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Parasitologia é o estudo das doenças parasitárias (causadas por ecto e endoparasitas) Diagnóstico: (Parasitologia, patologia clínica, anatomia patológica, doenças infecciosas, histopatologia, epidemiologia, semiologia e clínicas) Tratamento: (Fisiologia, bioquímica, farmacologia, terapêutica, clínicas e cirurgia) Profilaxia: (Higiene e saúde pública, epidemiologia, doenças infecciosas, zootecnias e clínicas) Endoparasitas: - vivem dentro do hospedeiro - tem contato profundo com tecidos e órgãos do hospedeiro Ectoparasitas: - vivem na superfície ou em cavidades do hospedeiro - tem contato com a pele do hospedeiro Introdução - conceitos Infecção: É a invasão de um hospedeiro por organismos vivos (vírus, bactérias, protozoários, helmintos) Infestação: - é o estado de estar infestado (termo usado para ectoparasitas) ex: infestação de piolho Tipos de parasitos e relação com o hospedeiro: Obrigatório: Organismo que precisa de um hospedeiro para sobreviver (Toxoplasma). Facultativo: não dependem de um hospedeiro para sobreviver Acidental: entra em contato com o hospedeiro acidentalmente, mas não evolui nele. Tipos de parasitos e permanência no hospedeiro: Temporário: procuram o hospedeiro somente para se alimentar (Pulgas e mosquitos). Permanente: alimentam-se e reproduzem-se no hospedeiro (sarnas e piolhos). Periódico: se alimenta do hospedeiro em apenas em uma fase de vida (carrapatos) Tipos de parasitos e tipos de hospedeiro: H. Definitivo: parasito é encontrado na sua forma adulta, de maturidade sexual. (HD). Intermediário: encontrado a forma imatura do parasito. Paratênico ou transporte: serve de refúgio e transporte para o parasito. Reservatório: responsável pela sobrevivência do parasito, o parasito dificilmente causa doença. - Vetor: termo usado para Artrópodes, podem ser divididos em: Vetores mecânicos: meros transportadores. Não há desenvolvimento do parasito. ex: Ácaro Macrocheles usa o besouro para se transportar. Vetores biológicos: são como os (HI) pois haverá o desenvolvimento do parasito. ex: Dermatobia hominis pode ovipor na mosca Stomoxys e o desenvolvimento da L1 do berne ocorre nessa mosca. São essenciais para o desenvolvimento do parasita, se o vetor for eliminado, o parasito é erradicado. Tipos de parasitos e quantidade de hospedeiro: Monoxeno ou direto: Necessita somente de um hospedeiro. Infesta ou infecta diretamente o seu (HD), sem necessitar de (HI). ex: Haemonchus Heteroxeno ou indireto: Quando existem dois ou mais hospedeiros. ex: ciclo da Fascíola (parasito passa uma parte do ciclo no interior de um molusco e outra em um vertebrado). Podendo ainda ser classificados segundo ao número de hospedeiros em Dioxeno ou Trioxeno. Tipos de parasitos e especificidade do parasito: Estenoxeno: Quando são muito específicos, só aceitam aquele hospedeiro ex: Babesia bovis em bovino. Eurixenos: Quando são poucos específicos /tendo uma variedade de hospedeiros. Oligoxeno: Os hospedeiros tem que ter parentesco. ex: no cão e no lobo, família Canidae. Ação do parasito: Ação espoliativa: Quando o parasito absorve nutrientes ou sangue do hospedeiro, podem deixar pontos hemorrágicos na mucosa quando abandonam o local de sucção. Ação tóxica: Acontece quando algumas espécies produzem enzimas ou metabólicos que podem lesar o hospedeiro. Ação mecânica: Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Ação traumática: É provocada pela migração de formas larvais de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também possam fazê-lo. Ação irritativa: presença do parasito sem provocar lesões traumáticas, apenas irrita o local. Ação inflamatória: ocorre pela penetração ativa da pele. Ação de transmissão: Hospedeiros transmitem agentes patogênicos. ex: carrapato transmitindo babesia d ja Período de parasitismo: Período pré-patente (PPP) Compreende o momento da infecção até a maturidade sexual, quando se inicia a eliminação dos ovos, cistos, occistos ou larvas (período da incubação da doença). Período patente (PP) A partir da fase adulta até o fim da vida dos parasitas ou fim da infecção. Período em que os parasitos são facilmente diagnosticados pelos seus ovos, cisto, oocistos ou larvas. Normalmente coincide com o período de sintomas da doença. Períodos clínicos: 1- incubação 2- sintomático 3- latente (sem comprovação diagnóstica) 4- recaídas (diminui a resistência imunológica e voltam os parasitas) 5- convalescença Reações do hospedeiro parasitado: Celular: - no local onde se encontra o parasita. - é desencadeada por macrófagos. - ocorre atrofia ou hipertrofia do tecido lesado, aumentando ou diminuindo o número de células para regeneração. Humoral: - é sistêmica - há produção de anticorpos em resultado da resposta aos antígenos do parasita - servem para imunização na reinfecção e provas imunológicas. Escabiose O ácaro pode afetar outras espécies, incluindo o ser humano. Transmissão - transmitida pelo contato direto com pessoa infectada; - ocorre independente do sexo, raça ou idade (não está ligada à higiene pessoal). Patogênese - Produz escavações na epiderme >> essas lesões produzem um prurido intenso >> reação imunológica gera um processo inflamatório >> pápulas transformam-se em crostas que são ricas em ácaros que podem se desprender e aumentar o nível de transmissão. Sinais clínicos - histórico (relato de estadia em canis, hotéis, banho-me tosa e contato com outros animais) - observar intenso prurido, alopecia, lesões bolhosas, crostosas e descamativas no tórax ventral, abdômen, cotovelos e jarretes. O que é? - é uma dermatose parasitária, altamente contagiosa, irritantemente pruriginosa causada pelo ácaro epidérmico Sarcoptes scabiei variantes canis e hominis. ‼ ‼ - cães e gatos apresentam sarna pela variante canis; - humano apresenta infestação transitória, com duração por volta de 4 semanas. Tratamento - ivermectina (injetável), milbemicina (oral), amitraz (imersão), Moxidectina e Selamectina são eficazes, e podem ser associados a antibióticos sistêmicos para combater a piodermatite. obs: algumas raças são intolerantes à ivermectina. - higienização do ambiente para evitar ré-infestação (cloro, lysoform). Diagnóstico - observação clínica, histórico de convívio e contato com animais (confirmado com raspado de pele) - pode ocorrer falso negativo, assim sendo necessário analisar a coceira. • Na cronicidade do caso a infestação se alastra, a perda de pelo se torna acentuada, com acúmulo de crostas, surgimento de piodermatite, com pele de aspecto úmido e mal cheirosa, devido à infecção bacteriana secundaria • Na cronicidade do caso a infestação se alastra, a perda de pelo se torna acentuada, com acúmulo de crostas, surgimento de piodermatite, com pele de aspecto úmido e mal cheirosa, devido à infecção bacteriana secundaria Controle - ao manusear animais infectados devem-se ter cuidados, é recomendado a proteção (luvas, roupa descartável, etc) ao realizar o tratamento; - O ambiente contaminado deve ser higienizado totalmente e tratado com produtos acaricidas; - Todos os animais habitantes devem ser tratados simultaneamente. Em humanos: / p Sarna demodécica Sinais Clínicos - pode ser classificada segundo sua distribuição corpórea (localizada ou generalizada) e faixa etária de ocorrência das primeiras manifestações (jovem ou adulta) Características- possuem o corpo afilado é alongado, de até 0,2 mm. - vivem como comensais da pele, são seletivos em relação a áreas cutâneas. - se movem na pele, penetrando mais fundo na derme, causa perda de pelo da face e dos membros anteriores. Transmissão - ocorre da mãe para os neonatos lactentes, por contato direto (primeiros 3 dias de vida); - a transmissão não ocorre no útero; - não tem motivo definido para alguns animais; - fator hereditário; Epidemiologia - não é contagiosa para o homem; - acomete animais de tamanhos distintos (fase jovem é adulta); - pode ser recorrente de uma imunossupressão por doenças como: diabetes, alergias, neoplasias, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo. Fatores predisponentes para manifestação: - estresse, desnutrição, traumatismo, estão, parto, lactação, parasitismo, vacinas, drogas imunossupressoras ou até mesmo doenças debilitantes O que é? - são ácaros escavadores que tem como hospedeiro todos os mamíferos (incluindo o ser humano); - são de distribuição mundial, localizam-se nos folículos pilosos e glândulas sebáceas. Demolições generalizada - cobre grandes áreas do corpo; - quando um cão apresenta 5 ou mais lesões que envolvem a região inteira do corpo ou quando apresenta envolvimento de 2 ou + membros possui demodiciose generalizada; - pode ser juvenil ou adulta. - é prevalente em animais de meia idade ou mais velhos, com imunossupressão causada pela doença primária. . Patogenia - certas cadelas transportam um fator geneticamente transmitido que resulta em imunodeficiência em seus filhotes, tornando-os mais suscetíveis à invasão por ácaros, esses filhotes desenvolvem a forma generalizada da doença mesmo se criados separadamente; Diagnóstico - raspados de pele; - teste tireoideo adicional; - cultivo e antibiograma para pacientes que tenham infecção bacteriana secundária; - biópsia é usada em cães gravemente afetados Controle - o sucesso do tratamento depende da disposição do proprietário em realizar o protocolo e comparecer aos retornos até a obtenção da alta e não utilizar os animais em cruzamentos, evitando a propagação da doença. Demodiciose localizada - apresenta-se com áreas irregulares de alopecia (1 a 5 áreas) com graus variáveis de eritema, hiperpigmentação com comedões e alopecia parcial; - coloração da pele pode ser cobre ou avermelhada, com escamas prateadas resistindo as lesões; - maioria ocorre em cães de 3 a 6 meses de idade e são curados sem tratamento; - doença benigna e não deve ser tratada. = Tratamento - uso de xampu, loção, creme ou gel de peróxido de benzoíla 2,5 a 3% em intervalos de 24h ou solução de amitraz 0,03 a 0,05%; - antibióticos como a cefalexina, enrofloxacino e amoxicilina com ácido clavulânico devem ser utilizados por período de 4-8 semanas. - terapia tópica traz muitos benefícios, principalmente se empregada junto a banhos semanais com xampus de PIB. Raspados de pele - os testes clínicos em cães jovens com demodiciose geralmente não demonstram anormalidades consistentes, a confirmação diagnóstica deve ser estabelecida sempre que um raspado cutâneo de um animal com clínica compatível apresentar cinco ou mais ácaros por campo. a Démodés canis Demodex cati Sarna otodécica O que é? - Otodectes cynotis é definido como “ácaro não escavador” pertente à classe: Arachnida, subclasse: Acari, ordem: Sarcoptiformes, família: Psoroptidae e gênero: Otodectes. - Importantes agentes causadores de otite externa em felinos e também a maioria dos animais domésticos e silvestres. Transmissão - ocorre por contato direto entre animais e através de fômites. - onde há um grande número de animais convivendo em um mesmo ambiente, o grau de prevalência da infestação é alto; - Animais com debilidade, seja por desnutrição ou que são acometidos por outras enfermidades, apresentam um maior desenvolvimento da população de ácaros no conduto auditivo. Diagnóstico - teste do reflexo aurículo-podal, onde o gato coça com o membro posterior homolateral ao estímulo, quando o conduto auditivo é tocado com o auxílio do swab sugerindo a presença de Otodectes cynotis. - exame citológico realizado através da coleta de fragmentos do cerúmen no interior do canal auditivo com o auxílio de um swab que devem ser depositados sobre a superfície de uma lâmina de microscopia, acrescentando-se óleo mineral, permitem a observação do ácaro através de um microscópio estereoscópico. Sinais Clínicos - Causa coceira intensa (às vezes ao ponto do animal se machucar e apresentar lesões), balanço de cabeça, acúmulo de cerúmen (cera), bastante irritação local e às vezes pode haver infecção bacteriana secundária, causando otite. , Características - O Otodectes cynotis habita a superfície da pele do hospedeiro; não escavam galerias; - O ácaro se alimenta de restos epidérmicos e fluidos teciduais, linfa e sangue, causando intensa irritação, ocasionando alterações nos condutos auditivos do hospedeiro; - lesiona o epitélio do conduto auditivo, causando inflamação das glândulas ceruminosas, o que resulta num aumento da formação de secreção otológica. Tratamento - A limpeza do conduto auditivo (acúmulo de secreções contribui para a proliferação de ácaros, bactérias e fungos, e, também podem impedir o contato dos medicamentos com a superfície auricular) - Realizar limpeza com soluções de lavagem auricular e terapêuticos tópicos auriculares, surfactantes e detergentes que amolecem e degradam a camada de cerúmen e exsudato. - As formulações auriculares de uso tópico são, geralmente, compostas por três famílias farmacológicas: antibacterianos, antifúngicos e corticosteroides. - a invermectina possui ação considerável no tratamento contra Otodectes cynotis, nas vias de administração oral e parenteral e tópica. Diagnóstico Otodectes cynotis Ciclo L Sarnas em grandes animais O que é? - A sarna psoróptica é uma sarna causada por Psoroptes spp., um ácaro que sobrevive livremente no ambiente e que pode parasitar equinos, bovinos, ovinos e caprinos. • A ocorrência de sarna psoróptica em equinos são escassas, especialmente no Brasil, evidenciando-se a descrição de poucos casos isolados. • Embora essa enfermidade seja conhecida há muitas décadas, ainda existem dúvidas sobre sua etiologia nos equinos, devido à enorme variedade de espécies de Psoroptes, porém a maioria dos autores considera Psoroptes equi a espécie responsável por esta parasitose na espécie equina. Tratamento - tratamento tópico e ambiental de todos os animais envolvidos, utilizando antiparasitários via oral e tópico, além de pulverizações no ambiente como camas, baias e utensílios. - não há fatores predisponentes que interferem no surgimento dessa enfermidade, além do contato com animais portadores, sugerindo que a sarna psoróptica pode acometer animais de ambos os sexos e em qualquer faixa etária. Sinais clínicos • lesões pruriginosas, que se estendem das axilas e região do peito em direção caudal, acometendo o ventre e as faces caudal e crânio- medial dos membros posteriores. • Não é comum a forma generalizada , Diagnóstico • histórico da doença, dos sinais clínicos e visualização macroscópica de ácaros em movimento e confirmação laboratorial através da detecção e identificação do ácaro em raspados de pele. ,O que é? - sarna corióptica, também conhecida como sarna do pé ou dos membros, é uma sarna comum em bovinos e ovinos, e rara em equinos e caprinos. - os ácaros pertencentes ao gênero Chorioptes encontrados em bovinos, equi-nos, ovinos e caprinos são morfo e biologicamente idênticos. dessa forma são reconhecidas somente duas espécies: C. bovis e C. texanus. Sinais clínicos - A infestação por sarna equina provoca dermatites em locais específicos nos animais, sendo os mais comuns a região da face, tronco, crina e cauda. - se caracteriza por intenso prurido e formação de crostas, causando uma sensação de intenso desconforto, devido a um quadro seborreico severo que compromete seu bem-estar. - Controle - As estratégias de controle e profilaxia da sarna psoróptica abrangem as medidas que minimizem ao máximo o contato do agente etiológico com o hospedeiro, como a separação de animais infectados, o uso periódico de acaricidas e a tosquia precoce. Sarna psoróptica em equinos Sarna corióptica Tratamento • recomendaram-se o isolamento dos animais e o tratamento com triclorfon de todos os indivíduos acometidos. 🐑 🐐 Ixodidioses Classificação - Família Ixodidae: Carrapatos duros: compreende a maioria dos carrapatos de interesse veterinário. - Família Argasidae: Carrapatos moles: pequeno número de organismos de interesse veterinário. Aparelho bucal - Par de palpos: órgãos sensoriais (localização do hospedeiro); - Par de quelíceras: apêndices altamente esclerotizados (ajudam a cortar e perfurar a pele do animal durante o repasto); - Hipostômio: estrutura da parede inferior da base (possui fileiras de dentes direcionados para trás – fixação no hospedeiro) - Secreção salivar: produção contínua de anticoagulante. : Transmissão de doenças - Febre suína africana (pode ser transmitida por Ornithodoros); - Erlichiose: Bovinos (aborto, febre, anorexia, letargia) e Cães (E. canis causa anemia com trombocitopenia e leucopenia, febre); - Febre Q: Causada pela Coxiella burnetti, é transmitida por ixodídeos (relacionado com aborto e anorexia); - Febre maculosa: causada por Rickettsia rickettsi; - Doença de Lyme: causada por Borrelia burgdorferi, é transmitida por ixodídeos (Cães, gatos, bovinos, equinos); - Babesiose: causa febre, anemia hemolítica, hemoglobinúria, morte. Reprodução -Reprodução gâmica: macho e fêmea realizam a cópula sobre o hospedeiro; - Fêmea teleógina: fêmea ingurgitada e fecundada (desprende do hospedeiro, cai ao solo e procura local para ovipostura); - Fêmea quenógina: fêmea após postura morre. O que é? - São ectoparasitas obrigatórios que se alimentam de sangue; - São aracnídeos da sub-classe Acar,i proximamente relacionados aos ácaros; - Apresentam escudo – carrapatos duro; • Podem sobreviver por um longo tempo – anos. Morfologia: - Escudo não decorado (ausência de manchas e pontuações) - Macho com apêndice caudal - Ausência de festões marginais posteriores - Escudo de cor castanho-vermelho, palpos curtos e largos Macho= 1,7 – 2,0 mm Fêmea= 2,3 – 2,9 mm Fêmea teleógina= 13 mm (0,5-2,5 ml/dia) Hospedeiro= Bovinos Localização= Pele/Tegumento Ciclo= hospedeiro único Danos ao hospedeiro - Inquietação, perda de apetite, emagrecimento; - Perda de peso, baixa produção carne e leite, desgaste couro, anemia, toxemia (decorrente inoculação saliva dos carrapatos possuir toxinas); - Hemoparasitose – Babesia bigemina , Babesia bovis , Anaplasma marginale; - Morte secundária a alterações sistêmicas. Tipos de hospedeiro - ixodides de hospedeiro único: Boophilus Microplus (nutrição e mudas/ecdises ocorrem no mesmo hospedeiro); - ixodides de hospedeiro triplo: Rhipicephalus Sanguineus e Amblyomma Cajennense: (cada fase/estádio ocorre em um hospedeiro e todas as mudas ocorrem fora do corpo do hospedeiro) Taxonomia • Classe Arachnida: Ordem Acarina - Família Ixodidae • Subfamília Rhipicephalinae: Rhipicephalus sanguineus Boophilus microplus • Subfamília Amblyomminae: Amblyomma cajennense Anocentor nitens Boophilus Microplus Rhipicephalus Sanguineus Morfologia - Escudo não decorado (ausência de manchas e pontuações) - Presença de festões bem evidentes região posterior; - Região anterior triangular; - Olhos laterais; - Escudo de cor castanho e margens brancas • Macho= 3,5 mm • Fêmea= 3,5 – 5,0 mm • Fêmea teleógina= 11 mm - Hospedeiro: Caninos, Felinos, Carnívoros silvestres - Localização: Orelha/Membros - hospedeiro triplo Morfologia - Macho: Escudo castanho escuro; - Corpo elipítico; -Membros (coxas) de dimensões crescentes do 1 ao 4 par de patas; - Presença de festões nos machos e fêmeas; - Macho= 3,5 mm - Fêmea= 3,9 mm - Hospedeiro: Equinos (Asininos, Bovinos, Caprinos, Canino); - Localização: Pavilhão auricular (Tegumento em geral); - Ciclo: hospedeiro único. Morfologia - Macho: Escudo escuro e desenhado – estrela (prateada); - Fêmea: Escudo triangular, redondo anteriormente, desenhado de cor castanho-vemelho com fundo claro; - Presença de festões nos machos e fêmeas • Aparelho bucal evidente; - Macho= 4,0 – 5,0 mm - Fêmea= 3,5 mm - Fêmea teleógina= 12 mm - Hospedeiro: Equinos, Suínos; - Localização: Pele/Tegumento; - Ciclo: hospedeiro triplo. Danos ao hospedeiro - Inquietação decorrente da obstrução do pavilhão auricular secundário a grande quantidade de Larvas, Ninfas e Adultos associado a secreção do conduto auditivo; - Fêmea secreta substância durante a hematofagia que atrai moscas e assim ocorrência de miíases secundárias e infecção bacteriana secundária; - Auto traumatismo do pavilhão auricular; - Hemoparasitose: Babesia cabali e Babesia equi. Danos ao hospedeiro - Inquietação, perda de apetite, emagrecimento; - Perda de peso, Esplenomegalia, Icterícia, Hepatomegalia; - Hemoparasitose: Babesia canis e Erlichia canis; - Anemias, trombocitopenias, aplasia medular; - Morte secundária a alterações sistêmicas hematológicas. Danos ao hospedeiro - Inquietação, perda de apetite, emagrecimento; - Perda de peso, lesões de peles crônicas; - Transmissão Febre maculosa; - Hemoparasitose: Babesia equi; - Morte secundária a alterações sistêmicas. Amblyomma Cajennense Amblyomma Cajennense Tratamentos - apenas 20 a 30% dos animais são muito parasitados pelo carrapato devido a uma resistência individual de cada bovino; - Ao se examinar os animais de perto se observa que a maioria não apresenta número excessivo de parasitas e que apenas alguns apresentam uma infestação maior; - Este grupo deve ser identificado e separado do restante e ser tratado à parte; - Os 70 a 80% pouco parasitados, por resistência natural, sempre terão um menor número de parasitismo e não necessitam tantos tratamentos. - O objetivo do tratamento com banhos e pulverização é fazer com que todos os carrapatos, independente da fase e do tamanho, entrem em contato com a droga. - Para tanto, uma boa e correta aplicação deve ser realizada e isto só se consegue utilizando-se um bom produto (testado por Biocarrapaticidograma) associado ao correto manejo da bomba pulverizadora e do banheiro. - Por melhor que seja o produto, se não for bem aplicado, ocorrerá falha no tratamento. , Na prática a campo - Fipronil (pour on); - Piretróide (cipermetrina); - Cuidado com a amidina! (Amitraz)- intoxicações!!! Biocarrapaticidograma - A técnica mais utilizada para diagnosticarqual ou quais drogas carrapaticidas podem ser utilizadas em uma propriedade. - Para os casos de propriedades onde não há mais controle eficaz ou duradouro com o uso de um carrapaticida, o Biocarrapaticidograma é fundamental para controlar o parasitismo. - Por meio desta técnica pode-se saber qual droga pode ser utilizada numa determinada propriedade.R - O teste consta da coleta de 100 carrapatos (fêmeas ingurgitadas) por propriedade. - Devem ser de animais não tratados há menos de 21 dias com carrapaticidas convencionais (banho/ pulverização) e 50 dias com carrapaticidas injetáveis. - Todo cuidado na coleta das fêmeas é importante para não danificá-las. - O parasita não pode ser muito apertado e deve ser desprendido do corpo do bovino com muito cuidado. - Recomenda-se fazer este teste todos os anos e se o resultado der mais de uma droga eficaz, recomenda-se fazer rodízio das drogas eficazes a cada ano. . Controle dos carrapatos - O método mais empregado no combate dos carrapatos dos equídeos é através do uso de produtos químicos. - Para esses animais, em especial, são mais comumente utilizados os banhos carrapaticidas. - Todavia, devido às particularidades de cada espécie de carrapato deve-se dar atenção aos diferentes métodos de controle e períodos de tratamento. Controle nos bovinos Controle nos equinos Utilização de EPI corretamente Miíase e moscas Importância na veterinária: - Bovinos são os mais acometidos seguido por ovinos, equinos, caprinos, suínos, bubalinos e humanos. - Prejuízos econômicos. Danos diretos: - Animais com inquietude, dor, feridas; - Na ausência de feridas, acometem a região umbilical dos bezerros; - Infecções secundárias Família apresenta dois gêneros de maior importância: - Cochliomyia: parasitas obrigatórios (miíases primárias); - Chrysomya: parasitas facultativos (miíases secundárias); - Este gênero inclui a “ mosca da bicheira” ou “ mosca varejeira”. - Mais importantes: Cochliomyia hominivorax (mosca produtora de larvas biontófagas, parasita todos os animais de sangue quente) e Cochliomyia macellaria (se desenvolve em matérias de decomposição). - Fêmeas depositam de 200 a 300 ovos nas bordas das feridas ou ferimentos recentes: miíase primária, geralmente de tecido cutâneo. - Larva: pode invadir orifícios naturais (nasal, ocular, auricular, oral, vaginal, anal..) - Se não controladas pode ocorrer alta mortalidade. Apresentação das miíases obrigatórias secundárias em cães: - Miíase cutânea - Miíase mucocutânea (principalmente miíase anal) - Miíase ocular - Miíase auricular - Miíase oral - Miíase nasal - Miíase genital miíase traumática grave (bicheira): - conjunto de larvas que se instala em qualquer corte, ferimento, abrasão, fístula ou ulceração da pele ou mucosa de vertebrados, alimentando-se exclusivamente de tecidos vivos. Relação hospedeiro- parasita - larvas biontófagas> Obrigatórias (geralmente primárias): as larvas se desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos, não são capazes de sobreviver fora do hospedeiro - larvas necrobiontófagas> Facultativa ou acidental (geralmente secundárias): Espécies se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição, tais como carcaças, fezes, e ocasionalmente depositam seus ovos ou larvas em tecidos vivos do hospedeiro. O que é? - É a infestação de órgãos ou tecidos de animais hospedeiros e do homem por estágios larvais de moscas dípteras. - As larvas se desenvolvem no interior ou sobre o corpo do hospedeiro, e se alimentam dos seus tecidos (vivos ou em necrose), substâncias corporais líquidas ou dos alimentos por ele ingeridos. - Hospedeiros: geralmente mamíferos, ocasionalmente aves, raramente anfíbios e répteis. Tratamento - Limpar ferimento (com anestesia local) e remoção individual dos vermes. - Aconselhável: Aplicação de um antibiótico de largo espectro. Controle - Manipulações em gado (castração/ descornas) no inverno; - Tratamento do gado com Ivermectina/ Doramectina para diminuir a densidade populacional das moscas. - Inseticidas, antissépticos, cicatrizantes, repelentes. Cochliomyia Hominivorax Miíases - ação terapêutica – tratamento pode ser vantajoso no caso de resistência a antibióticos; – utilização larvas necrobiontófagas; – úlceras crônicas: pé diabético, estase venosa (forma de terapia milenar). , Cochliomyia hominivorax • ‼ ‼ - Gênero Oestrus apresenta 5 espécies, somente Oestrus ovis tem importância veterinária. - Oestrus ovis: Distribuição cosmopolita, larvas são parasitos obrigatórios dos condutos nasais e dos seios frontais de ovinos e de caprinos. Oestrus ovis ‼ ‼ - “mosca-dos-estábulos”, mais importante, distribuição cosmopolita, adaptada às varias condições ecológicas, ocorre em zonas de clima temperado, subtropical e tropical. - - Ocasionalmente a larva pode penetrar na mucosa olfatória e atingir o cérebro: ataxia, andar em círculos. - Se atingir pulmões: pneumonia. - Prejuízos econômicos: decréscimo na produção de carne e de lã. - Tratamento: ivermectina em formulação injetável e oral. Tem atividade sistêmica contra todos os estágios larvais. Sinais clínicos - Ovinos e caprinos ficam muito excitados, irritados na presença da mosca; - Sacodem a cabeça, espirram e esfregam as narinas no solo. - Permanecem aglomerados, na tentativa de se proteger das moscas. Larvas: - encontradas na passagens nasais, são brancas, ficando amareladas ou castanhas à medida que se tornam maduras. . Tratamento e prevenção - ivermectina aos animais como medida de profilaxia e tratamento; - Para prevenção desta patologia deve-se integrar ao sistema produtivo os mecanismos de controle sanitário (vacinas; dosificações de vermífugos como ivermectina, doramectina e vermífugos fosforados; banhos e normas de manejo); - Em todo e qualquer ferimento devem ser feito curativos frequentes para evitar que a moscas pousem no local. • Deve-se ter extremo cuidado com ovelhas que acabaram de parir, com o umbigo de cordeiros recém nascidos e feridos provenientes da tosquia. Patogenia - O parasitismo é benigno, mas a ação mecânica dos ganchos orais e dos espinhos larvais, associados à liberação de determinadas toxinas pelas larvas leva a um processo inflamatório das membranas nasais, com corrimento de secreção mucosa a muco-purulenta e, ocasionalmente, sangramentos. - Os animais infestados podem apresentar dificuldade respiratória, inapetência, e emaciação (perda de tecido muscular) Stomoxys calcitrans Ação sobre os hospedeiros - Considerada uma das pragas mais irritantes para bovinos, equinos, ovinos e caprinos. - Picada muito dolorosa. - Moscas muito ativas, seguem seu hospedeiro por longas distâncias. - Infestação: perda de sangue e estresse. - Espoliação, irritação, decréscimo do peso corporal (15 a 20%) e da produtividade de leite (40 a 60%), eventualmente pode ocorrer mortalidade. - Hospedeiro intermediário: nematódeo Habronema microstoma (causa habronemose gástrica e/ou cutânea dos eqüinos). - Também pode transmitir o vírus da anemia infecciosa equina AIE. - Vetor mecânico: Trypanosoma evansi Desenvolvimento das larvas - ocorre em matéria orgânica vegetal em decomposição, esterco de aves, lixos em aterros sanitários e cama de animais de estábulos fermentada e misturada com fez-se e urina. Hospedeiro - Equinos e bovinos: mais afetados. - As aves: dificilmente são atacadas, provavelmente em função da cobertura plumosa e da rapidez de seus movimentos - Homem: hospedeiro alternativo, é picado mesmo através da vestimenta. - Sob condições favoráveis:nuvens de moscas atacam os bovinos e outras espécies de animais domésticos. Ação sobre o hospedeiro - Perda de sangue - Picada dolorosa - intensa irritação - Queda nos índices de produtividade - Machos: diminuição da libido e baixo desempenho reprodutivo. - Vetor: Stenofilaria stilesi (parasita pele de bovinos), Habronema (equinos). - Considerada como uma das mais importantes pragas do rebanho bovino nas Américas. O que é? - “mosca-dos-chifres” (se agrupam ao redor do chifre) é um díptero pequeno (3 a 5 mm) hematófago. - Ataca quase exclusivamente o gado bovino, considerada uma das maiores pragas da bovinocultura. Ocorre praticamente em todos os Estados do Brasil (regiões tropicais e sub- tropicais). - preferências por machos. Controle Inseticidas: Aspersão, imersão, uso de brincos com inseticidas (cuidados com o uso indiscriminado), oral (bolus intra- ruminal ou aditivo em alimento). - Empregar substâncias que interrompem o crescimento e o desenvolvimento das larvas nas fezes: inibidores específicos não atuando sobre demais artrópodes que são úteis para a desintegração do bolo fecal. Controle biológico: - Competidores, predadores ou parasitóides, que usualmente vivem ou se utilizam do bolo fecal. - Besouro coprófago africano: Onthophagus gazella (mais eficiente que o brasileiro) Hospedeiro -Permanece no animal hospedeiro dia e noite, de preferência no dorso, lado do tórax, abdômen, ao redor da cabeça e cupim (zebuínos). - Só abandonam o animal para se acasalar e depositar os ovos. - Geralmente as moscas se acumulam em hospedeiros com pelagem escura ou nas manchas escuras dos animais , Haematobia irritans Haematobia irritans Besouro 1 A Controle de pulgas Ctenocephalides felis/ Ctenocephalides canis: - Conhecida como “pulga do gato”, “ pulga dos cães ”; - Apresenta os seguintes gêneros parasitas de carnívoros: C. felis felis (cosmopolita) C. canis C. felis strongylus (África) C. felis damarensis (África) C. felis orientalis (Índia à Austrália); - Tem coloração castanho/preta; - Fêmeas têm cerca de 2,5 mm e machos 1 mm. Conhecida como “bicho do pé”, “bicho do porco” e “pulga da areia” - É a menor das pulgas (adulto 1 mm) - Adultos vivem em lugares de solo arenoso, quentes e secos, sendo abundantes em chiqueiros de porcos e peridomícilio. - São exclusivamente hematófagas; - As localizações preferenciais da fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas; -Pode ocorrer infecção secundária. Danos ao hopedeiro - Anemia, Reações alérgicas na pele, Infecções secundárias; - Peste bubônica (Yersinia pestis) – Xenopsylla cheopis - Tifo exantemático murino (Rickettsia) fezes da pulga do rato; - C. felis, C. canis e P. irritans são HI do cestódeo Dipylidium caninum; - A maioria desenvolve algum grau de alergia – DAPP - Gatos infestados aumentam a lambedura - ingestão de cerca de 50% das pulgas – redução da chance de encontrar as pulgas !! - Transmissão de cestódeos (Dipylidium caninum) Controle de pulgas no ambiente - Eliminação das pulgas existentes e prevenção de possíveis reinfecções; - A fim de conseguir isso, um plano de controle de pulgas deve ser instituído e adulticidas devem ser utilizados para matar as pulgas existentes e fornecer atividade de morte residual; - Necessário empenho do tutor. Medidas preventivas e corretivas - Aspirar e higienizar a casa, principalmente carpetes, tapetes, móveis e camas de animais domésticos, para a remoção de ovos, larvas, pupas e materiais fecais; - Eliminar vegetação morta ao redor da casa; - pulverização com produto à base de deltametrina e metopreno. Ciclo de vida x habitat - A pupa permanece no ambiente (no fundo do sofá, colchão, tapetes e carpetes, e frestas de pisos de madeira) por períodos de até 1 ano; - Novas pulgas podem se formar e infestar os animais, mesmo que eles não saiam de casa. - Não há uma alta especificidade de hospedeiro – geralmente infestam várias espécies. Pulgas – Família Pulicidae Pulgas – Família Tungidae Controle no animal C. Canis C. Felis Controle de piolhos Diagnóstico - Aspectos Clínicos - Presença de ovos (lêndeas) - Identificação ectoparasita: Mallophaga x Anoplura Hospedeiros - Suínos: Haematopinus suis - Bovinos: Haematopinus eurysternus, Solenopotes capilatus, Linognathus vitul - Equinos: Haematopinus asini - Caprinos : Linognathus stenopsis - Cães: Linognathus setosus - Homem : Pediculus humanus - Ovinos : Linognthus pedalis Aptera/ malófago e seus hospedeiros: - Cães - Gatos - Bovinos - Equinos - Suínos - Aves - Homem Patogenia - Ectoparasitas pequenos e Ápteros; - Morfologia aparelho bucal - Nutrição (Epiderme - Derme); - Inquietação; - Auto-traumatismo; - Descamação cutânea; - Hipotricose: Alopecia focal/multifocal. - Lesões epidérmicas, Infec. Bacteriana; - Stress reprodutivo aves < postura; - Stress produção < produção leite. Controle - uso de produtos químicos piretróides ou fosforados, seja por aspersão ou por imersão (resistência); - estratégias de controle diferentes para os dois gêneros de piolhos; - organofosforados; - piretroides; - avermectina. Patogenia - Ectoparasitas pequenos e Ápteros; - Morfologia aparelho bucal; - Nutrição: Hematófagos. - Inquietação, auto-traumatismo. - Descamação cutânea / Lesão couro - Hipotricose: Alopecia focal/multifocal - Lesões epidérmicas – Infec. Bacteriana - Stress reprodutivo, produção leite Diagnóstico - Aspectos Clínicos - Presença de ovos (lêndeas); - Identificação ectoparasita: Mallophaga x Anoplura. Profilaxia em geral - Controle de entrada animais rebanho - Isolamento animais doentes - Banhos para eliminação do ectoparasita - Vazio sanitário ambiente (15 – 21 dias) - Limpeza do ambiente Anoplura – Piolhos Sugadores Mallophaga – Piolhos Mastigadores Piolhos em pequenos ruminantes - O aumento da população de piolhos nos períodos de seca deve-se provavelmente, a nutrição deficiente devido à escassez de pastagem, especialmente no semi-árido que é composta basicamente pela caatinga, e manejo inadequado, sendo o parasitismo favorecido por estas condiçõés. Controle de bovinos - propriedades que utilizam para o controle do carrapato a associação comercial de piretróide + organofosforado, dificilmente será necessário um tratamento específico adicional, pois os organofosforados são produtos piolhicidas. - em propriedades que utilizam o Amitraz, o controle dos piolhos ocorrerá simultâneamente por ocasião dos banhos carrapaticidas. Novas perspectivas para tratamento - As pesquisas evidenciam o uso dos óleos essenciais como vantagem por serem efetivos, biodegradáveis, de baixo custo e com poucos. 🐐🐃 o Principais helmintos de cães e gatos Transmissão - Uma das vias de transmissão é a ingestão de ovos infectantes diretamente através de contato com o animal infectado ou indiretamente no meio ambiente, através de mãos ou objetos contaminados com ovos larvados. Mais Prevalentes Helmintos de Cães - toxocara canis - toxascaris leonina - ancylostoma caninum - ancylostoma braziliense -dipylidium caninum Sinais clínicos - dependem do grau de infecção; - distensão abdominal; - baixo desenvolvimento; - pêlos opacos; - diarréia; - inapetência; - eliminação de vermes: vômito ou fezes; - quadro respiratório - morte: ninhadas altamente infectadas. Ascaríase Toxêmica - alta infecção após vermifugação, lise dos parasitas e liberaçãode antígenos se associam aos mastócitos da mucosa, liberação de mediadores histamínicos, edema e hemorragia intestinal no local de fixação dos vermes. - reação pode ser fatal.Patogenia - Infecções moderadas: não há sinais respiratórios, pequenas reações no intestino - Infecções maciças: pneumonia, edema pulmonar, tosse, descarga nasal, aumento da freqüência respiratória, enterite catarral, obstrução intestinal (completa ou parcial), perfuração intestinal com peritonite, bloqueio dos ductos biliares; - gatos não tem sinais respiratórios; - hipoproteinemia, hipoalbuminemia, queda nos níveis de glicose, diminuição da contagem total de eritrócitos, volume globular, hemoglobina, linfócitos e aumento de leucócitos e neutrófilos. Epidemiologia Toxocara - fêmeas prolíferas - T. canis - ovos altamente resistentes no MA - importância das fontes de infecção: fêmea no peri-parto (infectar várias ninhadas), ovos embrionados, hospedeiro paratênico. Mais Prevalentes Helmintos de Gatos - Toxocara cati - Toxascaris leonina - Ancylostoma tubaeforme - Ancylostoma braziliense - Dipylidium caninum Toxocara spp Sinais Clínicos - Cães: infecções agudas, mucosas pálidas e anemia severa; - Gatos: anemia mais tardia Epidemiologia - Idade x Imunidade; - Cães e gatos - via oral e percutânea; - Cães – via transmamária; - Larvas resistentes aos anti-helmínticos; - Fêmeas prolíferas: milhões de ovos; - Larvas reativadas continuamente; - Cães refratários aos tratamentos. Controle - Fazer exames de fezes periódicos e continuar vermifugando a ninhada aos 6 meses e 1 ano e adultos pelo menos 1 vez por ano. - ninhadas altamente infectadas: fenbendazole, selamectina. Diagnóstico - Sinais clínicos: anemia; - Exame de fezes; - Exames bioquímicos e hematológicos. Transmissão T. Canis: via transplacentária, galactógena e oral. A. Caninum: via galactógena, oral e percutânea. Diagnóstico - sinais respiratórios em ninhada de 2 semanas; - patência (pesquisa de ovos nas fezes); - técnicas de flutuação; - animais jovens devem repetir o exame caso resultado seja negativo. Ancylostoma Tratamento - tratamento de animais parasitados por vermes adultos, pode se tornar pouco viável, devido à proteção conferida pelos nódulos fibrosos no quais geralmente estes se encontram. - ivermectina têm se mostrado ineficazes no tratamento da espirocercose. Mas, ivermectina associado ao nitroxinil apresenta bons resultados no tratamento de cães infectados por Spirocerca lupi. - recomendado cirurgia em casos de confirmação de nódulos esofágicos. Taxonomia - Spirocerca lupi é um endoparasito pertencente ao Filo Nemathelminthes, Classe Nematoda, Ordem Spirurida, Superfamília Spiruroidea, Família Spirocercidae e Gênero Spirocerca. Diagnóstico - com a manifestação dos sinais clínicos, na maioria das vezes, é diagnosticada por necropsia; - exames de imagem; - exame parasitológico. Epidemiologia - ocorrência cosmopolita, com maior prevalência em países tropicais e subtropicais, sendo relatada em continentes como África, Ásia, América Latina, Europa, Oceania e Oriente Médio, com exceção da Antártica. - No Brasil, relatos dessa parasitose já foram descritos no DF, PI, PÉ, RJ. - cães são mais acometidos, não há predileção por idade ou sexo.Sinais clínicos: - assintomática Espirocercose - Agente: Cestóide; - Localização: Intestino Delgado; - Hospedeiros: HD - cão, gato, raposa, homem HI - pulgas (Ctenocephalides felis) piolhos (Trichodectes canis). Diagnóstico: - difícil encontro da cápsula ovígera em exames de fezes; - proglotes encontradas em fezes frescas (móveis); - presença de pulgas ou piolhos; - prurido na região peri-anal. Epidemiologia - é encontrada no mundo inteiro, sendo endêmica na maioria das zonas de clima tropical, subtropical e temperado. - É mais frequente em cidades litorâneas de clima quente, porém, muitos casos têm sido relatados em regiões interioranas e longe da costa. - Os fatores demográficos, climáticos e sazonais influenciam no aumento da prevalência da Dirofilariose. - densidade canina, densidade de mosquitos vetores e nível sócio-econômico da população existente de determinadas localidades, são fatores que irão favorecer a transmissão da doença. O que é? - A Dirofilariose é uma zoonose; - Em humanos, o ciclo do parasita D. immitis não se completa como nos carnívoros, entretanto, o helminto pode provocar uma doença benigna e autolimitante. Controle - Depende exclusivamente do controle das pulgas nos animais e principalmente no meio ambiente. Fatores básicos p/ desenvoltura - uma população considerável de hospedeiros, um reservatório estável da doença, uma população considerável do vetor, clima (17 a 27o C) e umidade. Sinais Clínicos: - assintomático; - prurido peri-anal. 🪱 -As microfilárias, fase larvaria da D. immitis, são encontradas em quantidades variadas na circulação sanguínea; - alojam no lado direito do coração e vasos sanguíneos. Sinais clínicos - Muitos cães são assintomáticos. - Em sua forma aguda, os animais infectados apresentam fraqueza, anorexia, depressão, tempo de preenchimento capilar prolongado, distensão ou pulsação da veia jugular, dispnéia, hepato- esplenomegalia, hemoglobinemia, colapso e choque. - A morte pode ocorrer poucas horas após o aparecimento das manifestações clínicas Diagnóstico - O diagnóstico pode ser direto, pesquisando-se a presença do verme, ou indireto, empregando-se testes sorológicos para detecção de anticorpos contra Dirofilaria immitis; - PCR; - humanos: radiografia pulmonar. Dipylidium caninum Dirofilariose Tratamento - tratamento adulticida: dicloridrato de melarsomina e tiacetarsamida. - A dieta recomendada para cães portadores da dirofilariose com insuficiência cardíaca congestiva deverá ter restrição de sódio. - Efeitos colaterais típicos de tromboembolismo podem ocorrer num período de 5 a 7 dias, ou mesmo 14 a 28 dias após o tratamento adulticida, como tosse, anorexia, apatia, letargia, febre, congestão pulmonar e êmese. - Tratamento Microfilaricida: Ivermectina (50µg/kg) em dose única ou milbemicina (500µg/kg) dose única a partir de quatro semanas após o tratamento adulticida. Remoção percutânea cirúrgica dos vermesrigg •
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