Buscar

Sintese dos documentários a carne é fraca e o veneno está na mesa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Sínteses dos documentários 
Profa. Dra. Michele Caroline de Costa Trindade Avelar
Acadêmico: Fernando Lazaretti Onorato Silva RA: 91072
Disciplina: Nutrição e metabolismo na atividade física
A CARNE É FRACA
Produção: Instituto Nina Rosa
O documentário inicialmente apresenta quais são as consequências que a pecuária e o agronegócio geram. Como houve um aumento exponencial dessa atividade ao longo dos anos, promovendo assim o aumento do número total de animais, superando a quantidade de humanos no país. Essa atividade econômica prejudica o meio ambiente, em especial as florestas, que cedem espaço para a atividade pecuarista de criação de gado. Assim como os rios, já que os dejetos de animais, usualmente, são despejados neles. Sem mencionar a quantidade significativa que é gasta para manutenção da atividade. De acordo com o documentário 1 kg de carne usa cerca de 15 mil litros de água, enquanto 1 kg de cereal gasta cerca de 1.300 litros de água, sem contar os elevados gastos diários das demais atividades deste setor. Se não bastasse o desmatamento e a poluição das águas, a pecuária, mais precisamente a parte que trabalha com bovinos, são grandes contribuintes para liberação de gases tóxicos na atmosfera, em especial o metano que é liberado por meio das flatulências dos bovinos. O Brasil é um paraíso fiscal para o agronegócio e pecuária, pois os custos reais dela não são transmitidos para o produto. Além do apoio da mídia que transmite uma imagem divergente da realidade, o agronegócio não gera empregos, pelo contrário, ele gera demissões em massa. O grande gerador de empregos desse setor é a agropecuária familiar, aquela que abastece o país, pois o agronegócio é voltado para exportação, ou seja, não visa abastecer o mercado interno. Comprovando o paraíso fiscal, pois os preços dos produtos são ditados pelo mercado externo, ou seja, o comprador (importador/empresa externa) é quem dita o preço que irá pagar pelo produto. Ao longo do documentário é visível a preocupação dos autores com a sustentabilidade, pois o mundo onde vivemos e os recursos que nele tem, são finitos, e se esse consumo desenfreado e despreocupado continuar o fim será mais rápido. Além disso é mostrado como o consumismo sustenta essas condições. Esse consumismo é um grande influenciador e patrocinador da miséria que se tem no país, pois se fosse utilizado os estoques de grãos e a porcentagem de grãos destinados à pecuária, poderia ser suprido essa condição. Em outro momento o documentário passa a abordar as condições que são submetidos os animais de consumo, onde mais uma vez é possível observar a mídia maquiando a real situação, em que é vendido a imagem de que os animais são bem cuidados, que tudo acontece da melhor forma possível. Mas a realidade é outra, os animais são colocados em situações de completo descaso. Podendo observar que a carne advinda desse sistema pode ser prejudicial ao ser humano, pois esses animais não selecionam os alimentos, o que antes era feito em liberdade. Eles comem o que é dado, e muitas vezes comem suplementos, remédios que são necessários devido às condições que estão submetidos, e consequentemente tem a carne contaminada pelo uso de medicamentos. Não somente os componentes químicos ingeridos por meio da alimentação, os animais quando estão à beira da morte, em especial os bovinos, liberam toxinas, devido ao medo e o nervosismo, essas toxinas se fixam na carne. Por fim, o documentário flerta com o vegetarianismo, mostrando que não somente a carne é fonte de proteínas, e que carne branca também é carne. Mostrando que existem sim outras fontes de proteínas que suprem as necessidades básicas dos seres humanos. 
O VENENO ESTÁ NA MESA I
Produção: Hélene Paihous
O documentário em questão aborda a temática do uso de agrotóxicos na agricultura do Brasil. Ele aborda como o uso desregulado dos recursos naturais é comum na américa latina, além da liberação cada vez maior, por parte do governo, de princípios ativos (agrotóxicos) em prol de uma maior produtividade. Sendo que muitos destes agrotóxicos são terminantemente proibidos na maior parte do mundo. Ou seja, é uma política voltada para produtividade sem levar em consideração a saúde da população. Além disso o setor que representa o agrotóxico, é um setor altamente rentável, rendendo milhões de dólares, para as indústrias. A revolução verde, é caracterizada pela entrada da industrialização na agricultura, caracterizada pela substituição de trabalhadores por máquinas, uso de sementes modificadas geneticamente e o uso de agrotóxicos. Tudo isso coberto com um slogan que garante comida farta a todos. A revolução verde, acaba com a agricultura tradicional, ela esquece da história, ficando evidente com o aumento exponencial da produção, que antes era pequena. Influenciando assim na substituição da semente dita crioula, semente natural, pela semente transgênica. E como dito no documentário, essas sementes são vendidas pelas indústrias em um pacote, é obrigatório a compra delas juntamente com os agrotóxicos. Esse processo de transição tem consequências gravíssimas não somente a saúde da população, mas também a biodiversidade. Como os problemas de contaminação dos solos, dos mananciais, do ar, mudanças climáticas. Além disso, os produtos são colhidos sem o devido tempo de segurança espera para que haja uma eliminação “natural” dos agrotóxicos, em consonância, os produtos que mais apresentaram uso de agrotóxicos são aqueles consumidos em natura, gerando assim uma alta taxa de produtos fora das regulamentações.  Em 2009, aproximadamente 30% (n = 3130) dos produtos analisados pela ANVISA apresentaram desconsonância com as quantidades legais de agrotóxicos. Não somente os consumidores que sofrem com o consumo do produto, mas os produtores sofrem também, o documentário traz diversos relatos de produtores que foram intoxicados por trabalhar com agrotóxicos, esses são os casos mais leves, onde um tratamento adequado resolve, mas em casos não há essa opção, pois são doenças que causam sequelas ao longo dos anos, tornando as pessoas dependentes do médico para o resto da vida. Mas houve relatos mortes devido a intoxicação por agrotóxicos. Mesmo aqueles que não consomem as frutas e verduras contaminadas, mas esses venenos vêm através de outros produtos, como farinhas lácteas, farinha de arroz e produtos processados, também levam esses pesticidas, ou seja, de uma forma ou de outra a população está comendo alimentos contaminados. Um dos momentos mais relevantes no documentário é uma transmissão de uma reunião do senado, onde uma senadora defende o uso de agrotóxicos como forma de baratear os alimentos. Ela defende que a população menos favorecida deve comer produto com defensivos, pois assim irão pagar mais barato. Além de esculachar uma avaliação de um encarregado da ANVISA que contatou o uso excessivo de agrotóxicos e expor isso. O uso de defensivos quase que dobrou em 9 anos no paraná, e a venda de agrotóxicos aumentar 140% no Brasil. E diferente da promessa de que barateamento dos produtos, uma agricultura baseada no uso de agrotóxico não é mais produtiva, tendo em vista que os custos da mesma e as consequências que ela acarreta, tanto para o meio ambiente quanto para as pessoas não compensa em números. O brasileiro consome cerca de 5,2 litros agrotóxicos por ano, ou seja, o produto que deveria ser barato devido ao método de produção, causa doenças e/ou leva até a morte. Por fim, fica evidente como é maléfico o uso de agrotóxicos em todas as dimensões, percebe-se uma dualidade entre a produtividade ou população, e o governo não surpreende quando escolhe a produtividade, com as isenções para o agronegócio entre outros benefícios. Mais triste que isso, é saber que a maior parte se não a totalidade da produção do agronegócio é voltada para a exportação, ou seja, não atende o mercado interno, esse é atendido quase que exclusivamente pelo pequeno produtor (cerca de 70%) que é obrigado a trabalhar com semente transgênica, poiso mesmo não consegue os créditos nas agências de fomentos, mas isso mostra como as empresas envolvidas nesse mercado tem influência nesse mercado interno. 
O VENENO ESTÁ NA MESA II
Produção: Maycon Almeida
Neste documentário tem-se uma abordagem semelhante com a parte 1, mostrando os impactos que a agroindustrial trouxe e como ela se estabeleceu tecendo sua teia de influência em várias áreas. De acordo com apoiadores o agronegócio é salvação da economia, de fato ele faz com que haja um aumento no PIB, mas a qual custo? Ao custo das vidas dos produtores e dos consumidores, que são envenenados com as quantidades excessivas de agrotóxicos. Essa ideia de que a agroindústria é a solução para os problemas como a fome ou então geração de empregos, é consolidada pela ciência moderna, que apresenta as sementes transgênicas, que é dita como a única forma de conhecimento, porém existem inúmeras formas de conhecimento. Conhecimentos que caminham em oposição a essa política predatória que é pregada pela agroindústria, mas infelizmente tal conhecimento é subjugado e substituído pela versão do agro, que é uma produção em massa, com uso desenfreado dos recursos naturais. Um exemplo disso é como as águas de rios são afetadas tanto pela pecuária, quanto pela agricultura. Enquanto a pecuária despeja dejeto de animais, a agricultura envenena os rios, quando ela capta água para irrigar as plantações, essa água é contaminada e depois retorna ao solo, retornando assim ao rio. Afetando assim não somente a vida marinha, mas também os moradores que fazem uso daquelas águas. Mas essa política caminha com as intenções dos grandes empresários de privatização da água. Voltando a questão do agronegócio, ele não produz alimentos para a população, sendo que apenas 30% da sua produção é destinada a alimentação são consumidos no mundo. Enquanto 50% do alimento consumido é de origem dos pequenos produtores/camponeses, que tem apenas 20% da terra para produzir. Sem mencionar que a agroindústria caminha na contramão da natureza, por onde passa deixa um rastro de terras mortas e inférteis, por isso a necessidade de cada vez mais terras. Mas essa questão da agricultura não é uma via de mão única, existem soluções sim, como a agricultura ecológica, ou a agroflorestal, que são formas sustentáveis de usar a terra, não fazendo depredação nem usando de forma desenfreada, não dispõe de sementes transgênicas, nem de agrotóxicos, não patrocina a injustiça, expropriação de terra, nem trabalho escravo. Ela faz uso de adubos orgânicos, muitas vezes produzidos com tudo que tem na própria fazenda, ou até mesmo da própria natureza, como é o caso da agroflorestal. Mas, essas formas ecologicamente corretas de se relacionar com a terra não são usadas comumente, pois, de acordo com contrários a essas medidas, é uma forma mais cara de produção, e a forma da agroindústria é a forma mais barata. Mas na verdade aqui temos um conflito de interesses, pois como pode um sistema que semeia a morte por onde passa, desde o bebe ao velho, contaminando os trabalhadores, matando eles em doses homeopáticas enquanto explora sua força de trabalho, ou então envenenando os consumidores, que compram frutas, legumes, verduras e hortaliças visando uma alimentação saudável, mas tudo que conseguem são doenças de curto e/ou longo prazo, ser mais barato que um sistema sustentável. A conta no final não bate, mas isso se explica pelas políticas que cada vez mais são favoráveis ao uso de agrotóxicos, beneficiando cada vez mais a agroindústria. Na verdade, essas políticas são tomadas pela própria agroindústria, já que ela tem controle do congresso, ditando assim as políticas a serem tomadas. Por isso que não existem dados, tanto no ministério da saúde quanto no ministério da agricultura, sobre o uso excessivo de agrotóxicos. Essa cultura se resume no lucro, é a lei do capital, quem paga mais leva. Por fim, o documentário encerra comentando sobre a apicultura, e na importância que as abelhas têm para a biodiversidade de plantas, e como a agricultura industrial mata cada vez mais abelhas. Como tentativa e salvar da extinção existem fazendas que tem o objetivo da criação de abelhas, para captação do mel de forma sustentável.