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PREVENÇÃO ou PROFILAXIA TRATAMENTO DIAGNÓSTICO SINAIS CLÍNICOS TRANSMISSÃO E CICLO DE VIDA SARNA SARCÓPTICA EM CÃES ESPÉCIES ACOMETIDAS Cão, gato, roedores, coelhos, equinos, ovinos, caprinos, bovinos e humanos Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - campus de Sinop Bruna Vivian Miguel Curso: Medicina Veterinária BIBLIOGRAFIA AGENTE : Sarcoptes scabiei • FERRARI, M. L. O. P. et al. Sarna sarcóptica em cães. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 6, n. 10, p. 1-5, 2008. • BARROS, Fernanda de Cássia Pereira et al. A importância da sarna sarcóptica na medicina veterinária: Revisão. PUBVET, v. 13, p. 158, 2019. O gênero Sarcoptes, também conhecido como ácaros escavadores, por escavarem as galerias da pele (intradérmica), nas quais penetram profundamente, provocando um espessamento da pele. São ácaros de morfologia globosa, com rosto curto e largo, patas curtas e grossas e encaixadas total ou parcialmente no idiossima (corpo do ácaro) que apresenta áreas escamosas e espinhos curtos e grossos na face dorsal. Seu tamanho varia de 0,2 a 0,5mm, possui um gnatossoma cônico (tão longo quanto largo), pedicelo longo e não segmentado, e ânus terminal. Os machos saem de sua galeria em direção à superfície em busca das fêmeas púberes, porém, assim que acasalam, morrem. Em relação à fêmea ovígera, cujo seu ovo tem um ciclo evolutivo possui duração de dez a quatorze dias, onde estes parasitas não mordem nem sugam o sangue, pois se alimentam de fluidos intercelulares. Já na fase de incubação, que dura em torno de três dias, cada ovo eclode uma larva hexápode, que são capazes de viver na galeria cavando ou perfurar uma nova galeria no anima. O parasita completa o seu ciclo (ovo – larva – ninfa – adulto) em três semanas. Os ácaros provocam a desorganização dos tecidos da pele escavando-a, gerando antígenos, (substância capaz de entrar no corpo e se ligar a seus anticorpos) que poderão causar irritabilidade à pele e, em seguida, reações alérgicas. A sarna sarcóptica é altamente contagiosa e inicialmente transmitida pelo contato direto, porém, deve-se estar atento aos objetos de higiene, pois pode ser um meio de hospedar o parasita. O diagnóstico da doença de pele faz-se pelo aspecto clínico do animal junto com a confirmação da presença do ácaro na pele por um exame (raspagem de pele e observação ao microscópio). Muitas vezes, e apesar do animal ser portador, o ácaro não é encontrado no exame referido. Este fato não deve ser suficiente para excluir esta doença dos diagnósticos possíveis. A resposta positiva à medicação acaricida (destinada a destruir os ácaros) é também diagnóstica. O parasita localiza-se na pele dos animais e gera uma dermatite muito pruriginosa e generalizada. O animal apresenta-se, na maioria dos casos, com pequenas crostas hemorrágicas e perda da pelagem nas regiões ventral, axilar, codilhos e curvilhões (correspondem aos cotovelos e calcanhares dos humanos) e no focinho, mas o quadro clínico pode ser mais abrangente. A dermatite é acompanhada invariavelmente por produção exagerada de gordura, dando um aspecto e odôr "rançoso" ao animal. O prurido intenso pode mascarar as lesões primárias com o aparecimento de feridas provocadas pelo coçar ou mordiscar. O isolamento dos animais infectados deve ser escrupulosamente seguido bem como os cuidados de proteção (luvas, roupa descartável...) ao realizar o tratamento, pelo risco de contágio fácil desta doença de pele. O ambiente contaminado por ácaros deve ser higienizado e tratado com um produto acaricida. O tratamento consiste na medicação acaricida associada a medicação sintomática segundo necessário, (antibioterapia, terapia do prurido, banhos anti-sépticos, suplementos nutricionais específicos...). A medicação acaricida pode ser administrada sob a forma injetável (sempre pelo médico veterinário) assistente, em banhos medicamentosos ou por via oral. Todos os animais co-habitantes devem ser tratados simultaneamente. Tratar com escabicida os cães acometidos e todos aqueles que tiveram contato. O tratamento tradicional consiste em banhar os cães com um xampu anti-seborréico para remover crostas, seguido pela aplicação de um escabicida tópico, por todo o corpo, em intervalos de 7 dias durante, no mínimo, 5 semanas. Os produtos tópicos eficazes incluem: Solução de sulfeto de cálcio 2% a 3% organoclorados, (HCL, bromocicleno). Organofosforados (malation, fosmet, mercaptometil ftalimida). Ivermetica –usar com extremo cuidado em collies, Shetland, Sheepdogs, Australian Shepherds e seus mestiços; é mais provável ocorrer intoxicação em cães de raças do tipo pastor. Em virtude de reação de hipersensibilidade, pode levar até 4-6 semanas para que desapareçam o prurido intenso e os sinais clínicos. Tratamentos tópicos tendem a falhar, pela aplicação incompleta da solução de tratamento. ZOONÓSE!!
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