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TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO Tutoria 2 MÓDULO 1 Termos Desconhecidos: ▪ Estertores crepitantes: são ruídos bolhosos indicadores de edema pulmonar; ▪ Ausência de sibilos: ruídos característicos de asma brônquica; ▪ Ritmo sinusal: é qualquer ritmo cardíaco em que a despolarização do músculo cardíaco tem origem no nódulo sinusal; ▪ MVF: murmúrio vesicular fisiológico; Definição do Problema: Compreender a fisiologia da pressão arterial. Objetivos: 1. Compreender a fisiologia da pressão arterial; 2. Descrever as características dos vasos sanguíneos e explicar o mecanismo de distribuição de sangue para os tecidos; 3. Conceituar edema e definir suas principais causas: TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO MEDIDAS PADRONIZADAS DE PRESSÃO ▪ A pressão sanguínea costuma ser medida em milímetros de mercúrio (mmHg), porque o manômetro de mercúrio tem sido usado como referência padrão para a medida da pressão, desde sua invenção em 1846 por Poiseuille. ▪ Na verdade, a pressão sanguínea representa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular. ▪ Quando dizemos que a pressão em um vaso é de 50 mmHg, isso significa que a força exercida é suficiente para impulsionar a coluna de mercúrio até a altura de 50 milímetros contra a gravidade. ▪ Se a pressão for de 100 mmHg, será capaz de impulsionar a coluna de mercúrio até 100 milímetros. ▪ Ocasionalmente, a pressão é medida em centímetros de água (cm H2O). ▪ Um milímetro de mercúrio exerce pressão igual a 1,36 cm de água, porque o peso específico do mercúrio é 13,6 vezes maior que o da água, e 1 centímetro é 10 vezes maior que um milímetro. PRESSÃO SANGUÍNEA ▪ A pressão sanguínea gerada pela contração ventricular é força propulsora para o fluxo de sangue pelo sistema circulatório. ▪ Quando o sangue é ejetado do VE, a aorta e as artérias se expandem para acomodá-lo. ▪ Quando o ventrículo relaxa e a valva semilunar se fecha, as paredes arteriais elásticas retraem-se, propelindo o sangue em direção às artérias menores e arteríolas. ▪ As artérias mantêm o sangue fluindo continuamente pelos vasos sanguíneos, mantendo a pressão de propulsão do fluxo sanguíneo durante o relaxamento ventricular. ▪ O fluxo sanguíneo obedece às regras do fluxo de líquidos. O fluxo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão entre dois pontos e inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo. A PRESSÃO SANGUÍNEA É MAIOR NAS ARTÉRIAS E MENOR NAS VEIAS ▪ A pressão sanguínea é maior nas artérias e diminui à medida que o sangue flui pelo sistema circulatório. ▪ A diminuição da pressão ocorre porque é perdida energia como consequência da resistência ao fluxo oferecida pelos vasos. A resistência ao fluxo sanguíneo também resulta do atrito entre as células sanguíneas. ▪ Na circulação sistêmica, a pressão maior ocorre na aorta e resulta da pressão gerada pelo VE. Objetivo 1 1) Compreender a fisiologia da pressão arterial; TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ A pressão aórtica alcança uma média de 120 mmHg durante a sístole ventricular (pressão sistólica) e depois cai constantemente até 80 mmHg durante a diástole ventricular (pressão diastólica). ▪ Embora a pressão nos ventrículos caia para próximo de 0 mmHg quando o ventrículo relaxa, a pressão diastólica nas grandes artérias permanece relativamente alta. ▪ Essa pressão diastólica alta é decorrente da capacidade desses vasos de capturar e armazenar energia nas suas paredes elásticas. ▪ O rápido aumento da pressão ocorre quando o VE empurra o sangue para dentro da aorta pode ser percebido como um pulso, ou onda de pressão, transmitido ao longo das artérias preenchidas com líquido. A onda de pressão viaja cerca de 10 vezes mais rápido que o próprio sangue. ▪ Por causa do atrito, a amplitude da onda de pressão diminui com a distância e finalmente desaparece nos capilares. A pressão de pulso, uma medida de amplitude da onda de pressão, é definida como a pressão sistólica menos a pressão diastólica. ▪ Quando o sangue alcança as veias, a pressão diminuiu por causa do atrito e não há mais onda de pressão. O sangue sob baixa pressão das veias localizadas abaixo do coração precisa fluir contra a gravidade para retornar ao coração. ▪ Para auxiliar o fluxo venosos, algumas veias têm valvas internas unidirecionais. Essas valvas, assim como as do coração, garantem que o sangue passando pela valva não possa retornar. ▪ Quando o sangue alcança a veia cava, as valvas desaparecem. O fluxo venoso é constante ao invés de ser pulsátil, impulsionado pelo movimento contínuo do sangue para fora dos capilares. ▪ O retorno venoso para o coração é auxiliado pela bomba muscular esquelética e pela bomba respiratória. Quando os músculos contraem, eles comprimem as veias, forçando o sangue para cima passando pelas valvas. A PRESSÃO SANGUÍNEA ARTERIAL REFLETE A PRESSÃO DE PROPULSÃO DO FLUXO SANGUÍNEO ▪ A pressão sanguínea arterial reflete a pressão de propulsão criada pela ação de bombeamento do coração. ▪ Já que a pressão ventricular é difícil de ser medida, é usual assumir que a pressão TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO sanguínea arterial reflete a pressão ventricular. ▪ Como a pressão arterial é pulsátil, é usado um único valor – a pressão arterial média (PAM) – para representar a pressão de propulsão. o A PAM é estimada somando a pressão diastólica mais um terço da pressão de pulso. o A PAM é mais próxima da pressão diastólica do que da pressão sistólica, porque a diástole dura o dobro do tempo da sístole. ▪ Pressão sanguínea arterial muito alta ou muito baixa pode ser um indicativo de problemas no sistema circulatório. ▪ Se a pressão sanguínea cair muito (hipotensão), a força propulsora para o fluxo de sangue é incapaz de superar a oposição gerada pela gravidade. ▪ Neste caso, o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio para o encéfalo são prejudicados e podem causar tontura ou desmaio. ▪ Por outro lado, se a pressão sanguínea estiver cronicamente elevada (hipertensão), a alta pressão sobre a parede dos vasos sanguíneos pode fazer com que áreas enfraquecidas sofram rupturas e ocorra sangramento nos tecidos. ▪ Sem tratamento imediato, a ruptura de uma artéria grande é fatal. O DÉBITO CARDÍACO E A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA DETERMINAM A PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA ▪ A pressão arterial é um balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora das artérias. ▪ Se o fluxo para dentro excede o fluxo para fora, o sangue se acumula nas artérias e a PAM aumenta. Se o fluxo para fora excede o fluxo para dentro, a PAM cai. ▪ O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do VE. ▪ O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado principalmente pela resistência periférica, definida como a resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas. ▪ Dois fatores adicionais podem influenciar a pressão sanguínea arterial: o o volume total do sangue; o distribuição de sangue na circulação sistêmica. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO DESCRIÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS ▪ A parede dos vasos é formada pelos seguintes componentes estruturais básicos: o o epitélio chamado de endotélio; o o tecido muscular e; o tecido conjuntivo. ▪ A associação desses tecidos forma as camadas ou túnicas dos vasos sanguíneos. ▪ A quantidade e a organização desses tecidos no sistema circulatório são influenciadas por fatores mecânicos, representados primariamente pela pressão sanguínea, e fatores metabólicos, que refletema necessidade local dos tecidos. ▪ Todos esses tecidos são encontrados em diferentes proporções na parede dos vasos, exceto nos capilares e nas vênulas pós- capilares, nos quais os únicos elementos estruturais representados são o endotélio e sua membrana basal. ▪ As células endoteliais são funcionalmente diversas de acordo com o vaso que elas revestem. ▪ Os vasos capilares são frequentemente chamados vasos de troca, já que é nestes locais que são transferidos oxigênio, gás carbônico, água, solutos, macromoléculas, substratos e metabólitos do sangue para os tecidos e dos tecidos para o sangue. ▪ O tecido muscular liso faz parte de todos os vasos sanguíneos com exceção dos capilares e vênulas pericíticas. As células musculares lisas estão na túnica média dos vasos, onde se organizam em camadas helicoidais. ▪ Componentes do tecido conjuntivo são encontrados nas paredes dos vasos sanguíneos em quantidade e proporção que varia de acordo com as suas necessidades funcionais. o Fibras elásticas fornecem a resistência ao estiramento promovido pela expansão da parede dos vasos. o Essas fibras predominam nas grandes artérias, nas quais se organizam em lamelas paralelas regularmente distribuídas entre as células musculares em toda a espessura da camada média. o A concentração de glicosaminoglicanos é mais alta nas paredes das artérias do que nas das veias. ▪ Nas veias de pequeno calibre, a camada íntima apresenta normalmente uma camada subendotelial fina composta por tecido conjuntivo que pode estar muitas vezes ausente. o A túnica média consiste em pacotes de pequenas células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares e uma rede delicada de fibras reticulares. o Já a túnica adventícia é a mais espessa e bem desenvolvida das túnicas. Objetivo 2 2) Descrever as características dos vasos sanguíneos e explicar o mecanismo de distribuição de sangue para os tecidos; TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ As grandes veias têm uma túnica íntima bem desenvolvida, mas a média é muito fina, com poucas camadas de células musculares lisas e abundante tecido conjuntivo. o Frequentemente, a adventícia contém feixes longitudinais de músculo liso e fibras colágenas. o Essas veias, particularmente as maiores, contêm válvulas no seu interior. o As válvulas consistem em dobras da túnica íntima, em forma de meia-lua, que se projetam para o interior do lúmen do vaso. o As válvulas são compostas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas e são revestidas em ambos os lados por endotélio. DECRIÇÃO DAS TÚNICAS TÚNICA ÍNTIMA ▪ Apresenta uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter, ocasionalmente, células musculares lisas. ▪ Em artérias, a túnica íntima está separada da túnica média por uma lâmina elástica interna, a qual é o componente mais externo da íntima. o Esta lâmina, composta principalmente de elastina, contém aberturas (fenestras) que possibilitam a difusão de substâncias para nutrir células situadas mais profundamente na parede do vaso. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO TÚNICA MÉDIA ▪ Consiste principalmente de camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidalmente. ▪ Interpostas entre as células musculares lisas existem quantidades variáveis de matriz extracelular composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares (colágeno do tipo III), proteoglicanos e glicoproteínas. ▪ As células musculares lisas são as responsáveis pela produção dessas moléculas da matriz extracelular. ▪ Nas artérias do tipo elástico a maior parte da túnica média é ocupada por lâminas de material elástico. ▪ Em artérias musculares menos calibrosas, a túnica média contém uma lâmina elástica externa no limite com a túnica adventícia. TÚNICA ADVENTÍCIA ▪ Consiste principalmente em colágeno do tipo 1 e fibras elásticas. ▪ Torna-se gradualmente contínua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso sanguíneo está passando. VASA VASORUM ▪ Vasos grandes normalmente contêm vasa vasorum (vasos dos vasos) que são arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia e, em menor quantidade, na porção externa da média. ▪ Os vasa vasorum proveem a adventícia e a média de metabólitos, uma vez que, em vasos maiores, as camadas são muito espessas para serem nutridas somente por difusão a partir do sangue que circula no lúmen do vaso. ▪ São mais frequentes em veias que em artérias. Em artérias de diâmetro intermediário e grande, a íntima e a região mais interna da média são destituídas de vasa vasorum. ▪ Essas camadas recebem oxigênio e nutrição por difusão do sangue que circula no lúmen do vaso. MECANISMO DE DISTRIBUIÇÃO SANGÚINEA ▪ A circulação divide-se em circulação sistêmica e circulação pulmonar. ▪ Como a circulação sistêmica promove o fluxo sanguíneo para todos os tecidos corporais, exceto para os pulmões, é também chamada grande circulação ou circulação periférica. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO PARTES FUNCIONAIS DA CIRCULAÇÃO ▪ A função das artérias é a de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. ▪ Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade. ARTERÍOLAS ▪ São os pequenos ramos finais do sistema arterial; elas agem como condutos de controle pelos quais o sangue é liberado para os capilares. ▪ Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir completamente os vasos ou com seu relaxamento dilatá- los, multiplicando seu diâmetro, sendo capaz, dessa forma, de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em resposta à sua necessidade. CAPILARES ▪ A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. ▪ Para exercer essa função, as paredes capilares são finas e têm numerosos poros capilares minúsculos permeáveis à água e outras pequenas substâncias moleculares. VÊNULAS ▪ As vênulas coletam o sangue dos capilares e, de forma gradual, coalescem, formando veias progressivamente maiores. VEIAS ▪ As veias funcionam como condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue extra. ▪ Como a pressão no sistema venoso é muito baixa, as paredes das veias são finas. ▪ Mesmo assim, são suficientemente musculares para se contrair e expandir, agindo como reservatório controlável para o sangue extra de pequeno ou grande volume, de acordo com as necessidades da circulação. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CIRCULAÇÃO ▪ Existem três princípios básicos subjacentes a todas as funções da circulação: 1 - O FLUXO SANGUÍNEO NA MAIORIA DOS TECIDOS É CONTROLADO SEGUNDO A NECESSIDADE DOS TECIDOS. ▪ Quando os tecidos estão ativos, precisam de grande incremento do suprimento de nutrientes e, portanto, de fluxo sanguíneo muito maior — ocasionalmente até 20 a 30 vezes o de repouso. ▪ Ainda assim, o coração nas condições normais não pode aumentar seu débito por mais que quatro a sete vezes maior que os dos valores de repouso. ▪ Assim, não é possível simplesmente elevar o fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo, quando um tecido particular demanda fluxo aumentado. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Em vez disso, os microvasos em cada tecido monitoram, de modo contínuo, as necessidades teciduais, tais como a disponibilidade de oxigênio e de outros nutrientes e o acúmulo de dióxido de carbono e outros produtos do metabolismo;o esses microvasos, por sua vez, agem diretamente sobre os vasos sanguíneos locais, dilatando-os ou contraindo-os para controlar o fluxo sanguíneo local de forma precisa e até o nível necessário para a atividade do tecido. ▪ Além disso, o controle neural da circulação pelo sistema nervoso central e os hormônios age como mais um mecanismo para a regulação do fluxo sanguíneo tecidual. 2 - O DÉBITO CARDÍACO É A SOMA DE TODOS OS FLUXOS LOCAIS DOS TECIDOS ▪ Depois de fluir por um tecido, o sangue retorna, de imediato, pelas veias para o coração. ▪ Este responde, de forma automática, ao aumento da chegada de sangue, bombeando- o imediatamente de volta para as artérias. ▪ Assim, o coração age como autômato, respondendo às demandas dos tecidos; entretanto, com frequência precisa de auxílio na forma de sinais nervosos especiais que o fazem bombear a quantidade necessária de fluxo sanguíneo. 3- A REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL É GERALMENTE INDEPENDENTE DO FLUXO SANGUÍNEO LOCAL OU DO DÉBITO CARDÍACO. ▪ O sistema circulatório tem sistema extensivo de controle da pressão sanguínea arterial. ▪ Por exemplo, se em qualquer momento a pressão cair significativamente abaixo do nível normal de cerca de 100 mmHg, conjunto de reflexos nervosos desencadeia em poucos segundos diversas alterações circulatórias para normalizar a pressão. ▪ Os sinais nervosos agem especialmente o aumentando a força do bombeamento cardíaco; o causando constrição dos grandes reservatórios venosos, para levar mais sangue para o coração; o ocasionando constrição generalizada das arteríolas em muitos tecidos, de modo que maior quantidade de sangue se acumula nas grandes artérias, aumentando a pressão arterial. ▪ Então, ao longo de períodos mais prolongados de horas ou dias os rins desempenham papel adicional fundamental no controle pressórico, tanto pela secreção de hormônios controladores da pressão como pela regulação do volume sanguíneo. DISTRIBUIÇÃO SANGUÍNEA ▪ Os vasos sanguíneos contêm músculo liso vascular: A maioria dos vasos sanguíneos possui músculo liso, arranjado em camadas circulares ou espirais. ▪ A vasoconstrição reduz o diâmetro do lúmen do vaso, e a vasodilatação o amplia. ▪ Na maioria dos vasos sanguíneos, as células do músculo liso mantêm um estado de contração parcial durante todo o tempo, criando a condição denominada tônus muscular. ▪ A contração no músculo liso, assim como no músculo cardíaco, depende da entrada de Ca2+ do líquido extracelular pelos canais de Ca2+. ▪ Várias substâncias químicas influenciam o tônus do músculo liso vascular, incluindo neurotransmissores, hormônios e substâncias parácrinas. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Muitas substâncias parácrinas vasoativas são secretadas pelas células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos ou pelos tecidos que circundam os vasos. ARTÉRIAS E ARTERÍOLAS CARREGAM O SANGUE A PARTIR DO CORAÇÃO ▪ A aorta e as artérias principais são caracterizadas por terem paredes que são rígidas e elásticas. ▪ Devido à rigidez do tecido fibroso, uma quantidade significativa de energia é necessária para estirar a parede de uma artéria, mas essa energia pode ser armazenada pelas fibras elásticas estiradas e liberada durante a retração elástica. ▪ As artérias e arteríolas são caracterizadas por um padrão de fluxo sanguíneo divergente. ▪ Quando as artérias principais se dividem em artérias cada vez menores, a característica da parede muda, tornando-se menos elástica e mais muscular. ▪ A parede das arteríolas contém diversas camadas de músculo liso que contraem e relaxam sob a influência de vários sinais químicos. ▪ Algumas arteríolas se ramificam, formando vasos conhecidos com metarteríolas. ▪ As arteríolas verdadeiras têm uma camada de músculo liso contínua, mas somente parte da parede de uma metarteríola é circundada por músculo liso. ▪ O sangue que flui pelas metarteríolas pode seguir dois caminhos. Se os anéis musculates chamados de esfíncteres pré-capilares estão relaxados, o fluxo de sangue é direcionado das metarteríolas para os leitos capilares adjacentes. ▪ Se os esfíncteres estão contraídos, o sangue das metarteríolas desvia dos capilares e vai diretamente para a circulação venosa. ▪ Além disso, as metarteríolas permitem que os leucócitos deixem a circulação arterial diretamente para a circulação venosa. ▪ Os capilares quase não são grandes o suficiente para deixar passar os eritrócitos, muito menos os leucócitos, que são duas vezes maiores. ▪ As arteríolas, junto com os capilares e os pequenos vasos pós-capilares, denominados vênulas, forma a microcirculação. AS TROCAS OCORREM NOS CAPILARES ▪ Os capilares são os menores vasos do sistema circulatório. Eles e as vênulas pós-capilares são os locais onde ocorrem as trocas entre o sangue e o líquido intersticial. ▪ Muitos capilares estão intimamente associados com células conhecidas como pericitos. ▪ Em muitos tecidos, essas células contráteis muito ramificadas que envolvem os capilares, formam uma camada externa semelhante a uma rede entre o endotélio capilar e o líquido intersticial. ▪ Os pericitos contribuem para diminuir a permeabilidade capilar: quanto mais pericitos, menos permeável é o endotélio capilar. TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO O FLUXO SANGUÍNEO CONVERGE NAS VÊNULAS E VEIAS ▪ O sangue flui dos capilares para pequenos vasos chamados vênulas. As vênulas menores são similares aos capilares, com um epitélio de troca fino e pouco tecido conjuntivo. ▪ As vênulas se distinguem dos capilares pelo seu padrão convergente de fluxo. ▪ O músculo liso começa a aparecer na parede das vênulas maiores. ▪ O sangue flui das vênulas para as veias, que aumentam de diâmetro à medida que se dirigem para o coração. ▪ Finalmente, as veias maiores – as VC – desembocam no átrio direito. ▪ As veias são mais numerosas do que as artérias e têm um diâmetro maior. ▪ Como resultado de seu grande volume, as veias contêm mais da metade do sangue do sistema circulatório, o que as torna o reservatório de volume. ▪ Elas situam-se mais próximas da superfície do corpo que as artérias. ▪ As veias têm paredes mais finas que as artérias e com menos tecido elástico. ▪ Consequentemente, elas se expandem mais facilmente quando se enchem de sangue. A ANGIOGÊNESE CRIA NOVOS VASOS ▪ A angiogênese é o processo pelo qual novos vasos sanguíneos se desenvolvem, especialmente depois do nascimento. ▪ O edema refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos do corpo. ▪ Na maioria das vezes, o edema ocorre no compartimento de líquido extracelular, mas também pode envolver o líquido intracelular. ▪ O edema é um sinal de que as trocas normais entre os sistemas circulatório e linfático estão alteradas. ▪ O edema em geral ocorre por uma destas duas causas: 1) drenagem inadequada da linfa; 2) filtração capilar sanguínea excede muito a absorção capilar. ▪ A drenagem inadequada da linfa ocorre por obstrução do sistema linfático, particularmente nos linfonodos. ▪ Parasitas, câncer ou o crescimento de tecido fibrótico causado por radioterapia podem bloquear o movimento da linfa pelo sistema. Objetivo 3 3) Conceituar edema e definir suas principais causas TUTORIA 2 – MÓDULO 1 MILENA BAVARESCO ▪ Por exemplo, a elefantíase é uma condição crônica caracterizada pelo grande inchaço dos membros inferiores quando parasitas bloqueiam os vasos linfáticos. ▪ A drenagem da linfa pode também ser prejudicada quando os linfonodos são removidos duranteuma cirurgia, um procedimento comum no diagnóstico e no tratamento do câncer. ▪ Os fatores que afetam o equilíbrio normal entre a filtração e a absorção capilares incluem: 1- AUMENTO NA PRESSÃO HIDROSTÁTICA CAPILAR ▪ Aumento da pressão hidrostática é geralmente um indicativo de pressão venosa elevada. ▪ Um aumento na pressão arterial geralmente não é observável nos capilares devido à autorregulação da pressão nas arteríolas. ▪ Uma causa comum de aumento da pressão venosa é a insuficiência cardíaca, condição na qual um ventrículo perde a capacidade de bombear e não pode mais bombear todo o sangue enviado a ele pelo outro ventrículo. ▪ Quando a pressão hidrostática capilar aumenta, a filtração excede significativamente a absorção, levando ao edema. 2- DIMINUIÇÃO NA CONCENTRAÇÃO DE PROTEÍNAS PLASMÁTICAS ▪ A concentração de proteínas plasmática pode diminuir como resultado de desnutrição grave ou insuficiência hepática. ▪ O fígado é o principal local de síntese das proteínas plasmáticas. 3- AUMENTO NAS PROTEÍNAS INTERSTICIAIS ▪ O vazamento excessivo de proteínas para fora do sangue diminui o gradiente de pressão coloidosmótica e aumenta a filtração capilar resultante.
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