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ESCOLA DA SAÚDE – POLO CAICÓ/RN CURSO DE BACHAREL EM FISIOTERAPIA FABRIZIA BEZERRA DOS SANTOS RÚBIA MARÍLIA SILVA RENATA CARLA PEREIRA DOS SANTOS Caso Clínico – Fisioterapia Neuropediátrica Caicó/RN 2020 01. Com base nas condições de saúde da paciente, quais fatores contribuem para a limitação das atividades dessa criança? Paciente tem suas funções motoras afetada e também distúrbios sensórias, perceptivos e cognitivos, um fator muito importante também e os ambiente. 2. Quais os objetivos e as intervenções mais adequados para esse nível de comprometimento motor de Paralisia Cerebral (GMFCS nível III)? O objetivo fortalecer e alongamento das musculaturas encurtadas para melhorar a estabilidade do paciente, fornecer ao paciente orientações do autocuidado, mobilidade e função social com tudo melhor a sua qualidade de vida. 03. Quais possíveis complicações podem interferir na fisioterapia? Prognostico, vômito e desmaio. 04.Qual o prognóstico da reabilitação fisioterapêutica? Os níveis de sobrevida para pacientes com PC têm sido calculados usando informações de registros de dados da população colhidos desde 195220. Aproximadamente 87% das pessoas com PC sobrevivem até os 30 anos21 e quase 85% dos que passam dos 20 anos sobrevivem até os 50 anos22. Diversos fatores influenciam a sobrevida, como o tipo de PC (por exemplo, a quadriplegia espástica tem o pior prognóstico), presença ou não de epilepsia e deficiência mental grave . O prognóstico da criança com PC pode ser beneficamente alterado conforme recebe tratamento adequado da equipe de reabilitação, incluindo o tratamento fisioterapêutico. Um estudo mostrou que crianças que receberam tratamento fisioterapêutico intensivo (quatro vezes por semana) intercalado com períodos maiores de descanso tiveram o nível de desempenho motor aumentado. Os métodos tradicionais de tratamento e os objetivos tendem a ser orientados ao alcance da marcha independente ou semi-independente, na maioria das vezes, sem considerar o tempo necessário para atingir tal objetivo e por quanto tempo ele será mantido. 5. De que forma os fatores contextuais podem influenciar os resultados esperados? O ser humano interage com o ambiente através dos movimentos desde o início de sua vida. Tanto as condições naturais do ambiente (temperatura, iluminação, área de superfície, gravidade) como as condições sócio, econômicas e culturais (etnia, nível salarial, quantidade de membros da família) podem influir tanto nos aspectos quantitativos quanto nos qualitativos de uma determinada habilidade motora. É importante, ainda, destacar que crianças de classes mais baixas apesar de possuir menos recursos para a aquisição de brinquedos e equipamentos (tais como computadores, jogos educativos e brinquedos eletrônicos) que estimulam sua permanência dentro de casa. Em exemplo com crianças da mesma faixa etária, uma única forma de lazer as atividades e os jogos realizados na rua, com seus pares da vizinhança. Ao interpretar as informações disponíveis sobre a influência dos fatores contextuais ou ambientais no processo de desenvolvimento desta criança, permiti-nos ter uma análise interpretativa das formas positivas e negativas das influências que a sociedade, a cultura, a etnia, o gênero têm na construção do seu desenvolvimento e resultados esperados através do tratamento fisioterápico. 6. O que caracteriza uma diplegia espástica e qual a função das órteses suropodálicas rígidas? Anexe uma imagem desse tipo de órtese. A paralisia cerebral do tipo diplegia espástica (PC-D) caracteriza-se por comprometimento bilateral, envolvendo os quatro membros, com predomínio dos membros inferiores,embora seja necessário saber sobre o desempenho funcional que esse quadro exerce na atuação da criança. Estas órteses são indicadas para manter a articulação do tornozelo na posição funcional em pacientes com sequelas espásticas e flácidas, melhorar a imagem corporal , controlar a motricidade aprimorar a independência, a qualidade da marcha e equilíbrio do tônus muscular. Posicionar o tornozelo 90 graus, bem como prevenir futuras deformidades e complicações como a perda da massa tissular. 7. Cite e conceitue as escalas utilizadas durante a avaliação neuropediátrica. AIMS (Alberta Infant Motor Scale) – Avalia o déficit motor de uma forma geral, independente de doenças; GMFCS (Sistema de Classificação da Função Motora Grossa) e GMFM (Mensuração da Função Motora Grossa) – muito utilizadas na verificação do nível de desempenho motor. Elas permitem um maior enfoque na deficiência motora e a avaliação quantitativa dos movimentos e a sua evolução. PEDI (Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade) – avalia a independência das rotinas diárias; GM (General Movements) – avaliação de possíveis vulnerabilidades nos recém- nascidos; PROTEA-R (Sistema de Avaliação do Transtorno do Espectro Autista) – auxilia no diagnóstico e acompanhamento da criança com possível Transtorno do Espectro Autista (TEA). 8. De acordo com a conduta traçada para a criança com paralisia cerebral, escolha um recurso terapêutico (método ou terapia) citado na questão 2 para mostrar a sua eficácia no tratamento através da evidência científica. O artigo científico deve ser atualizado (a partir do ano de 2016) e deverá constar ao final do texto, a sua referência bibliográfica. ARTIGO: Contribuição Da Equoterapia Para A Participação E Qualidade De Vida Do Praticante Com Paralisia Cerebral Em Diferentes Contextos. Publicado Em: 15 De Agosto De 2016 Pela "Revista Diálogos E Perspectivas Em Educação Especial, V.3, 2016. No artigo analisado foi elaborado um estudo com seis cuidadores primários de praticantes de equoterapia, na qual foram diagnosticados com paralisia cerebral. foram excluídos dos estudos todos os participantes que possuíam frequência menor que 75% nas sessões, com o intuito da análise ser a mais confiável e fidedigna possível. Todo o acompanhamento foi realizado no centro de equoterapia da polícia militar de Marilia/SP. Antes do início do programa de equoterapia cada praticante passou por avaliação médica, fisioterapêutica e de terapia ocupacional. Participaram efetivamente do programa aqueles praticantes que não tiveram contra indicações para a prática de equoterapia. Cada praticante durante todo o programa utilizou o mesmo cavalo que foi designado com base no peso, estatura, habilidades motoras do cavaleiro, estatura dos guias laterais, tipo de marcha do cavalo. Objetivos do programa de intervenção por praticante: Legenda: Elaborado pela equipe do artigo. Pode ser verificado que todos os participantes apresentavam comprometimento motor em grau severo, de acordo com a GMFCS e comprometimento das habilidades manuais variado, conforme a MACS, e, dessa forma, pode-se considerar que a amostra estudada apresentou homogeneidade quanto aos níveis de classificação da primeira e abrangeu os diferentes níveis de classificação da segunda. Levando em consideração os questionamentos de quanto à falta de sensibilidade dos instrumentos de qualidade de vida para medir pequenas diferenças individuais, no contexto da equoterapia, este estudo aponta que o PedsQl foi mais adequado no contexto estudado. Outro resultado importante evidenciado por este instrumento está relacionado ao impacto mais favorável da equoterapia sobre os aspectos do desenvolvimento emocional, social e do desempenho na atividade escolar corroborando os dados de literatura que apontam para a importância da equoterapia com relação à melhora da autoestima. Pode ser identificado melhores resultados de impacto favorável da equoterapia no domínio psicossocial (abrangendo os aspectos emocional, social e atividade escolar) medidos pelo PedsQl e no de participação na comunidade medidos peloPEM-CY se completam e sinalizam a importância desse tratamento sob aspectos subjetivos do impacto. Como também foi possível notar que a equoterapia como método terapêutico trabalha o indivíduo como um todo, aceitando-o com suas características próprias, oferecendo-lhe a oportunidade de ampliar e experienciar o mundo que o cerca. Foi sugerido que futuras pesquisas direcionadas à avaliação dos resultados desse tratamento sejam realizadas com um maior número de participantes e por um período maior de intervenção. Referência: ROSAN, L.; BRACCIALLI, L. M. P.; ARAUJO, R. C. T. Contribuição Da Equoterapia Para A Participação E Qualidade De Vida Do Praticante Com Paralisia Cerebral Em Diferentes Contextos. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial , v.3, n.1, p. 48-61, Jan.-Jun., 2016. Acessado em: 11 de novembro 2020. Disponível em: < https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/dialogoseperspectivas/article/downlo ad/6539/4301>.
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