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Pressão Arterial - Tutoria

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TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
Tutoria 2 
MÓDULO 1 
Termos Desconhecidos: 
▪ Estertores crepitantes: são ruídos bolhosos indicadores de edema pulmonar; 
▪ Ausência de sibilos: ruídos característicos de asma brônquica; 
▪ Ritmo sinusal: é qualquer ritmo cardíaco em que a despolarização do músculo cardíaco tem origem 
no nódulo sinusal; 
▪ MVF: murmúrio vesicular fisiológico; 
Definição do Problema: 
Compreender a fisiologia da pressão arterial. 
Objetivos: 
1. Compreender a fisiologia da pressão arterial; 
2. Descrever as características dos vasos sanguíneos e explicar o mecanismo de distribuição de sangue 
para os tecidos; 
3. Conceituar edema e definir suas principais causas: 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
MEDIDAS PADRONIZADAS DE PRESSÃO 
▪ A pressão sanguínea costuma ser medida em 
milímetros de mercúrio (mmHg), porque o 
manômetro de mercúrio tem sido usado como 
referência padrão para a medida da pressão, 
desde sua invenção em 1846 por Poiseuille. 
 
▪ Na verdade, a pressão sanguínea 
representa a força exercida pelo sangue 
contra qualquer unidade de área da parede 
vascular. 
 
▪ Quando dizemos que a pressão em um vaso é 
de 50 mmHg, isso significa que a força 
exercida é suficiente para impulsionar a coluna 
de mercúrio até a altura de 50 milímetros 
contra a gravidade. 
 
▪ Se a pressão for de 100 mmHg, será capaz de 
impulsionar a coluna de mercúrio até 100 
milímetros. 
 
▪ Ocasionalmente, a pressão é medida em 
centímetros de água (cm H2O). 
 
▪ Um milímetro de mercúrio exerce pressão 
igual a 1,36 cm de água, porque o peso 
específico do mercúrio é 13,6 vezes maior que 
o da água, e 1 centímetro é 10 vezes maior que 
um milímetro. 
 
PRESSÃO SANGUÍNEA 
▪ A pressão sanguínea gerada pela contração 
ventricular é força propulsora para o fluxo de 
sangue pelo sistema circulatório. 
 
▪ Quando o sangue é ejetado do VE, a aorta e 
as artérias se expandem para acomodá-lo. 
 
▪ Quando o ventrículo relaxa e a valva semilunar 
se fecha, as paredes arteriais elásticas 
retraem-se, propelindo o sangue em direção 
às artérias menores e arteríolas. 
 
▪ As artérias mantêm o sangue fluindo 
continuamente pelos vasos sanguíneos, 
mantendo a pressão de propulsão do fluxo 
sanguíneo durante o relaxamento ventricular. 
 
▪ O fluxo sanguíneo obedece às regras do fluxo 
de líquidos. O fluxo é diretamente proporcional 
ao gradiente de pressão entre dois pontos e 
inversamente proporcional à resistência dos 
vasos ao fluxo. 
 
A PRESSÃO SANGUÍNEA É MAIOR NAS 
ARTÉRIAS E MENOR NAS VEIAS 
▪ A pressão sanguínea é maior nas artérias e 
diminui à medida que o sangue flui pelo 
sistema circulatório. 
 
▪ A diminuição da pressão ocorre porque é 
perdida energia como consequência da 
resistência ao fluxo oferecida pelos vasos. A 
resistência ao fluxo sanguíneo também resulta 
do atrito entre as células sanguíneas. 
 
▪ Na circulação sistêmica, a pressão maior 
ocorre na aorta e resulta da pressão gerada 
pelo VE. 
 
Objetivo 1 
1) Compreender a fisiologia da pressão 
arterial; 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ A pressão aórtica alcança uma média de 120 
mmHg durante a sístole ventricular (pressão 
sistólica) e depois cai constantemente até 80 
mmHg durante a diástole ventricular (pressão 
diastólica). 
 
 
▪ Embora a pressão nos ventrículos caia para 
próximo de 0 mmHg quando o ventrículo 
relaxa, a pressão diastólica nas grandes 
artérias permanece relativamente alta. 
 
▪ Essa pressão diastólica alta é decorrente da 
capacidade desses vasos de capturar e 
armazenar energia nas suas paredes 
elásticas. 
 
▪ O rápido aumento da pressão ocorre quando o 
VE empurra o sangue para dentro da aorta 
pode ser percebido como um pulso, ou onda 
de pressão, transmitido ao longo das artérias 
preenchidas com líquido. A onda de pressão 
viaja cerca de 10 vezes mais rápido que o 
próprio sangue. 
 
▪ Por causa do atrito, a amplitude da onda de 
pressão diminui com a distância e finalmente 
desaparece nos capilares. A pressão de 
pulso, uma medida de amplitude da onda de 
pressão, é definida como a pressão sistólica 
menos a pressão diastólica. 
 
▪ Quando o sangue alcança as veias, a pressão 
diminuiu por causa do atrito e não há mais 
onda de pressão. O sangue sob baixa pressão 
das veias localizadas abaixo do coração 
precisa fluir contra a gravidade para retornar 
ao coração. 
 
▪ Para auxiliar o fluxo venosos, algumas veias 
têm valvas internas unidirecionais. Essas 
valvas, assim como as do coração, garantem 
que o sangue passando pela valva não possa 
retornar. 
 
▪ Quando o sangue alcança a veia cava, as 
valvas desaparecem. O fluxo venoso é 
constante ao invés de ser pulsátil, 
impulsionado pelo movimento contínuo do 
sangue para fora dos capilares. 
 
▪ O retorno venoso para o coração é auxiliado 
pela bomba muscular esquelética e pela 
bomba respiratória. Quando os músculos 
contraem, eles comprimem as veias, forçando 
o sangue para cima passando pelas valvas. 
 
 
A PRESSÃO SANGUÍNEA ARTERIAL REFLETE 
A PRESSÃO DE PROPULSÃO DO FLUXO 
SANGUÍNEO 
▪ A pressão sanguínea arterial reflete a pressão 
de propulsão criada pela ação de 
bombeamento do coração. 
 
▪ Já que a pressão ventricular é difícil de ser 
medida, é usual assumir que a pressão 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
sanguínea arterial reflete a pressão 
ventricular. 
 
▪ Como a pressão arterial é pulsátil, é usado um 
único valor – a pressão arterial média (PAM) – 
para representar a pressão de propulsão. 
o A PAM é estimada somando a pressão 
diastólica mais um terço da pressão de 
pulso. 
o A PAM é mais próxima da pressão 
diastólica do que da pressão sistólica, 
porque a diástole dura o dobro do tempo 
da sístole. 
 
▪ Pressão sanguínea arterial muito alta ou muito 
baixa pode ser um indicativo de problemas no 
sistema circulatório. 
 
▪ Se a pressão sanguínea cair muito 
(hipotensão), a força propulsora para o fluxo 
de sangue é incapaz de superar a oposição 
gerada pela gravidade. 
 
▪ Neste caso, o fluxo sanguíneo e a oferta de 
oxigênio para o encéfalo são prejudicados e 
podem causar tontura ou desmaio. 
 
▪ Por outro lado, se a pressão sanguínea estiver 
cronicamente elevada (hipertensão), a alta 
pressão sobre a parede dos vasos sanguíneos 
pode fazer com que áreas enfraquecidas 
sofram rupturas e ocorra sangramento nos 
tecidos. 
 
▪ Sem tratamento imediato, a ruptura de uma 
artéria grande é fatal. 
 
O DÉBITO CARDÍACO E A RESISTÊNCIA 
PERIFÉRICA DETERMINAM A PRESSÃO 
ARTERIAL MÉDIA 
▪ A pressão arterial é um balanço entre o fluxo 
sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo 
sanguíneo para fora das artérias. 
 
▪ Se o fluxo para dentro excede o fluxo para fora, 
o sangue se acumula nas artérias e a PAM 
aumenta. Se o fluxo para fora excede o fluxo 
para dentro, a PAM cai. 
 
▪ O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual 
ao débito cardíaco do VE. 
 
▪ O fluxo sanguíneo para fora das artérias é 
influenciado principalmente pela resistência 
periférica, definida como a resistência ao fluxo 
oferecida pelas arteríolas. 
 
▪ Dois fatores adicionais podem influenciar a 
pressão sanguínea arterial: 
o o volume total do sangue; 
 
o distribuição de sangue na circulação 
sistêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
DESCRIÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS 
▪ A parede dos vasos é formada pelos seguintes 
componentes estruturais básicos: 
o o epitélio chamado de endotélio; 
o o tecido muscular e; 
o tecido conjuntivo. 
 
▪ A associação desses tecidos forma as 
camadas ou túnicas dos vasos sanguíneos. 
 
▪ A quantidade e a organização desses tecidos 
no sistema circulatório são influenciadas por 
fatores mecânicos, representados 
primariamente pela pressão sanguínea, e 
fatores metabólicos, que refletema 
necessidade local dos tecidos. 
 
▪ Todos esses tecidos são encontrados em 
diferentes proporções na parede dos vasos, 
exceto nos capilares e nas vênulas pós-
capilares, nos quais os únicos elementos 
estruturais representados são o endotélio e 
sua membrana basal. 
 
▪ As células endoteliais são funcionalmente 
diversas de acordo com o vaso que elas 
revestem. 
 
▪ Os vasos capilares são frequentemente 
chamados vasos de troca, já que é nestes 
locais que são transferidos oxigênio, gás 
carbônico, água, solutos, macromoléculas, 
substratos e metabólitos do sangue para os 
tecidos e dos tecidos para o sangue. 
 
▪ O tecido muscular liso faz parte de todos os 
vasos sanguíneos com exceção dos capilares 
e vênulas pericíticas. As células musculares 
lisas estão na túnica média dos vasos, onde 
se organizam em camadas helicoidais. 
 
▪ Componentes do tecido conjuntivo são 
encontrados nas paredes dos vasos 
sanguíneos em quantidade e proporção que 
varia de acordo com as suas necessidades 
funcionais. 
o Fibras elásticas fornecem a resistência ao 
estiramento promovido pela expansão da 
parede dos vasos. 
 
o Essas fibras predominam nas grandes 
artérias, nas quais se organizam em 
lamelas paralelas regularmente 
distribuídas entre as células musculares 
em toda a espessura da camada média. 
 
o A concentração de glicosaminoglicanos é 
mais alta nas paredes das artérias do que 
nas das veias. 
 
▪ Nas veias de pequeno calibre, a camada 
íntima apresenta normalmente uma camada 
subendotelial fina composta por tecido 
conjuntivo que pode estar muitas vezes 
ausente. 
o A túnica média consiste em pacotes de 
pequenas células musculares lisas 
entremeadas com fibras reticulares e 
uma rede delicada de fibras reticulares. 
 
o Já a túnica adventícia é a mais espessa e 
bem desenvolvida das túnicas. 
 
Objetivo 2 
2) Descrever as características dos vasos 
sanguíneos e explicar o mecanismo de 
distribuição de sangue para os tecidos; 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ As grandes veias têm uma túnica íntima bem 
desenvolvida, mas a média é muito fina, com 
poucas camadas de células musculares lisas e 
abundante tecido conjuntivo. 
o Frequentemente, a adventícia contém 
feixes longitudinais de músculo liso e fibras 
colágenas. 
 
o Essas veias, particularmente as maiores, 
contêm válvulas no seu interior. 
 
o As válvulas consistem em dobras da 
túnica íntima, em forma de meia-lua, que 
se projetam para o interior do lúmen do 
vaso. 
 
o As válvulas são compostas de tecido 
conjuntivo rico em fibras elásticas e são 
revestidas em ambos os lados por 
endotélio. 
 
 
 
 
 
 
DECRIÇÃO DAS TÚNICAS 
 
TÚNICA ÍNTIMA 
▪ Apresenta uma camada de células endoteliais 
apoiada em uma camada de tecido conjuntivo 
frouxo, a camada subendotelial, a qual pode 
conter, ocasionalmente, células musculares 
lisas. 
 
▪ Em artérias, a túnica íntima está separada da 
túnica média por uma lâmina elástica interna, 
a qual é o componente mais externo da íntima. 
 
o Esta lâmina, composta principalmente de 
elastina, contém aberturas (fenestras) que 
possibilitam a difusão de substâncias para 
nutrir células situadas mais profundamente 
na parede do vaso. 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
TÚNICA MÉDIA 
▪ Consiste principalmente de camadas 
concêntricas de células musculares lisas 
organizadas helicoidalmente. 
 
▪ Interpostas entre as células musculares lisas 
existem quantidades variáveis de matriz 
extracelular composta de fibras e lamelas 
elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo 
III), proteoglicanos e glicoproteínas. 
 
▪ As células musculares lisas são as 
responsáveis pela produção dessas moléculas 
da matriz extracelular. 
 
▪ Nas artérias do tipo elástico a maior parte da 
túnica média é ocupada por lâminas de 
material elástico. 
 
▪ Em artérias musculares menos calibrosas, a 
túnica média contém uma lâmina elástica 
externa no limite com a túnica adventícia. 
 
TÚNICA ADVENTÍCIA 
▪ Consiste principalmente em colágeno do tipo 1 
e fibras elásticas. 
 
▪ Torna-se gradualmente contínua com o tecido 
conjuntivo do órgão pelo qual o vaso 
sanguíneo está passando. 
 
VASA VASORUM 
▪ Vasos grandes normalmente contêm vasa 
vasorum (vasos dos vasos) que são arteríolas, 
capilares e vênulas que se ramificam 
profusamente na adventícia e, em menor 
quantidade, na porção externa da média. 
 
▪ Os vasa vasorum proveem a adventícia e a 
média de metabólitos, uma vez que, em vasos 
maiores, as camadas são muito espessas para 
serem nutridas somente por difusão a partir do 
sangue que circula no lúmen do vaso. 
 
▪ São mais frequentes em veias que em artérias. 
Em artérias de diâmetro intermediário e 
grande, a íntima e a região mais interna da 
média são destituídas de vasa vasorum. 
 
▪ Essas camadas recebem oxigênio e nutrição 
por difusão do sangue que circula no lúmen do 
vaso. 
 
MECANISMO DE DISTRIBUIÇÃO SANGÚINEA 
▪ A circulação divide-se em circulação sistêmica 
e circulação pulmonar. 
 
▪ Como a circulação sistêmica promove o fluxo 
sanguíneo para todos os tecidos corporais, 
exceto para os pulmões, é também chamada 
grande circulação ou circulação periférica. 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
 
PARTES FUNCIONAIS DA CIRCULAÇÃO 
▪ A função das artérias é a de transportar sangue sob alta 
pressão para os tecidos. 
 
▪ Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares, e nelas 
o sangue flui em alta velocidade. 
 
ARTERÍOLAS 
▪ São os pequenos ramos finais do sistema arterial; elas 
agem como condutos de controle pelos quais o sangue 
é liberado para os capilares. 
 
▪ Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir 
completamente os vasos ou com seu relaxamento dilatá-
los, multiplicando seu diâmetro, sendo capaz, dessa 
forma, de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido 
em resposta à sua necessidade. 
 
CAPILARES 
▪ A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, 
eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o 
sangue e o líquido intersticial. 
 
▪ Para exercer essa função, as paredes capilares são 
finas e têm numerosos poros capilares minúsculos 
permeáveis à água e outras pequenas substâncias 
moleculares. 
 
VÊNULAS 
▪ As vênulas coletam o sangue dos capilares e, de forma 
gradual, coalescem, formando veias progressivamente 
maiores. 
 
VEIAS 
▪ As veias funcionam como condutos para o transporte de 
sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, 
atuam como importante reservatório de sangue extra. 
 
▪ Como a pressão no sistema venoso é muito baixa, as 
paredes das veias são finas. 
 
▪ Mesmo assim, são suficientemente musculares para se 
contrair e expandir, agindo como reservatório controlável 
para o sangue extra de pequeno ou grande volume, de 
acordo com as necessidades da circulação. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CIRCULAÇÃO 
▪ Existem três princípios básicos subjacentes a 
todas as funções da circulação: 
 
1 - O FLUXO SANGUÍNEO NA MAIORIA DOS 
TECIDOS É CONTROLADO SEGUNDO A 
NECESSIDADE DOS TECIDOS. 
▪ Quando os tecidos estão ativos, precisam de 
grande incremento do suprimento de 
nutrientes e, portanto, de fluxo sanguíneo 
muito maior — ocasionalmente até 20 a 30 
vezes o de repouso. 
 
▪ Ainda assim, o coração nas condições normais 
não pode aumentar seu débito por mais que 
quatro a sete vezes maior que os dos valores 
de repouso. 
 
▪ Assim, não é possível simplesmente elevar o 
fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo, 
quando um tecido particular demanda fluxo 
aumentado. 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Em vez disso, os microvasos em cada tecido 
monitoram, de modo contínuo, as 
necessidades teciduais, tais como a 
disponibilidade de oxigênio e de outros 
nutrientes e o acúmulo de dióxido de carbono 
e outros produtos do metabolismo;o esses microvasos, por sua vez, agem 
diretamente sobre os vasos sanguíneos 
locais, dilatando-os ou contraindo-os para 
controlar o fluxo sanguíneo local de forma 
precisa e até o nível necessário para a 
atividade do tecido. 
 
▪ Além disso, o controle neural da circulação 
pelo sistema nervoso central e os hormônios 
age como mais um mecanismo para a 
regulação do fluxo sanguíneo tecidual. 
 
2 - O DÉBITO CARDÍACO É A SOMA DE TODOS 
OS FLUXOS LOCAIS DOS TECIDOS 
▪ Depois de fluir por um tecido, o sangue 
retorna, de imediato, pelas veias para o 
coração. 
 
▪ Este responde, de forma automática, ao 
aumento da chegada de sangue, bombeando-
o imediatamente de volta para as artérias. 
 
▪ Assim, o coração age como autômato, 
respondendo às demandas dos tecidos; 
entretanto, com frequência precisa de auxílio 
na forma de sinais nervosos especiais que o 
fazem bombear a quantidade necessária de 
fluxo sanguíneo. 
 
3- A REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL É 
GERALMENTE INDEPENDENTE DO FLUXO 
SANGUÍNEO LOCAL OU DO DÉBITO 
CARDÍACO. 
▪ O sistema circulatório tem sistema extensivo 
de controle da pressão sanguínea arterial. 
 
▪ Por exemplo, se em qualquer momento a 
pressão cair significativamente abaixo do nível 
normal de cerca de 100 mmHg, conjunto de 
reflexos nervosos desencadeia em poucos 
segundos diversas alterações circulatórias 
para normalizar a pressão. 
 
▪ Os sinais nervosos agem especialmente 
o aumentando a força do bombeamento 
cardíaco; 
 
o causando constrição dos grandes 
reservatórios venosos, para levar mais 
sangue para o coração; 
 
o ocasionando constrição generalizada das 
arteríolas em muitos tecidos, de modo que 
maior quantidade de sangue se acumula 
nas grandes artérias, aumentando a 
pressão arterial. 
 
▪ Então, ao longo de períodos mais prolongados 
de horas ou dias os rins desempenham papel 
adicional fundamental no controle pressórico, 
tanto pela secreção de hormônios 
controladores da pressão como pela regulação 
do volume sanguíneo. 
 
DISTRIBUIÇÃO SANGUÍNEA 
▪ Os vasos sanguíneos contêm músculo liso 
vascular: A maioria dos vasos sanguíneos 
possui músculo liso, arranjado em camadas 
circulares ou espirais. 
 
▪ A vasoconstrição reduz o diâmetro do lúmen 
do vaso, e a vasodilatação o amplia. 
 
▪ Na maioria dos vasos sanguíneos, as células 
do músculo liso mantêm um estado de 
contração parcial durante todo o tempo, 
criando a condição denominada tônus 
muscular. 
 
▪ A contração no músculo liso, assim como no 
músculo cardíaco, depende da entrada de 
Ca2+ do líquido extracelular pelos canais de 
Ca2+. 
 
▪ Várias substâncias químicas influenciam o 
tônus do músculo liso vascular, incluindo 
neurotransmissores, hormônios e substâncias 
parácrinas. 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Muitas substâncias parácrinas vasoativas são 
secretadas pelas células endoteliais que 
revestem os vasos sanguíneos ou pelos 
tecidos que circundam os vasos. 
 
ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS CARREGAM O 
SANGUE A PARTIR DO CORAÇÃO 
▪ A aorta e as artérias principais são 
caracterizadas por terem paredes que são 
rígidas e elásticas. 
 
▪ Devido à rigidez do tecido fibroso, uma 
quantidade significativa de energia é 
necessária para estirar a parede de uma 
artéria, mas essa energia pode ser 
armazenada pelas fibras elásticas estiradas e 
liberada durante a retração elástica. 
 
▪ As artérias e arteríolas são caracterizadas por 
um padrão de fluxo sanguíneo divergente. 
 
▪ Quando as artérias principais se dividem em 
artérias cada vez menores, a característica da 
parede muda, tornando-se menos elástica e 
mais muscular. 
 
▪ A parede das arteríolas contém diversas 
camadas de músculo liso que contraem e 
relaxam sob a influência de vários sinais 
químicos. 
 
▪ Algumas arteríolas se ramificam, formando 
vasos conhecidos com metarteríolas. 
 
▪ As arteríolas verdadeiras têm uma camada de 
músculo liso contínua, mas somente parte da 
parede de uma metarteríola é circundada por 
músculo liso. 
 
▪ O sangue que flui pelas metarteríolas pode 
seguir dois caminhos. Se os anéis musculates 
chamados de esfíncteres pré-capilares estão 
relaxados, o fluxo de sangue é direcionado das 
metarteríolas para os leitos capilares 
adjacentes. 
 
▪ Se os esfíncteres estão contraídos, o sangue 
das metarteríolas desvia dos capilares e vai 
diretamente para a circulação venosa. 
 
▪ Além disso, as metarteríolas permitem que os 
leucócitos deixem a circulação arterial 
diretamente para a circulação venosa. 
 
▪ Os capilares quase não são grandes o 
suficiente para deixar passar os eritrócitos, 
muito menos os leucócitos, que são duas 
vezes maiores. 
 
▪ As arteríolas, junto com os capilares e os 
pequenos vasos pós-capilares, denominados 
vênulas, forma a microcirculação. 
 
AS TROCAS OCORREM NOS CAPILARES 
▪ Os capilares são os menores vasos do sistema 
circulatório. Eles e as vênulas pós-capilares 
são os locais onde ocorrem as trocas entre o 
sangue e o líquido intersticial. 
 
▪ Muitos capilares estão intimamente 
associados com células conhecidas como 
pericitos. 
 
▪ Em muitos tecidos, essas células contráteis 
muito ramificadas que envolvem os capilares, 
formam uma camada externa semelhante a 
uma rede entre o endotélio capilar e o líquido 
intersticial. 
 
▪ Os pericitos contribuem para diminuir a 
permeabilidade capilar: quanto mais pericitos, 
menos permeável é o endotélio capilar. 
 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
O FLUXO SANGUÍNEO CONVERGE NAS 
VÊNULAS E VEIAS 
▪ O sangue flui dos capilares para pequenos 
vasos chamados vênulas. As vênulas menores 
são similares aos capilares, com um epitélio de 
troca fino e pouco tecido conjuntivo. 
 
▪ As vênulas se distinguem dos capilares pelo 
seu padrão convergente de fluxo. 
 
▪ O músculo liso começa a aparecer na parede 
das vênulas maiores. 
 
▪ O sangue flui das vênulas para as veias, que 
aumentam de diâmetro à medida que se 
dirigem para o coração. 
 
▪ Finalmente, as veias maiores – as VC – 
desembocam no átrio direito. 
 
▪ As veias são mais numerosas do que as 
artérias e têm um diâmetro maior. 
 
▪ Como resultado de seu grande volume, as 
veias contêm mais da metade do sangue do 
sistema circulatório, o que as torna o 
reservatório de volume. 
 
▪ Elas situam-se mais próximas da superfície do 
corpo que as artérias. 
 
▪ As veias têm paredes mais finas que as 
artérias e com menos tecido elástico. 
 
▪ Consequentemente, elas se expandem mais 
facilmente quando se enchem de sangue. 
 
A ANGIOGÊNESE CRIA NOVOS VASOS 
▪ A angiogênese é o processo pelo qual novos 
vasos sanguíneos se desenvolvem, 
especialmente depois do nascimento. 
 
 
 
 
▪ O edema refere-se à presença de excesso de 
líquido nos tecidos do corpo. 
 
▪ Na maioria das vezes, o edema ocorre no 
compartimento de líquido extracelular, mas 
também pode envolver o líquido intracelular. 
 
 
▪ O edema é um sinal de que as trocas normais 
entre os sistemas circulatório e linfático estão 
alteradas. 
 
▪ O edema em geral ocorre por uma destas duas 
causas: 
1) drenagem inadequada da linfa; 
2) filtração capilar sanguínea excede muito a 
absorção capilar. 
 
▪ A drenagem inadequada da linfa ocorre por 
obstrução do sistema linfático, particularmente 
nos linfonodos. 
 
▪ Parasitas, câncer ou o crescimento de tecido 
fibrótico causado por radioterapia podem 
bloquear o movimento da linfa pelo sistema. 
 
Objetivo 3 
3) Conceituar edema e definir suas 
principais causas 
 
 
 
TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO 
 
▪ Por exemplo, a elefantíase é uma condição 
crônica caracterizada pelo grande inchaço dos 
membros inferiores quando parasitas 
bloqueiam os vasos linfáticos. 
 
▪ A drenagem da linfa pode também ser 
prejudicada quando os linfonodos são 
removidos duranteuma cirurgia, um 
procedimento comum no diagnóstico e no 
tratamento do câncer. 
 
▪ Os fatores que afetam o equilíbrio normal entre 
a filtração e a absorção capilares incluem: 
 
1- AUMENTO NA PRESSÃO HIDROSTÁTICA 
CAPILAR 
▪ Aumento da pressão hidrostática é geralmente 
um indicativo de pressão venosa elevada. 
 
▪ Um aumento na pressão arterial geralmente 
não é observável nos capilares devido à 
autorregulação da pressão nas arteríolas. 
 
▪ Uma causa comum de aumento da pressão 
venosa é a insuficiência cardíaca, condição na 
qual um ventrículo perde a capacidade de 
bombear e não pode mais bombear todo o 
sangue enviado a ele pelo outro ventrículo. 
 
▪ Quando a pressão hidrostática capilar 
aumenta, a filtração excede significativamente 
a absorção, levando ao edema. 
 
2- DIMINUIÇÃO NA CONCENTRAÇÃO DE 
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS 
▪ A concentração de proteínas plasmática pode 
diminuir como resultado de desnutrição grave 
ou insuficiência hepática. 
 
▪ O fígado é o principal local de síntese das 
proteínas plasmáticas. 
 
3- AUMENTO NAS PROTEÍNAS 
INTERSTICIAIS 
▪ O vazamento excessivo de proteínas para fora 
do sangue diminui o gradiente de pressão 
coloidosmótica e aumenta a filtração capilar 
resultante.

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