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Treinamento TIA PORTAL Módulo 1 Com o Portal de Automação Totalmente Integrado (TIA Portal), a Siemens redefiniu a engenharia. O TIA Portal é de longe a estrutura de engenharia mais intuitiva, eficiente e comprovada, permitindo que você projete todos os seus processo de automação da melhor maneira, a partir de uma única tela de computador, ao longo de toda a cadeia de valor e fornecimento. Essa inovação revolucionária não apenas lhe permite trabalhar mais eficientemente, mas também aumenta sua produtividade global e sua vantagem competitiva. Configurações iniciais Para iniciarmos um projeto no TIA PORTAL devemos, primeiramente, nos atentarmos a uma série de configurações básicas. Neste módulo de iniciação aprenderemos todos os primeiros passos para a criação de um projeto utilizando a plataforma TIA da SIEMENS. Para esse curso, utilizaremos uma CPU Siemens ET200SP. É sempre indicado ler o manual da CPU , pois mesmo utilizando a mesma plataforma de programação, cada CPU tem suas especificidades. Comece selecionando o item “Create new Project” Preencha os dados iniciais com o nome do projeto de sua autoria e o diretório de memória em que ele será salvo no seu computador. Escolha o ícone “Configure a device” para iniciar a configuração do hardware que será usado no projeto. No ícone “Controllers” indicado acima podemos escolher o modelo de CPU que utilizaremos em nosso projeto. Nesse ícone podemos identificar todos os modelos de CPUs disponíveis que podemos integrar utilizando o TIA PORTAL. Neste casso utilizaremos uma ET200SP, modelo de CPU 1512P -1 PN. Após selecionarmos a CPU em questão podemos visualizar o número de versão do modelo e uma breve descrição de suas principais características. No ícone “Devices e networks” podemos vizualizar a CPU que escolhemos. Com dois cliques podemos visualizar as propriedades de configuração da CPU O primeiro item que devemos nos atentar é a configuração do endereço IP. No ícone “System and Clock Memory” deve-se habilitar os bits auxiliares de sistema e de Clock memory. Esses bits poderão ser de utilidade da construção da lógica do programa. Inicialmente acrescentaremos um cartão de 8 entradas digitais e um cartão de 4 saídas digitais. Os códigos para a orientação da configuração do hardware encontram-se no corpo do componente. Imprescindível checar com atenção os dados do componente antes de inseri-los na configuração. Como hardware configurado e com o endereço IP corretamente definido, podemos realizar o download do que fizemos até agora para a CPU. DOWNLOAD INTERFACE DE COMUNICAÇÃO ENDEREÇO IP CONFIGURADO Após inserir o tipo de interface de comunicação, que vai variar de acordo com a circunstância do projeto. Como a intenção desse módulo é o treinamento básico, utilizaremos o PLCSIM para possamos fazer a simulação do programa, mas isso será explicado no decorrer do curso. Após selecionar a interface de comunicação clique em “start search” para que se encontre a CPU com o IP configurado. Se a CPU for encontrada é só clicar em Load que o programa será carregado. No lado esquerdo da tela você vai visualizar a árvore do projeto: uma sequência de pastas e subdivisões onde está distribuída de maneira ordenada toda a estrutura do programa que iremos realizar. Para o nível básico analisaremos somente as principais.Configuração de hardware e rede Organização dos blocos do programa Configuração do endereçamento simbólico e absoluto das variáveis de entrada e saída Os blocos de organização OB’s fazem a interface do sistema operacional com o programa de usuário. Os diversos blocos de organização possuem funções específicas. Um programa de usuário é composto pelo menos pelo bloco de organização OB1, este é responsável pela varredura cíclica de memória de imagem de entradas, saídas e do processamento do programa do usuário. Um bloco de função FB é um bloco de programa acompanhado de uma memória. Esta memória esta atribuída a um bloco de dados do tipo instance. Neste bloco são armazenadas as variáveis e seus valores. Existem dois tipos de FB’s, o modelo instance e o multi-instance, nas seções seguintes será visto suas diferenças e modos de programação. Uma função FC é um bloco de programa sem memória própria, ou seja, os valores das variáveis criadas são apagados após o seu uso, isto porque o bloco utiliza como auxílio à pilha local de memória. DBs são blocos destinados a guardar dados do programa do usuário e aumentar a capacidade de recursos de programação. Para que as funções FC, onde criaremos nossa estrutura lógica de programação, sejam lidas ciclicamente a cada scan do PLC, devemos inseri-las em uma OB cíclica. A OB cíclica de prioridade zero na execução do scan é a OB1, é nela que devemos inserir blocos auxiliares de chamada e endereçarmos em relação às FCs. O próximo passo será declaramos o endereçamento de nossas entradas e saídas. Inicialmente, quando acessamos a tabela de tags, podemos visualizar os bits auxiliares de memória e de clock memory que habilitamos no início da configuração da CPU. Esses bits estão disponíveis para utilização ao longo do programa. Mas para facilitar nosso entendimento e manter a organização do projeto, é de vital importância sistematizar a declaração de tags. A melhor maneira de fazer isso é criando tabelas separadas para cada grupo de variáveis, como por exemplo uma tabela de entradas e outra tabela de saídas. Devemos preencher a tabela de entradas com todas as entradas disponíveis no cartão de entrada que configuramos no hardware. Iniciamos com o endereço simbólico, o tipo de dado (bool/word/int/real), o endereço absoluto e, sempre que possível, adicionar um comentário descritivo sobre o elemento que estamos endereçando. As saídas também devem ser organizadas da mesma forma, pois estabelecendo um padrão de organização fica muito mais fácil para identificarmos os elementos do programa e solucionarmos eventuais problemas. No módulo básico essas serão as principais instruções que iremos aprender a utilizar. Caso haja alguma dúvida ao longo do processo de aprendizado, o software nos disponibiliza arquivo de ajuda. Basta clicar sobre a instrução sobre a qual se deseja descobrir algo e clicar em F1, logo em seguida o software irá nos disponibilizar o manual de auxílio de cada instrução. Neste módulo aprenderemos os tipos básicos de dados para programar um CLP. O menor endereço possível é o bit, representado por uma entrada ou uma memória, como I0.0 ou M100.0. Porém esse tipo de dado só consegue expressar dois estados lógicos: 0 ou 1. Quando for necessário utilizarmos valores e dados de maior expressão termos que identificar o tipo de dado de acordo com o espaço de memória que cada um ocupa. O dado subsequente nessa escala é o byte (8 bits) representado por Sint (Short Int). Contendo 16 bits teremos os dados de tipo Inteiro (int) e Word, representados por MW204. Os valores de tipo Double Int (Dint), Double Word (Dword) e Real possuem 32 bits, representados por memórias MD. Nesta imagem podemos analisar as principais instruções de entrada normal aberta (%I0.0), entrada normal fechada (%I0.1) saída (%Q0.0), memória de SET e RESET (%M2.0), memória de pulso (%M.3) e memória virtual simples (%M2.1) Nessa imagem podemos ver o funcionamento do RLO (Resultado Lógico da Operação), que nada mais é do que a linha verde que nos ajuda a monitorar o sistema em funcionamento. Se a linha tracejada está verde significa que a instrução está em nível lógico 1, caso contrário o nível lógico da instrução será 0. As instruções indicadas representam as instruções básicas de pulso, sendo a primeira pulso positivo e a segunda pulso negativo. No primeiro caso a entrada I0.5 só permitirá que a memória M2.2 atue no instante de subida do pulso de sinal. No segundo caso a entrada I0.6 só permitirá que a memória M2.3 atue no instante de descida do pulso desinal. Temporizadores Nesta imagem conseguimos ver os 3 principais modelos de temporizadores utilizados. 1. TP: ao receber um pulso de I0.0 ele atuará a saída e contará 10s de preset PT para desligar. 2. TON: a entrada I0.1 precisa ficar atuada para que o temporizador conte até 10s de preset PT para atuar a saída. 3. TOF: Ao atuar a entrada I0.2 o temporizador já atua a saída imediatamente. Após o sinal da entrada ir para 0 o temporizador inicia o preset PT de 10 s de contagem e desliga a saída. Instrução de preset de tempo: T#Xs O TONR nada mais é do que um temporizador TON com uma instrução de RESET. Neste caso a “Entrada 4” necessita estar atuada até o fim do preset PT de contagem para atuar a saída, mas com a saída atuada a entrada poderá ir para nível 0 que não irá mudar o estado da saída. Para que a saída vá para nível 0 será necessário um pulso na entrada de RESET. Contadores CTU (Counter UP): incrementa valor a cada pulso na entrada CU e assim que atingir o valor no preset PV ele irá atuar a saída. Para que a contagem zere é necessário um pulso na entrada de RESET do bloco. CTD (Counter Down): decrementa valor a cada pulso na entrada CD. Mas para ser carregado o valor do preset PV deve ser dado um pulso em LD para que se carregue o valor e inicie a contagem decrescente. Somente quando a contagem chegar em 0 é que a saída atuará. A variável CV é o que indica a contagem instantânea = é uma variável de 16 bits (word/Int) CTUD (Counter UP and DOWN): nada mais que uma junção do CTU e do CTD com os endereços do bloco executando as mesmas funções. Comparadores As próximas instruções que estudaremos são os comparadores. Essas instruções podem comparar valores para estabelecer condições lógicas que servem de grande auxílio para a construção de um programa. == <> Inicialmente podemos visualizar um comparador de igualdade, que fará a comparação do valor da memória MW50 com o preset 10. O comparador dó permitirá habilitar M30.4 quando o valor de MW50 for exatamente igual a 10. Já no segundo caso temos um comparador de diferença, que só permitirá que M30.4 seja habilitada quando MW52 ter qualquer valor diferente de 10. Memória Valor de comparação. Pode ser um valor preset ou uma outra memória, por exemplo, no lugar do valor 10 poderia estar endereçada a memória MW52 para estabelecer comparação de valores. > < Nesse quadro podemos visualizar inicialmente um comparador de maioridade, onde a memória M30.6 só será habilitada quando o valor de MW50 for maior do que 10. No segundo caso o comparador é inverso, onde M30.6 só será habilitada quando o Valor de MW54 for menor que 10. >= <= Os dois comparadores seguintes são de “Maior ou Igual” e “Menor ou igual”. Onde, no primeiro caso, a memória M30.5 só será habilitada quando o valor de MW54 for maior ou igual a 10. Já no segundo caso a memória M30.5 só será habilitada quando o valor de MW50 for menor ou igual a 10. É fundamental que para estabelecer qualquer lógica de comparação devemos trabalhar com os mesmo tipos de dados. Se configurarmos a instrução de comparação, seja ela qual for, devemos inserir dados de acordo com o estipulado. Nesse exemplo só devemos utilizar dados de tipo Inteiro (INT). Operações Matemáticas Neste módulo trabalharemos somente com as instruções que representam as 4 operações básicas da matemática. Tipo de operação a ser executada (+ - x /) Tipo de dado em que será realizada a operação Endereço de memória para onde será movido o resultado da operação Valores com os quais será executada a operação A operação só irá acontecer quando houver um pulso de comando na entrada EN do bloco. É FUNDAMENTAL QUE OS DADOS DE ENTRADA E SAÍDA SEJAM DO MESMO TIPO (WORD/INT/REAL,ETC) O primeiro bloco apresentado é o de Adição, no instante em que a entrada EN é habilitada por I0.0 é realizada a somatória dos valores das memórias MW50 e MW52 e o resultado é enviado para a memória MW54. O segundo bloco apresentado é o de Subtração, no instante em que a entrada EN é habilitada por I0.1 é subtraído o valor que está na memória MW58 do valor que está na memória MW56. O resultado final dessa subtração é enviado para a memória MW60 A primeira instrução apresentada é a de Multiplicação, no instante em que a entrada EN for habilitada por I0.0 o valor da memória MW50 será multiplicado pelo valor da memória MW52 e o resultado será enviado para a memória MW54. A segunda instrução apresentada é a de Divisão, no instante em que a entrada EN for habilitada por I0.1 o valor de MW56 será dividido pelo valor de MW58 e o resultado da operação será enviado para a memória MW60. Nos blocos de adição e multiplicação podemos encontrar um ícone no formato de uma estrela que nada mais é que o comando de inserção de entradas IN. Caso a soma ou a multiplicação sejam realizadas por mais de dois valores diferentes, basta clicar no ícone de adição e incrementar quantas entradas forem necessárias para realizar a operação. Conversores O próximo conjunto de instruções a ser estudado são os conversores Instrução de conversão de valores Espaço de configuração do tipo de dado de entrada e de saída Na imagem pode-se analisar o exemplo da conversão de uma instrução no formato Real para o formato tipo Inteiro, onde 100,2 é transformado em 100. Dentro do pacote de instruções de conversão existem 4 funções específicas voltadas para dados do tipo Real (32bits) e LReal (64bits), podendo converter esse dados para outros formato por meio de arredondamento do valor. • Round: Segue a regra matemática de arredondamento – abaixo 0.5 arredonda para baixo, de 0.5 em diante arredonda para cima. • Ceil: Arredonda para cima independente do valor da casa decimal. • Floor: Arredonda para baixo independente do valor da casa decimal. • Trunc: Elimina todo o valor após a vírgula. Final do Módulo I Instruções Básicas do TIA Portal Finalizamos esse módulo apresentando todas as instruções básicas necessárias para se iniciar um projeto no TIA Portal. No próximo módulo, já de posse dessas informações realizaremos um projeto do zero, onde aprenderemos como será o processo de construção e uma lógica e tudo o que for necessário para o funcionamento correto de um projeto.
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