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Casos Clínico Sífilis - DIC

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CASO CLÍNICO – SÍFILIS 
Doenças Infectocontagiosas 
Gabrielli de Oliveira Morceli – 121810941 
 
Jardel, 18 anos, branco, estudante, solteiro, comparece ao Pronto Atendimento 
com queixa de rush pruriginoso que se iniciou com lesões no tronco e progrediu 
para todo o corpo, comprometendo palma das mãos e plantas dos pés. Relata 
que o quadro surgiu há aproximadamente uma semana, associado com febre 
baixa, mialgia, cefaleia, astenia, hiporexia. Nega episódios semelhantes prévios. 
Nega tosse, dispneia, quadros álgicos, alterações no ritmo intestinal e no padrão 
urinário. Relata uma ferida indolor no corpo do pênis que desapareceu sozinha 
há 1 mês e que surgiu alguns dias após relação sexual sem preservativo. Nega 
comorbidades e uso de medicamentos. Desconhece alergias prévias. 
Ao exame físico apresenta bom estado geral, lúcido e orientado, anictérico, 
acianótico, normocorado. Frequência Cardíaca de 98 bpm; Frequência 
Respiratória de 16 ipm; Pressão Arterial de 125x80 mmHg; temperatura de 
38,1oC. Apresenta exantema macular, simétrico, com algumas lesões 
descamativas, acometendo tronco, membros e regiões palmo-plantares. Placas 
eritematosas e com erosão nas axilas e em períneo. Mucosas normocoradas e 
hidratadas, sem lesões visíveis em orofaringe. Linfadenopatia generalizada, 
múltiplos linfonodos axilares e inguinais. Linfonodos submandibulares palpáveis 
bilateralmente, de pequeno volume, móveis e indolores. AR: MV bem 
distribuídos sem ruídos adventícios. ACV: BRNF em 2 tempos, sem sopros. 
ABD: plano, ruídos hidroaéreos presentes, indolor à palpação superficial e 
profunda. Genitália: tipicamente masculina, compatível com a idade, testículos 
tópicos, sem corrimentos nem lesões visíveis. Extremidades: bem perfundidas, 
sem edemas. Com suspeita de sífilis, paciente foi conduzido para confirmação 
de diagnóstico. 
1. Relacione a hipótese diagnóstica com a história clínica, sinais e 
sintomas apresentados pelo paciente. 
O paciente se queixa de rush cutâneo pruriginoso em todo o corpo, 
acometendo palma das mãos e planta dos pés. Queixa-se ainda de febre, 
mialgia e cefaleia. Ao exame físico apresenta linfadenopatia generalizada. 
Tal quadro está associado a uma história de relação sexual desprotegida, 
seguida de aparecimento de cancro indolor no pênis com cura espontânea, 
o que justifica a suspeita de sífilis. 
 
2. Estabeleça a classificação clínica da infecção apresentada pelo 
paciente, relacionando com os sinais e sintomas observados. 
A partir do quadro clínico, suspeita-se de Sífilis Secundária: o paciente 
relata que teve relação sexual sem uso de preservativo seguida de 
aparecimento de ferida indolor no pênis com cura espontânea. Passado um 
mês, inicia com erupções cutâneas pruriginosas na região do tronco, que 
progride para todo o corpo, atingindo palma das mãos e planta dos pés. As 
lesões aparecem acompanhadas de febre e linfadenopatia generalizada, 
indicando acometimento sistêmico, compatível com a sífilis secundária, fase 
da doença em que o Treponema se encontra circulante. 
 
3. Cite os testes que devem ser solicitados para confirmar a hipótese 
diagnóstica do paciente. 
Devem ser solicitados o VDRL e o FTA-Abs, sendo o VDRL um teste não-
treponêmico e titulável, importante para o monitoramento da resposta ao 
tratamento, e o FTA-Abs um teste treponêmico e não titulável, que consiste 
na pesquisa de anticorpos específicos contra o T. pallidum, importante para 
a confirmação do diagnóstico. 
 
4. Explique como deve ser feito o tratamento, indicando o esquema 
terapêutico, o esquema alternativo e o monitoramento pós-tratamento 
do paciente. 
Confirmado o diagnóstico, inicia-se o tratamento. Pela história sabemos 
que o paciente apresenta uma sífilis recente e, portanto, o fármaco de 
escolha para o tratamento é a Benzilpenicilina Benzatina 2,4 milhões UI, em 
dose única administrada via IM, sendo utilizadas 2 ampolas de 1,2 milhão 
UI, aplicadas uma em cada glúteo. Diante de alergia à Penicilina a droga 
alternativa é a Doxiciclina 100 mg, administrada de 12 em 12 horas VO, por 
15 dias. 
O paciente deve ser monitorado com teste não-treponêmico (VDRL) a 
cada 03 meses, até que sua titulação esteja abaixo de 1/8 ou pelo menos 
com 3 quedas a partir da titulação inicial.

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