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Universidade Federal Rural do Semi-Árido Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caating a ISSN 0100-316X (impresso) ISSN 1983-2125 (online) http: / /dx.doi.org/10.1590/1983-21252020v33n310rc INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTROS DE FUNGOS SAPROBICOS CONTRA A PRECOCE 1 MARIANNA SANTOS RODRIGUES ALENCAR 2, ANTÔNIO JUSSIÊ DA SILVA SOLINO 3*, JULIANA SANTOS BATISTA OLIVEIRA 2, SÉRGIO FLORENTINO PASCHOLATI 4, KÁTIA REGINA FREITAS SCHWAN-ESTRADA 2 RESUMO - O tomate pode ser atacado por diversas doenças. A pinta preta causa grandes perdas aos produtores de tomate e requer muitas aplicações de fungicidas para seu controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de filtrados de fungos sapróbios no controle da pinta preta (Alternaria solani) em tomateiro. Os tratamentos consistiram de filtrados de fungos (Stachylidium bicolor - SBI; Periconia hispidula - PHI; Brachysporiella pulchra - BPU; Myrothecium leucotrichum - MLE; e Pycnoporus sanguineus - PSA) diluídos a 20%, um controle (água) e acibenzolar-S-metil (ASM). Tomateiros com cinco folhas foram tratados com os filtrados, e A. solani foi inoculada após três dias. As variáveis analisadas foram: área sob a curva de progresso da doença (AACPD) e atividade específica das enzimas: catalase, lipoxigenase, peroxidase e polifenol oxidase. O SBI filtradodiminuiu o AACPD em 80% para a terceira folha e 96% para a quarta folha. A atividade da catalase aumentou devido à aplicação dos BPU e PHI filtrados, 96 horas pós-inoculação (hpi). A atividade da lipoxigenase aumentou em 130%, 72%, 130% e 81% em 24 hpi ao aplicar os SBI, PHI, MLE filtradose ASM, respectivamente. A aplicação de SBI, BPU, MLEe PSA filtradosaumentou a atividade da lipoxigenase em 30%, 26%, 12% e 22%, respectivamente, a 120 hpi. A atividade da peroxidase aumentou 74% a 120 hpi, com a aplicação do SBI filtrado. A atividade da polifenol oxidase não foi afetada pelos tratamentos. OS. bicolor filtrado deé eficiente no controle da severidade da pinta preta em tomateiro. Palavraschave-: Alternaria solani. Controle alternativo. Indução de resistência. Indução DE MECANISMO DE DEFESA DE tomateiro POR FILTRADOS DE SAPRÓBIOS NO CONTROLE DA PINTA PRETA RESUMO - O tomateiro PODE Ser Atacado POR Diversas Doenças, Como uma pinta preta, that causa Grandes prejuízos AOS Produtores, exigindo grande Número de Aplicações de fungicidas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de filtrados de fungos sapróbios no controle de pinta preta do tomateiro (Alternaria solani). Os tratamentos foram constituídos por filtrados de Stachylidium bicolor (SBI), Periconia hispidula (PHI), Brachysporiella pulchra (BPU), Myrothecium leucotrichum (MLE) e Pycnoporus sanguineus (PSA) diluído a 20%, além da água (água) e acibenzolar- S-metil (ASM). As plantas de tomate, com cinco folhas, foram pulverizadas com filtrados e três dias após realizar-se a inoculação com A. solani. As variáveis analisadas foram uma área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e a atividade específica de catalase, lipoxigenases, peroxidase e polifenoloxidase. A aplicação de filtrado de SBI promove a redução de 80% e 96% da AACPD na terceira e quarta folha respectivamente. A catalase was incrementada with use of filtrados of BPU and PHI 96 hpi. A lipoxigenase foi incrementada 130, 72, 130 e 81% no horário 24 horas ao aplicar os filtrados de SBI, PHI, MLE e ASM respectivamente. Os filtrados de SBI, BPU, MLE e PSA incrementaram a atividade da lipoxigenase em 30, 26, 12 e 22% respectivamente, no horário 120 hpi. A atividade de peroxidase aumentou 74% em função da aplicação de SBI 120 hpi. A polifenoloxidase não foi influenciada pelos tratamentos. O filtrado de S. bicolor é efetivo em promover o controle da severidade da pinta preta do tomateiro. Palavras-chaves: Alternaria solani. Controle alternativo. Indução de Resistência. _______________________________ *Autor para correspondência 1Recebido para publicação em 13/09/2019; aceito em 29/04/2020. Trabalho extraído da dissertação de mestrado da primeira autora 2Departamento de pós-graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil; mariannarodrigues86@hotmail.com - ORCID: 0000-0001-5894-554X, julianaglomer@hotmail.com - ORCID: 0000-0002-1260-4341, krfsestrada@uem.br - ORCID: 0000-0001 -8384-8557. 3Departamento de Agronomia, Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil; antoniosolino@unirv.edu.br - ORCID: 0000-0001-5922- 9983. 4Laboratório de Fisiologia Fitopatológica e Bioquímica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; sfpascho@usp.br - ORCID: 0000-0002-9690-9694. Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 671 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPROBICOS CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO MSR ALENCAR et al. INTRODUÇÃO O tomate possui uma das mais expressivas produções agrícolas do mundo e é um importante produto para o mercado de alimentos in natura e processados. O Brasil é o décimo maior produtor de tomate, com uma produção de 4.230.150 Mg, apresentando rendimentos médios superiores à média mundial (FAOSTAT, 2019). As doenças são um fator importante que diminui a produtividade e o número de frutos na cultura do tomate. A pinta preta, causada pela Alternaria solani, é recorrente em todas as regiões produtoras e compromete a comercialização dos frutos (AMORIM et al., 2011; JONES, 1991). Essa doença causa câncer de caule em mudas, que se caracteriza por manchas circulares marrom-escuras que evoluem e formam anéis concêntricos nas folhas e ramos, resultando em desfolha e, em casos graves, expõe os frutos à queimadura solar; além disso, a infecção desse patógeno causa manchas e apodrecimento nos frutos (AMORIM et al., 2011). A alta agressividade da pinta-preta em tomateiro exige alta frequência de aplicações de fungicidas, os quais apresentam maior disponibilidade e eficiência e resultados rápidos (DEISING; REIMANN; PASCHOLATI, 2008; FISHER et al., 2018). Concentrações inadequadas de produtos químicos utilizados no controle de doenças são responsáveis pelo surgimento de patógenos resistentes, e pela permanência de resíduos tóxicos no meio ambiente e nas frutas a serem comercializadas (BRENT, 2007; FONSECA et al., 2007). Landschoot et al. (2017) avaliaram 83 isolados de A. solani e encontraram substituições de aminoácidos em diferentes subunidades do gene da succinato desidrogenase,que é o sítio de ação do princípio ativo boscalídico usado para controlar a pinta preta, com transmissão de 70% da mutação relacionada à resistência a essa molécula química aos seus descendentes. Assim, o controle alternativo de doenças de plantas pode estar associado a manejos químicos, genéticos e culturais, que contribuem para a redução do uso de produtos químicos e aumento da produtividade agrícola. A indução de resistência está entre as medidas alternativas de controle que envolvem a ativação de mecanismos latentes de defesa das plantas por indutores bióticos ou abióticos, e tem sido amplamente estudada devido à sua eficiência (THAKUR et al., 2019; WALTERS; RATSEP; HAVIS, 2013; HAMMERSCHMIDT; MÉTRAUX; VAN LOON, 2001). Os mecanismos ativos incluem proteínas, como a atividade da catalase, fenilalanina amônia liase, lipoxigenase, peroxidase, polifenol oxidase e β-1,3-glucanase (KIRÁLY; BARNA; KIRÁLY, 2007; DUBERY; SANABRIA; HUANG, 2012). Produtos do metabolismo de microrganismos são fontes de moléculas com potencial para controlar doenças de plantas por ação antimicrobiana e ativação de mecanismos latentes de defesa de plantas a patógenos (PEITL et al., 2017; SOLINO et al., 2016; ZEILINGER et al., 2016) . Bae et al. (2016) avaliaram a bioprospecção de metabólitos de 128 isolados de fungos e descobriram que o Trichoderma virens (KACC 40929) diminuiu a severidade de Phytophthora capsici em tomate e pimenta em até 60%, induziu genes de expressão relacionados à defesa e aumentou abscísico e salicílico concentrações de ácido em suas folhas, que estão envolvidas nas respostas de defesa das plantas. Considerando a diversidade de organismos com potencial para produzir moléculas bioativas, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de filtrados de fungos sapróbios no controle da pinta preta (Alternaria solani) em tomateiro por indução de mecanismos de resistência, utilizando isolados do Semiárido. região do Nordeste do Brasil. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM; Maringá, PR, Brasil) para avaliação do controle da pinta preta. Filtrados de isolados de fungos isolados de fungos(sapróbios OssapróbiosStachylidium bicolor, Periconia hispidula, Brachysporiella pulchrae Myrothecium leucotrichum) foram fornecidos pela Universidade Estadual Feira de Santana (Programa de Pesquisa da Biodiversidade; PPBio); e o Pycnoporus sanguineus isoladofoi fornecido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Foram mantidos em meio ágar batata dextrose (BDA) a 25 ± 2 ° C e fotoperíodo de 12 horas. O filtrado foi obtido utilizando um disco de 7 mm de diâmetro de colônias de fungos sapróbios para cada 100 mL de BDA, colocado em um Erlenmeyer, e mantido no escuro em uma câmara de crescimento a 25 ± 2 ° C por 20 dias (PAZUCH, 2007). . Os meios líquidos contendo os fungos sapróbios foram então filtrados em papel Whatman (no. 1) para separar a fração líquida do micélio. Uma segunda filtragem foi feita em sistema Millipore, através de membrana com poros de 0,45 µm de diâmetro, para esterilização do extrato. Obtenção do patógeno O fitopatógeno A. solani foi obtido de folhas de tomate que apresentavam sintomas característicos da doença. Foram isolados em meio ágar água e, posteriormente, replicados em meio BDA e mantidos a 28 ° C com fotoperíodo de 12 horas para obtenção de colônias puras, as quais foram mantidas nas mesmas condições. 672 Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO MSR ALENCAR et al. Experimento em casa de vegetação O efeito de diferentes filtrados de fungos sapróbios foi avaliado em tomateiros da cultivar Santa Cruz Kada, cultivados em vasos plásticos contendo 5 L de substrato não autoclavado composto por solo e areia (3: 1 vv-1). Os tratamentos apresentados na Tabela 1 foram aplicados semanalmente até o ponto de deslizamento, quando as plantas apresentavam cinco folhas totalmente expandidas, totalizando três aplicações. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 7 tratamentos e 5 repetições. Tabela 1 . Tratamentos usados no controle da pinta-preta ( Alternaria solani) em tomateiro. Tratamentos Código Concentração Controlo (água) - - Stachylidium bicolor filtrado SBI 20% Periconia hispidula filtrado PHI 20% Brachysporiella pulchra filtrado BPU 20% Myrothecium leucotrichum filtrado MLE 20% Pycnoporus sanguineus filtrado PSA 20% ASM acibenzolar-S-metilo 5 g por 100 L- 1 1 Após a terceira aplicação dos tratamentos, Alternaria solani foi inoculada na concentração de 1 × 10-4conídios mL-1. Essa suspensão foi obtida de colônias puras cultivadas em placas de Petri, nas quais foram adicionados água destilada e Tween (0,1%); um loop Drigalski foi usado para arranhar e liberar os conídios; a seguir, a solução foi filtrada em gaze e colocada em câmara de Neubauer. A inoculação consistiu em pulverizar a A. solani suspensão denas folhas das plantas 24 horas após a última aplicação dos tratamentos, e mantê-las em câmara úmida por 12 horas. A severidade da doença foi avaliada na terceira e quarta folhas das plantas aos 4, 8, 12, 16 e 20 dias após a inoculação, por meio da escala diagramática desenvolvida por Boff (1988). Os dados de avaliação da gravidade da doença foram usados para calcular a área sob a curva de progresso da doença (AACPD) (CAMPBELL; MADDEN, 1990), usando a Equação 1. �� − 1 ���������� = ���� + ���� + 1 2016; BALBI-PEÑA; SCHWAN-ESTRADA; STANGARLIN, 2014). A proteína total foi quantificada pelo método descrito por Bradford (1976). Os valores de absorvância foram plotados em uma curva padrão de concentrações de albumina sérica bovina, e os resultados foram expressos em µmg proteína mL-1. Posteriormente, foi utilizado para calcular a atividade específica das seguintes enzimas: catalase, lipoxigenase, peroxidase guaiacol e polifenol oxidase. A atividade da catalase (EC 1.11.1.16) foi quantificada pelo método descrito por Goth (1991) e modificado por Tománková et al. (2006). O extrato enzimático (0,1 mL) foi incubado em 0,5 mL de uma mistura de reação contendo 60 mM de peróxido de hidrogênio (H2O2), em tampão fosfato de potássio 60 mM a pH 7,4 e 38 ° C. Molibdato de amônio (0,5 mL) a 32,4 mM foi adicionado após 4 minutospara parar a reação. Foi feito um teste em branco para cada amostra, com a mesma reação, sem o período de incubação. O complexo amarelo de molibdato e H2O2 foi medido usando o método 2 ���� + 1 - ���� 1 Método�� espectrofotométricocom comprimento de onda de 405 nm. A diferença de absorbância entre o onde n é o número de avaliações, yi e yi + 1 são os valores de severidade registrados em duas avaliações consecutivas, e ti + 1 - ti é o intervalo entre as avaliações. As análises bioquímicas foram realizadas 0, 24, 48, 72, 96 e 120 horas após a inoculação, utilizando folíolos da quarta folha. As amostras foliares foram acondicionadas em envelopes de alumínio e armazenadas a -20 ° C até o processamento para obtenção do extrato enzimático, que consistiu na maceração e homogeneização das amostras de tecido vegetal em 4 mL de tampão fosfato de sódio 0,01M (pH 6,0), seguido de uma centrifugação a 6.500 g a 4 ° C por 30 minutos. O sobrenadante foi coletado e utilizado como extrato enzimático para determinar o teor de proteína total nas atividades específicas de catalase, lipoxigenase, peroxidase de guaiacol e polifenol oxidase (SOLINO et al., Branco e a amostra incubada indicou a quantidade de H2O2 utilizada pela enzima. O H2O2 foi determinado usando o coeficiente de extinção є = 0,0655 mM-1cm-1, e o resultado foi expresso em μmol min-1 mg-1 deproteína. A lipoxigenase (EC 1.13.11.12) foi avaliada por absorbância a 234 nm em linoleato de sódio a 10 mmol L-1e pH 9,0 como substrato, em uma mistura de reação composta por 1.000 μL de fosfato de sódio 50 Mmol L-1, pH 6,0, 20 μL do substrato do linoleato e 10 μL do extrato enzimático, segundo Silva et al. (2004) .O coeficiente de extinção molar (ε) do hidroperóxido para o ácido linoléico foi de 25.000 mol L-1cm-1em pH 6,0. A atividade específica da lipoxigenase foi expressa em µmol de hidroperóxido de ácido linoléico min-1 mg-1 proteína. A atividade da peroxidase guaiacol (EC Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, p. 671 - 678, jul. - set., 2020 673 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTROS DE FUNGOS SAPRÓBICOS CONTRA A BLIGHT PRECOCE MSR ALENCAR et al. 1.11.1.7) foi determinado a 30 ° C, pelo método espectrofotométrico, medindo a conversão de guaiacol em tetra-guaiacol a 470 nm (LUSSO; PASCHOLATI, 1999). O extrato enzimático (0,20 mL) foi misturado em 2,8 mL de uma solução com 250 µL de guaiacol, 306 µL de H2O2e 100 mL de tampão fosfato 0,01M (pH 6,0). A atividade foi analisada por 2 minutos, e a determinação efetiva foi a diferença entre as leituras de 90 e 30 segundos. Os resultados foram expressos em absorbância min-1µmg-1de proteína. A atividade da polifenol oxidase (EC 1.10.3.2) foi determinada usando o método descrito por Duangmal e Apenten (1999). O substrato (catecol a 20 mM, dissolvido em tampão de fosfato de potássio 100 mM a pH 6,8) foi mantido em banho-maria a 30 ° C; 100 µL foram adicionados a uma cubeta + 900 µL do extrato enzimático, com posterior leitura em espectrofotômetro a 420 nm, diretamente, por dois minutos. A diferença entre a leitura após um minuto e a leitura inicial foi usada para determinar a atividade. Os resultados foram expressos em absorbância min-1 mg-1de proteína. Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativos, comparados pelo teste de Scott-Knott (p> 0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO A aplicação dode S. bicolor (SBIfiltrado) diminuiu a AACPD em 80,75% e 96,13% na terceira e quarta folhas, respectivamente, quando comparada à testemunha (Figura 1). Quando comparado ao ASM, que é o indutor recomendado para a cultura, a aplicação do SBI filtradodiminuiu a AACPD em 42,4% e 8,8% na terceira e quarta folhas, respectivamente (Figura 1). 1 Médias seguidas pela mesma letra nas barras não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( p<0,05). SBI = Stachylidium bicolor, PHI = Periconia hispidula, BPU = Brachysporiella pulchra, MLE = Myrotheciumleucotrichum,e PSA = Pycnoporus sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil. Figura 1 . Área sob a curva de progresso da doença (AACPD) para pinta preta na terceira e quarta folhas de tomateiro em função de tratamentos com filtrado de fungos sapróbios na concentração de 20%, 3 dias antes da inoculação. A aplicação de B. pulchra aumentou a atividade da catalase em 240% 48 horas pós-inoculação (hpi) quando comparada ao controle. O pico foi encontrado em 96 hpi, quando a atividade média foi 39% superior à do controle. A aplicação de P. hispidula (PHI) aumentou ada atividadecatalase em 39% a 96 hpi; resultado semelhante foi encontrado para a resposta à aplicação do ASM (Tabela 2). O P. sanguineus (PSAfiltrado de) aumentou a atividade da catalase em 16% a 96 hpi quando comparado ao controle. 674 Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO MSR ALENCAR et al. Tabela 2 . Atividade específica da catalase em folhas de tomate tratadas com filtrado de fungos sapróbios e inoculadas com Alternaria solani. Tempo de coleta (horas pós-inoculação) Tratamentos 0 24 48 72 96 120 μmol min-1 mg-1 proteína Controle 11,39 a 10,25 a 6,70 b 8,65 a 8,48 b 11,16 a SBI 10,55 a 10,54 a 8,21 b 9,12 a 6,24 b 12,53 a PHI 13,18 a 8,66 a 9,20 b 10,61 a 11,79 a 6,43 b BPU 13,15 a 11,44 a 22,80 a 11,77 a 11,86 a 12,97 a MLE 12,07 a 10,85 a 5,64 b 7,14 a 7,27 b 13,22 a PSA 11,99 a 8,02 a 11,10 b 6,83 a 9,91 a 14,08 a ASM 11,43 a 11,89 a 6,76 b 8,56 a 10,58 a 9,37 b CV% 40,89 25,38 92,23 38,60 19,10 24,21 1 Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( p <0,05). SBI = Stachylidium bicolor, PHI = Periconiahispidula, BPU = Brachysporiella pulchra, MLE = Myrothecium leucotrichum,e PSA = Pycnoporussanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil. A atividade da lipoxigenase aumentou 130%, 130%, 81% e 72% às 24 hpi para os tratamentos SBI, MLE, ASM e PHI, respectivamente, quando comparados ao controle (Tabela 3). Aumentou em 47% a 96 hpi para a aplicação de PHI; e em 30%, 26%, 22% e 12% a 120 hpi, respectivamente, para a aplicação de SBI, BPU, PSA e MLE filtrados. Tabela 3 . Atividade específica da lipoxigenase em folhas de tomate tratadas com filtrado de fungos sapróbicos e inoculadas com Alternaria solani. Tempo de coleta (horas pós-inoculação) Tratamentos 0 24 48 72 96 120 µmol de hidroperóxido de ácido linoléico min-1mg-1 proteína Controle 3,16 a 2,11 b 2,64 a 3,92 a 4,52 b 5,80 b SBI 3,34 a 4,86 a 3,05 a 3,89 a 3,24 b 7,59 a PHI 4,24 a 3,65 a 3,22 a 5,26 a 6,68 a 4,21 b BPU 6,18 a 1,45 b 1,01 a 5,27 a 5,52 b 7,34 a MLE 3,81 a 4,60 a 1,94 a 4,12 a 3,32 c 6,51 a PSA 3,73 a 2,54 b 2,64 a 3,19 a 4,79 b 7,10 a ASM 3,84 a 3,83 a 2,67 a 3,90 a 4,79 b 4,62 b CV% 51,16 26,24 113,31 39,07 18,89 19,40 1 Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( p<0,05 ) SBI = Stachylidiumbicolor, PHI = Periconia hispidula, BPU = Brachysporiella pulchra, MLE = Myrothecium leucotrichum,e PSA = Pycnoporus sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil. A atividade da peroxidase guaiacol não foi afetada pelos tratamentos, exceto SBI peloem 120 hpi, que aumentou em 74%, quando comparado ao controle (Tabela 4). Tabela 4 . Atividade específica da peroxidase em folhas de tomateiro tratadas com filtrado de fungos sapróbios e inoculadas com Alternaria solani . Tempo de coleta (horas pós-inoculação) Tratamentos 0 24 48 72 96 120 Absorbância min-1 mg-1proteína Controle 1,94 a 1,89 a 1,57 a 2,43 a 2,05 a 2,23 b SBI 2,33 a 3,24 a 2,24 a 2,88 a 2,68 a 3,89 a PHI 1,97 a 2,26 a 1,67 a 2,29 a 1,99 a 1,88 b BPU 1,55 a 2,74 a 4,94 a 2,24 a 2,30 a 1,81 b MLE 1,60 a 2,41 a 1,93 a 2,15 a 2,31 a 2,71 b PSA 1,60 a 1,71 a 3,07 a 1,89 a 1,85 a 2,13 b ASM 1,54 a 2,94 a 1,87 a 2,19 a 2,57 a 2,72 b CV% 48,98 32,26 92,74 32,52 24,10 28,53 1 Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( p <0,05). SBI = Stachylidium bicolor, PHI = Periconiahispidula, BPU = Brachysporiellapulchra, MLE = Myrothecium leucotrichum,e PSA = Pycnoporus sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil. Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 675 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPROBICOS CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO MSR ALENCAR et al. A atividade da polifenol oxidase não foi afetada pelos tratamentos em nenhum dos tempos de coleta avaliados. O SBI filtradoprovavelmente apresentou moléculas em concentração suficiente para ativar mecanismos de defesa em tomateiro ou atuou diretamente sobre o patógeno, controlando a doença, apresentando resultado superior ao encontrado para o produto comercial (ASM) indicado para o controle da doença por ativação de resistência latente. O controle direto envolve a produção de metabólitos secundários que são tóxicos para fitopatógenos, como antibióticos e enzimas líticas produzidas por microrganismos que inibem ou atrasam seu desenvolvimento (RUKACHAISIRIKUL et al., 2008; YANG et al., 2010; BETTIOL; MORANDI, 2009) . No caso de indução de resistência, é o reconhecimento de um agente eliciador que pode gerar uma cascata de sinalização, iniciando com explosão oxidativa, seguida de acúmulo de compostos secundários, e ativação de genes de defesa e respostas bioquímicas e morfológicas da planta contra o ambiente estresse e ataque de insetos e fitopatógenos (THAKUR et al., 2019; DUBERY; SANABRIA; HUANG, 2012). A diminuição do crescimento da pinta preta em plantas de tomate devido à aplicação de S. bicolor pode ser atribuída à liberação de metabólitos antagonistas durante o crescimento em meio líquido. O meio com o patógeno a ser diluído e pulverizado a 20% antes da inoculação pode atuar como uma barreira protetora. Barros et al. (2015) avaliaram o potencial antigênico de fungos sapróbicos (Myrothecium sp., Pithomyces chartarum, Stachybotrys globosa, Memnoniella echinata, M. levispora e S. bicolor) contra Sclerotinia sclerotiorum e encontraram atrasos em seu crescimento micelial, indicando uma ação de controle direto do fitopatógenos. Barros et al. (2015) também realizaram uma avaliação in vivo e descobriram que Myrothecium sp. e os S. bicolor filtrados depodem diminuir o diâmetro das lesões em caules de soja causadas por S. sclerotiorum em até 70% e 18%, respectivamente, indicando uma ação de biocontrole desses microrganismos. A aplicação dosde P. hispidula (PHI), B. pulchra (BPU) e M. leucotrichum (MLEfiltrados) aumentou a AACPD quando comparada ao controle. Esse aumento da área lesionada pelo patógeno sob esses tratamentos pode estar relacionado à ausência ou baixa concentração de moléculas com atividade biológica que podem induzir a ativação de mecanismos de defesa no tomateiro; além disso, o açúcar no meio de crescimento (meio de batata e dextrose) afeta fungos sapróbicos. Altas concentrações de proteínas e carboidratos na composição do filtrado poderiam atuar como fonte nutricional, favorecendo o crescimento do patógeno, conforme descrito por Fiori-Tutida et al. (2007), que encontraram aumento no crescimento micelial e germinação de Bipolaris sorakiniana tratada com Lentinula edodes filtrado de. Efeitos de sensibilidade em tomateiros pela aplicação de filtrados de fungos(sapróbiosCholoridium viresccens var., VirescensSarcopodim circinatum, Dictiocheta heteroderae, Phialomyces macrosporuse Stachybotrys chartarum) foram descritos por Oliveira et al. (2013), que encontraram aumentos significativos na severidade da pinta-preta e atribuíram à composição nutricional do filtrado. As altas taxas de controle encontradas para os tratamentos SBI e ASM podem ser atribuídas, entre outros motivos, ao seu efeito de indução de acúmulo de espécies reativas de oxigênio, evidenciado pela ativação de enzimas relacionadas ao estresse oxidativo (catalase, peroxidase e lipoxigenase ) O acúmulo de espécies reativas de oxigênio pode participar de processos de defesa com efeito tóxico a patógenos, de reações de hipersensibilidade e como sinalizadores secundários na cascata de transdução de sinais para ativação de genes de defesa e proteção celular (RESENDE; SALGADO; CHAVES, 2003 ), e pode ser um mecanismo de resposta (ativação da peroxidase) de plantas à A. solani infecção porquando essas plantas foram tratadas com SBI. As análises da atividade das enzimas catalase, peroxidase e lipoxigenase indicaram que o filtrado de fungos sapróbicos utilizado possui alguma molécula com potencial eliciador em sua constituição, que pode ser de origem proteica, toxina e oligossacarídica ou de outros componentes presentes ou produzidos por microrganismos que sinalizam o funcionamento das máquinas de defesa primária em tomateiros (BITTEL; ROBATZEK, 2007; DUBERY; SANABRIA; HUANG., 2012). CONCLUSÕES OStachylidium bicolorpinta- filtrado deéeficiente no controle da severidade dapreta em tomateiro. A aplicação dede S. bicolor, filtradosPericonia hispidula, Brachysporiella pulchra, Myrothecium leucotrichume Pycnoporus sanguineus em tomateiros aumenta significativamente a atividade das enzimas catalase, peroxidase e lipoxigenase. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem a Luís P. Gusmão pelo fornecimento dos fungos sapróbios do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio); ao CNPq, pela concessão de bolsas de mestrado e doutorado aos pesquisadores envolvidos neste projeto; e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pelo financiamento do projeto. 676 Rev. Caatinga, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO MSR ALENCAR et al. REFERÊNCIAS AMORIM, L et al. Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 5. ed. São Paulo: Editora Agronômica Ceres, 2011. v. 2, 704 p. BAE, SJ et al. Metabólitos de Trichoderma como agentes de controle biológico contra patógenos Phytophthora. Biological Control, 92: 128–138, 2016. BALBI-PEÑA, M. I; SCHWAN-ESTRADA, KRF; STANGARLIN, JR Explosão oxidativa e a atividade de enzimas relacionadas à defesa incompatíveis e incompatíveis entre tomate eAlternaria solani . 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