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EXPERIÊNCIA DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO EM DUAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO (2)

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FACULDADE DA REGIÃO SERRANA
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E PLANEJAMENTO
 PAULO MARTINS DA SILVA
	
 EXPERIÊNCIA DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO EM DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN 
 
 
SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN
2020
 EXPERIÊNCIAS DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO EM DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE SÃO MIGUEL DO GOSTOSO – RN 
Autor[footnoteRef:1] Paulo Martins da Silva [1: Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). Email: paumarsilva@gmail.com] 
RESUMO – O presente artigo tem como principal objetivo, relatar as experiências vivenciadas pelo Coordenador Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de São Miguel do Gostoso, Estado do Rio Grande do Norte, no âmbito escolar, das escolas municipais Prefeito José Américo e Professor Paulo Freire no ano letivo de 2015, no Segmento de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Para embasar as experiências relatadas nesse trabalho, recorreu-se as pesquisas bibliográficas de diversos autores entre eles:Gama e Figueredo (2005), Libaneo (1994), Menegolla e Santana (2002), Pessôa (2010), Pimenta (1999), Trindade (2015/2016), Turra, Enricone, Sant’ana, André (1986) e Vasconcelos (2009), onde se observa, por parte deles, acentuada ênfase em torno das atividades que o Coordenador Pedagógico realiza dentro da escola. Uma pesquisa bem detalhada poderá mostrar, a abrangência da Coordenação Pedagógica.
PALAVRAS – CHAVE: Coordenador Pedagógico, Ensino Fundamental, Escola. 
1 INTRODUÇÃO
Permeando na organização educacional, a troca de experiência vivenciada pelo Coordenador Pedagógico, teve um papel fundamental na mediação entre os vários segmentos das escolas envolvidas. Apesar desse profissional ter um foco pedagógico que se diferencia das atividades do Gestor, no entanto, se entrelaçam na dinâmica administrativa da Escola.
O artigo está estruturado da seguinte forma: O primeiro parágrafo apresenta a introdução, o 2º parágrafo destaca uma breve biografia do Coordenador Pedagógico, o 3º parágrafo refere-se a escola como espaço de interação social, no 4º parágrafo é mencionado o papel e as competências do Coordenador Pedágógico, o 5º parágrafo dar ênfase as relações interpessoais e sua influência no contexto escolar, no 6º parágrafo é abordada a Jornada Pedagógica Municipal, o 7º parágrafo apresenta o campo de atuação do Coordenador Pedagógico, o 8º parágrafo enfatiza o Planejamento Pedagógico, O 9º parágrafo traz o cronograma de trabalho, o 10º parágrafo elenca a participação do Coordenador Pedagógico em planos e projetos, eventos, cursos e capacitações. O 11º parágrafo mostra como se deu o monitoramento das ações pedagógicas, o 12º parágrafo apresenta as principais proposições apresentadas a Secretaria Municipal de Educação. Por fim, o 13º parágrafo relata as considerações finais. 
2 BREVE BIOGRAFIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Paulo Martins da Silva, nasceu em 16 de maio de 1959, em São Miguel do Gostoso, então distrito de Touros, hoje um dos 167 municípios do Estado do Rio Grande do Norte. É professor da rede municipal há 34 anos. em São Miguel do Gostoso e Touros. 
Em 1986, o Diretor da Escola Municipal Coronel Zuza Torres me fez um convite para ensinar Língua Portuguesa e Matemática de 5ª a 8ª série do 1º grau. Para minha pessoa, foi um grande desafio, porque o meu currúculo só apresentava o 2º grau. Então, diante do compromisso assumido, havia a necessidade de aprofundar os estudos, porque o país estava retomando a democracia e a sociedade começava a mudar de postura.
No ano de 2008, o Governo Federal me ofertou o Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, através do Programa de Qualificação Profissional para a Educação Básica- PROBÁSICA, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, concluindo-o no ano de 2001.
Na busca constante pela qualificação, no período de 2004 a 2006, a Universidade Potiguar – UnP, me concedeu uma bolsa de estudos no Curso de Especialização em Didática do Ensino, com ênfase em Língua e Literatura, cuja certificação ocorreu em fevereiro de 2009.
Em 2010, novamente o Governo Federal me oportunizou a cursar a 2ª Licenciatura no Curso de Letras, ofertado pela Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica-PARFOR, no Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy, localizado a R. Jaguarari, 2100 - Lagoa Nova, Natal - RN, 59064-500, cuja formatura aconteceu no ano de 2013.
3 A ESCOLA COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO SOCIAL
A educação está presente nas nossas vidas, ela intervém na sociedade permeando e favorecendo as relações sociais. Desse modo, a educação, não pode ser entendida apenas como um meio de ensinar a ler e escrever, característica presente no sistema educacional jesuítica, mas, como um meio de formar cidadãos reflexivos, críticos, capazes de pensar e questionar determinadas situações da vida cotidiana, tornando-o num sujeito autônomo.
Considerada um fenômeno social, a educação é primordial nas práticas humanas. Os povos estão constantemente se transformando, através de suas relações sociais, econômicas, políticas, religiosas e culturais. Veja o que diz Libâneo a esse respeito:
[...] a educação é um fenômeno social. Isso significa que ela é parte integrante das relações sociais, econômicas, políticas e culturais de uma determinada sociedade, (...) este fato é fundamental para se compreender que a organização da sociedade, a existência das classes sociais, o papel da educação estão implicados nas formas que as relações sociais vão assumindo pela ação concreta dos homens. (1994, p. 18).
Diante da afirmação de Libânio, observa-se a responsabilidade que tem os sistemas de ensino e a sociedade em geral, em se preocupar na formação das pessoas, principalmente com as novas concepções de educação, e com o advento das novas tecnologias, que possibilitam ao educando, ser uma pessoa ativa, participante e atuante no processo de ensino aprendizagem. Nesse modelo, não há mais espaços para o ensino tradicional, aquele que enxerga o aluno como um ser passivo e o professor detentor do conhecimento, que empurra os conteúdos goela abaixo dos educando, na qual Paulo Freire classificou de educação bancária. Embora hoje, alguns docentes ainda se utilizem dessa prática. 
Portanto, uma escola que desconsidera a subjetividade e as múltiplas particularidades do aluno, de acordo com Libâneo (1994, p. 78): "Subestima a atividade mental dos alunos privando-os de desenvolverem suas potencialidades cognitivas, suas habilidades, de forma a ganharem independência de pensamento".
Pimenta (1999, p. 34), reforça "a necessidade de uma escola de qualidade, que forme cidadãos capazes de participar da vida política, social e econômica de uma sociedade moderna". Segundo a autora, simplesmente saber ler e escrever, para pegar um ônibus, ou escrever uma carta familiar, por exemplo, não é mais o suficiente para atender as exigências de um novo modelo de sociedade, e, principalmente, os desafios com a modernização do mercado de trabalho.
4 O COORDENADOR PEDAGÒGICO
4.1CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Nessa parte, é reproduzido no primeiro e segundo parágrafos, trechos do trabalho de Cleidimar Costa Trindade.
Para Almeida e Placco (2009) que o Coordenador Pedagógico tem, na escola, a função mediadora de revelar/desvelar os significados das propostas curriculares,para que os professores elaborem seus próprios sentidos, deixando de conjugar o verbo cumprir obrigações curriculares e passando a conjugar os verbos aceitar, trabalhar, operacionalizar determinadas propostas e criar outras, porque estas estão de acordo com suas crenças e seus compromissos sobre a escola e o aluno; e rejeitar as que lhes parecem inadequadas como proposta de trabalho para aqueles alunos, aquela escola, aquele momento histórico. Compete-lhe, então, em seu papel formador, oferecer condições ao professor para que aprofunde sua área específica e trabalhe bem com ela, ou seja, transforme seu conhecimento específico em ensino.
Importa, então, destacar dois dos principais compromissos do Coordenador Pedagógico: com uma formação que represente o projeto escolar – institucional, atendendo aos objetivos curriculares da escola; e com a promoção do desenvolvimento dos professores, levando em conta suas relações interpessoais com os atores escolares, os pais e a comunidade. Imbricados no papel formativo, estão os papéis de articulador e transformador. Como articulador, para instaurar na escola o significado do trabalho coletivo; como transformador, tendo participação no coletivo da escola, estimulando a reflexão, a dúvida, a criatividade e a inovação da formação continuada em serviço.
4.2 DAS COMPETÊNCIAS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Nos documentos oficias pode-se ver, que são várias as competências conferidas ao coordenador pedagógico para serem desenvolvidas na escola, além de ser o elo entre a direção escolar e os vários setores da instituição de ensino, tem a responsabilidade de se articular com a comunidade escolar e na formação de professores que atuam em sala de aula, esta última, uma das principais atribuições do coordenador pedagógico. No entanto, há uma visão distorcida do papel deste profissional, tanto pela direção da escola, quanto na maioria de funcionários e professores. Em alguns casos, é lhe atribuído, a função de observar alunos que chegam atrasados, ou colocar aqueles que estão ociosos nos corredores da escola de volta a sala de aula, e frequentemente, substituir professores faltosos em sala de aula.
Desse modo, quando se trata do papel do Coordenador Pedagógico na escola e sua identidade profissional, agrega-se algumas demandas. As atribuições aqui elencadas, são as que o Coordenador Pedagógico pode trabalhas nas duas escolas municipais: Prefeito José Américo e Professor Paulo Freire.
I – organização, acompanhamento e avaliação e a execução do processo pedagógico;
II – acompanhamento e assessoramento dos professores na elaboração dos planejamentos, assistindo-os em suas dificuldades;
III – auxílio aos professores na busca de mecanismos efetivos de combate à ausência escolar, evasão e repetência;
IV – proporcionamento a liberdade de planejar, assegurando a unidade e levando em consideração as metas traçadas no Projeto Político Pedagógico e as especificidades da Unidade Escolar;
V – promoção a integração parcial escola-família e comunidade visando o sucesso educacional;
VI – participação em reuniões, sessões de estudo, encontros e cursos promovidos pela Unidade Escolar e/ou Secretaria Municipal de Educação, Cultura;
VII – participação e incentivo as atividades cívicas, culturais e educativas da Comunidade Escolar;
VIII – orientação os professores na seleção e utilização de estratégias para a melhoria do rendimento escolar;
IX– realização de encontros bimestrais com os professores para troca de experiências e proposições de alternativas que visem a melhoria do ensino;
Diante do exposto, essa Coordenação Pedagógica ressalta, que mediante as condições de trabalho que lhe propuseram, procurou favorecer as reuniões pedagógicas destinadas a reflexão-ação do educador, de maneira que ele possa repensar as suas práticas em sala de aula, embasadas em conhecimentos teóricos, que pudessem superar as suas dificuldades, conforme Pessôa (2010) ”ao coordenador cabe, portanto, a responsabilidade por viabilizar espaços de encontros pedagógicos” (PESSÔA 2010 p.101).
5 AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E SUA INFLUÊNCIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Em qualquer espaço que se concentram pessoas, é importante as relações interpessoais, principalmente, a quem exerce um papel de chefia ou liderança. Um Coordenador Pedagógico é um líder, e cabe a ele, no ambiente escolar, ter boas relações com todos os segmentos da instituição, para apaziguar os possíveis conflitos, afinal, a escola possui uma vasta diversidade cultural, social, econômica e religiosa, portanto, o Coordenador Pedagógico é um mediador, assim afirma Vasconcelos (2009) “a atuação do coordenador pedagógico se dá no campo da mediação” (VASCONCELLOS p.88, 2009)
Nesta perspectiva, esse Coordenador teve um bom relacionamento com os sujeitos sociais das escolas municipais Professor Paulo Freire e Prefeito José Américo, o que facilitou por demais, o trabalho coletivo durante o ano letivo de 2015.
6 A JORNADA PEDAGÓGICA MUNICIPAL
A jornada pedagógica é um momento relevante para o início do ano letivo institucional. Tem como objetivo, avaliar o desempenho de todo o sistema educacional no período anterior, com o propósito de (re) planejar ações pautadas nos resultados, na perspectiva de rever os pontos fracos e de fortalecer as potencialidades individuais e coletivas. Dessa forma, a Secretaria Municipal de Educação promove a jornada pedagógica com atividades acadêmicas para determinado período, com a possibilidade de continuação da proposta, pelo menos, duas etapas anuais. Os docentes são convocados a participarem, além da equipe técnico-pedagógica, dos gestores, dos técnicos – administrativos e pessoal de apoio. Assim, configura-se a formação continuada, abordando temáticas da primeira etapa da jornada pedagógica, que estão relacionadas à prática pedagógica e favorecendo, dessa forma, a dimensão da ação - reflexão-ação nos espaços educacionais. Com data prevista no calendário para o mês de fevereiro, a Jornada Pedagógica é planejada e organizada pela Secretaria Municipal de Educação e coordenada pela equipe técnico-pedagógica.
A 18ª Jornada Pedagógica no Município de São Miguel do Gostoso aconteceu nos dias 24 a 26 de fevereiro de 2015, com o tema: Prática Pedagógica: reflexão e ação para o sucesso escolar.
7 CAMPO DE ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
A Supervisão Pedagógica atribui a mim no ano letivo de 2015, a Coordenação Pedagógica em duas escolas da Rede Municipal de Ensino do Município de São Miguel do Gostoso – RN, que oferecem de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, a saber: Escola Municipal Professor Paulo Freire, sob o código do INEP nº 24078565, localizada no Assentamento Antônio Conselheiro; Escola Municipal Prefeito José Américo, sob o código do INEP nº 24052027, localizada no povoado de Baixinha dos Franças.
7.1 ESCOLAS MUNICIPAIS
7.1.1 ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR PAULO FREIRE
7.1.2 Breve histórico da escola
A Escola Municipal Professor Paulo Freire está localizada no Projeto de Assentamento Antônio Conselheiro, Município de São Miguel do Gostoso – RN, passou a prestar serviço nesta localidade, a partir do ano de 1998, com a finalidade de proporcionar aos filhos dos assentados, o acesso à escolarização.
Depois de passar por algumas ampliações e reformas no ano de 2007, a escola passou a oferecer as modalidades de ensino de Creche a ao 9º ano do Ensino Fundamental.
O nome da escola, assim como o nome do Assentamento Antônio Conselheiro foram escolhidos por uma Assembleia Geral dos assentados, que segundo moradores, a escolha pelo nome Paulo Freire foi por causa da sua história de lutas e conquistas em prol da educação.
7.2 ESCOLA MUNICIPAL PREFEITO JOSÉ AMÉRICO
7.2.1 Breve histórico da escola
Para atender as necessidades da comunidade, a Prefeitura Municipal de Touros – RN, inaugurou no dia 18 de dezembro de 1966, a Escola Municipal Prefeito José Américo, INEP nº 24052027, localizada no povoado de Baixinha dos França, construída através de um convênio entre a Prefeitura de Touros com o Ministério de Educação – MEC. De início veio a funcionarofertando apenas 1ª e 2ª séries do Ensino Fundamental,
Atualmente a escola oferece a comunidade, desde a Educação Infantil, as Séries Finais do Ensino Fundamental.
8 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
8.1 CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE PLANEJAMENTO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB delega o planejamento a instituição de ensino que, juntamente com o corpo docente, tem um papel importante a desempenhar nesse sentido que é o da aplicação desse planejamento. Deve-se levar em consideração que os professores precisam, acima de tudo, zelar pela aprendizagem dos educandos, bem como estabelecer estratégias de recuperação para aqueles que apresentam menor rendimento escolar. Cabe também aos docentes reorganizarem os seus planejamentos, conforme as necessidades educacionais dos alunos, tendo como objetivo a preparação deles, não só para encarar o presente e o futuro, mas fornecendo-lhes condições de aprendizagem necessárias para que possam sobressair de situações que exijam raciocínio lógico. “Planejar é a atividade em que se projetam fins e se estabelecem os meios para chegar até eles” (BRASIL, 2006, p. 3).
Portanto, o planejamento está previsto pela LDB, como sendo:
responsabilidade da instituição de ensino, junto com seu corpo docente, que por sua vez tem como incumbência não só ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidas, mas também participar de forma integral dos períodos dedicados ao planejamento, além de participar, também, da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino a qual ele pertença (BRASIL, 1996, p. 6).
De acordo com a LDB, o professor tem como incumbência não só ministrar os dias letivos e horas aulas estabelecidas, mas também, participar de forma integral dos períodos dedicados ao planejamento, além de participar, também, da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino a qual ele pertença.
Para que se tenha um planejamento escolar eficiente, faz-se necessário que professores tenham concepções a respeito do mesmo, a compreensão acerca da importância do planejamento e suas contribuições na sua rotina como professor de 6º ao 9º ano do ensino fundamental das escolas municipais mencionadas nesse artigo. “Concepções sobre planejamento tanto podem estar ligadas a ideais de transformação como às de manutenção de realidades ou situações existentes”. (SANT’ANNA, ENRICONE, ANDRÉ e TURRA, 1986, p. 273). Dessa forma, a concepção de planejamento está muito mais vinculada aos propósitos de transformação de uma certa realidade.
Reforçando a compreenssão que o professor deve ter sobre planejamento, os autores Gama e Figueiredo (2005) enfatizam:
[...] O professor necessita, cada vez mais, compreender que o planejamento é uma prática que procura ajudar a sanar problemas de organização de conteúdos e que ele, por si próprio, não é a solução absoluta de todos os problemas que surgirão quanto a organização metodológica, tendo em vista que o planejamento é somente um passo de uma caminhada longa. (GAMA E FIGUEIREDO, 2005, p. 10).
9 CRONOGRAMA DE TRABALHO
Para o ano letivo de 2015, a Supervisão Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação elaborou um cronograma de trabalho (ver cronograma), com o objetivo de dar suporte pedagógico nos planejamentos bimestrais dos professores das escolas municipais. Nos dias da realização dos encontros, a Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação composta por Supervisora Pedagógica, Coordenadores Pedagógicos, Coordenadores de Programas e Psicóloga se deslocaram até o polo e se juntaram aos professores e a equipe técnica-administrativa e pedagógica das escolas envolvidas. No polo, que geralmente é formado por 4 a 6 escolas, a Equipe Pedagógica se dividiu por segmentos. O planejamento obedeceu a uma pauta, que foi pré-estabelecida através de consulta aos setores da unidade escolar.
Os encontros pedagógicos tiveram a duração de oito horas, onde vários temas formam discutidos e socializados, dentre eles: Portaria de avaliação; Avaliação da aprendizagem; rendimento escolar; processo de alfabetização, inclusão, distorção idade/série; Projeto Político Pedagógico; Projetos Pedagógicos; relação escola x comunidade; auto avaliação docente.
CONOGRAMA – PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO
	Escola
	Temática(s)
	Bimestre
	Data
	Horário
	Local
	Facilitador
	
E.M.
Prefeito José
Américo INEP 24052027
	Vídeo: Pedagogia do Olhar –
Rubem Alves; Vídeo: Trabalho em Equipe.
Avaliação diagnóstica; inicial.
Portaria de Avaliação;
Projeto: Meio Ambiente
Planejamento
	
1º B Polo 3
	
25/03/2015
	
8hoo às 12; 13h00
ás 17h00
	
E.M.
Prefeito José
Américo
	
Paulo Martins Coord. Pedag.
	
E.M. prof. Paulo Freire INEP
24078565
	Vídeo: Pedagogia do Olhar –
Rubem Alves
Vídeo: Trabalho em Equipe
Avaliação diagnóstica; inicial.
Portaria de Avaliação;
Projeto: Meio Ambiente
Planejamento
	
1º B Polo 1
	
27/03/2015
	
8hoo às 12; 13h00
ás 17h00
	
E.M.
Professor
. Paulo Freire
	
Paulo Martins Coord. Pedag.
	
E.M. prof. Paulo Freire INEP
24078565
	Processo	de Alfabetização, Inclusão		e Distorção;
Resultado	das avaliações;
Retomada do Projeto sobre Meio Ambiente; (Re)
planejamento dos
	
2º B Polo 1
	
05/05/2015
	
8hoo às 12; 13h00
ás 17h00
	
E.M.
Proessor. Paulo Freire
	
Sandra Corso – Psicol. Paulo
Martins – Coord. Pedag.
		
	conteúdos	que
serão trabalhados no 2º bimestre
	
	
	
	
	
	
	Processo	de
	
	
	
	
	
	
	Alfabetização,
	
	
	
	
	Sandra
	
	Inclusão	e
	
	
	
	
	Corso –
	E.M.
	Distorção;
	
	
	
	
	Psicol.
	Prefeito
	Resultado	das
	2º B
	12/05/2015
	8hoo
	E.M.
	Paulo
	José
	avaliações;
	Polo 3
	
	às 12;
	professor
	Martins –
	Américo
	Retomada do
	
	
	13h00
	Paulo
	Coord.
	INEP
	Projeto sobre
	
	
	ás
	Freire
	Pedag
	2405202
	Meio Ambiente;
	
	
	17h00
	
	
	
	(Re)
	
	
	
	
	
	
	planejamento dos
	
	
	
	
	
	
	conteúdos	que
	
	
	
	
	
	
	serão trabalhados
	
	
	
	
	
	
	no 2º bimestre
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Sandra
	E.M. Prof.
	
	
	
	8hoo
	
	Corso –
	Paulo
	Vídeo	de
	3º B
	04/08/2015
	às 12;
	
	Psicol.
	Freire
	motivação;
	Polo 1
	
	13h00
	
	Paulo
	INEP
24078565
	Resultado das avaliações e os conteúdos trabalhados no 3º bimestre;
Apresentação e discussão do
Projeto sobre Folclore numa perspectiva
interdisciplinar de 6º ao 9º ano; (Re)
planejamento dos conteúdos que serão trabalhados no 4º bimestre
	
	
	ás
	
	Martins –
	
	
	
	
	17h00
	
	Coord.
	
	
	
	
	
	
	Pedag
	
E.M.
Prefeito José
Américo INEP 2405202
	Vídeo de motivação;
Resultado das avaliações e os conteúdos trabalhados no 3º bimestre;
Apresentação e discussão do
Projeto sobre Folclore numa perspectiva
interdisciplinar de 6º ao 9º ano; (Re)
planejamento dos conteúdos que serão trabalhados no 4º bimestre
	
3º B Polo 3
	
14/08/2015
	
8hoo às 12; 13h00
ás 17h00
	
E.M.
Prefeito José
Américo
	
Sandra Corso – Psicol. Paulo
Martins – Coord. Pedag
	
	
Vídeo em
	
	
	
	
	
	
	homenagem ao
	
	
	
	
	
	
	professor;
	
	
	
	
	
	
	Slide para
	
	
	
	
	
	
	reflexão (Augusto
	
	
	
	
	
	
	Cury);
	
	
	
	
	
	E.M. Prof.
	Comparativo do
	4º B
	23/10/2015
	8hoo
	E.M.
	Paulo
	Paulo
	Rendimento
	
	.
	às 12;
	professor
	Martins
	Freire
	Escolar do 1º e 2º
	Polo 1
	
	13h00
	Paulo
	Coord.
	INEP
	Bimestres;
	
	
	ás
	Freire
	Pedag.
	24078565
	Estudo de casos;
	
	
	17h00
	
	
	
	Slide sobre a
	
	
	
	
	
	
	portaria de
	
	
	
	
	
	
	avaliação
(Orientações sobre o preenchimento do Diário de Classe); Texto: Como lidar com a
indisciplina; Ficha de autoavaliação docente;
(Re)
planejamento dos conteúdos que serão trabalhados no 4º bimestre;
	
	
	
	
	
	
	Vídeo em
	
	
	
	
	
	
	homenagem ao
	
	
	
	
	
	
	professor;
	
	
	
	
	
	
	Slide para
	
	
	
	
	
	
	reflexão (Augusto
	
	
	
	
	
	
	Cury);
	
	
	
	
	
	E.M.
	Comparativo do
	
	
	
	
	
	Prefeito
	Rendimento
	4º B
	27/10/2015
	8hoo
	E.M.
	Paulo
	José
	Escolar do 1º e 2º
	
	.
	às 12;
	Prefeito
	Martins
	Américo
	Bimestres;
	Polo
	
	13h00
	José
	Coord.
	INEP
	Estudo de casos;
	
	
	ás
	Américo
	Pedag.
	2405202
	Slide sobre a
	
	
	17h00
	
	
	
	portaria de
	
	
	
	
	
	
	avaliação
	
	
	
	
	
	
	(Orientações
	
	
	
	
	
	
	sobre opreenchimento do
	
	
	
	
	
	
	Diário de Classe);
	
	
	
	
	
	
	Texto: Como lidar
	
	
	
	
	
	
	com a
	
	
	
	
	
	
	indisciplina;
	
	
	
	
	
	
	Ficha de auto
	
	
	
	
	
	
	avaliação
	
	
	
	
	
	
	docente;
	
	
	
	
	
	
	(Re)
	
	
	
	
	
	
	planejamento dos
	
	
	
	
	
	
	conteúdos que
	
	
	
	
	
	
	serão trabalhados
	
	
	
	
	
	
	no 4º bimestre;
	
	
	
	
	
Para o cumprimento do cronograma de atividades nas escolas, o Coordenador Pedagógico se deparou com vários entraves, dentre alguns se destacam: adiamentos por falta de transportes; atrasos no deslocamento ao polo, a ausência de docentes, e, principalmente, o calendário letivo devido ao mesmo começar no início de março, e assim, contabilizar alguns sábados para complementar a carga horária mínima como determina a LDB, praticamente em todos os planejamentos, foi necessário “matar” dias letivos.
Observou-se que num encontro com previsão da participação de 20 professores, em média, 05 são faltosos, e o mais chocante é sabermos que alguns foram a uma consulta médica, marcada coincidentemente, em dia de planejamento, outros professores foram resolver problemas particulares, que não requeria urgência.
Segundo Menegolla e Sant’Anna (2002, p. 43), alguns professores não simpatizam com o ato de planejar:
Parece ser uma evidência que muitos professores não gostem e pouco simpatizem em planejar suas atividades escolares. O que se observa é uma clara relutância contra a exigência de elaboração de seus planos. Há uma certa descrença manifesta nos olhos, na vontade e disposição dos professores, quando convocados para planejamento.
Notou-se ainda, que o diretor da escola numa participava do planejamento, geralmente ele fazia a abertura do encontro e depois ficava na sala da administração, ou nas dependências da escola, ou, acompanhando o trabalho do pessoal de apoio.
O desinteresse de professores pelo planejamento pedagógico pode estar atrelado a várias situações. Muito se houve que alguns deles não gostam ou não querem planejar. É notório que são poucos, ou quase nunca, pedagogos/coordenadores e diretores das unidades escolares indagam ou refletem sobre os motivos que levam esses professores a desenvolver verdadeira fobia pelo planejamento. Podemos levantar algumas hipóteses:
· Professores que trabalham em mais de uma escola e não dispõem de tempo;
· O professor não elabora um planejamento, apenas preenche formulários;
· Professor com qualquer curso de graduação sem nenhuma formação pedagógica, que atua em sala de aula por necessitar de uma remuneração.
· Falta de assessoria pedagógica pelos coordenadores das escolas e dirigentes escolares.
Além do que foi exposto, outras situações podem contribuir para o desinteresse de professores pelo planejamento escolar, cuja elucidação merece ser objeto de estudo.
10 PARTICIPAÇÃO EM PLANOS/PROJETOS
Além do assessoramento pedagógico nas escolas municipais Professor Paulo Freire e Prefeito José Américo, o Coordenador Pedagógico participou de cursos, reuniões e eventos ligados a educação, ou de temas de interesse da comunidade em geral.
Paralelamente as atividades de Coordenador Pedagógico, houve a participação em algumas programações realizadas no município. (Ver Quadros 1, 2 e 3):
Quadro 1 – PLANOS E PROJETOS/EVENTOS/CURSOS E CAPACITAÇÕES
	Temática
	Data
	Horário
	Local
	Responsável
	
Plano Municipal Educação
	
de
	
02/03/2015
	
9h00 às 13h00
	Secretaria Municipal	de Educação
	Técnico
Heldene Santos
	Plano de ação e
	
	
	
	Supervisora
	projeto político
	04/03/2015
	9h00 às 13h00
	Secretaria
	Pedagógica
	pedagógico das
	
	
	Municipal	de
	Maria	das
	escolas.
	
	
	Educação
	Graças	de
	
	
	
	
	Sousa Silva
	
	
	
	
	Secretária
	Elaboração do
	
	
	Secretaria
	Municipal de
	cronograma do
	10/03/2015
	9h00 às 13h00
	Municipal de
	Educação
	planejamento Anual
	
	
	Educação
	Izabel Bezerra
	
	
	
	
	de Matos
	
Implantação do
	
	
	
Biblioteca
	
Especialista
	projeto sobre o meio
	12/03/2015
	9h00 às 13h00
	Pública	Maria
	Zilnar Rocha
	ambiente
	
	
	Nazinha
	
	
	
	
	Ferreira
	
	Comissão de
	;
	
	
	
	sistematização do
	
	
	Secretaria
	Técnico
	plano municipal de
	07/04/2015
	9h00 às 13h00
	Municipal	de
	Heldene Santos
	educação
	
	
	Educação
	
	
Revisão do projeto
	
22/05/2015
	
9h00 às 13h00
	
Escola
	
Coordenador
	político pedagógico
	03/06/2015
	
	Municipal
	Pedagógico
	– ppp
	
	
	professor Paulo
	Paulo	Martins
	
	
	
	Freire
	da Silva
	
Dia do estudante e
	
	
	
Biblioteca
	
Secretária
	desfile sobre o 7 de
	03/07/2015
	9h00 às 13h00
	Pública Maria
	Municipal	de
	setembro
	
	
	Nazinha
	Educação
	
	
	
	Ferreira
	Izabel	Bezerra
	
	
	
	
	de Matos
	
Detalhamento
	
do
	
21/07/2015
	
9h00 às 13h00
	
Biblioteca
	
Especialista
	projeto sobre o meio
	
	
	Pública Maria
	Zilnar Rocha
	ambiente
	
	
	Nazinha
	
	
	
	
	Ferreira
	
	
Sistema
	
de
	
	
	
Escola
	
Izabel	Bezerra
	avaliação
	31/07/2015
	9h00 às 13h00
	Municipal
	de Matos/Maria
	
	
	
	Professora Ana
	das Graças de
	
	
	
	Barbosa Ribeiro
	Sousa e Silva
	
Elaboração do plano
Municipal livro e leitura
	
01/09/2015
	
8h00 às 12h00
	
Biblioteca Pública Maria Nazinha Ferreira
	
Joana D’arc de
Sousa
Quadro 2 – PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS
	Temática
	Data
	Horário
	Local
	Responsável
	11ª conferência municipal de educação - consulta pública para o plano municipaL de educação
	
24/04/2015
	
08h00min às 15h30min
	
Centro de Múltiplo Uso
	
Conselho Municipal de Educação
	Programação cultural do
SESC
	
20/08/2015
	8h30m ás 12h00
13h30h ás 15h30 às 16h30 18h30 às 20h00
	
Centro de Cultura
	
Pablo
Capistrano e equipe do SESC
	Desfile das escolas
	
	
20h00 às 22h00
	E.M.Profª Maria Soledade
Coelho de Oliveira
	
José Ailton Diretor
	Formatura de
concluintes
	21/12/2015
	
	
	
Quadro 3 – CURSOS/CAPACITAÇÃO
	Temática
	Data
	Horário
	Local
	Responsável
	
	
	8h00min	às
	Instituto de
	
	Desenvolvimento
	
	17h00min e das
	Ação Social
	Fundação Fio
	Sustentável
	26/11/2015
	18h00min	às
	Nilo e Isabel
	Cruz
	
	
	22h00min
	Neri - IASNIN
	
11 MONITORAMENTO DAS AÇÕES PEDAGÓGICAS
No que se refere ao monitoramento das atividades escolares, o Coordenador Pedagógico teve muitas dificuldades, por que as duas escolas municipais sob a sua responsabilidade ficam em áreas de assentamentos, com estradas vicinais que dificultam o acesso, falta de veículo para se locomover, além do horário noturno, pois as escolas ficam localizadas aproximadamente a uns 20 e 35 km, respectivamente, da sede do município.
No entanto, em todo o ano letivo foram feitas apenas um monitoramento na escola Municipal Professor Paulo Freire. Aconteceu em 17 de setembro de 2015, onde todas as salas de aula de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e o 3º Nível da Educação de Jovens e Adultos (EJA), correspondente ao 6º e 7º ano foram visitadas. Todos os alunos tiveram a oprtunidades de expôr suas reclamaçõe sobre a merenda escolar; falta de professor para as aulas de educação física; implantação pela Secretaria Municipal de Educação de cursos profissionalizantes; aulas mais dinâmicas em todas as disciplinas; aulas de computação; postura de alguns professores e dedetizar as salas de aula para afugentar os morcegos. Todos os pontos foram anotas e entregues a Secretária Municipal de Educação para as devidas providências.
Como se observa, não houve visita a Escola Municipal Prefeito José Américo pelos motivos já relatados, limitando-se apenas aos encontros bimestrais para a realização dos planejamentos, os quais me oportunizavam contatos com a equipe administrativa e pedagógica da escola, mas nunca com os alunos, nem com os pais.
12 PRINCIPAIS PROPOSIÇÕES APRESENTADAS A SECRETARIA MUNICIPAL DE DUCAÇÃO
Com término das atividades escolares, as anotações e observações feitas durante todo o ano letivo, o Coordenador Pedagógico elaborou as propostas que se seguem, as quais foram apresentadas a Secretaria Municipal de educação no dia a dia da Coordenação Pedagógica.
12.1 PONTOS QUE FORAM DESTAQUE E DEVEM SER FORTALECIDOS
· Amostra de trabalhos realizada pelos alunos das escolas envolvidas
· Parceriacom a comunidade externa (Associações, etc.)
· Regularidade da merenda
· As reuniões de pais, mestres e Gestão Escolar (incremento);
· Empenho dos professores nas atividades escola x comunidade
· Festa de colação do 9º Ano
· Festa de encerramento do ano letivo
12.2 PRECISA MELHORAR
· A Coordenação Pedagógica através da Formação Continuada/Capacitação.
· A Gestão Escolar, através da Formação Continuada/Capacitação.
· Biblioteca (ampliação do espaço físico)
· A atuação docente através da Formação Continuada/Capacitação.
· Acompanhamento do processo de ensino aprendizagem do aluno’
· Relacionamento entre alunos
· Monitoramento das atividades escolares nas unidades de ensino
· Relacionamento aluno professor (por parte de alguns professores)
· A intercomunicação entre pais e coordenadores pedagógicos
· Escrita e Leitura dos alunos
· Diversificação dos métodos de ensino
· Maior dedicação dos alunos aos estudos
· Secretaria da Escola (agilização dos resultados bimestrais)
· Questões relacionadas ao diário de classe (preenchimento)
· Comportamento do diretor (falta paciência e certas atitudes)
· Assiduidade e pontualidade de alguns professores e funcionários
· Datas Comemorativas, festas culturais do 6º ao 9º - ter cronograma; 
· Descontrole nas comemorações de aniversariantes e confraternizações.
· Materiais guardados na sala do diretor;
· Desperdício de material (alunos e escola);
· Falta computador na sala dos professores;
· Construção de rampa acessível nos pavilhões para alunos especiais;
· Não cumprimento dos combinados;
· Cronograma para melhor atendimento aos professores – relacionamento;
· Implantar o intercâmbio entre as Unidades Escolares;
· O cumprimento do Calendário Escolar. (Dias letivos, etc.)
· Desengavetar o Projeto Político Pedagógico da Escola.
12.3 PRECISA IMPLANTAR
· Grêmio Estudantil;
· Esporte interno e externo (participação nas competições da cidade);
· Conselho de Classe;
· Regimento Interno das escolas;
· Gestão Democrática.
Ao término do ano letivo de 2015, foi produzido um relatório de 75 páginas com o título: RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS PREFEITO JOSÉ AMÉRICO E PROFESSOR PAULO FREIRE NO ANO LETIVO DE 2015, como registro do trabalho na Coordenação Pedagógica do Município e encaminhado a Senhora Secretária Municipal de Educação para que tomasse ciência, e consequentemente, tomar as providências cabíveis.
Vale ressaltar, que o referido relatório motivou a produção desse artigo
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das dificuldades na realização das ações desenvolvidas nas duas escolas municipais já relatadas neste artigo, foi estimulada a reflexão sobre o dia a dia na sala de aula, valorizando os momentos de reuniões pedagógicas bimestrais com os professores, para a socialização de experiências e que estes expusessem também, questões pessoais extraclasse, que por ventura estivessem acarretando problemas a sua prática pedagógica. Foi muito importância a abertura desse espaço, para atuação do Coordenador Pedagógico, que buscou sempre colaborar com o professor, diante dos desafios que o contexto escolar impera, consciente de que, o docente é um ser humano carregado de paixões, emoções, e, como os alunos, também precisa que o Coordenador lhe der assistência
Pela lei da gestão democrática municipal, o Coordenador Pedagógico tem que possuir, no mínimo, a formação acadêmica em Pedagogia. Dessa forma, faz sentido valorizar o profissional, cujas atribuições são distorcidas, pois, muitas vezes ele é convocado a acumular outras funções que não são inerentes ao seu cargo, fica ele sobrecarregado nas suas atribuições específicas. Isso pode contribuir negativamente na concretização dos objetivos educacionais.
Somado ao que foi exposto, é importante ressaltar, que o sistema de ensino dê condições de trabalho para que o Coordenador Pedagógico possa desempenhar a sua função, porque muitas vezes, o profissional não tem uma sala própria para atender a comunidade escolar, transporte para acompanhar as ações pedagógicas, o que acaba frustrando a sua expectativa, já que o mesmo se articula, organiza planejamento coletivo, e no final, falha no acompanhamento das práticas pedagógicas, e consequentemente, no processo de ensino aprendizagem.
Diante do exposto, a atuação do Coordenador Pedagógico deve ser vista pela instituição de ensino com mais responsabilidade, não deve acontecer de forma descompromissada e fora de contexto, pois, ele é elo, o articular, o fio condutor desse processo, é o protagonista de um conjunto de atores, que com a sua seriedade, a sua ética, será possível contribuir com uma educação mais humanizada e de qualidade.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Lei nº 11274, de 06 de fevereiro de 2006.
BRASIL. MEC – Ministério da Educação e Cultura. Lei de diretrizes e bases da educação nacional, (1996), Art. 12-13. – 3. ed. – Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2006.
GAMA, A. S.; FIGUEIREDO, S. A. O Planejamento no Contexto Escolar.
Revista Discursividade, Campo Grande-MS, n° 04, ago. 2009. Disponível em:
 http://www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/04/Arquivos04/05.pdf..Acess o em: 16 mar. 2016
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar? 12ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/Catarinerodrigues/> Acesso em 16 mar.2016.
PESSÔA. Lilian Corrêia. Coordenação de professores alfabetizadores: um desafio a ser vencido.IN: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PALLACO, Vera Maria de Souza (orgs.). O Coordenador Pedagógico e o atendimento à diversidade.SãoPaulo:Loyola,2010.p.99/110.Disponívelem<http://www.cairu.br/revista/arquivos/artigos/20122/Coordenacao Pedagógica. Magali Ramos> Acesso em 05.jan.2016.
PIMENTA, Selma Garrido. Textos Nascimento Edson et al. Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999.
TRINDADE, Cleidimar Costa: A Coordenação na formação continuada dos docentes do ensino fundamental em uma escola municipal de Penalva – MA no ano de 2015. Monografia (Especialização) – Universidade Federal do Maranhão. São Luís, p. 13, 2016. Disponível em: https://monografias.ufma.br/jspui/bitstream/123456789/1870/1/CleidimarTrindad e.pdf. Acesso em 03. Abril. 2020.
TURRA; ENRICONE; SANT’ANNA; ANDRÉ. Planejamento de Ensino e Avaliação. Porto Alegre, RS: Sagra Editora e Distribuidora,1986, p.275- 277.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 11ªed. São Paulo: Libertad Editora, 2009.

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