buscam 
satisfação e podem alcançar autorrealização. Ele é reconhecido pela Constituição Brasileira como um 
direito de todo cidadão.
O lazer também é chamado de “tempo de não trabalho”, porque é 
um momento em que as pessoas se desobrigam de suas tarefas. 
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9o. ano – Volume 34
Normalmente, também é no tempo de lazer que 
as pessoas realizam as práticas corporais. As ativida-
des físicas, além de cumprirem um papel relevante 
na socialização, favorecem o combate ao sedenta-
rismo, que tem crescido entre a população e traz 
diversos malefícios à saúde física, mental e social.
Orientações metodológicas.2
Entrando em campo
Como você deve saber, na maioria dos países do mundo existe um documento chamado constituição. 
Em cada país, é a constituição que reúne o conjunto de “leis maiores”, ou seja, as leis que regem o Estado. 
Veja a seguir o que afirma a Constituição Brasileira, no seu capítulo II, no item “dos direitos sociais”.
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desam-
parados, na forma desta Constituição. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
É nessa lei que estabelecemos que, no Brasil, o lazer é considerado um direito da população. Mas, na 
prática, como você considera que as pessoas têm acesso a esse direito? Converse com os colegas e o pro-
fessor sobre esse tema.
O excesso de atividades de caráter passivo (sem movimento) 
pode estimular o sedentarismo, influenciando negativamente na 
qualidade de vida das pessoas.
Existem basicamente dois tipos de lazer: 
1. Lazer passivo: as atividades desenvolvidas nesse tipo de lazer 
quase não fazem com que as pessoas gastem energia. São nor-
malmente práticas vinculadas ao estímulo do consumo (como os 
shoppings) e também à venda de produtos ligados às práticas cor-
porais. Por exemplo, quando as pessoas somente assistem aos 
esportes e, como público, são incentivadas a consumir bebidas, 
comidas e acessórios relacionados àquele esporte.
2. Lazer ativo: as atividades desenvolvidas com criatividade e que 
contribuem para a melhora da qualidade de vida e da saúde das 
pessoas. Por exemplo quando, além de assistir às práticas cor-
porais pela TV, as pessoas as adaptam e praticam nos momentos 
de lazer. Ou seja, são atividades que atingem a esfera social e da 
saúde individual.
É importante que as atividades desenvolvidas nos 
momentos de lazer também contemplem práticas 
que movimentem o corpo.
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Podemos dizer que um comportamento sedentário é a prá-
tica recorrente de atividades realizadas na posição deitada ou 
sentada, que não gastam energia, como ver televisão, usar o 
computador, assistir às aulas, trabalhar ou estudar na posição 
sentada e também a prática de jogos eletrônicos nessa po-
sição. Isso quando, ao longo da semana, as pessoas realizam 
essas práticas sem a inserção de atividades físicas entre elas.
 Educação Física 5
Com o que estudamos até aqui, você já deve ter concluído que, no que se refere ao lazer, as escolhas 
que fazemos para ocupar o nosso tempo livre são muito importantes. O dia a dia das pessoas (e o seu está 
incluso aí) é sempre muito acelerado, seja com estudo ou trabalho, seja com ambos, e, por isso, é comum 
que as práticas de lazer escolhidas sejam as passivas.
Mas não é só o cotidiano que contribui para que as pessoas se movimentem pouco: os espaços tam-
bém contam. Pense bem: no que diz respeito às escolhas pessoais, só podemos optar entre aquilo que 
conhecemos e aquilo a que temos acesso, certo? Então, para podermos ampliar as nossas possibilidades 
de lazer, precisamos de espaços públicos que tenham condiçõese estruturas adequadas para a prática de 
diversas atividades. Além disso, quando conhecemos novas e diferentes práticas, podemos fazer escolhas 
diversificadas no nosso tempo livre.
E será que as aulas de Educação Física, na escola, podem ser consideradas momentos de lazer? A 
resposta é não. Nesses momentos, você está estudando as práticas corporais. Um dos objetivos das aulas 
de Educação Física é apresentar e debater o tema do lazer, para ampliar os seus conhecimentos sobre o 
assunto e sobre as práticas corporais possíveis de serem inseridas no seu tempo livre (fora da escola).
Como vimos, a prática de atividades físicas e a criatividade são elementos importantes para diversifi-
carmos as atividades de lazer. Agora, você vai vivenciar uma possibilidade de transformação do futebol 
em uma prática lúdica: o golzinho. Preste atenção às orientações do professor e divirta-se. 
Agora, vamos falar sobre o lazer ativo. Em outros anos, você estudou que a criatividade é um elemento 
importante nas práticas corporais, e aqui não é diferente: devemos usar a criatividade para criar e recriar 
atividades nos nossos momentos de lazer. Além disso, quando conhecemos os elementos básicos das 
diversas práticas corporais, fica mais fácil ser criativo.
Desde o sexto ano, você já aprendeu sobre diversas práticas corporais, mas quais delas você considera 
que podem ser realizadas nos momentos de lazer? E de que forma elas podem ser adaptadas para que 
isso seja possível? Indique suas respostas no quadro a seguir. O gabarito indicado no quadro é uma sugestão. 
Prática corporal Modificações para a vivência no lazer
Ginástica circense Utilização do slackline em praças e parques, construção dos mala-
bares para vivência do malabarismo.
Bocha Utilização de espaços e materiais adaptados, como bolas de bor-
racha ou de tênis. 
Organize as ideias 
Atividades
Orientações para a realização da atividade. Aula 1.3
9o. ano – Volume 36
Saiba +
Como você já sabe, o que hoje chama-
mos de lazer é o tempo em que não estamos 
trabalhando, estudando ou desenvolvendo 
outra tarefa obrigatória e com finalidades 
específicas. Mas será que sempre foi assim? 
As pessoas sempre tiveram esse tempo de 
lazer? Quais práticas faziam parte desse tem-
po em outros momentos históricos? 
Existem concepções diferentes sobre a his-
tória do lazer. Por exemplo, alguns estudiosos 
dizem que o lazer sempre fez parte da vida em 
sociedade, como as Olimpíadas, as peças tea-
trais da Grécia Antiga, as festas e feriados reli-
giosos, os combates de gladiadores em Roma 
e o carnaval da Idade Média. Isso porque essas 
atividades estavam relacionadas à busca pela 
cultura e pela recreação, como forma de lazer.
Outros estudiosos dizem que lazer é um conceito que surgiu após a Revolução Industrial, ou 
seja, que é um fenômeno da sociedade moderna. Isso porque, com o desenvolvimento de no-
vas formas de produção, o tempo de trabalho foi estabelecido de forma rígida, diferentemente 
de como era em outros períodos da história (ou seja, as pessoas passaram a ter horários fixos 
– e longos! – para trabalhar). Com isso, foi preciso definir também o tempo de não trabalho, do 
lazer. Assim, as atividades de lazer foram criadas para que os trabalhadores pudessem ter mo-
mentos para restaurar suas forças, por meio de atividades lúdicas e culturais, e se prepararem 
para uma nova jornada de trabalho.
Independentemente de ter sido criado na Grécia Antiga 
ou no pós-Revolução Industrial, precisamos saber que, como 
toda construção humana, tanto as atividades quanto o con-
ceito de lazer passaram por alterações ao longo da história. 
Você deve estar se perguntando por que não podemos 
afirmar com certeza que o conceito de lazer foi criado na 
Grécia Antiga. Perceba que, para compreender uma prática 
ou um conceito, precisamos também entender o contexto 
social no qual ele foi criado. Sabemos que a sociedade da 
Grécia Antiga, por exemplo, era bastante diferente da so-
ciedade atual. Os valores, os costumes e as formas de vida 
eram também muito diferentes dos atuais. Então, precisa-
mos olhar e compreender o contexto próprio daquela so-
ciedade tendo o cuidado de não estabelecer relações com 
a nossa forma de viver, e também o cuidado de não fazer 
julgamentos com base no que experimentamos hoje.
Lembre-se: isso vale para o estudo de todas as práticas corporais porque, de alguma for-
ma, todas elas foram criadas e transformadas ao longo do tempo. Então não podemos afirmar 
se as práticas realizadas antes da Revolução Industrial eram práticas de lazer, uma vez que, 
naquela época, as formas de vida e de trabalho eram diferentes das que vivenciamos hoje. 
• O Odeão de Herodes Ático é um teatro grego que chegava a 
reunir um público de 5 mil pessoas para assistir a apresenta-
ções teatrais
Na Grécia Antiga, as atividades artísticas e esportivas eram parte da 
cultura e da educação, mas existem divergências entre os estudiosos da 
área sobre a possibilidade de chamar essas atividades de lazer com o 
mesmo sentido que atribuímos a essa palavra hoje em dia.
• Mulheres trabalhando em máquinas têxteis, 
em Boston, Estados Unidos, 1910 – período 
que marcou a transformação social do tra-
balho
Para alguns estudiosos, o conceito de lazer só 
passou a existir em função da forma de trabalho 
desenvolvida no período da Revolução Industrial.
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 Educação Física 7
Agora, você vai praticar uma brincadeira muito presente na vida de crianças e de adultos de várias ge-
rações: o futebol de botão. Perceba que esse jogo é um dos muitos que podem ser inseridos no seu tempo 
de lazer.
Ao final deste semestre, você e a sua turma têm o desafio de fazer mais um evento comunitário. 
Lembre-se de que, dessa vez, as práticas desenvolvidas devem estar relacionadas ao lazer. É muito 
provável que esse tema seja bastante conhecido pela comunidade e, sendo assim, será possível 
aprofundar os conhecimentos sobre ele e também levantar questões que despertem novas reflexões 
sobre esse assunto. 
Como primeira atividade de planejamento do evento, você e o seu grupo podem fazer uma pesquisa 
na comunidade. Verifiquem quais são os espaços de lazer disponíveis, como eles são utilizados pelas 
pessoas e quais as possibilidades de eles serem escolhidos como o local para a realização do evento. 
No material de apoio, há uma sugestão de roteiro de pesquisa.
4 Orientações metodológicas.
Atividades
Orientações para a realização da atividade. Aulas 2 e 3.5
Os jogos e o lazer
Os jogos são práticas que estão muito presentes nos momentos de lazer das pessoas. Podemos chamar 
de “jogo” as atividades lúdicas que são realizadas em grupo e que podem ser alteradas a qualquer tempo. 
Por exemplo, um esporte tem regras fixas e um objetivo, que é a vitória. Os jogos, por outro lado, podem 
ter suas regras mudadas ou adaptadas a determinadas realidades, e nem sempre há um vencedor e um 
perdedor, porque o objetivo pode ser participar e se divertir. 
Os jogos fazem parte da nossa cultura há muitos séculos e podem ser classificados das seguintes formas: 
• tradicionais e populares, que são transmitidos e transformados ao longo das gerações;
• de mesa; 
• de tabuleiro; 
• eletrônicos.
É muito comum que as pessoas ocupem seu tempo 
livre com diferentes tipos de jogos, como carta, dominó, 
xadrez e eletrônicos, ou, ainda, com práticas corporais, 
como jogos com bola, com raquete, com rede, entre ou-
tros. A partir de agora, vamos conhecer melhor alguns jo-
gos tradicionais e suas possibilidades de inserção no lazer.
No mundo todo, os diversos tipos de jogos são 
parte dos momentos de lazer das pessoas.
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9o. ano – Volume 38
Jogos e brincadeiras tradicionais
No universo dos jogos e brincadeiras, existem os que podemos chamar de “tradicionais”. São aqueles trans-
mitidos de geração em geração (dentro da família, nas brincadeiras com crianças mais velhas, etc.),geralmen-
te ensinados e aprendidos em espaços informais (na rua, em clubes, em parques). Como exemplos dessas 
práticas tradicionais, podemos citar as brincadeiras como pular corda, mãe pega e amarelinha.
Essas práticas populares são geralmente caracterizadas por um conjunto de regras flexíveis. Ou seja, 
as regras mudam de acordo com as diferentes épocas e partes do mundo onde o jogo (ou brincadeira) é 
praticado – são recriadas pelos grupos que as realizam. 
A partir de agora, nós vamos reviver e conhecer melhor algu-
mas dessas práticas tradicionais, começando por um jogo com 
bola bastante praticado no Brasil: o caçador.
Caçador? Talvez você esteja se perguntando que jogo é esse, 
já que ele tem muitos nomes, que mudam de acordo com as 
diversas regiões do nosso país. Você pode conhecê-lo também 
como barra bola, bola queimada, cemitério, guerra, mata-mata, 
mata-soldado, queimada, carimba ou baleado. E aí, já sabe de 
que jogo estamos falando? 
Como você pode perceber, esse jogo é um exemplo da diver-
sidade de regras, nomes e dinâmicas dos jogos tradicionais em 
diferentes lugares do Brasil e do mundo. 
Assim como os demais jogos tradicionais ou populares, é difícil 
determinar a origem do caçador. O que sabemos é que os jogos 
com bola sempre estiveram presentes em diversas culturas, 
como a europeia e a egípcia – no Egito Antigo, eles já eram pra-
ticados nos momentos de recreação. 
Uma história que pode estar ligada à origem do caçador é o trei-
namento militar de um país chamado Papônia, que se localizava na 
Europa Meridional. O exército que servia ao Rei Papus era submetido 
a um treinamento que envolvia o arremesso de bolas de fogo, o que 
pode ter dado origem ao jogo que praticamos hoje. 
Atualmente, o caçador é praticado por muitas pessoas, nos mo-
mentos de lazer, e também é muito praticado nas escolas, tanto nas 
aulas de Educação Física quanto nos momentos de intervalo/recreio. 
Esse jogo desenvolve a agilidade, destreza e força dos pratican-
tes. No Brasil, o caçador não é um esporte oficial, mas, nos Estados 
Unidos, é um esporte muito praticado e com competições oficiais.
O caçador é um jogo presente em muitas 
culturas e, por isso, ele é adaptado a 
diversas características locais.
Nos Estados Unidos, o caçador é 
conhecido como dodgeball e é um esporte 
com regras e competições oficiais. 
Você provavelmente já deve ter jogado caçador, mas lembre-se: nesse momento, é importante se co-
nectar ao que estudamos neste capítulo sobre a importância dos jogos como atividades de lazer e a rique-
za cultural e histórica das práticas esportivas. Preste atenção nas regras do caçador e vamos ao jogo!
Orientações para a realização da atividade. Aula 4.6
Atividades
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 Educação Física 9
Hoje em dia, sempre que alguém diz a palavra “brinquedo”, automatica-
mente a relacionamos a objetos que são apenas para crianças, não é mesmo? 
Mas saiba que nem sempre foi assim. Alguns estudiosos dizem que grande 
parte dos objetos que hoje consideramos como brinquedos tiveram, antiga-
mente, histórias e simbologias ligadas aos aspectos da vida cotidiana, alguns 
eram inclusive ligados à religiosidade. 
Então, muitos objetos que se tornaram brinquedos tinham, em outros tem-
pos, finalidades no mundo adulto. Somente com o passar dos anos é que os usos 
desses objetos foram recriados pelas crianças. Aliás, sabia que o próprio conceito 
de criança não existiu desde sempre?
Até o século XV, aproximadamente, o status de criança era indiferenciado do 
dos adultos. Crianças eram consideradas e tratadas como “pequenos adultos”. 
Mais tarde, já na Renascença, esse conceito foi aos poucos se desenvolvendo, 
de forma que a infância passou a ser vista como uma fase da vida humana 
diferente das outras. Então, antes da determinação dessa fase da vida, os ob-
jetos ou brinquedos eram de uso de pessoas de diversas idades.
A pipa (que você também pode conhecer pelos nomes papagaio, raia, quadra-
do, curica, arraia, pandorga) é outra brincadeira/brinquedo tradicional e que está 
bastante presente nos momentos de lazer de crianças e adultos do mundo todo. 
Esse brinquedo sempre esteve ligado à imaginação humana, que desde o início de sua história busca 
explicações para os fatos da vida e da natureza. 
A pipa representa o sonho humano de voar e ascender ao céu como uma forma de superar os seus 
próprios limites. Ela é um objeto com usos que, ao longo da história, vão além do brincar. Por exemplo:
• Na China, soltar pipas é uma prática que data de 200 anos antes de Cristo e é feita como oferenda aos 
deuses ou como parte de rituais e cerimônias. 
• Na Polinésia, a pipa faz parte das lendas locais, envolvendo deuses e a conexão com a natureza. 
• Na mitologia grega, existe a “corda de ouro”, por meio da qual Zeus mantinha 
presas todas as coisas do mundo. Essa corda mágica ligaria o mundo terreno 
ao céu. Nesse contexto, o mito de Ícaro é um símbolo da vontade humana de 
conhecer as coisas do “outro mundo” ou tornar-se super-humano. De acordo 
com a lenda, ele construiu asas de cera para fugir de um labirinto e conse-
guiu, mas cedeu aos encantos de poder voar, aproximou-se demais do Sol e 
o calor derreteu as asas de cera, fazendo Ícaro cair no mar de Egeu.
Ainda hoje, a pipa é um objeto muito presente na cultura popular, e é usada 
como brinquedo por crianças, jovens e adultos. No Brasil, é frequente vermos pes-
soas brincando com pipas nas ruas e nos parques. Existem também muitas campanhas 
para combater os riscos que estão relacionados ao uso incorreto desse brinquedo (ce-
rol, quedas, atropelamentos e perigos da rede elétrica). 
A pipa tem relação com diversas 
culturas. Em muitos lugares do 
mundo, é um símbolo das crenças 
e dos desejos das pessoas. 
Encantado com a 
possibilidade de voar, 
Ícaro se aproximou 
muito do Sol e, com isso, 
derreteu suas asas.
Quem diria que um brinquedo tão comum poderia ter tantas relações com culturas diversas do mundo 
todo, não é mesmo? Agora, além de refletir sobre isso, você terá a oportunidade de aprender ou relembrar 
como construir uma pipa e soltá-la. Siga as orientações disponíveis no material de apoio. 
Orientações para a realização da atividade. Aulas 5 e 6.7
Atividades
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9o. ano – Volume 310
Como vimos, a história da pipa vai além do seu uso como brinquedo pelas crianças. Esse objeto faz 
parte da cultura de diversos países e expressa crenças e desejos humanos. Por sua história tão rica e 
interessante, a pipa pode estar presente no evento comunitário: você e sua turma podem organizar uma 
oficina de construção de pipas ou até mesmo um festival, na escola ou em algum local apropriado na 
comunidade.
Para orientar a oficina, vocês podem convidar pessoas da comunidade e, para apresentar os cuidados 
necessários no uso das pipas, podem chamar profissionais que trabalhem nas áreas de saúde e de 
energia elétrica. Assim, a comunidade poderá participar de um momento de integração, por meio da 
construção e das brincadeiras com a pipa, e também saber quais são os cuidados necessários para usar 
esse brinquedo de forma segura.
8 Orientações metodológicas.
Práticas esportivas e lazer
Até aqui, você já deve ter concluído que podemos usar o nosso tempo de lazer também para a prática 
esportiva, mas isso pode acontecer de diferentes maneiras: você pode atuar como um espectador (lazer 
passivo) ou ser um praticante dos esportes (lazer ativo). E perceba que, independentemente de você esco-
lher assistir a um esporte ou praticá-lo, você precisará entender as habilidades técnicas necessárias para a 
modalidade esportiva em questão.
A maioria dos esportes de categoria profissional tem uma ca-
racterística em comum: o alto nível de rendimento técnico apre-
sentado pelos jogadores. Os atletas profissionais que vemos pela 
televisão ou em eventos esportivos oficiais passam por processos 
seletivos, nos quaisforam escolhidos aqueles que apresentaram o 
perfil exigido para se tornar um atleta de alto nível. Eles se dedicam 
muito para alcançar o melhor desempenho e para serem campeões. 
O que vemos, então, principalmente quando o esporte é pro-
fissional e transmitido pela televisão, é o que de melhor poderia 
ser apresentado em termos de força, técnica e tática. Dessa forma, 
podemos comparar o esporte a um espetáculo no qual os artis-
tas são os atletas, e a plateia, pessoas que conhecem as regras da 
modalidade, entendem seu funcionamento e assumem o papel de 
torcedores, considerando os atletas seus legítimos representantes.
Continuando nossa exploração dos jogos e brincadeiras tradicionais e a relação que eles têm com o lazer, 
agora vamos utilizar outro brinquedo bastante popular entre as crianças, principalmente nas décadas de 1970 
e 1980: o carrinho de rolimã. Se você nunca ouviu falar desse brinquedo, terá a oportunidade de conhecê-lo.
Atividades
Orientações para a realização da atividade. Aula 7.9
Quem assiste a uma partida de futebol, seja no 
estádio, seja pela televisão, está em um momento 
de lazer. No entanto, para os atletas, esse mesmo 
momento é de trabalho.
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 Educação Física 11
Agora que já estabelecemos uma relação entre esporte e lazer, reflita sobre as características próprias de 
cada tipo de prática esportiva. Depois, preencha este quadro. 
Aspecto do 
esporte Esporte para ser visto Esporte para ser praticado
Objetivo 
Os praticantes estão em busca do desempenho 
físico, técnico e tático máximo; ambicionam o re-
corde, o reconhecimento público, a distinção, a 
ascensão social e ganhos financeiros.
Os praticantes estão em busca de divertimento, de 
prazer, de sociabilidade, de comunicação, de rela-
xamento e de saúde.
Regras/técnica
As regras são rígidas e exige-se alto nível de domí-
nio dos fundamentos técnicos.
As regras são flexíveis e podem ser modificadas 
para atender ao nível técnico dos executantes.
Desempenho 
Há imposição de desempenho pela exigência do 
público e dos patrocinadores. Obrigatoriedade de 
competição.
Não há grande exigência de desempenho ou preo-
cupação com competição.
Experiência com a 
atividade
A forte concorrência pode levar ao isolamento e à 
rivalidade.
A maior liberdade de ação favorece a espontanei-
dade e o desenvolvimento da criatividade.
Organize as ideias 
Como você viu, quando as pessoas praticam esportes nos momentos de lazer, esses esportes têm ca-
racterísticas diferentes daqueles que vemos pela televisão ou em eventos oficiais/profissionais. Agora, par-
tindo dessa reflexão e do que já aprendeu com os jogos vivenciados nas aulas anteriores, você e sua turma 
vão criar um novo jogo, unindo elementos do caçador e do golzinho. Para isso, use o quadro disponível no 
material de apoio e ouça as orientações do professor.
Atividades
Orientações para a realização da atividade. Aula 8.10
Em modalidades esportivas profissionais, o nível de execução é muito alto e requer horas de treinamen-
to e dedicação dos praticantes. Por isso, podemos dizer que, para as pessoas que assistem, trata-se de uma 
atividade de lazer, mas, para os atletas profissionais, trata-se de um trabalho.
Tanto as características dos esportes de alto rendimento quanto a necessidade de seleção dos mais 
habilidosos são fatores que acabam limitando a participação de muitas pessoas nessas modalidades, pois 
não é simples alcançar o nível de habilidade motora exigido. Porém, para aqueles que estão dispostos, 
existem possibilidades de práticas desses esportes nas quais a lógica é facilitar a participação da maioria 
das pessoas, que podem continuar sendo espectadoras do esporte de alto rendimento, mas também se 
beneficiar como praticantes e, ao mesmo tempo, tornar seu lazer mais ativo.
9o. ano – Volume 312
Hora de estudo
 1. Como podemos definir o conceito de lazer?
 2. Quais são as condições necessárias para garantir o direito ao lazer a todas as pessoas? Retome as 
discussões realizadas na seção Entrando em campo (página 5).
Políticas públicas, espaços públicos de lazer, condições de conhecer novas práticas corporais e de lazer, como nas aulas de 
Educação Física, ampliando as opções individuais. 
 3. Quais são as diferenças entre o lazer passivo o lazer ativo?
 4. O tempo de lazer, como conhecemos hoje, sempre existiu? De que forma é possível compreender 
esse conceito ao longo da história?
 5. O que são jogos?
 6. Como podemos definir os jogos e brincadeiras tradicionais ou populares?
 7. Por meio dos exemplos do caçador e da pipa, como podemos compreender a relação entre os jogos 
e a cultura?
 8. Como as práticas esportivas podem ser inseridas nos momentos de lazer?
 
O momento de lazer é um tempo em que as pessoas se encontram liberadas de suas obrigações profissionais, de estudo ou domés- 
ticas, para realizar atividades de cunho artístico, intelectual, turístico, físico ou social de sua preferência. São atividades escolhidas 
livremente e realizadas sem nenhum interesse de retorno financeiro; o único retorno esperado é o prazer que a atividade propor- 
ciona durante sua realização.
No lazer passivo, as atividades desenvolvidas têm baixo gasto energético e são, via de regra, ligadas à estimulação do consumo e 
também à venda de produtos ligados às práticas corporais. No lazer ativo, as pessoas realizam as atividades desenvolvendo a cria-
tividade e melhorando a qualidade de vida e a saúde. Além de assistir às práticas corporais pela TV, elas são recriadas e praticadas 
nos momentos de lazer.
Existem dois pontos de vista: um que afirma que as diferentes sociedades sempre destinaram um tempo determinado para as 
atividades de lazer e outro que afirma que o tempo de lazer só passou a existir em contraposição ao tempo de trabalho, ambos 
determinados no período da Revolução Industrial. Portanto, é preciso compreender que as diferentes sociedades, em diferentes 
épocas, tinham organizações e modos de vida diferentes do nosso.
Jogos são atividades lúdicas realizadas por um grupo de pessoas; seus espaços e suas regras são definidos pelo grupo e podem ser 
alterados a qualquer tempo. Ao contrário do esporte, que se caracteriza por regras fixas e tem como objetivo a vitória, no jogo, o 
objetivo pode ser a atividade em si, ou seja, nem sempre há um vencedor e um perdedor, a participação e a diversão são mais impor-
tantes do que o resultado.
Tanto o caçador quanto a pipa têm relações com as suas culturas de origem que vão além do que hoje conhecemos como brincar. 
Por meio das práticas similares e que deram origem aos jogos e brincadeiras que conhecemos hoje, os povos e grupos expressavam 
suas visões de mundo, treinavam o corpo ou estimulavam a imaginação. Hoje, aquelas práticas e objetos permanecem em nossa 
cultura, mas com outros significados.
As práticas esportivas podem estar presentes no tempo de lazer. Porém, é possível estabelecer diferentes relações com elas, isto é, 
você pode atuar como um espectador (lazer passivo) ou ser um praticante dos esportes (lazer ativo). Essas duas possibilidades nos 
permitem entender os diferentes graus de habilidades técnicas necessárias para se praticar uma modalidade esportiva. Portanto, 
quando as práticas esportivas são incluídas no lazer, é preciso que se façam adaptações no esporte, possibilitando a participação 
de todos.
São práticas caracterizadas por um conjunto de regras flexíveis, que podem variar em diferentes épocas e partes do mundo, sendo 
constantemente recriadas pelos grupos que as realizam. Esses jogos e brincadeiras são ensinados e aprendidos em espaços informais, 
nas brincadeiras com crianças mais velhas, na família, com colegas de escola e nos espaços da rua (como clubes, parques e na própria 
rua), sendo transmitidos através das gerações.
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Orientações metodológicas.1
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1. O que você faz nos seus momentos de lazer? Pratica algum esporte?
2. Quais esportes você considera melhores paraos momentos de lazer? Por quê?
3. O que você sabe sobre o beisebol? E sobre o punhobol?
Esporte e lazer
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Punhobol
Como estudamos no capítulo anterior, as práticas esportivas podem fazer parte das atividades de lazer, 
desde que sejam adequadas aos objetivos desse tempo. Também já sabemos que, para podermos recriar 
uma prática corporal, precisamos antes conhecer suas regras e fundamentos. 
A partir de agora, com tudo isso em mente, vamos conhecer um esporte que não é muito popular no 
Brasil, mas que é bastante praticado na Europa: o punhobol. 
Assim como aconteceu com outros esportes, existem diversos registros 
de práticas semelhantes ao que hoje é o punhobol. 
• Documentos que datam de 240 d.C., do imperador romano Gordiano III, já 
relatam práticas nas quais as pessoas utilizavam os punhos e a bola. 
• Em 1555, foram publicadas as primeiras regras de um esporte italia-
no muito popular, similar ao punhobol, em um documento chamado 
Trattato del Giuco con la Palla di Messer. 
• O punhobol ganhou popularidade na Alemanha, onde é organizado des-
de 1893, e faz parte do chamado Movimento Ginástico Alemão. 
• O primeiro campeonato de punhobol masculino aconteceu em 1913, e 
o feminino, em 1921. • Atleta de punhobol em um 
movimento de ataque
Objetivos
• Identificar algumas transformações dos es-
portes ao longo da história.
• Refletir sobre a influência da mídia nas 
apresentações dos esportes.
• Formular e utilizar estratégias para solucio-
nar os desafios técnicos e táticos no punho-
bol e no beisebol. 
• Identificar os elementos técnicos ou técnico-
-táticos e regras do punhobol e do beisebol.
• Diferenciar o punhobol do beisebol com 
base nos critérios da lógica interna das ca-
tegorias: rede/parede, campo e taco.
• Verificar locais disponíveis na comunidade 
para a prática de esportes e das demais prá-
ticas corporais aprendidas na escola.
• Propor e produzir alternativas para praticar 
esportes no tempo livre.
• Experimentar diferentes papéis (jogador, 
árbitro e técnico) e fruir o punhobol e o 
beisebol valorizando o trabalho em grupo 
e a atuação de cada participante.
• Agir de forma cooperativa e solidária na 
realização das atividades propostas.
• Ao realizar as atividades, fazer isso com res-
ponsabilidade e respeito às características 
físicas próprias e dos colegas, sem discrimi-
nação de qualquer tipo.
• Propor e produzir alternativas para experi-
mentação das práticas corporais não dispo-
níveis na comunidade.
O punhobol (chamado faustball, em alemão, ou fistball, em inglês) é um esporte 
de rede. Isso quer dizer que uma das principais características desse esporte, 
assim como de todos os esportes classificados assim, é a existência de uma 
rede que separa os campos adversários. O objetivo é arremessar, lançar ou re-
bater a bola em direção à quadra adversária, de modo que a equipe rival seja 
incapaz de devolvê-la. Ao longo do oitavo e do nono ano, você já conheceu outros 
esportes de rede: voleibol, badminton, tênis de campo e de mesa e, dentro do 
conteúdo de esportes adaptados, no sexto ano, você conheceu o vôlei sentado.
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Regras e dinâmica do punhobol
Em um jogo de punhobol, a bola deve ser rebatida com os punhos ou com o antebraço. Quando usar-
mos o punho, devemos manter as pontas dos dedos tocando a palma da mão (mão fechada). Se usarmos 
o antebraço, devemos manter a mão aberta. 
• Hoje, esse esporte é bastante praticado também na Áustria e na Suíça. 
• No início do século XX, muitos alemães migraram para o Brasil, principalmente para a Região Sul, e por 
isso o punhobol passou ser praticado aqui também. No Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Pa-
raná existem cerca de 100 equipes. 
• Atualmente, diversos países, além da Alemanha, da Suíça e da Áustria, participam dos campeonatos 
continentais e mundiais, entre eles, Brasil, Itália, Argentina, Dinamarca, Uruguai, República Tcheca, Chile, 
Paraguai, Estados Unidos e Namíbia. 
• No Brasil, o esporte é organizado pelo Departamento de Punhobol da Confederação Brasileira de Des-
portos Terrestres. E, internacionalmente, pela Confederação Internacional de Faustball.
Agora, você vai vivenciar alguns fundamentos do punhobol e também vai praticar alguns jogos adap-
tados ao espaço da escola para conhecer melhor a dinâmica desse esporte. 
Orientações para a realização da atividade. Aulas 1 e 2.2
Atividades
Regras básicas
• Cada equipe é formada por 5 jogadores.
• O campo de grama para a prática de punhobol 
mede 20 m de largura × 50 m de comprimento. A 
rede é instalada no meio, formando dois lados (um 
para cada equipe) de 20 m de largura × 25 m de 
comprimento.
• A rede ou fita fica a 2 m de altura para a mo-
dalidade masculina e a 1,90 m de altura para a 
modalidade feminina.
• Em uma partida com 3 sets, o time que vencer 2 
ganha o jogo. Em um jogo de 5 sets, quem vencer 
3 deles ganha a partida. 
• Para vencer um set, a equipe deve fazer 11 pontos, 
com uma diferença mínima de 2 pontos. Joga-se 
até que essa diferença seja atingida ou até quando 
uma equipe atingir 15 pontos. No punhobol, existem regras específicas em relação ao uso 
do antebraço (mão aberta) e do punho (mão fechada).
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9o. ano – Volume 316
• Cada equipe pode dar no máximo 3 toques na bola, por três jogadores diferentes, antes de passar a bola para 
o campo adversário.
• Antes de cada toque, a bola pode quicar 1 vez no chão.
• Se dois jogadores da mesma equipe baterem juntos na bola, serão contados 2 toques.
• A bola não pode ser empurrada ou conduzida.
• A equipe que comete o erro reinicia a partida dando um novo saque.
• O saque pode ser realizado por qualquer jogador, atrás da linha de 3 m.
• A equipe que comete o erro reinicia a partida dando um novo saque.
• O saquq e pop de ser realizado ppor qqualqquer joj gag dor,, atrás da linha de 3 m.
20 m
25 m
50 m
25 m
3 m
2 m
3 m
Agora que já conhecemos as regras básicas do punhobol e como ele funciona, temos os dados 
necessários para podermos recriar essa prática. Podemos fazer essas adaptações do esporte: retirar as 
exigências técnicas e de desempenho, deixando-o mais lúdico, de forma que possa ser praticado por 
qualquer pessoa em seu tempo de lazer; adaptá-lo ao tempo e ao espaço disponíveis, para que seja 
mais uma opção de lazer.
• Medidas oficiais de uma 
quadra de punhobol
• Atleta realizando um saque em uma 
partida de punhobol
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 Educação Física 17
Saiba +
Como vimos, o punhobol é pouco divulgado no Brasil, mas mesmo assim o país tem re-
sultados expressivos nos campeonatos internacionais desse esporte. Um exemplo é a equi-
pe feminina do Clube Duque de Caxias, de Curitiba. Em 2017, o time conquistou o título do 
Campeonato Mundial Interclubes, vencendo a equipe alemã TSV Dennach e tornando-se 
hexacampeão da competição. Nessa ocasião, a equipe masculina Sogipa, de Porto Alegre, 
também conquistou o título, vencendo o time alemão TSV Pfunstadt.
O desempenho das equipes brasileiras de punhobol demonstra que, com dedicação e trei-
namento, é possível ter bons resultados. Mas o Brasil ainda precisa avançar muito no que se 
refere à organização e à divulgação de outros esportes, que vão além do futebol e do volei-
bol, porque só assim mais pessoas terão acesso a essas outras modalidades e, quem sabe, 
novos atletas podem surgir, ampliando as possibilidades do país no campo esportivo. 
Todos os esportes podem ser praticados na escola, desde que sejam 
adaptados às aulas de Educação Física, configurando o que chamamos 
de esporte da escola. A prática do punhobol na escola é bastante possí-
vel, porque esse esporte pode ser jogado tanto em locais abertos quanto 
em locais fechados, na grama ou outro piso disponível. A bola também 
pode ser adaptada, desde que seja macia e que quique. Além disso,é 
possível utilizar tanto uma rede de vôlei quanto uma corda ou elásticos 
para cumprir a função de dividir o campo de jogo. 
Como é um esporte sem contato físico, o punhobol também possibilita a participação de pessoas com 
estruturas físicas, idade e sexo diferentes. Algumas das regras do jogo (como a possibilidade de a bola 
quicar entre cada toque) fazem com que ele seja mais satisfatório, mesmo para aqueles que não têm tanta 
habilidade nos esportes. 
Outra regra que diferencia esse esporte dos demais é a do saque: ao contrário do voleibol, o time que 
sofreu o ponto é quem saca; e isso evita que a equipe que está vencendo impossibilite a equipe adversária 
de jogar, impondo uma superioridade. O fato de o saque ser executado na linha dos 3 metros, e não no 
fundo, também facilita a aprendizagem e a vivência do punhobol, uma vez que é mais fácil colocar a bola 
em jogo. Além disso, não há rodízio entre as posições em campo.
A regra que determina que um jogador pode tocar na bola apenas uma vez antes de passá-la para o 
campo adversário favorece o fortalecimento do espírito de equipe e faz com que mais jogadores do time 
participem da jogada, sem favorecer os mais habilidosos. Todos esses elementos fazem do punhobol uma 
prática bastante acessível, tanto na escola quanto nos momentos de lazer. 
Conexões
Para praticarmos um esporte na escola, 
devemos levar em consideração os espaços 
disponíveis, os materiais a que temos 
acesso e os participantes envolvidos. 
©Wikimedia Commons/Rouven3107
Quando praticamos um esporte aplicando todas as regras e exigências da prá-
tica esportiva oficial nas aulas de Educação Física, como número de jogadores, 
separação entre meninos e meninas e uso das regras oficiais, por exemplo, dize-
mos que estamos praticando um esporte na escola. Quando dizemos espor-
te da escola estamos nos referindo às práticas esportivas adaptadas ao espaço 
escolar e às características dos alunos, para possibilitar a participação de todos
9o. ano – Volume 318
Como você já deve ter percebido até aqui, o punhobol é parecido, em algumas coisas, com o voleibol. 
Agora, observe este quadro e preencha as colunas com as informações solicitadas, indicando o que esses 
dois esportes têm em comum e também as características de cada um deles.
Elementos do esporte Voleibol Punhobol
Número de jogadores em 
quadra
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Saque 
Ao sacar, o pé do jogador deve estar na área 
de saque, no fundo da quadra, e não pode 
tocar na quadra.
Todos os jogadores realizam o saque, em sis-
tema de rodízio. 
O saque pode ser realizado por qualquer jo-
gador, atrás da linha de 3 m, próximo à rede.
Não há rodízio e nem obrigatoriedade de to-
dos os jogadores sacarem. 
Partes do corpo que podem 
tocar a bola
Todas as partes do corpo. Punho e antebraço.
Curiosidades 
Pessoal.
O bloqueio do saque do adversário é consi-
derado falta.
Pessoal.
A equipe que comete o erro é que faz o saque 
na nova disputa de pontos.
Antes de cada batida, a bola pode tocar uma 
vez no chão.
Organize as ideias 
Agora que você já conhece as regras básicas e a dinâmica do punhobol, vamos praticar alguns jogos e 
participar de um festival de punhobol. Lembre-se: é muito importante que você participe das atividades 
não só jogando, mas também ajudando na montagem dos espaços necessários, na arbitragem e nas de-
mais funções exercidas ao longo das aulas. Anote suas percepções no caderno, para depois conversar com 
os colegas sobre as possibilidades de inserir essas práticas no evento comunitário.
Como vimos no capítulo anterior, o lazer é um direito de todo cidadão e pode ser usufruído de 
forma ativa ou passiva, com a prática de esportes, passeios e divertimentos em geral. 
Agora, para que você e sua turma tenham mais elementos para organizar as atividades desenvolvidas 
no evento comunitário, atendendo às expectativas da comunidade e ampliando sua reflexão sobre esse 
tema, faça uma pesquisa com familiares, vizinhos, professores e funcionários da escola para verificar qual 
é a compreensão deles sobre o lazer e quais são as práticas mais presentes nesse momento. 
Depois, usem os dados coletados para desenvolver atividades práticas, palestras e exposições sobre o 
tema. No material de apoio, você encontrará uma sugestão de roteiro de pesquisa.
3 Orientações metodológicas.
4 Orientações para a realização da atividade. Aulas 3 e 4.
Atividades
 Educação Física 19
Beisebol
Você já deve ter ouvido falar sobre o beisebol, embora esse também seja um esporte pouco praticado 
no Brasil. É importante saber que, assim como o críquete e o softbol, o beisebol é classificado como um 
esporte de campo e taco, e a característica principal desse tipo de esporte é rebater a bola lançada pelo 
adversário o mais longe possível, para dificultar a sua recuperação. Ou seja, quanto mais longe a bola for 
rebatida, mais bases (ou uma maior distância) poderão ser percorridas pela equipe que está atacando. 
Agora, você vai conhecer melhor o beisebol e analisar como ele pode ser adaptado às atividades de lazer.
Existem muitas práticas esportivas (como o ríquete e o softbol ) 
que são similares ao beisebol, ou seja, que também têm como 
atividade principal o uso do taco e a bola rebatida. 
• Na foto, o famoso jogador de beisebol Royce ‘Ross’ 
Youngs, que jogou pelo time New York Giants. Sua 
carreira terminou quando ele morreu de doença de 
Bright, aos 30 anos, em 1927
Assim como acontece com outros esportes, 
a origem do beisebol é incerta:
• Sabemos que jogos com bola e taco já es-
tavam presentes na cultura do Egito havia 
mais de 2 mil anos. 
• Na Romênia e na Rússia, também existem 
relatos de jogos similares, a partir do século 
XIV. 
• Na Alemanha, havia um jogo parecido, cha-
mado Schlagball. 
• Além disso, existem diversas relações entre o 
beisebol e outro jogo chamado rounders, e 
há relatos de que ambos tiveram origem no 
críquete, que já era praticado na Inglaterra 
desde o século XVII.
Não existem provas que demonstrem como o es-
porte com bola e taco chegou aos Estados Unidos, 
mas podemos concluir que os processos de migração 
e colonização inglesa tiveram grande influência nesse 
processo.
• 1845: as primeiras regras do beisebol foram organi-
zadas na cidade de Nova Iorque, e rapidamente ele 
passou a ser um esporte profissional. 
• 1850: a Associação Nacional de Jogadores de Beise-
bol foi fundada.
• 1876: a Liga Nacional começou a ser realizada. 
Logo no início da sua prática, o beisebol foi levado a 
outros países, como Japão e Cuba, que hoje são gran-
des forças mundiais no esporte. No século XX, o bei-
sebol se consolidou como prática mundial, com ligas 
organizadas em diversos países, como Austrália, Porto 
Rico, Venezuela, México e Itália.
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9o. ano – Volume 320
Saiba +
No Japão, o beisebol é um esporte muito popular, praticado por pessoas de todas as ida-
des e em diversos campeonatos. Esse esporte chegou ao país em 1873, e foi jogado pela 
primeira vez no local onde hoje é a Universidade de Tóquio, sob a orientação de Horace Wilson. 
O primeiro time amador do país, o Clube Atlético Shimbashi, foi formado em 1880. Em 1934, 
uma equipe formada pelos melhores jogadores amadores do Japão recebeu a seleção ame-
ricana de beisebol para um jogo amistoso. Daquela seleção de atletas japoneses, surgiu o 
primeiro time profissional do país: o Nihon Baseball Club.
O beisebol chegou ao Brasil junto com a imigração japonesa, a partir de 1908, e ainda é 
bastante praticado pelas comunidades japonesas no país.
Como já mencionamos, existem diversos esportes que utilizam taco. Alguns exemplos são polo, 
hóquei, críquete e croqué. Como temos visto ao longo dos nossos estudos, muitas práticas esportivas 
surgiram de práticas lúdicas, passando pelo processo de esportivização, até alcançar um alto nível de 
organização, com regras, competições e instituições internacionais. 
No universo das práticas corporais, existem muitosjogos que têm relação, ou que são muito parecidos, 
com os esportes. Uma das práticas relacionadas aos esportes de campo e taco é o tradicional jogo de bets, 
que você também pode conhecer pelos nomes “jogo de taco”, “bete”, “bete-ombro”, “tacobol”, “casinha”, 
“bets lombo”, “becha”, entre outros.
Alguns estudiosos dizem que o bets é uma versão simplificada do críquete, e também que o nome 
desse jogo seria uma homenagem à rainha da Inglaterra, Elisabeth. Outros dizem que o nome do jogo é 
uma derivação do termo da língua inglesa bet (aposta, em português), por causa das apostas que eram 
realizadas nas partidas de críquete. Há, ainda, relatos de que o nome “bets” surgiu da palavra da língua 
inglesa bat (bastão, em português). 
Especula-se que o jogo de bets foi trazido ao Brasil pelos ingleses que vieram trabalhar na exploração 
de madeira, no norte do estado do Paraná. Com o tempo, a brincadeira passou a ser muito praticada tanto 
por crianças quanto por adultos, nos momentos de lazer.
Conexões
 lúdicas: que é relativo a jogos e brincadeiras, que visa ao divertimento, algo que se faz por gosto.
Regras do jogo de bets
Como é uma prática com diferenças regionais, as regras do jogo de bets podem variar bastante, mas vamos resumir:
• É um jogo no qual duas duplas se enfrentam em funções de ataque e de defesa, de forma alternada.
• A dupla que está com o taco deve rebater a bola lançada pelo oponente o mais longe possível.
• Quando a bola for rebatida, os dois rebatedores que estavam guardando posição em bases opostas correm 
um em direção ao outro, com o objetivo de cruzar os tacos no meio do campo e de trocar de base. 
• Toda vez que isso ocorre, a dupla de rebatedores marca um ponto.
• Se a dupla de arremesso conseguir derrubar a “casinha” que está dentro das duas bases, consegue ganhar 
os tacos para tentar fazer os pontos.
• Ganha quem fizer nove pontos primeiro.
 Educação Física 21
E como será que o jogo de bets é praticado na sua cidade? Faça uma pesquisa com os seus pais, respon-
sáveis, avós ou pessoas de mais idade, perguntando se conhecem o jogo e quais são as regras dele. É muito 
provável que as pessoas falem de regras diferentes!
Depois, converse com os colegas e o professor sobre os dados que você coletou e sobre as eventuais 
adaptações do jogo que você descobriu. Por último, anote no quadro a seguir as regras do jogo. 
Campo de jogo
Pessoal. Sugestões:
Campo de areia.
Pontuação
O jogo termina quando uma dupla chega a 9 pontos.
Casinha e base (regras, 
materiais utilizados)
Casinha feita com latas de alumínio, com areia dentro. Base marcada na areia em formato circular. 
Quem está com o taco não pode tirá-lo da casinha, somente na hora da rebatida. Se o jogador que 
está com o taco derrubar sua própria casinha, perde o taco.
Duração do jogo
Até uma das equipes chegar à pontuação máxima estabelecida. 
Demais regras
“Carne”: quando a bolinha arremessada bate no jogador que está com o taco. “Bete atrás”: quando o 
rebatedor manda a bolinha para trás; se isso ocorrer três vezes, ele perde o taco. “Bolinha perdida”: 
se a bolinha se perde após a rebatida, a equipe que está com o taco não pode marcar pontos.
Como você sabe, estamos estudando o lazer e como os jogos e os esportes podem ser inseridos nesses 
momentos. Com foco nisso, agora vamos relembrar na prática o tradicional jogo de bets. Lembre-se: além 
de divertido, esse também é um meio para praticar alguns elementos que estão presentes no beisebol. 
Atividades
5 Orientações para a realização da atividade. Aula 5.
Regras e dinâmica do beisebol
Primeiro, vamos conhecer o campo de beisebol.
• Ele é um semicírculo que contém uma parte interna em 
forma de quadrado com 27,4 metros de lado. 
• Em cada canto do campo, há uma placa chamada base. 
• As bases ficam posicionadas nos pontos de encontro en-
tre o quadrado e o semicírculo.
Perceba que o campo tem quatro bases, que são os pontos dentro da área entre o quadrado e o 
semicírculo. Em cada uma delas há um juiz, sendo o árbitro principal o da quarta base, a última 
a ser ultrapassada. É ele quem resolve os principais lances.
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• Campo de beisebol
9o. ano – Volume 322
Sobre a partida de beisebol:
• Ela é disputada entre duas equipes, com nove jogadores 
cada. 
• O objetivo do time que está atacando é que o rebatedor 
se torne um corredor, avançando pelas bases.
• O objetivo do jogo é fazer o maior número de pontos 
quando se está no ataque, obtidos quando um atacante 
corre passando pelas bases sem ser eliminado. 
• O atacante pode percorrer todas as bases, parando de 
uma em uma ou passando por todas em uma só corrida. 
• A equipe adversária, que está na defesa, precisa impedir 
que o atacante (corredor) avance pelas bases. 
• Os defensores tentam eliminar o corredor, segurando a bola rebatida antes que ela toque no chão, ou 
enviando-a para um defensor da base antes que o corredor passe por ela. 
• As equipes atuam alternadamente no ataque e na defesa, e cada alternância caracteriza um inning. O 
jogo termina após nove innings.
• Uma alternância ocorre quando três atacantes rebatedores são eliminados. 
• A partida pode terminar na quarta ou quinta rodada, quando a diferença de pontos for maior ou igual a 
quinze, ou na sexta ou sétima rodada, quando a diferença de pontos for maior ou igual a dez. 
• O comum é que uma partida dure, em média, de uma hora até quatro horas, mas, como não pode haver 
empate, é possível que dure mais tempo que isso.
Ações ofensivas do beisebol
Como você já estudou, ao contrário dos esportes de invasão (como o futebol e o basquetebol), no bei-
sebol, as ações de ataque e defesa são realizadas de forma alternada pelas equipes. Agora, para que você 
entenda melhor a dinâmica desse esporte, vamos conhecer as ações defensivas e as ações ofensivas dele, 
e também as funções dos jogadores em cada uma dessas situações de jogo. 
• Na foto, você vê um atacante correndo 
até a base, para marcar pontos
• Atacante rebatendo a bola – após a rebatida, ele 
poderá avaliar quantas bases serão percorridas
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es Primeiro, vamos falar das ações ofensivas, ou seja, das 
ações em situações de ataque. Nesse caso:
• Um jogador de cada vez atua na função de rebatedor. 
• Depois de conseguir rebater a bola, o objetivo é correr pelas 
quatro bases para fazer um ponto. 
• É a distância que o rebatedor conseguir enviar a bola que vai 
determinar quantas bases serão percorridas. 
• Ele só deve correr até a próxima base se acreditar que haverá 
tempo para o seu deslocamento, caso contrário, é eliminado.
• Isso significa que a estratégia de parar ou não em uma base 
dependerá do tipo de rebatida.
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 Educação Física 23
Ações defensivas do beisebol 
O objetivo dos jogadores quando estão na defesa é eliminar os rebatedores, impedindo que façam 
pontos. Para isso, os defensores exercem diferentes funções e posicionamentos em campo.
• Posição dos jogadores na situação de defesa
Funções desempenhadas pelos jogadores na defesa
Arremessador (pitcher ): jogador fundamental na equipe, o 
arremessador lança a bola em direção ao receptor, tentando 
fazer com que ela não seja rebatida pelo atacante da outra 
equipe. Se isso ocorrer, ou seja, se o atacante não conseguir 
rebater, o arremessador consegue um strike. Com três strikes, 
o rebatedor adversário estará eliminado. No entanto, para que 
o arremesso seja válido, ele deve ser lançado na zona de stri-
ke. Se a bola for lançada fora da zona de strike quatro vezes, o 
rebatedor ganha o direito de ir até a primeira base.
• O arremessador Jonathan Ramos lan-
çando uma bola curva, no campeonato 
da Eastern League Minor, em 2014
Tipo de rebatida Distância percorrida
Rebatida simples (single)
A bola foi enviada a uma distância pequena, obrigando o atacante a parar na 
primeira base (base 1), para evitar ser eliminado.
Rebatida dupla(double)
A bola foi enviada a uma distância média, forçando o atacante a parar na 
segunda base (base 2), para evitar ser eliminado.
Rebatida tripla (triple)
A bola foi enviada a uma distância grande, permitindo que o atacante pare 
na terceira base (base 3), para evitar ser eliminado.
Rebatida quádrupla (home run)
A rebatida é tão forte que a bola é enviada para fora da área do campo, 
permitindo que o atacante percorra as quatro bases no mesmo lance, sem 
parar em nenhuma delas.
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9o. ano – Volume 324
Receptor (catcher): o receptor fica abaixado atrás do 
rebatedor da equipe adversária para pegar as bolas lan-
çadas pelo arremessador. Essa posição permite ter uma 
visão privilegiada do jogo, dando ao receptor condições 
de orientar o tipo de arremesso mais eficiente para cada 
situação, além de poder orientar os demais jogadores da 
defesa.
• Receptor em posição. Perceba os equipamentos de 
proteção que o jogador utiliza, como a luva, as ca-
neleiras, protetores de joelho e o protetor de rosto
• Na foto, você vê o jogador do time St. Louis 
Cardinals (time de vermelho) correndo para a 
primeira base contra o Chicago Cubs (time de 
azul), que tenta interceptar a bola antes que o 
adversário chegue à base
• Na foto, você vê o jogador Mason Williams, cen-
ter field do time Trenton Thunder, devolvendo uma 
bola após a defesa
Atividades
Agora, você poderá praticar os elementos do beisebol, como as ações de rebater, correr e recuperar a 
bola. Lembre-se: o objetivo das aulas não é que você realize os movimentos com perfeição, mas que os 
conheça e os vivencie de forma lúdica. 
6 Orientações para a realização da atividade. Aulas 6, 7 e 8.
Defensores internos: ficam próximos às bases e são res-
ponsáveis por interceptar as bolas rebatidas de pequena 
distância e por receber a bola lançada pelos defensores 
externos antes que os corredores da equipe adversária 
passem por elas. Os defensores internos são chamados 
de: primeira base (first base); segunda base (second 
base); terceira base (third base); interbase (shortstop).
Defensores externos: conhecidos também 
como “jardineiros”, os defensores externos são 
os responsáveis por cobrir as bolas rebatidas em 
média e longa distâncias e que passam pelos 
defensores das bases. São conhecidos como: 
jardineiro esquerdo (leftfield); jardineiro central 
(center field); jardineiro direito (rightfield).
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 Educação Física 25
Saiba +
Cada esporte, em sua prática profissional, exige a utilização de equipamentos específicos. 
Por exemplo, esportes de taco ou que têm situações de contato físico intenso, como o fute-
bol americano e o hóquei, exigem equipamentos ainda mais especiais e com funções muito 
importantes, como a segurança física dos competidores. 
É claro que no beisebol não poderia ser diferente. Os atletas devem seguir as orientações 
a respeito dos equipamentos não só para cumprir as regras, mas também para preservar sua 
saúde. Por isso, além do uniforme, os rebatedores devem utilizar o taco, feito de madeira, as 
luvas e o capacete, responsável pela proteção da cabeça e das orelhas do atleta. Já o receptor 
utiliza mais equipamentos: a máscara gradeada, que protege o rosto e o pescoço; a luva, para 
pegar a bola; uma proteção no peito; joelheiras; caneleiras; e protetores nos pés. Tudo para 
evitar acidentes com as bolas arremessadas.
Além disso, como os campos são geralmente ao ar livre, os defensores usam bonés 
para se protegerem da luz do sol e dos raios ultravioleta e também as luvas para agarrar as 
bolas rebatidas.
Equipamentos
gerais
Taco
Feito de madeira, é
usado pelo rebatedor
Capacete
Protege a cabeça do
contato com a bola
Bola
É feita de borracha e
coberta com couro
Calça, camisa, chuteiras
e boné
São os componenetes
do uniforme
Luva
Proteção peitoral
Joelheiras, caneleiras e
proteção para os pés
Apanhador
É o jogador que está mais
sujeito ao contato com a
bola, por isso utiliza
equipamentos protetores.
Máscara gradeada
Cobre o rosto e pescoço
do apanhador
O uso dos equipamentos de segurança é fundamental no beisebol, visto que uma bola arremessada pode chegar a 150 km/h e, em caso de 
contato, pode causar graves danos físicos aos atletas. Para melhorar a tecnologia dos capacetes utilizados, diversas pesquisas vêm sendo 
realizadas. Uma delas indica que uma bola de beisebol, quando arremessada a 50 km/h contra uma cabeça desprotegida, resulta em uma fratura 
craniana. Com o uso do capacete, o atleta sentirá dor, mas não sofrerá fraturas. 
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9o. ano – Volume 326
Softbol
Em 1887, nos EUA, foi criada uma forma diferente de se jogar beisebol. Para que fosse possível jogar em 
locais fechados, algumas adaptações foram feitas, e assim foi criado o softball, que conhecemos no Brasil 
como softbol. Atualmente, ele é praticado em campos de grama abertos, mas tem algumas características 
diferentes do beisebol:
8 Orientações metodológicas.
Assim como a pipa, o jogo de bets é bastante tradicional e faz parte da cultura dos jogos 
populares. Você e sua turma podem incluir o bets no evento comunitário realizando um grande torneio, 
envolvendo toda a comunidade. As duplas poderão ser formadas por pais e filhos, alunos e professores, 
funcionários da escola e seus filhos e demais possibilidades que esse jogo permite. Para que isso seja 
possível, combine com os colegas todas as etapas necessárias para a organização do evento, anotando 
todas as ideias, materiais e espaços disponíveis. 
Também é possível inserir no evento o punhobol e o beisebol, desde que adaptados à realidade da 
escola. Lembre-se: é preciso articular a prática desses esportes com o tema do lazer, suas histórias e 
curiosidades para ampliar o conhecimento da comunidade sobre as práticas vivenciadas. 
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Essas características fazem com que o jogo seja mais soft (suave), porque além de as bolas serem arre-
messadas em uma velocidade menor, o campo a ser percorrido também é menor, e o tempo de uma par-
tida é inferior ao das partidas de beisebol. Fora essas diferenças, as demais regras são iguais às do beisebol. 
O softbol é disputado nos Jogos Pan-Americanos desde 1979, e, atualmente, só em competições de 
equipes femininas. Esse esporte já esteve presente nos Jogos Olímpicos quatro vezes (1996, 2000, 2004 
e 2008), mas também só com equipes femininas. O softbol, assim como o beisebol, voltará ao programa 
olímpico em 2020. 
• Campo de jogo: menor
• Tempo de jogo: menor, 7 tempos 
(innings)
• Bola: maior
• Forma de lançamento da bola: 
por baixo, na altura do quadril
• Taco utilizado: de alumínio
• Bola prestes a ser rebatida no 
softbol. Perceba o lançamento 
baixo, na altura do quadril
Orientações metodológicas.7
 Educação Física 27
Hora de estudo
 1. Qual é a origem do punhobol e como o esporte chegou ao Brasil?
 2. Cite três regras do punhobol que diferenciam essa prática de outros esportes com rede.
 3. Quais são as características que permitem a prática do punhobol nas escolas?
 4. Qual a relação do beisebol com outros esportes com taco?
 5. Defina, de forma breve, a dinâmica do beisebol.
 6. Defina, de forma breve, como se desenvolvem as ações ofensivas no beisebol.
 7. Quais são as funções desempenhadas pela equipe de beisebol quando ela está na defesa?
 8. Quais são as regras básicas do jogo de bets?
 
Assim como outros esportes, não há uma definição certa sobre sua origem. Em 1555, foram publicadas as primeiras regras de um 
esporte italiano muito popular, similar ao punhobol, num documento chamado Trattato del Giuco con la Palla di Messer. O esporte 
como conhecemos hoje foi sistematizado na Alemanha, no século XIX. O punhobol chegou ao Brasil junto com os imigrantes ale-
mães, principalmente no sul do país.
Antesde cada toque, a bola pode quicar 1 vez no chão; a equipe que comete o erro reinicia a partida dando um novo saque; o saque 
pode ser realizado por qualquer jogador, atrás da linha de 3 m.
Possibilita a participação de pessoas com estrutura física, idade e sexo diferentes, uma vez que é um esporte sem contato físico; 
ao contrário do voleibol, o time que sofreu o ponto é quem saca, evitando que a equipe que está vencendo impossibilite a equipe 
adversária de jogar, impondo uma superioridade; a regra que determina que um jogador pode tocar na bola apenas uma vez antes 
de passá-la para o campo adversário contribui para o fortalecimento do espírito de equipe e possibilita que todos os jogadores do 
time participem da jogada, sem favorecer os mais habilidosos.
Jogos com bola e taco já estavam presentes na cultura do Egito havia mais de 2000 anos. Na Romênia e na Rússia, também existem 
relatos de jogos similares, no século XIV. Na Alemanha, havia um jogo parecido, chamado Schlagball. Existem diversas relações entre 
o beisebol e outro jogo chamado rounders, e ambos teriam sua origem no críquete, esporte organizado no século XVII, na Inglaterra. 
Atualmente, ele faz parte do grupo de esportes com bola e taco, como polo, hóquei, críquete e croqué, além do bets, brincadeira 
tradicional que utiliza esses elementos.
O objetivo do time que está atacando é que o rebatedor se torne um corredor, e a equipe adversária, que está na defesa, busca im-
pedir o avanço do atacante através das bases.
Nas ações ofensivas, um jogador por vez atua na função de rebatedor. Depois de conseguir rebater a bola, o objetivo é correr pelas 
quatro bases para fazer um ponto. Porém, é a distância que o rebatedor conseguir enviar a bola que vai determinar quantas bases 
serão percorridas. Isso significa que a estratégia de parar ou não em uma base dependerá do tipo de rebatida.
Arremessador (pitcher): lança a bola em direção ao receptor, tentando fazer com que ela não seja rebatida pelo atacante da outra 
equipe. Receptor (catcher): o receptor fica abaixado atrás do rebatedor da equipe adversária para pegar as bolas lançadas pelo arre-
messador. Defensores internos: ficam próximos às bases e são responsáveis por interceptar as bolas rebatidas de pequena distância 
e por receber a bola lançada pelos defensores externos antes que os corredores da equipe adversária passem por elas. Defensores 
externos: ficam responsáveis por cobrir as bolas rebatidas em média e longa distâncias e que passam pelos defensores das bases.
Duas duplas se enfrentam em funções de ataque e de defesa que se alternam. A dupla que está com o taco deve rebater a bola lan-
çada pelo oponente o mais longe possível, momento em que os dois rebatedores que estavam guardando posição em bases opostas 
correm um em direção ao outro, com o objetivo de cruzar os tacos no meio do campo e de trocar de base. Toda vez que isso ocorre, 
a dupla de rebatedores marca um ponto. Se a dupla de arremesso conseguir derrubar a “casinha”, que está dentro das duas bases, 
consegue ganhar os tacos para tentar fazer os pontos. Ganha quem fizer nove pontos primeiro.
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 Capítulo 5 – Página 8 – Você em ação! 
 Capítulo 5 – Página 10 – Atividades
9o. ano – Volume 3
Material de apoio
 Educação Física 1
Local
Responsável 
pelo espaço
Formas de 
utilização
Público que 
utiliza
Possibilidades 
de utilização
66 cm
23 cm
46 cm
46 cm
26
 c
m
22
 c
m
18
 c
m
23 cm
23 cm23 cm
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Imagem 4 Imagem 5 Imagem 6
 Capítulo 5 – Página 12 – Atividades
 Capítulo 6 – Página 19 – Você em ação!
Nome do jogo
Espaço, equipes e funções
Objetivo
Regras
Sistema de pontuação
2
Nome/Idade
Profissão
O que é lazer para 
você?
Quanto tempo de 
lazer você tem na 
semana?
Como utiliza esse 
tempo?
Gostaria de utilizar 
o tempo de lazer 
de outras formas? 
Como?

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