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Universidade Federal Rural do Semi-Árido 
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação 
https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caating
a  
ISSN 0100-316X (impresso)  
ISSN 1983-2125 (online)  
http: / /dx.doi.org/10.1590/1983-21252020v33n310rc  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR 
FILTROS DE FUNGOS SAPROBICOS CONTRA A PRECOCE ​1  
MARIANNA SANTOS RODRIGUES ALENCAR ​2​, ANTÔNIO JUSSIÊ DA SILVA SOLINO ​3​*, JULIANA SANTOS 
BATISTA OLIVEIRA ​2​, SÉRGIO FLORENTINO PASCHOLATI ​4​, KÁTIA REGINA FREITAS SCHWAN-ESTRADA ​2  
RESUMO ​- O tomate pode ser atacado por diversas doenças. A pinta preta causa grandes perdas aos produtores                                   
de tomate e requer muitas aplicações de fungicidas para seu controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar                                   
o efeito de filtrados de fungos sapróbios no controle da pinta preta (​Alternaria solani​) em tomateiro. Os                                 
tratamentos consistiram de filtrados de fungos (​Stachylidium bicolor ​- ​SBI; Periconia hispidula ​- ​PHI;                           
Brachysporiella pulchra ​- ​BPU; Myrothecium leucotrichum ​- ​MLE; ​e ​Pycnoporus sanguineus ​- ​PSA​) diluídos a                             
20%, um controle (água) e acibenzolar-S-metil (ASM). Tomateiros com cinco folhas foram tratados com os                             
filtrados, e ​A. solani ​foi inoculada após três dias. As variáveis ​​analisadas foram: área sob a curva de progresso da                                       
doença (AACPD) e atividade específica das enzimas: catalase, lipoxigenase, peroxidase e polifenol oxidase. O                           
SBI ​filtradodiminuiu o AACPD em 80% para a terceira folha e 96% para a quarta folha. A atividade da catalase                                       
aumentou devido à aplicação dos ​BPU ​e ​PHI ​filtrados, 96 horas pós-inoculação (hpi). A atividade da                               
lipoxigenase aumentou em 130%, 72%, 130% e 81% em 24 hpi ao aplicar os ​SBI​, ​PHI​, ​MLE ​filtradose ASM,                                     
respectivamente. A aplicação de ​SBI​, ​BPU​, ​MLE​e ​PSA ​filtradosaumentou a atividade da lipoxigenase em 30%,                             
26%, 12% e 22%, respectivamente, a 120 hpi. A atividade da peroxidase aumentou 74% a 120 hpi, com a                                     
aplicação do ​SBI ​filtrado. A atividade da polifenol oxidase não foi afetada pelos tratamentos. ​OS. bicolor ​filtrado                                 
deé eficiente no controle da severidade da pinta preta em tomateiro.  
Palavraschave​-: ​Alternaria solani​. Controle alternativo. Indução de resistência.  
Indução DE MECANISMO DE DEFESA DE tomateiro POR FILTRADOS DE SAPRÓBIOS NO 
CONTROLE DA PINTA PRETA  
RESUMO ​- O tomateiro PODE Ser Atacado POR Diversas Doenças, Como uma pinta preta, that causa Grandes                                 
prejuízos AOS Produtores, exigindo grande Número de Aplicações de fungicidas. Assim, o objetivo deste                           
trabalho foi avaliar o efeito de filtrados de fungos sapróbios no controle de pinta preta do tomateiro (​Alternaria                                   
solani​). Os tratamentos foram constituídos por filtrados de ​Stachylidium bicolor ​(​SBI​), ​Periconia hispidula                         
(​PHI​), ​Brachysporiella pulchra ​(​BPU​), ​Myrothecium leucotrichum ​(​MLE​) e ​Pycnoporus sanguineus ​(​PSA​)                     
diluído a 20%, além da água (água) e acibenzolar- S-metil (ASM). As plantas de tomate, com cinco folhas,                                   
foram pulverizadas com filtrados e três dias após realizar-se a inoculação com ​A. solani​. As variáveis ​​analisadas                                 
foram uma área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e a atividade específica de catalase,                                 
lipoxigenases, peroxidase e polifenoloxidase. A aplicação de filtrado de SBI promove a redução de 80% e 96%                                 
da AACPD na terceira e quarta folha respectivamente. A catalase was incrementada with use of filtrados of BPU                                   
and PHI 96 hpi. A lipoxigenase foi incrementada 130, 72, 130 e 81% no horário 24 horas ao aplicar os filtrados                                         
de SBI, PHI, MLE e ASM respectivamente. Os filtrados de SBI​, ​BPU, MLE e PSA incrementaram a atividade                                   
da lipoxigenase em 30, 26, 12 e 22% respectivamente, no horário 120 hpi. A atividade de peroxidase aumentou                                   
74% em função da aplicação de SBI 120 hpi. A polifenoloxidase não foi influenciada pelos tratamentos. O                                 
filtrado de ​S. bicolor ​é efetivo em promover o controle da severidade da pinta preta do tomateiro.   
Palavras-chaves​: ​Alternaria solani​. Controle alternativo. Indução de Resistência.  
_______________________________  
*​Autor para correspondência  
1​Recebido para publicação em 13/09/2019; aceito em 29/04/2020.  
Trabalho extraído da dissertação de mestrado da primeira autora  
2​Departamento de pós-graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil;                       
mariannarodrigues86@hotmail.com - ORCID: 0000-0001-5894-554X, julianaglomer@hotmail.com - ORCID: 0000-0002-1260-4341,               
krfsestrada@uem.br - ORCID: 0000-0001 -8384-8557.  
3​Departamento de Agronomia, Universidade de Rio Verde, Rio Verde, GO, Brasil; antoniosolino@unirv.edu.br - ORCID: 
0000-0001-5922- 9983.  
4​Laboratório de Fisiologia Fitopatológica e Bioquímica da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; sfpascho@usp.br - ORCID: 
0000-0002-9690-9694. 
Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 
671 - 678, jul. - set., 2020  
671  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPROBICOS 
CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO  
MSR ALENCAR et al.  
INTRODUÇÃO O  
tomate possui uma das mais expressivas           
produções agrícolas do mundo e é um importante               
produto para o mercado de alimentos in natura e                 
processados. O Brasil é o décimo maior produtor de                 
tomate, com uma produção de 4.230.150 Mg,             
apresentando rendimentos médios superiores à média           
mundial (FAOSTAT, 2019).   
As doenças são um fator importante que             
diminui a produtividade e o número de frutos na                 
cultura do tomate. A pinta preta, causada pela               
Alternaria solani​, é recorrente em todas as regiões               
produtoras e compromete a comercialização dos           
frutos (AMORIM et al., 2011; JONES, 1991). Essa               
doença causa câncer de caule em mudas, que se                 
caracteriza por manchas circulares marrom-escuras         
que evoluem e formam anéis concêntricos nas folhas               
e ramos, resultando em desfolha e, em casos graves,                 
expõe os frutos à queimadura solar; além disso, a                 
infecção desse patógeno causa manchas e           
apodrecimento nos frutos (AMORIM et al., 2011).   
A alta agressividade da pinta-preta em           
tomateiro exige alta frequência de aplicações de             
fungicidas, os quais apresentam maior         
disponibilidade e eficiência e resultados rápidos           
(DEISING; REIMANN; PASCHOLATI, 2008;       
FISHER et al., 2018). Concentrações inadequadas de             
produtos químicos utilizados no controle de doenças             
são responsáveis ​​pelo surgimento de patógenos           
resistentes, e pela permanência de resíduos tóxicos no               
meio ambiente e nas frutas a serem comercializadas               
(BRENT, 2007; FONSECA et al., 2007). Landschoot             
et al. (2017) avaliaram 83 isolados de ​A. solani ​e                   
encontraram substituições de aminoácidos em         
diferentes subunidades do gene da succinato           
desidrogenase,que é o sítio de ação do princípio ativo                   
boscalídico usado para controlar a pinta preta, com               
transmissão de 70% da mutação relacionada à             
resistência a essa molécula química aos seus             
descendentes. Assim, o controle alternativo de           
doenças de plantas pode estar associado a manejos               
químicos, genéticos e culturais, que contribuem para             
a redução do uso de produtos químicos e aumento da                   
produtividade agrícola.  
A indução de resistência está entre as medidas               
alternativas de controle que envolvem a ativação de               
mecanismos latentes de defesa das plantas por             
indutores bióticos ou abióticos, e tem sido             
amplamente estudada devido à sua eficiência           
(THAKUR et al., 2019; WALTERS; RATSEP;           
HAVIS, 2013; HAMMERSCHMIDT; MÉTRAUX;       
VAN LOON, 2001). Os mecanismos ativos incluem             
proteínas, como a atividade da catalase, fenilalanina             
amônia liase, lipoxigenase, peroxidase, polifenol         
oxidase e β-1,3-glucanase (KIRÁLY; BARNA;         
KIRÁLY, 2007; DUBERY; SANABRIA; HUANG,         
2012).  
Produtos do metabolismo de microrganismos         
são fontes de moléculas com potencial para controlar               
doenças de plantas por ação antimicrobiana e ativação   
de mecanismos latentes de defesa de plantas a               
patógenos (PEITL et al., 2017; SOLINO et al., 2016;                 
ZEILINGER et al., 2016) . Bae et al. (2016)                 
avaliaram a bioprospecção de metabólitos de 128             
isolados de fungos e descobriram que o ​Trichoderma               
virens ​(KACC 40929) diminuiu a severidade de             
Phytophthora capsici ​em tomate e pimenta em até               
60%, induziu genes de expressão relacionados à             
defesa e aumentou abscísico e salicílico           
concentrações de ácido em suas folhas, que estão               
envolvidas nas respostas de defesa das plantas.  
Considerando a diversidade de organismos         
com potencial para produzir moléculas bioativas, o             
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de filtrados                 
de fungos sapróbios no controle da pinta preta               
(​Alternaria solani​) em tomateiro por indução de             
mecanismos de resistência, utilizando isolados do           
Semiárido. região do Nordeste do Brasil.   
MATERIAL E MÉTODOS  
O experimento foi conduzido em casa de             
vegetação do Departamento de Agronomia da           
Universidade Estadual de Maringá (UEM; Maringá,           
PR, Brasil) para avaliação do controle da pinta preta.  
Filtrados de isolados de fungos  
isolados de fungos(​sapróbios     
OssapróbiosStachylidium bicolor​, ​Periconia     
hispidula​, ​Brachysporiella pulchra​e ​Myrothecium       
leucotrichum​) foram fornecidos pela Universidade         
Estadual Feira de Santana (Programa de Pesquisa da               
Biodiversidade; PPBio); e o ​Pycnoporus sanguineus           
isoladofoi fornecido pela Universidade Estadual do           
Oeste do Paraná. Foram mantidos em meio ágar batata                 
dextrose (BDA) a 25 ± 2 ° C e fotoperíodo de 12                       
horas. O filtrado foi obtido utilizando um disco de 7                   
mm de diâmetro de colônias de fungos sapróbios para                 
cada 100 mL de BDA, colocado em um Erlenmeyer, e                   
mantido no escuro em uma câmara de crescimento a                 
25 ± 2 ° C por 20 dias (PAZUCH, 2007). . Os meios                         
líquidos contendo os fungos sapróbios foram então             
filtrados em papel Whatman (no. 1) para separar a                 
fração líquida do micélio. Uma segunda filtragem foi               
feita em sistema Millipore, através de membrana com               
poros de 0,45 µm de diâmetro, para esterilização do                 
extrato.  
Obtenção do patógeno  
O fitopatógeno ​A. solani ​foi obtido de folhas               
de tomate que apresentavam sintomas característicos           
da doença. Foram isolados em meio ágar água e,                 
posteriormente, replicados em meio BDA e mantidos             
a 28 ° C com fotoperíodo de 12 horas para obtenção                     
de colônias puras, as quais foram mantidas nas               
mesmas condições.  
672 ​Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS 
CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO  
MSR ALENCAR et al.  
Experimento em casa de vegetação  
O efeito de diferentes filtrados de fungos             
sapróbios foi avaliado em tomateiros da cultivar             
Santa Cruz Kada, cultivados em vasos plásticos             
contendo 5 L de substrato não autoclavado composto               
por solo e areia   
(3: 1 vv​-1​). Os tratamentos apresentados na Tabela 1                 
foram aplicados semanalmente até o ponto de             
deslizamento, quando as plantas apresentavam cinco           
folhas totalmente expandidas, totalizando três         
aplicações. O delineamento experimental foi         
inteiramente casualizado, com 7 tratamentos e 5             
repetições.  
Tabela 1 ​. Tratamentos usados ​​no controle da pinta-preta ( ​Alternaria solani​) em tomateiro.  
Tratamentos Código Concentração Controlo (água) - - ​Stachylidium bicolor 
filtrado ​SBI ​20% ​Periconia hispidula ​filtrado ​PHI ​20% ​Brachysporiella pulchra ​filtrado ​BPU ​20% 
Myrothecium leucotrichum ​filtrado ​MLE ​20% ​Pycnoporus sanguineus ​filtrado ​PSA ​20% ASM 
acibenzolar-S-metilo 5 g por 100 L​- 1​ ​1 
Após a terceira aplicação dos tratamentos,           
Alternaria solani ​foi inoculada na concentração de 1               
× 10​-4​conídios mL​-1​. Essa suspensão foi obtida de               
colônias puras cultivadas em placas de Petri, nas               
quais foram adicionados água destilada e Tween             
(0,1%); um loop Drigalski foi usado para arranhar e                 
liberar os conídios; a seguir, a solução foi filtrada em                   
gaze e colocada em câmara de Neubauer.  
A inoculação consistiu em pulverizar a ​A.             
solani ​suspensão denas folhas das plantas 24 horas               
após a última aplicação dos tratamentos, e mantê-las               
em câmara úmida por 12 horas. A severidade da                 
doença foi avaliada na terceira e quarta folhas das                 
plantas aos 4, 8, 12, 16 e 20 dias após a inoculação,                       
por meio da escala diagramática desenvolvida por             
Boff (1988). Os dados de avaliação da gravidade da                 
doença foram usados ​​para calcular a área sob a curva                   
de progresso da doença (AACPD) (CAMPBELL;           
MADDEN, 1990), usando a Equação 1.  
�� − 1 
���������� = ​��​�� ​+ ��​�� + 1 
2016; BALBI-PEÑA; SCHWAN-ESTRADA; 
STANGARLIN, 2014).  
A proteína total foi quantificada pelo método             
descrito por Bradford (1976). Os valores de             
absorvância foram plotados em uma curva padrão de               
concentrações de albumina sérica bovina, e os             
resultados foram expressos em µmg proteína mL​-1​.             
Posteriormente, foi utilizado para calcular a atividade             
específica das seguintes enzimas: catalase,         
lipoxigenase, peroxidase guaiacol e polifenol         
oxidase.   
A atividade da catalase (EC 1.11.1.16) foi             
quantificada pelo método descrito por Goth (1991) e               
modificado por Tománková et al. (2006). O extrato               
enzimático (0,1 mL) foi incubado em 0,5 mL de uma                   
mistura de reação contendo 60 mM de peróxido de                 
hidrogênio (H​2​O​2​), em tampão fosfato de potássio 60               
mM a pH 7,4 e 38 ° C. Molibdato de amônio (0,5                       
mL) a 32,4 mM foi adicionado após 4 minutospara                   
parar a reação. Foi feito um teste em branco para cada                     
amostra, com a mesma reação, sem o período de                 
incubação. O complexo amarelo de molibdato e H​2​O​2               
foi medido usando o método   
2​ ��​�� + 1 ​- ��​�� 
1 
Método�� 
espectrofotométricocom comprimento de onda 
de 405 nm. A diferença de absorbância entre o   
onde ​n ​é o número de avaliações, ​yi ​e ​yi + 1 ​são os                           
valores de severidade registrados em duas avaliações             
consecutivas, e ​ti + 1 - ti ​é o intervalo entre as                       
avaliações.  
As análises bioquímicas foram realizadas 0,           
24, 48, 72, 96 e 120 horas após a inoculação,                   
utilizando folíolos da quarta folha. As amostras             
foliares foram acondicionadas em envelopes de           
alumínio e armazenadas a -20 ° C até o                 
processamento para obtenção do extrato enzimático,           
que consistiu na maceração e homogeneização das             
amostras de tecido vegetal em 4 mL de tampão                 
fosfato de sódio 0,01M (pH 6,0), seguido de uma                 
centrifugação a 6.500 g a 4 ° C por 30 minutos. O                       
sobrenadante foi coletado e utilizado como extrato             
enzimático para determinar o teor de proteína total               
nas atividades específicas de catalase, lipoxigenase,           
peroxidase de guaiacol e polifenol oxidase (SOLINO             
et al., Branco   
e a amostra incubada indicou a quantidade de H​2​O​2                 
utilizada pela enzima. O H​2​O​2 ​foi determinado usando               
o coeficiente de extinção є = 0,0655 mM​-1​cm​-1​, e o                   
resultado foi expresso em μmol min​-1 ​mg​-1 de​proteína.               
A   
lipoxigenase (EC 1.13.11.12) foi avaliada por           
absorbância a 234 nm em linoleato de sódio a 10                   
mmol L​-1​e pH 9,0 como substrato, em uma mistura de                   
reação composta por 1.000 μL de fosfato de sódio 50                   
Mmol L​-1​, pH 6,0, 20 μL do substrato do linoleato e                     
10 μL do extrato enzimático, segundo Silva et al.                 
(2004) .O coeficiente de extinção molar (ε) do               
hidroperóxido para o ácido linoléico foi de 25.000               
mol L​-1​cm​-1​em pH 6,0. A atividade específica da               
lipoxigenase foi expressa em µmol de hidroperóxido             
de ácido linoléico min​-1 ​mg​-1​ ​proteína.  
A atividade da peroxidase guaiacol (EC   
Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, p. 671 - 678, jul. - set., 2020 673  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTROS DE FUNGOS SAPRÓBICOS 
CONTRA A BLIGHT PRECOCE  
MSR ALENCAR et al.  
1.11.1.7) foi determinado a 30 ° C, pelo método                 
espectrofotométrico, medindo a conversão de         
guaiacol em tetra-guaiacol a 470 nm (LUSSO;             
PASCHOLATI, 1999). O extrato enzimático (0,20           
mL) foi misturado em 2,8 mL de uma solução com                   
250 µL de guaiacol, 306 µL de H​2​O​2​e 100 mL de                     
tampão fosfato 0,01M (pH 6,0). A atividade foi               
analisada por 2 minutos, e a determinação efetiva foi                 
a diferença entre as leituras de 90 e 30 segundos. Os                     
resultados foram expressos em absorbância         
min​-1​µmg​-1​de proteína.  
A atividade da polifenol oxidase (EC 1.10.3.2)             
foi determinada usando o método descrito por             
Duangmal e Apenten (1999). O substrato (catecol a               
20 mM, dissolvido em tampão de fosfato de potássio                 
100 mM a pH 6,8) foi mantido em banho-maria a 30 °                       
C; 100 µL foram adicionados a uma cubeta + 900 µL                     
do extrato enzimático, com posterior leitura em             
espectrofotômetro a 420 nm, diretamente,   
por dois minutos. A diferença entre a leitura após um                   
minuto e a leitura inicial foi usada para determinar a                   
atividade. Os resultados foram expressos em           
absorbância min​-1 ​mg​-1​de proteína.   
Os dados foram submetidos à análise de             
variância e, quando significativos, comparados pelo           
teste de Scott-Knott (​p​> 0,05).  
RESULTADOS E DISCUSSÃO  
A aplicação dode ​S. bicolor ​(​SBI​filtrado)           
diminuiu a AACPD em 80,75% e 96,13% na terceira                 
e quarta folhas, respectivamente, quando comparada à             
testemunha (Figura 1). Quando comparado ao ASM,             
que é o indutor recomendado para a cultura, a                 
aplicação do ​SBI ​filtradodiminuiu a AACPD em             
42,4% e 8,8% na terceira e quarta folhas,               
respectivamente (Figura 1).   
1 ​Médias seguidas pela mesma letra nas barras não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( ​p​<0,05). ​SBI ​= ​Stachylidium                                    
bicolor, PHI ​= ​Periconia ​hispidula, ​BPU ​= ​Brachysporiella ​pulchra, ​MLE ​= ​Myrothecium​leucotrichum,e ​PSA ​=                       
Pycnoporus ​sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil.  
Figura 1 ​. Área sob a curva de progresso da doença (AACPD) para pinta preta na terceira e quarta folhas de tomateiro em 
função de tratamentos com filtrado de fungos sapróbios na concentração de 20%, 3 dias antes da inoculação.   
A aplicação de ​B. pulchra ​aumentou a atividade da 
catalase em 240% 48 horas pós-inoculação (hpi) 
quando comparada ao controle. O pico foi encontrado 
em 96 hpi, quando a atividade média foi 39% 
superior à do controle. A aplicação de ​P. hispidula 
(​PHI​) aumentou ada   
atividadecatalase em 39% a 96 hpi; resultado             
semelhante foi encontrado para a resposta à aplicação               
do ASM (Tabela 2). O ​P. sanguineus ​(​PSA​filtrado de)                 
aumentou a atividade da catalase em 16% a 96 hpi                   
quando comparado ao controle. 
674 ​Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS 
CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO  
MSR ALENCAR et al.  
Tabela 2 ​. Atividade específica da catalase em folhas de tomate tratadas com filtrado de fungos sapróbios e inoculadas com 
Alternaria solani.  
Tempo de coleta (horas pós-inoculação)  
Tratamentos   0 24 48 72 96 120 μmol min​-1 ​mg​-1 ​proteína  
Controle 11,39 a 10,25 a 6,70 b 8,65 a 8,48 b 11,16 a ​SBI ​10,55 a 10,54 a 8,21 b 9,12 a 6,24 b 12,53 a ​PHI ​13,18                                                       
a 8,66 a 9,20 b 10,61 a 11,79 a 6,43 b ​BPU ​13,15 a 11,44 a 22,80 a 11,77 a 11,86 a 12,97 a ​MLE ​12,07 a 10,85 a 5,64 b                                                             
7,14 a 7,27 b 13,22 a ​PSA ​11,99 a 8,02 a 11,10 b 6,83 a 9,91 a 14,08 a ASM 11,43 a 11,89 a 6,76 b 8,56 a 10,58 a 9,37                                                             
b  
CV% 40,89 25,38 92,23 38,60 19,10 24,21 ​1 ​Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo 
teste de Scott-Knott ( ​p ​<0,05). ​SBI ​= ​Stachylidium ​ ​bicolor, ​PHI ​= ​Periconia​hispidula, ​BPU ​= ​Brachysporiella ​pulchra, ​MLE ​= 
Myrothecium ​leucotrichum,e ​PSA ​= ​Pycnoporus​sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil.  
A atividade da lipoxigenase aumentou 130%,           
130%, 81% e 72% às 24 hpi para os tratamentos ​SBI​,                     
MLE​, ASM e ​PHI​, respectivamente, quando           
comparados ao controle (Tabela 3). Aumentou em   
47% a 96 hpi para a aplicação de ​PHI; ​e em 30%, 
26%, 22% e 12% a 120 hpi, respectivamente, para a 
aplicação de ​SBI​, ​BPU​, ​PSA ​e ​MLE ​filtrados.  
Tabela 3 ​. Atividade específica da lipoxigenase em folhas de tomate tratadas com filtrado de fungos sapróbicos e inoculadas 
com ​Alternaria solani.  
Tempo de coleta (horas pós-inoculação)  
Tratamentos  
0 24 48 72 96 120 µmol de hidroperóxido de ácido 
linoléico min​-1​mg​-1 ​proteína  
Controle 3,16 a 2,11 b 2,64 a 3,92 a 4,52 b 5,80 b ​SBI ​3,34 a 4,86 ​​a 3,05 a 3,89 a 3,24 b 7,59 a ​PHI ​4,24 a 3,65 a 3,22 
a 5,26 a 6,68 a 4,21 b ​BPU ​6,18 a 1,45 b 1,01 a 5,27 a 5,52 b 7,34 a ​MLE ​3,81 a 4,60 a 1,94 a 4,12 a 3,32 c 6,51 a ​PSA ​3,73 a 
2,54 b 2,64 a 3,19 a 4,79 b 7,10 a ASM 3,84 a 3,83 a 2,67 a 3,90 a 4,79 b 4,62 b CV% 51,16 26,24 113,31 39,07 18,89 19,40 
1 
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( ​p​<0,05 ) ​SBI ​=                                   
Stachylidium​bicolor, ​PHI ​= ​Periconia ​hispidula, ​BPU ​= ​Brachysporiella ​pulchra, ​MLE ​= ​Myrothecium ​leucotrichum,e ​PSA ​=                       
Pycnoporus ​sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil.  
A atividade da peroxidase guaiacol não foi 
afetada pelos tratamentos, exceto ​SBI ​peloem 120 hpi,   
que aumentou em 74%, quando comparado ao 
controle (Tabela 4).   
Tabela 4 ​. Atividade específica da peroxidase em folhas de tomateiro tratadas com filtrado de fungos sapróbios e inoculadas 
com ​Alternaria solani ​.  
Tempo de coleta (horas pós-inoculação)  
Tratamentos   0 24 48 72 96 120 Absorbância min​-1 ​mg​-1​proteína  
Controle 1,94 a 1,89 a 1,57 a 2,43 a 2,05 a 2,23 b ​SBI ​2,33 a 3,24 a 2,24 a 2,88 a 2,68 a 3,89 a ​PHI ​1,97 a 2,26 a 1,67 a                                                                 
2,29 a 1,99 a 1,88 b ​BPU ​1,55 a 2,74 a 4,94 a 2,24 a 2,30 a 1,81 b ​MLE ​1,60 a 2,41 a 1,93 a 2,15 a 2,31 a 2,71 b ​PSA                                                                 
1,60 a 1,71 a 3,07 a 1,89 a 1,85 a 2,13 b ASM 1,54 a 2,94 a 1,87 a 2,19 a 2,57 a 2,72 b CV% 48,98 32,26 92,74 32,52                                                           
24,10 28,53  
1 ​Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não são diferentes pelo teste de Scott-Knott ( ​p ​<0,05). ​SBI ​= ​Stachylidium ​bicolor,                                       
PHI ​= ​Periconia​hispidula, ​BPU ​= ​Brachysporiella​pulchra, ​MLE ​= ​Myrothecium ​leucotrichum,e ​PSA ​=                     
Pycnoporus ​sanguineus;ASM = acibenzolar-S-metil.  
Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020 675  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPROBICOS 
CONTRA A PRECOCE DE NEGOCIAÇÃO  
MSR ALENCAR et al.  
A atividade da polifenol oxidase não foi             
afetada pelos tratamentos em nenhum dos tempos de               
coleta avaliados.   
O ​SBI ​filtradoprovavelmente apresentou       
moléculas em concentração suficiente para ativar           
mecanismos de defesa em tomateiro ou atuou             
diretamente sobre o patógeno, controlando a doença,             
apresentando resultado superior ao encontrado para o             
produto comercial (ASM) indicado para o controle da               
doença por ativação de resistência latente. O controle               
direto envolve a produção de metabólitos secundários             
que são tóxicos para fitopatógenos, como antibióticos             
e enzimas líticas produzidas por microrganismos que             
inibem ou atrasam seu desenvolvimento         
(RUKACHAISIRIKUL et al., 2008; YANG et al.,             
2010; BETTIOL; MORANDI, 2009) . No caso de               
indução de resistência, é o reconhecimento de um               
agente eliciador que pode gerar uma cascata de               
sinalização, iniciando com explosão oxidativa,         
seguida de acúmulo de compostos secundários, e             
ativação de genes de defesa e respostas bioquímicas e                 
morfológicas da planta contra o ambiente estresse e               
ataque de insetos e fitopatógenos (THAKUR et al.,               
2019; DUBERY; SANABRIA; HUANG, 2012).  
A diminuição do crescimento da pinta preta             
em plantas de tomate devido à aplicação de ​S. bicolor                   
pode ser atribuída à liberação de metabólitos             
antagonistas durante o crescimento em meio líquido.             
O meio com o patógeno a ser diluído e pulverizado a                     
20% antes da inoculação pode atuar como uma               
barreira protetora. Barros et al. (2015) avaliaram o               
potencial antigênico de fungos sapróbicos         
(​Myrothecium ​sp., ​Pithomyces chartarum​,       
Stachybotrys globosa​, ​Memnoniella echinata​, ​M.         
levispora ​e ​S. bicolor​) contra ​Sclerotinia           
sclerotiorum ​e encontraram atrasos em seu           
crescimento micelial, indicando uma ação de controle             
direto do fitopatógenos. Barros et al. (2015) também               
realizaram uma avaliação in vivo e descobriram que               
Myrothecium ​sp. e os ​S. bicolor ​filtrados depodem               
diminuir o diâmetro das lesões em caules de soja                 
causadas por ​S. sclerotiorum ​em até 70% e 18%,                 
respectivamente, indicando uma ação de biocontrole           
desses microrganismos.   
A aplicação dosde ​P. hispidula ​(​PHI​), ​B.             
pulchra ​(​BPU​) e ​M. leucotrichum ​(​MLE​filtrados)           
aumentou a AACPD quando comparada ao controle.             
Esse aumento da área lesionada pelo patógeno sob               
esses tratamentos pode estar relacionado à ausência ou               
baixa concentração de moléculas com atividade           
biológica que podem induzir a ativação de             
mecanismos de defesa no tomateiro; além disso, o               
açúcar no meio de crescimento (meio de batata e                 
dextrose) afeta fungos sapróbicos. Altas         
concentrações de proteínas e carboidratos na           
composição do filtrado poderiam atuar como fonte             
nutricional, favorecendo o crescimento do patógeno,           
conforme descrito por Fiori-Tutida et al. (2007), que               
encontraram aumento no crescimento micelial e           
germinação de ​Bipolaris sorakiniana ​tratada com           
Lentinula edodes ​filtrado de.  
Efeitos de sensibilidade em tomateiros pela           
aplicação de filtrados de       
fungos(​sapróbiosCholoridium viresccens ​var.,     
VirescensSarcopodim circinatum​, ​Dictiocheta     
heteroderae​, ​Phialomyces macrosporus​e     
Stachybotrys chartarum​) foram descritos por Oliveira           
et al. (2013), que encontraram aumentos           
significativos na severidade da pinta-preta e           
atribuíram à composição nutricional do filtrado.  
As altas taxas de controle encontradas para os               
tratamentos ​SBI ​e ASM podem ser atribuídas, entre               
outros motivos, ao seu efeito de indução de acúmulo                 
de espécies reativas de oxigênio, evidenciado pela             
ativação de enzimas relacionadas ao estresse           
oxidativo (catalase, peroxidase e lipoxigenase ) O             
acúmulo de espécies reativas de oxigênio pode             
participar de processos de defesa com efeito tóxico a                 
patógenos, de reações de hipersensibilidade e como             
sinalizadores secundários na cascata de transdução de             
sinais para ativação de genes de defesa e proteção                 
celular (RESENDE; SALGADO; CHAVES, 2003 ), e             
pode ser um mecanismo de resposta (ativação da               
peroxidase) de plantas à ​A. solani ​infecção porquando               
essas plantas foram tratadas com ​SBI​.   
As análises da atividade das enzimas catalase,             
peroxidase e lipoxigenase indicaram que o filtrado de               
fungos sapróbicos utilizado possui alguma molécula           
com potencial eliciador em sua constituição, que pode               
ser de origem proteica, toxina e oligossacarídica ou               
de outros componentes presentes ou produzidos por             
microrganismos que sinalizam o funcionamento das           
máquinas de defesa primária em tomateiros           
(BITTEL; ROBATZEK, 2007; DUBERY;       
SANABRIA; HUANG., 2012).   
CONCLUSÕES  
OStachylidium bicolorpinta- ​filtrado deéeficiente no controle da severidade dapreta em             
tomateiro.  
A aplicação dede ​S. bicolor​,         
filtradosPericonia hispidula​, ​Brachysporiella     
pulchra​, ​Myrothecium leucotrichum​e ​Pycnoporus       
sanguineus ​em tomateiros aumenta       
significativamente a atividade das enzimas catalase,           
peroxidase e lipoxigenase.  
AGRADECIMENTOS  
Os autores agradecem a Luís P. Gusmão pelo               
fornecimento dos fungos sapróbios do Programa de             
Pesquisa em Biodiversidade (PPBio); ao CNPq, pela             
concessão de bolsas de mestrado e doutorado aos               
pesquisadores envolvidos neste projeto; e a Fundação             
de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo                 
(FAPESP) pelo financiamento do projeto. 
676 ​Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 - 678, jul. - set., 2020  
INDUÇÃO DE MECANISMOS DE DEFESA EM PLANTAS DE TOMATE POR FILTRADOS DE FUNGOS SAPRÓBICOS 
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This work is licensed under a Creative Commons Attribution-CC-BY ​https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 
678 ​Rev. Caatinga​, Mossoró, v. 33, n. 3, pág. 671 – 678, jul. – set., 2020

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