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UNIVERSIDADE ANHAGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA IVETE RODRIGUES DOS SANTOS CONCEIÇÃO – RA 235427105 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II SERVIÇO SOCIAL Rondonópolis-MT. 2020 IVETE RODRIGUES DOS SANTOS CONCEIÇÃO – RA 235427105 A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SERVIÇO SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância-CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP como requisito obrigatório para o cumprimento da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II. Tutor Orientador: Jôsi da Costa Greffe Professor Orientador: Valquíria Ap. Dias Caprioli Rondonópolis-MT. 2020 CONCEIÇÃO. Ivete Rodrigues dos Santos. A atuação dos profissionais de serviço social na área da saúde. 2020. 32 p. Monografia. (Bacharel em Serviço Social - Sistema de Ensino Presencial Conectado. UNIVERSIDADE ANHAGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 2020. RESUMO A importância de apresentarmos o Serviço Social como área de atuação profissional no campo da saúde demonstra o desenvolvimento de uma prática refletiva, que possibilita aos demais alunos e profissionais o reconhecimento do trabalha do Assistente Social em sua concepção crítica, abrangente e social. O trabalho é fruto de observações, estudos e investigações realizadas a cerca de pesquisas bibliográficas referente ao Assistente Social e a Saúde face a uma perspectiva de atendimento mais humanizado e integrador. Garantindo assim, o acesso as informações que usuário e paciente necessitem no âmbito da saúde. O trabalho também aborda as atribuições do Assistente Social, visto que o mesmo tem um papel de extrema importância, tanto no diagnóstico e discussão das condições sociais dos indivíduos e da comunidade, como trabalhando em conjunto com outros profissionais, com objetivo de atuar na garantia de direitos e acesso, nesse objetivo de atuar na garantia de direitos e acesso nesse caso, aos serviços de saúde a população, bom como sua mediação, contribuições e desafios, a partir de pesquisas em livros, adernos e canais eletrônicos. Palavras-chave: SERVIÇO SOCIAL. SAÚDE. ATUAÇÃO SOCIAL NA SAÚDE. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..............................................................................................05 2 METODOLOGIA .........................................................................................07 3 DESENVOLVIMENTO..................................................................................09 3.1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL.....................09 3.2 O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA DE SOCIAL (SUAS) ...........11 3.3 SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL......................................................12 3.4 ATRIBUIÇÕES DOS ASSISTENTES SOCIAIS NA SAÚDE...............17 3.5 DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS ASSISTENTES SOCIAIS NA SAÚDE...................................................................................................22 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................26 5 REFERÊNCIAS..........................................................................................30 1. INTRODUÇÃO O serviço social, como prática profissional, surge no final do século XIX, quando o capitalismo consolida sua hegemonia a nível mundial, sendo caracterizado como capitalismo monopolista. Estava diretamente vinculado a entidades religiosas e filantrópicas, que implantaram as primeiras instâncias de preparação profissional, e a ampliação do aparelhamento institucional de execução dos serviços sociais. Na análise de Paulo Netto (2006) a emersão do serviço social, enquanto profissão na sociedade capitalista se configura num contexto sócio-histórico demarcado pelo acirramento das contradições entre o capital e o trabalho. Na saúde, a atuação do assistente social desenvolveu-se nos Estados Unidos no início do século XX, implantado em diversos hospitais com o objetivo de fortalecer a personalidade do doente e ajudar os médicos nas suas atividades. De acordo com Bravo (2013) o profissional tinha como missão mostrar a função humanitária, benfeitora da instituição de saúde, haja vista ser um profissional especializado em relações humanas, predominando apenas como atributos do profissional de suas qualidades pessoais e morais em detrimento do saber e de sua competência técnica. Surge com a emergência e desenvolvimento do capitalismo monopolista, que se preocupava com a estrutura e sofisticação dos serviços de saúde por conta da importância econômica, política e social da questão. No Brasil, a ação dos assistentes sociais na área da saúde foi inicialmente em 1920, relacionada à profilaxia de doenças transmissíveis e hereditárias, e era denominado de serviço social Médico. Já em 1988, na Constituição Federal, foi o marco significativo dos avanços sociais e principalmente do conjunto de instrumentos democráticos, estabelecendo uma nova concepção de Seguridade Social como política pública, não contributiva, mas como direito de cidadania e dever do Estado, trazendo então a Assistência Social para o campo dos direitos. Um desses avanços trata se da Política Nacional de Assistência Social - PNAS, aprovada pela Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social n. 145, de 15 de outubro de 2004, que nos pede um novo olhar para o social: o da proteção social como direito, como elemento fundamental para a cidadania. Da mesma forma, os princípios da Política Nacional de Saúde Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990, nos direcionam na luta pela vida, no compromisso pela construção de práticas democráticas, sintonizadas com as necessidades sociais e de saúde da população. Com todas as melhorias e avanços, podemos citar também os Parâmetros de atuação dos assistentes sociais na Política de Saúde (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2010), enfatizando a nova configuração da política de saúde que visa impactar o trabalho do assistente social em diversas dimensões: nas condições de trabalho, na formação profissional, nas influências teóricas, na ampliação da demanda e na relação com os demais profissionais e movimentos sociais. Portanto, orientados por um projeto profissional crítico, o profissional de serviço social está com certeza apto, em termos de possibilidade, a realizar uma intervenção profissional de qualidade, competência e compromisso, como cita GUERRA (2007): O exercício profissional orientado por um projeto profissional que contenha valores universalistas, baseado no humanismo concreto, numa concepção de homem enquanto sujeito autônomo, orientado por uma teoria que vise apreender os fundamentos dos processos sociais e iluminar as finalidades, faculta aos assistentes sociais a consciência de pertencer ao gênero e lhe permite desenvolver escolhas capazes de desencadear ações profissionais motivadas por compromissos sociocêntricos que transcendem a mera necessidade pessoal e profissional. (GUERRA, 2007). Desta maneira, o serviço social na saúde, visa além de estabelecer um contato com a pessoa doente, abrangendo a relação saúde e doença, cuidados com a população atendida e seus familiares, pois todo cidadão tem o direito ao acesso aos sistemas de saúde, visando um atendimento mais justo e eficaz, livre de discriminação, de forma adequada e saudável, respeitando valores e preservando a integridade durante o tratamento. Fica clara a importância da atuação de assistentes sociais na área da saúde, sendo que os mesmos são capacitados, tanto técnica como humanizadamente, assim permitindo uma ação mais eficiente para com todos os outros trabalhadores da saúde, propiciando para que a interdisciplinaridadese difunda e garanta o bom desempenho dos profissionais. 2. METODOLOGIA O referente trabalho foi feito a partir da pesquisa bibliográfica, ou seja, foi desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e pesquisas já publicadas (GIL, 2009). Optamos pela pesquisa bibliográfica ou fontes secundárias, por compreendermos que este tipo de pesquisa abarca toda uma bibliografia já publicada em relação ao tema de estudo, que vão desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, dentre outros (MARCONI; LAKATOS, 2012). Logo, para o desenvolvimento, utilizamos o método de referencial teórico bibliográfico, de abordagem qualitativa e de caráter descritivo. Descritivo por que não explicamos o fenômeno em foco, apenas descrevemos a partir da pesquisa bibliográfica as características essenciais que norteiam o assunto sobre trabalho social no âmbito da saúde. Para o desenvolvimento da pesquisa de material impresso definimos e buscamos fontes e referências bibliográficas pelas quais realizamos a pesquisa. Salientando que por se tratar de um estudo que partiu da pesquisa bibliográfica, não cabe aqui referenciar local de realização e participantes da pesquisa. Neste sentido, utilizamos para a pesquisa: livros de leitura corrente, dissertações, monografias, livros de referência e periódicos científicos (GIL, 2009). A pesquisa com bases em dados online ocorreu por meio de sites e endereços eletrônicos, onde buscamos sites, artigos e trabalhos científicos, através das seguintes palavras-chaves que norteou o presente trabalho: Serviço Social, Intervenção Social na Saúde e Interdisciplinaridade. O método de análise de dados escolhida para o estudo foi a de análise de conteúdo, que consistiu na redução dos dados coletados, categorização dos dados coletados e interpretação dos dados. (GIL, 2009). Logo, a coleta de dados foi feita a partir de material já publicado, como já mencionado, e os principais teóricos utilizados foram livros e revista sobre o Serviço Social e Saúde, cartilhas referente às diretrizes da Assistência Social, artigos já publicados acerca do tema mencionado, sites de pesquisa e livros recomendados como: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome https://blog.mettzer.com/coleta-de-dados/ (MDS), Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), Conselho Nacional de Saúde, dentre outros. Por tanto, desde a seleção dos dados obtidos e sua posterior sistematização durante todo processo de leitura das referências bibliográficas, fizemos a seleção do material apropriado, onde de acordo com Gil (2009), efetivamos a focalização, simplificação, abstração e transformação dos dados originais em sumários organizados segundo tema e objetivos de pesquisa pertinente. 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL Com intuito de descrever a relação Social X Saúde, relatando suas inter- relações, importância e contribuições, a presente pesquisa o objetiva abordar o papel do assistente social junto à saúde, área esta que tem uma relação intrínseca com a área social, tanto nas dificuldades, nas lutas e nas contribuições para uma melhoria de vida significativa. A profissão do Serviço Social é regulamentada pela Lei nº 8.662/93, sendo o seu exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, resolução do Conselho Federal de Serviço Social. É a profissão que atua no campo das Políticas Sociais com o compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, se valendo da democracia como acesso aos programas e projetos sociais. Os Assistentes Sociais em suas jornadas de lutas e enfrentamento para a garantia e acesso aos direitos referente à população, demonstra um pouco de como esse profissional é muito útil em vários setores, desde escolar, repartições públicas e hospitalares. O Brasil se vale da Constituição Federal de 1998 como um dos principais marcos para a efetivação da Assistência Social, ao reconhece-la e regulamenta- la como política integrante do sistema de Seguridade Social, no qual, formado pelo tripé: assistência social, saúde e previdência social, e tem duas modalidades de proteção social: a assistência social e o seguro social. Anteriormente, a Assistência Social era vista e manejada como caridade e assistencialismo, pois a mesma foi introduzida como ato caridoso pela Igreja Católica e seus bem feitores. A classe mais nobre, que dispunha de mais poder aquisitivo, também se valia das ações solidárias para ajudar os mais pobres e excluídos. Mudanças internas na profissão influenciaram o exercício profissional do assistente social principalmente através do movimento de conceituação profissional, consolidando seu projeto profissional baseado nas lutas sociais das classes trabalhadoras na construção de uma nova ordem societária (ABREU, 2004). Mais tarde, teve no Código de Ética profissional de 1993, na Lei que regulamenta a profissão de 1996 e na própria reforma curricular, respaldo para esse projeto. Anos depois, foi concretizado A Política Nacional de Assistência Social – (PNAS/2004) que foi aprovada após a IV conferência nacional da Assistência Social e procura agregar as demandas existentes na sociedade brasileira no que se refere a responsabilidade desta política. A PNAS-2004 detalha as atribuições e competências dos três níveis de governo (Municipal, Estadual e Federal), no âmbito da assistência social. Temos também a Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS foi aprovada na lei 8.742 de 07 de dezembro de 1993 como política social pública. A norma operacional básica do SUAS (NOB/SUAS 2005) propõe como funções da assistência e proteção social, a defesa social e institucional, e a vigilância social. A proteção social, segundo a NOB/SUAS 2005, tem por direção o desenvolvimento humano e social e os direitos da cidadania, devendo prover diversas seguranças: de acolhida, de renda, de convívio, de autonomia e de sobrevivência. Com a implementação da LOAS esse direito vem a ser operacionalizado através de normas e critérios objetivos para que todos que necessitarem possam ter acesso a assistência social. Conforme art.1ºdesta Lei, A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto de iniciativa pública e da sociedade para garantir o atendimento às necessidades básicas (PNAS, 2004). Pois o trabalho do assistente social antes das leis citadas acima, era entendido por muitos e pelas famílias como ajuda, uma prestação de assistência as famílias carentes. E com a nova concepção de Assistência Social, normas técnicas, consolidação de leis e regulamentações, o Serviço Social foi tendo seu papel inserido de forma valida e efetivada na sociedade. Logo, a necessidade de compreender sobre o trabalho do assistente social no campo da saúde, que propicia conhecimento e também traz desafios e contribuições recorrentes desde a inserção do profissional de Serviço Social nesta e nas demais área de atuação. 3.2 O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA DE SOCIAL (SUAS) O SUAS é coordenado pelo Ministério Social e Combate à Fome (MDS), com a gestão efetuada entre União, DF, estados e municípios, sua implantação deve ser realizada e pareceria com a sociedade civil. Com aprovação na NOB/SUAS 2005, pelo conselho nacional de assistência social (CNAS), traçou- se um novo modelo socioassistencial, tendo a família assumindo o papel de núcleo fundamental a Política de assistência social, embasado nos princípios de matricialidade sociofamiliar e organização dos serviços com base no território. O SUAS organiza-se em trêsprincipais eixos estruturantes: programas, benefícios e serviços. Suas ações de assistência social qualificam-se em duas modalidades: a básica e a especial. A proteção social básica objetiva prevenir situações de risco social através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A proteção social especial se destina para quem já teve seus diretos violados. No Suas, também há a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma integrada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. O Suas também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social (CNEAS) e concedendo certificação a entidades beneficentes. Vinculado ao Ministério da Cidadania, o Sistema é composto pelo poder público e sociedade civil, que participam diretamente do processo de gestão compartilhada. Nesse modelo de gestão, as ações e a aplicação de recursos do Suas são negociadas e pactuadas nas Comissões Intergestores Bipartite (CIBs) e na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Esses procedimentos são acompanhados e aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e pelos Conselhos Estadual e Municipal de Assistência Social, que desempenham um importante trabalho de controle social. Criado a partir das deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência Social e previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), o Suas teve suas bases de implantação consolidadas em 2005, por meio da sua Norma Operacional Básica do Suas (NOB/Suas), que apresenta claramente as competências de cada órgão federado e os eixos de implementação e consolidação da iniciativa. Os trabalhadores das SUAS (Sistema Único de Assistência Social) precisam ter amplo conhecimento sobre diversas áreas. Afinal, é comum sua articulação com outras políticas públicas. Por isso é importante estar inserido nas questões sócias, culturais e de saúde para uma melhor compreensão dos profissionais em geral. 3.3 SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL A Política de Saúde, consolidada também na Constituição de 1988, foi um dos primeiros campos de trabalho do assistente social, na luta para que as populações mais carentes tivessem acesso a saúde, no enfrentamento das causas sociais para garantir que os mais vulneráveis pudessem ter um atendimento mais adequado e digno. No Brasil, o Serviço Social demarcou sua entrada no campo da saúde pública pelo viés dos trabalhos com comunidade, por meio de práticas educativas sobre procedimentos de higiene aplicados à vida privada, incentivando o controle de natalidade, o controle de doenças infantis, de higiene bucal, de saneamento para a criação das primeiras políticas urbanas de saúde, muitas vezes realizado por meio de um trabalho educativo baseado em proporcionar acesso à informação sobre o próprio corpo e a higiene do mesmo. Esse era um trabalho que se mostrava necessário a um país sem escolaridade, com grande parte da população em condição de miséria e vulnerabilidades sociais. A modernização na área da saúde prevaleceu até a abertura política, na segunda metade da década de 70, apesar da emergência de novas direções teórica metodológicas na profissão e do surgimento do Movimento Sanitário, (no Brasil, o Movimento da Reforma Sanitária foi influenciado pelas reformulações na área da saúde ocorridas na Itália, e surgiu no início da década de 70 em defesa da democracia). A inserção de assistente sociais no cotidiano das ações públicas, desde o início, foi na área da saúde como já mencionado, e referente ao conhecimento acumulado nas lutas sociais, o assistente social contribuiu para a politização do campo da saúde. A partir desta data, a renovação do Serviço Social passou a ser direcionada pela vertente da intenção de ruptura, que buscava romper com o tradicionalismo e suas implicações teórico-metodológicas e prático-profissionais (NETTO, 1998). Esta vertente não chegou a influenciar os profissionais que trabalhavam na área da saúde, que continuavam distantes das reflexões e, na prática, continuavam subalternos ao protagonismo médico, dominante na área (KRÜGER, 2010). Por tanto, grandes dificuldades das equipes da área médica quanto à compreensão dos agravos à saúde da população e os aspectos que retiravam destes sujeitos suas possibilidades de recuperação. Fatores econômicos, culturais e sociais, que na ordem do dia não podiam ser decifrados nos laboratórios, em clínicas e âmbitos hospitalares, já eram situações que os assistentes sociais lidavam e conheciam. Já na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília no ano de 1986, representa o marco de diversas discussões em torno de questões sociais. E em seu relatório final, apresenta a saúde como direito: Em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida. (BRASIL, 1987). Nas ações de execução das políticas de saúde, esse perfil humanizador e igualitário da política da Assistência Social ganha maior visibilidade, visto que o trabalho dos profissionais da saúde, neste caso do assistente social, cria os nexos de ligação entre os interesses de Estado e os dos usuários por meio da linguagem, uma ação eminentemente humana. Segundo Casati (2005): “Os assistentes sociais têm sido chamados para viabilizar junto com outros trabalhadores esta política. Uma das questões fundamentais é ter clareza das diversas concepções de humanização, pois a mesma envolve aspectos amplos que vão desde a operacionalização de um processo político de saúde calcado em valores como a garantia dos direitos sociais, o compromisso social e a saúde, passando pela revisão das práticas de assistência e gestão” (Casati 2005). Por intermédio dessa dimensão do trabalho humanizado, pode-se afirmar que nunca seu processo de trabalho será idêntico, ainda que as tentativas dos interesses do empregador sejam transformar esse trabalho em uma ação em series, a atuação do assistente social vem para integralizar e unificar ações de saúde com o social. Ações como a elaboração de documentos, tais como: estudo social, parecer social e demais relatórios, refletiam a importância do Serviço Social no cotidiano dos sujeitos demandantes no campo da saúde, no que tange as ações e diretrizes que são da área do Serviço Social. Segundo os “Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde”, pensar e realizar uma atuação competente e crítica do Serviço Social na área da saúde consiste em: • Estar articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores e de usuários que lutam pela real efetivação do SUS; • Conhecer as condições de vida e trabalho dos usuários, bem como os determinantes sociais que interferem no processo saúde- doença; • Facilitar o acesso de todo e qualquer usuário aos serviços de saúde da instituição e da rede de serviços e direitos sociais, bem como de forma compromissada e criativa não submeter à operacionalização e seu trabalho aos rearranjos propostos pelos governos que descaracterizam a proposta original do SUS de direito, ou seja, contido no projeto de Reforma Sanitária; • •. Buscar a necessária atuação em equipe, tendo em vista a interdisciplinaridade da atenção em saúde; • Estimular a intersetorialidade, tendo em vista realizar ações que fortaleçam a articulação entre as políticas de seguridade social, superando a fragmentação dos serviços e do atendimento às necessidadessociais; • Tentar construir e/ou efetivar, conjuntamente com outros trabalhadores da saúde, espaços nas unidades que garantam a participação popular e dos trabalhadores de saúde nas decisões a serem tomadas; • Elaborar e participar de projetos de educação permanente, buscar assessoria técnica e sistematizar o trabalho desenvolvido, bem como realizar investigações sobre temáticas relacionadas à saúde; • Efetivar assessoria aos movimentos sociais e/ou aos conselhos a fim de potencializar a participação dos sujeitos sociais contribuindo no processo de democratização das políticas sociais, ampliando os canais de participação da população na formulação, fiscalização e gestão das políticas de saúde, visando ao aprofundamento dos direitos conquistados. Enfim, não existem fórmulas prontas na construção de um projeto democrático e a sua defesa não deve ser exclusiva apenas de uma categoria profissional, ambos têm suas funções e atribuições pautadas na ética, e no cotidiano, vão sendo desveladas e construídas. É neste sentido que o Serviço Social se apresenta como profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, regulamentada pela Lei 8.662/1993, que através dos planos, programas, projetos vislumbra desmistificar tal prática de assistencialismo. Iamamoto nos diz: O assistente social é proprietário de sua força de trabalho especializada. Ela é produto da formação universitária que o capacita a realizar um "trabalho complexo", nos termos de Marx. Essa mercadoria, força de trabalho, é uma potência, que só se transforma em atividade — em trabalho, quando aliada aos meios necessários à sua realização, grande parte dos quais se encontra monopolizado pelos empregadores: recursos financeiros, materiais e humanos necessários à realização deste trabalho concreto, que supõe programas, projetos e atendimentos diretos previstos pelas políticas institucionais (Iamamoto, 2007). Ou seja, o Serviço Social, aliados a outras fontes de trabalho, mais eficientes, organizadas e pauta em conhecimento e políticas públicas eficazes, se torna uma área fundamental para um avanço na área da saúde, como hospitais, clínicas, redes públicas e privadas. Segundo a Resolução nº 218, de 06/03/1997 do Conselho Nacional de Saúde, que reconhece a categoria de assistentes sociais como profissionais de saúde, tem em sua ação a visita domiciliar cujo caráter vai além do atendimento emergencial, curativo e seletivo, de exames e consultas ou da provisão de medicamentos, conforme são vivenciados na atuação profissional. Tal ação seletiva cria um viés no atendimento e vai à contramão do que assevera a Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 192, sobre o direito, a promoção da saúde e o bem-estar da população. 3.4 ATRIBUIÇÕES DOS ASSISTENTES SOCIAIS NA SAÚDE Os assistentes sociais na saúde atuam em quatros eixos: atendimento direto ao usuário, mobilização, participação e controle social, investigação, planejamento, assessoria, qualificação e formação profissional (CFESS 2010). Segundo o Ministério da Saúde, as responsabilidades do assistente social na saúde pública são: • Através do atendimento ao usuário, compreender sua situação e realizar o encaminhamento adequado; • Informar e mobilizar o usuário acerca de seus direitos e de seu papel como cidadão. Conscientização de que a Assistência Social não oferece favores, mas garante seu direito à proteção social; • Facilitar o acesso aos serviços de saúde, cumprindo com a universalidade e a equidade dos direitos sociais dos usuários; • Debater sobre a situação social do usuário/paciente com os profissionais de saúde; • Participar, sempre que possível, de encontros interdisciplinares; • Acompanhar e estimular o tratamento de saúde do usuário; • Envolver os familiares e alertá-los sobre a importância de seu apoio no tratamento. Além das atribuições acima, o assistente social pode, de uma forma mais ampla: • Organizar espaços, junto com os profissionais de saúde, com o objetivo de estimular à participação popular nas decisões de ambas as políticas públicas; • Da mesma forma, estimular a participação crítica de todos os funcionários (tanto da Assistência Social, quanto da Saúde) nesses espaços; http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf https://blog.portabilis.com.br/matricialidade-sociofamiliar/ • Ter uma postura de curiosidade. Estudar e se atualizar, sempre que possível, sobre temas relacionados à área da Saúde. • Trabalhar no atendimento direito aos usuários desenvolvendo ações socioassistenciais, socioeducativas e articulado com a equipe de saúde; • Com ações de mobilização, participação e controle social; • Pesquisa, planejamento e gestão. Com uma ideia bem clara de quais são as atribuições, ações e intervenções que o assistente social desenvolve na área da saúde, fica mais fácil de evidenciar e inserir esses profissionais no cotidiano hospitalares e de saúde, facilitando e aprimorando nos atendimentos junto com todos os profissionais da saúde, pois com uma equipe interdisciplinar os pacientes só tem a se beneficiar. Com tudo, vale ressaltar que com assessoria, qualificação e formação profissional, sempre orientado pelos fundamentos teórico-metodológicos, ético- político e procedimentos técnico-operativos, referenciados pelo projeto profissional do serviço social, aponta-se ainda nesse contexto a mediação nas relações sociais como as de gênero, diversidade, ético e racial e com a concepção de uma profissão crítica, contribui-se com as outras profissões, esclarecendo aos diversos setores pertencentes à Política de Saúde, dando clareza quanto às competências e atribuições profissionais do assistente social. Sarreta e Eto (2007) confirmam que as ações em saúde, devem ser interdisciplinares, garantindo a atenção integral e atendendo as necessidades da população usuária, na mediação entre seus interesses e a prestação de serviços. E ainda, o contexto atual, além de demandar conhecimento das expressões da questão social, exige a formação para trabalhar em equipe interdisciplinar, ampliando as ações intersetoriais e comunitárias, ambos subsídios para a educação em saúde. A interdisciplinaridade, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, diz de algo “que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento” ou “que é comum a duas ou mais disciplinas”. Ou seja, o conceito diz da integração e relação entre duas ou mais disciplinas ou áreas do conhecimento para um fim comum. É uma abordagem metodológica que integra http://www.blog.saude.gov.br/ conceitos, teorias e fórmulas na tentativa de compreender e melhorar ações continuas. Trata-se também, do trabalho conjunto de diferentes áreas, envolvendo, desde compartilhamento de conhecimento, gestão e, inclusive, ações, com o objetivo de enfrentar, de maneira articulada e eficiente, problemas que possuem em comum. Podemos citar como exemplo, um indivíduo que pode estar constantemente doente por conta da precariedade onde vive, e procura um hospital para tratar uma possível enfermidade. Essa é uma situação que os profissionais de saúde, sozinhos, não conseguirão resolver. Já o assistente social, com seu estudo e preparação, pode ajudar no acolhimento, dando orientações sobre direitos que esse usuário possui e necessite, desde questões transferência de renda até lugares para se abrigar. Depois de receber tal notificação, o profissional se reúne com o médico ou o enfermeiro correspondente e se solicita informação sobre quem é o paciente, qual é seu diagnóstico e seu prognóstico e quanto tempo deverá permanecer internado no hospital. Esses dados resultam imprescindíveis e marcarão o tempo que o assistente social possui para trabalhar com um paciente determinado, já que seu labor finaliza quandorecebe a alta médica. Como se pode observar, o trabalho social hospitalar está muito vinculado à alta médica, já que esta marca o prazo em que se deve esgotar todos os trâmites e recursos possíveis. É imprescindível esse elo entre os campos saúde e social para tal consolidação das práticas rotineiras nos hospitais, centro de saúde, entre outros. Normalmente, a atuação do assistente social na instituição hospitalar depende da iniciativa de um profissional que esteja diretamente ligado ao atendimento ao paciente. Cabe destacar que em algumas ocasiões são os próprios pacientes ou seus familiares os que buscam o serviço do assistente social. https://blog.portabilis.com.br/vigilancia-socioassistencial-sem-gestao-nao-ha-protecao/ Para Malta (2001), este acolhimento permite a qualificação do trabalho dos profissionais, o resgate do trabalho multiprofissional e a melhor qualidade dos serviços prestados, e ainda, amplia os espaços de escuta, de trocas e decisões coletivas. Este mesmo autor reconhece que a diretriz de acolher, de responsabilizar, de resolver, de criar vínculos, não pode se resumir às Unidades Básicas, mas deve permear todo o sistema, modulando os demais níveis de assistência, como por exemplo, os hospitais, no coletivo, entre outros. As ações coletivas correspondem a relações sociais e econômicas entre indivíduos pertencentes a um mesmo grupo e que possuem interesses comuns. Propiciando o acesso a informações, a troca de ideias em reuniões e debates, de forma integrativa com demais profissionais e pacientes. Sem contar que as ações coletivas têm maiores chances de serem efetivas. Ao trabalhar isoladamente, informações importantes se perdem, impedindo um olhar amplo e, em consequência, resultados inexpressivos. É essencial para uma atuação competente do serviço na área da saúde essa articulação e sintonia ao movimento dos trabalhadores da saúde e dos usuários que lutam pela real efetivação de um tratamento mais acolhedor e facilitar o atendimento a qualquer paciente e seus familiares. No cenário atual, de lutas e acesso aos diretos, as competências e habilidades multiprofissionais e interdisciplinares, sendo esse último muito relevante e pertinente, pois se exigi cada vez mais do profissional a capacidade de atuar em grupo, tendo como base a interdependência entre profissionais envolvidos, reconhecendo a área de cada um, somando esforços para realização dos serviços oferecidos. Tendo o assistente social um espaço para construção e aprimoramento das suas atividades rotineiras, compreender o trabalho dos outros colegas de serviço, para em conjunto, buscarem ações intersetoriais e equivalentes ao local de trabalho gera muitos benefícios para as instituições, e terem em mente que não é papel do assistente social se valer das funções de seus colegas, e que saber respeitar as atribuições de cada profissional, agrega valor ao serviço prestado. Para uma efetivação concreta da interdisciplinaridade, é preciso que o profissional seja ciente das suas atribuições e que não pode agir isoladamente, pois é interagindo com as demais áreas que acontece a troca de saberes e possíveis resoluções de problemas. Por tanto, o papel do assistente social no processo interdisciplinar é fundamental. Ao realizar as ações descritas no tópico anterior, como debater sobre a situação social do usuário com o profissional de saúde, estará contribuindo para a efetivação do trabalho em conjunto com outras áreas. A articulação entre as duas políticas ajuda, inclusive, na construção de novas posturas e ações é essencial. Tomando, como base, dificuldades em comum das duas áreas. Sendo assim, é notório que o assistente social pode e precisa realizar junto com a equipe de saúde, a organização e realização de treinamento e capacitação do pessoal técnico e administrativo com o objetivo de qualificar as ações que tem interface com o atendimento ao usuário, tais como a marcação de exames e consultas, a convocação da família ou responsável nas instituições de alta e óbito. 3.5 DESAFIOS ENCONTRADOS PELOS ASSISTENTES SOCIAIS NA SAÚDE O assistente social tem tido, muitas vezes, dificuldades de compreensão por parte da equipe de saúde referente as suas atribuições e competências, diante do trabalho realizado nas unidades de saúde, pressões cotidianas em relação à demanda de serviço, e à fragmentação do trabalho existente. Todavia, essas dificuldades devem impulsionar a realização de reuniões e debates entre os diversos profissionais para o esclarecimento de suas ações e estabelecimento de rotinas e planos de trabalho. O planejamento, muitas vezes, é deixado a parte pelo fato da rotina exaustiva de trabalho, diminuindo os encontros para esses possíveis esclarecimentos. O cuidado e atenção são significativas para um eficiente exercício do trabalho. No âmbito da saúde, é fundamental considerar as diversidade e dificuldades existentes, como mediação necessária para o entendimento da individualidade humana. Os indivíduos em sua diversidade, problemas físicos, situações de vulnerabilidades e riscos sociais, diferenças quanto às relações de gênero, étnico-racial, de orientação sexual e identidade de gênero, são encontrados todos os dias em ambulatórios, clínicas, e tantos outros lugares. Outro problema é a política pública de saúde, que tem encontrado dificuldades para sua efetiva implementação, como a desigualdade de acesso da população aos serviços de saúde, práticas que integram e unificam as redes de apoio, os desafios para alcançar a equidade financeira, os avanços e recuos nas experiências de controle social, a falta de articulação entre os movimentos sociais, educacionais e tantos outros. Todas essas questões são exemplos de que a construção e consolidação dos princípios da Reforma Sanitária (Movimento referente a saúde que aconteceu na década de 70 na Itália, em defesa da democracia dos mais necessitados) se refletem até hoje na sociedade. Os profissionais de Serviço Social também se deparam em suas rotinas com os desafios por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas que aparecem como altas demandas. Face ao seu histórico, origem e estudos, os assistentes sociais se deparam também com fatores de ordem política, na luta de leis mais justas e concretas, que levam ao acesso dos serviços que deles necessitem, e que são fundamentais para garantir saúde, bem-estar e uma consciência sanitária que se concretize na realidade da população. Segundo Martinelli (2007), o assistente social trabalha com pessoas vulneráveis que pedem um gesto humano; um olhar, um sorriso, uma palavra, uma escuta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na sua própria humanidade. Outro dilema que acontece, e que se faz presente é quando este profissional, devido aos méritos de sua competência, passa a exercer outras atividades (direção de unidades de saúde, controle dos dados epidemiológicos, entre outros) e não mais as identifica como as de um assistente social. Os mesmos podem encontram impedimentos, desafios, e até uma certa limitação diante de outros profissionais, por não aceitarem e terem uma visão incompreendida do trabalho dos assistentes sociais. Diante do exposto, pode-se afirmar que as demandas que se apresentam ao Serviço Social envolvem uma série de condicionantes e exigem uma intervenção profissional que não se limite à prática curativa, mas que inclua aspectos preventivos, informativos e de promoção da saúde. Por tanto: O profissional precisa ter clareza de suas atribuições e competências para estabelecer prioridades de ações e estratégias, a partir de demandas apresentadas pelos usuários, de dados epidemiológicos e da disponibilidade da equipe de saúde para ações conjuntas. (CFESS, 2010). Os profissionais de Serviço Social buscarem aprofundamentos na área da saúde, é importante, vistoque, se mostrem capacitados e aptos para exercerem tais funções, mediante suas atribuições, competências técnicas e pautadas na ética da Assistência Social. Nesse sentido, concorda-se com Carvalho (2009), quando enfatiza que há profissões em saúde com núcleos de competências ligados à assistência e outras às práticas de promoção à saúde, afirma: Para ser um profissional de saúde há necessidade do conhecimento científico e tecnológico, mas também de conhecimento de natureza humanística e social relativo ao processo de cuidar, de desenvolver projetos terapêuticos singulares, de formular e avaliar políticas e de coordenar e conduzir sistemas e serviços de saúde. (Carvalho 2009) Para o autor, "o conjunto de profissões de saúde, aprende, trabalha e reconstrói no cotidiano a Grande Área [Ciências da Saúde], ao mesmo tempo em que aprofunda, aperfeiçoa e especializa cada área, subárea ou especialidade" (CARVALHO 2009). Assim, o profissional em sua concepção de que fazer Serviço Social é exercer o conjunto de ações que historicamente lhe é dirigido na divisão do trabalho coletivo em saúde. Este consistiria apenas na ação direta com os usuários, o que Netto (1990) denomina de execução terminal da política social. Tem-se por pressuposto que transformações estruturais nas políticas sociais, em pensamentos limitantes, e na saúde em particular, só serão efetivadas por meio de um amplo movimento de massas que questione a cultura política e que lute pela ampliação da democracia nas esferas da economia, da política, da saúde, educação e da cultura. Nessa conjuntura, a entidade de Serviço Social tem por desafio articular com todos os profissionais que integram a área da saúde, movimentos sociais, conselhos e órgãos públicos em defesa de projetos, programas e leis mais eficientes que possibilitam a autonomia e a saúde de seus usuários. Incentivar, elaborar e participar junto com os outros profissionais da saúde na discussão do modelo assistencial e da elaboração de normas, rotinas de trabalho e da oferta de atendimento, tendo por base os interesses e a demanda da população. Contudo, a atuação do assistente social na saúde, se dá sob as perspectivas de garantias de direitos e bem-estar dos pacientes por meio do atendimento social. Logo, para promover um atendimento harmônico, sendo um elo entre os usuários e a instituição, atuando como mediador e mobilizador, no que se refere a projetos e programas um atendimento humanizado e integrado. Entre essas e outras questões que revelam a singularidade, o modo de constituir a individualidade em sua relação dinâmica e contraditória com a sociabilidade que leva o assistente social a interagir com todas áreas das políticas púbicas, sejam sociais, culturais, de saúde, e isso podemos ver na Confederação Federal de Serviço Social: “O assistente social é um dos profissionais requisitados a atuar na gestão das políticas públicas. Trata-se de um dos campos profissionais onde exerce função de planejamento e avaliação de programas, projetos e serviços das políticas públicas. ” (PERIÓDICOS UFES 2013). E, por fim, percebe-se, gradativamente, a necessidade da criação de entidades ou da realização de fóruns de capacitação e debates dedicados a importância da produção do conhecimento sobre o Serviço Social nas diferentes áreas de especialização no campo da saúde. Pois a inserção do assistente social inserido nas lutas e enfrentamento vem sendo escrita ao longo dos anos, e é caracterizada por um profissional que, articula com o cenário social nas diferentes formas de promoção de saúde, identifica causalidades e multiplicidade dos fatores que afetam a qualidade de vida em geral. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para atuar em uma área com grau elevado de dificuldades e conflitualidade, como é a saúde, buscando entre os interesses das instituições e dos demandantes das ações profissionais, necessário se faz que os assistentes sociais ampliem o seu nível de compreensão e procedimentos, no sentido de conhecer a instituição para a qual trabalham, seus programas e projetos, a realidade para subsidiar suas formulações e decisões, a população alvo de sua intervenção, ou seja, quem são, como vivem, como moram, de que adoecem, e se capacitarem do ponto de vista teórico e técnico-profissional para responder competentemente às requisições que lhe são confiadas e tornar mais efetiva a ação profissional. Uma das dúvidas mais frequentes sobre esse tema é o papel do assistente social na saúde. Por isso é importante compreender essa relação entre saúde e serviço social. É comum surgirem demandas da Saúde na Assistência Social. Quando isso ocorre, o assistente social encaminha o usuário, por exemplo, a um ambulatório. Porém, normalmente, existe uma superlotação nesses lugares. Por vezes, o atendimento demora e, quando finalmente ele acontece, o paciente é reencaminhado para outro profissional da Saúde. Esse fluxo não é eficiente. Em várias etapas, não existe acolhimento. O usuário, fragilizado, acaba desistindo do tratamento. É desgastante para o indivíduo e caro para o poder público. Como política garantidora do direito à proteção social, a Assistência Social, materializada através do trabalho do assistente social e de outros profissionais, tem papel fundamental no processo descrito acima, bem como na melhoria dele. Primeiro, os profissionais da Assistência Social precisam superar o sentimento de subalternidade, ainda comum em muitos municípios brasileiros. É necessário que se posicionem, já que as leis lhes garantem autonomia e poder de decisão para o exercício de seu trabalho, quando algo não estiver de acordo com as diretrizes éticas e técnicas do Serviço Social. É compromisso do assistente também, saber introduzir a ética a cada uma das ações profissionais, a fim de que nos tornemos mais humanos, solidificando as práticas pertinentes ao Serviço Social junto a com a Saúde, reconhecendo as questões de vulnerabilidade e risco social, tencionando a um contexto de cidadania e de democracia, e assumir esse compromisso que só pode alcançado por meio de ações interdisciplinares, traçado em uma perspectiva ética de qualidade de vida. Os profissionais de Serviço Social, precisam estar envolvidos nos processos de trabalho em saúde necessitam estar muito atentos para a necessidade permanente de vincular esses processos e sua ação profissional cotidiana. Compete ao assistente social também incentivar a participação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Assistência Social, debates, espaços onde se materialize o controle fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, pois grande parte da população ainda desconhece as políticas públicas as áreas da saúde e sociais, para que estes tenham condições de reivindicar direitos e lutar pela sua efetivação. É fundamental ser um profissional crítico, que tenha clareza acerca de suas atribuições, competências, direitos e deveres, que apreenda a prática profissional em Serviço Social no conjunto das condições e relações sociais que atribuem sentido histórico à profissão, de forma que a mesma possa se legitimar como possível e necessária, atentando-se para as dimensões teórico- metodológica, técnico-operativa e investigativa, assim como com o compromisso ético-político assumido. Para que a prática profissional nas instituições não se reduza ao atendimento imediato das demandas, faz-se necessária uma ruptura com atividades burocráticas e rotineiras: ir além das rotinas institucionais e buscar apreender o movimento da realidade, para detectar tendências e possibilidades nela presentes, passíveis de serem impulsionadas pelo profissional (IAMAMOTO, 2007). Os trabalhadores da Assistência Social precisam ter amplo conhecimento sobre diversas áreas. Afinal, é comum sua articulaçãocom outras políticas públicas. Por tanto, ressalta-se, ainda, a necessidade de formação constante por meio da educação continuada que engloba um esforço do profissional, com o compromisso de qualidade dos serviços prestados. Envolve desde a busca por cursos de especializações até o incentivo às residências profissionais, multidisciplinares, além da importância dos estudos produzidos no âmbito da pós-graduação que nutre a profissão dos debates e experiências que abarcam a saúde e as políticas sociais. O trabalho do assistente social na saúde deve ter como eixo central a busca criativa e incessante da incorporação dos conceitos e das novas requisições a profissão do Serviço Social. Sempre na referência de projetos e políticas públicas que se poderá ter a compreensão se o profissional está de fato dando repostas qualificadas a s necessidades apresentadas pelos usuários e pacientes. Assim, compreende-se que cabe ao Serviço Social, numa ação necessariamente articulada com outros da Saúde em si, formular estratégias que busquem reforçar ou criar experiências nos serviços prestados e um olhar amplo e analítico de todos os envolvidos. Pois a estrutura deve ser repensada coletivamente. Principalmente quando falamos de áreas que deveriam ser muito mais próximas, como a Assistência Social e a Saúde. Os “Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde”, ressalta essa importância: Para finalizar, ressalta-se que foi apresentado um conjunto de atribuições e competências a serem realizadas pelo profissional de Serviço Social na saúde que podem contribuir para a defesa das políticas públicas de saúde, para a garantia dos direitos sociais, para o fortalecimento da participação social e das lutas dos sujeitos sociais, bem como para a viabilização do Sistema Único de Saúde, inscrito na Constituição de 1988 e nas Leis nº 8.080 e nº 8.142, ambas datadas de 1990, assim como para o fortalecimento do projeto ético-político do Serviço Social brasileiro.(2010, pg. 69). Deve-se unir esforços para satisfazer as necessidades do indivíduo em seu conjunto e, ao mesmo tempo, fomentar a gestão eficaz que a sociedade está demandando. Para isso, é necessário elaborar políticas baseadas no consenso e gerar espaços comuns entre as diferentes instituições, sistemas e âmbitos. Tudo isso resulta imprescindível para dar uma resposta adequada aos desafios enfrentados atualmente e para oferecer o melhor sistema possível para quem delas necessitem. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL, Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica – NOB/SUS. Brasília, janeiro de 2005. BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. As Conferências Nacionais de Saúde: evolução e perspectivas. Brasília: CONASS, 2009. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social. BRASIL. Resolução n. 145, de 15 de outubro de 2004. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Guia de Orientação Técnica – SUAS n° 1- Proteção Social Básica pela Assistência Social, Brasília, 2005. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 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