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Análise Fílmica Didática Sobre o Longa "Blade Runner 2049"

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Filme de Detetive Disfarçado de Blockbuster: 
Blade Runner - O Caçador de Androides não foi uma obra que marcou minha vida, digo isso não no sentido de demérito, o que quero dizer é que ele não me impactou tanto quanto outras obras, mas mesmo assim, eu gostei muito do filme quando o vi. Fiquei meio receoso para assistir a sua continuação, enrolei por muito tempo, pois achava que ela seria ruim, agora eu me pergunto "cara, porque eu demorei tanto assim pra ver esse filme?".
Essa é uma daquelas continuações que não depende, necessariamente, de seu antecessor (nesse caso o filme de 82, do Ridley Scott). Claro que assistir ao primeiro filme é importante, mas faz pouca diferença (só serve para nos deixar um passo a frente de K nas investigações). 
O longa mantém a atmosfera noir (sem a parte do preto e branco) do primeiro filme, sendo um filme de detetive muito bem feito. Particularmente eu achei que esse filme tem muito mais foco na investigação do que o primeiro (talvez isso se deva pelos 60 minutos a mais que esse longa tem), particularmente gosto assim.
Não sei o que é mais maravilhoso nesse filme, sua fotografia, sua trilha sonora ou seus efeitos visuais. Benjamin Wallfisch foi o responsável pela trilha, juntamente com o F*CKING HANS ZIMMER (acho q esse último nome já fala por si só). Os efeitos especiais são extremamente realistas, sendo, na minha opinião, um dos melhores já feitos na história do cinema (a cena que a Joi entra naquela mina vey, mds. E aquela olograma gigante?!?!?!?). O diretor de fotografia é o mesmo da primeira obra, Roger Deakins, que dá o incrível tom neo-noir cyberpunk para todo o longa.
Uma coisa que me entristece bastante é algo que também aconteceu comigo no primeiro filme, eu senti empatia por um robô (A cena inicial com o Draxx cara, mds faltou só eu chorar). Isso não é legal cara, visto que até o Stephen Hawking dizia que um dia as máquinas irão destruir a humanidade. Eu acho que eu sinto isso pois certos tipos de androides do longo são caçados e executados a sangue frio pelos Blade Runners, e isso é muito palha cara, meio que isso me faz simpatizar pelos androides, sabe (e lógico que isso é TOTALMENTE contra a minha vontade).
O personagem do Jered Leto é muito interessante, na minha opinião ele meio que representa a ambição desenfreada das pessoas poderosas em tentar ter (materialmente) e entender tudo, sem se importar com as consequências de seus atos (pois raramente eles pagam por eles). 
Gosto de como o Deckard é explorado no filme, ele não é apenas uma referência ou um fan service, mais do que isso, ele é uma peça fundamental no desenrolar da história, e o jeito como ele aparece é incrível, no mínimo.
Enfim, gostei muito do filme, sinceramente eu gostei mais desse do que do primeiro (mas não sei dizer qual dos dois é melhor, até porque as notas dos dois longas são extremamente parecidas)
Nota do "crítico"
9,5 de 10

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