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Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Biologia Molecular 1 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖ Uma carta ao consumidor Este resumo foi feito com base nas aulas de Biologia Molecular ministradas no curso de medicina. Ele foi feito com base nas aulas ministradas e na bibliografia indicada. O resumo procura ser o mais completo e correto possível, porém é um documento passível de erros. Ele foi elaborado por uma estudante que só queria encontrar métodos eficientes para estudar. Ela não se responsabiliza pelos efeitos causados pelo resumo, sendo completamente livre de suas consequências. Esperamos que este documento consiga ajudá-los em algo, foi feito com muito esforço e dedicação. Boa sorte, Marina. 2 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖ Sumário Uma carta ao consumidor 2 Sumário 3 Ciclo celular 4 Ácidos Nucleicos 7 Organização do genoma humano 11 Genoma Humano 13 Gene e transcrição 18 Transcrição: processamento do RNAm 20 Tradução 21 Degradação, Enovelamento, Endereçamento e Modificações de proteínas 23 Regulação gênica em eucariotos 32 Mutações gênicas 36 Replicação do material genético 38 Controle do Ciclo Celular 41 3 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Ciclo celular Interfase → É a maior parte do ciclo celular • G1 e G0 (exerce sua função) - Nessa fase, temos 46 moléculas de DNA que correspondem a 46 cromossomos, ou seja, os cromossomos encontram-se na sua forma simples I (não duplicada). Portanto, temos cada cromossomo com a dupla fita de DNA. 1 cromossomo : 1 molécula de DNA 46 cromossomos I : 46 moléculas de DNA - Nessa fase os cromossomos não são visíveis. Em toda a interfase não enxergamos os cromossomo, pois o DNA está em forma de cromatina - A fase de G1 é a que representa a maior duração do ciclo celular da célula. Portanto, na maior parte da vida da cél, teremos 1 cromossomo para cada molécula de DNA→ Quando o cromossomo está visível, significa que ele já duplicou o seu material genético, ou seja, ele está com 2 moléculas de DNA (a única forma visível do cromossomo é na sua forma duplicada!) • S (duplicação) - Nessa fase irá ocorrer a duplicação. Assim, ao final dela, teremos 92 moléculas de DNA compondo cada cromossomo duplicado. Portanto, teremos 92 moléculas de DNA e 46 cromossomos duplicados X. Isso porque, cada DNA replicado será unido à sua réplica pelo centrômero, formando o cromossomo duplo. 1 cromossomo X : 2 moléculas de DNA 46 cromossomos X : 92 moléculas de DNA - Cada cromossomo duplicado apresenta 2 moléculas de DNA que correspondem justamente às cromátides. Portanto, no cromossomo duplo temos 2 cromátides irmãs. 4 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV 1 cromossomo X: 2 DNA = 2 cromátides irmãs 46 cromossomos X : 92 DNA = 92 cromátides irmãs - As cromátides irmãs unidas garantem que cada molécula de DNA idêntica vá para cada célula ao final da divisão celular. - A linha que delimita as cromátides irmãs no cromossomo duplo é denominada sulco. Já a região de constrição é denominada centrômero. Além disso, os cromossomos duplos podem ser classificados de acordo com a posição dessa constrição. No caso abaixo, trata-se de um cromossomo metacêntrico. • G2 (prepara para entrar na mitose) - Nessa fase o cromossomo duplicado passa por uma checagem para então seguir para a divisão celular. ● Divisão Celular (Mitose) 1. Prófase 2. Metáfase 3. Anáfase 4. Telófase Obs: Desde a fase S até a metáfase, temos: 46 cromossomos duplos = 92 moléculas de DNA = 92 cromátides irmãs. 1. Prófase É nessa fase que o cromossomo começa a se condensar. 5 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV 2. Metáfase Na metáfase temos 46 cromossomos duplicados, ou seja, 92 moléculas de DNA que correspondem às cromátides irmãs. 46 cromossomos X = 92 moléculas DNA = 92 cromátides Nessa subfase da divisão celular, teremos a condensação máxima dos cromossomos, sendo portanto o melhor momento de visualização dos cromossomos na microscopia. 3. Anáfase Durante a vida da célula, ela poderá apresentar, momentâneamente, 92 cromossomos. Isso porque na anáfase teremos a separação das cromátides irmãs dos cromossomos duplicados, formando cromossomos simples, sem que ainda tenha ocorrido a divisão citoplasmática. Assim, a célula passa a ter 92 cromossomos simples ou filhos. 1 cromossomo simples : 1 molécula de DNA 92 cromossomos simples : 92 moléculas de DNA 4. Telófase Na telófase, temos 46 cromossomos simples dentro de cada núcleo da célula que está sendo formada. Portanto, cada núcleo terá 46 cromossomos. Porém, se ainda não tiver ocorrido a citocinese (divisão do citoplasma), podemos considerar que a célula ainda se encontra com 92 cromossomos simples. Obs: Note que o termo “cromátides irmãs” é a mesma coisa que “cromossomo simples”, porém são atribuídos nomes distintos de acordo com a fase do ciclo celular. Então, nós falamos “cromátides irmãs” quando os “cromossomos simples” estão unidos pelo centrômero, enquanto que o termo “cromossomo simples” torna-se correto quando essas “cromátides irmãs” se “soltam” do centrômero. 6 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Ácidos Nucleicos RNA e DNA são polímeros de ácidos nucleicos. Estes ácidos nucleicos são formados por uma pentose, um fosfato e quatro tipos de bases nitrogenadas. Uma ligação glicosídica une a pentose com a base nitrogenada e posteriormente são transferidos os fosfatos. Existem diversos ácidos nucleícos: ADP, ATP, AMP, UDP, GTP, AMPc… Existem também dois tipos de pentose, a ribose e a desoxirribose, a diferença entre elas está no carbono dois onde a desoxirribose apresenta um oxigênio a menos. Comumente a ribose é utilizada para a produção de RNA e a Desoxirribose para a produção de DNA. Na ribose no carbono dois temos a presença de um oxigênio, enquanto na desoxirribose essa hidroxila não está presente e temos apenas o hidrogênio. É muito importante sabermos a numeração dos carbonos na ribose. O carbono 5’ é localizado fora do anel da pentose As bases nitrogenadas são compostas por anéis contendo nitrogênio. Elas se diferenciam em 5 tipos e de acordo com sua estrutura química. Quando possuem um anel só são pirimidinas e quanto tem dois anéis são purinas. 7 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Adenina e Guanina são purinas, Citosina e Timina são as pirimidinas, eles compõem os nucleotídeos do DNA. Já as pirimidinas Uracila junto com a Citosina são as pirimidinas do RNA. Uma fita de nucleotídeos se forma por meio de ligações diéster. Monômeros em trifosfato irão se unir para formar uma cadeia, uma macromolécula.Na hora dessa ligação fosfodiéster ocorre uma clivagem entre o primeiro e segundo fosfato, gerando uma reação de forte energia que irá unir o primeiro fosfato do 5’ carbono com a hidroxila do 3’ carbono, liberando um oxigênio negativo que irá se juntar com o hidrogênio existente no meio, formando uma molécula de água (reação de condensação).É importante lembrar que as ligações sempre ocorrem nesse sentido 5’ → 3’. Dessa forma a leitura do DNA é sempre feita no sentido 5’ → 3’. Para o pareamento da dupla hélice ser estável temos a presença de pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. As ordens sempre serão (no DNA) Adenina - Timina (duas pontes de hidrogênio) e Citosina - Guanina (3 pontes de hidrogênio). 8 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Assim sabendo uma fita de DNA nós conseguimos saber a outra: 5’ACTGGATT3’ 3’TGACCTAA5’ O RNA simples fita mas com regiões em duplas hélice, semelhante a grampos de cabelo ‘hairpin loops’. A fita de DNA que gera um RNA aparentemente semelhante é chamada de fita codificante, enquanto a outra fita é chamada de fita complementar. No momento da produção de RNA, a fita complementar é que será usada como molde, para que o RNA forme uma fita ‘complementar a fita complementar’, ou seja uma fita de RNA 9 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV que seja complementar ao DNA molde/complementar que é semelhante a informação carregada pela fita decodificante. 5’ACTGGATT3’ → fita codificante 3’TGACGTAA5’ → fita complementar (molde) 5’ACUGCAUU3’ → fita de RNA com informação semelhante a fita molde. Sempre que ambas as fitas estão juntas não importando sua etiologia (DNA, RNA) elas sempre estão no sentido antiparalelo, ou seja, elas ficariam uma no sentido 5’→ 3’ e outra no sentido 3’ → 5’. 10 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Organização do genoma humano No núcleo existem proteínas denominadas histonas que sempre se apresentam em conjuntos de oito, formando octâmeros. O DNA segue dando voltas nessas proteínas, formando um nucleossoma.Essa sequência de nucleossomas que vamos chamar de cromatina, formando uma fibra um pouco mais grossa e coesa. Ela que irá se enovelar e dar origem ao cromossomo. O nucleossoma é composto por 8 histonas + 1 histona H1, servindo como uma espécie de presilha, e as duas voltas de DNA dupla hélice. Um conjunto de nucleossomos que se dobra em zigue-zague acaba se agrupando, formando uma fibra mais grossa chamada de solenóide. Os nucleossomos se juntam e se dobram pois a histona H1 apresenta afinidade entre si, formando parte dos dobramentos e consequentemente o solenóide. Existem proteínas responsáveis por organizar a estrutura deste solenóide para a formação do cromossomo. A condensina é o principal componente do cromossomo mitótico, responsável pela condensação do cromossomo. Esta proteína tem a capacidade de formar laços, um ao lado do outro. Isso ocorre até que o DNA dupla-hélice adquira uma aparência helicoidal. ESQUELETO DO CROMOSSOMO → ESTRUTURA DE CONDENSINA Aos poucos as condesinas vão se unindo e aos poucos estruturando-se a forma dos 11 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV cromossomos como estamos acostumada a ver nos livros. Existe uma outra proteína denominada Coesina, responsável por manter as cromátides irmãs unidas. As proteínas não histonas são aquelas que foram o arcabouço e dão estrutura ao cromossomo: coesinas e condensinas. - essas proteínas só começam a atuar quando a célula está se preparando para a divisão celular, caso contrário não há necessidade de estrutura, e o DNA está em sua forma de cromatina. ● Núcleo interfásico: Eucromatina = menos condensada genes transcricionalmente ativos Heterocromatina = mais condensada genes transcricionalmente inativos. Os cromossomos apresentam bandas mais claras e bandas mais escuras, tendo regiões de eucromatina (ATIVA) e heterocromatina (INATIVA). Em qualquer célula em estado super condensado conseguimos encontrar células nessa mesma condição. Os telômeros estão presentes em região de heterocromatina, onde não há a presença de genes. O braço longo é o ‘q’ e o braço curto é o braço ‘p’ do cromossomo. 12 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Genoma Humano Um mesmo gene pode codificar mais de um tipo de proteína dependendo da célula onde esse gene é expresso. Os genes têm íntrons e éxons. - O gráfico acima mostra que 1,5% do nosso genoma são codificadores de proteínas, ou seja, são sequências relativas aos éxons (trechos codificantes dos genes). Ainda fazendo parte dos genes, temos introns, que são as porções não codificantes. Note que os genes (porção vermelha + laranja) correspondem a cerca de ¼ do nosso genoma, em que aproximadamente 1% é realmente codificante. - O resto do genoma acaba sendo dividido em algumas porções ● Miscelânia: é a porção em que não se sabe o que faz e não entra em categoria alguma ● Sequências repetidas longas: são porções que ocupam grande volume do DNA, como os telômeros e os centrômeros, ou seja, toda ponta e toda região centromérica de cromossomo são porções que se repetem e são desprovidas de genes. ● Duplicações de segmentos: partes duplicadas de DNA, ou seja, são repetidas no genoma também ● Repetições de sequências simples: são trechinhos repetidos enfileirados e seguidos, variam muito entre os humanos (podem indicar origens). - Por fim, tudo aquilo que está em cinza é resquício evolutivo, uma vez que está presente em quase todos os seres vivos. Tratam-se de elementos de transposição, ou seja, trechos de DNA que se retiram e se inserem no genoma denominados 13 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV transposons (elementos transponíveis de DNA), retrotransposons (sequências que vem a partir de RNAs e se inserem no genoma), SINEs (Elementos Nucleares Entremeados ou intercalados Curtos) e LINEs (Elementos Nucleares Entremeados Longos) → Não se sabe o que é tudo isso, nem o porquê de um volume tão grande disso. - DNA repetitivo disperso ● SINEs ● LINEs ● Transposons ● Retrotransposons - DNA repetidos seguidamente (repetições em tandem = seguido, ou seja, não espalhado) → é a porção informativa ● Centrômeros ● Minissatélites ● Microssatélites * Os micro e minissatélites se diferenciam pelo tamanho → Mini > Micro * Micro e minissatélites, que correspondem a 3% do genoma, são as porções informativas, apresentando relevância na identificação humana, uma vez que elas variam muito entre as pessoas. Aquilo que varia muito entre os indivíduos, denominamos região polimórfica do genoma ou polimorfismo genético ou polimorfismo gênico ● Polimorfismo Gênico - Não necessariamente está em um gene, pois pode estar em um locus gênico, que é um lugar do genoma. - Se toda a população for igual para uma determinada porção do genoma, então ela não será uma região polimórfica. De forma oposta, se uma determinada população apresentar uma variação em uma porção do genoma que é diferente de outra população e isso for frequente em mais de 1% da população, aí teremos o que chamamos de polimorfismo gênico, ou seja, essa região do DNA é polimórfica. 14 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV - Os polimorfismos são porções pequenas do nosso genoma, altamente variáveis entre as pessoas,mesmo que elas sejam consideradas geneticamente “iguais” (lembrando que temos cerca de 99,5% de compatibilidade do nosso DNA) As regiões variantes de micro e minissatélites são muito úteis para mapear genes em estudos de parentesco (teste de paternidade) e medicina forense, por exemplo. Isso porque, são regiões muito variáveis entre as pessoas, mas muito semelhantes, e até idênticas, quando essas pessoas são parentes, o que confere o seu poder informativo. ● Mini e Microssatélites Essas regiões de mini ou micro satélites, que variam em número de repetições seguidas (2x, 4x, 6x, etc), vão estar presentes em várias partes do nosso genoma, majoritariamente entre genes (quando dentro dos genes, normalmente estão em regiões de íntrons). Elas servem para mapear genes em vários estudos que envolvam humanos. - A análise de micro e minissatélites é chamada de VNTR (Número Variável de Repetições em Tandem). Exemplo 1: Minissatélite A figura mostra um minissatélite, em que cada retângulo, presente em cada molécula de DNA, apresentará essa repetição de nucleotídeos. Os números 12 e 17 referem-se ao número de repetições em cada cromossomos e, como são mais de 10 repetições em ambos, então é um minissatélite. Considerando que no meu cromossomo 1, por exemplo, eu tenha um minissatélite, ou seja, uma região variável em um certo locus do meu cromossomo 1. No cromossomo herdado da minha mãe, ou seja, no alelo que eu herdei da minha mãe,, nesse mesmo lugar do DNA investigado, há 12 repetições em tandem desse minissatélite (dentro de cada retângulo está escrita essa sequência de nucleotídeos do minissatélite). Já, no alelo que eu herdei do meu pai há 17 repetições dessa sequência de nucleotídeos. Portanto, eu tenho uma origem de 12 repetições proveniente da minha mãe e, 17, do meu pai. Caso eu queira comprovar parentesco, eu posso estudar essa mesma região 15 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV no cromossomo da minha mãe e do meu pai, em que eu terei que encontrar 12 repetições na minha mãe e 17 no meu pai. Por isso que essas repetições ajudam a identificar e mapear indivíduos. Note que o filho já sofreu uma variação ao herdar esses cromossomos com essas repetições, inclusive varia em 50% caso esse filho tenha um irmão. Em geral, dizemos que há uma homologia de 50% entre irmãos devido a possibilidade de recombinações. ● Polimorfismo de nucleotídeo único (SNP) SNPs são mais aplicáveis na medicina (exceção da identificação e medicina forense), uma vez que são variações relacionadas aos fatores genéticos que predispõem a doenças → Ex: Em uma família de pessoas hipertensas, qual é a chance de um descendente ter hipertensão? - Esse fator genético costuma ser pequenas variações dentro de genes, na maior parte das vezes, que estão fazendo com que a proteína / enzima esteja funcionando um pouco diferente, predispondo a uma certa condição. A mesma coisa ocorre para medicamentos associadas a resposta a drogas (diferença da enzima, de proteína transportadora, receptor, etc). - Quando em regiões intergênicas, acabam não alterando em nada do aspecto médico, apenas para filogenia e ancestralidade, mas quando estiver em região em que há expressão gênica, aí pode estar relacionado a fatores predisponentes a doenças e efeitos de drogas. ● DNA mitocondrial DNA circular pequeno em fita dupla que não apresenta íntrons nem histonas. É autorreplicativo, super enrolado e compacto. São derivados por herança materna. A transcrição e a tradução acontecem na matriz mitocondrial. O número de mitocôndrias varia por célula dependendo da sua necessidade de geração de energia. ● O gene O gene é composto por diversos elementos, e são compostos de segmentos funcionais do DNA. Todo gene relacionado a uma proteína 16 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV apenas (um RNA) é chamado de monoscistrômico, ele é interrompido por sequências não codificantes chamadas de íntrons. Dentre eles temos: - Um promotor que será a sequência responsável pro promover o início da transcrição gênica localizado exatamente anterior ao gene na ponta 5’, sempre, sem exceção. Está próxima ao 1º éxon. Ele inicia a transcrição. São mais comumente encontrados os elementos TATA, CAAT e GC boxes onde se ligam os fatores de transcrição. - Os éxons são as porções que de fato apresentam informação codificante. - Os íntrons, porções não codificantes dos genes, localizadas entre os éxons, ‘intrusos’. - Reguladores que podem estar localizados longe do gene mas são responsáveis por regular a quantidade de vezes que determinado gene será transcrito. Podem ser amplificadores ou inibidores da transcrição. - Sequências de terminação próximo a uma região AATAA, marcam o fim da transcrição e o desligamento da RNA polimerase do DNA. Do primeiro éxon e do último éxon nem tudo deles é codificante - como mostrado na figura pela porção azulada. Esses éxons são assim pois o processo de tradução começa e termina nesta porção vermelha não atingindo a parte azul. Essa porção chamamos de 5’UTR e 3’UTR. Para falar de algo que está antes da margem 5 linha nós dizemos a5’ (a montante, upstream) e depois de 3 linha nós dizemos a3’ (a jusante, downstream). Como as proteínas ativadoras atuam? Elas se agrupam aos fatores de transcrição aumentando sua potência ou inibindo seu funcionamento. 17 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Gene e transcrição A transcrição é o processo pelo qual são sintetizados todos os RNA celulares. Esse processo conecta a informação presente no genótipo (DNA) e no fenótipo regulando e levando as características funcionais da célula. A enzima responsável pela transcrição é a RNA polimerase dependente de DNA. O processo começa com o ínicio onde temos os genes promotores que sinalizam o local de formação do complexo RNA-DNA para o início da transcrição. Em seguida temos a fase de alongamento da cadeia, onde a molécula de RNA é sintetizada e por fim a fase de terminação onde os códons terminadores irão indicar que ali é o local de fim do processo de transcrição. No DNA temos a fita codificante e a fita complementar ou molde. Essas duas fitas compõem o DNA dupla fita e são antiparalelas, sendo que uma está no sentido 5’→ 3’ e a outra no sentido 3’→ 5’. Dessa forma a RNA polimerase irá utilizar a fita molde para a formação do RNA e esse será igual ao DNA codificante com exceção da troca de bases A por U. No núcleo da célula após a transcrição o transcrito primário vai sofrer diversas modificações, até se tornar de fato um RNA maduro. Depois que ocorre a transcrição do RNAmensageiro primário vai receber o CAP vai ser adicionado na margem 5’ e a cauda de PoliA na extremidade 3’ para dar 18 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV estabilidade ao RNA mensageiro e impedir que ele seja degradado. O CAP estabiliza e protege o RNAm da degradação. A cauda poliA na extremidade 3’ adiciona um monte deA e quanto mais extensa essa cauda mais estável ela é no citoplasma. Em seguida temos o processo de Splicing para a retirada dos íntrons, por meio do spliceossomo (conjunto de enzimas formado por proteínas, pequenas RNAm). Existem sequências de consenso que são reconhecidas pelo spliceossomo que irão retirar essas porções em específicas ( começando em regiões que se iniciam com região GU e finalizando com AG). Na porção final temos a presença de um A que irá atuar formando um laço que será retirado, retirando assim o íntron e ligando os éxons. Então quando o RNA estiver madura ele sai e vai diretamente para o citoplasma. Splicing alternativo → quando o RNAmensageiro no momento do splicing sofre seleção de alguns éxons, podendo formar algumas proteínas diferentes (isoformas de uma mesma proteína) que dão origem a proteínas com estruturas diferentes, então ocorre alguns éxons e reordenamento de éxons. 19 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Transcrição: processamento do RNAm O RNAtransportador (não será traduzido) apresentam transcrito precursor passando diversas modificações: em primeiro lugar ocorre uma clivagem nas extremidades 5’ e 3’, em seguida ocorre uma clivagem dessa alça removendo o íntron e deixando apenas a região do anticódon.Algumas bases são adicionadas na extremidade 3’ (essa extremidade que irá se grudar a base nitrogenada). Um RNA de fita simples consegue formar alças devido à atração química de suas próprias bases que se juntam e se enovelam. São formados no núcleo. O RNAribossomal é funcional e não será traduzido, é responsável por formar o esqueleto do ribossomo. No transcrito primário do RNAribossomal nós temos a presença de nucleotídeos que não podem ser degradados porque estão metilados. Dessa forma ocorre uma degradação dos nucleotídeos não metilados restando as outras porções que darão origem aos RNAs ribossomais. Nesse caso não sofre slicing. Eles irão fazer a transcrição em formato circular do RNAm. 20 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Tradução Essa sequência de nucleotídeos presentes no RNAm é lida em trincas. Uma trinca eu chamo de códon. Cada códon codifica para um aminoácido específico. Sempre o códon AUG (corresponde a metionina) vai dar início a síntese de proteínas. Já os códons UAA, UAG ou UGA são considerados códons de terminação, finalizando o processo de tradução. O ribossomo vai ser atraído para o RNAm pela região do CAP começando então o sequenciamento do RNAm até ele encontrar o primeiro AUG que irá sinalizar o início de fato do processo de tradução, indicando que a partir desse momento ele deve começar a montagem da proteína. Em seguida ele irá identificar um códon UAA, UAG ou UGA e parará o processo imediatamente. O RNAt vai até o ribossomo com o aminoácido acoplado e sua porção do anticódon irá se ligar a região específica do códon que está sendo lida pelo ribossomo. O códon sempre será no sentido 5’->3’ e o anticódon complementar no sentido 3’->5’. Esses aminoácidos ligados ao RNAt são carregados até ele pela tRNAsintetase que irá adicionar o aminoácido x ao RNAt. Então para cada RNAt eu tenho uma aminoácil transferase. 21 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV No ribossomo tradicionalmente nós temos 3 sítios diferentes de ligação. No sítio A é onde ocorre o recebimento do RNAt codificado ali pelo anticódon daquele RNAt específico. Já no sítio P temos o RNAt ligado a um peptídeo. Por fim no sítio E temos o RNAt que já sofreu hidrólise e não está mais ligado e a cadeia polipeptídica estando pronto para sair. Assim que o aminoácido chegar no sítio A, ocorre uma reação peptídica entre o aminoácido e o peptídeo do sítio P, juntando-os e aumentando a cadeia polipeptídica. Embora um ribossomo só possa sintetizar um polipeptídeo por vez, cada RNAm pode ser traduzido, ao mesmo tempo, por vários ribossomos. Um conjunto de vários ribossomos traduzindo um único RNAm é chamado de polirribossomo. Antes no início da tradução temos a presença da eIF4F que é um heterónimo de proteínas denominado de 4F com diversas funções. No geral atuam como proteína de ancoragem ( sua porção EIF4G), se ligam ao CAP na sua porção eIF4E, a eIF4A irá produzir uma helicase que irá desfazer os dobramentos da extremidade de 5’ a EIF4B irá estimular o EIF4A. A porção PABP irá se ligar à cauda de poli A. Em ordem: - Reconhecimento do CAP pela IF4E - Ação de helicase que irá desfazer as pontes de hidrogênio que mantém o RNAm agrupado - Em seguida a porção PABP vem junto com a porção menor do ribossomo (40s), vai ocorrer o transporte da subunidade 40s para a porção 5’ do RNAm - Em seguida chega a porção 80s carregando consigo um RNAt trazendo metionina - A subunidade menor começa a migrar até encontrar o primeiro AUG. - Tendo encontrado o AUG a subunidade maior se acopla a menor e todos os fatores serão dissociados e começa de fato a tradução. Os fatores de início de tradução mantêm os RNAm eucarióticos em círculos. Além de se ligarem à extremidade mRNA eucarióticos os fatores de início que preparam 22 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV o mRNA associam-se também as proteínas de ligação à cauda poli A na extremidade 3’ do mRNA Os códons de término são reconhecidos por proteínas chamadas de fatores de liberação no sítio A e isso faz com que não ocorra mais a entrada de RNAt mas sim uma proteína chamada de Fator de Liberação que irá promover a hidrólise da cadeia polipeptídica, separando-a do RNAt e do ribossomo, liberando-a. A transcrição ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma. Já em procariotos ambas ocorrem no citoplasma. RBS = Sítio de ligação Ribossomo, ao longo do RNAm dessa forma ele permite o acoplamento da subunidade menor em diferentes pontos do RNAm e não necessariamente apenas nas pontas. Por isso eu digo que o RNAm é polistrônico. ❖Degradação, Enovelamento, Endereçamento e Modificações de proteínas 23 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ● Degradação Existem proteases que fazem a proteólise de enzimas soltas no citoplasma. Porém existe um complexo que irá fazer a degradação de várias proteínas. Esse complexo é formado por diversas proteases e é chamado de proteassomo. Ele está presente tanto no citosol quanto no núcleo. Esse complexo é importante por interferir diretamente na meia vida da proteína. Muitas vezes elas podem estar “mal feitas” com uma forma incorreta, sendo melhor que elas sejam degradadas. O proteassomo tem o formato de um cilindro central, formado por proteases com sítio ativo voltados para a parte interna da câmera. ➔ Como uma proteína consegue entrar no proteassomo? Apenas as proteínas marcadas para a degradação conseguem acessar o proteassomo. Dessa forma ela deve receber uma cadeia de pequenas proteínas chamadas ubiquitina, ela deve receber diversas ubiquitinas. Assim a proteína fica “marcada” para degradação e acaba adentrando o proteossomo.As proteínas destinadas a ter curta duração, muitas vezes, contêm uma curta sequência de aminoácidos que as identifica como um alvo a ser ubiquitinado e degradado nos proteassomos. 24 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Proteínas danificadas ou erroneamente dobradas, proteínas que contêm aminoácidos oxidados ou alterados são também reconhecidas e degradadas por proteassomos. As enzimas que adicionam uma cadeia de poliubiquitina a essas proteínas reconhecem sinais que ficam expostos como consequência do dobramento incorreto ou de danos químicos - por exemplo, sequências de aminoácidos ou motivos conformacionais internos ou inacessíveis na proteína normal. ● Enovelamento As chaperonas (HSPs) vão auxiliar no enovelamento de proteínas. Algumas proteínas quando feitas sozinhas adquirem sua estrutura terciária (por meio da atração e pontes de hidrogênio de seus aminoácidos), já algumas outras proteínas às vezes precisam de ajuda (se essa ajuda não acontecer as proteínas com enovelamento incorreto irão agregar e proteínas agregadas sinalizam para a célula que há algo de errado → pode desencadear apoptose). Por conta disso as chaperones irão se ligar a proteína sintetizada e irão auxiliar a proteína a adquirir o seu enovelamento correto. Algumas têm cavidades, fazendo com que as proteínas enoveladas entrem, uma outra chaperona atua como tampa. Ocorre gasto de ATP, elas se movimentam fazendo que grupos químicos entrem em contato fazendo com que as proteínas se enovelam corretamente. EXTRA: Proteínas mal enoveladas sinalizam e atuam como receptores, ficam ativadas e tentam aumentar a capacidade de enovelamento celular. Porém em algumas situações as chaperonas também podem estimular a 25 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV produção de inibidores da síntese proteica que irão sinalizar que a célula não está dando conta de enovelar, para frear a síntese. ● Endereçamento Cada proteína feita na célula é sempre feita no citoplasma. Algumas são feitas no citosol e se distribuem para núcleo, mitocôndria, peroxissomo ou podem ficar normalmente no citosol. Já algumas outras são feitas no retículo plasmático. Os ribossomos são encontrados no citosol e na superfície do retículo endoplasmático rugoso. Dessa forma, na própria proteína existe um trecho dos seus aminoácidos chamado de “Peptídeo Sinal” que sinaliza quando ela precisar ir para algum compartimento membranar. Caso a proteína não tenha nenhum peptídeo sinal ela ficará no citosol. EXTRA: A síntese de todas as proteínas começam em ribossomos no citosol, exceto as poucas proteínas sintetizadas nos ribossomos das mitocôndrias. Seu destino depende da sua sequência de aminoácidos - sinais de endereçamento direcionam seu envio a locais fora do citosol ou a superfícies de organelas. Aquelas que não possuem o peptídeo sinal permanecem no citosol. Apresentam sinais de endereçamento específicos → núcleo, RE, mitocôndria, peroxissomos. Uma vez dentro do retículo, ela irá ficar dentro de vesículas. ● Quatro famílias de compartimentos intracelulares das células eucarióticas: Retículo Endoplasmático No início da tradução se os primeiros ribossomos representarem o peptídeo sinal para o retículo, o ribossomo com a proteína feita irá se translocar até o retículo e se conectar a um microporo fazendo com que essa proteína adentre o retículo durante o processo de tradução. 26 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Isso é chamado de Translocação Cotraducional. Podemos ter também uma co-tradução pós-traducional ocorre com proteínas livres que depois tenham passado por um cotransdutador. Núcleo Proteínas e moléculas de RNA se movimentam entre o citosol e o núcleo através de complexos do poro nuclear no envelope nuclear. A proteína nuclear tem exposto o seu peptídeo sinal de localização nuclear. Uma proteína chamada receptor de importação nuclear tem um sítio de ligação para o peptídeo sinal. Ocorre uma acoplação e só assim, esse complexo “proteína-receptor” irá conseguir atravessar o poro. Em seguida a proteína é solta e liberada no núcleo enquanto o receptor é mandado novamente para fora da carioteca, por meio da sua ligação com a RAN - GTP. 27 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Mitocôndria A molécula de proteína transportada em geral precisa desdobrar-se para passar pelo translocador do citosol para o lúmen do RE ou para a mitocôndria. Na mitocôndria ela irá se ligar ao receptor de importação. Ali existem chaperonas citosólicas que irão esticar a cadeia polipeptídica, em seguida o peptídeo sinal será reconhecido por uma proteína que pertence ao complexo TOM na face externa da mitocôndria.Dessa forma essa proteína TOM consegue se deslocar no plano da membrana até ficar pareada com outra proteína semelhante na membrana interna que é a TIM. Assim a proteína esticada passa pelo TOM e pelo TIM chegando na matriz mitocondrial. Existem chaperones dentro da matriz mitocondrial que vão fazer essa matriz chegar a seu enovelamento correto. Além disso, uma protease cliva o peptídeo sinal. Caso ela seja uma proteína da cadeia transportadora de elétrons, a proteína vai perder um peptídeo sinal que vai expor outra sequência de aminoácidos que atuam como peptídeo sinal para ir para um compartimento dentro da própria mitocôndria. Transporte Vesicular Vesículas de transporte esféricas levam proteínas de um compartimento a outro. As vesículas são carregadas com moléculas derivadas do lúmen de um compartimento, se desprendem da sua membrana e o 28 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV conteúdo é descarregado em um segundo compartimento por fusão com a sua membrana. Do retículo endoplasmático brotam vesículas em direção ao complexo de golgi. O que entra no retículo vai para o golgi e de lá outros fins como por exemplo exocitose ou intracelular na membrana plasmática por exemplo, pode formar lisossomos. Cada vesícula quando brota recebe um revestimento proteico que encapa a vesícula pelo lado de fora, são as proteínas COPI, COPI II e CLATRINA. Se a vesícula recebe COPI II ela sai do retículo e vai direto para o Golgi. Caso ela brote entre o golgi e vai para a membrana apenas para repor proteína de membrana, ela é chamada de COPI. No caso de ser uma vesícula secretora ela recebe um revestimento de CLATRINA que se solta posteriormente indo para a exocitose ou para as enzimas lisossomais. Caso volte do golgi para o retículo ela é por meio de COPI I. Na vesícula que está brotando e indo para a membrana alvo há uma proteína presa na membrana chamada de V-SNARE. Essa proteína precisa encontrar seu complemento na membrana alvo chamado de T-SNARE. Isso permite a ancoragem, aproximação das vesículas e fusão. 29 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ● Golgi São pilhas de sacos membranosos, achatados e empilhados chamados de cisternas. Cada pilha de cisternas contém vesículas transportadoras associadas envolvidas com o transportede moléculas entre as cisternas e também para outras organelas. Elas brotam e fundem a partir da região cis (próxima ao RE), passam pela região medial e depois a região trans (mais distante). Proteínas sintetizadas pelos ribossomos do RER podem: - permanecer dentro do próprio retículo - ser transportadas para o complexo de Golgi - formar lisossomos - compor a membrana plasmática - ser secretadas da célula (exocitose) O que pode acontecer tanto no retículo quanto no golgi são os processos de glicosilação de proteínas. Os processos de glicosilação são dois: N-glicosilação → o N- quer dizer o nitrogênio da amina onde o açúcar é ligado no aminoácido. Esse processo é concomitante ao processo de tradução, ocorrendo no RER. Geralmente sempre a asparagina vai receber o glicopeptídeo. Esse bloco de glicosídeos está ligado a um lipídio da membrana na face interna do RER.A oligossacarídeo transferase corta esse lipídeo separando do oligossacarídeo e junta no aminoácido. No golgi o oligossacarídeo é modificado. Esse aminoácido geralmente é asparagina. 30 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV O-glicosilação → só começa no retículo e após a síntese proteica um oligoglicosídeo irá se ligar ao oxigênio de um aminoácido e isso vai acontecer com aminoácidos ou serina ou treonina. Se eu estiver lidando com uma célula exócrina, algumas enzimas são secretadas por meio de SECREÇÃO NÃO REGULADA OU CONSTITUTIVA → Nesse caso essas vesículas secretórias brotam do golgi e já vão direto para a membrana, ficam secretando sem parar. Ex: saliva,muco. Porém algumas vesículas podem ficar esperando sinais extracelulares para serem excitadas, é o caso da EXOCITOSE REGULADA ou SECREÇÃO REGULADA. Ex: insulina → espera o aumento da glicemia. 31 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Regulação gênica em eucariotos A regulação gênica pode ser: - Temporal:genes que são expressos em diferentes fases do ciclo celular ou desenvolvimento embrionário. - Espacial: genes específicos são expressos em diferentes tipos celulares. Os genes constitutivos estão na forma de eucromatina (são transcritos frequentemente). Alguns genes chamados de “regulados” não são ativos o tempo todo estando presentes em apenas alguns momentos, estando inativo em outros. Esse processo ocorre por meio de: ● Acetilação de histonas As histonas acetilam resíduos de lisinas da cauda N-terminal das histonas pela enzima histona acetil transferase, reduzindo a afinidade da histona pelo DNA. Isso faz com que a região fique menos condensada, mais frouxa se tornando eucromatina e contribuindo para a ativação de transcrição, pois os genes ficam expostos. 32 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ● Metilação de histonas Da mesma forma como as histonas são acetiladas elas podem ser metiladas, isso ocorre por meio da histona metil transferase que metila as histonas, aumentando sua afinidade com o DNA e reprimindo a transcrição dos genes. ● Metilação do DNA Há uma dupla de nucleotídeos CG, que quando há essa repetição nós denominamos ilhas CpG. Essa citocina pode ser metilada e quando ela está metilada nós denominamos ilhas mCpG (com m porque agora está metilado), os fatores de transcrição não se ligam a região promotora e a transcrição é inibida. 33 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ● CAP, cauda poli A e SPLICING Ambos esses fatores já ditos anteriormente interferem no processo de processamento do RNA. Quanto a CAP e poli A eles permitem a estabilidade do RNAm evitando que seja degradado e permitindo que seja traduzido por mais tempo. Já o splicing atua no processo de maturação retirando os íntrons e formando um RNAm maduro, pronto para ser traduzido e evitando sua degradação. ● RNA i e microRNA São RNAs funcionais que não serão traduzidos fazem parte do controle pós transcricional. MicroRNAs são endógenos e codificados por genes denominados mir, esses genes possuem nucleotídeos repetidos em sentidos opostos que quando transcritos originam RNAs que formam grampos/hairpins. Devido as sequências invertidas que formam pontes de hidrogênio entre si. Quando o microRNA é inicialmente transcrito nós o chamamos de pré-microRNA. Existe uma proteína denominada exportina 5 que irá transportar esse pré-microRNA para o citoplasma. Esse pré-microRNA sofre ação da dicer que irá clivar as extremidades desse pré-microRNA dando origem a um pedacinho de RNA fita dupla. Em seguida a dicer vai se unir a um complexo de enzimas denominada argonauta e formar um complexo chamado RISC. Essa maquinaria vai desfazer as alças e separar a dupla fita de RNA degradando uma delas. Em seguida ela vai transportar esse pedacinho de microRNA até o RNAm alvo que possui uma sequência complementar a esse pedacinho de microRNA. Se essa complementaridade for total esse RNAm vai ser degradado imediatamente. Caso a complementaridade seja parcial esse 34 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV RISC fica parado no RNAm evitando que a subunidade menor do ribossomo se acople impedindo que o RNAm seja traduzido. Eles também são circulantes no sangue podendo atuar e em células distantes do seu local de produção. Os siRNA são moléculas sintéticas que têm a mesma ação do que os microRNA. A diferença é que esse é feito em laboratório. ● Conduta da tradução Fatores ambientais: a falta de nutrientes, podem desencadear a fosforilação de fatores que participam do início da tradução e consequentemente a síntese protéica será inibida. ● Expressão gênica regulada por hormônios O hormônio vai até o núcleo e leva ao processo de transcrição de genes específicos. 35 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Mutações gênicas Mutações e recombinações gênicas são muito importantes para o surgimento da variabilidade que no processo evolutivo podem ocorrer ou não por seleção natural. As alterações no DNA podem ser letais, dar origem a doenças, serem silenciosas ou polimorfismos. Quando o alelo apresenta na população com frequência acima de 1% então é considerado polimorfismo. Quando a alteração ocorre em células germinativas é passada para a próxima geração. Já quando ocorre em células somáticas ficará presente apenas no núcleo. ● Tipos de mutações - Inserção: nós temos a inserção de uma um aminoácido ou segmento em uma parte do DNA. ex: Tay-Sachs, Doença de Huntington - Deleção: ocorre o apagamento de dezenas ou apenas um nucleotídeo. - Substituição a) Transição - uma troca de aminoácidos equivalentes, purina por purina e pirimidina por pirimidina. b) Transversão - purina por pirimidina e vice-versa. - Mutação com sentido trocado a) Conservativo - o códon alterado a uma substância similar ao aminoácido por conta disso é mantido. b) Não conservativo - Códon alterado específica para um aminoácido quimicamente diferente. ex: Anemia falciforme - Mutação sem sentido: o códon alterado indica o término da cadeia. Ele antecipa o término da cadeia. ex: Neurofibromatose do tipo I - Mutação silenciosa: o códon alterado específica o mesmo aminoácido e dessaforma não causa modificações. - Mutações que alteram a matriz de leitura (frameshift): inserção e deleção. a) Na inserção após a inserção de um único códon ocorre a mudança em todos os seguintes códons mudando o que deveria estar ali. 36 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV b) Na deleção muda o aminoácido que deveria estar ali, mudando tudo o que deveria aparecer. EX: FIBROSE CÍSTICA - defeitos de splicing, mutações em códon de parada, pós tradução, folding, defeito de tráfego. Premature stop codon, folding\trafficking defect, gating defect, narrow channel, splicing defect, decrease stability. 37 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Replicação do material genético A replicação começa a acontecer na fase S. É uma duplicação semiconservativa pois as duas fitas são utilizadas como molde, ou seja, mantemos uma das fitas e sintetizamos uma nova fita. Inicialmente para se iniciar o processo de replicação ele se inicia por meio de uma sequência comum de 11 pares de bases que serão reconhecidos por um complexo enzimático denominado “ Complexo de reconhecimento de origem de replicação” . A partir do momento que o complexo reconhece esse processo, ele começa a atrair as enzimas que vão estar atuando no processo de replicação. Primeiramente temos a helicase, ela irá desenrolar a dupla hélice e desfazer as pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. Concomitantemente a isso outras enzimas vão participar desse processo, juntamente com a DNA polimerase. O segmento de DNA que se replica a partir de uma origem de replicação é denominado replicon. Esses replicons vão surgindo, até se juntarem e formarem o que chamamos de “bolha de replicação”. Quando temos o replicon ocorre a formação de uma estrutura em forma de Y (ao redor do replicon) que chamamos de “forquilha de replicação”, ela vai aumentando tanto para a esquerda quanto para a direita, ou seja, há uma helicase nos dois lados dessa fita. Esse aumento acontece até que eu tenha as duas fitas 38 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV replicadas, separadas e duplicadas. Em células procariontes há apenas uma única origem de replicação, enquanto nas eucariontes temos diversas origens de replicação. A DNA HELICASE é a primeira enzima a se ligar na origem de replicação, desenrolando o DNA (quebrando pontes de hidrogênio entre os pares de bases nitrogenadas. Ao mesmo tempo que isso ocorre, as PROTEÍNAS LIGADORES DE FITA SIMPLES (SSBP) recobrem as fitas separadas de DNA próximo a forquilha de replicação, impedindo-as de ligarem-se novamente a uma dupla hélice. A separação das duas cadeias de uma molécula de DNA provoca um superenrolamento da hélice na região imediatamente à frente da forquilha de replicação. A TOPOISOMERASE (OU GIRASE) evita o superenrolamento com a introdução de cortes em uma das cadeias do DNA. A topoisomerase cliva e liga novamente, evitando a formação de nós super enrolados. A síntese de DNA ocorre pela adição de nucleotídeos na extremidade 3’ da cadeia em crescimento, formando o sentido 5’--> 3’ da cadeia que está sendo formada. A ligação fosfodiéster vai acontecer entre a hidroxila do carbono 3’ e o fosfato do carbono 5’ do nucleotídeo seguinte. 39 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV A DNApolimerase comete erros, porém ela mesmo tem a capacidade de corrigir esses erros. Assim, a partir do momento que ela percebe que o nucleotídeo foi inserido errado, ela retira o nucleotídeo errado e insere o correto. Quando o nucleotídeo está errado, no momento que a DNApolimerase retira o nucleotídeo para corrigir seu erro, muitas vezes não existe energia suficiente para realizar essa ação. Por conta disso, a partir do primeiro erro da DNApolimerase, o crescimento de toda essa fita de replicação é interrompida. A DNApolimerase não consegue adicionar um nucleotídeo sem que haja um nucleotídeo anterior. Dessa forma para adicionar o primeiro nucleotídeo nós precisamos da PRIMASE que irá adicionar um pequeno fragmento de RNA para que tenhamos uma hidroxila livre e para que a DNApolimerase consiga adicionar os nucleotídeos livres. A DNApolimerase se liga de forma extremamente coesa ao DNA e faz seu trabalho pois ela fica presa à fita molde do DNA por meio da proteína GRAMPO DESLIZANTE que forma uma cinta, que prende a DNApolimerase a fita molde, fazendo-a percorrer toda a fita molde de DNA. Após a finalização da duplicação teremos uma cadeia contínua e uma cadeia descontínua, fragmentada, conhecida como cadeia tardia. Cada um desses fragmentos são chamados fragmentos de “Okazaki”. Nas regiões onde há o primer de RNA vão ocorrer diversas reações para a retirada de primer de RNA. A enzima RNAseH irá degradar esse primer de RNA, deixando um espaço livre para que a DNApolimerase I preencha esse local com nucleotídeos, finalizando a ligação dos dois fragmentos. Ocorre a formação de uma alça na fita tardia que é feita pela DNA polimerase para que ambas possam formar um dímero e percorrer no mesmo sentido. 40 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV ❖Controle do Ciclo Celular Durante a vida celular existem intervalos “gap” os períodos de G1 e G2 que preparam a células para seus processos de mitose e replicação. A entrada nos ciclos celulares depende de estímulos externos, que surgem dos fatores de crescimento (comumente proteínas) que ligam-se em receptores e sinalizam para a célula a sua entrada em G1 por exemplo, e sua passagem por um ponto, denominado “ponto de restrição”. Quando a célula está quiescente ela está no G1 alargado, denominado “fase de repouso ou G0”. Quando ela é estimulada ela entra em G1 e passa por esses processos. Exemplo de moléculas indutoras da multiplicação celular: - Somatomedina (estimula a proliferação de células cartilaginosas durante o crescimento ósseo, em resposta ao GH, IGF-1). - Fatores de Crescimento (secretados por células da vizinhança, exemplo FGF, EGF, PDGF, HGF, NGF…) - Fatores hematopoiéticos (estimulam a proliferação de tipos de células presentes na medula óssea). Existem mecanismos chamados de Sistemas de Controle do Ciclo Celular que estão presentes em todos os eucariotos e esse sistema de controle do ciclo celular, garante que uma célula que não foi devidamente estimulada não entre no ciclo celular, garante que uma célula com DNA danificado não o replique ao entrar na fase S. Garante que após a replicação não 41 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV tenham ocorridos erros durante esse processo. Além disso, também garante que os cromossomos sejam igualmente segregados entre as células filhas. Existem três momentos, chamados pontos de checagem ou pontos de verificação, “checkpoint” são cruciais para o processo do ciclo celular. Um deles está na transição G1 para S, principalmente relacionado a danos que o DNA possa ter. Outro no final de G2 antes da entrada na fase M procurando notar se o DNA não foi completamente duplicado ou se foi danificado.Ainda, um terceiro no desalinhamento cromossômico durante a Mitose. Nesses pontos, se necessário a célula pode efetuar uma parada para resolver eventuais problemas, esperar estímulos ou até causar sua própria morte. Nesses três pontos podem ocorrer pausas, paradas no ciclo celular, para que sejam corrigidos esses erros antes do ciclo seguir adiante. ● O que desencadeia a fase M? Existe um fator denominado MPF (fator que promove maturação) que é o responsável pela entrada da célula na fase M. O MPF é um complexo protéico formado por duas subunidades. Elas são denominadas Ciclina B - regulatória e Cdc2 (kinase dependente de ciclina) - catalítica. A subunidade catalítica irá tornar uma reação ativa e mais rápida, porém era só irá funcionar na presença de uma subunidade reguladora que é a ciclina. Essas duas proteínas são bem conservadas e presentes em todos os eucariotos. Ao longo do ciclo celular, o MPF está presente e ativo durante a fase M e na interfase, os níveis e a atividade desse complexo somem. Porém desmembrando a ciclina e a CDK viram que a ciclina não está em níveis constantes ao longo do ciclo. Ou seja vai alternando. Já as quinases apresentam níveis constantes ao longo do ciclo celular. 42 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV O SPF é o fator promotor de fase S e o MPF é o fator promotor de fase M, que são combinações de ciclinas com Cdks específicas. O controle das fases do ciclo dependem da ativação de complexos específicos de cada fase. As quinases precisam ser ativadas por fosforilação para que o complexo possa ser ativado e a célula entre em sua respectiva fase. Assim que as proteínas são feitas, se combinam, sofrem processo de ativação e fazem com que a célula entrem naquela fase ocorre um processo de ubiquitinação que irá degradar rapidamente a subunidade ciclina fazendo com que a fase dos ciclos se encerre rapidamente. Como o controle do ciclo é algo extremamente complexo, para que esse complexo fique ativo atuam sobre esse complexo uma quinase inibitória é uma quinase de ativação. Dessa forma na proteína vão ser fosforilados três aminoácidos na proteína quinase. A ativação só acontece com a fosforilação da treonina presente na posição 160. Dessa forma, precisamos de uma fosfatase que irá remover os fosfatos que estão inibindo a atividade da proteína quinase. Assim são removidos os fosfatos do sítio de inibição, restando apenas os de ativação. A quinase inibidores é a Wee1 e a fosfatase é a Cdc25. 43 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Quando a fosfatase tá ativa ela remove os fosfatos inibitórios permitindo que o MPF ou SPF fique ativo. Porém quando o MPF está ativo, a cdk fosforila alvos, sendo um deles a própria fosfatase levando a uma retroalimentação positiva. Por conta disso, a ativação do MPF em específico é abrupta. Isso tem a ver com o aumento da taxa de transcrição, isso gera um acúmulo de ciclinas. Em seguida ocorre uma degradação abrupta da ciclina via proteassomos, o que faz com que rapidamente a atividade seja cessada. Essa figura resume bem tudo o que foi dito até agora. Entretanto, se por algum motivo, não seja adequado a célula ir para a fase correspondente àquele fator, será produzido um inibidor 44 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV de CDK, chamado de CKI. Ele irá impedir que a proteína quinase, faça a fosforilação dos seus alvos, ou seja, não progrida para sua próxima fase do ciclo celular. ● O que faz a célula entrar no ciclo celular? Quem faz isso são os fatores de crescimento: RAS, RAÍ, ERK, que por meio de uma via de sinalização celular vão gerar um aumento da síntese de ciclinas do tipo D. Cdk4,6/ Ciclina D, o que permite que a célula passe o seu ponto de restrição e adentre o ciclo celular. Chegando na fase M com o MPF ativo, ele vai fazer o seguinte: - Condensação da cromatina (pela fosforilação de condensinas). - Quebra do envelope nuclear (fosforilação da lâmina). - Fragmentação de Golgi e ER ( fosforilação de GM130). - Formação de fusos (instabilidade dos microtúbulos). 45 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Alguns dos fatores envolvidos nessas fases são: - A proteína PRB que não permite a entrada em G1 ou seja envolvendo um ponto de restrição. - A proteína P53 que induz a produção de CKI, a inibidora de CDK não permitindo a ida pra fase S - Inibição da fosfatase ativadora, ou CDC25, e se ela estiver “não ativada” Ocorre o retardo da finalização da mitose, não deixando a célula fazer a anáfase. A entrada da célula no ciclo celular é controlada pelos genes chamados genes suspensores de tumor. Em alguns casos a desregulação desses ciclos, ou seja, onde os genes estejam mutados a célula tende a ser descontrolada do ponto de vista do seu ciclo, vindo a se tornar uma célula tumoral, cancerígena. A proteína Rb é está regulando uma proteína que ative a regulação gênica quando a célula está em repouso, impedindo que está faça o seu trabalho. Porém quando chega o complexo protéico MPF ou SPF, eles irão fosforilar a Rb e permitir que ela se inative, liberando a proteína que irá fazer o processo de transcrição de genes específicos para aquela fase. A proteína Rb bloqueia o fator de transcrição E2F, mas quando fosforilada pela ciclina/cdk libera-o, permitindo a proliferação celular. A parada do ciclo celular no ponto de checagem em G1 por lesões do DNA 46 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV que ativam a p53. Isso faz com que uma série de proteínas varram o DNA buscando por erros. Se danos forem encontrados, a p53 é ativada por fosforilação que fica ativada. Caso contrário ela é degradada. Se ela estiver ativada ela irá pausar o ciclo celular. Em seguida, essa proteína ativada irá se ligar na região promotora do gene p21, promovendo a transcrição desse gene. Essa proteína p21 será uma CKI, que irá inibir o processo do ciclo celular. A entrada em G1 na fase S também é controlada, o que garante um único momento de cópia da fase S. No início de G1 nós temos as ORC (complexo de reconhecimento ligado à origem), ela está ligada às origens de replicação, junto dela temos a CDc6. Em G1 serão expressos genes de helicases. Elas irão se acumular ao longo de G1 e irão se ligar a esse complexo ORC, formando o complexo pré-replicativo. Durante essa ligação ela desloca a Cdc6. Nesse momento o complexo S-CDK irá fosforilar o complexo ORC, fazendo com que a helicase fosforilada se solte, se deslize e comece o processo de replicação, formando as forquilhas bidirecionais e dando início a replicação do DNA. A proteína CDC6 é fosforilada e marcada para replicação então em G2 ela não está presente o que impede que a célula entre novamente em outra fase de replicação do DNA. Em G2 o ponto de checagem também tem a ver com a integridade do DNA. Dessa forma considerando a replicação incompleta ou dna danificado, isso irá ativar Chk1que fosforila e inibe a Cdc25, a fosfatase que ativa o MPF pela remoção dos fosfatos inibitórios. 47 Marina Silva Rodrigues - Turma XXIV Para ocorrer a apoptose temos o seguinte processo: Ocorrem danos ao DNA que irão levar a ativação da proteína p53. Essa proteína pode fazer a repressão de genes Bcl2 (anti apoptóticos) e indução de genes pró apoptóticos (BAX), levando a liberação de citocromo c das mitocôndrias que irá se ligar em um complexo chamadas APAF-1 e formando um apoptossomo. Ele será então capaz de ativar a Capase 9 que irá ativar as capazes efetoras (3,6,e7) que irão levar a fragmentação do dna, organelas, envelope nuclear, levando a apoptose e formação de corpos apoptóticos. 48
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