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FISIOLOGIA GERAL

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Este material é parte integrante do curso online "Fisiologia Geral" do EAD 
(www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução 
total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa 
do autor (Artigo 29). 
Com certificado 
online 
80 horas Fisiologia Geral 
Samara Calixto Gomes 
 
 
 
 
 
 
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do autor (Artigo 29). 
Fisiologia Geral 
Samara Calixto Gomes 
80 horas 
Com certificado 
online 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA ...................................................................................... 5 
SISTEMA CARDIOVASCULAR ...................................................................................... 6 
2.1 CORAÇÃO .................................................................................................................. 6 
2.1.1 A atividade Elétrica do Coração ........................................................................... 7 
2.1.2 Controle Nervoso do Coração .............................................................................. 7 
SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................................. 9 
3.1 BOCA .......................................................................................................................... 9 
3.1.1 Glândulas Salivares .............................................................................................. 9 
3.2 FARINGE E ESÔFAGO ........................................................................................... 10 
3.3. ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO ........................................................................ 10 
3.4 INTESTINO DELGADO .......................................................................................... 11 
3.5 INTESTINO GROSSO.............................................................................................. 13 
GLÂNDULAS ANEXAS ................................................................................................... 14 
4.1 PÂNCREAS .............................................................................................................. 14 
4.2 FÍGADO .................................................................................................................... 14 
4.3 CONTROLE DA ATIVIDADE DIGESTIVA .......................................................... 15 
4.4 CONTROLE DA GORDURA CORPORAL ............................................................ 16 
SISTEMA ENDÓCRINO ................................................................................................. 17 
5.1 HIPÓFISE OU PITUITÁRIA ................................................................................... 17 
5.2 HIPOTÁLAMO ......................................................................................................... 18 
5.3 TIREOIDE ................................................................................................................. 18 
5.4 PARATIREOIDES .................................................................................................... 19 
5.5 ADRENAIS OU SUPRA RENAIS ........................................................................... 19 
5.6 PÂNCREAS .............................................................................................................. 19 
5.6.1 Adenohipófise ou Lobo Anterior da Hipófise .................................................... 19 
5.6.2 Tireoide ............................................................................................................... 20 
5.6.3 Paratireoides ....................................................................................................... 21 
5.6.4 Pâncreas .............................................................................................................. 21 
5.6.5 Adrenais ou Suprarrenais.................................................................................... 21 
5.6.6 Testículos ............................................................................................................ 21 
5.6.7 Ovários................................................................................................................ 22 
SISTEMA EXCRETOR.................................................................................................... 23 
6.1 A ELIMINAÇÃO DE URINA .................................................................................. 25 
SISTEMA NERVOSO ...................................................................................................... 26 
7.1 NEUROTRANSMISSORES ..................................................................................... 27 
7.1.1 Tipos de Neurônios ............................................................................................. 27 
7.2 CÉLULAS DA GLIA (NEURÓGLIA) ..................................................................... 28 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR .............................................................................................. 30 
8.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .............................................................. 30 
8.1.1 Puberdade ........................................................................................................... 30 
8.1.2 Testosterona ........................................................................................................ 31 
8.3 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO .................................................................. 31 
8.3.1 Hormônios Sexuais Femininos ........................................................................... 32 
SISTEMA RESPIRATÓRIO ........................................................................................... 34 
9.1 VENTILAÇÃO PULMONAR .................................................................................. 34 
9.2 TRANSPORTE DE GASES RESPIRATÓRIOS...................................................... 34 
9.3 CONTROLE DA RESPIRAÇÃO ............................................................................. 35 
9.4 CAPACIDADE E OS VOLUMES RESPIRATÓRIOS ............................................ 36 
SISTEMA TEGUMENTAR ............................................................................................. 37 
10.1 EPIDERME ............................................................................................................. 37 
10.2 DERME ................................................................................................................... 38 
SISTEMA LOCOMOTOR ............................................................................................... 39 
11.1 SISTEMA MUSCULAR ......................................................................................... 39 
11.2 SISTEMA ESQUELÉTICO .................................................................................... 40 
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 41 
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 45 
 
 
Unidade 1 – Introdução à Fisiologia 
 
 
5 
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(Artigo 29). 
01 
INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA 
 
 
 
 
A fisiologia é o estudo de como o nosso corpo funciona. À medida 
que você aprende mais com a função de cada sistema, adquire 
elementos para entender o nosso complexo corpo humano e 
conhecimento para intercederquando um evento fisiopatológico 
ocorre. A seguir, veremos alguns dos principais sistemas do corpo 
humano. 
Fisiologia: do grego, physic = natureza +logos = estudo, estudo da natureza. É a 
parte da ciência que estuda o funcionamento dos seres vivos. Assim, a fisiologia humana se 
dedica ao estudo do funcionamento dos diferentes sistemas que compõem o corpo humano. 
A Fisiologia Humana teve origem na Grécia por volta do ano 420 A.C. com 
Hipócrates (460-370 A.C.; o pai da medicina). É uma ciência que estuda os processos da 
vida, as funções dos diferentes órgãos e sistemas do organismo humano. Seu objetivo é 
elucidar os processos responsáveis pela origem, desenvolvimento e continuação da vida do 
ser humano. 
Todos os seres vivos são formados de células, que são compartimentos envolvidos 
por membranas, preenchidos com uma solução aquosa concentrada de substâncias 
químicas, e banhadas por líquido nutritivo. Assim, a unidade funcional dos seres vivos é a 
célula. As células constituem os tecidos, os quais formam os órgãos do nosso corpo. 
Os sistemas que vamos estudar são, por sua vez, constituídos desses órgãos e, em 
seu conjunto, formam o organismo. Assim, é importante que haja um perfeito 
funcionamento de todos os órgãos e sistemas do corpo para o que o organismo mantenha-
se com saúde. 
Qualquer problema ou limitação na atividade de um dos órgãos pode produzir 
alteração na sua respectiva função, comprometendo a desempenho do respectivo sistema e 
o estado de saúde do indivíduo. 
Vejamos abaixo os principais sistemas do nosso corpo. 
Fisiologia Geral 
 
 
6 
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02 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
 
 
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma vasta rede de tubos de vários tipos e 
calibres, que põe em comunicação todas as partes do corpo. Dentro desses tubos circula o 
sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração. 
Esse sistema tem como principais funções: 
 Transporte de gases, nutrientes, resíduos metabólicos, hormônios, calor; 
 Intercâmbio de materiais; 
 Distribuição de mecanismos de defesa; 
 Coagulação sanguínea. 
Os principais componentes do sistema circulatório são: coração, vasos sanguíneos, 
sangue, vasos linfáticos e linfa. 
 
 
2.1 CORAÇÃO 
O coração é um órgão muscular oco que se localiza sob o osso esterno, ligeiramente 
deslocado para a esquerda. Em uma pessoa adulta, tem o tamanho aproximado de um 
punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. 
O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: 
duas superiores, denominadas átrios e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio 
direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio 
esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula 
bicúspide ou mitral. 
Unidade 2 – Sistema Cardiovascular 
 
 
7 
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(Artigo 29). 
A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, 
sempre dos átrios para os ventrículos. 
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por 
minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio denomina-se 
Sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole. 
 
2.1.1 A atividade Elétrica do Coração 
Sistema De Purkinje ou fascículo atrioventricular: embora o impulso cardíaco possa 
percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema 
especial de condução denominado sistema de Purkinje, composto de fibras musculares 
cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou 
miócitosatrioventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade 
aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por 
segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco. 
 
2.1.2 Controle Nervoso do Coração 
O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos, 
os sistemas parassimpáticos e simpáticos. A estimulação dos nervos parassimpáticos causa 
os seguintes efeitos sobre o coração: 
 Diminuição da frequência dos batimentos cardíacos; 
 Diminuição da força de contração do músculo atrial; diminuição na velocidade de 
condução dos impulsos através do nódulo AV (atrioventricular), aumentando o 
período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; 
 Diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a 
nutrição do próprio músculo cardíaco. 
A estimulação parassimpática diminui todas as atividades do coração. Usualmente, 
a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente 
com o restante do corpo. Isso ajuda a preservar os recursos do coração. 
A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos sobre o 
coração: 
 Aumento da frequência cardíaca; 
 Aumento da força de contração; 
 Aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando a suprir o 
aumento da nutrição do músculo cardíaco. 
Fisiologia Geral 
 
 
8 
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A estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca como bomba, algumas vezes 
aumentando a capacidade de bombear sangue em até 100 por cento. Esse efeito é 
necessário quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como exercício, 
doença, calor excessivo, ou outras condições que exigem um rápido fluxo sanguíneo 
através do sistema circulatório. 
Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de 
auxílio utilizado numa emergência, tornando mais forte o batimento cardíaco quando 
necessário. 
Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam 
principalmente noradrenalina, razão pela qual são denominados neurônios adrenérgicos. A 
estimulação simpática do cérebro também promove a secreção de adrenalina pelas 
glândulas adrenais ou supra-renais. 
A adrenalina é responsável pela taquicardia (batimento cardíaco acelerado), 
aumento da pressão arterial e da frequência respiratória, aumento da secreção do suor, da 
glicose sanguínea e da atividade mental, além da constrição dos vasos sanguíneos da pele. 
O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso 
parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual são denominados colinérgicos, geralmente 
com efeitos antagônicos aos neurônios adrenérgicos. 
Assim, a estimulação parassimpática do cérebro promove bradicardia (redução dos 
batimentos cardíacos), diminuição da pressão arterial (PA) e da frequência respiratória, 
relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos da adrenalina. 
A estimulação do hipotálamo posterior aumenta a PA e a frequência cardíaca, 
enquanto que a estimulação da área na porção anterior do hipotálamo acarreta efeitos 
opostos, determinando notável diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. 
Esses efeitos são transmitidos através dos centros de controle cardiovascular da 
porção inferior do tronco cerebral, e daí passa a ser transmitidos através do sistema 
nervoso autônomo. 
Unidade 3 – Sistema Digestório 
 
 
9 
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03 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
 
 
O sistema digestório é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados 
órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, 
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus. A parede do tubo 
digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, 
muscular e adventícia. 
 
 
3.1 BOCA 
A abertura por onde passa o alimento indo ao tubo digestivo, é a boca. Nela, encontram-se 
os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os 
dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá 
facilitar a futura ação das enzimas. 
A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja 
engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células 
sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo, azedo ou ácido, salgado e doce. 
De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos 
de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea. 
 
3.1.1 Glândulas Salivares 
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas 
salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e 
outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos, reduzindo-os 
em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua 
secreção na cavidade bucal: 
Fisiologia Geral 
 
 
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 Glândula parótida; 
 Glândula submandibular; 
 Glândula sublingual. 
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro 
(7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma 
em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado 
para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas, levando entre 5 e 10 segundos para 
percorrer o esôfago. 
Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu 
alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, 
evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias. Quando a cárdia (anel muscular, 
esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago. 
 
 
3.2 FARINGE E ESÔFAGO 
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e 
respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à 
laringe. O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, 
atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo 
alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. 
 
 
3.3. ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do 
abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao 
intestino delgado. 
Sua função principal é a digestão de alimentos proteicos. Um músculo circular, que 
existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, 
possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando 
está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos 
agudos. 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, 
que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do 
interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos 
dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação. 
Unidade 3 – Sistema Digestório 
 
 
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(Artigo 29). 
A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de 
pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do 
ácido clorídrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em 
pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
Ao catalisar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações 
peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são 
acessíveis à pepsina, muitas permanece intacto. Portanto, o resultado do trabalho dessa 
enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres. 
A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida 
pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a 
caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas. 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão 
do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada 
de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do 
suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. 
Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três 
dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em 
inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas 
que sangram (úlceras gástricas). 
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da 
vitamina B12.O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais 
e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, 
transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo. Passando por 
um esfíncter muscular, o piloro, o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino 
delgado, onde ocorre a maior parte da digestão. 
 
 
3.4 INTESTINO DELGADO 
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6m de comprimento por 4cm de 
diâmetro e pode ser dividido em três regiões: 
 Duodeno, com cerca de 25 cm; 
 Jejuno, tem cerca de 5m; 
 Íleo, com 1,5cm. 
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, 
esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no 
intestino. 
Fisiologia Geral 
 
 
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A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras 
porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, 
que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, 
produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. 
Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras. 
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes 
quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua 
secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, 
como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas demaltose. A lipase 
pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura, os triacilglicerois, originando 
glicerol e álcool. 
O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas 
inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimotripsina. Sendo 
produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. 
Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima 
secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez 
contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimotripsina, 
enzima ativa. 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em 
oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas 
específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. 
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e 
de pH aproximadamente neutro. 
Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que 
hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco 
entérico há enzimas que dão sequência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem 
ação das peptidases, resultando em aminoácidos. 
No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das paredes 
musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este é atacado pela bile, 
enzimas e outras secreções, sendo transformado em quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de mecanismos ativos ou passivos, nas 
regiões do jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, dessas regiões, apresenta, 
além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras (4 a 5 milhões), 
chamadas vilosidades, um traçado que aumenta a superfície de absorção intestinal. As 
membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas 
microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água 
ingerida, os íons e as vitaminas. 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para 
serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras chegam 
ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. 
Unidade 3 – Sistema Digestório 
 
 
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Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis 
(triglicerídeos), transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos 
sanguíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados. 
 
 
3.5 INTESTINO GROSSO 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma 
pessoa bebe cerca de 1,5L de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9L de água das secreções. 
Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando 
seu trânsito e eliminação pelo ânus. 
Mede cerca de 1,5m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon 
transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é 
fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal. Numerosas bactérias vivem em 
mutualismo no intestino grosso. 
Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar 
o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de 
enfermidades. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, 
contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua 
presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas. 
O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, 
normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino 
grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, 
que são evacuados. 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
04 
GLÂNDULAS ANEXAS 
 
 
 
 
4.1 PÂNCREAS 
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato 
triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça 
formada pelo duodeno, sob o estômago. 
O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um 
corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos 
canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal 
colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: 
pâncreas exócrino e o endócrino. 
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas 
denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por 
onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a 
digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no 
sistema endócrino. 
 
 
4.2 FÍGADO 
É o maior órgão interno, e um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as 
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem 
cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no 
quadrante superior direito da cavidade abdominal. 
Unidade 4 – Glândulas Anexas 
 
 
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(Artigo 29). 
O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de 
lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais 
diminutos, os canalículos, pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes 
canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da 
vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno. 
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a 
excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteroides, estrógenos e outros 
hormônios. 
O fígado armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a 
partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. 
Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O 
termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose. São 
funções do fígado: 
 Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, 
facilitando, assim, a ação da lipase; 
 Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar 
glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é 
reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
 Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; 
 Metabolizar lipídeos; 
 Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de 
coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; 
 Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do 
organismo; 
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua 
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. 
 
 
4.3 CONTROLE DAATIVIDADE DIGESTIVA 
A presença de alimento na boca, a simples visão, pensamento ou o cheiro do alimento, 
estimulam a produção de saliva. Enquanto o alimento ainda está na boca, o sistema 
nervoso, por meio do nervo vago, envia estímulos ao estômago, iniciando a liberação de 
suco gástrico. 
Quando o alimento chega ao estômago, este começa a secretar gastrina, hormônio 
produzido pela própria mucosa gástrica e que estimula a produção do suco gástrico. 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
Aproximadamente 30% da produção do suco gástrico é mediada pelo sistema nervoso, 
enquanto os 70% restantes dependem do estímulo da gastrina. 
Com a passagem do alimento para o duodeno, a mucosa duodenal secreta outro 
hormônio, a secretina, que estimula o pâncreas a produzir suco pancreático e liberar 
bicarbonato. Ao mesmo tempo, a mucosa duodenal produz colecistocinina (ou CCK), que 
é estimulada principalmente pela presença de gorduras no quimo e provoca a secreção do 
suco pancreático e contração da vesícula biliar, que lança a bile no duodeno. 
Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o duodeno secreta enterogastrona, 
que inibe os movimentos de esvaziamento do estômago, a produção de gastrina e, 
indiretamente, de suco gástrico. 
 
 
4.4 CONTROLE DA GORDURA CORPORAL 
Quando o valor calórico dos alimentos ingeridos em um determinado tempo supera o total 
da energia consumida no mesmo período, os alimentos excedentes são convertidos em 
gorduras corporais. Essa conversão acontece mais facilmente quando ingerimos gorduras 
do que quando ingerimos proteínas ou carboidratos. 
Enquanto houver glicose disponível, ela será usada, e o metabolismo das gorduras 
será interrompido. O estoque de glicose é representado pelo glicogênio, armazenado no 
fígado e nos músculos. Em um adulto em jejum, o estoque de glicogênio esgota-se dentro 
de 12 às 24h. A seguir, são consumidas as reservas de gordura e, se necessário, as de 
proteína, posteriormente. As células podem usar até 50% de suas proteínas como fonte de 
energia, antes que ocorra morte celular. 
 
Unidade 5 – Sistema Endócrino 
 
 
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(Artigo 29). 
05 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 
 
 
 
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade 
característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na 
corrente sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o 
controle de sua função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos 
hormônios são denominados órgãos-alvo. 
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas 
corporais. Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando 
mecanismos reguladores bastante precisos. 
O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação sobre o meio externo, 
ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo a esta 
informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atuam 
na coordenação e regulação das funções corporais. 
Alguns dos principais órgãos produtores de hormônios no homem são a hipófise, o 
hipotálamo, a tireoide, as paratireoides, as supra renais, o pâncreas e as gônadas. 
 
 
5.1 HIPÓFISE OU PITUITÁRIA 
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade do osso esfenoide chamada tela túrcica. 
Nos seres humanos tem o tamanho aproximado de um grão de ervilha e possui duas partes: 
o lobo anterior, ou adenohipófise e o lobo posterior, ou neurohipófise. 
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não endócrinos, alguns hormônios, 
produzidos pela hipófise são denominados trópicos porque atuam sobre outras glândulas 
endócrinas, comandando a secreção de outros hormônios. São eles: 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
 Tireotrópicos: atuam sobre a glândula endócrina tireoide. 
 Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o córtex da glândula endócrina adrenal. 
 Gonadotrópicos: atuam sobre as gônadas masculinas e femininas. 
 Somatotrófico: atua no crescimento, promovendo o alongamento dos ossos e 
estimulando a síntese de proteínas e o desenvolvimento da massa muscular. 
Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose plasmática 
pelas células, aumentando a concentração de glicose no sangue (inibe a produção 
de insulina pelo pâncreas, predispondo ao diabetes). 
 
 
5.2 HIPOTÁLAMO 
Localizado no cérebro diretamente acima da hipófise, é conhecido por exercer controle 
sobre ela por meios de conexões neurais e substâncias semelhantes a hormônios chamados 
fatores desencadeadores, o meio pelo qual o sistema nervoso controla o comportamento 
sexual via sistema endócrino. 
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a liberar os hormônios gonadotróficos 
(FSH e LH), que atuam sobre as gônadas, estimulando a liberação de hormônios gonadais 
na corrente sanguínea. Na mulher a glândula-alvo do hormônio gonadotrófico é o ovário; 
no homem, são os testículos. Os hormônios gonadais são detectados pela pituitária e pelo 
hipotálamo, inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, por feedback. 
Como a hipófise secreta hormônios que controlam outras glândulas e está 
subordinada, por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer que o sistema endócrino é 
subordinado ao nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre esses dois sistemas. 
O hipotálamo também produz outros fatores de liberação que atuam sobre a 
adenohipófise, estimulando ou inibindo suas secreções. Produz também os hormônios 
ocitocina e ADH (antidiurético), armazenados e secretados pela neurohipófise. 
 
 
5.3 TIREOIDE 
Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre as cartilagens da laringe e da traqueia. Seus 
dois hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), aumentam a velocidade dos processos 
de oxidação e de liberação de energia nas células do corpo, elevando a taxa metabólica e a 
geração de calor. 
Estimulam ainda a produção de RNA e a síntese de proteínas, estando relacionados 
ao crescimento, maturação e desenvolvimento. A calcitonina, outro hormônio secretado 
Unidade 5 – Sistema Endócrino 
 
 
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pela tireoide, participa do controle da concentração sanguínea de cálcio, inibindo a 
remoção do cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma sanguíneo, estimulando sua 
incorporação pelos ossos. 
 
 
5.4 PARATIREOIDES 
São pequenas glândulas, geralmente em número de quatro, localizadas na região posterior 
da tireoide. Secretam o paratormônio, que estimula a remoção de cálcio da matriz óssea, 
que passa para o plasma sanguíneo, a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a 
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no sangue. 
Neste contexto, o cálcio é importante na contração muscular, na coagulação sanguínea e na 
excitabilidade das células nervosas. 
 
 
5.5 ADRENAIS OU SUPRA RENAIS 
São duas glândulas localizadas sobreos rins, divididas em duas partes independentes – 
medula e córtex - secretoras de hormônios diferentes, comportando-se como duas 
glândulas. O córtex secreta três tipos de hormônios: os glicocorticoides, os 
mineralocorticoides e os androgênicos. 
 
 
5.6 PÂNCREAS 
Também faz parte do sistema endócrino. É uma glândula mista ou anfícrina, apresenta 
determinadas regiões endócrinas e determinadas regiões exócrinas (da porção secretora 
partem dutos que lançam as secreções para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo 
tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a porção endócrina, onde estão as células 
que secretam os dois hormônios: insulina e glucagon, que atuam no metabolismo da 
glicose. 
Principais hormônios humanos: 
 
5.6.1 Adenohipófise ou Lobo Anterior da Hipófise 
Adrenocorticotrófico (ACTH): Estimula o córtex adrenal. 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
Tireotrófico (TSH) ou Tireotrofina: Estimula a tireoide a secretar seus principais 
hormônios. Sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH), 
secretado pelo hipotálamo. 
Somatotrófico (STH) ou Hormônio do Crescimento (GH): Atua no crescimento, 
promovendo o alongamento dos ossos e estimulando a síntese de proteínas e o 
desenvolvimento da massa muscular. Também aumenta a utilização de gorduras e inibe a 
captação de glicose plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose no 
sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao diabetes). 
Gonadotróficos:Sua produção é estimulada pelo hormônio liberador de 
gonadotrofinas - GnRH - secretado pelo hipotálamo. Podem ser: 
Folículo Estimulante (FSH): Na mulher, estimula o desenvolvimento e a maturação 
dos folículos ovarianos. No homem, estimula a espermatogênese. 
Luteinizante (LH): Na mulher estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo 
lúteo. No homem, estimula a produção de testosterona pelas células intersticiais dos 
testículos. 
Prolactina ou Hormônio Lactogênico: Estimula a produção de leite pelas glândulas 
mamárias. Sua produção acentua-se no final da gestação, aumenta após o parto e persiste 
enquanto durar o estímulo da sucção. 
Neurohipófise ou Lobo Posterior da Hipófise: Não produz hormônios; libera na 
circulação dois hormônios sintetizados pelo hipotálamo. 
Antidiurético (ADH) ou Vasopressina: Regula o volume de urina, aumentando a 
permeabilidade dos túbulos renais à água e, consequentemente, sua reabsorção. Sua 
produção é estimulada pelo aumento da pressão osmótica do sangue e por hemorragias 
intensas. O etanol inibe sua secreção, tendo ação diurética. 
Ocitocina: Na mulher, estimula a contração da musculatura uterina durante o parto 
e a ejeção do leite. No homem, provoca relaxamento dos vasos e dos corpos eréteis do 
pênis, aumentando a irrigação sanguínea. 
Hormônio Melanotrófico ou Melanocortinas (Msh) ou Intermedinas: Estimulam a 
pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de melanina) e a síntese de hormônios 
esteroides pelas glândulas adrenal e gonadal. Ainda interferem na regulação da temperatura 
corporal, no crescimento fetal, secreção de prolactina, proteção do miocárdio em caso de 
isquemia, redução dos estoques de gordura corporal. 
 
5.6.2 Tireoide 
Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3): Regula o desenvolvimento e o metabolismo geral. 
Calcitonina: Regula a taxa de cálcio no sangue, inibindo sua remoção dos ossos, o 
que diminui a taxa plasmática de cálcio. 
Unidade 5 – Sistema Endócrino 
 
 
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(Artigo 29). 
 
5.6.3 Paratireoides 
Paratormônio: Regula a taxa de cálcio, estimulando a remoção de cálcio da matriz óssea (o 
qual passa para o plasma sanguíneo), a absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino e a 
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, aumentando a concentração de cálcio no plasma. 
 
5.6.4 Pâncreas 
Insulina (Ilhotas de Langerhans - Células Betas): Aumenta a captação de glicose pelas 
células e, ao mesmo tempo, inibe a utilização de ácidos graxos e estimula sua deposição no 
tecido adiposo. No fígado, estimula a captação da glicose plasmática e sua conversão em 
glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da concentração de glicose no sangue. 
Glucagon (Ilhotas de Langerhans - Células Alfa: Ativa a enzima fosforilase, que 
fraciona as moléculas de glicogênio do fígado em moléculas de glicose, que passam para o 
sangue, elevando a glicemia (taxa de glicose sanguínea). 
 
5.6.5 Adrenais ou Suprarrenais 
Córtex - Glicocorticoides (Principal: Cortisol): Estimulam a conversão de proteínas e de 
gorduras em glicose, ao mesmo tempo em que diminuem a captação de glicose pelas 
células, aumentando, assim, a utilização de gorduras. Essas ações elevam a concentração 
de glicose no sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. Os glicocorticoides também 
diminuem a migração de glóbulos brancos para os locais inflamados, determinando menor 
liberação de substâncias capazes de dilatar as arteríolas da região; consequentemente há 
diminuição da reação inflamatória. 
Mineralocorticoides (Aldosterona): Aumentam a reabsorção, nos túbulos renais, de 
água e de íons sódio e cloreto, aumentando a pressão arterial. 
Andrógenos: Desenvolvimento e manutenção dos caracteres sexuais secundários 
masculinos. 
Adrenalina: Promove taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da 
pressão arterial e das frequências cardíaca e respiratória, aumento da secreção do suor, da 
glicose sanguínea, da atividade mental e constrição dos vasos sanguíneos da pele. 
 
5.6.6 Testículos 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
Testosterona (Andrógeno): Promove o desenvolvimento e o crescimento dos testículos, 
além do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos, aumento da 
libido, aumento da massa muscular e da agressividade. 
 
5.6.7 Ovários 
Estrógenos: Promove o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos e da parede 
uterina (endométrio); estimula o crescimento e a calcificação óssea, inibindo a remoção 
desse íon do osso e protegendo contra a osteoporose; protege contra a aterosclerose 
(deposição de placas de gorduras nas artérias). 
Progesterona: Modificações orgânicas da gravidez, como preparação do útero para 
aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para a lactação. Inibe as contrações uterinas, 
impedindo a expulsão do feto em desenvolvimento. 
 
Unidade 6 – Sistema Excretor 
 
 
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06 
SISTEMA EXCRETOR 
 
 
 
 
O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e 
excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par 
de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra. 
Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, logo abaixo do diafragma, um de cada 
lado da coluna vertebral, nessa posição está protegido pelas últimas costelas e também por 
uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem umacápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna. 
Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por 
milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal. O 
néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, 
uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o 
túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido 
distal; este desemboca em um tubo coletor. São responsáveis pela filtração do sangue e 
remoção das excreções. 
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do 
órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no 
interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares 
denominado glomérulo de Malpighi. 
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo. Essa 
pressão, que normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem intensidade suficiente para que parte 
do plasma passe para a cápsula de Bowman, processo denominado filtração. Essas 
substâncias extravasadas para a cápsula de Bowman constituem o filtrado glomerular, queé 
semelhante, em composição química, ao plasma sanguíneo, com a diferença de que não 
possuem proteínas, incapazes de atravessar os capilares glomerulares. 
O filtrado glomerular passa em seguida para o túbulo contorcido proximal, cuja 
parede é formada por células adaptadas ao transporte ativo. Nesse túbulo, ocorre 
reabsorção ativa de sódio. A saída desses íons provoca a remoção de cloro, fazendo com 
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(Artigo 29). 
que a concentração do líquido dentro desse tubo fique menor (hipotônico) do que do 
plasma dos capilares que o envolvem. 
Com isso, quando o líquido percorre o ramo descendente da alça de Henle, há 
passagem de água por osmose do líquido tubular (hipotônico) para os capilares sanguíneos 
(hipertônicos) – ao que chamamos reabsorção. O ramo descendente percorre regiões do 
rim com gradientes crescentes de concentração. Consequentemente, ele perde ainda mais 
água para os tecidos, de forma que, na curvatura da alça de Henle, a concentração do 
líquido tubular é alta. 
Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça 
de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao 
transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido 
tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre 
reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. 
Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final 
de água. Dessa forma, estima-se que em 24h são filtrados cerca de 180 litros de fluido do 
plasma; porém são formados apenas 1 a2 litros de urina por dia, o que significa que 
aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido. 
Além desses processos gerais descritos, ocorre, ao longo dos túbulos renais, 
reabsorção ativa de aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do túbulo distal, essas 
substâncias já não são mais encontradas. Os capilares que reabsorvem as substâncias úteis 
dos túbulos renais se reúnem para formar um vaso único, a veia renal, que leva o sangue 
para fora do rim, em direção ao coração. 
A regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da 
quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a 
urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de 
água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. O 
principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH 
(antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. 
A concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos 
localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), 
esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. 
Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os 
túbulos coletores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. 
Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a 
concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, 
consequentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a 
excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída. 
Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, 
aumentando a produção de urina. Além do ADH, há outro hormônio participante do 
equilíbrio hidro-iônico do organismo: a aldosterona, produzida nas glândulas supra-renais. 
Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção 
de água no organismo. 
Unidade 6 – Sistema Excretor 
 
 
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A produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a concentração 
de sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que 
age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue denominado 
angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância 
estimula as glândulas supra-renais a produzirem a aldosterona. 
Hormônio Antidiurético (ADH): Principal agente fisiológico regulador do 
equilíbrio hídrico, produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. 
Aldosterona: Produzida nas glândulas supra-renais, aumenta a absorção ativa de 
sódio e a secreção ativa de potássio nos túbulos distal e coletor. 
 
 
6.1 A ELIMINAÇÃO DE URINA 
Ureter: Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada 
vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa 
o rim em direção à bexiga urinária. 
Bexiga Urinária: A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de 
musculatura lisa, cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a 
bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente 
através da uretra. 
Uretra: A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região 
vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se 
fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis 
relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos. 
 
Fisiologia Geral 
 
 
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07 
SISTEMA NERVOSO 
 
 
 
 
O sistema nervoso, juntamente com o sistema endócrino, capacita o organismo a perceber 
as variações do meio interno e externo, a difundir as modificações que essas variações 
produzem e a executar as respostas adequadas para que seja mantido o equilíbrio interno 
do corpo, a homeostase. São os sistemas envolvidos na coordenação e regulação das 
funções corporais. No sistema nervoso diferenciam-se duas linhagens celulares: os 
neurônios e as células da glia (ou da neuróglia). 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulosdo meio, possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a 
manutenção da homeostase. Para exercerem tais funções, contam com duas propriedades 
fundamentais: a irritabilidade, também chamada de excitabilidade ou responsividade, e a 
condutibilidade. 
Irritabilidade é a capacidade que permite a uma célula responder a estímulos, seja 
eles internos ou externos. Portanto, não é uma resposta, mas a propriedade que torna a 
célula apta a responder. Essa propriedade é inerente aos vários tipos celulares do 
organismo. No entanto, as respostas emitidas pelos tipos celulares distintos também 
diferem umas das outras. A resposta emitida pelos neurônios assemelha-se a uma corrente 
elétrica transmitida ao longo de um fio condutor: uma vez excitados pelos estímulos, os 
neurônios transmitem essa onda de excitação - impulso nervoso - por toda a sua extensão 
em grande velocidade e em um curto espaço de tempo. Esse fenômeno deve-se à 
propriedade de condutibilidade. 
O impulso nervoso: A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons 
ativamente, do líquido extracelular para o interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao 
líquido extracelular. Assim funciona a bomba de sódio e potássio,que bombeia ativamente 
o sódio para fora, enquanto o potássio é bombeado ativamente para dentro. Porém esse 
bombeamento não é equitativo: para cada três íons sódio bombeados para o líquido 
extracelular, apenas dois íons potássio são bombeados para o líquido intracelular. 
Sinapses: é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato 
com outro neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria). 
Unidade 7 – Sistema Nervoso 
 
 
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(Artigo 29). 
 
 
7.1 NEUROTRANSMISSORES 
A maioria dos neurotransmissores situa-se em três categorias: aminoácidos, aminas e 
peptídeos. Os neurotransmissores aminoácidos e aminas são pequenas moléculas orgânicas 
com pelo menos um átomo de nitrogênio, armazenadas e liberadas em vesículas sinápticas. 
Diferentes neurônios no SNC liberam também diferentes neurotransmissores. A 
transmissão sináptica rápida na maioria das sinapses do SNC é mediada pelos 
neurotransmissores aminoácidos glutamato (GLU), gama-aminobutírico (GABA) e glicina 
(GLI). A amina acetilcolina medeia à transmissão sináptica rápida em todas as junções 
neuromusculares. 
As formas mais lentas de transmissão sináptica no SNC e na periferia são mediadas 
por neurotransmissores das três categorias.O mediador químico adrenalina, além de servir 
como neurotransmissor no encéfalo, também é liberado pela glândula adrenal para a 
circulação sanguínea. 
Abaixo são citadas as funções específicas de alguns neurotransmissores: 
Endorfinas e Encefalinas: Bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como 
analgésicos. 
Dopamina: Neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de 
satisfação e prazer. 
Serotonina: Neurotransmissor derivado do triptófano regula o humor, o sono, a 
atividade sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções neuroendócrinas, temperatura 
corporal, sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. 
Gaba (Ácido Gama-Aminobutirico): Principal neurotransmissor inibitório do 
SNC. Está envolvido com os processos de ansiedade. 
Ácido Glutâmico Ou Glutamato: Principal neurotransmissor estimulador do 
SNC. A sua ativação aumenta a sensibilidade aos estímulos dos outros neurotransmissores. 
 
7.1.1 Tipos de Neurônios 
De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser 
classificados em: 
 Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes); 
 Neurônios motores ou efetuadores (eferentes); 
Fisiologia Geral 
 
 
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 Neurônios associativos ou interneurônios. 
 
 
7.2 CÉLULAS DA GLIA (NEURÓGLIA) 
As células da neuróglia cumprem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os 
neurônios. Há diversos tipos celulares, distintos quanto à morfologia, a origem embrionária 
e às funções que exercem. Distinguem-se, entre elas, os astrócitos, oligodendrocitos e 
micróglia. Têm formas estreladas e prolongações que envolvem as diferentes estruturas do 
tecido. 
Os astrócitos são as maiores células da neuróglia e estão associados à sustentação e 
à nutrição dos neurônios. Preenchem os espaços entre os neurônios, regulam a 
concentração de diversas substâncias com potencial para interferir nas funções neuronais 
normais, como as concentrações extracelulares de potássio, regulam os neurotransmissores 
e restringem a difusão de neurotransmissores liberados e possuem proteínas especiais em 
suas membranas que removem os neurotransmissores da fenda sináptica. 
Os oligodendrócitos são encontrados apenas no sistema nervoso central (SNC). 
Devem exercer papéis importantes na manutenção dos neurônios, uma vez que, sem eles, 
os neurônios não sobrevivem em meio de cultura. No SNC, são as células responsáveis 
pela formação da bainha de mielina. Um único oligodendrócito contribui para a formação 
de mielina de vários neurônios. 
A micróglia é constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos e que 
participam da defesa do sistema nervoso. O SNC recebe, analisa e integra informações. É o 
local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O SNC divide-se em encéfalo 
e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), diencéfalo 
(tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se divide em: bulbo, situado 
caudalmente; Mesencéfalo, situado cranialmente; e Ponte, situada entre ambos. 
O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e 
do sistema nervoso central para os órgãos efetores, músculos e glândulas. O SNP é 
formado por nervos encarregados de fazer as ligações entre o sistema nervoso central e o 
corpo. Nervo é a reunião de várias fibras nervosas, que podem ser formadas de axônios ou 
de dendritos. 
As fibras nervosas, formadas pelos prolongamentos dos neurônios (dendritos ou 
axônios) e seus envoltórios, organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo e é 
envolvido por uma bainha conjuntiva denominada perineuro. 
O nervo também é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada 
epineuro. Em nosso corpo existe um número muito grande de nervos. Seu conjunto forma a 
rede nervosa. Os nervos que levam informações da periferia do corpo para o SNC são: 
 Nervos sensoriais: nervos aferentes ou nervos sensitivos, que são formados por 
prolongamentos de neurônios sensoriais (centrípetos). 
Unidade 7 – Sistema Nervoso 
 
 
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 Nervos mistos: formados por axônios de neurônios sensoriais e por neurônios 
motores. 
Quando partem do encéfalo, os nervos são chamados de cranianos. Quando partem 
da medula espinhal são raquidianos. Os 31 pares de nervos raquidianos que saem da 
medula relacionam-se com os músculos esqueléticos. O conjunto de nervos cranianos e 
raquidianos forma o SNP, que pode ser: 
SNP Voluntário ou Somático, que tem a função de reagir a estímulos provenientes 
do ambiente externo. 
SNP Autônomo ou Visceral, como o próprio nome diz, funciona 
independentemente de nossa vontade etem por função regular o ambiente interno do 
corpo, controlando a atividade dos sistemas digestório, cardiovascular, excretor e 
endócrino. O sistema nervoso autônomo divide-se em SN Simpático e SN Parassimpático. 
De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias, ou seja, são antagônicas. Um 
corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente 
as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo 
cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o 
parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos. 
A acetilcolina e a noradrenalina têm a capacidade de excitar 
alguns órgãos e inibir outros, de maneira antagônica. Em geral, 
quando os centros simpáticos cerebrais se tornam excitados, 
estimulam, simultaneamente, quase todos os nervos simpáticos, 
preparando o corpo para a atividade. 
Além do mecanismo da descarga em massa do sistema simpático, algumas 
condições fisiológicas podem estimular partes localizadas desse sistema. Duas das 
condições são as seguintes: 
Reflexos calóricos: o calor aplicado à pele determina um reflexo que passa através 
da medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos sanguíneos cutâneos. Também o 
aquecimento do sangue que passa através do centro de controle térmico do hipotálamo 
aumenta o grau de vasodilatação superficial, sem alterar os vasos profundos. 
Exercícios: durante o exercício físico, o metabolismo aumentado nos músculos tem 
um efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos musculares; porém, ao mesmo tempo, o 
sistema simpático tem efeito vasoconstritor para a maioria das outras regiões do corpo. A 
vasodilatação muscular permite que o sangue flua facilmente através dos músculos, 
enquanto a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em todas as regiões do corpo, exceto 
no coração e no cérebro. 
Fisiologia Geral 
 
 
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08 
SISTEMA REPRODUTOR 
 
 
 
 
Chamamos de sistema reprodutor o grupo de órgãos necessários ou acessórios aos 
processos de reprodução. As unidades básicas da reprodução sexual são as células 
germinais masculinas e femininas. 
 
 
8.1 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
O sistema reprodutor masculino é formado por: 
 Testículos ou gônadas; 
 Vias espermáticas: epidídimo, canal deferente, uretra; 
 Pênis; 
 Escroto; 
 Glândulas anexas: próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais. 
 
8.1.1 Puberdade 
Os testículos do menino permanecem inativos até que são estimulados entre 10 e 14 anos 
pelos hormônios gonadotróficos da glândula hipófise ou pituitária. O hipotálamo libera 
Fatores Liberadores dos Hormônios Gonadotróficos que fazem a hipófise liberarem: 
Hormônio Folículo Estimulante (FSH): estimula a espermatogênese pelas células 
dos túbulos seminíferos. 
Unidade 8 – Sistema Reprodutor 
 
 
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Hormônio Luteinizante (LH): estimula a produção de testosterona pelas células 
intersticiais dos testículos às características sexuais secundárias, elevação do desejo sexual. 
 
8.1.2 Testosterona 
Depois que um feto começa a se desenvolver no útero materno, seus testículos começam a 
secretar testosterona, quando tem poucas semanas de vida apenas. Essa testosterona, então, 
auxilia o feto a desenvolver órgãos sexuais masculinos e características secundárias 
masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas 
seminais, dos ductos deferentes e dos outros órgãos sexuais masculinos. 
Além disso, a testosterona faz com que os testículos desçam da cavidade abdominal 
para a bolsa escrotal, se a produção de testosterona pelo feto é insuficiente, os testículos 
não conseguem descer; permanecem na cavidade abdominal. 
Imediatamente após o nascimento da criança, a perda de conexão com a placenta 
remove esse feito estimulador, de modo que os testículos deixam de secretar testosterona. 
Em consequência, as características sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o 
nascimento até a puberdade. Na puberdade, o reaparecimento da secreção de testosterona 
induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal 
e o pênis crescem, então, aproximadamente mais 10 vezes. 
Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a testosterona exerce outros efeitos 
gerais por todo o organismo para dar ao homem adulto suas características distintivas. Faz 
com que os pelos cresçam na face, ao longo da linha média do abdome, no púbis e no 
tórax. Origina, porém, a calvície nos homens que tenham predisposição hereditária para 
ela. Estimula o crescimento da laringe, de maneira que o homem, após a puberdade fica 
com a voz mais grave. 
Estimula um aumento na deposição de proteína nos músculos, pele, ossos e em 
outras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se torna 
geralmente maior e mais musculoso do que a mulher, nessa fase. Algumas vezes, a 
testosterona também promove uma secreção anormal das glândulas sebáceas da pele, 
fazendo com que se desenvolva a acne pós-puberdade na face. 
Na ausência de testosterona, as características sexuais secundárias não se 
desenvolvem e o indivíduo mantém um aspecto sexualmente infantil. 
 
 
8.3 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve 
constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. E é constituído por: 
 Dois ovários; 
Fisiologia Geral 
 
 
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(Artigo 29). 
 Duas tubas uterinas, as trompas de Falópio; 
 Um útero; 
 Uma vagina; 
 Uma vulva. 
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta 
praticamente nenhum hormônio gonadotrópico até a idade de 10 a 14 anos. Também nessa 
época, começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No início, secreta principalmente 
o hormônio folículo estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em 
crescimento; mais tarde, secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do 
ciclo menstrual. 
FSH: Causa a proliferação das células foliculares ovarianas e estimula a secreção 
de estrógeno, levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer. 
LH: Aumenta ainda mais a secreção das células foliculares, estimulando a 
ovulação. 
 
8.3.1 Hormônios Sexuais Femininos 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo 
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. 
 Estrogênio 
O estrogênio induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a 
aumentar em número. Provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a 
circundam, faz o púbis se cobrir de pelos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico 
assumir a forma ovoide, em vez de afunilada como no homem. 
Provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos 
glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas 
como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. 
Todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao 
estrogênio e a razão básica para o desenvolvimentodessas características é o estímulo à 
proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo. 
Também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas 
promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se 
"extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, para. 
A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas para após os 
primeiros anos da puberdade. Já o homem tem um crescimento mais lento, porém mais 
prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, 
Unidade 8 – Sistema Reprodutor 
 
 
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também se diferencia os dois sexos. O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito 
importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual. 
 Progesterona 
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais 
femininos. Está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do 
embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. 
Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas 
mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o 
espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos 
sanguíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de 
glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão 
do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento. 
 
Fisiologia Geral 
 
 
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SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
 
 
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos 
que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as 
fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os 
alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. 
 
 
9.1 VENTILAÇÃO PULMONAR 
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da 
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas 
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente redução da pressão 
interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. 
A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da 
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas 
abaixam o que diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da pressão 
interna, forçando o ar a sair dos pulmões. 
 
 
9.2 TRANSPORTE DE GASES RESPIRATÓRIOS 
O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. 
Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a 
oxihemoglobina. Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os 
capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, 
enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar, processo chamado hematose. 
Unidade 9 – Sistema Respiratório 
 
 
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Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina 
e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico 
(cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com 
a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e 
bicarbonato, difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de 
acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à 
própria hemoglobina, formando a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma. 
 
 
9.3 CONTROLE DA RESPIRAÇÃO 
Em relativo repouso, a frequência respiratória é da ordem de 14 a 20 movimentos por 
minuto. A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no 
bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos 
respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos 
desse centro através da coluna espinhal para os músculos da respiração. 
O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais 
respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na 
metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. 
Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, 
são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que 
inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex 
cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) 
produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura 
torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. 
O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a frequência como a amplitude dos 
movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH 
do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que 
necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. 
Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro 
respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a 
frequência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do 
CR. Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da frequência e 
amplitude respiratória. 
A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue. 
A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que, 
frequentemente levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o 
indivíduo torna seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande 
quantidade de dióxido de carbono, precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o 
corpo.Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras 
consequências extremamente danosas podem ocorrer como o desenvolvimento de um 
Fisiologia Geral 
 
 
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quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, 
algumas vezes, em tetania (contrações musculares involuntárias por todo o corpo) ou 
mesmo convulsões epilépticas. 
Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a 
valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde 
a concentração de oxigênio na atmosfera é muito baixa ou quando uma pessoa contrai 
pneumonia ou alguma outra doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais 
condições, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida e aorta são estimulados e 
enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros respiratórios no 
sentido

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