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AS INFLUÊNCIAS DO CATOLICISMO NA HISTÓRIA DO BRASIL Autor: VALÉRIA MARIA ALVES BRAZ SILVA Tutor externo: NAHYLA PAIXÃO Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI SEGUNDA LICENCIATURA EM HISTÓRIA (TURMA FLEX) – Estágio Supervisionado I 09/12/2020 RESUMO O projeto tem por objetivo a elaboração de uma trilha pedagógica para a abordagem do tema escolhidos, de forma online para os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e para os alunos do 2º Ano do Ensino Médio, com uso de tecnologias e plataformas disponíveis para todos. A trilha pedagógica se constituirá em ambiente de troca, de reelaboração, renovação e de desenvolvimento de atividades com vistas ao aprimoramento da prática pedagógica na educação básica, dentro do novo que estamos vivendo. PALAVRAS-CHAVE: Trilha Pedagógica. Prática pedagógica. Tecnologias. . 1 INTRODUÇÃO O presente projeto de estágio baseia-se no tema: As influências do catolicismo na história do Brasil, cuja Área de Concentração é: Os Grupos Sociais e as Civilizações em Perspectiva Histórica, Programa de Extensão Metodologia e Estratégia de Ensino e de Aprendizagem, Projeto de Extensão Práticas pedagógicas na educação básica em tempos de ensino à distância. Esse tema foi escolhido em virtude da sua complexidade e importância na formação do povo brasileiro e de se estudar as vertentes pros e contras dessa influência católica na construção da História do Brasil. Pensa-se em dinamizar essa temática através de trilhas pedagógicas e estudos dirigidos direcionados ao ensino a distância, de forma a atender as demandas de conhecimento dos alunos, já que se vive um tempo de pandemia e por esse motivo, o ensino a distância tem sido a única opção para assegurar o aprendizado dos estudantes. A educação escolar precisa compreender e incorporar as novas linguagens, desvendar os seus códigos e dominar as possibilidades de expressão, propiciando aprendizagens significativas. Nesta perspectiva, vale destacar que as aprendizagens significativas necessitam envolver os recursos tecnológicos, sem deixar de lado o lúdico, pois a internet possui diversos aplicativos e programas de jogos de cunho pedagógico. A finalidade principal desse projeto é formar a consciência dos alunos e motivá-los a desenvolver um pensamento crítico diante dos acontecimentos, fatos comprovados ou não e posicionamentos de estudiosos, e formar sua própria opinião diante da temática apresentada. Tendo como objetivos propostos contribuir com a compreensão dos educandos em relação a importância da temática escolhida dentro do contexto histórico do Brasil, dinamizar o processo de ensino aprendizagem do ensino de história na educação à distância e conscientizar o educando de que o sucesso ou o fracasso nessa modalidade de ensino depende único e exclusivamente dele mesmo, espera-se que esse tema seja de grande relevância na formação humana e acadêmica do público escolhido. Nesta perspectiva, a didática torna-se ampla, e o professor necessitará de sua criatividade e flexibilidade e principalmente de habilidades com os recursos multimidiáticos, para que o ensino possa caminhar junto com a realidade da sociedade em que estamos vivendo. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Catolicismo tem grandes influências na história do Brasil desde o início da conquista de seus territórios, pois o reino português tinha estreitas relações com a Igreja Católica Apostólica Romana. Em 1500 foi celebrada uma missa, na chegada de Pedro Álvares Cabral, mas somente com a chegada da Companhia de Jesus, no ano de 1549, foi que o catolicismo se intensificou. Visando alcançar, de forma prática, objetiva e eficaz essa temática objetivando contribuir com a compreensão dos educandos em relação à importância da temática escolhida dentro do contexto histórico do Brasil, dinamizar o processo de ensino aprendizagem do ensino de história na educação à distância e conscientizar o educando de que o sucesso ou o fracasso nessa modalidade de ensino depende único e exclusivamente dele mesmo, é que se escolheu a Área de Concentração ―Os Grupos Sociais e as Civilizações em Perspectiva Histórica‖. Devido a principal intenção desse grupo de catequizar e aculturar os povos indígenas que aqui moravam, criou-se uma forte associação entre o Estado e a Igreja, deixando um legado de pinturas, estatuárias, imagens e obras de talha e ouro como peças de decoração de igrejas. A maioria destes tinha um caráter didático, que procurava reproduzir a história da bíblia e a vida dos santos, tendo em vista que a maior parte da população era analfabeta. Essa população, na maioria das vezes, só conseguia compreender o sentido dos valores religiosos afirmados pela catequese com a imponência de imagens ricas em que a complexa ornamentação pretendia reafirmar o caráter sagrado dos santos e templos religiosos. Durante o período de colonização, ordens e congregações religiosas assumem serviços nas paróquias e dioceses, a educação nos colégios, a evangelização do indígena e inserem-se na vida do país. O catolicismo era a religião oficial de Portugal e de suas colônias e todos os habitantes do Brasil tinham que obrigatoriamente adotá-lo como religião: os índios foram evangelizados por meio da catequese e os colonos nascidos no Brasil aceitavam-no como pressuposto de cidadania. Os escravos africanos eram batizados no porto de procedência ou desembarque e sua religiosidade apenas conseguiu sobreviver por meio do sincretismo com o catolicismo e os judeus, sob a ameaça da Inquisição, transfiguraram-se em cristãos-novos. Frades franciscanos apareceram nas capitanias com precocidade. As missões propriamente ditas se instalaram mais tarde: em 1549 seis jesuítas (padres da Companhia de Jesus) acompanharam o governador-geral Tomé de Sousa, chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega; ficaram famosos o padre José de Anchieta e o Padre João de Azpilcueta Navarro. Os carmelitas chegaram em 1580, às missões dos beneditinos tiveram início em 1581, as dos franciscanos em 1584, as dos oratorianos em 1611, as dos mercedários em 1640, as dos capuchinhos em 1642. Durante o século XVI e o século XVII, a legislação buscou certo equilíbrio entre Governo central e Igreja, tentando administrar os conflitos entre missionários, colonos e índios. Até meados do século XVIII, o Estado controlou a atividade eclesiástica na colônia por meio do padroado. Arcava com o sustento da Igreja e impedia a entrada no Brasil de outros cultos, em troca de reconhecimento e obediência. O Estado nomeia e remunera párocos e bispos e concede licença para construir igrejas. Confirma as condenações dos tribunais da Inquisição e escolhe as formas de punição; em contrapartida, controla o comportamento do clero, pela Mesa da Consciência e Ordens, órgão auxiliar do Conselho Ultramarino. Em 7 de janeiro de 1890, logo após a proclamação da República, é decretada a separação entre Igreja e Estado. A República acaba com o padroado, reconhece o caráter laico do Estado e garante a liberdade religiosa. Em regime de pluralismo religioso e sem a tutela do Estado, as associações e paróquias passam a editar jornais e revistas para combater ideias anarquistas, comunistas ou protestantes. Como cita Azevedo (1969, 117-124): ―A separação entre a Igreja e o Estado encerrou aquilo a que o Episcopado, em uma carta pastoral coletiva famosa chamou de proteção que nos abafava‖. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndio https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal https://pt.wikipedia.org/wiki/Catequese https://pt.wikipedia.org/wiki/Sincretismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Judeus https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%A3o-novo https://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A9_de_Sousahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_N%C3%B3brega https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_N%C3%B3brega https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_de_Anchieta https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Azpilcueta_Navarro https://pt.wikipedia.org/wiki/Carmelitas https://pt.wikipedia.org/wiki/Beneditinos https://pt.wikipedia.org/wiki/Franciscanos https://pt.wikipedia.org/wiki/Oratorianos https://pt.wikipedia.org/wiki/Merced%C3%A1rios https://pt.wikipedia.org/wiki/Capuchinhos https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B4nia_(hist%C3%B3ria) https://pt.wikipedia.org/wiki/Padroado https://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1roco https://pt.wikipedia.org/wiki/Bispo https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Clero https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesa_da_Consci%C3%AAncia_e_Ordens https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Ultramarino https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_Ultramarino https://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica https://pt.wikipedia.org/wiki/Anarquismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo A partir da década de 30, o projeto desenvolvimentista e nacionalista de Getúlio Vargas influencia a Igreja no sentido de valorização da identidade cultural brasileira. Assim, a Igreja expande sua base social para além das elites, abrindo-se para as camadas médias e populares. A Constituição de 1934 prevê uma colaboração entre Igreja e Estado. São atendidas as reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a presença do nome de Deus na Constituição. Nessa época, o instrumento de ação política da Igreja é a Liga Eleitoral Católica (LEC), que recomenda os candidatos que se comprometem a defender os interesses do catolicismo. As relações entre a Igreja e o Estado, de fato, melhoraram extraordinariamente nos últimos decênios e parecem mais íntimas ou próximas nos anos mais recentes. Muitos atos oficiais são precedidos de cerimônias religiosas; organizações estatais promovem exéquias religiosas pelos estadistas que falecem no exercício de cargos públicos ou comemoram com solenidades religiosas algumas datas cívicas, as inaugurações de obras públicas e outras atividades. (AZEVEDO, 1986, 42-44). Contra a ascensão da esquerda, a Igreja apoia a ditadura do Estado Novo em 1937. São do período os círculos operários católicos, favorecidos pelo governo para conter a influência da esquerda. Em 1952 é criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que coordena a ação da Igreja no país. No final dos anos 50, a Igreja preocupa-se com questões sociais geradas pelo modelo de capitalismo no país, como a fome e o desemprego. Em 1960, a Juventude Universitária Católica (JUC), influenciada pela Revolução Cubana, declara sua opção pelo socialismo. Pressões de setores conservadores da Igreja levam os militantes da JUC a criar um movimento de esquerda, a Ação Popular (AP). Na época, a Igreja está dividida quanto às propostas de reformas de base do presidente João Goulart. Com o Regime Militar de 1964 crescem os conflitos entre Igreja e Estado. A partir de 1968, com o Ato Institucional nº 5 (AI-5), há uma ruptura total diante da violenta repressão - prisões, torturas e assassinatos de estudantes, operários e padres e perseguições aos bispos. Na época, a Igreja atua em setores populares, com as comunidades eclesiais de base. Inspiradas na Teologia da Libertação, elas vinculam o compromisso cristão e a luta por justiça social. Os abusos contra a ordem jurídica e os direitos humanos levam a Igreja a se engajar fortemente na luta pela redemocratização, ao lado de instituições da sociedade civil. https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Liga_Eleitoral_Cat%C3%B3lica&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=C%C3%ADrculos_oper%C3%A1rios_cat%C3%B3licos&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Confer%C3%AAncia_Nacional_dos_Bispos_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Juventude_Universit%C3%A1ria_Cat%C3%B3lica https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Cubana https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialismo https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Popular https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Goulart https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_Militar https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_Institucional https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_Institucional_N%C3%BAmero_Cinco https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidades_eclesiais_de_base https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia_da_Liberta%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_jur%C3%ADdica https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos Ao longo dos anos 80 e 90, com a redemocratização da sociedade brasileira e com alguns de seus ensinamentos fortemente criticados pela Santa Sé, a Teologia da Libertação perde parte de sua influência. Nesse período cresce o vigor da Renovação Carismática Católica, surgida nos EUA. Em oposição à politização da Teologia da Libertação, o movimento busca uma renovação em práticas tradicionais do catolicismo pela ênfase numa experiência mais pessoal com Deus. Nas artes, a mais notória contribuição da Igreja Católica na história do Brasil foram as produções artísticas barrocas, que tiveram como principal expoente o artista plástico Aleijadinho. Essas obras podem ser encontradas nas cidades de Salvador, Diamantina, Ouro Preto, Recife e Olinda. Toda essa relação entre catolicismo, igreja, cotidiano brasileiro, costume, família, constituições, é uma relação que vai se estabelecendo aos poucos na própria história do Brasil. A prática do catolicismo, de uma forma mais ortodoxa, é uma coisa, mas a presença do catolicismo na nossa vida cotidiana, ela é quase que um exercício de rotina, faz parte naturalmente dos costumes do povo brasileiro. O que seria do povo brasileiro sem os santos? Os santos são os companheiros, eles estão presentes em nosso dia a dia. Os santos fazem parte das nossas famílias, estão presentes na rotina do povo brasileiro. (Couto, 2012) Às vezes esses hábitos religiosos se manifestam sem que a gente perceba, pois já se tornaram cotidianos. "É num gesto, ao passar diante de uma igreja e fazer o pai nosso. É num gol que o atleta faz o pai nosso. É numa oração quando você pensa em alguém", comenta Couto. A igreja não influenciou apenas a cultura, a crença dos brasileiros. Ela também esteve presente em momentos importantes da história do país, desde a chegada dos portugueses, passando por revoluções, ditaduras, até os dias de hoje. Segundo Couto, a igreja também foi atuante na época da independência. ―Da nossa independência, por exemplo, muitas lideranças religiosas, lideranças católicas, deram a sua vida na luta por esse processo como Frei Caneca, símbolo da luta democrática em Pernambuco. Então a igreja também se adapta a esse Brasil independente‖. (Couto, 2012) O catolicismo ajudou a construir o país que é o Brasil hoje. Embora haja divergências no que se refere à atuação da igreja católica na trajetória do povo brasileiro, é inegável sua importância na formação cultural, organizacional, educacional e espiritual do Brasil. Como diz Couto: "A Igreja Católica está enraizada na nossa cultura, assim como a nossa fala, assim como a nossa música, assim como a influência indígena, africana, portuguesa, nos nossos comportamentos. O Brasil seria muito diferente se não houvesse a presença da Igreja Católica e do catolicismo". https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_S%C3%A9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o_Carism%C3%A1tica_Cat%C3%B3lica https://pt.wikipedia.org/wiki/Renova%C3%A7%C3%A3o_Carism%C3%A1tica_Cat%C3%B3licahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus Nas repartições públicas de grande parte do país — federais, estaduais e municipais, bem como nos escritórios das organizações paraestatais, não só se faz, sem nenhum obstáculo, a propaganda das comunhões pascais dos funcionários públicos, mas existem, às vezes, em mais de uma sala pública do mesmo edifício, imagens religiosas entronizadas pelos funcionários católicos. Essa entronização de imagens nas repartições públicas, inclusive nos gabinetes de diretores, é bastante recente e se está estendendo às grandes empresas comerciais e industriais; nas pequenas casas de comércio populares já eram um costume antigo. Muito embora haja contestações sobre a permanência desses símbolos cristãos/católicos nas repartições públicas e privadas, ainda se consegue deixar essas imagens nesses locais e o catolicismo tem suas manifestações religiosas bem presentes no País. Em relação à influência da igreja católica na colonização, a Igreja ocupou uma posição de destaque na colonização americana. O espírito cruzadista, típico do período medieval, que esteve presente nos grandes empreendimentos marítimos, reapareceu na Época Moderna, confundindo-se com a própria missão colonizadora. Razão pela qual a conquista da América está sempre relacionada, desde o seu início, a dois signos da civilização cristã europeia: a cruz e a espada. A Igreja, representada pelas várias ordens religiosas – jesuíta, carmelita, dominicana e beneditina, entre outras – esteve presente no Brasil especialmente com a ação da Companhia de Jesus, participante de nossa História desde o momento em que Portugal assumiu diretamente a empresa colonizadora. No século XVI, a unidade cristã europeia foi quebrada com o movimento da reforma protestante. Com a rápida expansão das doutrinas protestantes de Lutero e Calvino, a Igreja Católica reagiu com o Concílio de Trento, que, além da reforma interna, procurou criar instrumentos de combate ao protestantismo. Nessa medida, foi instituída a Congregação do Índice, proibindo a publicação de obras contrárias à doutrina católica, e restabelecida o Tribunal da Inquisição, destinado a perseguir e condenar os inimigos da fé católica. Nesse quadro, o espanhol Inácio de Loyola criou, em 1534, a Companhia de Jesus, uma nova ordem religiosa com o objetivo de servir e de lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana. Portanto, os jesuítas – soldados de Cristo – através da catequese e da educação, serviriam à ação da Contra-Reforma, compensando as perdas do catolicismo na Europa com a conversão das populações nativas do Novo Mundo. Os jesuítas estiveram envolvidos com a pacificação dos índios, o que os colocou, muitas vezes, em confronto direto com os colonos, que viam o índio como mão-de-obra abundante. Voltados para a educação e a catequese, os inacianos fundaram os primeiros colégios do Brasil: em Salvador – colégio dos Meninos de Jesus -, em São Vicente e, em 1554, no planalto de Piratininga, ao redor do qual se desenvolveu a cidade de São Paulo. Além dos colégios, https://www.coladaweb.com/historia/colonizacao-espanhola-e-seus-colonizadores https://www.coladaweb.com/historia/contra-reforma-ou-reforma-catolica localizados ou próximos dos poucos centros urbanos, os jesuítas foram avançando pelo interior da colônia, criando nos longínquos sertões grandes aldeamentos de índios: as missões ou reduções. A existência de um grande contingente de mão-de-obra nesses aldeamentos acabou atraindo a cobiça dos colonos e, assim, a ação predadora dos bandeirantes culminou com a destruição de boa parte das missões jesuíticas. Mesmo com os problemas que marcaram sua atuação na colônia, a Companhia de Jesus conseguiu formar um grande patrimônio material, ao mesmo tempo em que se tornava uma verdadeira força política. No século XVIII, o seu poder foi combatido pelo Marquês de Pombal, resultando na expulsão da ordem do Brasil e de Portugal. Existem muitas críticas em relação a atuação da Igreja, através das ordens religiosas que vieram para o Brasil, como os Jesuítas. Porém, o que se pode constatar é que, se houveram erros e exageros em suas condutas com o intuito de evangelizar e conquistar mais pessoas para o catolicismo, de contra partida, essas mesmas instituições, trouxeram benefícios incríveis através de assistências sociais, ações pioneiras e competentes na área da educação e saúde que perduram até hoje no Brasil e no mundo, como afirma AZEVEDO (2002, 33): ―A colaboração de Igreja tem sido solicitada e louvada em atividades como o serviço militar voluntário, a mobilização durante as guerras, as campanhas de educação, de saúde pública, de assistência social e os censos demográficos nacionais.‖ A Constituição de 1934 prevê uma colaboração entre Igreja e Estado. São atendidas as reivindicações católicas, como o ensino religioso facultativo na escola pública e a presença do nome de Deus na Constituição. Nessa época, o instrumento de ação política da Igreja é a Liga Eleitoral Católica (LEC), que recomenda os candidatos que se comprometem a defender os interesses do catolicismo. A igreja tornou-se poderosa instituição religiosa de grande presença social, política e cultural no Brasil. Em um ensaio escrito em 1970, -―Igreja – Estado: o Catolicismo brasileiro em época de transição‖, Bruneau destaca a influência de fatores políticos na transformação institucional da Igreja no Brasil. Os intercâmbios entre o Catolicismo e a sociedade, no Brasil, no pós-Segunda Guerra, é analisado por Della Cava, que prioriza a interação da Igreja com a sociedade civil durante o regime de 1964 e o processo de abertura. Dedica especial atenção ao papel das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) como sendo o alicerce do processo de mudanças no papel sociopolítico da Igreja. O conflito com o poder político, sobretudo a partir dos anos de 1950, com auge durante a ditadura, em 1964-1985, teria provocado uma progressiva desintegração institucional da Igreja, que, desde então, tem procurado ampliar a sua influência no país. https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/marques-de-pombal-era-pombalina A continuidade da atuação da Igreja na cena política, depois da queda dos regimes autoritários e na etapa de transição para a democracia é o tema de Smith e Prokopy e outros autores; essa presença é marcada pela intervenção no debate político em torno de três temas: a defesa da justiça social, com a consequente crítica às políticas consideradas neoliberais, de desregulamentação dos mercados e de redução dos gastos sociais, aumentando o processo de empobrecimento da maioria dos latino-americanos; a defesa da moral sexual tradicional e a legitimação política e institucional do Catolicismo, diante do Estado, à luz da concorrência das igrejas evangélicas, sobretudo as pentecostais. Para esses autores, a influência da Igreja sobre as elites e os governos é menos eficaz no primeiro ponto e mais eficaz nos dois últimos; diante da população mais pobre, o tema da justiça social é mais bem aceito que os temas de caráter moral e ético. Destaca que a presença da religião no cenário político tornou-se ainda mais importante durante a guerra fria, despertando o interesse de scholars diante dos fenômenos religiosos e, particularmente, diante do Catolicismo progressista e da emergente Teologia da Libertação; passaram também a se interessar pelo tema da religiosidade popular. Para essa autora, a Igreja desempenha um papel destacado diante das crises econômicas e políticas da América Latina e o processo de globalização vem transformando a religião, facilitando uma recomposição do Catolicismo, já que um Estado enfraquecido necessita da presença crescente das organizações religiosas nas políticas públicas. Outra hipótese sua é a de que a Igreja no Brasil adquiriu prestígio e poder ao ajudar o país a voltar à democracia, em 1985,e que, agora, ela enfrenta um desafio mais difícil e complexo, ao tentar manter sua influência numa sociedade cada vez mais pluralista, também caracterizada pela competição religiosa, dentro de um cenário democrático. As realidades diversificadas, tais como os sistemas políticos, a natureza dos problemas sociais, econômicos e políticos e a viabilidade dos recursos humanos e materiais da Igreja. De certo modo, essas diversas abordagens encontram eco e respaldo nas análises da CNBB. As religiões que tiveram a capacidade de reger a vida social, hoje são apenas uma das possíveis fontes de sentido para o mundo e a pessoa. A modernidade obriga, pois, as Igrejas a renunciarem a qualquer pretensão de impor à sociedade seus princípios e normas. No que se refere a cultura é redundante afirmar que a cultura brasileira está impregnada de catolicismo. O português que aqui chegou já se criara num contexto multissecular de cristianismo, suas expressões sociais fazendo-se expressões da religiosidade própria desse cristianismo. A cultura é, pois, a forma que a totalidade das relações sociais − em todos os seus aspectos pois − assume ao longo do tempo. No caso do Brasil, todos os costumes, crenças, comportamentos, atitudes e ensinamentos do catolicismo estão enraizados até hoje no cotidiano cultural do seu povo. Procissões, romarias, jubileus, milagres, relíquias, indulgências, compõem todos, um quadro em que se manifestam e se escondem os dois polos dos sentimentos da devoção portuguesa, o de tudo poder, pelos Santos, e o de nada poder, pela própria condição. Quando, depois, se compara o estilo de comportamento social, se percebe a identidade de matriz. Para Dom Murilo S.R. Krieger, Arcebispo de São Salvador da Bahia, há cinco contribuições do catolicismo na formação da cultura brasileira. A fé, as obras assistenciais e educacionais, a arte, o espírito de fraternidade e a família. E relação a fé, Krieger ressalta que enquanto a maioria dos povos conheceu a Cristo e ao Evangelho depois de séculos de História, o Brasil nasceu cristão. Junto com as caravelas de Pedro Álvares Cabral e com os primeiros portugueses estavam os franciscanos, notadamente Frei Henrique de Coimbra. Entre os primeiros atos nesta terra, destacam-se a cruz que foi erguida e a missa que foi celebrada. D. João III (1502 – 1557), décimo quinto rei de Portugal, cognominado ―o Piedoso‖, ―o Pio‖, pela sua devoção religiosa, escreveu ao primeiro governador do Brasil, Tomé de Souza: ―A principal causa que me levou a povoar o Brasil foi que a gente do Brasil se convertesse à nossa santa fé católica‖. Os colonizadores portugueses consideravam a conquista do Brasil uma verdadeira ―cruzada‖. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) Dom Murilo, em seu artigo, fala que é preciso reconhecer que nem todos os que vieram para estas novas terras estavam empenhados em agirem com santos propósitos, que houve erros, exageros e atitudes deploráveis, porém, essas atitudes não podem apagar as ações benignas e construtivas de tantos outros que dedicaram a sua vida pela fé. Cita vários exemplos, como o de José de Anchieta, que se colocou decididamente ao lado das populações indígenas, aprendeu sua língua, assimilou os seus gostos, adaptou-se à sua mentalidade, defendeu sua vida e, ao mesmo tempo, anunciou-lhes as verdades de Jesus Cristo, convertendo-os ao Evangelho, batizando-os e integrando-os na Igreja. Manoel da Nóbrega e uma multidão de missionários que nada tomaram desta terra, nada levaram deste país e que trabalharam – e só Deus sabe com que sacrifícios – para evangelizar e defender os índios. A grande maioria desses missionários morreu aqui mesmo, normalmente mais pobres do que quando chegaram. O resultado dessa presença evangelizadora pode ser facilmente constatado até em aspectos externos: muitas cidades brasileiras foram construídas em torno de uma igreja; o nome de um significativo número delas se deve ao santo do dia em que foi fundada; a vida dessas cidades girava em torno das festas religiosas. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) Segundo Krieger, com a fé católica, nosso povo herdou a capacidade de respeitar o diferente. Vemos a capacidade de nosso povo de se relacionar com pessoas de outras crenças, embora esse respeito possa levar, por vezes, a um sincretismo que é negativo para os dois lados. Não havia, nos primeiros tempos do Brasil, a ideia de que deveria caber ao governo a preocupação com aquelas que são as necessidades básicas da população – necessidades hoje apontadas e protegidas pela nossa Constituição. A visão da Igreja Católica voltada para essas necessidades foi fundamental para se ter o que existe hoje, como ressalta Krieger: Tendo em vista essas necessidades básicas da população, que não tinham proteção alguma por parte do Estado, a Igreja se viu na obrigação de fundar escolas, de incentivar a formação de Irmandades para assumirem Santas Casas de Misericórdia (a de Salvador é de 1549!), além de fundar seus próprios hospitais, creches e asilos. As obras de misericórdia fazem parte do ser da Igreja (cf. Mt 25: Julgamento Final) e, por isso, era natural que a Igreja investisse em trabalhos que favorecessem os mais necessitados. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) Em relação à arte, krieger afirma que: ―A vida religiosa no Brasil foi retratada por meio da arte sacra.‖. O apreço que a Igreja tem pela arte parte de uma constatação: Deus, ao enviar ao mundo o Seu Filho Jesus, para que assumisse a nossa carne, nos ensinou que podemos valer-nos das coisas materiais em nossa busca de Deus; podemos tentar expressar o invisível pelo visível. Creio que uma das mais destacadas contribuições da Igreja Católica na História do Brasil foram as produções artísticas barrocas luso-brasileiras (séculos dezessete e dezoito), que tiveram como principal expoente o artista plástico Aleijadinho. Nossa cultura está impregnada, desde o descobrimento, pelos valores da fé e da capacidade que esta fé tem para integrar raças e etnias diferentes. Juntamente com a língua, a fé católica da maioria de nosso povo foi um grande fator dessa integração, que se conseguiu, apesar das enormes distâncias, das difíceis comunicações e das diversidades climáticas. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) A fé cristã católica respeita as expressões culturais de qualquer povo, desde que sejam verdadeiros e autênticos valores. Isso não nos exime de anunciar o que é fruto de nossa convicção: ―Todo homem deve poder encontrar-se com Jesus Cristo‖ (João Paulo II, Encíclica Redemptores Hominis, 13). Sendo a fraternidade uma lei fundamental do cristianismo, influenciados pela fé católica, o catolicismos trouxe para esta terra a busca para uma convivência harmoniosa e construtiva com os diferentes povos, segundo Dom Murilo Krieger. É bem verdade que, em alguns pontos da história houve muitas divergências e até imposições da fé, porém, Krieger assegura que o Brasil oferece ao mundo um grade exemplo de harmonia entre raças, mesmo diante das dificuldades ao longo da história. ―Todo homem, aliás, necessita de Cristo – homem perfeito e salvador do homem. Cristo é a luz que, integrada nas mais diversas culturas, as ilumina e eleva por dentro. A fé cristã não está em contradição nem mesmo com os valores religiosos da religião de cada povo, pois revela-lhes a verdadeira face de Deus, que é Pai.‖ (João Paulo II, Salvador – BA, 07.07.80). Diante da temática família, Krieger afirma que: ―Uma das maiores riquezas que recebemos dos portugueses foi o valor que já no século XVI eles davam à família. O papel dela é o de prestar um serviço ao amor e à vida. A saúde e o bem-estar da sociedade passam necessariamente pela família. Destruí-la é destruir a sociedade; construí-la é colocar os alicerces para uma sociedade harmoniosa.‖ (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) O ditador russo Gorbachev, que mudou radicalmenteo seu país, ao dirigi-lo de 1985 a 1991, escreveu um livro sobre seus sonhos: ―Perestróica‖ – palavra que significa ―reconstrução‖. Ali ele observou que uma das causas do fracasso soviético no que diz respeito ao marxismo foi a tentativa de acabar com o modelo tradicional da família, passando a educação das crianças para o Estado. No Brasil, embora ainda exista a consciência de uma boa parte da população em preservar a família e sua valorização, de contrapartida, segundo Dom Murilo, existem muitos que tem tentado destruir e ridicularizar o modelo de família que a palavra de Deus apresenta, aquela formada por pai, mãe e filhos. Há os que pretendem dar o nome de ―família‖ a qualquer grupo de pessoas. Podem ter certeza: a partir do momento em que a família – que chamo de ―tradicional‖, como poderia chamar de ―bíblica‖ –, deixar de ser vista como um valor vai multiplicar-se em nossa sociedade aqueles problemas que já sabemos a que nos levarão. (Krieger, Dom Murilo S. R, 2013) A visão do catolicismo em relação à família vem sendo contestado ao longo dos anos e nos últimos anos essa contestação tem se intensificado. Porém, é inegável que a constituição da família tradicional defendida pela igreja, faz parte da cultura do povo brasileiro e não é muito inteligente destruir uma cultura tão enraizada em um povo. A Igreja católica, desde o período colonial, atribuiu um valor missionário à educação, iniciando com a vinda dos jesuítas para o Brasil, em 1549, com o objetivo de exercerem principalmente um papel pedagógico pela catequese e pela educação formal. Após a separação de Igreja e Estado, em 1890, a Igreja procurou atribuir à educação um papel importante na restauração da hegemonia. iniciativas de criação de escolas, seja de educação formal, seja escolas paroquiais, colégios e, mais tarde a primeira Universidade, tiveram como eixo precisamente a restauração romanizada da Igreja e a restauração da hegemonia abalada com a ruptura da aliança com o Estado. As instituições escolares dos jesuítas não apenas ensinavam as primeiras letras, e conhecimentos gerais básicos, assim como preparava os filhos das classes dominantes para entrarem em Universidades estrangeiras, mas também tinham por missão o ensino dos princípios da doutrina cristã e a propagação da fé católica. A educação no Brasil tem grande influência das primeiras escolas criadas pelo catolicismo que mesmo diante da separação da igreja e do estado, onde ocorreu a perda da hegemonia católica, a igreja foi um alicerce fundamental no processo educacional e nenhum ato contestado ao longo do tempo, é capaz de apagar o primordial trabalho realizado na educação brasileira. O Papa Francisco aponta para o fato de que qualquer tipo de mudança estrutural (conversão?) passa por um ―caminho educativo‖, isto é, passa pela educação, passa pelo ensino e, portanto, envolve instituições como a família e as universidades. As características do catolicismo brasileiro de acordo com a revista América, os católicos brasileiros são os que mais associam a imagem de Deus com o amor e com uma mãe, em todo o mundo. Eles também são mais propensos a verem a natureza humana como boa, em vez de corrupta, e o mundo como bom, em vez de mau. Os católicos brasileiros são menos propensos a acreditar na literalidade da Bíblia, em comparação aos evangélicos. Quase 75% rezam todos os dias, mas apenas 12% se envolvem em atividades da igreja; apenas 26% dizem que são "muito religiosos". No Brasil, os católicos são menos conservadores que os evangélicos em assuntos como sexo antes do casamento, coabitação antes do casamento, homossexualidade e aborto. Segundo pesquisa de 2014, a maioria dos católicos brasileiros (51%) são a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, número que cresce para 54% entre os sem religião e decresce para 25% entre os evangélicos. 84% afirmam que o uso de métodos contraceptivos não é moralmente errado; 76% são contra o aborto legal em todos os casos ou na maioria deles; 47% que fazer uso de bebida alcoólica é moralmente errado; 17% que o divórcio é moralmente errado; 44% que o sexo fora do casamento é moralmente errado; 68% acreditam na evolução das espécies; 56% dizem que os padres https://pt.wikipedia.org/wiki/Amor https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3e https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia https://pt.wikipedia.org/wiki/Conservador https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Aborto https://pt.wikipedia.org/wiki/Casamento_entre_pessoas_do_mesmo_sexo https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem_religi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Sem_religi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todos_contraceptivos https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todos_contraceptivos https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_das_esp%C3%A9cies https://pt.wikipedia.org/wiki/Padre deveriam poder se casar; 78% que mulheres deveriam poder ser ordenadas na igreja; 64% que a religião deve ser mantida separada de políticas de governo. Em todas as áreas da história do povo brasileiro, desde a colonização até os tempos presentes, tem a influência do catolicismo de forma viva e atuante. Em alguns pontos essa influência foi demasiadamente constrangedora e até traumática, porém, em sua grande maioria, nota-se um grande e promissor benefício na formação desse povo. 3 VIVÊNCIA DE ESTÁGIO O Estágio vem ser uma reflexão do fazer pedagógico para a construção de uma identidade profissional, também sendo um campo do conhecimento pelo qual aproxima o estagiário da sua futura profissão que irá exercer, com as pessoas e com as práticas que irá trabalhar para que assim sejam menos dificuldades a serem enfrentadas. Ao iniciar o Estágio Supervisionado I, na segunda Licenciatura em História, fui surpreendida com uma nova realidade educacional devido a situação pandêmica da COVID 19 em que se encontra o mundo inteiro. Confesso que me senti meio fora do contexto, meio perdida e sem um norte a seguir. O Estágio se daria de forma virtual, tanto no contexto da observação das escolas, que se teve que coletar os dados através de sites e redes sociais das mesmas, como no contexto da prática pedagógica que deveria ser desenvolvida em ambientes virtuais com pouquíssimos recursos diante da realidade da educação pública do nosso País e diante da falta de recursos individuais de nossos estudantes. Senti-me desafiada, porém motivada. A observação das duas escolas escolhidas, a Escola de Ensino Fundamental Francisco Sá e a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Tabelião José Ribeiro Guimarães, se deu através do site do INEP, redes sociais e de informações coletadas na Secretaria de Educação e nas próprias escolas por mecanismos online. Pode-se observar que as duas escolhas tem um número expressivo de alunos, um quadro de profissionais que atendem a demanda existente e uma estrutura física, embora com muitas necessidades ainda a serem supridas, que atende a maioria das necessidades do corpo escolar. As escolas contam com as aulas online através de plataformas gratuitas mas de poucos recursos dinâmicos para aulas mais atrativas e foi necessário se adaptar a elas pois eram os recursos que eram dispostos aos estudantes. A elaboração do produto virtual foi feito dentro das possibilidades existente e disponibilizadas pelas escolas em suas aulas virtuais. Houve uma excelente aceitação por parte dos alunos e uma ótima avaliação por parte dos professores e coordenadores das escolas. O produto virtual foi baseado, em sua totalidade em pesquisas em sites, materiais de autores com opiniões diversas e conversas abertas com os estudantes durantes as aulas sobre a temática escolhida que se gerou um maior conhecimento do assunto. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) Diga-se que o estágio é o caminho mais viável para futuras práticas na profissão do acadêmico. Mas que é um caminhoárduo a ser prosseguido, porém no deixando de proporcionar bons frutos e coisas positivas. E que no final sempre tiramos algumas aprendizagens dessa experiência. A experiência desse estágio foi única e desafiadora, por se tratar de um momento de transformação da educação como um todo e que para a vida profissional do professor tem sido desafiador. As novas tecnologias ainda pouco exploradas e disponibilizadas pela educação pública no Brasil, tem dificultado a prática pedagógica que deve ser diversificada no parâmetro atual. Porém, essa experiência tornou-se de grande relevância na formação acadêmica e profissional de quem por ela passou. Acredita-se que o estágio é a etapa mais complexa da vida de um universitário, pois tem que conciliar os estudos de outras disciplinas com o estágio, outras atividades acadêmicas, um período de atribulação que todo acadêmico passa. As universidades devem criar metodologias, ou aperfeiçoá-las para os estagiários não encontrem dificuldades que lhes desmotivem, é uma etapa da vida acadêmica muito importante e deve ser melhor acompanhada e orientada. 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Catolicismo no Brasil, em: Revista Vozes, Petrópolis, 63, 2, 1969, 117- 124. AZEVEDO, Thales. Implicações metafísicas do estudo científico da religião, em Religião e Sociedade, 13/1, 1986, 42-44. AZEVEDO, Thales. O CATOLICISMO NO BRASIL, UM CAMPO PARA A PESQUISA SOCIAL. EDUFBA Salvador, 2002. PAPA FRANCISCO: Carta Encíclica Laudato Si. Roma, 24/05/2015 Artigo de Pós-doutorado, A EDUCAÇÃO COMO MISSÃO: PRESENÇA DA IGREJA CATÓLICA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (1978-2010) - UM PROJETO MISSIONÁRIO? – PUCPR - 2015 https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/a-igreja-e-a-colonizacao https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-do-brasil/igreja-catolica-no-brasil https://abi-bahia.org.br/a-importancia-do-catolicismo-na-formacao-da-cultura-brasileira/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica_no_Brasil ANEXO I
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