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PAPER FINAL - HISTÓRIA

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AS INFLUÊNCIAS DO CATOLICISMO NA HISTÓRIA DO BRASIL 
Autor: VALÉRIA MARIA ALVES BRAZ SILVA 
Tutor externo: NAHYLA PAIXÃO 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
SEGUNDA LICENCIATURA EM HISTÓRIA (TURMA FLEX) 
– Estágio Supervisionado I 
09/12/2020 
 
 
RESUMO 
 
O projeto tem por objetivo a elaboração de uma trilha pedagógica para a abordagem 
do tema escolhidos, de forma online para os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e 
para os alunos do 2º Ano do Ensino Médio, com uso de tecnologias e plataformas 
disponíveis para todos. A trilha pedagógica se constituirá em ambiente de troca, de 
reelaboração, renovação e de desenvolvimento de atividades com vistas ao 
aprimoramento da prática pedagógica na educação básica, dentro do novo que 
estamos vivendo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Trilha Pedagógica. Prática pedagógica. Tecnologias. 
. 
 
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
 
O presente projeto de estágio baseia-se no tema: As influências do catolicismo na 
história do Brasil, cuja Área de Concentração é: Os Grupos Sociais e as Civilizações em 
Perspectiva Histórica, Programa de Extensão Metodologia e Estratégia de Ensino e de 
Aprendizagem, Projeto de Extensão Práticas pedagógicas na educação básica em tempos de 
ensino à distância. Esse tema foi escolhido em virtude da sua complexidade e importância na 
formação do povo brasileiro e de se estudar as vertentes pros e contras dessa influência católica 
na construção da História do Brasil. 
Pensa-se em dinamizar essa temática através de trilhas pedagógicas e estudos dirigidos 
direcionados ao ensino a distância, de forma a atender as demandas de conhecimento dos 
alunos, já que se vive um tempo de pandemia e por esse motivo, o ensino a distância tem sido a 
única opção para assegurar o aprendizado dos estudantes. A educação escolar precisa 
compreender e incorporar as novas linguagens, desvendar os seus códigos e dominar as 
possibilidades de expressão, propiciando aprendizagens significativas. Nesta 
perspectiva, vale destacar que as aprendizagens significativas necessitam envolver os 
recursos tecnológicos, sem deixar de lado o lúdico, pois a internet possui diversos 
aplicativos e programas de jogos de cunho pedagógico. 
A finalidade principal desse projeto é formar a consciência dos alunos e motivá-los a 
desenvolver um pensamento crítico diante dos acontecimentos, fatos comprovados ou não e 
posicionamentos de estudiosos, e formar sua própria opinião diante da temática apresentada. 
Tendo como objetivos propostos contribuir com a compreensão dos educandos em 
relação a importância da temática escolhida dentro do contexto histórico do Brasil, dinamizar o 
processo de ensino aprendizagem do ensino de história na educação à distância e conscientizar o 
educando de que o sucesso ou o fracasso nessa modalidade de ensino depende único e 
exclusivamente dele mesmo, espera-se que esse tema seja de grande relevância na formação 
humana e acadêmica do público escolhido. Nesta perspectiva, a didática torna-se ampla, e o 
professor necessitará de sua criatividade e flexibilidade e principalmente de habilidades 
com os recursos multimidiáticos, para que o ensino possa caminhar junto com a 
realidade da sociedade em que estamos vivendo. 
 
2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O Catolicismo tem grandes influências na história do Brasil desde o início da 
conquista de seus territórios, pois o reino português tinha estreitas relações com a Igreja 
Católica Apostólica Romana. Em 1500 foi celebrada uma missa, na chegada de Pedro 
Álvares Cabral, mas somente com a chegada da Companhia de Jesus, no ano de 1549, 
foi que o catolicismo se intensificou. Visando alcançar, de forma prática, objetiva e 
eficaz essa temática objetivando contribuir com a compreensão dos educandos em 
relação à importância da temática escolhida dentro do contexto histórico do Brasil, 
dinamizar o processo de ensino aprendizagem do ensino de história na educação à 
distância e conscientizar o educando de que o sucesso ou o fracasso nessa modalidade 
de ensino depende único e exclusivamente dele mesmo, é que se escolheu a Área de 
Concentração ―Os Grupos Sociais e as Civilizações em Perspectiva Histórica‖. 
Devido a principal intenção desse grupo de catequizar e aculturar os povos indígenas 
que aqui moravam, criou-se uma forte associação entre o Estado e a Igreja, deixando um legado 
de pinturas, estatuárias, imagens e obras de talha e ouro como peças de decoração de igrejas. A 
maioria destes tinha um caráter didático, que procurava reproduzir a história da bíblia e a vida 
dos santos, tendo em vista que a maior parte da população era analfabeta. Essa população, na 
maioria das vezes, só conseguia compreender o sentido dos valores religiosos afirmados pela 
catequese com a imponência de imagens ricas em que a complexa ornamentação pretendia 
reafirmar o caráter sagrado dos santos e templos religiosos. 
Durante o período de colonização, ordens e congregações religiosas assumem serviços 
nas paróquias e dioceses, a educação nos colégios, a evangelização do indígena e inserem-se na 
vida do país. O catolicismo era a religião oficial de Portugal e de suas colônias e todos os 
habitantes do Brasil tinham que obrigatoriamente adotá-lo como religião: os índios foram 
evangelizados por meio da catequese e os colonos nascidos no Brasil aceitavam-no como 
pressuposto de cidadania. Os escravos africanos eram batizados no porto de procedência ou 
desembarque e sua religiosidade apenas conseguiu sobreviver por meio do sincretismo com o 
catolicismo e os judeus, sob a ameaça da Inquisição, transfiguraram-se em cristãos-novos. 
Frades franciscanos apareceram nas capitanias com precocidade. As missões 
propriamente ditas se instalaram mais tarde: em 1549 seis jesuítas (padres da Companhia de 
Jesus) acompanharam o governador-geral Tomé de Sousa, chefiados pelo padre Manuel da 
Nóbrega; ficaram famosos o padre José de Anchieta e o Padre João de Azpilcueta Navarro. 
Os carmelitas chegaram em 1580, às missões dos beneditinos tiveram início em 1581, as 
dos franciscanos em 1584, as dos oratorianos em 1611, as dos mercedários em 1640, as 
dos capuchinhos em 1642. Durante o século XVI e o século XVII, a legislação buscou certo 
equilíbrio entre Governo central e Igreja, tentando administrar os conflitos entre missionários, 
colonos e índios. 
Até meados do século XVIII, o Estado controlou a atividade eclesiástica na colônia por 
meio do padroado. Arcava com o sustento da Igreja e impedia a entrada no Brasil de outros 
cultos, em troca de reconhecimento e obediência. O Estado nomeia e 
remunera párocos e bispos e concede licença para construir igrejas. Confirma as condenações 
dos tribunais da Inquisição e escolhe as formas de punição; em contrapartida, controla o 
comportamento do clero, pela Mesa da Consciência e Ordens, órgão auxiliar do Conselho 
Ultramarino. 
Em 7 de janeiro de 1890, logo após a proclamação da República, é decretada a 
separação entre Igreja e Estado. A República acaba com o padroado, reconhece o caráter laico 
do Estado e garante a liberdade religiosa. Em regime de pluralismo religioso e sem a tutela do 
Estado, as associações e paróquias passam a editar jornais e revistas para combater 
ideias anarquistas, comunistas ou protestantes. Como cita Azevedo (1969, 117-124): ―A 
separação entre a Igreja e o Estado encerrou aquilo a que o Episcopado, em uma carta pastoral 
coletiva famosa chamou de proteção que nos abafava‖. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catequese
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sincretismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Judeus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%A3o-novo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A9_de_Sousahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_N%C3%B3brega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_N%C3%B3brega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Anchieta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Azpilcueta_Navarro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmelitas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Beneditinos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Franciscanos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oratorianos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Merced%C3%A1rios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capuchinhos
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_(hist%C3%B3ria)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padroado
https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1roco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bispo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesa_da_Consci%C3%AAncia_e_Ordens
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Ultramarino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Ultramarino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo
A partir da década de 30, o projeto desenvolvimentista e nacionalista de Getúlio 
Vargas influencia a Igreja no sentido de valorização da identidade cultural brasileira. Assim, a 
Igreja expande sua base social para além das elites, abrindo-se para as camadas médias e 
populares. A Constituição de 1934 prevê uma colaboração entre Igreja e Estado. São atendidas 
as reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a presença 
do nome de Deus na Constituição. Nessa época, o instrumento de ação política da Igreja é 
a Liga Eleitoral Católica (LEC), que recomenda os candidatos que se comprometem a defender 
os interesses do catolicismo. 
As relações entre a Igreja e o Estado, de fato, melhoraram extraordinariamente 
nos últimos decênios e parecem mais íntimas ou próximas nos anos mais 
recentes. Muitos atos oficiais são precedidos de cerimônias religiosas; 
organizações estatais promovem exéquias religiosas pelos estadistas que 
falecem no exercício de cargos públicos ou comemoram com solenidades 
religiosas algumas datas cívicas, as inaugurações de obras públicas e outras 
atividades. (AZEVEDO, 1986, 42-44). 
 
Contra a ascensão da esquerda, a Igreja apoia a ditadura do Estado Novo em 
1937. São do período os círculos operários católicos, favorecidos pelo governo para 
conter a influência da esquerda. 
Em 1952 é criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que 
coordena a ação da Igreja no país. No final dos anos 50, a Igreja preocupa-se com 
questões sociais geradas pelo modelo de capitalismo no país, como a fome e o 
desemprego. Em 1960, a Juventude Universitária Católica (JUC), influenciada 
pela Revolução Cubana, declara sua opção pelo socialismo. Pressões de setores 
conservadores da Igreja levam os militantes da JUC a criar um movimento de esquerda, 
a Ação Popular (AP). Na época, a Igreja está dividida quanto às propostas de reformas 
de base do presidente João Goulart. 
Com o Regime Militar de 1964 crescem os conflitos entre Igreja e Estado. A 
partir de 1968, com o Ato Institucional nº 5 (AI-5), há uma ruptura total diante da 
violenta repressão - prisões, torturas e assassinatos de estudantes, operários e padres e 
perseguições aos bispos. Na época, a Igreja atua em setores populares, com 
as comunidades eclesiais de base. Inspiradas na Teologia da Libertação, elas vinculam o 
compromisso cristão e a luta por justiça social. Os abusos contra a ordem jurídica e 
os direitos humanos levam a Igreja a se engajar fortemente na luta pela 
redemocratização, ao lado de instituições da sociedade civil. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Liga_Eleitoral_Cat%C3%B3lica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=C%C3%ADrculos_oper%C3%A1rios_cat%C3%B3licos&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_Nacional_dos_Bispos_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Juventude_Universit%C3%A1ria_Cat%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Cubana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Popular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Goulart
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_Militar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_Institucional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_Institucional_N%C3%BAmero_Cinco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidades_eclesiais_de_base
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_da_Liberta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a_social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos
Ao longo dos anos 80 e 90, com a redemocratização da sociedade brasileira e 
com alguns de seus ensinamentos fortemente criticados pela Santa Sé, a Teologia da 
Libertação perde parte de sua influência. Nesse período cresce o vigor da Renovação 
Carismática Católica, surgida nos EUA. Em oposição à politização da Teologia da 
Libertação, o movimento busca uma renovação em práticas tradicionais do catolicismo 
pela ênfase numa experiência mais pessoal com Deus. 
Nas artes, a mais notória contribuição da Igreja Católica na história do Brasil 
foram as produções artísticas barrocas, que tiveram como principal expoente o artista 
plástico Aleijadinho. Essas obras podem ser encontradas nas cidades de Salvador, 
Diamantina, Ouro Preto, Recife e Olinda. 
Toda essa relação entre catolicismo, igreja, cotidiano brasileiro, costume, família, 
constituições, é uma relação que vai se estabelecendo aos poucos na própria história 
do Brasil. A prática do catolicismo, de uma forma mais ortodoxa, é uma coisa, mas a 
presença do catolicismo na nossa vida cotidiana, ela é quase que um exercício de 
rotina, faz parte naturalmente dos costumes do povo brasileiro. O que seria do povo 
brasileiro sem os santos? Os santos são os companheiros, eles estão presentes em 
nosso dia a dia. Os santos fazem parte das nossas famílias, estão presentes na rotina 
do povo brasileiro. (Couto, 2012) 
 
 
Às vezes esses hábitos religiosos se manifestam sem que a gente perceba, pois já se 
tornaram cotidianos. "É num gesto, ao passar diante de uma igreja e fazer o pai nosso. É num 
gol que o atleta faz o pai nosso. É numa oração quando você pensa em alguém", comenta 
Couto. 
A igreja não influenciou apenas a cultura, a crença dos brasileiros. Ela também 
esteve presente em momentos importantes da história do país, desde a chegada dos 
portugueses, passando por revoluções, ditaduras, até os dias de hoje. Segundo Couto, a igreja 
também foi atuante na época da independência. ―Da nossa independência, por exemplo, 
muitas lideranças religiosas, lideranças católicas, deram a sua vida na luta por esse processo 
como Frei Caneca, símbolo da luta democrática em Pernambuco. Então a igreja também se 
adapta a esse Brasil independente‖. (Couto, 2012) 
O catolicismo ajudou a construir o país que é o Brasil hoje. Embora haja 
divergências no que se refere à atuação da igreja católica na trajetória do povo brasileiro, é 
inegável sua importância na formação cultural, organizacional, educacional e espiritual do 
Brasil. Como diz Couto: "A Igreja Católica está enraizada na nossa cultura, assim como a 
nossa fala, assim como a nossa música, assim como a influência indígena, africana, 
portuguesa, nos nossos comportamentos. O Brasil seria muito diferente se não houvesse a 
presença da Igreja Católica e do catolicismo". 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_S%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o_Carism%C3%A1tica_Cat%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o_Carism%C3%A1tica_Cat%C3%B3licahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus
Nas repartições públicas de grande parte do país — federais, estaduais e municipais, 
bem como nos escritórios das organizações paraestatais, não só se faz, sem nenhum obstáculo, a 
propaganda das comunhões pascais dos funcionários públicos, mas existem, às vezes, em mais 
de uma sala pública do mesmo edifício, imagens religiosas entronizadas pelos funcionários 
católicos. Essa entronização de imagens nas repartições públicas, inclusive nos gabinetes de 
diretores, é bastante recente e se está estendendo às grandes empresas comerciais e industriais; 
nas pequenas casas de comércio populares já eram um costume antigo. Muito embora haja 
contestações sobre a permanência desses símbolos cristãos/católicos nas repartições públicas e 
privadas, ainda se consegue deixar essas imagens nesses locais e o catolicismo tem suas 
manifestações religiosas bem presentes no País. 
Em relação à influência da igreja católica na colonização, a Igreja ocupou uma posição 
de destaque na colonização americana. O espírito cruzadista, típico do período medieval, que 
esteve presente nos grandes empreendimentos marítimos, reapareceu na Época Moderna, 
confundindo-se com a própria missão colonizadora. Razão pela qual a conquista da América 
está sempre relacionada, desde o seu início, a dois signos da civilização cristã europeia: a cruz e 
a espada. A Igreja, representada pelas várias ordens religiosas – jesuíta, carmelita, dominicana e 
beneditina, entre outras – esteve presente no Brasil especialmente com a ação da Companhia de 
Jesus, participante de nossa História desde o momento em que Portugal assumiu diretamente a 
empresa colonizadora. 
No século XVI, a unidade cristã europeia foi quebrada com o movimento da reforma 
protestante. Com a rápida expansão das doutrinas protestantes de Lutero e Calvino, a Igreja 
Católica reagiu com o Concílio de Trento, que, além da reforma interna, procurou criar 
instrumentos de combate ao protestantismo. Nessa medida, foi instituída a Congregação do 
Índice, proibindo a publicação de obras contrárias à doutrina católica, e restabelecida o Tribunal 
da Inquisição, destinado a perseguir e condenar os inimigos da fé católica. Nesse quadro, o 
espanhol Inácio de Loyola criou, em 1534, a Companhia de Jesus, uma nova ordem religiosa 
com o objetivo de servir e de lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana. Portanto, os jesuítas 
– soldados de Cristo – através da catequese e da educação, serviriam à ação da Contra-Reforma, 
compensando as perdas do catolicismo na Europa com a conversão das populações nativas do 
Novo Mundo. 
Os jesuítas estiveram envolvidos com a pacificação dos índios, o que os colocou, muitas 
vezes, em confronto direto com os colonos, que viam o índio como mão-de-obra abundante. 
Voltados para a educação e a catequese, os inacianos fundaram os primeiros colégios do Brasil: 
em Salvador – colégio dos Meninos de Jesus -, em São Vicente e, em 1554, no planalto de 
Piratininga, ao redor do qual se desenvolveu a cidade de São Paulo. Além dos colégios, 
https://www.coladaweb.com/historia/colonizacao-espanhola-e-seus-colonizadores
https://www.coladaweb.com/historia/contra-reforma-ou-reforma-catolica
localizados ou próximos dos poucos centros urbanos, os jesuítas foram avançando pelo interior 
da colônia, criando nos longínquos sertões grandes aldeamentos de índios: as missões ou 
reduções. A existência de um grande contingente de mão-de-obra nesses aldeamentos acabou 
atraindo a cobiça dos colonos e, assim, a ação predadora dos bandeirantes culminou com a 
destruição de boa parte das missões jesuíticas. Mesmo com os problemas que marcaram sua 
atuação na colônia, a Companhia de Jesus conseguiu formar um grande patrimônio material, ao 
mesmo tempo em que se tornava uma verdadeira força política. No século XVIII, o seu poder 
foi combatido pelo Marquês de Pombal, resultando na expulsão da ordem do Brasil e de 
Portugal. 
Existem muitas críticas em relação a atuação da Igreja, através das ordens religiosas que 
vieram para o Brasil, como os Jesuítas. Porém, o que se pode constatar é que, se houveram erros 
e exageros em suas condutas com o intuito de evangelizar e conquistar mais pessoas para o 
catolicismo, de contra partida, essas mesmas instituições, trouxeram benefícios incríveis através 
de assistências sociais, ações pioneiras e competentes na área da educação e saúde que 
perduram até hoje no Brasil e no mundo, como afirma AZEVEDO (2002, 33): ―A colaboração 
de Igreja tem sido solicitada e louvada em atividades como o serviço militar voluntário, a 
mobilização durante as guerras, as campanhas de educação, de saúde pública, de assistência 
social e os censos demográficos nacionais.‖ 
A Constituição de 1934 prevê uma colaboração entre Igreja e Estado. São atendidas as 
reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a presença do 
nome de Deus na Constituição. Nessa época, o instrumento de ação política da Igreja é a Liga 
Eleitoral Católica (LEC), que recomenda os candidatos que se comprometem a defender os 
interesses do catolicismo. 
A igreja tornou-se poderosa instituição religiosa de grande presença social, política e 
cultural no Brasil. 
Em um ensaio escrito em 1970, -―Igreja – Estado: o Catolicismo brasileiro em época de 
transição‖, Bruneau destaca a influência de fatores políticos na transformação institucional da 
Igreja no Brasil. Os intercâmbios entre o Catolicismo e a sociedade, no Brasil, no pós-Segunda 
Guerra, é analisado por Della Cava, que prioriza a interação da Igreja com a sociedade civil 
durante o regime de 1964 e o processo de abertura. Dedica especial atenção ao papel das 
Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) como sendo o alicerce do processo de mudanças no 
papel sociopolítico da Igreja. 
O conflito com o poder político, sobretudo a partir dos anos de 1950, com auge durante 
a ditadura, em 1964-1985, teria provocado uma progressiva desintegração institucional da 
Igreja, que, desde então, tem procurado ampliar a sua influência no país. 
https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/marques-de-pombal-era-pombalina
A continuidade da atuação da Igreja na cena política, depois da queda dos regimes 
autoritários e na etapa de transição para a democracia é o tema de Smith e Prokopy e outros 
autores; essa presença é marcada pela intervenção no debate político em torno de três temas: a 
defesa da justiça social, com a consequente crítica às políticas consideradas neoliberais, de 
desregulamentação dos mercados e de redução dos gastos sociais, aumentando o processo de 
empobrecimento da maioria dos latino-americanos; a defesa da moral sexual tradicional e a 
legitimação política e institucional do Catolicismo, diante do Estado, à luz da concorrência das 
igrejas evangélicas, sobretudo as pentecostais. 
Para esses autores, a influência da Igreja sobre as elites e os governos é menos eficaz no 
primeiro ponto e mais eficaz nos dois últimos; diante da população mais pobre, o tema da 
justiça social é mais bem aceito que os temas de caráter moral e ético. 
Destaca que a presença da religião no cenário político tornou-se ainda mais importante 
durante a guerra fria, despertando o interesse de scholars diante dos fenômenos religiosos e, 
particularmente, diante do Catolicismo progressista e da emergente Teologia da Libertação; 
passaram também a se interessar pelo tema da religiosidade popular. Para essa autora, a Igreja 
desempenha um papel destacado diante das crises econômicas e políticas da América Latina e o 
processo de globalização vem transformando a religião, facilitando uma recomposição do 
Catolicismo, já que um Estado enfraquecido necessita da presença crescente das organizações 
religiosas nas políticas públicas. 
Outra hipótese sua é a de que a Igreja no Brasil adquiriu prestígio e poder ao ajudar o 
país a voltar à democracia, em 1985,e que, agora, ela enfrenta um desafio mais difícil e 
complexo, ao tentar manter sua influência numa sociedade cada vez mais pluralista, também 
caracterizada pela competição religiosa, dentro de um cenário democrático. 
As realidades diversificadas, tais como os sistemas políticos, a natureza dos problemas 
sociais, econômicos e políticos e a viabilidade dos recursos humanos e materiais da Igreja. De 
certo modo, essas diversas abordagens encontram eco e respaldo nas análises da CNBB. 
As religiões que tiveram a capacidade de reger a vida social, hoje são apenas uma das 
possíveis fontes de sentido para o mundo e a pessoa. A modernidade obriga, pois, as Igrejas a 
renunciarem a qualquer pretensão de impor à sociedade seus princípios e normas. 
No que se refere a cultura é redundante afirmar que a cultura brasileira está impregnada 
de catolicismo. O português que aqui chegou já se criara num contexto multissecular de 
cristianismo, suas expressões sociais fazendo-se expressões da religiosidade própria desse 
cristianismo. A cultura é, pois, a forma que a totalidade das relações sociais − em todos os seus 
aspectos pois − assume ao longo do tempo. No caso do Brasil, todos os costumes, crenças, 
comportamentos, atitudes e ensinamentos do catolicismo estão enraizados até hoje no cotidiano 
cultural do seu povo. 
Procissões, romarias, jubileus, milagres, relíquias, indulgências, compõem todos, um 
quadro em que se manifestam e se escondem os dois polos dos sentimentos da devoção 
portuguesa, o de tudo poder, pelos Santos, e o de nada poder, pela própria condição. Quando, 
depois, se compara o estilo de comportamento social, se percebe a identidade de matriz. 
Para Dom Murilo S.R. Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia, há cinco 
contribuições do catolicismo na formação da cultura brasileira. A fé, as obras assistenciais e 
educacionais, a arte, o espírito de fraternidade e a família. E relação a fé, Krieger ressalta que 
enquanto a maioria dos povos conheceu a Cristo e ao Evangelho depois de séculos de História, 
o Brasil nasceu cristão. 
Junto com as caravelas de Pedro Álvares Cabral e com os primeiros 
portugueses estavam os franciscanos, notadamente Frei Henrique de Coimbra. 
Entre os primeiros atos nesta terra, destacam-se a cruz que foi erguida e a 
missa que foi celebrada. D. João III (1502 – 1557), décimo quinto rei de 
Portugal, cognominado ―o Piedoso‖, ―o Pio‖, pela sua devoção religiosa, 
escreveu ao primeiro governador do Brasil, Tomé de Souza: ―A principal causa 
que me levou a povoar o Brasil foi que a gente do Brasil se convertesse à nossa 
santa fé católica‖. Os colonizadores portugueses consideravam a conquista do 
Brasil uma verdadeira ―cruzada‖. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) 
 
 Dom Murilo, em seu artigo, fala que é preciso reconhecer que nem todos os que vieram 
para estas novas terras estavam empenhados em agirem com santos propósitos, que houve erros, 
exageros e atitudes deploráveis, porém, essas atitudes não podem apagar as ações benignas e 
construtivas de tantos outros que dedicaram a sua vida pela fé. Cita vários exemplos, como o de 
José de Anchieta, que se colocou decididamente ao lado das populações indígenas, aprendeu sua 
língua, assimilou os seus gostos, adaptou-se à sua mentalidade, defendeu sua vida e, ao mesmo 
tempo, anunciou-lhes as verdades de Jesus Cristo, convertendo-os ao Evangelho, batizando-os e 
integrando-os na Igreja. Manoel da Nóbrega e uma multidão de missionários que nada tomaram 
desta terra, nada levaram deste país e que trabalharam – e só Deus sabe com que sacrifícios – 
para evangelizar e defender os índios. A grande maioria desses missionários morreu aqui 
mesmo, normalmente mais pobres do que quando chegaram. 
O resultado dessa presença evangelizadora pode ser facilmente constatado até 
em aspectos externos: muitas cidades brasileiras foram construídas em torno de 
uma igreja; o nome de um significativo número delas se deve ao santo do dia 
em que foi fundada; a vida dessas cidades girava em torno das festas religiosas. 
(Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) 
 
Segundo Krieger, com a fé católica, nosso povo herdou a capacidade de respeitar o 
diferente. Vemos a capacidade de nosso povo de se relacionar com pessoas de outras crenças, 
embora esse respeito possa levar, por vezes, a um sincretismo que é negativo para os dois lados. 
Não havia, nos primeiros tempos do Brasil, a ideia de que deveria caber ao governo a 
preocupação com aquelas que são as necessidades básicas da população – necessidades hoje 
apontadas e protegidas pela nossa Constituição. A visão da Igreja Católica voltada para essas 
necessidades foi fundamental para se ter o que existe hoje, como ressalta Krieger: 
Tendo em vista essas necessidades básicas da população, que não tinham 
proteção alguma por parte do Estado, a Igreja se viu na obrigação de fundar 
escolas, de incentivar a formação de Irmandades para assumirem Santas Casas 
de Misericórdia (a de Salvador é de 1549!), além de fundar seus próprios 
hospitais, creches e asilos. As obras de misericórdia fazem parte do ser da 
Igreja (cf. Mt 25: Julgamento Final) e, por isso, era natural que a Igreja 
investisse em trabalhos que favorecessem os mais necessitados. (Krieger, Dom 
Murilo S. R, 2013) 
 
 Em relação à arte, krieger afirma que: ―A vida religiosa no Brasil foi retratada por meio 
da arte sacra.‖. 
O apreço que a Igreja tem pela arte parte de uma constatação: Deus, ao enviar ao mundo 
o Seu Filho Jesus, para que assumisse a nossa carne, nos ensinou que podemos valer-nos das 
coisas materiais em nossa busca de Deus; podemos tentar expressar o invisível pelo visível. 
Creio que uma das mais destacadas contribuições da Igreja Católica na História do Brasil foram 
as produções artísticas barrocas luso-brasileiras (séculos dezessete e dezoito), que tiveram como 
principal expoente o artista plástico Aleijadinho. 
Nossa cultura está impregnada, desde o descobrimento, pelos valores 
da fé e da capacidade que esta fé tem para integrar raças e etnias diferentes. 
Juntamente com a língua, a fé católica da maioria de nosso povo foi um grande 
fator dessa integração, que se conseguiu, apesar das enormes distâncias, das 
difíceis comunicações e das diversidades climáticas. (Krieger, Dom Murilo S. 
R, 2013) 
 
A fé cristã católica respeita as expressões culturais de qualquer povo, desde que sejam 
verdadeiros e autênticos valores. Isso não nos exime de anunciar o que é fruto de nossa 
convicção: ―Todo homem deve poder encontrar-se com Jesus Cristo‖ (João Paulo II, Encíclica 
Redemptores Hominis, 13). 
Sendo a fraternidade uma lei fundamental do cristianismo, influenciados pela fé 
católica, o catolicismos trouxe para esta terra a busca para uma convivência harmoniosa e 
construtiva com os diferentes povos, segundo Dom Murilo Krieger. É bem verdade que, em 
alguns pontos da história houve muitas divergências e até imposições da fé, porém, Krieger 
assegura que o Brasil oferece ao mundo um grade exemplo de harmonia entre raças, mesmo 
diante das dificuldades ao longo da história. 
―Todo homem, aliás, necessita de Cristo – homem perfeito e salvador 
do homem. Cristo é a luz que, integrada nas mais diversas culturas, as ilumina 
e eleva por dentro. A fé cristã não está em contradição nem mesmo com os 
valores religiosos da religião de cada povo, pois revela-lhes a verdadeira face 
de Deus, que é Pai.‖ (João Paulo II, Salvador – BA, 07.07.80). 
 
Diante da temática família, Krieger afirma que: 
―Uma das maiores riquezas que recebemos dos portugueses foi o valor que já 
no século XVI eles davam à família. O papel dela é o de prestar um serviço ao 
amor e à vida. A saúde e o bem-estar da sociedade passam necessariamente 
pela família. Destruí-la é destruir a sociedade; construí-la é colocar os alicerces 
para uma sociedade harmoniosa.‖ (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) 
 
 O ditador russo Gorbachev, que mudou radicalmenteo seu país, ao dirigi-lo de 1985 a 
1991, escreveu um livro sobre seus sonhos: ―Perestróica‖ – palavra que significa 
―reconstrução‖. Ali ele observou que uma das causas do fracasso soviético no que diz respeito 
ao marxismo foi a tentativa de acabar com o modelo tradicional da família, passando a educação 
das crianças para o Estado. 
 No Brasil, embora ainda exista a consciência de uma boa parte da população em 
preservar a família e sua valorização, de contrapartida, segundo Dom Murilo, existem muitos 
que tem tentado destruir e ridicularizar o modelo de família que a palavra de Deus apresenta, 
aquela formada por pai, mãe e filhos. 
Há os que pretendem dar o nome de ―família‖ a qualquer grupo de pessoas. 
Podem ter certeza: a partir do momento em que a família – que chamo de 
―tradicional‖, como poderia chamar de ―bíblica‖ –, deixar de ser vista como um 
valor vai multiplicar-se em nossa sociedade aqueles problemas que já sabemos 
a que nos levarão. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) 
 
 A visão do catolicismo em relação à família vem sendo contestado ao longo dos anos e 
nos últimos anos essa contestação tem se intensificado. Porém, é inegável que a constituição da 
família tradicional defendida pela igreja, faz parte da cultura do povo brasileiro e não é muito 
inteligente destruir uma cultura tão enraizada em um povo. 
 A Igreja católica, desde o período colonial, atribuiu um valor missionário à educação, 
iniciando com a vinda dos jesuítas para o Brasil, em 1549, com o objetivo de exercerem 
principalmente um papel pedagógico pela catequese e pela educação formal. Após a separação 
de Igreja e Estado, em 1890, a Igreja procurou atribuir à educação um papel importante na 
restauração da hegemonia. iniciativas de criação de escolas, seja de educação formal, seja 
escolas paroquiais, colégios e, mais tarde a primeira Universidade, tiveram como eixo 
precisamente a restauração romanizada da Igreja e a restauração da hegemonia abalada com a 
ruptura da aliança com o Estado. 
 As instituições escolares dos jesuítas não apenas ensinavam as primeiras letras, e 
conhecimentos gerais básicos, assim como preparava os filhos das classes dominantes para 
entrarem em Universidades estrangeiras, mas também tinham por missão o ensino dos 
princípios da doutrina cristã e a propagação da fé católica. 
 A educação no Brasil tem grande influência das primeiras escolas criadas pelo 
catolicismo que mesmo diante da separação da igreja e do estado, onde ocorreu a perda da 
hegemonia católica, a igreja foi um alicerce fundamental no processo educacional e nenhum ato 
contestado ao longo do tempo, é capaz de apagar o primordial trabalho realizado na educação 
brasileira. 
 O Papa Francisco aponta para o fato de que qualquer tipo de mudança estrutural 
(conversão?) passa por um ―caminho educativo‖, isto é, passa pela educação, passa pelo ensino 
e, portanto, envolve instituições como a família e as universidades. 
 As características do catolicismo brasileiro de acordo com a revista América, os 
católicos brasileiros são os que mais associam a imagem de Deus com o amor e com 
uma mãe, em todo o mundo. Eles também são mais propensos a verem a natureza 
humana como boa, em vez de corrupta, e o mundo como bom, em vez de mau. Os 
católicos brasileiros são menos propensos a acreditar na literalidade da Bíblia, em 
comparação aos evangélicos. Quase 75% rezam todos os dias, mas apenas 12% se 
envolvem em atividades da igreja; apenas 26% dizem que são "muito religiosos". 
No Brasil, os católicos são menos conservadores que os evangélicos em assuntos 
como sexo antes do casamento, coabitação antes do casamento, homossexualidade e 
aborto. Segundo pesquisa de 2014, a maioria dos católicos brasileiros (51%) são a favor 
do casamento entre pessoas do mesmo sexo, número que cresce para 54% entre os sem 
religião e decresce para 25% entre os evangélicos. 84% afirmam que o uso de métodos 
contraceptivos não é moralmente errado; 76% são contra o aborto legal em todos os 
casos ou na maioria deles; 47% que fazer uso de bebida alcoólica é moralmente errado; 
17% que o divórcio é moralmente errado; 44% que o sexo fora do casamento é 
moralmente errado; 68% acreditam na evolução das espécies; 56% dizem que os padres 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e
https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conservador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aborto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Casamento_entre_pessoas_do_mesmo_sexo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem_religi%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem_religi%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todos_contraceptivos
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todos_contraceptivos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_das_esp%C3%A9cies
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padre
deveriam poder se casar; 78% que mulheres deveriam poder ser ordenadas na igreja; 
64% que a religião deve ser mantida separada de políticas de governo. 
Em todas as áreas da história do povo brasileiro, desde a colonização até os 
tempos presentes, tem a influência do catolicismo de forma viva e atuante. Em alguns 
pontos essa influência foi demasiadamente constrangedora e até traumática, porém, em 
sua grande maioria, nota-se um grande e promissor benefício na formação desse povo. 
 
3 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO 
 
O Estágio vem ser uma reflexão do fazer pedagógico para a construção de uma 
identidade profissional, também sendo um campo do conhecimento pelo qual aproxima 
o estagiário da sua futura profissão que irá exercer, com as pessoas e com as práticas 
que irá trabalhar para que assim sejam menos dificuldades a serem enfrentadas. 
Ao iniciar o Estágio Supervisionado I, na segunda Licenciatura em História, fui 
surpreendida com uma nova realidade educacional devido a situação pandêmica da 
COVID 19 em que se encontra o mundo inteiro. Confesso que me senti meio fora do 
contexto, meio perdida e sem um norte a seguir. O Estágio se daria de forma virtual, 
tanto no contexto da observação das escolas, que se teve que coletar os dados através de 
sites e redes sociais das mesmas, como no contexto da prática pedagógica que deveria 
ser desenvolvida em ambientes virtuais com pouquíssimos recursos diante da realidade 
da educação pública do nosso País e diante da falta de recursos individuais de nossos 
estudantes. Senti-me desafiada, porém motivada. 
A observação das duas escolas escolhidas, a Escola de Ensino Fundamental 
Francisco Sá e a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Tabelião José Ribeiro 
Guimarães, se deu através do site do INEP, redes sociais e de informações coletadas na 
Secretaria de Educação e nas próprias escolas por mecanismos online. Pode-se observar 
que as duas escolhas tem um número expressivo de alunos, um quadro de profissionais 
que atendem a demanda existente e uma estrutura física, embora com muitas 
necessidades ainda a serem supridas, que atende a maioria das necessidades do corpo 
escolar. As escolas contam com as aulas online através de plataformas gratuitas mas de 
poucos recursos dinâmicos para aulas mais atrativas e foi necessário se adaptar a elas 
pois eram os recursos que eram dispostos aos estudantes. 
A elaboração do produto virtual foi feito dentro das possibilidades existente e 
disponibilizadas pelas escolas em suas aulas virtuais. Houve uma excelente aceitação 
por parte dos alunos e uma ótima avaliação por parte dos professores e coordenadores 
das escolas. O produto virtual foi baseado, em sua totalidade em pesquisas em sites, 
materiais de autores com opiniões diversas e conversas abertas com os estudantes 
durantes as aulas sobre a temática escolhida que se gerou um maior conhecimento do 
assunto. 
 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) 
 
Diga-se que o estágio é o caminho mais viável para futuras práticas na profissão 
do acadêmico. Mas que é um caminhoárduo a ser prosseguido, porém no deixando de 
proporcionar bons frutos e coisas positivas. E que no final sempre tiramos algumas 
aprendizagens dessa experiência. 
A experiência desse estágio foi única e desafiadora, por se tratar de um momento 
de transformação da educação como um todo e que para a vida profissional do professor 
tem sido desafiador. As novas tecnologias ainda pouco exploradas e disponibilizadas 
pela educação pública no Brasil, tem dificultado a prática pedagógica que deve ser 
diversificada no parâmetro atual. Porém, essa experiência tornou-se de grande 
relevância na formação acadêmica e profissional de quem por ela passou. 
Acredita-se que o estágio é a etapa mais complexa da vida de um universitário, 
pois tem que conciliar os estudos de outras disciplinas com o estágio, outras atividades 
acadêmicas, um período de atribulação que todo acadêmico passa. As universidades 
devem criar metodologias, ou aperfeiçoá-las para os estagiários não encontrem 
dificuldades que lhes desmotivem, é uma etapa da vida acadêmica muito importante e 
deve ser melhor acompanhada e orientada. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Igreja Católica no Brasil 
– Dezembro de 2012 
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Professor de história explica a presença da Igreja Católica no Brasil – 12/10/2012 
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Consultado em 10.11.2020 
 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/igreja-catolica-no-brasil 
Igreja Católica no Brasil – A Igreja Católica e seu papel político no Brasil 
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A importância do Catolicismo na Formação da Cultura Brasileira - Associação 
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Características do Catolicismo brasileiro – 2012 
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AZEVEDO, Thales. Catolicismo no Brasil, em: Revista Vozes, Petrópolis, 63, 2, 1969, 117-
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AZEVEDO, Thales. Implicações metafísicas do estudo científico da religião, em Religião e 
Sociedade, 13/1, 1986, 42-44. 
AZEVEDO, Thales. O CATOLICISMO NO BRASIL, UM CAMPO PARA A PESQUISA 
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PAPA FRANCISCO: Carta Encíclica Laudato Si. Roma, 24/05/2015 
Artigo de Pós-doutorado, A EDUCAÇÃO COMO MISSÃO: PRESENÇA DA IGREJA 
CATÓLICA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (1978-2010) - UM PROJETO 
MISSIONÁRIO? – PUCPR - 2015 
https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/a-igreja-e-a-colonizacao
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/igreja-catolica-no-brasil
https://abi-bahia.org.br/a-importancia-do-catolicismo-na-formacao-da-cultura-brasileira/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica_no_Brasil
ANEXO I

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