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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA_ VARA CÍVEL DA COMARCA DE POUSO ALEGRE– MG.
JORGE, estado civil.., professor, brasileiro, inscrito no CPF sob nº, endereço eletrônico..., residente de domiciliado a..., vem à presença de Vossa Excelência, por meio do seu advogado..., ao final assinado, brasileiro, estado civil.., OAB..., endereço eletrônico..., vem, respeitosamente, â ilustre presença de V. Ex. ª, com fulcro nos artigos 59 e ss da Lei 8.245/91, propor a presente: 
I- DOS FATOS 
O autor firmou contrato de compra e venda por meio de um documento devidamente registrado no Registro de Imóveis, tendo adquirido sua propriedade e notificou a locatária a respeito da sua saída. Contudo, ao tentar ingressar no imóvel, para sua surpresa, Miranda ali permanecia instalada. Questionada, respondeu que não havia recebido qualquer notificação de Max, que seu contrato foi concretizado com Max e que, em virtude disso, somente devia satisfação a ele, dizendo, por fim, que dali só sairia a seu pedido.
II- DOS DIREITOS 
A presente demanda faz necessária, pois apensar da requerida ter sido notificado extrajudicialmente para desocupar o imóvel, não o fez.
III- DA TUTELA ANTECIPADA
Na situação fática, mister faz-se aplicar o artigo 273 do Código de Processo Civil, no que se refere ao pedido de despejo por descumprimento contratual, já que prejuízos econômicos são sistematicamente vivenciados pelo locador, sendo inviável que a atual situação permaneça inalterada por mais um dia sequer.
Há quem entenda que a lista do artigo 59, §1º, da lei 8.245/1991 é taxativa, não cabendo tutela antecipada prevista no artigo 273 do CPC, mesmo mediante comprovação do fumus boni iuris e periculum in mora.
Ocorre que, se considerarmos o valor total atualizado do débito do locatário, podemos facilmente constatar que o valor caucionado encontra-se muito aquém do valor devido, motivo pelo qual, podemos dizer, que aplica-se, o disposto no artigo 59, δ 1º, inciso IX da Lei 12.112/2009, a qual autoriza a concessão de liminar para desocupação do imóvel no prazo de 15 (quinze) dias, no caso da falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias previstas no artigo 37, seja por não ter sido contratada ou por ter sido extinta.
Assim sendo, o contrato de locação em questão encontra-se desprovido da garantia prevista no artigo 37 da mencionada lei, já que a mesma teria sido extinta.
Diante de tal situação, temos que o pedido de concessão liminar encontra-se devidamente fundamentado, e a sua concessão faz-se de extrema urgência para evitar que o Autor (locador), venha a sofrer prejuízos ainda maiores dos já suportados.
 Artigo 9º, inciso III e artigo 62 da Lei 8.245/91, com as alterações da lei 12.112/2009, legitimam o direito do Autor em ingressar em juízo a fim de promover a presente Ação de Despejo, para ver cumpridos os termos estabelecidos nas cláusulas do Contrato de Locação, firmado entre o ele e o Réu. Senão vejamos:
“Artigo 9º - "A locação também pode ser desfeita:
 (...)
III – em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos;
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte:
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;
II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos: (...).”
Ao inadimplir os aluguéis, o Réu está ferindo as obrigações do locatário, conforme o inciso II, do art. 569, do Código Civil, consoante segue:
“Art. 569. O locatário é obrigado (...)
II – a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar;” (grifo nosso)
Clara, se mostra pelo texto legal acima transcrito, a legitimidade do direito do Autor em efetuar o pedido de desocupação do imóvel, objeto da locação, a esse MM. Juízo, haja vista que, em não pagando os alugueres, deixou o locatário, ora Réu, de cumprir com suas obrigações locatícias.
Portanto, indiscutivelmente, encontra-se legitimado o direito do Autor na propositura da presente ação, posto que deixou o Réu de cumprir com sua maior obrigação contratual, devendo desta forma, o fiador inicialmente arcar com todas as verbas reclamadas na forma do acima disposto e o locatário deixar o imóvel na forma requerida.
Por fim, também são objeto desta ação os alugueres e encargos da locação vincendos até a prolação da sentença e respectivo trânsito em julgado ou a desocupação do imóvel, o que vier a ocorrer primeiro, os quais deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, restando desde logo, o locador autorizado a proceder com o levantamento, nos termos do artigo 62, inciso V da Lei 8.245/91
IV- DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência o recebimento da presente ação de despejo por falta de pagamento cumulada com cobrança de aluguéis e tutela antecipada para o seguinte fim:
a) a concessão initio litis e inaudita altera pars da TUTELA ANTECIPADA, nos termos pleiteados, para o fim de que o imóvel seja desocupado no prazo de 15 (quinze) dias, restando condicionado ao deferimento da liminar o depósito por parte do Autor de caução idônea sobre o valor de três meses de alugueres, devendo o Autor ser intimado para tanto;
b) seja expedido o respectivo mandado de despejo para desocupação voluntária do locatário, e ou pagamento, por parte do fiador, no prazo de 15 (quinze) dias, com a advertência de que findo o prazo assinado, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com o emprego de força, inclusive arrombamento (art. 65 da Lei n. 8.245/91);
c) a citação dos Réus para, querendo e podendo, responder aos termos da presente ação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de revelia;
d) determinar que os Réus procedam com o depósito dos valores dos alugueres e taxas condominiais, que forem vencendo até a prolação da sentença e respectivo trânsito em julgado ou a desocupação do imóvel, o que vier a ocorrer primeiro, nos moldes do artigo 62, V da Lei de Locação;
.
Neste ato, requer a juntada das inclusas guias de recolhimento de custas iniciais, diligências de oficial de justiça, bem como da juntada do instrumento de mandato (docs.10/12), para que possam surtir seus legais e regulares efeitos.
V- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de ..., para todos os efeitos legais.
Termos em que,
Pede deferimento.
 (ADVOGADO)
		OAB n°

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