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REATORES NÃO IDEAIS MODELAGEM DE REATORES REAIS COM COMBINAÇÕES DE REATORES IDEAIS • Um reator real pode ser modelado a partir de um número ilimitado de combinações de reatores ideais; • No entanto, para uma situação mais tratável limitamos o número de parâmetros ajustáveis a dois, por exemplo: volume morto, Vd, e vazão de desvio (by-pass), b. • Testes com traçadores são utilizados para determinar os parâmetros do modelo. • CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto • Vamos modelar um CSTR real como uma combinação de um CSTR ideal de volume VS, uma zona morta de volume Vd e um desvio (bypass) com uma vazão volumétrica (b). • Para isto, usamos um experimento com traçador para avaliar os parâmetros do modelo VS e S. • Como o volume total e a vazão volumétrica são conhecidos, uma vez que VS e S sejam encontrados, fica fácil calcular b e Vd. MODELOS DE DOIS PARÂMETROS Resolvendo o sistema modelo para CA e X • Calcularemos a conversão para este modelo para uma reação de primeira ordem A B • A corrente de desvio e a corrente do efluente do volume de reação são misturados no ponto 2 fazendo um balanço para a espécie A neste ponto Figura 1 – sistema Figura 2 – sistema modelo CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto Balanço na junção 2 entrada = saída • Isolando a concentração de A que sai do reator, • Se (fração de vazão volumétrica de desvio): substituindo em CA: (*) CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto SbASASbA vvCvCvC 0 0 00 v vCvC vv vCvC C SASbA Sb SASbA A 0v vb )1(0 ASAA CCC Sb vvv 0 0 1 v vS CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto • Balanço molar no CSTR: • Para uma reação de primeira ordem • Isolando • 00 SASSASSA VkCvCvC 00 SASSASSA VrvCvC ASC kVv vC C ss A AS 00 CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto kVv vC C S A AS 0 00 1 1 V VS (fração que corresponde o volume do reator ideal) Se DS VVV V VD1 Substituindo em ASC (**) • Substituindo a eq. (**) em (*) temos: Obtendo a conversão em termos dos parâmetros do modelo: CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto k C CC AAA 1 1 2 0 0 0 1 A A C C X kv v X C C A A 0 0 2 0 1 1 1 0v V sendo CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto • Para utilizar experimento com traçador e dados de DTR para avaliar os parâmetros do modelo, usamos o sistema mostrado na figura a seguir com vazão da corrente de desvio b e volume morto Vd, para modelar nosso sistema de reator real. • Injetaremos o traçador T, como uma entrada do tipo degrau positivo. Para t < 0 CT = 0 Para t >= 0 CT = CT0 Figura 2 - Sistema modelo: CSTR com volume morto e desvio (by-pass) CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto • Um balanço em torno do ponto de junção 2 fornece • Como visto anteriormente , e Substituindo (***) CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto 0 0 v CvCv C TSSTbT V VS 0v vb 0v V )1(0 TSTT CCC • O balanço transiente para um traçador inerte T para uma entrada degrau no volume do reator VS é • entrada – saída = acúmulo • Integrando e substituindo , e • (****) CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto dt dC V dt dN vCvC TSS TS STSST 0 t CC TTS 1 exp0 Combinando com a eq. (***), a concentração do traçador no efluente é Rearranjando esta equação para obter os parâmetros do modelo, VS e S a partir do gráfico apropriado que fornece as concentrações do traçador na saída em função do tempo CSTR real modelado utilizando-se corrente de desvio e espaço morto t C C T T 1exp11 0 t CC C TT T 1 1 1 lnln 0 0 MODELOS DE DOIS PARÂMETROS CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados Para este modelo, existe uma região altamente misturada na vizinhança do agitador. Fora dessa vizinhança, há uma região com menor agitação. Há uma considerável T.M entre estas 2 regiões. Modelaremos a região altamente agitada como um CSTR, V1, e a região menos agitada como outro CSTR, V2. Os parâmetros ajustáveis deste modelo são e V1. Experimentos com traçador permitem determinar os parâmetros. 1v CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados Figura 3 – sistema de reação real Figura 4 – sistema modelo de reação CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • Resolvendo o sistema modelo para CA e X • Determinado a conversão para uma reação de primeira ordem: A B • Seja β a fração do escoamento total que é trocada entre os reatores 1 e 2: 01 vv CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados Seja α a fração de volume total V ocupada pela região altamente agitada. Lembrando do tempo espacial VV 1 VV 12 0v V CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • Balanço molar nos reatores: Reator 1: (5) Reator 2: (6) 0)()( 1111011200 VkCvCvCvCvC AAAAA 0)1( 221 AAA CkCC 0221211 VkCvCvC AAA 011120 AAAAA kCCCCC )1( 1 2 k C C AA CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • Substituindo a Eq.(6) na Eq. (5): • Em termos da conversão: 0 )1( 111 1 0 AAA A A kCCC k C C k k C C AA )1( 1 2 0 1 2 2 0 1 )1(1 )1( 1 kk kk C C X A A CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados Para utilizar experimento com traçador para determinar os parâmetros do modelo (α e β) em um CSTR com um volume de troca e usando dados da DTR faz-se um balanço molar transiente para cada um dos tanques, no caso de um pulso de traçador injetado em t=0, é • entrada – saída = acúmulo reator 1 • reator 2 dt dC V dt dN vCvCvC TTSTTT 1 1110112 dt dC V dt dN vCvC TTSTT 2 21211 CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • Chamando de • Substituindo α, β, , d nos balanços • Reator 1: (7) • Reator 2: (8) V tv0 dt V v d 0 d dC CC TTT 1 12 )1( d dC CC TTT 2 21 )1( CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • As Eq. (7) e (8) são equações diferenciais acopladas que descrevem o comportamento não estacionário do traçador e devem ser resolvidas simultaneamente. • A diferenciação da Eq. (7) com relação a , seguida da relação com a Eq.(8), gera uma EDO linear, homogênea de coeficientes constantes: 0 11 )1( 1 1 2 1 2 T TT C d dC d Cd CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • A solução geral da EDO é dada por: • Em que m1 e m2 são: Encontrando as constantes A e B a partir das condições inicias: Em 21 1 mm T BeAeC 221 1 )1(4 11 )1(2 1 , mm 0 101 TT CC 020 TC 1 1 1 T T C d dC CSTR real modelado com 2 CSTRs interconectados • O que nos fornece: • Os parâmetros α e β podem ser obtidos a partir de um gráfico semilog apropriado de versus tempo, por exemplo. )( )1()1( 21 21 10 1 12 mm emem C C t m t m pulsoT T 10 1 T T C C EXEMPLO • A reação elementar A + B C+D • deve ser conduzida no CSTR cujo esquema é mostrado na figura a seguir • Figura – Esquema do reator real modelado com espaço morto(Vd) e corrente de desvio (by-pass) (b) EXEMPLO • Existe tanto corrente de desvio como região estagnada neste reator. A saída do traçador para este reator é mostrada na tabela abaixo. O volume medido do reator é de 1 m3 e a vazão de entrada é de 0,1 m3/min. A constante de velocidade de reação é de 0,28 m3/kmol.min. A concentração de entrada de A igual a 2 kmol/m3. Calcule a conversão que pode ser esperada neste reator. • Dados adicionais: 3 0 /2000 dmmgCT BSAS CC EXEMPLO CT (mg/dm 3) 1000 1333 1500 1666 1750 1800 t (min) 4 8 10 14 16 18 Tabela – Dados do traçador
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